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Dark Carousel - Série Os Cárpatos 30
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No momento que Charlotte Vintage entra em seu clube, o sangue de
Tariq Asenguard é incendiado. O Cárpato antigo tinha perdido a
esperança de encontrar sua companheira, mas agora ele vai fazer
todo o possível para que Charlotte seja sua. O que Tariq não sabe é
que Charlotte está usando ela mesma e sua melhor amiga como isca
para tentar atrair os assassinos sanguinários, que já mataram o irmão
e o mentor de Charlotte.
Charlotte está familiarizada com Tariq. Não só ele é um dos solteiros
mais ricos e o mais cobiçado da cidade, mas ele também é um
colecionador conhecido de cavalos de carrossel antigos, que
Charlotte restaura. Com sua paixão partilhada, Charlotte começa até
a confiar nele com sua vida e com o desejo que ela não consegue
mais controlar. Mas também torna-a vulnerável a uma maldição de
séculos, que irá se unir a ela e Tariq em uma guerra contra os
inimigos tanto de seres humanos e dos Cárpatos ...
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AGRADECIMENTOS
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assassinado da mesma forma. Seu sangue tinha sido drenado de seu corpo,
e sua garganta tinha sido arrancada. O mentor de Charlotte, o homem de
quem ela foi aprendiz, foi assassinado uma semana depois disso.
Por duas vezes, quando estavam juntas, as duas tinham percebido
alguém tentando entrar em sua casa tarde da noite. Tinham bloqueado
todas as janelas e portas, mas quem estava atrás delas tinha sido
persistente, sacudindo as janelas, as pesadas portas, aterrorizando-as. A
polícia tinha sido chamada. Dois oficiais foram encontrados mortos no
pátio, com seu sangue drenado e suas gargantas arrancadas.
Um par de semanas mais tarde, Charlotte recebeu a notícia de que seu
irmão, seu único irmão, tinha sido encontrado morto, assassinado da
mesma forma. Ele estava na Califórnia. Nos Estados Unidos. Longe da
França. Longe dela. Ele deixou seu negócio e sua filha, de três anos de
idade, Lourdes. A mãe de Lourdes tinha morrido no parto, deixando o
irmão de Charlotte para criá-la. Agora era Charlotte. Genevieve tinha
decidido vir com Charlotte para a Califórnia. Quem perseguia as duas
estava nos Estados Unidos e Genevieve queria encontrá-lo.
Genevieve colocou a mão sobre Charlotte. — Eu sei que Lourdes é
a sua primeira prioridade. Ela é a minha também. Ela é uma
menina bonita e, obviamente, traumatizada com o que viu. Seus
pesadelos me acordam e eu nem estou na mesma casa que ela.
Charlotte sabia que Genevieve não estava exagerando. Ela sempre
soube quando Lourdes tinha pesadelos, mesmo que não estivesse com elas.
Nesses momentos, ela sempre chamava para se certificar que a criança
estava bem. Lourdes estava presente quando seu pai foi assassinado. O
assassino tinha deixado a criança viva e sentada ao lado do pai morto. Ela
tinha ficado sozinha em casa com o corpo por várias horas antes de ser
encontrada por sua babá, Grace Parducci, uma mulher que tinha ido a
escola com Charlotte.
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cabeça para baixo, com medo que ela fosse desmaiar. Seu toque só piorou
as coisas. Ela não recebia nada de seres humanos, apenas de objetos, mas
imaginou que estava, observando-o martelar uma estaca no coração de um
homem, torturá-lo enquanto ele estava consciente. A ideia fez a bile subir
e ela colocou uma mão sobre sua boca.
— Eu vou vomitar, —ela sussurrou.
Genevieve pegou-a pela cintura e começou a se afastar de Daniel e dos
outros, se dirigindo para os banheiros. — O que foi, Charlie? —Ela
sussurrou. — O que você viu?
— Ele matou um homem. —Charlotte sufocou as palavras. — Esta
noite. Antes de chegarem aqui. Ele enfiou uma estaca no coração
de um homem enquanto ele estava vivo. Acordado. Os outros dois
estavam com ele. E então vieram aqui. Beber. Dançar. Rir.
Genevieve parou na porta do banheiro feminino e olhou por cima do
ombro. — Eles estão nos observando, Charlie. Vamos entrar, sair
de vista.
Charlotte assentiu. Ela tinha que se recompor. — Foi apenas o
choque. Eles mataram um homem e, em seguida, vieram dançar.
—Ela deixou Genevieve levá-la para o banheiro das mulheres. — Pegar
mulheres.
— Especificamente nós, —Genevieve apontou. — Sinto a vibração
deles totalmente em nós. Sem outras mulheres. Eles certamente tinham
escolha. Várias mulheres deixaram claro que estariam dispostas a ir para
casa com eles esta noite, mas eles continuam ao nosso redor. —Ela olhou
ao redor do banheiro e baixou a voz ainda mais. — Você acha que
poderiam ser os assassinos de seu irmão e minha avó?
Charlotte franziu o cenho e se obrigou a largar Genevieve. Seu
estômago ainda estava agitado, mas ela tinha tudo sob controle agora. —
Sinto muito, Vi, foi tão chocante. Eu deixei escapar antes de poder ver mais
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alguma coisa. Eu não deveria, embora o assassinato fosse tão fresco que
provavelmente teria coberto todo o resto. —Ela esfregou a boca e enviou a
Genevieve, um sorriso irônico. — Eu entrei em pânico. Eu nunca fiz isso
antes na vida. Isso só serve para mostrar o que acontece quando você tem
uma criança. Você começa a ficar suave.
— O que vamos fazer, Charlie?
Charlotte respirou fundo e depois deu os ombros. — Nós vamos obter
o máximo de informação possível no menor tempo possível, e depois
vamos sair. Ver se eles nos seguem. Se eu puder descobrir a localização do
corpo, posso fazer uma denúncia anônima para a polícia e dar seus nomes
como os assassinos.
— Você quer voltar para a mesa e sentar-se com eles? —Perguntou
Genevieve, os olhos arregalados com o choque.
Charlotte assentiu. — Não podemos deixar que percebam. Temos
apenas que sair como se eu ficasse subitamente doente ou algo assim. Vou
pensar em uma explicação.
Genevieve respirou fundo e, em seguida, balançou a cabeça
lentamente. — OK. Eu vou fazer isso, se puder. Mas vamos sair assim que
possível.
— Concordo. Nós vamos ter que sair na frente deles e, em seguida,
encontrar uma maneira de prestar atenção para ver se eles tentam nos
seguir para fora. Virar a mesa sobre eles vai ser perigoso, Vi. Se estão nos
seguindo, então eles querem alguma coisa. O assassinato do homem tem
que estar ligado.
Genevieve engoliu em seco. — Será que você o reconheceu? Era
alguém que conhecemos?
Charlotte tentou se concentrar no homem assassinado. Ele tinha cerca
de quarenta anos. Cabelo escuro. Seu rosto estava torcido de dor. Seus
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olhos vivos de terror e em agonia excruciante. Ela iria ver aqueles olhos
quando dormisse. Ela balançou a cabeça, tentando ainda controlar o
tremor que corria por seu corpo. — Eu não sei. Ele parece vagamente
familiar. É possível que ele estivesse na equipe de Matt. Meu irmão tinha
um monte de empregados. Quando vendi a empresa, alguns deles foram
demitidos e ficaram com raiva. Eu recebi um monte de ameaças. —Correu
a mão pelo cabelo espesso. — Eu simplesmente não sei. Ele parecia ...
apavorado. Com tanta dor. Eu não entendo o que eles estavam fazendo
com ele.
— Eles enfiavam uma estaca em seu coração? Quer dizer, como fazem
com vampiros em filmes? —Genevieve perguntou. — Porque quando
vovó e seu irmão foram assassinados, o sangue foi drenado de seus corpos
e suas gargantas foram rasgadas. Alguém pode interpretar isso como ser
morto por um vampiro.
As sobrancelhas de Charlotte dispararam. — Agora estamos
realmente saindo do reino da possibilidade e entrado em completa fantasia.
— Eu não disse que existem vampiros, mas apenas que alguém
maluco pode pensar que existem. —Genevieve suspirou. — Ok, eu admito,
quando vi vovó, por um momento alimentei a ideia de que tais coisas
existam.
Charlotte colocou o braço em torno de sua amiga em um esforço para
confortá-la. — Sinto muito, querida. Eu sei que isso foi horrível para você.
Qualquer um teria pensado isso depois de vê-la assim. Vamos esperar que
não exista qualquer coisa como um vampiro real lá fora, porque com a
nossa sorte, estaria atrás de nós. —Ela tentou brincar um pouco, embora
com a bile ainda formando um nó na garganta, ela não sentia a menor
vontade de rir.
Daniel, Vince e Bruce, os três homens bonitos que haviam passado a
noite flertando com todas as mulheres do lugar e com Genevieve e ela em
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que morreu não era nenhum vampiro. Eu vi sua morte. Eu o vi. Eu o senti.
Ele era tão humano como nós. Talvez eles acreditem que estão matando
vampiros, mas eu não vejo como. E enfiar uma estaca no coração de
alguém, vampiro ou humano, enquanto ele está vivo e consciente, é
simplesmente sádico. Não podemos correr nenhum risco com estes
homens. Temos que descobrir o que eles querem, e precisamos ter muito
cuidado. Se eles nos marcaram, precisamos saber o porquê.
Genevieve respirou fundo e assentiu. Ela tinha sido a única a insistir
que parassem de se esconder e agissem como se estivessem vivas de novo,
mas Charlotte era mais guerreira. Quando desceram para enfrentar o
perigo, era Charlotte quem estava na frente.
As duas voltaram para a mesa, se enfiando no meio da multidão. Os
três homens as esperavam, os olhos examinando-as cuidadosamente
quando elas se aproximaram.
— Por que há sempre uma fila no banheiro das mulheres e
não no dos homens? —perguntou Charlotte, e jogou-se na cadeira ao
lado de Daniel. — Toda vez. É uma loucura e me tenta a marchar
ao banheiro dos homens com um grupo de mulheres que pensam
como eu.
— O que aconteceu com você? —perguntou Daniel, ele parecia
encantador. Solícito, preocupado mesmo. Mas não conseguia esconder o
estado de alerta frio em seus olhos. A suspeita.
Ela tinha que tocar o copo novamente sem uma reação. Charlotte
piscou um sorriso envergonhado. Deliberadamente, ela avançou os dedos
em direção ao vidro, de onde ele tinha bebido. — Eu sou violentamente
alérgica a algo que eles colocaram em alguns dos cocktails. Eu
deveria ter sido mais cuidadosa. —Ela colocou a palma da mão em
torno do vidro onde achou que as impressões dele estavam e começou a
puxá-la lentamente para ela.
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o que queria, quando teve a ideia. Ele tinha quatro outros clubes em várias
cidades, e cada um tinha um sócio diferente, um que gerenciava o clube,
enquanto ele estava em sua residência principal.
O projeto com a abertura no centro das pistas de dança era ainda mais
importante agora que sabia que seus maiores inimigos invadiram a cidade.
Vampiros tinham ido para o subsolo. Estes não eram mortos-vivos antigos.
Vampiros pensando, usando a tecnologia, planejando a guerra,
sofisticados e organizados. Tariq poderia fazer uma varredura de mentes
por notícias de assassinatos bizarros sinalizando a possibilidade de um
vampiro por perto, por sumiço dos seres humanos na área a fim de criar
um exército emergente.
— Nada de novo? —Maksim veio por trás dele. Ele agarrou o balcão
e se inclinou para observar a massa de corpos dançando em cada andar
abaixo deles.
— Não. Isso me preocupa mais do que se eu tivesse descoberto alguém
contaminado. —Tariq inalou bruscamente. Franziu a testa. — Há um
cheiro ... —Ele parou.
— Suor, —disse Maksim com um sorriso irônico.
Tariq não tinha senso de humor. Para ele, não havia uma profusão de
cores quando olhou para os homens e mulheres dançando. Ele via apenas
um cinza fosco. Não sentia ... nada. Ele vivia para caçar. Matar. Mesmo
fazendo isso, ele sentia ... nada. Ele inalou novamente, e mais uma vez,
estava lá. Aquele cheiro. Chamando por ele. Fazendo seu coração bater.
Bombeando o sangue quente em suas veias. Debruçou-se mais sobre o
balcão.
— É indescritível. Fraco. Quase nada.
O sorriso desapareceu do rosto áspero de Maksim. — Cheiro, Tariq?
Vampiro? Não houve nenhuma dica de atividade, desde que descobrimos
o esconderijo subterrâneo. Temos estado patrulhando ...
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Ela podia estar em qualquer piso que iriam ouvir um sussurro. Ela
poderia estar no subsolo. Eles podiam ouvir as conversas de lá também.
Eles haviam projetado o clube para fazer os ocupantes se sentirem seguros.
O clube subterrâneo tinha entradas e saídas separadas. A música era alta,
o lugar escuro com azuis profundos e roxos que sombreavam a decoração
do calabouço.
Tariq não iria parar até que a tivesse em suas mãos. Ela não
compreendia sobre ele. Ele era implacável e impiedoso como o mar
revolto. Não havia como pará-lo uma vez que ele tinha sua presa em vista.
Ele era Cárpato, caçador de vampiros, e tinha sobrevivido enquanto a
maior parte de sua espécie sucumbiu à sedução do poder. Ele tinha feito
seu dever para com o Príncipe e os humanos, mantendo as regiões
atribuídas a ele limpas e seguras do fedor do mal.
Depois de longos séculos, ele sabia que ela estava perto, mas ela
permaneceu incógnita, fora de seu alcance. Ele tinha usado seus instintos
de caça, afinados por séculos de estratégia, para encontrá-la. Ele afastou-
se da música estridente e do cheiro do sangue correndo quente nas veias e
chamando por ele. Era uma tentação inebriante e ele lutou continuamente.
Irritado com sua incapacidade de encontrá-la quando ela estava tão perto,
ele queria rugir sua frustração para o céu noturno. Ele precisava de ar,
precisava sair e respirar.
Tariq praguejou suavemente na sua própria língua, movendo-se para
trás do corrimão para as sombras mais profundas. Somente o fato de poder
sentir a frustração significava que ela estava muito, muito perto, e ele podia
ouvir sua voz, embora não pudesse reconhecê-la entre todas as outras
vozes. Ele sabia que ela estava em algum lugar no prédio mesmo que fora
de alcance, pelo fato de suas emoções há muito tempo desaparecidas,
voltarem inesperadamente para interromper sua calma, seu pensamento
lógico. Ela tinha que ter uma mente forte para frustrar seus muitos scans na
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cidade em busca dela. Ela era muito forte para ser capaz de desafiar seus
comandos.
Ele era um ser poderoso, muito habituado a fazer tudo com uma
quantidade mínima de esforço. Ele teve séculos sobrevivendo a batalhas,
séculos de nenhuma emoção, nenhuma cor. Sempre os sussurros insidiosos
da chamada do mal, tentando induzi-lo, mas ele tinha resistido por uma
razão. Uma mulher. Uma única mulher. Sua companheira. A outra metade
de sua alma. Só ela poderia restaurar seu mundo, sua vida como deveria
ser. Há muito tempo tinha se resignado a seu destino, a resistência em um
mundo cruel e sombrio até que a tentação do poder fosse muito forte. No
entanto, agora, quando ele estava tão perto do fim, ele sentia a presença
dela, uma onda de esperança em um mundo de vazio.
— Mataias rastreou Vadim Malinov indo para o porto, —relatou
Maksim. — Vadim sempre foi inteligente, mesmo em seus anos mais
jovens. Agora, como um vampiro mestre com a lasca de Xavier, um dos
magos mais poderosos que já nasceu nele, Vadim está provando ser um
adversário perigoso. Eu não gosto dele ter ido para o porto.
— Isso que dizer que ele saiu por mar? —Tariq fez uma pergunta. Sua
mente deveria estar na caça ao vampiro mestre. Vadim era, sem dúvida, a
maior ameaça para os Cárpatos e o mundo humano desde Xavier, o mago.
Tariq estava muito distraído por essa fragrância. Agora que ele tinha
apanhado o cheiro, sabia que tinha de voltar sua atenção para encontrar a
proprietária. — Ela tem que estar em algum lugar no prédio.
Era um grande edifício. Enorme. Cinco andares mais o porão, quatro
deles usados para o clube e o quinto andar era seu espaço pessoal. O porão
era um clube subterrâneo, então realmente, cinco andares. Quatro lados
em cada um dos andares. Quatro pistas de dança em cada andar com
mesas em torno das varandas interiores. Cada andar estava lotado quase à
capacidade. Ainda assim, ele era Cárpato. Ele poderia cobrir um lote
rapidamente.
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— Vá, —disse Maksim. — Você não serve para mim, até encontrar
essa mulher. Lojos e Mataias estão patrulhando esta noite e se houver
qualquer indicação de que o exército de Vadim está trabalhando em nossa
cidade natal, eles vão encontrar as provas. Tem estado muito tranquilo
nestas últimas duas semanas.
Vadim Malinov, um vampiro mestre único e talentoso, estava
montando um exército de vampiros. Ele estava usando a mais recente
tecnologia e até mesmo conseguindo recrutar seres humanos para fazer o
seu lance. Não havia precedentes para o que Vadim tinha feito. Ele havia
fugido das Montanhas dos Cárpatos, longe do Príncipe e os antigos
caçadores de lá, para viajar para os Estados Unidos, onde claramente foi
acumulando um exército contra Cárpatos e humanos. Ele tinha que ser
interrompido.
Tariq não esperou mais conversa. Ele se camuflou e flutuou de seu
espaço pessoal para o quarto andar do clube. Salsa ressoava no ar.
Contundente. A batida conduzia. Este andar tinha dança latina e a
atmosfera refletia isso. Era sofisticado, moderno e extremamente popular.
Corpos aterravam um contra o outro. As pistas de dança estavam sempre
cheias de todos os níveis de dançarinos, de iniciantes a especialistas de
competição.
Ele andou pelas mesas sentindo o cheiro dos dançarinos. Procurando.
Meticuloso. Ocorreu-lhe que se a sua mulher estivesse neste piso, ela
estaria dançando com outro macho. Por que o predador nele se tornaria
mais pronunciado com a ideia do corpo de sua companheira se esfregando
contra o corpo de outro homem, se ela não estivesse perto? Se ele não
tivesse ouvido sua voz, a mágica voz que iria mudar o seu mundo? Ela
tinha que estar lá, o som chegou a ele por todas as conversas que se
registravam como barulho que ele sintonizava em uma base diária.
Porque ela tem que estar aqui, Maksim concordou, utilizando a ligação
telepática entre eles.
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se mover por seu clube para encontrar sua mulher. Poderia "Charlie" ser
essa mulher? O homem disse que tinha um dom psíquico.
— Por que alguém iria querer restaurar cavalos quebrados de
carrossel velhos, Daniel? Não são fabricados todos os dias? —O
outro homem zombou, como se sentisse total desprezo por qualquer coisa
antiga.
Tariq era velho. Antigo de fato. Ele veio de séculos passados, e o
pensamento deste homem falando que queria jogar fora parte da história
incomodava. Em primeiro lugar porque se incomodar pelo parecer de um
humano. Um estranho sem nenhuma consequência. No entanto, não só o
assunto o intrigou, mas agora ele entendeu por que esta conversa, entre
todos os outras, pegou na sua atenção.
Ele caiu sobre o parapeito do terceiro andar e flutuou em direção ao
térreo, onde sabia que a conversa estava acontecendo.
— Sério, Bruce? De que diabos você está falando? Nós temos
que sair daqui, segui-las e descobrir se ela sabe alguma coisa.
Pare de falar besteira e termine sua bebida rápido ou leve-a com
você, porque elas estão saindo.
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Tariq estava quase sobre eles agora. Ele tinha achado a mesa onde os
três homens e as duas mulheres tinham estado sentados juntos no bar.
Tariq parou, seu coração começou a bater no ritmo da música. Sua boca
ficou seca. Ele inalou profundamente. Ela tinha estado lá. Flores de laranja
e baunilha. Ele seguiu a fragrância única, tecendo seu caminho por entre
as mesas, correndo e empurrando a porta para seguir os três homens. Ele
estava atrás deles. O cheiro dela não estava em nenhum dos três homens e
que salvou suas vidas.
Ela tinha estado em seu clube, provavelmente toda a noite. Com eles.
A uma curta distância dele. Dançando com eles. Bebendo com eles. O fogo
em seu sangue aumentou até que ele podia ouvir o rugido em seus ouvidos
e senti-lo trovejando em suas veias. Estes homens tinham colocado as
mãos sobre ela. Ele deu um passo para eles, chegando por trás deles em
silêncio absoluto. Um vento. Não mais. Um redemoinho escuro no ar que
poderia sugar a vida deles sem que eles nem mesmo soubessem antes de
caírem mortos no chão.
Tariq. Maksim novamente usou a ligação telepática entre eles. Ele já
estava no andar de baixo, mas longe de Tariq, em direção as portas que
davam para fora. Eu sinto um espaço em branco. Um fedor vem de fora cada vez
que as portas são abertas. O morto-vivo está perto. Ele está caçando.
Tariq levantou a cabeça em alerta. Ele tinha estado tão travado em sua
presa que não tinha escaneado antes de pisar no lado de fora. Erros como
esse poderiam custar sua vida. Não só a dele, mas as dos seres humanos e
Cárpatos que ele tinha jurado proteger. Sentimentos não eram um trunfo
para um caçador. Sua companheira estava em um estacionamento aberto
ou uma garagem com um vampiro perto e três homens a perseguindo. É
claro que ela iria chamar um vampiro para ela. Ela tinha de ser fisicamente
dotada para ser sua companheira. Nenhum vampiro poderia resistir a essa
atração.
Você fica e protege os de dentro. Irei pelo morto-vivo. Já estou na rua.
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Ela usava um jeans azul claro, tão desbotado que eram quase brancos,
e um top coral cintilante que agarrava suas curvas generosas. Ele se
aproximou dela para inalar o aroma indescritível das flores de laranjeira e
baunilha, levando a fragrância profundamente em seus pulmões. Seu
mundo se inclinou por um momento enquanto a emoção escorria dentro
dele. Forte. Sacudindo-o. Seu primeiro instinto foi o de agarrá-la e ir para
o céu para tirá-la do caminho do mal. Ela estava em perigo. Muito real,
perigo mortal.
Um homem estava descansando contra o capô de um carro. Alto.
Ombros largos. Vestindo jeans e uma camisa de colarinho branco com uma
jaqueta esportiva. Seus tornozelos estavam cruzados, e ele observava as
mulheres se aproximando do carro, sem tirar os olhos delas. Seu cabelo
estava penteado para trás curto, cravado, como a última revista GQ. Sua
atenção estava sobre as mulheres e ele não percebeu a pequena lufada de
vento perturbando os detritos no chão.
— Senhoras. —A voz era culta. O homem sorriu, revelando dentes
brancos, uma leve insinuação de pontos acentuados, apenas parecidos com
presas. Ele acenou para as mulheres com uma onda de seus dedos.
O coração de Tariq bateu com força em seu peito antes dele respirar
fundo e se forçou a afastar todo o sentimento de modo que apenas gelo
corria em suas veias. Ele emergiu das sombras quando a mulher de cabelos
escuros deu um passo em direção ao carro.
A mulher mais baixa, Charlie, sua Charlie, segurou o braço da amiga.
— Espere Genevieve, —ela ordenou suavemente e deu um passo para
colocar-se na frente da outra mulher. Foi sutil. Isso era proteção, não havia
dúvida do que ela estava fazendo, e apesar do fato de não poder mostrar
qualquer emoção, sentiu orgulho dela. Ele podia sentir o medo dela, mas
ela ainda se colocou na frente de alguém com quem ela obviamente se
preocupava.
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ela deveria dizer sem parecer uma lunática? O homem que enfrentavam
tinha arrancado gargantas e bebido sangue? Que ele tinha matado a avó e
o namorado de Genevieve em Paris? Que ele tinha matado seu próprio
mentor lá também? Então ele tinha vindo para os Estados Unidos para
assassinar seu irmão? Ela não podia imaginar o suave e sofisticado
proprietário do clube noturno acreditando nela. Ele parecia muito elegante
de saber sobre assassinos em série.
Ela também reconheceu o seu nome pela carta que Ricard Beaudet
tinha lido em voz alta para ela. Este homem colecionava cavalos de
carrossel. Talvez fosse por isso que ela tinha escolhido ir ao seu clube. Ela
subconscientemente escolheu, não porque ser o local mais quente na
cidade, mas porque ela esperava conhecê-lo e conseguir uma olhada nos
cobiçados cavalos pintados. Agora ela o deixou em perigo. E ela sabia que
ele estava em perigo real. Fridrick estava totalmente focado nele, e não em
qualquer uma das duas mulheres.
As feições de Fridrick mudaram sutilmente, e não para melhor. Seus
olhos pareciam vermelhos, injetados até. Seus dentes não pareciam tão
brancos, e não havia o menor indício de nitidez quando ele esticou a boca
obscenamente em um sorriso. Sua pele parecia diferente, muito mais
pálida, e até mesmo suas unhas pareciam mais longas.
— Vi, —ela sussurrou baixinho, "saia daqui." Pelo menos ela poderia
conseguir que Genevieve saísse viva. Ela iria ficar e fazer o seu melhor para
ajudar Tariq Asenguard a sobreviver—embora ela não tivesse ideia de
como. Ela tinha ido para o clube de Asenguard e tinha levado o serial killer
com ela. Era sua responsabilidade, não de Tariq. Ela queria correr de
Fridrick, dizendo a si mesma que tinha Lourdes, mas algo a forçava a
proteger Tariq. Ela precisava protegê-lo.
— Não, Genevieve, —Tariq disse inesperadamente, mas sua voz era
de comando. — Você fica perto de mim.
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si mesmo. Adiar era bom. Maksim viria, assim como os outros. Ele tinha
enviado um convite aos caçadores disponíveis para virem a San Diego
quando ele e Maksim descobriram o covil de Vadim. Estariam a caminho
e vindo rápido. Tariq só precisava de um pouco mais de tempo. Sua mulher
era boa sob o fogo e talvez, apenas talvez, ela fornecesse esse tempo.
— Claro que me lembro de Beaudet. Pedi-lhe para vir aos Estados
Unidos e restaurar alguns cavalos que eu adquiri recentemente. —Ele
jogou junto, mantendo a conversação em tom baixo, de modo que Fridrick
e os outros tiveram que realmente parar para ouvir. — Nós nos
correspondemos e mandei-lhe fotos da minha coleção e, eventualmente,
uma passagem de avião, mas ele nunca veio.
O olhar de Charlotte passou de Tariq para Fridrick e depois voltou
novamente. — Ricard morreu, em Paris. Foi assassinado. A polícia não
tem ideia de quem fez isso. Havia um serial killer à solta. Ele drenava a
maior parte do sangue dos corpos e arrancava as gargantas de suas vítimas.
Tariq ouvia a afeição pelo homem em sua voz. Tristeza por sua morte.
O conhecimento de que Fridrick era o responsável. Seu instinto dizia para
segurá-la. Consolá-la. Ele não podia fazer nada disso, porque precisava
estar longe dela para dar combate aos quatro, bem como para mantê-la fora
da linha de batalha quando os outros atacassem.
O ar ficou pesado com a tensão. Fridrick se endireitou sutilmente, um
movimento quase imperceptível, mas Tariq viu e deslizou alguns passos
em direção a ele, mais para colocar distância entre Charlotte e ele próprio
do que para começar a batalha. Charlie se moveu com ele, espelhando os
seus passos, ficando perto dele.
Ele vaiou um aviso para ela, seu olhar deslizando sobre ela
brevemente antes de retornar ao Fridrick. A mulher estava se colocando
em perigo se continuasse.
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homens como ele pensava. E que disse a Tariq que a atenção de Fridrick
estava centrada em Charlotte, e não na batalha.
— Será que você realmente admitiu cometer um assassinato?
Fridrick fez uma careta e mais uma vez olhou o grande parque de
estacionamento como se isso lhe desse uma pista para qualquer armadilha
que Tariq pudesse estar armando. Seu olhar voltou para Charlotte, sua
aparência ainda bonita, mas sua pele estava vermelha e ele parecia agitado
em vez de friamente no controle. Ele acenou com a mão, descartando o
assunto.
— Charlie, eu estou oferecendo-lhe uma última oportunidade de
cooperar comigo. Se não o fizer, vai se arrepender a sua decisão. —A voz
de Fridrick não era mais sedutora. Era dura e com raiva, traindo a tensão
debaixo comportamento frio do vampiro.
Antes que Charlotte pudesse responder, Maksim chegou. Em seus
calcanhares estavam os trigêmeos, Mataias e seus irmãos Lojos e Tomás.
Tariq ergueu a sobrancelha quando viu Tomás, e rapidamente escaneou
suas feridas. Ele tinha sido muito ferido na última batalha e colocado na
terra para se curar. Apenas duas semanas se passaram, e que não era tempo
suficiente dada a gravidade dos ferimentos no caçador Cárpato.
Tomás enviou-lhe um sorriso arrogante, os quatro espalhando-se por
trás dele, de frente para os homens de Fridrick. Outro caçador emergiu das
sombras. Tariq não tinha visto Dragomir Kozul, desde que tinham lutado
juntos na Rússia. Os séculos não tinham sido gentis com ele. Poucos
Cárpatos tinham cicatrizes, mas Dragomir parecia um mapa de cicatrizes.
Sua face e pescoço tinham tatuagens que tinham sido esculpidas em sua
pele, em vez de pintadas. Seus olhos eram ouro puro. Incomuns, ouro
quase antigo. O homem era um gigante, mais alto e mais musculoso do
que a maioria dos homens Cárpatos, ele parecia em forma, mas cada linha
natural era funda, como se estivesse tão cansado do mundo, que tinha
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realmente o que estar sozinha é. Eu estou farto de você. Você irá aprender
o que é sofrer ...
— Chega, —Tariq estalou, em seu tom de comando. Ainda assim, ao
lado dele, Charlie tinha endurecido em alarme. Ela tinha uma sobrinha.
Lembrou-se da conversa anterior. Fridrick tinha matado seu irmão mas
deixou a sobrinha viva para atrair Charlie de volta aos Estados Unidos.
Charlotte deu um passo para Fridrick, a cor sumindo de seu rosto.
Tariq pegou o braço dela e na verdade, teve de agarrar o pulso dela para
impedi-la de mover-se para o vampiro. Fridrick tinha encontrado sua
fraqueza. O vampiro sorriu, parecendo realmente mal quando acenou com
a mão para seus companheiros. Todos desapareceram nas sombras. Vários
dos caçadores deslizaram atrás deles, silenciosos e mortais com um
propósito que ninguém poderia confundir.
— Sua sobrinha. —Tariq puxou Charlotte para a frente dele,
necessitando tocá-la, mas também para distraí-la para que ela não prestasse
atenção aos caçadores seguindo suas presas. Principalmente, precisava de
informações imediatamente porque Fridrick iria retaliar. Pela primeira
vez, Tariq observou a diferença de alturas. Ela tinha estado tão reta que ele
realmente não tinha percebido o quanto ela era pequena. — Eu preciso
saber onde ela está agora.
Charlie hesitou, e ele não podia culpá-la. Ela não o conhecia. Deu-lhe
uma pequena sacudida. — Olhe para mim. Agora. Olhe para mim.
Seu olhar saltou para o dele. Se agarrou a ele. Ele se recusou a abrir
mão do controle, uma vez que ele a tinha presa. — Você sabe quem eu sou.
Você conhece a minha reputação. —E não era boa. A maioria das pessoas
achava que ele era um playboy ou ligado ao crime organizado. — Eu posso
mantê-la a salvo dele, mas ele vai por sua sobrinha. Meu povo tem que
chegar lá primeiro. Onde ela está? —Ela não tinha sido suscetível a
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da noite, até você se sentir segura e saber que sua sobrinha e a outra amiga
estão bem.
Ele deu um passo para trás, dando espaço, deixando-a decidir-se. Era
difícil se abster de usar uma compulsão, quando normalmente seria tão
fácil, mas não quis arriscar a fazendo ficar desconfortável. Ela já estava
inclinada a aceitar o convite.
— Eu acho que é uma grande ideia, —disse Genevieve. — Charlie, ele
tem seguranças. Você viu seus homens. Eles intimidaram totalmente
aquele psicótico. Eu não me sentia segura há meses. E depois que estive
aqui, entre aqueles homens assustadores nos seguindo e Fridrick o
assassino, eu poderia aproveitar pelo menos uma noite para dormir bem.
Tariq se virou. — Que homens assustadores seguiram vocês? Os
homens de Fridrick? —Daniel Forester, Vince Tidwell e Bruce Van Hues
tinham conspirado em seu clube, mas ele tinha que fingir que não sabia.
Genevieve sacudiu a cabeça. — Não. Como se não fosse ruim o
suficiente ter um serial killer à solta, que admitiu estar em Paris e matado
Ricard Beaudet, e estou certa de que ele não só o matou, mas a vovó e
Eugene Beaumont também. Eu estava saindo com Eugene e ele morreu da
mesma maneira que Monsieur Beaudet, vovó e irmão de Charlie.
— Quais homens estão seguindo você? —Tariq olhou nos olhos de
Charlie, forçando-a a olhar para ele. Ela tinha que lhe dizer tudo, para que
parecesse que ele tinha conseguido todas as informações dela e Genevieve.
Charlotte suspirou e jogou para trás os fios soltos de cabelo. Ele
observou que sua mão estava tremendo. Só um pouco, mas estava. — Três
homens. Eles estavam em Paris, também, mas não acho que eles tinham
alguma coisa a ver com Fridrick. Fomos a um centro de testes psíquicos
para nos divertir. Apenas uma espécie de piada, você sabe, como ler a
palma de nossas mãos.
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Uma cor fraca varria seu rosto e pescoço e seu olhar se desviou do
dele. Tariq percebeu que ela estava com medo dele pensar que ela era louca
por acreditar em habilidades psíquicas, e estava dando desculpas. Ele
balançou a cabeça, sua expressão sombria para mostrar a ela que ele a
levava a sério. — Continue.
— Nós duas supostamente fomos muito bem, e eles nos pediram para
fazer mais alguns de seus testes. Nós concordamos num primeiro
momento, mas eles foram tão insistentes, nos fizeram perguntas tão
pessoais sobre coisas privadas que nenhuma de nós queria revelar. Em
seguida, eles queriam nos separar. Estávamos em uma pequena sala nesse
momento e ambas tivemos a sensação de que estávamos sendo observadas
e registradas. Nós decidimos sair. Por alguns minutos, pareceu que eles
não fossem nos deixar ir. Na verdade, tivemos de passar por um par de
homens e brigar muito sobre isso.
Genevieve assentiu. — Eles ficavam dizendo que estávamos
cometendo um erro e que precisávamos terminar o teste com eles. Nós
apenas agarramos uma a outra e corremos deles. Nos sentimos mais
seguras, estávamos na rua com pessoas ao nosso redor, mas mesmo antes
que chegarmos em casa, sabíamos que estávamos sendo seguidas.
— Você viu estes três homens? —Tariq perguntou.
Charlotte balançou a cabeça. — Não de imediato. Os vimos ali, no
centro de testes, mas a distância. Nós nem sequer os reconhecemos quando
os vimos a primeira vez em seu clube.
— Estes homens que seguiram vocês estavam no meu clube? —
Fingindo choque, ele deu um passo para longe delas como se fosse para o
clube para arrastar os três homens fora. — Será que eles se aproximaram
de vocês?
— Hoje à noite sim, —disse Genevieve. — Eles flertaram e dançaram
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até encontrá-la, e ela era tudo e mais do que ele jamais poderia ter
esperado. Ele não iria perdê-la.
Charlie respirou fundo, os olhos verdes se movendo sobre ele
lentamente. — Então eu acho que você vai ter que vir com a gente.
Ela sabia que ele estava mentindo. Seu coração estremeceu em seu
peito. Orgulho de suas habilidades o sacudiu. Quem diria que uma mulher
humana seria capaz de lê-lo tão facilmente? Ele enviou-lhe um sorriso
rápido.
— Eu acho que vou. Deixe-me apenas dar as chaves para o manobrista
e dizer-lhe para ter certeza que o carro que eu vim ficará seguro aqui na
garagem.
Charlotte sorriu para ele, um sorriso genuíno pela primeira vez. Ela
puxou o celular. — Eu tenho que ligar para Grace já e dizer-lhe para
esperar seus amigos. Eu quero que ela traga algumas coisas para nós
também.
Genevieve chegou mais perto de Charlie, acrescentando a lista alguns
itens para Grace trazer para ela. — E os homens que vão são realmente
quentes, —as duas mulheres asseguraram a sua amiga.
Tariq franziu a testa. — Você achou meus amigos quentes? —Seus
olhos estavam em Charlie. Avaliando-a. Alguma coisa se mexeu dentro
dele, algo que não era bom. Sua barriga apertou em vários nós duros.
Charlie deu de ombros. — Eles tem uma boa aparência, Sr.
Asenguard, é claro, que notamos. Isso fará Grace mais tranquila, que seus
salvadores sejam caras quentes.
— Me chame de Tariq. E me agradaria imensamente que você não
achasse meus amigos "quentes." Estaria tudo bem você fazer essa
avaliação para mim, mas não para eles.
Genevieve riu.
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Ele provou o medo na boca, e não era medo por sua companheira, mas o
medo de uma jovem que já tinha passado por muito. Eles tinham trazido
Emeline dos túneis, sangrando e estranhamente silenciosa, em estado de
choque. Vadim não tinha tido muito tempo com ela, mas tinha tido algum.
Ele enviou um pequeno exército para retardar todos eles, os atrasando
preciosos minutos para que pudesse ficar sozinho com ela. E ele ficou
sozinho com ela.
— Há uma jovem mulher em minha propriedade. Um dos amigos de
Fridrick a teve brevemente, mas conseguimos recuperá-la, —disse ele, a
insanidade perturbadora de seus pensamentos empurrando todo o resto
fora de sua mente. — Se ela conta como sua mulher, então tudo faz
sentido. —Fazia sentido, mas era horripilante.
Nenhum deles tinha falado com Emeline. Ela retirou-se para a
pequena casa e recusou-se a permitir que qualquer pessoa a ajudasse nem
mesmo Blaze. Blaze ia vê-la diariamente, mas ela disse que Emeline não
quis falar sobre o que aconteceu. Ela mantinha o quarto escuro e silencioso
e não queria falar nem mesmo com um conselheiro. Tinha sido a apenas
duas semanas, portanto, todos eles recuaram para lhe dar tempo para
chegar a um acordo com o que quer que Vadim tivesse feito a ela.
Todos sabiam que Vadim tinha trocado sangue com Emeline. Isso era
horrível o suficiente. Isto permitiria a Vadim encontrá-la em qualquer lugar
que ela estivesse. Ele poderia sussurrar para ela, mandar nela, ver através
seus olhos a qualquer momento. Enquanto ela permanecesse na
propriedade de Tariq, sob as salvaguardas combinadas de todos os
caçadores, Vadim não poderia chegar até ela, ou roubar sua mente, mas se
ela tivesse que sair ...
Ele balançou a cabeça, não querendo pensar na ideia do destino de
Emeline poder ser pior do que isso. Ela era uma mulher bonita, corajosa e
doce. Ela tinha ido aos túneis para salvar as crianças, estranhas a ela, o
tempo todo sabendo o que iria acontecer com ela. Ela tinha visto o seu
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— Eu acho que você está certa, —Tariq concordou, — mas não tenho
ideia do que isso significa. Você conheceu Emeline antes ou depois do teste
psíquico?
— Depois, —disse Genevieve. — Cerca de três dias depois. Foi antes
de vovó ser assassinada. Nossas vidas ficaram loucas depois disso. Nós mal
podíamos deixar nossas casas entre os caras assustadores nos seguindo e
um serial killer indo atrás de pessoas que amávamos. Eu honestamente
esqueci de Emeline, e não percebi que ela estava com problemas. Você
acha que ela é a mesma Emeline?
— Se eu fosse um homem de apostas, —disse Tariq, — estaria disposto
a colocar uma quantidade muito grande de dinheiro nisso.
4mn
Uma brisa sutil saiu do lago e acariciou seu rosto, tocando-a com
dedos frescos e espalhando seu cabelo. Charlotte se manteve muito quieta,
seus braços em volta de sua cintura, com medo de suas pernas falharem.
Agora que o perigo tinha passado, por hora, seu corpo entrou em um tipo
de choque. Ela não queria que Tariq percebesse, então manteve o rosto
virado enquanto estudava o seu entorno.
No momento em que Tariq tinha dito a ela e, em seguida, Grace tinha
confirmado que Lourdes estava segura, ela tinha relaxado de alívio. Ela
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— Eu não vou cair, —ela negou, mas não tinha certeza se era uma
mentira ou não. Ela não podia parar os tremores do corpo.
— Não, você não vai, —ele concordou com sua voz suave, muito,
muito hipnotizante. — Porque eu tenho o meu braço em torno de você. Vê
ali, à beira do lago? A pequena casa? —Ele esperou que ela acenasse com
a cabeça antes de continuar. — Ela costumava ser a casa dos barcos, mas
eu tenho um casal muito agradável vivendo ali. Donald e Mary Walton.
Boas pessoas. Você vai gostar deles. Eu os conheci uma noite saindo do
clube. Eu tinha saído a pé depois que o clube fechou porque não conseguia
dormir. Eles estavam dormindo em seu carro e acordaram quando dois
ladrões, empenhados em roubar-lhes a mão armada, tentando tirar o pouco
que tinham, bateram no telhado do carro. Ouvi o barulho e fui em sua
ajuda. Eles eram um casal agradável, apenas sem sorte.
Ela olhou para seu rosto, um pouco chocada que o muito elegante Sr.
Asenguard, proprietário de várias discotecas, podia falar sobre salvar um
casal tão casualmente, como se não tivesse importância, só porque eles
eram um casal encantador. — E você os convidou para viver em sua
propriedade? —Ela não podia esconder o espanto em sua voz. Por que ele
faria isso? Ela não conhecia uma única pessoa que fizesse algo parecido.
— Sim. Eles precisavam de um lar. Eles são boas pessoas, Charlie.
Ela não tinha certeza se havia uma sugestão de censura em sua voz,
ou se ele não conseguiu ver que sua surpresa era porque as pessoas
simplesmente não faziam esse tipo de coisa como regra, acolher completos
estranhos. Ele agiu como se alguém o fizesse.
— Donald tem um emprego agora. Ele é um condenado de um bom
contador, mas sua antiga empresa se livrou dele, porque ele estava ficando
mais velho e tem alguns problemas de saúde. Ele ajuda com meus livros
de contabilidade e tem sido uma grande ajuda para meu contador, mas não
tem de trabalhar o tempo inteiro e pode descansar quando sua doença
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aparece. Agora ele ganha o suficiente para que paguem por alguns extras,
e ajudam a cuidar das crianças.
— Crianças? —Ela ecoou fracamente.
Sua propriedade era bela e muito, muito cara. Cada detalhe era
perfeito. O paisagismo, a mansão de três andares com cumeeiras e
varandas. A arquitetura era vitoriana na sua mais impressionante forma.
A casa tinha decks e enseadas correndo em várias direções, bem como
generosas quantidades de gengibre. Uma grande torre octogonal com um
íngreme telhado levantava-se do terceiro andar, formando um canto
ornamentado da casa. Um grande e envolvente alpendre coberto com
suportes ornamentais e fusos proporcionava uma tremenda vista do lago.
As outras casas estavam a alguma distância da casa principal, mas todos
eram réplicas menores da mansão maior.
— Eu tenho quatro órfãos que vivem na propriedade. —Tariq voltou-
se para mostrar a casa que teria sido a guarita, uma casa para guarda-costas
ou de funcionários. — Um menino e três meninas. Eles estavam vivendo
nas ruas também.
— Crianças? —Repetiu Genevieve, deslizando-se para fora do carro
para ficar ao lado deles. — Eles não deveriam estar em alguma forma aos
cuidados do governo? Por que estariam morando aqui?
— Eu sou seu guardião oficial, ou serei em poucos dias, quando a
papelada se resolver. Eles tem alguém muito perigoso atrás deles. Os
homens com Fridrick mataram seus pais, embora não haja qualquer prova
disso. Vadim e Fridrick seqüestraram as meninas. No momento em que
fomos capazes de resgatá-los, uma das meninas tinha sido gravemente
ferida e a bebê estava traumatizada. Felizmente eu tenho dinheiro
suficiente para fornecer o melhor cuidado possível para eles. Eu também
posso mantê-las seguras.
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Desta vez não havia erro. A voz de Tariq tinha mais que uma nota de
censura, como se ele pensasse que talvez as duas fossem criticá-lo por
ajudar as crianças e um par de desabrigados.
— Eu acho que é maravilhoso, —Charlotte disse imediatamente,
porque era a verdade estrita, ela achava que ele era maravilhoso. Quase
bom demais para ser verdade. Ainda havia homens no mundo tão
diferentes, que eram lindos, corteses e corajosos? Ela não podia acreditar
no quanto estava atraída por esse homem. Era tão diferente dela, mas tudo
sobre ele a atraía.
Tariq parecia confuso, como se ela não estivesse fazendo sentido.
— São crianças. Todos eles estão traumatizados, embora Danny nunca vá
admitir que esteja. Ele tem quinze anos e já pensa em si mesmo como um
homem. Eu tenho que ter muito cuidado para não pisar nessa característica
de proteção ou em seu orgulho. Amélia tem quatorze, Liv tem dez e Bella
tem três. Ela tem a idade certa para se tornar amiga de sua pequena
Lourdes, eu espero.
Mais e mais ela estava preparada para aceitar sua oferta de ficar e
trabalhar em seus cavalos de carrossel. Ela não podia proteger Lourdes
indefinidamente, não de Fridrick. E ainda havia o quebra-cabeça dos três
homens que as estavam seguindo. Ela engasgou, apertando os dedos à
boca, mordendo a ponta de seu dedo indicador quando ela pensava nas
memórias que tinha puxado da mente de Daniel Forester.
— O que foi sielamet1? —Ele pegou seu pulso com uma delicadeza
enganosa, puxando até que ela o deixou remover os dedos de seus lábios.
Ele puxou a mão ao peito, descansando a mão sobre o seu coração,
cobrindo a mão dela com a sua própria e pressionando-a lá. — Você
pensou em algo perturbador.
____________________
1
sielamet – significa minha alma
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Charlotte não tinha ideia do que ele a tinha chamado, mas a maneira
como ele disse, suave e baixo, sua voz uma carícia, deixou seu estômago
fazendo um rolo lento, apesar de sua agitação.
— Os três homens nos seguindo. Eu sei que isso parece loucura, mas
eles são assassinos também. Genevieve e eu estávamos tentando descobrir
mais sobre eles. Fomos para o clube com a ideia de atraí-los para campo
aberto.
— Você o quê?
Ele interrompeu-a, e o ar de repente ficou grosso com o calor. Calor
opressivo. Oh, oh. O homem lindo tinha temperamento afinal. Seus olhos,
de um azul profundo, tinham ficado turbulentos, uma tempestade do mar
fora de controle. De repente, ele parecia muito maior. Embora ele
mantivesse aquele ar sofisticado, parecia mais uma capa quando ele era
muito mais predatório.
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ver chamas queimando lá. De tão perto, ele ainda era lindo, talvez até
mais, mas também era hipnotizante, um homem forte, com raiva,
prendendo-a em seu tempestuoso olhar, turbulento.
Ela conteve o fôlego bruscamente. Umedeceu os lábios secos com a
ponta da língua. Tentou encontrar voz, apesar de sua garganta parecer ter
se fechado. — Tariq. —Seu nome. Não seu sobrenome. Apenas o seu
nome. Uma intimidade que não esperava ou queria, mas que iria usar, em
voz baixa, um tremor que ela não tinha a intenção de usar.
— Sielamet.
Apenas isso. Outra língua, que ela não entendia, mas a maneira como
ele disse, tão suavemente, de modo intimo, parecia uma carícia movendo-
se sobre sua pele.
— Por que você está com raiva? —Ela tinha que entender. Isso era
importante. Extremamente importante. Ela não achava prudente, mas sua
raiva era uma entidade tangível, viva, tão opressiva, que o ar em torno
deles engrossou.
— Você se colocou em perigo. —Uma acusação. Simples. Forte. Crua.
Ela olhou para Genevieve, porque precisava desviar o olhar sem
piscar, focado. Ele lembrava um grande lobo observando sua presa.
Esperando uma oportunidade para saltar. Mas ele estava certo. Ela havia
se colocado em perigo. Ela colocou Genevieve em perigo também. Elas
não sabiam se os três homens estavam envolvidos no assassinato de seus
amigos e familiares, mas sabiam que o que estavam fazendo era perigoso.
Ela assentiu com a cabeça. — Sim. Isso é verdade. Eu fiz isso, mas
não estávamos seguras. Lourdes não estava segura. Tínhamos que saber
com o que estávamos lidando, e nós não sabíamos sobre Fridrick. Nós não
tínhamos percebido que havia duas ameaças, não uma. Ótimo que
escapamos.
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essa terrível necessidade, tão brutal que parecia varrê-la só com a voz ou o
menor dos toques. Ela estava louca para estar tão completamente atraída
por um homem, quando o perigo a cercava e cada movimento que fazia
poderia estar colocando suas sobrinha e amiga no mesmo perigo.
Deliberadamente, ela respirou, sentindo a ascensão e queda do peito sob a
palma da mão dela. Sua respiração seguiu a dele da mesma forma que o
seu batimento cardíaco seguia o dele.
— Obrigado. Se eu não disse isso antes, estou dizendo agora, com
enorme gratidão. Eu já estava com medo daquele homem horrível e de não
poder ser capaz de me afastar dele, mas eu não tinha ideia de que ele não
estava sozinho. Ele ficou com medo de você. —Ela fez a última
declaração, querendo uma explicação. Se Fridrick era um assassino em
série, capaz de arrancar gargantas e drenar sangue de corpos, o que era
muito teatral para comentar, e ele tinha medo de Tariq, quem seria Tariq
Asenguard?
— Nós nos conhecemos há muito tempo. Eu já o cacei antes. Ele é
astuto, cruel e disposto a sacrificar seus amigos, a fim de salvar sua própria
pele. Ele me respeita, mas medo? Eu não sei se Fridrick é capaz de sentir
o verdadeiro medo. Ele quer viver, e ele vai recuar se acreditar que as
chances não estão a seu favor. Eu tinha amigos suficientes por perto, e
quando apareceram, fizeram pender a balança contra ele. Ele não estava
disposto a aceitar as probabilidades ou poderia ter havido um banho de
sangue.
Fridrick tinha medo de Tariq não importava como Tariq explicasse.
Isso significava ... Tariq era extremamente perigoso, como todos os
instintos que ela tinha gritaram. Ela não tinha certeza se porque ele era
perigoso para o coração dela, talvez até mesmo a sua alma, e certamente,
para o seu corpo, ele poderia possuir tudo. Ela estava certa que se cedesse
ao desejo que sentia, ele iria possuí-la de corpo e alma.
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ela disse sobre Fridrick matando tantas pessoas. Felizmente, ele sabia sobre
Fridrick e o havia "caçado". O que isso significava? Ela deveria ter
perguntado quando teve chance. Era uma estranha palavra para usar,
especialmente para o proprietário de uma casa noturna.
Ela permaneceu em silêncio enquanto iam ao longo da passagem de
pedra aos degraus que levavam ao alpendre envolvente. Não tinha
explicado que ela "viu" Daniel Forester matar outro ser humano enfiando
uma estaca em seu coração enquanto segurava um copo de coquetel em
sua mão. Tariq e a polícia pensariam que ela era louca.
— Eu não sei onde o assassinato ocorreu, mas não foi o único. —Isso
ficou pior. Fridrick era um assassino em série, e ela estava dizendo a Tariq
que havia dois assassinos em série distintos. Ela quase não se acreditou.
— Você não sabe onde o assassinato ocorreu, mas você sabe que
houve. Acho que você não estava lá quando isso realmente aconteceu. Será
que alguém lhe disse sobre isso?
— Claro que não, —Genevieve estalou, respondendo por ela.
Defendendo-a. Deixando-a em mais problemas. — Às vezes, Charlie 'vê'
as coisas. É um dom. Essa foi uma das razões pelas quais fomos ao teste
psíquico. Pode ter sido por capricho, mas nós duas temos um par de dons
muito reais. —Agora ela soava desafiadora. Ela olhou para Tariq,
desafiando-o a discutir.
— Então você não tem nada de concreto para contar à polícia sobre
estes três homens.
Tariq soou como se estivesse falando para si mesmo, não para elas.
Ele não se opôs ou zombou de qualquer coisa que elas disseram, e que foi
um alívio para Charlotte. Ela não tinha percebido até aquele momento que
realmente não queria que Tariq Asenguard pensasse que ela era louca. Ele
parecia estar levando-a a sério. Ele tinha admitido ter um dom ou dois
próprios, então talvez isso contribuísse para acreditar nelas.
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— Não, não realmente. Nem mesmo com Fridrick. Ele admitiu ter
matado em Paris e, novamente, aqui, o irmão de Charlie, —Genevieve
respondeu, — mas não há nenhuma prova. O melhor que podemos fazer
é talvez empurrar a policia na direção certa. —Ela bocejou e rapidamente
tentou esconder. — Eu sinto muito. Isso tudo é muito desgastante.
— Deixe-me mostrar-lhe um quarto. Entre por sua livre e espontânea
vontade. —Tariq abriu a porta para elas cortesmente, usando o charme do
velho mundo para deixá-las passar primeiro.
Charlotte olhou para ele bruscamente, hesitando enquanto Genevieve
se dirigia para a porta antes que pudesse detê-la. Genevieve foi muito
rápida, movendo-se rapidamente e olhando ao redor dela. Charlotte ficou
fora da porta, sentindo a atração, o desejo de entrar. Um refúgio, e em
algum lugar, nesta propriedade, estava o emprego de seus sonhos o de
restaurar um muito, muito antigo cavalo de carrossel de madeira. Ela tinha
visto as fotos, e desejou ir com Ricard Beaudet para ajudar a restaurá-los.
Ela desejava pôr as mãos neles, sentir à vida em si, o tesouro de memórias
bloqueado na madeira.
— Posso olhar em volta? —Perguntou Genevieve.
— Claro. Minha casa é sua. Você está convidada a escolher qualquer
quarto no piso térreo.
— Obrigado. Se eu achar um que goste, vou direto para a cama. Eu
mal consigo ficar acordada. Se eu levantar antes de você, Charlie, eu cuido
de Lourdes.
— Obrigado, Vi. —Elas estavam se revezando em levantar com a
menina, e Lourdes já amava Genevieve, então Charlotte estava grata pela
ajuda.
Tariq sorriu para Genevieve enquanto ela se movia mais fundo no
corredor mal iluminado. — Ela é uma boa amiga.
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qualquer coisa, ele se manteve uma distância maior do que ele já estava.
Isso a fez sentir-se sozinha—desprovida.
Suas emoções estavam por todo o lugar, fora de controle. Tinha de ser
puro medo. Desde da dor que sentia por perder seu irmão. Ela apenas o
sepultou quando percebeu que estavam novamente sendo seguidas e
observadas, agora aqui nos Estados Unidos. À noite, duas vezes, tinha
havido ruídos bizarros nas janelas e portas, assim como em Paris.
Charlotte tinha chamado 911, mas o que havia para dizer? Ela estava
assustada. Havia ruídos. Ela achou que alguém estava fora de sua casa. A
patrulha oficial veio e não encontrou nada.
— Sielamet, o que é?
Deus. A voz dele. Derretia seu interior. Deixava seu estômago em
uma montanha-russa e enviava dardos direto para seu sexo. Ele acalmava
e incitava. Acariciava e afagava. Essa palavra que ele usava acentuava
tudo.
— O que isso significa? O nome que você me chamou?
O sorriso dele tomou sua respiração, e ainda não tinha realmente
iluminado seus olhos. — É um carinho antigo, difícil de explicar fora da
minha língua nativa. Meu povo vem de uma região remota nas montanhas,
e mantemos as formas antigas.
Isso não tinha exatamente respondido sua pergunta. Ele tinha um jeito
de fazer isso. Dizer-lhe absolutamente nada. Obrigou-se a dar o último
passo para dentro. No momento em que seu pé esquerdo seguiu o direito
e tocou o piso de madeira ela sentiu o mesmo deslocamento sob seus pés,
como se seu mundo tivesse mudado para sempre.
Ela permaneceu parada até a sensação passar, com medo, de que se
ela dissesse qualquer coisa ele poderia pensar que ela era mais louca do que
já parecia. — Qual o caminho para Lourdes? E seu amigo Siv ainda está
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por aqui? —Ela olhou para trás, pela porta aberta. Não havia nenhum
veículo estacionado ao lado de seu carro.
Tariq fechou a porta com firmeza, mas ainda tranquilo, cortando sua
visão para o exterior. Havia intrincados vitrais tecidos na porta, mas não
dava para ver através deles. À luz fraca das arandelas na parede, podia ver
a expressão de Tariq. Desta vez, o olhar em branco tinha sumido. O rosto
dele poderia ter sido esculpido em pedra, mas seus olhos, no fundo, azul
escuro, retratavam emoção. Ela poderia sentir um calor intenso de
vibração através do ar.
— Por que você pergunta por Siv? —Mais uma vez sua voz estava
cortada, concisa, intensa e assustadora.
Ela umedeceu os lábios com a ponta da língua de novo, tentando
ganhar tempo, analisando tudo em sua cabeça, mas não entendendo
porque a pergunta o perturbou. E ele estava chateado.
— Eu perguntei por educação. Ele salvou minha sobrinha e eu queria
agradecer-lhe.
A tensão o abandonou instantaneamente. — Siv não é ... civilizado.
Ele passa a maior parte de seu tempo sozinho, e não fala muito com
ninguém, nem mesmo conosco que somos seus amigos. Ele teve a certeza
que Lourdes estava segura e dormindo, em seguida, saiu. —Ele deu de
ombros. — Essa é a sua maneira e nós o respeitamos.
Ela não iria reclamar. Estar em torno de Tariq já era suficiente. Ela
havia notado que todos os seus amigos tinham boa aparência, apesar de
que alguns deles tinham muitas cicatrizes. Ela só tinha olhos para Tariq.
Ela se descobriu puxando-o para seus pulmões. Por mais que tentasse não
olhar para ele, não se conteve. Ela estava olhando, e não pôde deixar de
notar a satisfação em seu rosto. Em seus olhos. Ele não parecia presunçoso,
mas definitivamente estava mais do que satisfeito dela ter entrado em sua
casa.
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sívam belsö. Parecia tão diferente. Ela sabia francês, mas essa língua era tão
completamente diferente que ela não tinha ideia do que ele disse. Ela só
sabia que quando ele proferiu essa frase com seu sotaque e sua voz baixa e
sensual, ela quis mais. O mundo dela se estreitou até que houvesse apenas
ele. Apenas Tariq Asenguard. Genevieve tinha ido para a cama, e não
havia ninguém para salvá-la de si mesma e de seus impulsos temerários.
Sua mão varreu o cabelo para o ombro esquerdo, deixando o lado
direito nu. Ela sentiu a respiração dele enquanto seus braços se fechavam
em torno de sua cintura e ele se moveu seu mais profundo nas sombras.
Ela mal podia pensar de necessidade. Seu corpo era quente. Forte. Todo
masculino, fazendo-a ciente das diferenças e quão frágil ela era em
comparação a ele. Isso deveria tê-la assustado, mas em vez disso, uma
emoção nova através dela.
Ele sussurrou de novo, desta vez em uma mistura de sua língua e
inglês. — Fél ku kuuluaak sívam belső. Eu esperei tanto tempo por você. Eu
não posso esperar mais um minuto. Diga-me que não tenho. Dê isso para
mim, sielamet.
Ela lhe daria qualquer coisa quando ele usava essa voz. Ela descobriu
que não podia falar, perdida em um mundo dos sonhos. Seu punho de
repente estava em seus cabelos, puxando sua cabeça para trás um pouco
mais, a picada de dor queimando através de seu corpo direto para o seu
sexo, que ela apertou e contraiu, a deixando úmida e necessitada. A mão
em seu cabelo a manteve com a cabeça para trás e para o lado para que
seus lábios corressem pelo seu pescoço. Escaldante. Deixando seu corpo
em chamas. Derretendo qualquer pensamento de resistência.
A boca caiu sobre o pulso em seu pescoço. Seus dentes rasparam em
uma sexy tentação. Ela queria que ele a beijasse lá. Ela queria que ele a
mordesse. Apenas o pensamento de sua boca em sua pele, sua marca nela,
aumentou a necessidade crescente.
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Ela fez o que lhe foi dito, com as mãos em seus ombros, dedos
apertando fundo. Suas mãos se moveram para os quadris dela, e ele
apoiou-a contra uma mesa. Ela não tinha certeza de onde estava. Não era
o hall. Ela estava em um corredor com ele? Por um momento, tentou olhar
ao redor dela. O que ela estava fazendo? Onde ela estava? Onde estava
todo mundo?
— Charlotte.
Ele sussurrou seu nome, baixo, comandando, e seu olhar saltou de
volta ao seu. Ela teve a sensação de cair em seus olhos. Ele a hipnotizava
com aquele olhar. Um feiticeiro escuro segurando-a prisioneira com a sua
magia, e ela não queria escapar. Ela sentiu a madeira fria em sua pele
aquecida, quando ele a deitou na mesa estreita, com o quadril inteiramente
controlado por ele, tudo fugiu de sua cabeça novamente. Cada pensamento
sumiu, havia apenas Tariq e seus incríveis olhos, sua voz e seu perfeito
corpo lindo.
— Eu não posso ser gentil, sielamet, não desta vez, mas vou fazer ser
bom para você.
Ela não se importou. Não poderia se importar. Ela precisava. Ansiava.
Estava queimando sem ele. Ele tinha que se apressar. E ela lhe disse.
Sussurrando. Suplicante. — Depressa. Você tem que estar dentro de mim.
—Não havia nenhum outro lugar para ele estar. Ele pertencia a ela. Dentro
dela. Aquela voz áspera, sexy, ele que utilizava apenas aumentava a
necessidade. Adicionando uma terrível fome que a consumia.
— Diga meu nome, —ele ordenou. Sua voz sussurrou sobre sua pele,
causando arrepios. — Saiba quem é seu companheiro.
Ela não tinha ideia do que era uma companheira, mas queria ser para
ele. Ela queria ser qualquer coisa que ele quisesse. Seus mamilos estavam
duros, os seios doloridos e inchados de necessidade. Lá no fundo a tensão
crescia mais e mais.
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Ele a tinha marcado como sua, e ela sabia que ele quis dizer isso. Ela
podia ver isso em seus olhos. Ela sentiu em seu toque. Tão possessivo. Ela
nunca tinha feito nada parecido em sua vida. Nunca. Mas sabia que
pertencia a ele, e precisava desesperadamente que ele se movesse. Se ele
não fizesse, ela queimaria em chamas como uma Phoenix. Viraria cinzas.
Mais nada.
Tariq, observando o rosto dela, retirou-se e voltou profundo, ao
mesmo tempo mantendo-a cativa a seu olhar, julgando sua reação ao
movimento, e em seguida, parou ainda outra vez para dar tempo ao seu
corpo para se adaptar a sua invasão.
— Mais. —Ela sussurrou para ele. — Por favor, Tariq. Mais. —
Mesmo quando insistiu, ela sabia que ele iria tomá-la sem piedade, e Deus
a ajudasse, era o que ela queria, mesmo necessitava dele.
Deu-lhe mais. Levando-a completamente. Suas mãos firmes em seus
quadris, segurando-a no lugar enquanto ele entrava nela, uma e outra vez,
sacudindo seu corpo com o impulso brutal. Seus seios balançavam em um
convite com cada movimento duro. Raios pareciam chicotear por suas
veias. A tensão dentro dela crescia mais e mais. Ela precisava de ... alguma
coisa.
— Tariq. —Ela disse seu nome. Baixo. Chamando-o quando não
sabia o que fazer para aliviar a terrível queimadura que aumentava. Ele
estava aumentando tanto que o medo deslizou por sua espinha.
— Eu tenho você, sielamet, —assegurou, seus olhos queimando através
dela.
Ela sentia a marca de cada um de seus dedos em seus quadris. Com
cada golpe, ele queimou seu nome dentro dela, profundamente dentro de
seu corpo, até que ela se sentiu possuída por ele. Tomada por ele. Sua.
— Olhos em mim, Charlotte, —ele comandou, sua voz sensualmente
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baixa e rouca, a voz que a virou de dentro para fora. — Deixe-me ver em
sua alma.
Ela adorou a maneira como ele disse isso. Como se quisesse dizer cada
palavra. Mais, quando olhou em seus olhos, sentiu-se ancorada. Segura.
Seu mundo estreitou até que existisse apenas ele. Ela respirava-o em todos
os fôlegos que tomava. Ele estava dentro de seu corpo, enchendo-a e
esticando-a até que o calor era tão escaldante que ela teve medo de perder
a cabeça. Ela se agarrou a seus braços, suas unhas como minúsculos
punhais, marcando ombros e braços, tentando encontrar um apoio,
quando cada golpe brutal enviava ondas de prazer através dela. No
entanto, a tensão dentro dela se recusava a sair, apenas continuando a
aumentar até ela achar que poderia enlouquecer.
— Tariq. —Ela sussurrou seu nome, os quadris ao encontro dos dele,
a cabeça sacudindo até mesmo enquanto olhava para ele, impotência em
seus olhos. — Eu preciso ... —Ela não sabia. Alguma coisa. Ele tinha que
fazer algo. Certo. Agora.
— Eu sei, sielamet. Eu entendo você.
Ele mexeu os quadris, arrastou seu corpo apenas algumas polegadas,
mudando o ângulo, e então empurrou dentro dela, mais e mais, atingindo
o ponto exato até que ela achou que o mundo estava explodindo ao seu
redor.
— Agora, Charlotte. Venha para mim agora.
Seu corpo caiu sobre a borda de um precipício profundo,
fragmentando, subindo. As ondulações não pararam, recusando-se a
deixá-la, seu corpo não era dela, fora de seu controle, e ainda não parou,
implacável, bombeando. Veludo sobre aço. Escaldante. Bonito. Perfeito.
Assustador. Emocionante.
— Mais uma vez, sielamet. —Foi pura demanda. Um comando. Seu
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rosto definido em linhas implacáveis. Os olhos dele ardiam como fogo. Ele
era lindo e terrível ao mesmo tempo.
Como ela poderia ir novamente, o prazer consumindo-a, de novo? Ela
sacudiu a cabeça, mas sabia que lhe daria qualquer coisa que ele quisesse.
Tudo o que ele exigisse dela. Ela não podia se conter. Ele sempre seria sua
única fraqueza. Sempre.
Ela se soltou, desta vez seu orgasmo foi ainda mais poderoso,
rasgando-a com uma força tremenda, irradiando de seu núcleo até as coxas
e barriga, espalhando-se e movendo-se por seus peitos como um terremoto
de proporções gigantescas. Ela ouviu seu gemido fino, os gritos suaves de
seu nome, seu gemido enquanto o corpo dele tomou o seu. Ela sentiu os
respingos quentes do jato após jato de sua pulsante semente dentro dela
que ainda desencadearam outro forte tremor.
Pelo que pareceu uma eternidade, ele estava sobre ela, suas pernas em
volta dele, tornozelos presos no fundo das costas, seu pau enterrado
profundamente dentro dela, seu olhar segurando o dela, dizendo-lhe sem
palavras, da maneira como seu corpo tinha dito a ela, que ela pertencia a
ele. Ela já estava tendo problemas para recuperar a respiração e esse olhar
apenas tornava mais difícil.
Ele se inclinou sobre ela, respirando com dificuldade, plantando um
beijo em seu umbigo. O movimento desencadeou outra onda, desta vez
menos vigorosa, mas não menos prazerosa. Sua boca varreu a caixa
torácica debaixo de seus seios, acariciando com a língua, sugando primeiro
um seio e depois o outro. Os dentes em seu mamilo esquerdo enviaram
outro forte tremor através dela.
Sua boca continuou subindo, para tomar posse de sua garganta. O
queixo. Finalmente, seus lábios. Ele tomou sua boca tão impiedosamente
como teve seu corpo. Reclamando-a. Ela se perdeu em seus beijos. Um
depois de outro. Profundos. Duros. Molhados. Perfeitos. Durante todo o
tempo seu pênis ficou dentro dela, não relaxando, não escapando,
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Ela não sabia como isso poderia ser verdade, mas adorava que ele
dissesse isso, e pelo olhar em seu rosto, ele quis dizer isso. Para ele, esperar
por ela pareceram séculos. Foi o mesmo para ela. Ela procurou em todo o
mundo por algo que precisava desesperadamente e não tinha encontrado
até agora.
Seu corpo estava duro e quente, seu pau profundamente enterrado,
empurrando através dos tecidos sensíveis para reclamá-la. Marcá-la. Era
tão bonito, que ela sentiu as lágrimas brotando.
Kužõ, ainaak évsatzak otti jelä että íla en wäkeva ködaba. Longos,
intermináveis séculos para encontrar a luz que iria brilhar através da escuridão
implacável.
Com o fogo riscando seu corpo, e sua mão curvada em torno da nuca,
segurando-a no lugar, ela mal conseguia ouvir as palavras. Elas estavam
tanto em seus ouvidos como em sua mente. Por um momento ela quase
veio à tona, a ansiedade perto, apesar do mel derretido movendo-se através
de suas veias.
Ašša moo pél. Não há necessidade de ter medo.
Sua outra mão encontrou seu peito, os dedos beliscando o duro
mamilo, puxando, rolando, enviando o relâmpago escaldante através de
seu corpo até que ela ficou com falta de ar, gritando de necessidade,
sabendo que ela não tinha nada a temer. Ela confiava nele com seu corpo,
e ele estava fazendo coisas que ela nunca tinha imaginado.
Én olenam teval it. Estou com você agora.
Lágrimas se acumularam em suas pestanas. Ela se sentia tão sozinha,
mesmo quando estava com sua melhor amiga. Até quando estava com seu
irmão. Ela os amava e sabia que era amava, mas faltava algo ... até agora.
Até Tariq.
Pesäsz engemal. Fique comigo.
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vigyáz tet. Confie em mim para cuidar de você. Kojasz engem pita temet džinõt
t’śuva vni palj3. Deixe-me dar-lhe um pouco mais.
Ele não estava pedindo. Ela sabia disso. Ele estava dizendo, mas ela
queria tudo. Qualquer coisa. Ela precisava dar isso a ele. Sua voz, quando
ele falava sua língua varria tudo, menos a necessidade de se dar a ele. De
agradá-lo. Mesmo que ela estivesse com um pouco de medo. Ela achou
que o medo só contribuía para a selvageria do passeio. Ela sentia a tensão
se reunindo tão intensamente em seu mais profundo núcleo.
— Eu tenho que deixar ir, —ela sussurrou, não querendo, mas
realmente não achava que poderia parar e queria avisá-lo.
— Aš. Ašša bur ször. Andsz éntölam palj3 t’śuva vni teval. Várasz. Não,
ainda não. Me dê mais tempo contigo. Você vai esperar. —Uma ordem.
Um comando. Não havia apelo em sua voz, só esse quieto, baixo, decreto
implacável.
Charlotte fechou os olhos e fincou os dedos nos lençóis de cetim,
segurando com tudo o que tinha, quando ele tomou o controle completo
de seu corpo. As mãos foram para seus quadris, prendendo-a, a mantendo
imóvel enquanto entrava dentro dela com golpes duros, brutais,
balançando o corpo dela, estirando-a até que ela sentiu como se o fogo
estivesse além de todo controle e fosse levá-la, destruí-la completamente
até que não houvesse Charlotte sem Tariq. Ela estava tão perto. Cada
movimento do pau duro sobre seu feixe extremamente sensível de nervos
a deixava ofegante, gritando, uma sensação tão extrema que ela sabia que
ia jogá-la sobre a borda a qualquer segundo. Mas ela segurou. Tentou. Por
ele.
Ele murmurou no seu idioma. — Sivamet. Sielamet. Minden m8akam.
Meu tudo.
Seu coração. Sua alma. Sua tudo. Ela queria que isso fosse verdade,
porque desde a primeira vez que ele sussurrou em sua língua e seus dentes
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dela. Sempre a quereria. Tão generosa sua mulher. Seu coração estremeceu
no peito.
— Odamasz engem. Sonhe comigo, —ele sussurrou, seus lábios em sua
orelha. — Kutnisz engem teval minden ku että jutasz. Me leve com você onde
quer que vá.
Já tinha desejo por ela. Por seu sangue. Por seu corpo. Seu pênis tinha
desenvolvido vontade própria, já estava cheio, grosso, pronto. Quase
dolorido. Ele adorava a sensação de precisar dela fisicamente. Da fome de
seu sangue. O sinal de um caçador Cárpato. Quando ele não estava mais
em perigo de se tornar um morto-vivo, sempre buscando o prazer de matar.
Quando a tentação se foi, substituída pela fome exclusiva por sua
companheira.
Ele ouviu-a respirar. Suave. Como sua voz. Aquela voz melódica
parecia afundar direto em seus ossos, reclamando-o. Ele amava a coragem.
Ele realmente amava que compartilhavam a paixão por velhas coisas.
Especialmente cavalos de carrossel de madeira esculpida. Havia começado
com seu aparecimento no mundo dos humanos. Uma vez que tinha
conhecido, nunca abandonou. Ele gostava de viver entre eles. Gostava de
muitos deles e tinha formado amizades ímpares, ele fingia sentir usando as
emoções humanas em torno dele. E então, quanto mais tempo passou, e
ele não pode nem mesmo fazer isso, lembrava através de memórias, suas
ou os dos seres humanos ao seu redor. Ele não sentia nada a não ser um
vazio onde seu coração e alma deveriam ter estado.
Mais uma vez ele pressionou beijinhos no canto da boca, rastreando
cada detalhe com a ponta da língua. Provando. Saboreando-a. Ela não se
afastou, e ainda levantou a cabeça um pouco para ele. Uma oferta. A
sensação que varreu através de seu corpo o sacudiu. A maneira que seu
coração estremeceu no peito por aquele pequeno gesto que ela fez o
chocou. Ela já tinha tomado posse, rápido assim. Ela o possuía. Tariq. Um
caçador Cárpato. Ela o possuía.
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Ele tomou sua boca, uma mão segurando seu queixo, mantendo-a
imóvel para sua invasão. Ele amava o gosto dela e nunca poderia obter o
suficiente. Beijou-a uma e outra vez. Então, muitas vezes, e ainda assim
não era o suficiente. Quando ele levantou a cabeça, ela colocou uma mão
em seu peito, empurrando-o para o lençol de cetim enquanto se levantava
sobre dele.
Ele sentiu o impacto da cor viva de seus olhos. Seus olhos vagaram
sobre seu rosto, e ele teve mais que prazer em vê-la mostrar uma pitada de
posse e mais que um pouco de luxúria.
— Você precisa de alguém para cuidar de você, Tariq.
Essa declaração simples o sacudiu. Ela cuidava de todos. Ela tinha
feito isso antes. Com Fridrick na garagem. Ela tentou protegê-lo. Ele não
conseguia se lembrar disso acontecer. Ele tinha perdido a maior parte das
memórias de sua família. Eles não tinham ficado com ele tempo suficiente
para deixar muitas. Foi principalmente a comunidade Cárpata que o criou.
Isso consistiu principalmente em treiná-lo. Sua memória mais estimada era
a de observar seu pai transformando madeira em coisas bonitas para sua
mãe. Ele usava suas mãos, e não sua mente, para fazer as coisas. Embora
tivesse sido ridicularizado por alguns de seus pares, Tariq tinha escolhido
fazer a mesma coisa.
Charlotte beijou sua mandíbula e, em seguida, sua garganta. Ele não
estava certo que seu coração poderia aguentar a maneira como ela movia
seu corpo sobre o dele. Ela montou nele, pressionando seu núcleo quente
na carne dele, marcando-o com o calor escaldante enquanto beijava seu
peito. Sua língua lambeu o local onde ele tinha passado a unha, abrindo
sua veia para ela.
Quer mais, sielamet? Eu pertenço a você. Se você tem fome, eu forneço. Ele
não conseguia parar a si mesmo, ele deslizou uma mão entre seus lábios e
seu peito, alongando sua unha, para que ele pudesse lhe dar sua própria
essência.
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as gotas que vazavam lá, lambeu o topo da coroa sensível. Lambeu sob ele,
atingindo um ponto que quase arrancou o topo de sua cabeça pelo enorme
prazer.
— Relaxe, Tariq. Deixe-me cuidar de você para variar. Você está tão
tenso. —A advertência contra seu pênis, sua língua e lábios correndo ao
longo e ao redor da cabeça grande, aveludada.
Um dedo puxou sua mão e ele imediatamente pegou a dica. Ela não
queria sua ajuda. Ele soltou e os dedos dela se enroscaram em torno de seu
eixo, em direção à base. Ao mesmo tempo, a boca o tragava. Ele quase
saiu da cama. Quente. Apertada. Ela o engoliu profundamente, sua língua
ondulando em volta dele. Acariciando. Fazendo carinho. Massagem. A
outra mão segurou seu saco, suavemente, e em seguida sua língua estava
lá.
Ela nunca tirou seu olhar do dele. Observá-la aumentava seu prazer.
Ele amava o que ela estava fazendo. Ele sabia que era um presente. Ele
sentiu, em sua mente, a maneira como ela apreciava lhe dar prazer, cuidar
dele, arrancar a tensão dele. Sua boca voltou a trabalhar seu pênis e ele
encontrou-se tendo problemas para respirar.
Ele tinha estudado sobre sexo. Ele tinha tido séculos para pesquisar o
assunto, todas as posições possíveis, maneiras de dar prazer a uma parceira
ou ter seu prazer com ela. Ele tinha entrado na mente de homens e
mulheres apenas para experimentar a sensação, mas ao longo dos séculos,
ele tinha esquecido a memória do sentimento real. Agora ele sabia que era
mil vezes mais potente. Suas bolas já estavam apertadas, sua semente
fervendo e pronta para entrar em erupção como o mais violento dos
vulcões. Ele amava o que ela estava fazendo, mas ele queria estar dentro
dela.
— Chega, —disse ele suavemente. — Escorregue por meu corpo. Eu
quero você agora.
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revelar os punhais afiados. Ele mordeu com força e ela gozou, seu corpo
instantaneamente apertando o dele, ordenhando-o com tal força não havia
como resistir a ela.
Ele tomou seu sangue, usando o ritmo da pulsação de seus corpos
enquanto ela embalou a cabeça. Mais e mais, os seus orgasmos se
enfureceram, recusando-se a para e enquanto ele tomava seu sangue para
a segunda troca. Estava quente. Era sexy. Foi o momento mais
maravilhoso, perfeito, que ele experimentou.
Quando ele finalmente se forçou a parar, ela deixou-se cair sobre ele,
seu corpo ainda ondulando em torno dele. Os tremores fortes começaram
a diminuir e ele a acalmou com as mãos, acariciando suas costas e seu
traseiro firme. Segurando-a em seus braços. Murmurando para ela em seu
idioma. Exausta, ela caiu dormindo sobre ele, seu pênis ainda enterrado
profundamente, com as pernas abertas em seus quadris, e a cabeça no seu
ombro. Adorou aquele momento.
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Isso significava que elas tinham que se mexer. Charlotte não sabia
onde era o banheiro, mas estava certa que Lourdes não teria sido colocada
em um quarto se não estivesse perto de um banheiro. Ela levantou-se e
sentiu dor em músculos que não sabia que existiam. Muita dor. Real. Em
cada passo que dava havia um estiramento e queimava por dentro, ao
longo de suas coxas. Seus seios estavam um pouco doloridos.
Charlotte abriu a porta, pegou a mão de Lourdes e caminhou pelo
corredor para o quarto mais próximo. Abrindo a porta, ficou aliviada ao
descobrir um banheiro de bom tamanho com torneiras de ouro e uma
banheira profunda. Lourdes correu pelo chão de azulejos até o vaso
sanitário enquanto Charlie forçava cada pé para a frente, como uma
mulher vai para a forca, até que ela ficou na frente do ornamentado espelho
de corpo inteiro e olhou para si mesma.
Para seu horror absoluto, haviam três grandes morangos, um de cada
lado do pescoço e um na base de sua garganta. Ela fechou os olhos
brevemente em um gemido de desespero. Ela parecia uma adolescente.
Tinha círculos sob os olhos, mas sua pele estava brilhando. Seu cabelo,
sempre grosso, parecia brilhante e, mesmo para ela, bonito, com ondas que
caíam pelas costas. Ela estava ciente de cheiros. O perfume de rosas
permeava o ar, e ela afastou-se do espelho para encontrar a fonte. Na longa
pia havia um prato com pétalas e o cheiro vinha de lá. O prato era pintado
mão e parecia uma antiguidade.
Voltou-se para o espelho, olhou para Lourdes, que não lhe prestava
qualquer atenção, e abaixou o decote de sua camisola até a elevação de
seus seios. Claro, ela tinha marcas lá também. Havia até mesmo a sugestão
de marcas de dentes junto com manchas de dedo e mais morangos. Ela
cobriu o rosto, sentindo cor varrer seu pescoço para encher o rosto de
vergonha pura.
— Preciso de ajuda, tiaaa.
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Ela respirou fundo e foi até sua sobrinha para ajudá-la. Lourdes
tagarelou todo caminho de volta para o quarto dela e ficou feliz quando
viu que suas roupas estavam todas ali, na cômoda, e como no armário.
Havia roupas para Charlotte no armário também, e isso não a faria feliz a
menos que Grace tivesse embalado algumas coisas para ela, mas as roupas
não se pareciam com nada do que ela possuía. Também caras. Pareciam
com suas coisas, mas não eram marcas que ela já tivesse usado.
Ela apertou sua mão nos lábios trêmulos. Ela estava com a cabeça
rodando. Homens como Tariq Asenguard tinham mulheres caindo a seus
pés. Ele era bonito, misterioso, rico, sofisticado. Homens como ele não
olhavam para garotas como ela. Ela não tinha nada para oferecer. Ela tinha
tido sexo selvagem com ele. Ela lembrou a maneira como ele a fazia se
sentir. Só pensar nisso enviou um espasmo através até seu núcleo. Pensar
nele a deixava úmida. Carente.
Charlotte respirou fundo. Ela não podia desfazer o que tinha
acontecido. Aconteceu. Sua mão foi para a curva de seu peito, onde ela
sentia dores. Onde a marca estava. Ela tinha que obter o controle e chegar
a um plano. Pelo menos elas estavam todas seguras no momento. Ela não
entendia por que seu olfato estava tão agudo, mas encontrou-se
propositadamente tentando sentir o perfume de outras mulheres que
poderiam ter vindo antes dela. Ela estava certa de que era apenas uma das
muitas e ele provavelmente não iria nem mesmo lembrar o nome dela.
— Tiaaa, eu estou com fome. —Lourdes puxou a camisola rendada.
— Aposto que está, querida, —disse Charlotte. — Vamos encontrar a
cozinha e pegar algo para você comer. —Ela não estava indo colocar
qualquer uma dessas roupas até que ela tomasse um banho e aliviasse a
dor entre suas pernas.
Genevieve já estava na cozinha bebendo uma xícara de café. Ela
estava linda. Serena. Como Genevieve era. Ela olhou para cima da
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brilhante revista que estava lendo quando Charlotte entrou com Lourdes.
Seu sorriso congelou quando seu olhar parou no pescoço de Charlotte.
— Oh Meu Deus. —Saltando, ela contornou a mesa para varrer o
cabelo de Charlotte. — Você é uma piranha. Você tem um colar em torno
de seu pescoço. Garota, você transou com Tariq Asenguard, não é? O mais
cobiçado celibatário da cidade.
— Você não tem ideia, —Charlotte sussurrou, tentando motivar
Genevieve a fazer o mesmo. Ela revirou seus olhos em direção a Lourdes
e vaiou sua resposta em um tom muito baixo. — Eu fui totalmente piranha.
Eu não podia parar. Ele é, fora dos gráficos, e eu não estou exagerando. —
O aroma do café, geralmente algo que amava, a deixou um pouco enjoada.
Ela apertou a mão no estômago para tranquilizar sua agitação.
— O que é uma piranha? —Perguntou Lourdes, prestando
claramente muita atenção.
— Sua tia, —respondeu Genevieve. — Sua foto está ao lado da
palavra no dicionário.
— Vi! Pare. Lourdes, não é uma palavra bonita e não deveria ter sido
usada. Estamos brincando, mas não é apropriado. —Charlotte fez uma
careta para sua melhor amiga, arregalando os olhos para sinalizar que ela
precisava se comportar.
— Conte-me tudo, ou essa criança vai aprender muito, —Genevieve
advertiu, puxando uma panela de onde estava pendurada sobre o corredor
central. — Pegue o bacon e ovos na geladeira.
Charlotte o fez, franzindo o nariz com o cheiro do bacon. Ela nunca
tinha percebido que era tão forte, mesmo cru. — Eu não sei como
aconteceu, Vi. Sério. Num momento eu entrei pela porta e no seguinte eu
o estava beijando.
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que nunca tinha imaginado, uma criatura puramente sexual, quando ela
sabia que não era, então ele era o maior ator na face da terra.
Charlotte suspirou. Ela não podia se esconder para sempre na
banheira. A água estava maravilhosa em seu cansado corpo dolorido, e o
nevoeiro estava começando a sumir. Ela olhou pela janela, que estava
coberta com uma renda vitoriana transparente e admirou o lago. Arbustos
estavam em toda parte, muito bem cuidados, mas um pouco selvagens.
Tudo parecia ser um pouco selvagem na propriedade. Ela observou isso,
mesmo quando tinha entrado tão tarde e estava escuro. Isso deveria ter lhe
avisado.
Sielamet, você está duvidando de mim? Você está arrependida de se dar para
mim na noite passada? A noite toda? Você jurou que era minha. Eu acreditei em
você e acordei feliz. Você não?
Sua voz passeou em sua mente. Suave. Íntima. Atraente. Havia uma
nota de mágoa? O coração dela apertou no peito com tanta força que ela
apertou seu punho contra o peito. Ela nunca iria machucá-lo, nunca. Por
nada.
Acordei confusa e com um pouco de medo. Ela tentou pensar as palavras
em sua mente. Tentou projetá-las a ele. Imediatamente sentiu a conexão
entre eles crescer, como se tivesse aproveitando sua energia armazenada—
ou sua mente era tão poderosa.
Assustada? Com Fridrick? Os homens perseguindo você? Eles não podem
chegar até aqui. As salvaguardas estão no lugar. As crianças que vivem aqui, bem
como Emeline precisam ser vigiadas dia e noite. Eles escolheram ficar aqui, porque
podemos protegê-los. Suas amigas—Grace, Genevieve—e você, bem como a
pequena Lourdes são bem-vindas à mesma proteção, embora tenham me dito que
Grace recusou.
Charlotte não sabia. Ela não tinha verificado seu telefone e Grace
devia ter mandado uma mensagem a respeito do porque que não queria
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ficar. Ela não tinha família e tendia a ficar com Charlotte e Genevieve. Ela
era mais jovem do que elas e tinha pego o trabalho de babá de Lourdes
desde que o irmão de Charlotte tinha perdido sua esposa. Ela só tinha
dezenove anos de idade.
Charlotte podia facilmente saber que ela tinha medo dos que as
perseguiam. Era verdade, mas não a razão por ela ter acordado com medo.
Ela detestava mentir para ele. Duas vezes ela tentou deixá-lo acreditar que
estava preocupada com a segurança, mas as palavras simplesmente não
vinham.
Eu não quero ser um caso de uma noite. Ela não tinha ideia de como falar
telepaticamente com Tariq, mas parecia fácil. Certo. Eu nunca fiz nada
parecido na minha vida e não quero que você pense ...
Você acha que eu não sei disso? Eu estava com você na noite passada. Na sua
mente. No fundo do seu corpo. Eu sei que você pertence somente a mim como eu
pertenço somente a você.
Os olhos dela se arregalaram com o choque. O que ele estava dizendo?
Ele não podia estar sussurrando tão intimamente, o que sua mente tinha a
impressão que ele estava dizendo. Ela umedeceu os lábios com a ponta da
língua, seu coração batendo rápido era impossível já que ele era tão
confiante, tão claramente experiente. Ela tinha visto fotos dele nos jornais,
em revistas. Ele aparecia nas páginas da sociedade dos jornais. Ela estava
interpretando mal o que ele estava dizendo.
Não, é só você. Nunca houve outra, nem haverá. Somente você.
Sua voz envolveu-a como um presente, macia e quente, abraçando-a
intimamente. Ela sentiu sua mente na dela. Tão gentil. Queria acreditar
que era a única, que o que ele dizia significava algo. Ela realmente não era
uma mulher que poderia ficar com um homem e sair incólume. Ela
conhecia a si mesma, desde a escola. Quando todos os seus amigos
estavam desfrutando de um ou outro relacionamento, ela sentia aversão a
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em seus olhos. — O que você me fez? —Ela murmurou, ofuscada por sua
falta de controle e a fome desconhecida para ela.
Sua fome ou dele? Ela não podia dizer, ela estava sob seu feitiço. Ela
podia ouvir seu coração sussurrar. O som estava em sua cabeça.
Trovejando em seus ouvidos. Seu coração seguia o constante e ritmado
batimento, e, em seguida, para seu horror, o pulsar começou forte e
insistente entre suas pernas. Ela queria colocar a mão lá. Pressionar os
dedos profundo para sentir a batida. Para amenizar a necessidade que
ameaçava dominá-la. — O que você fez para mim? —Ela sussurrou
novamente.
Ele agachou-se ao lado da banheira, seus dedos sob o queixo dela,
levantando seu rosto para ele. A ponta de seu polegar deslizou sobre sua
pele, traçando sua mandíbula e enviando arrepios por sua espinha com
cada deslizar. — O que é, sielamet? Diga-me porque você tem lágrimas em
seus olhos e eu sinto sua angústia batendo em mim.
Ele a puxou para fora da água, levantando-a sobre a borda da banheira
de modo que ela estava de pé, nua e pingando entre seus braços. Ele parecia
não ligar que ela estivesse contra o seu imaculado terno que tinha que ter
custado milhares de dólares. Antes que ela pudesse se mover ou protestar,
ele levantou os braços e os envolveu em torno de sua cintura, pressionando
a cabeça contra seu peito e ao mesmo tempo, sua orelha direita sobre o
coração.
No momento em que os braços se fecharam, ela se sentia segura e
protegida. Ela sentiu segura e uma parte dele. Ela fechou os olhos sobre o
calor das lágrimas e deixou-o fazê-la se sentir segura o que não tinha pelo
que parecia ser um tempo muito longo.
— Eu sei, que para você, isso aconteceu rápido entre nós, Charlotte,
—disse ele, sua mão se movendo por seu cabelo, os dedos deslizando
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Dark Carousel - Série Os Cárpatos 30
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coração e roubar sua alma até que ela não pôde dizer qual parte ainda era
dela e qual agora pertencia a ele.
Seu beijo persuasivo passou de suave a calor puro no espaço de um
batimento cardíaco. Sua boca se abriu automaticamente sob a dele quando
a língua corria ao longo de seus lábios exigindo entrar. Ela abriu para ele
instantaneamente, assim como tinha dado a ele todo o resto.
Imediatamente. Sem pensar. Não havia pensamento quando estava se
derretendo nele. Suas mãos deslizavam pelas costas, parando na curva de
sua parte inferior e indo mais baixo até que ele segurou sua bunda nua e
trouxe-a na ponta dos pés para que seu montículo ficasse firmemente
pressionado contra a protuberância dura grossa coberta pela calça.
Seu beijo virou fogo puro caindo em sua garganta como lava,
derretendo seu interior, envolvendo seu coração ... ele. Ela sabia que estava
dando-se a ele e ele estava reclamando-a. Seu beijo disse isso. Era duro,
possessivo e até mesmo exigente. Ela lhe deu ... tudo. Tudo o que era e
sempre seria. Tudo o que ele exigiu e ainda mais.
Ele levantou a cabeça, seus olhos escuros de desejo. Com paixão.
Luxúria estava gravada nas linhas esculpidas, mas não havia gentileza lá e
virou seu coração como nada mais poderia ter.
— Você me pergunta o que eu fiz para você, e pergunto-lhe o que você
fez para mim. Eu não consigo pensar em nada, só em você.
Ela gostava disso. Não, ela adorava ouvir isso. Sua voz era uma teia
de seda suave em que ela estava presa. Ele a envolveu com voz de seda e
veludo, os braços fortes e seu corpo duro. Ele era segurança. Calor.
Paraíso. Ele poderia dar-lhe tudo. Ela sabia apenas por beijá-lo. Seu corpo
lembrou dele e o pediu. Ela tinha um gosto na boca, um afrodisíaco que
dava uma fome que ela não entendia.
Ele beijou o seu caminho até a garganta e sobre seu seio. Ela sentiu
sua respiração naquele local, sobre a marca que ele deixou sobre ela. Seu
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sexo se apertou novamente, uma necessidade tão profunda que ela mal
podia respirar de desejo por ele. Suas mãos deslizaram ao redor de seu
pescoço, puxando-o mais perto, enquanto a própria respiração engatou em
sua garganta.
O cabelo dele era grosso, suave, seus dedos o vasculharam, cerrou os
punhos e balançou a cabeça, enquanto ele a mordia e a dor corria através
dela como um chicote de seda, atingindo todas as terminações nervosas,
enviando-a a um mundo de puro sentimento.
Seus cílios caíam e ela o prendeu enquanto a boca se fixava naquele
local, a língua movendo-se suavemente enquanto ele sugava. Sua língua
deslizou sobre o pulso latejante enquanto beijava o caminho até seu peito
nu, deixando-a dolorida, exigindo a carne profundamente em sua boca,
pressionando, sacudindo, destruindo-a. Seu corpo fragmentado, se desfez,
e ela só pode se agarrar a ele quando o orgasmo tomou-a com força.
As mãos puxaram-lhe as pernas para que ela as envolvesse em torno
dele, prendendo seus tornozelos no fim de suas costas. Ela tinha a sensação
de flutuar. Quando ela estava com ele, não conseguia se orientar, e quando
tentou levantar os cílios, não funcionou. Ela lutou por um momento para
ser forte, para, pelo menos, ver para onde estavam indo. Ele não podia
levá-la pelo corredor absolutamente nua. E se ele a levasse de volta ao
quarto e Lourdes viesse ...
— Olhe-me, sielamet. —Tariq sussurrou as palavras em seu ouvido,
enquanto seu corpo duro entrava no dela. As mãos nos quadris a
colocaram sobre ele, e ela o recebeu, seus músculos tensos relutantemente
dando caminho a sua invasão.
O ar abandonou seus pulmões em uma onda de choque. Ele era
grande, empurrando através dobras macias, um intruso de aço que se
arrastava ao longo do feixe de nervos e deixava seu corpo em chamas.
Charlotte levantou os cílios instantaneamente, como se a seu comando,
seu corpo de repente respondeu quando tudo o que realmente queria fazer
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Dark Carousel - Série Os Cárpatos 30
era sentir. Seus olhos brilharam. Tanto calor. Tanta paixão. Ela iria
queimar para sempre em sua paixão, e ainda assim a eternidade não seria
tempo suficiente.
Seu olhar passou dele para o quarto familiar. Era o quarto, em que ela
tinha estado com ele antes. Ela o reconheceu, embora houvesse mais
arandelas iluminadas, permitindo-lhe ver mais detalhes.
— Olhe-me, sielamet, —insistiu.
Mais uma vez, seu olhar saltou para o seu rosto quando ele plantou
um joelho na cama, facilmente baixando-a com um braço, provando sua
força. Ele estava nu como ela, seu terno desaparecido e seu corpo duro e
poderoso, todo músculos e pau. Ele não parou de se mover e cada impulso
brutal sacudia seu corpo, deixando seus seios balançando e raios
irradiando de seu próprio núcleo para todas as células nervosas de seu
corpo, inflamando-as.
Sua boca se moveu sobre o peito dele, enquanto as unhas marcavam
as costas quando ele empurrava mais e a tensão selvagem crescia mais e
mais. Ela precisava ... tanto. O gosto na boca se recusou a sair, fazendo-a
ansiar por ele, como um terrível vício. Ela se aninhou nos músculos
pesados, lambeu o local onde tinha deixado sua marca. As mãos a
apertaram e ele gemeu baixinho.
Ela teve a súbita vontade de mordê-lo, deixar sua marca sobre ele da
forma como ele tinha feito. Antes que ela pudesse, a mão de repente estava
em seu cabelo, empurrando a cabeça para trás, e seu olhar ardendo no dela.
— Você sente isso? O que temos? —Ele não parava de se mover,
empurrando duro, enterrando seu pênis mais e mais profundamente, como
se quisesse ficar dentro dela durante todo o tempo. — Charlotte, sielamet,
você tem que sentir isso. Você tem que saber que isso é real entre nós. O
início de nós.
Ela respirou. Não podia olhar para longe de seus olhos, tão escuros de
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desejo e paixão. Um desejo cru e possessivo, mas muito mais. Quanto mais
o olhava, mais sumia o pouco ar que ela tinha conseguido atrair. Ele
olhava como se ela fosse a única mulher no mundo. Ninguém nunca tinha
olhado para ela dessa maneira e a coisa era que ela acreditava nele.
Era incrivelmente ingênuo e tolo acreditar em um sofisticado homem,
muito rico, lindo e que era fotografado com inúmeras mulheres sobre seu
braço, mas ela o fez.
— Charlotte. —Ele puxou seu cabelo, um lembrete para lhe
responder. Durante todo o tempo seu pênis bateu duro, sacudindo-a,
enviando fogo e construindo um vulcão dentro dela tão grande que ela
pensou que poderia implodir. — Você sente isso?
— Sim. —Ela sussurrou a palavra, ela precisava escutar.
— Sim, o quê?
— Sim, eu sinto isso, —admitiu ela suavemente, porque era a verdade
nua. — O início de você e de mim.
Satisfação se gravou no rosto bonito, e suavizou o fogo em seus olhos.
Ela não podia inclinar-se para beijá-lo, porque ele ainda tinha um
punhado de seu cabelo. A picada afiada em seu couro cabeludo a deixou
um pouco louca por ele. — Você é tão lindo. —Ela deu-lhe isso porque
tinha que fazer. Ela tinha que lhe dizer. Não era apenas a sua aparência
física, e sinceramente, nem por ser dotado muito além do normal, era o
que ela encontrou em sua mente.
Ele tinha uma veia protetora de um quilômetro de largura. Talvez
mais. As crianças em sua propriedade, o velho casal, Emeline, mesmo seu
parceiro e a esposa, todos eram família para ele. Ele tinha adicionado
Genevieve e Lourdes a lista crescente, e especialmente a ela. Ela era sua
prioridade número um, mas ele nunca iria deixar os outros abandonados.
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Ela não podia ver além disso, mas essa característica, essa lealdade
inabalável e instinto de proteção a atraía como nada mais podia.
Então ela não podia pensar, não podia falar. Ele mudou o ângulo de
seus quadris e a fricção foi requintada. Perfeito.
— Comigo, —ele ordenou suavemente.
Ela fez exatamente o que ele exigiu e não estava certa de que tinha
algo a ver com a decisão. Era sua voz. O acúmulo de tensão foi
insuportável. Querendo lhe agradar. Querendo que ele lhe desse muito
prazer. Ao som do seu baixo comando, seu corpo se desfez, levando o dele.
A queima foi intensa e inflexível. Ela gemeu seu nome quando o fogo
varreu através dela, o olhar dela preso no seu. Ela viu e sentiu o prazer
varrendo-o, pura felicidade, jogando os dois em um lugar que derivou em
conjunto, uma espécie de paraíso que ela encontrou em seus olhos.
Eles permaneceram juntos por algum tempo até que a realidade
começou a invadir. Ela ouviu o som do riso de uma criança. A pequena
Lourdes. Charlotte amava sua risada. O murmúrio da voz de Genevieve,
macia, provocando, implorando-lhe para terminar de comer ou ela faria a
criança lavar os pratos. Mais risos. Lourdes não vê-la. Mas ouvi-las
significava que estavam perto da cozinha, e ela estava completamente nua.
Mais, ela tinha tido sexo desprotegido novamente.
— Não. —Era uma ordem. O punho apertado em seu cabelo. — Eu
disse a você, você não vai engravidar. Eu estou limpo, e obviamente você
também. Estamos juntos. Um novo começo. Eu não vou a lugar nenhum,
então vamos desfrutar o que temos quando conseguirmos tê-lo. Lourdes já
está perguntando por você, apesar de sua amiga estar tentando distraí-la.
— Ah não. Eu tenho que me levantar. —Ela empurrou seu peito para
movê-lo, mas era como tentar mover uma árvore. Ele não se moveu. Ela
tentou desviar o olhar, mas ele balançou a cabeça.
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nela. Não. Ele estava bem ali, sólido e real, mas quando olhou para os
olhos, ele parecia ter se "retirado". E então ela piscou e ele estava de volta.
— Ainda muito dolorida?
Ela não estava. — Oh Meu Deus. Você tem o dom da cura. Não
somente você é telepático, mas você na verdade, pode curar.
— Um pouco, —admitiu. — Eu tenho um par de dons. Eu não sou
tão bom em cura como um par de outros que conheço, mas ajudo. —Ele
se afastou e se levantou, puxando-a com ele. — O banheiro é naquela porta
se você deseja se limpar, e eu coloco roupa ali na cadeira para você. Você
pode se vestir-se aqui.
— De onde é que essas roupas vêm, Tariq? Porque eu não as comprei.
—Ela tocou o sutiã listrado azul royal e a calcinha de renda
correspondente. Ela nunca poderia pagar qualquer coisa como a lingerie
que ele deu a ela. Os jeans eram suaves e se encaixaram como uma luva
quando ela puxou-os sobre os quadris. A fina camiseta era um pouco mais
apertada do que ela estava acostumada a usar, e enfatizava suas curvas
enquanto chamava a atenção para sua caixa torácica estreita e a cintura
pequena. Ela não queria salientar que, embora bonita, a camiseta era justa
de uma maneira que estava certa que chamaria a atenção para os quadris
e o bumbum.
— Uma amiga é dona de uma boutique. Liguei para ela com os seus
tamanhos noite passada. Estava preocupado com você voltando à sua casa,
a fim de pegar mais roupas então pedi para entregar algumas no seu
tamanho, no de Genevieve e no de Lourdes. Dessa forma, seus três
perseguidores, bem como Fridrick não terão chance com vocês aqui. Eles
não vão pensar em procurar você aqui. E você não entrando e saindo,
muitas vezes, minimiza o perigo para todos os outros.
Ela não tinha pensado nisso, trazer perigo para os outros que viviam
lá. Ela não gostava muito dessa real possibilidade nem gostava de não ter
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pensado nisso ela mesma. Ela realmente sentiu a cor sumir de seu rosto.
— Talvez eu deva …
— Não diga isso, —ele repreendeu, deslizando seu braço em volta da
cintura dela. — Fridrick e Vadim estão atrás das crianças e Emeline. Por
estar aqui, você não aumentou o perigo. E não, eu não estou lendo sua
mente, mas sua expressão é transparente. Você não vai pagar as roupas,
também. Foi minha decisão comprá-las. Eu não a consultei, de modo que
eu pago.
Ele beijou seu pescoço, e sinceramente, todo protesto morreu ali
mesmo, com os lábios dele sobre ela. Ele tomou sua mão quando ela
acabou de se vestir. Estranhamente, ela não tinha visto ele se arrumar, mas
ele estava de volta em seu terno impecável quando eles desceram as
escadas juntos.
7mn
Bella era uma menina bonita, tão baixa quanto Lourdes, que tinha
a desvantagem de ser uma Vintage no mais baixo percentual de altura, mas
nem tanto para o peso. As duas meninas se tornaram instantaneamente as
melhores amigas e agora estavam, cada uma agarrando-se firmemente a
uma das mãos de Tariq Asenguard e tagarelando a mil por hora caçando
trolls e zumbis pelo lago com as vozes muito animadas. Charlotte adorava
isso para Lourdes. A criança tinha perdido seu pai e ido morar com a tia
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e, em seguida, mudou-se uma e outra vez antes que elas pudessem criar
raízes em qualquer lugar.
A propriedade não poderia ser mais bonita. Para uma criança de três
anos, as árvores, arbustos e flores juntamente com o brilhante azul do lago
e as dependências de contos de fadas tinham de ser maravilha. Havia um
pátio coberto com uma cozinha ao ar livre e cadeiras confortáveis, mas foi
o antigo carrossel que chamou sua atenção. Era um carrossel do início da
Herschell-Spillman Company nos Estados Unidos, e era incrível.
Completamente restaurado. É claro que funcionava, e ela desejava correr
e dar uma boa olhada nele, mas para sua surpresa, ela se encontrou dando
prioridade a assistir Tariq e as duas crianças de três anos.
— Oh meu Deus. Você está tão longe, isso não é divertido, —disse
Genevieve. A nota de brincadeira em sua voz sumindo. — Sério querida,
estou feliz por você. Eu estou. Mas você tem que ter cuidado. Ele é ...
experiente, e você não. Você não deixa as pessoas entrarem. Especialmente
os homens. Eu a conheço muito bem, e você é o tipo de mulher que dá seu
coração completamente a um homem e se ele o quebrar, não tem conserto.
Você o conhece a uma noite. Não deu tempo, e você está caindo muito
rápido. Muito rápido. Você já quebrou cada uma de suas regras. Você não
dorme com um homem casualmente, e você já dormiu com ele.
Charlotte baixou a cabeça. Genevieve não estava dizendo nada que
ela já não soubesse. Ela assentiu um par de vezes para indicar a sua amiga
que ouvia e concordava. — Eu sei, —ela admitiu, e arriscou um rápido
olhar para Tariq novamente.
Ele tinha a cabeça virada, olhando para elas como se soubesse o que
Genevieve estava dizendo. A expressão em seu rosto o fez parecer
perigoso.
Este é o início de nós.
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sua voz quando as meninas continuaram a gritar para ele empurrá-las mais
alto.
Ela suspirou. Ela teria que responder a ele e isso significava falar
intimamente, pelo percurso estranho que ele, evidentemente, forjou entre
eles. Ela sabia que cada vez que o usava ficava mais ligada a dele. Ela não
entendia e quando estava separada dele, não fazia sentido para ela, mas a
conexão entre eles era mais forte, e melhor do que qualquer coisa que ela
já tinha compartilhado com alguém. Quando ele a tocava, abraçava, tudo
fazia sentido, mas, em seguida, a lógica e o raciocínio rastejavam quando
ele não estava ali.
Tariq, o que posso dizer? Tudo o que ela diz é verdade. Ela é minha amiga e
está tentando olhar por mim. Como minha amiga, ela deve me apontar essas coisas.
Isso é o que os verdadeiros amigos fazem. Eles tentam evitar que caia muito duro.
Você acredita que eu iria machucá-la? Partir seu coração? Sielamet, você é tudo
para mim. Eu nunca iria prejudicá-la. É impossível para mim. Eu sei que aconteceu
muito rápido para você acreditar fortemente nele ou em mim, mas você prometeu
me dar uma chance.
Ela estava em sua mente e havia algo ali, uma pitada de perigo, de
advertência que ela não conseguia pegar, como se estivesse faltando uma
peça muito importante do quebra-cabeça, mas era tão pequena que parecia
inconsequente. Fosse o que fosse a deixou inquieta.
Eu estou dando uma chance. Ainda estou aqui. Se eu não pretendesse nos dar
uma chance, eu já teria arrumado Lourdes e ido embora.
Ela não tinha para onde levar sua sobrinha que estivessem a salvo.
Lugar nenhum. Elas tinham inimigos, e não tinha ideia do porque. Um
serial killer e três perseguidores que circulavam escolhendo suas vítimas,
então eles viravam assassinos em série.
Eles acreditam em vampiros.
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Quando ela olhou para cima, ele estava olhando para ela com olhos
cobertos. Seu belo rosto estava muito sério. Ele parecia totalmente focado
nela.
O que foi, Charlotte?
Não me lembro de toda a noite passada. Apenas partes dela. Pedaços de
perfeição. O corpo dele movendo-se no dela. A sensação de sua boca em
sua pele. Entre suas pernas. Seu gosto. As memórias enviando calor em
espiral através dela.
Você estava exausta, sielamet. Eu deveria ter tomado mais cuidado, mas não
consegui resistir a você.
E não quero que você resista a mim. Essa era a verdade e talvez não fosse
uma boa ideia dar-lhe isso, mas ela não se conteve.
Lourdes se virou e olhou para ela. Ela puxou a mão até Tariq deixá-la
ir e, em seguida, ela abriu os braços e correu para Charlotte. — Tia, eu amo
isso aqui. E eu amo Bella. Ela é minha melhor amiga.
Charlotte não poderia ajudar, só se maravilhar com o quão
perfeitamente Lourdes enunciou cada palavra. Não havia conversa de
bebê. Seu pai tinha ligado para Charlotte constantemente com piadas sobre
como Lourdes era verbal e precoce. Charlotte achava que era verdade. Não
tinha sido coisa de seu irmão, Lourdes realmente era extremamente verbal
e sua compreensão deixava Charlotte a distância.
Ela pegou a menina e girou em torno dela. — Eu amo isso aqui,
também, bebê. E Bella é a melhor. —O que ela poderia dizer? Era tudo
verdade.
— Podemos ficar? Eu quero ficar.
Ela olhou para Genevieve, que tinha estado bastante imóvel, e depois
para Tariq, que estava caminhando em direção a elas, Bella em seus
ombros. Ele era alto e poderoso, e usava seu terno como um modelo.
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Perfeito. Ela havia se comprometido com ele. Parecia que, ela estava
totalmente ligada a ele. Conectada.
Você me deu sua palavra de que iria tentar. Que era um começo.
Ela assentiu com a cabeça. Ela queria ficar com ele. Ela esperava por
um futuro com ele. Aqui mesmo, neste incrível pedaço de propriedade. O
rosto de Genevieve lhe disse que era cedo demais. Muito rápido. Mas que
ela iria apoiar a decisão de Charlotte.
— Sim, querida, eu acho que nós vamos ficar por um tempo.
— Bella tem uma casa legal, um irmão e duas irmãs. Quando eu vou
ter um irmão ou irmã?
— Isso pode demorar um pouco, —Charlotte desconversou, corando
por nenhuma razão. Se ia continuar a queimar no paraíso com Tariq,
precisava ser responsável e entrar no controle de natalidade. Ela não se
importaria de ter um bebê dele. Uma criança com os cabelos e olhos dele.
Ela queria isso. Apenas não agora. Não quando o início era tão recente.
Mas uma criança estaria com ela por muito tempo depois que
ele a deixasse, uma voz sussurrou para ela. Ela sabia que o teria por um
tempo. Talvez até mesmo um longo tempo, mas eventualmente, ele iria
deixá-la e encontrar uma outra mulher. Uma que melhor lhe conviesse.
Uma mulher como Genevieve. Alta. Magra. Cabelos lisos e glamorosos.
Um rosto que qualquer fotógrafo cairia de joelhos em adoração.
Eu prefiro pequena com muitas curvas suaves. Eu amo cabelo longo, selvagem,
que vai durar para sempre e me mostra quanto selvagem minha mulher pode ser.
Eu amo cada coisa a seu respeito, embora precisemos trabalhar um pouco sua
confiança. Você é a minha mulher. Minha escolha. Eu sou seu homem. Sua escolha.
Você nunca precisará se preocupar se eu vou deixá-la. Neste ponto, eu não tenho
essa mesma segurança. Seu medo de que você pode estar cometendo um erro
realmente me faz sentir fora de equilíbrio e vulnerável. Ambas emoções que eu nunca
senti.
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Ela assentiu, mas não tirou os olhos dele, todo o seu corpo trêmulo,
como um selvagem animal encurralado e pronto para lutar, ou fugir.
Charlotte quis pega-la em seus braços e segura-la perto. Era evidente que a
criança estava terrivelmente traumatizada. Charlotte olhou para Danny. O
olhar era velho demais para um menino de sua idade. Ele não estava
pulando com energia acumulada, ou piadas idiotas, ele estava olhando sua
irmã mais nova com uma expressão à beira das lágrimas.
Ela voltou sua atenção para Amélia. Ela também não era uma
adolescente comum. Ela era muito suave e quase uma mãe, perto de sua
irmã mais nova, mantendo um olho em Bella, que ainda estava no ombro
de Tariq.
Fascinada, Charlotte assistiu a mão de Tariq no rosto de Liv, uma
____________________
2
csecsemõ – significa bebê
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pluma. Uma carícia suave. Ao mesmo tempo, ele fechou os olhos e ficou
muito quieto. Quase podia sentir o calor que emanava dele, movendo-se
através de seu corpo para o de Liv. Ela relaxou visivelmente. Algumas das
terríveis tensões saindo de seu rosto. Seu corpo parou de tremer ainda sob
seu toque. Claramente o dom de Tariq era muito maior do que ele tinha
feito ela acreditar. Ele tinha jeito para trazer paz e cura para aqueles que
necessitavam dela, e essas crianças claramente precisavam.
Ela caiu mais duro por ele naquele momento. A maneira como ele foi
tão gentil quando tocou as crianças ou falou com elas. Era a maneira como
se agachou na frente de Bella e Lourdes, quando falou com elas. A maneira
como mostrou paciência e interesse em tudo o que as duas meninas tinham
a dizer. Ela admirou a maneira como ele falou com Danny, fazendo-o
sentir como se estivesse no mesmo nível. Vigiando a família unida.
— Melhor, csitri3?
Liv assentiu. — Não queima tanto.
— Você está dormindo?
Charlotte amou o foco completo que ele deu a criança, e mais, ela
amou que as outras crianças claramente estavam felizes dela receber sua
atenção completa. Não pareciam ter ciúme ou qualquer disputa pela
atenção de Tariq.
____________________
3
csitri – significa pequena
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— Boa menina. Eu quero que você durma também, por isso vamos ter
outra sessão de cura. Eu vou trazer um conselheiro, alguém para que você
possa falar com ...
Liv suspirou e balançou a cabeça, dando um passo para trás. — Não.
Não, Tariq. Eu não quero falar com ninguém.
— Só você. Só você. Eu não posso falar sobre isso, a menos que você
esteja lá para fazer tudo ir embora.
O coração de Charlotte virou. É evidente que o trauma era muito,
muito ruim. A criança precisava de ajuda, mas ela não achava que
pressioná-la era o caminho a percorrer.
Ela está apavorada, Tariq. Não a faça ir ainda. Ela precisa de você para ser
sua rocha até que possa ter algum alívio.
Instintivamente, ela sabia que era por isso que as crianças estavam
com ele e não em outros lares adotivos. O mais provável é que teriam sido
separados, e mais ninguém ia entender o que eles tinham passado.
Como posso ajudar?
— Liv, esta é a tia de Lourdes, Charlotte. Como você, ela teve um
encontro com um assassino. Ele levou seu irmão, pai de Lourdes, e a amiga
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O que você vai fazer? Alguma coisa tinha que ser feito para salvar a criança.
Um hospital? Um bom médico pode ajudar.
Não nisso. Quando estivermos sozinhos, eu te digo o que aconteceu com ela e
como pretendo ajudá-la. Por enquanto, estou apenas dando pequenos impulsos. Mas
eu preciso que ela coma. Ela precisa ganhar força. Todos eles precisam, os quatro.
Nenhum deles está realmente comendo. Tentei afastar a lembrança do que
aconteceu, mas todos são resistentes, especialmente Liv.
— Às vezes me sinto doente quando penso sobre comida, também,
—Charlotte admitiu. — Ainda assim, eu tenho que comer para ficar forte
e cuidar de Lourdes. Bella, Amélia e Danny precisam que você seja forte.
Liv sacudiu a cabeça. — Danny e Amélia podem cuidar de Bella.
— Não sem você, —disse Amélia, pânico em sua voz.
Todos sabiam. Charlotte olhou para Tariq. Estas crianças tinham
conexões psíquicas. Eles tinham dons. Genevieve tinha. Tariq também.
Lembrou-se de Emeline dizendo ter ido a testes em um centro psíquico nos
Estados Unidos com a sua “irmã” Blaze. Ela, obviamente, também tinha
dons.
Tariq assentiu, encorajando-a a ligar os pontos.
Todos os que vivem aqui tem algum dom? Mesmo o casal mais velho? Os
Waltons?
Ele balançou a cabeça novamente, seus olhos, observando-a. Durante
todo o tempo ele acariciava o cabelo de Liv, murmurando suavemente a
ela. A menina se agarrou apertado e Bella gritou e tentou levá-la para levá-
la para um passeio de "Cavalinho".
Charlotte olhou ao redor novamente. O lugar era belíssimo, pedra e
verde, um oásis rodeado por uma cerca muito alta. Não era a cerca que
mantinha perigo fora, ela estava certa disso. A primeira vista, era o que
parecia, mas ela estava aprendendo a ver com mais do que os olhos. Ela
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sentia uma onda de poder sempre que chegava perto da cerca. Ela olhou
para Tariq novamente, levantando a sobrancelha em questão.
Salvaguardas. Eu coloquei-as também ao longo do lago, bem assim se Liv ou
qualquer uma das crianças chegar muito perto sem alguém perceber, e nós queremos
olhos sobre eles em todos os momentos, então as salvaguardas entram em jogo e os
afastam de lá.
Ela não entendia completamente como isso iria funcionar. Um alarme?
Qualquer um que tentar penetrar as salvaguardas encontrará um escudo e nós
seremos alertados. Em torno dela, Genevieve e Lourdes conversavam com
Danny e Amélia. Liv não olhava para ninguém com exceção de Tariq, com
exceção ao ocasional olhar rápido para Charlotte. A menina deu uma
respirada profunda. — Você é a namorada de Tariq?
Imediatamente todos ficaram em silêncio e olharam para ela. Ela
abriu a boca para responder em negativa. Ela realmente não sabia o que
era para ele. Sua amante? O que ela se chamaria?
— No meu país, com o meu povo, Charlotte seria chamada avio
päläfertiilam, o que significa que é a minha companheira. Ela é mais do que
uma namorada para mim. Muito mais. —Tariq pegou Bella com ambas as
mãos e girou-a habilmente para o chão. Estava claro que ele tinha feito
essa manobra mais de uma vez.
— Isso quer dizer que você gosta dela ... muito? —Liv persistiu.
— Sim, —respondeu Tariq.
— Se ela não gostar de nós, nós teremos que sair? —Isso foi Danny,
que evitou olhar para ela.
A respiração de Charlotte ficou presa na garganta. Eles estavam todos
preocupados em perder sua casa e Tariq, sua rede de segurança. Por causa
dela. Ela balançou a cabeça.
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Isso não poderia ter acontecido. Não era real. Não a essa criança
bonita de rosto pálido e ataduras por toda parte. Ela não tinha gritado.
Nenhum som. Sua irmã mais velha estava presa em uma gaiola na outra
sala e se o monstro não conseguisse Liv, ele iria atrás de Amélia. Bella
estava em outra gaiola por perto, mas não perto o suficiente para as
meninas tocarem-na. Liv estava apavorada, e sabia que seria comida viva,
mas recusou-se a gritar. Ela não queria que o bebê soubesse que havia
monstros que comiam meninas.
O rosto do monstro estava distorcido. A pele de um lado parecia ter
derretido e sua carne apenas caia. Um olho pendurado metade dentro e
metade fora da cavidade. O que restava de seu cabelo caia em dreads4
úmidos. Ele tinha sangue de Liv em sua boca e queixo. Estava tão perto
que ela podia ver carne em seus dentes.
O estômago de Charlotte deu uma guinada. Isso era muito real. Tinha
que ter acontecido. Havia muitos detalhes. Como se afastar? Tariq tinha
mostrado a ela o que tinha acontecido, mostrado a ela o terrível dano que
tinha sido feito a esta criança tanto física como psicologicamente. Como
poderia ela se recuperar? Como poderia qualquer uma das crianças? Ela
mal podia acreditar no que tinha visto. Ela não queria acreditar.
A companheira de Maksim, Blaze, e Emeline entraram atrás delas. Ainda
estavam um pouco distantes mas tentavam chegar a elas rapidamente. Danny teve
a coragem de levar Blaze e Emeline para os túneis.
Blaze lutou com uma marionete e Liv se liberou, correndo quando Blaze
mandou. Foi muito difícil para Liv. Ela estava apavorada e machucada. Tinha
perdido uma grande quantidade de sangue. O sangue da marionete era imundo, e
no início, ela não permitiria que eu a ajudasse. Ela tinha uma infecção e eu não tive
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Charlotte não tinha ideia do que isso significava. Ela não tinha sido
capaz de ajudar Lourdes, Genevieve ou mesmo ela. Como ela poderia
ajudar as crianças traumatizadas a se recuperar de um pesadelo? Ela
descansou a bochecha contra a caixa torácica de Tariq. Ele parecia tão
seguro de si, tão certo que tinha uma maneira de ajudar as crianças. Se ele
estava, ele precisava deixá-la entrar nele, porque ela estava se sentindo
sobrecarregada.
— Liv, —Tariq disse gentilmente. — Eu vou levar Charlotte para o
porão, onde os cavalos de carrossel que precisam de restauração estão.
Tudo vai ficar bem. Você pode aguentar outra noite?
Liv assentiu. — Eu quero visitar Emeline. Ela ajuda.
— Ela é escura por dentro, —Amélia protestou. — Isso não ajuda
você, Liv.
— Eu sou escura por dentro também, —disse Liv. — Não é do mesmo
jeito que Emme, mas ela entende. Ninguém mais sente isso dentro de mim.
— Eu faço, —disse Tariq, intermediando os irmãos. — Eu sinto. Eu
sei que está lá, agachado, tentando engolir você. Eu sei que você está
lutando tão duro como pode. Amélia, se Emeline ajuda a passar uma noite,
você precisa deixá-la ir visitá-la.
Amélia sacudiu a cabeça e deu um passo para sua irmã mais nova.
Instantaneamente Liv transferiu seu agarre de Tariq para Amélia.
— Vem comigo, então. Emeline pode gostar de companhia, —Liv
convidou.
— Eu tenho que olhar Bella, —disse Amélia.
— Eu posso fazer isso, —Genevieve ofereceu. — Eu estou levando
Lourdes de volta para o quintal enquanto Tariq fala de trabalho com
Charlotte. Bella pode vir com a gente, se quiser.
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surgido com a ideia de treinar homens para a guerra e acabou virando algo
especial em que todos podem desfrutar e relaxar, —disse Tariq.
Charlotte sempre adorou esse fato também. Ela foi atraída para a
história do carrossel assim como Tariq. Eles tinham isso em comum. Ela
amava a obra de arte individual com os cavalos de madeira entalhada. O
detalhe, como se o artista tivesse tomado cuidado para fazer de cada peça
algo especial, mesmo sabendo que os nobres em formação sobre ele
poderiam nunca perceber. Esses homens eram artistas, homens expondo
pequenos pedaços de suas almas enquanto trabalhavam.
— Eu amo que você saiba disso, —Charlotte admitiu. — Eles não
tinham ferramentas para trabalhar naquela época como temos agora, mas
ainda assim, eram meticulosos em seu trabalho. Ricard tinha a teoria de
que o mais antigo carrossel foi esculpido por um único homem. Dois no
máximo. Os cavalos eram diferentes, mas a técnica, o cuidado e atenção
ao detalhe, eram tão perfeitos que ele duvidava que mais do que um
homem teria essa capacidade.
— Eu teria gostado de conhecer Ricard Beaudet. Eu sempre gostei de
nossa correspondência. Eu não gosto de falar ao telefone, então ele era
obrigado a me escrever. Eu sentia como se tivéssemos muito em comum.
—Ele olhou para ela. — Ele me falou sobre você. Estava muito orgulhoso
de você e do trabalho que você fez. Ele disse que o aluno tinha ultrapassado
o mestre em habilidade.
Charlotte balançou a cabeça. — Ricard era muito modesto, mas era o
melhor do mundo. Se você queria o carrossel restaurado direito, com a
glória absoluta que já teve, você o chamava.
— Que foi exatamente isso o que eu fiz. Sua reputação era impecável.
Charlotte foi ao fundo da sala. O porão se estendia ao longo do
comprimento da casa. Apesar de ser uma grande sala, havia várias meias
paredes que faziam o espaço parecer um labirinto gigante. Cavalos de
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próprios cavalos. O mais velho ainda está embalado. —Ele indicou a seção
mais próxima à sua estação de trabalho. — Eu comprei de um
colecionador recentemente. Foi por ele que escrevi para Ricard. O
colecionador, Paul Emery, tinha fotos dele, e alguma madeira deteriorou-
se, bem como a pintura original. Paul comprou os cavalos e o carro para
sua filha. Ele, aparentemente, pendurou os quatro cavalos em sua varanda
para ela e seus amigos usarem. Sua esposa morreu em um acidente de carro
logo após a sua menina nascer, e ele alegou que estragou sua filha tanto
quanto possível.
Charlotte podia ver os quatro pacotes embrulhados com cuidado em
plástico-bolha. Logo atrás deles haviam quatro maiores. Ela estava certa
que eram os carros. Ela não podia esperar para abrir o plástico bolha e vê-
los. As fotos indicavam ser um dos mais antigos cavalos de carrossel que
existiam.
— Sua menina ficou doente logo depois que ele comprou os cavalos
para ela e, eventualmente, morreu. Os médicos não conseguiram descobrir
o que estava errado. Emery estava morrendo quando falei com ele sobre
os cavalos. Ele tinha insistido que qualquer potencial comprador deveria
falar com ele antes da transação ser concluída. Ele acreditava haver algum
tipo de maldição sobre os cavalos. Ele explicou que, ao longo dos últimos
séculos, qualquer um que possuísse os cavalos e usasse-os, eventualmente
sucumbia a alguma doença desconhecida. Ele queria me fazer tomar
consciência da maldição antes de eu comprá-los. Ele tinha recebido o aviso
e não acreditou, como, aparentemente, todos os colecionadores antes dele.
Ela se virou e olhou para ele, fascinada. — Ele morreu?
— Sim, da mesma doença de sua filha. Como os colecionadores antes
dele e suas famílias. Aparentemente, qualquer um que possuiu os cavalos
morreu de uma doença fulminante desconhecida, ou ... —Ele fez uma
pausa, olhando seu rosto. — Ou foi assassinado da mesma forma que seu
irmão e Ricard Beaudet.
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— Espere. —Ela pegou seu braço, a emoção passando por ela. — Você
tem todas as peças deste carrossel? Cada uma delas? —Não podia ser
verdade.
— Eu não tentei montá-lo. Ele chegou há algumas semanas, enviado
em partes separadas. Eu fiz um inventário de tudo o que entrou e verifiquei
todas as peças. Eu não queria cometer erros com ele. As fotos que enviei
para Ricard foram as tiradas por Paul Emery e ele as enviou a todos os
colecionadores particulares. Eu quis comprá-lo e queria saber se havia uma
chance de Ricard vir e fazer a restauração.
— Ele queria, —Charlotte admitiu. — Por que Paul Emery não
admitiu que tinha uma coisa tão rara? Por que não divulgou essa
informação para o mundo? O carrossel, em função da sua condição, pode
valer uma fortuna. Mais especificamente, ele definitivamente pertence a
um museu para ficar em exibição para o mundo ver. É uma peça tão
importante. Esta poderia ser a descoberta do século.
Tariq sacudiu a cabeça. — É parte do acordo que cada proprietário
tem feito ao comprar o carrossel. O novo proprietário deve jurar que não
vai permitir a exposição ao público até que a maldição seja quebrada.
Tenho a intenção de descobrir o que está acontecendo de errado, se é que
realmente está, e fazer algo sobre isso, mas preciso de ajuda. Pensei que
Ricard seria quem ia fazer isso, mas agora é você. Eu espero que você tenha
dito a verdade quando disse que ficaria.
— Eles acreditam tanto na maldição que não querem correr riscos com
o público, —ela meditou. — É um objeto inanimado. Ele não pode ser
responsável por doença ou morte.
— A menos que abrigue alguns agentes patogênicos na superfície.
A ponta da língua umedeceu os lábios enquanto pensava sobre isso.
— Eu suponho que isso poderia acontecer, mas é improvável, certo? Você
acredita nessa maldição? Realmente acredita nisso?
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atração, ela sabia que o objeto era muito antigo e tinha muito a dizer a ela.
Madeira era o seu meio favorito. Parecia absorver muito mais do que
substâncias artificiais.
Tariq sorriu de novo, tomando sua respiração. Com seus passos fáceis,
fluidos, ele parecia deslizar através dos vários pacotes embrulhados no
chão até chegar ao que ela era obrigada a tocar. Ela estava perto.
Prendendo a respiração. Antecipando. Não se atrevendo a ter esperança,
mas esperando de qualquer maneira.
Tariq teve cuidado com a embalagem, removendo uma tira de
madeira para revelar mais plástico-bolha. Ela observou-o atentamente.
Suas mãos mal pareciam tocar a madeira, e ele afrouxava as garras
simplesmente puxando. Ela sabia que ele era forte, mas ele fez parecer fácil
desmontar os caixotes. Ela estava bastante certa que poderia abrir os outros
sem ajuda.
— Tariq.
Ambos viraram-se ao som de seu nome, mas Charlotte percebeu que
ela não estava nem um pouco assustada. Ela ouviu e sentiu o cheiro do
homem inclinando na parte superior do corpo e da cabeça para a escada
do porão. Ela o reconheceu da noite anterior. Ele era alto, como Tariq,
com cabelo escuro longo e, olhos frios como gelo e negros como a noite.
Ele era bonito, mas como um menino mau, áspero, embora, como Tariq,
ele usasse um terno. Onde Tariq parecia ter saído na capa da revista GQ,
seu parceiro, Maksim Volkov, parecia ser capa de uma revista de
motoqueiros.
— Preciso de você por um momento. Não vai demorar muito.
Tariq fez uma careta para ele, mas se endireitou, deixando o canto do
cavalo espreitando Charlotte. Ela tentou não olhar para a madeira
desbotada, mas era sedutor, acenando para ela, mil vozes sussurrantes só
porque ela estava próxima.
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segredos. Não havia como resistir a esse chamado. Ela colocou a mão
suavemente sobre a madeira exposta, os dedos infalivelmente encontrando
os sulcos da escultura.
Em torno dela as paredes do porão brilharam e depois desapareceram.
Tudo ficou escuro, mas ela não estava sozinha, as vozes estavam lá,
chamando uma a outra em várias línguas. Felizes. Rindo. Soluçando.
Angústia. Crianças. Adultos. Eles estavam ali com ela naquele lugar
escuro. Ela estremeceu de frio, sentindo-se como sempre quando fazia
contato com um objeto antigo. Era gelado até que ela conseguisse se
conectar com um tempo e um lugar. Ela estava olhando agora para trás,
tentando ignorar a atração hipnotizante e sedutora das vozes.
Ela caçava através do tempo pelo escultor. Quanto mais se
aproximava dele, mais ela podia sentir. Quanto mais o frio diminuía e ela
sentia o calor. Calor. As vozes cresceram. Homens rindo. Falando juntos.
Um homem, de costas para ela trabalhava com o bloco de madeira, a faca
movendo-se macia, movimentos suaves, com as mãos acariciando a
madeira com cuidado e amor.
Os homens falavam a língua antiga de Tariq. Ela não conseguia
entender o que eles estavam dizendo, mas ouvia as notas provocando
risadas em suas vozes. Eles estavam dando ao escultor um momento
difícil. Ela achou-os interessantes. Todos eram da mesma raça. Ombros
largos, altos, longos cabelos negros, homens deslumbrantes com corpos
musculosos que os diferenciavam facilmente. Dois deles praticavam uma
luta de espadas, indo para o outro várias vezes, mas eles pareciam
equilibrados, tanto que estavam envolvidos na conversa com os outros que
se reuniam em torno do escultor.
— Que parte do ‘Não toque nisso até eu verificá-lo’ você não
entendeu? —Tariq rosnou por trás dela.
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de madeira, olhando para ela com seus belos olhos azuis, observando-a
atentamente, totalmente focado nela como se realmente pudesse sentir a
presença dela, vê-la.
Tariq Asenguard tinha sido o escultor. Seu Tariq. O homem ao qual
ela tinha dado seu corpo, coração e alma. Ela tinha confiado sua sobrinha
e sua melhor amiga a ele. A garganta do irmão dela tinha sido arrancada.
Seu sangue tinha sido drenado. Os três homens no bar, tinham enfiado
uma estaca através do coração de um homem, eles tinham que ter
acreditado que matavam um vampiro.
Ela tocou a ondulação suave de seu seio. Sua marca. Bastava passar
os dedos através do material fino de sua blusa e seu sexo apertava.
Lembrando a sensação de sua mordida. A coisa mais erótica que já tinha
experimentado. Ela tocou sua boca, lembrando-se de seu peito.
— Oh Meu Deus. —Ela sussurrou uma segunda vez, sentindo-o na
boca. Em sua língua. Quente. Picante. Inteiramente dela. Tudo para ela.
As paredes em torno se curvaram. Ficaram escuras. Ela só podia ver
aqueles olhos azuis observando-a sem piscar. Ela estremeceu, o frio se
infiltrando em seu corpo. Ela levou a mão à garganta em defensiva,
incapaz de desviar o olhar. De repente, estava de volta ao presente,
olhando diretamente nos olhos de Tariq. Ele estava de pé perto dela,
observando-a com cuidado.
Charlotte se afastou dele, dando um passo para o lado para tentar
obter um ângulo para a escada. — Você tomou meu sangue. —Ela soltou,
assim como uma idiota de um filme de terror, não sendo legal e inteligente.
— Isso é uma pergunta?
Ele não parecia arrependido. Nem um pouco. Ela queria olhar para
ele, mas estava muito assustada. — Sim. —A única palavra foi dita tão
baixo que ela estava surpresa que saísse de sua boca.
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um dos lados. Muitos dos meus, incluindo os Malinov, achavam que não
deveríamos nos envolver nas guerras dos seres humanos. Eles os evitavam
a não ser para se alimentar.
— Como o gado para os seres humanos.
Um pequeno tremor atravessou seu corpo pela forma como ele
colocou isso. Tariq tinha se "alimentado" dela. Ela tocou a marca em seu
seio, e a marca pulsava e latejava. No mesmo instante, como se conectado,
seu sexo igualou a estranha batida, com fome.
— Sielamet, eu não me 'alimentei' dessa forma de você. É erótico e
íntimo com você. Fomos feitos para isso. Meu povo não considera as
pessoas como gado. Pelo menos, a maioria não.
Ela ignorou isso, não estava pronta para se envolver em uma batalha
novamente. Além disso, ela estava curiosa. — Algo aconteceu com Ivory
naquela noite?
— Na primeira noite, quando estávamos nos divertindo, Ivory ainda
não tinha nascido. Nem Draven, o Príncipe mais velho, mas eu acho que
as coisas foram postas em movimento naquela noite. Os irmãos Malinov
argumentaram com o Príncipe, querendo ficar fora dos problemas
humanos. Quando ele não aceitou seu conselho, tornaram-se cada vez
mais abertamente desafiadores ao longo dos anos. Eles abrandaram um
pouco depois que Ivory nasceu, mas na noite que Ivory foi traída e foi dada
como perdida para nós, os cinco irmãos escolheram virar vampiros.
Ruslan, o mais velho, chamou os outros, e eles o seguiram direto para o
inferno. E fizeram-no com um plano, com um propósito terrível. Nós
estamos vendo os resultados desse plano aqui, nesta cidade, agora.
— E o cavalo do carrossel?
— Eu terminei de esculpi-lo mais tarde. Salvei a madeira e trabalhei
com ele ao longo do tempo. A noite, que os Malinov tomaram a decisão
de se tornarem mortos-vivos, eu o tinha acabado junto com os carros. Eu
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poderiam ter o lugar dos Dubrinsky, se eles fizessem isso, de alguma forma
seria a queda de seu povo.
— O que aconteceu? —Ela perguntou, quando ele ficou em silêncio.
— Eles me deixaram muito zangado e eu nunca mais os vi como meus
amigos. Como Cárpatos. Ivory, a menina que viveu e era querida, tinha
desaparecido e eles viraram vampiros naquela noite. Todos eles.
Deliberadamente. Eles não esperaram até que fosse tarde demais, até que
não houvesse nenhuma esperança de encontrar companheiras e as
memórias de amor e amizade estivessem totalmente desaparecidas.
Ela levantou a cabeça e choque tomou conta dela, mil relâmpagos
bateram todos de uma vez com o que escutou. Ela tinha ouvido essa
palavra muitas vezes. Companheira. — Tariq, o que isso significa? A não
esperança de encontrar uma companheira e as memórias totalmente
desaparecidas. O que isso tem a ver com virar vampiro?
Ele suspirou. — Os homens Cárpatos ao longo do tempo perdem a
capacidade de ver em cores e sentir a emoção. Nós somos a metade escura
da alma e sem luz para fornecer o caminho, nós afundamos mais e mais
em um mundo cinzento sem nada. Nós caçamos o vampiro, mas é apenas
a nossa honra que nos impede de nos unirmos a eles. Quando você não
pode sentir nada, você olha para aquele momento em que você pode. Há
um frenesi quando se toma sangue durante uma matança e existe a
tentação de se sentir pelo menos isso. O sussurro da tentação vem a você
noite após noite. Durante séculos. Implacável.
Ela umedeceu os lábios repentinamente secos. Ele estava ferido e a fez
doer. Ela não sabia se estava sentindo a dor dele ou se era a sua própria,
mas sentiu claramente a perda de seus amigos. Se as coisas que Tariq disse
a ela fossem verdades, ele tinha sofrido muito. — Como você sabe que ela
é a pessoa certa?
Seus olhos azuis vagaram sobre sua face. Havia posse lá. Emoção crua
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Ela deu um passo para trás de novo, mais uma vez, recuando. — Um
filme ótimo. Engraçado e assustador. Um vampiro tentando montar sua
própria família.
— Isto não é um filme, Charlotte. Você é minha família. Minha
companheira. As crianças são almas perdidas necessitadas de ajuda. Eu fui
em seu auxílio, porque ao longo dos séculos, foi isso que eu fiz. O que eu
sempre fiz. Eu acho os perdidos e cuido deles. Se isso não é o que você
quer fazer, vou parar. Mas você é minha.
Havia resolução nessas palavras, e estudando seu rosto, ela podia ver
que havia pouca manobra em torno de sua declaração. Ele acreditava
absolutamente nisso, e o mais assustador era, ela também. Ela deu outro
passo para trás, sacudindo a cabeça. Era inacreditável. Fridrick assassinou
o namorado e a avó de Genevieve. Assassinou Ricard Beaudet e, em
seguida, o irmão de Charlotte. Tariq escreveu para Ricard, muita
coincidência. Os três homens que as seguiram de Paris. Dar-se a um
homem que ela não conhecia depois de anos não permitindo que ninguém
a tocasse. O que havia de errado com ela que estava sendo arrastada por
um caminho do qual não havia retorno?
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— Eu fiz.
Seu coração saltou, gaguejou e depois começou a bater. Ele tinha
ouvido seus pensamentos. Ele estava dentro da mente dela. Ele podia ler
seu plano de fuga quase antes de ela ter um. Pior, ele confirmou o que ela
tinha suspeitado.
— Esse momento foi o que me permitiu durar tanto tempo. Ficar com
os seres humanos. Ter a ideia dos clubes. Eu sabia que você estava em
algum lugar do mundo, embora tivesse me convencido que eu lhe inventei.
Eu realmente não "vi" você tanto como eu senti sua presença. Tão forte.
Eu senti a fragrância que é tão excepcionalmente você. Eu a senti no clube
e sabia que estava perto.
Ele inalou, tomando o cheiro dela, puxando-o profundamente em seus
pulmões, os olhos vigilantes. Sabia que ao se mover ele estaria em cima
dela. Ela só não sabia o que ele faria.
— Quero pegar Lourdes e sair. —Ela tentou manter a voz firme. Era
tarde demais para esconder o fato que ele tinha a apavorado totalmente.
Ela precisava ficar longe dele. O sussurro da madeira do cavalo, agora
chamando-a. Ela enfiou a ponta do seu dedo em sua boca de novo,
chupando o ardor da lasca. Ela não estava lá. Ela achou que tinha
penetrado a pele e quebrado, mas apenas fez uma pequena laceração, e
agora apenas picava. Ela estava grata que não tinha que pescar um pedaço
de madeira velha de seu dedo, uma coisa pequena, mas deu-lhe outra coisa
para pensar.
— Você se machucou? —Imediatamente ele estava alerta.
— Não é nada. —Deus. Deus. A preocupação em sua voz. A sacudiu.
Seus olhos tinham ficado suaves. Bonitos. Ele era o homem mais lindo em
que já tinha posto os olhos. Todo dela. Oferecendo-lhe tudo. Ela realmente
ia jogar isso fora? Ela deu outro passo para trás, longe da tentação. — Eu
só espetei em uma lasca.
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eu a deixasse ir, o que nunca vai acontecer, você não iria sobreviver e nem
eu. Estamos amarrados.
Seu polegar deslizou ao longo de sua bochecha, uma carícia suave que
chegou no seu coração. Ela estava apavorada, mas ao mesmo tempo se
sentiu segura no momento em que ele a tocou. Segura. Protegida.
Pertencente. Ele era mágico. Ela sabia que nunca iria ter outro homem.
Apenas Tariq. Era como se ela o conhecesse toda a sua vida.
— Eu não sabia com o que estava concordando, —ela sussurrou,
porque não havia nenhuma maneira de sua voz ser mais que um sussurro.
— Eu não quero estar em um mundo onde eu tenha que olhar os seres
humanos como presa.
— Você não é uma predadora, sielamet. Você é a luz de minha
escuridão. Você sempre será você, uma doce mulher corajosa iluminando
o caminho de seu homem.
— Você é um predador, —ela acusou.
— Exatamente. Eu sempre serei um. Eu nasci para caçar e vou
continuar a fazê-lo. Mas eu sempre estive no mundo dos humanos, atraído
por eles, protegendo-os. Naquela noite, a noite em que os Malinov
transformaram-se, eles voltaram determinados a acabar com toda a aldeia
onde eu trabalhava treinando os jovens para a batalha. Fridrick e seu irmão
estavam com eles. E dois outros. Foi um banho de sangue, Charlotte.
Muitas pessoas morreram desnecessariamente porque eu me recusei a me
juntar a eles. Eles precisavam que eu morresse. Eles queriam isso. Eu me
tornei um dos seus piores inimigos naquela noite e eu os caço através dos
séculos.
Ela estremeceu com a palavra séculos, ela não podia entender. Séculos
eram um longo, longo tempo.
— Não fique tão assustada. Eu sempre estarei ao seu lado. Sempre.
Você vai ser capaz de proteger Lourdes e os outros junto comigo. —Sua
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boca se moveu sobre sua bochecha, beijinhos estalando contra sua pele.
Tão macios. Tão convincentes. Sua língua brincou com a costura de sua
boca. O corpo dele estava quente e duro, a mão sob o queixo segurando
sua garganta de modo que sua pulsação estava na palma dele.
— Estou absolutamente apavorada, —confessou.
— Sielamet, eu sei que este é um salto de fé para você, mas nós
podemos fazer isso. Você. Eu. Muito poucas pessoas podem ter o que
podemos. Juntos. Eu tenho muito amor por você Charlotte. Tanto. E só
vai crescer. Olhe em minha mente e você verá tudo o que você precisa
acreditar. Eu estou pedindo para você dar esse salto e acreditar que eu vou
pegar você. Deixe-me tê-la nesta vida e em todas as que estão por vir.
Ele fez o seu pedido, seus lábios contra os dela, para que ela se sentisse
cada palavra deslizando dentro dela. Indo profundo. Seu coração batia
alto. Duro. Seguia o ritmo exato do dele. Ela ... queria ... ele.
— O que acontece se eu concordar?
— Eu tomo seu sangue para a terceira troca. Você toma o meu e vai
passar pela conversão. Perguntei a Maksim o que acontece. Blaze passou
por isso. Ele disse que foi difícil de assistir, terrível para ela. Ele também
disse que se você aceitar, se souber com certeza que quer, não é tão ruim.
Eu estarei com você tomando o máximo de dor e medo possível, mas,
honestamente, vai ser duro.
Ela contou cinco batimentos cardíacos. Respirou. Chamou ar em seus
pulmões. — Você quer que eu faça isso? Sentir dor?
Seu polegar deslizou sobre sua bochecha novamente, traçou sua alta
maçã do rosto e, em seguida, mudou-se para pressionar o pequeno recuo
em seu queixo. — Absolutamente não, sielamet. A última coisa que
qualquer homem quer para a sua mulher é que ela sinta dor. Eu faria isso
por você se pudesse. Eu vou ficar com você a cada momento, e tomar a
dor tanto quanto o seu corpo me permitir, e no final, quando eu puder, vou
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botar você para dormir, então você não vai sentir nada, mas, infelizmente,
para trazê-la para o meu mundo, eu tenho que tirá-la do seu.
Ela engoliu em seco, visões de filmes de terror crescendo. — Como
um vampiro. —Uma mão deslizou até a parede e em seguida, ela circulou
seu pulso com os dedos, ou tentou. Seus dedos não fechavam em torno do
pulso então ela simplesmente enterrou os dedos e tentou puxar a mão de
sua garganta.
— Não como um vampiro. Você vai mentir para mim e me dizer que
não foi erótico quando tomei seu sangue? Você participou, Charlotte. Você
queria o que eu tinha para oferecer, porque você me reconheceu. Você sabe
o que sou para você.
Olhando em seus olhos, olhos que eram gemas azuis gêmeas, ela sabia
que estava perdida. Ela era sua. Mas o que ele queria ... O que ele exigia
era aterrorizante. Dar o quê e quem ela era para se tornar algo mais. Ela
balançou a cabeça. — Eu não sou tão corajosa ou forte.
Seus lábios lentamente se curvaram em um sorriso. Sua boca era
bonita. Tentadora. Quando sorria era mais ainda. O sorriso subiu para
aquecer o azul de seus olhos, transformando a chama mais quente e mais
brilhante, deslumbrando-a. — A Charlotte, que estava disposta a enfrentar
um assassino em série com uma lata de spray de pimenta que tinha na sua
bolsa. Que deu um passo à frente de sua amiga Genevieve, e que tentou
me proteger, um total estranho para você. Não me diga que não tem
coragem. Só uma mulher de grande coragem faria as coisas que você fez.
— Ou uma louca, —ela murmurou, incapaz de tirar o olhar daquela
boca pecaminosa.
Ele trouxe sua boca até a dela com deliciosa gentileza. Um pequeno
pincelar. Um sussurro de carícia. Calor em espiral correu através dela
instantaneamente, e ela precisava de mais. Ele lhe deu mais, sua língua
provocou ao longo da costura de sua boca, e ela se abriu para ele,
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quero ser capaz de fazer isso por você. Mas se você realmente fizer esta
escolha, no seu coração, na sua cabeça, quando chegar o momento, será
mais fácil aceitar. Deixar acontecer e não combatê-lo.
Ela sabia que ele estava tentando tranquilizá-la, mas o desconhecido
ainda era assustador. — Eu tenho que ir ver Lourdes. Deixei-a sozinha
com Genevieve muito tempo. E nós temos que resolver onde Genevieve
vai viver.
— Por enquanto, ela pode viver nesta casa. Isso vai permitir que ela
cuide de Lourdes durante o dia se tiver necessidade. Eventualmente,
quando eu souber que Lourdes e as outras crianças podem aguentar, vamos
trazê-los ao meu mundo. Elas vão estar muito mais seguras assim.
Charlotte balançou a cabeça e tentou dar um passo para trás, mas a
parede estava bem atrás dela. — Você não pode tomar essa decisão por
elas. Elas têm que fazê-lo quando forem adultas. —Ela não estava certa do
que "isso" implicava, mas era enorme. Mudar totalmente de espécie. Viver
de forma diferente. Ela nem sequer sabia como era. Outro pensamento
terrível lhe ocorreu. — Você não dorme em um caixão, não é? Porque eu
não sou capaz de fazer isso.
— Não. Mas nós não saímos no sol. Isso pode nos queimar. Podemos
lidar com o início da manhã e o fim da tarde. A sensibilidade de cada
Cárpato é diferente, mas como regra, não podemos tomar sol. Temos de
dormir durante o dia, e nós estamos mais vulneráveis então. Eu acho que
os seus três perseguidores de Paris são caçadores de vampiros e matam
qualquer um de quem eles suspeitam, vampiro, Cárpato ou humano. Eles
não estão ligados a Fridrick.
— Como você sabe?
— Eu sei. Podemos verificar mentes, e se um vampiro assumiu um ser
humano e o transformou em seu fantoche ... —Ele parou de falar, seus
olhos azuis se abrindo mais. — Os homens com Fridrick eram humanos.
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Eu não o senti, nem mesmo quando fiz a varredura de suas mentes, mas
claramente eles estavam sob o controle de Fridrick.
Ele deu um passo para trás, mantendo as mãos em seus ombros.
— Nós temos que descobrir o que eles estavam fazendo nos túneis antes
de expulsarmos todos. Maksim me disse que quando voltou para descobrir
o que eles estavam fazendo com todas as suas experiências, tudo estava
destruído. Todo o equipamento. As gaiolas. A sala de controle com os seus
computadores. Tudo em escombros. Precisamos de informações ou
estamos apenas adivinhando suas intenções, e agora tudo está perdido para
nós.
— Eu posso conseguir isso para você. Se há entulho lá embaixo, eu
ainda posso "ver" para que foi usado, tocando o que sobrou, —disse
Charlotte. — Eu venho fazendo esse tipo de coisa desde que eu era uma
criança. Claro que na verdade nunca disse a ninguém, só a Genevieve e as
pessoas no centro de testes psíquicos da França, mas percebi que tinha uma
negação plausível se alguém descobrisse. Eu sou realmente boa no que
faço.
Tariq olhou para ela por um longo tempo, sua expressão era uma
mistura de admiração, aprovação e orgulho. A maneira como ele olhou
para ela a fazia se sentir quente por dentro. Ela daria muito para ver esse
olhar em seu rosto muitas vezes.
— Você estaria disposta a ir para os túneis e peneirar os quartos com
a gente? Pode ser muito feio, sielamet. Você viu o que eles fizeram para Liv.
Reviver a tortura dos outros pode mexer com você de várias maneiras.
Ela colocou a mão em seu braço para detê-lo. — Eu não teria dito
nada se não achasse que poderia lidar com isso. Eu toco antiguidades o
tempo todo. Já vi tortura antes. Eu sei que pode ser feio, mas se isso ajudar
a nos livrar de Fridrick e qualquer um dos seus amigos, vou ajudar de
qualquer maneira que eu puder.
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Isso lhe rendeu outro beijo. Um longo. Um que ela poderia levar com
ela quando ela entrasse em um covil de vampiros.
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estes homens viviam em um mundo frio, cinzento sem nada. Ela não podia
deixar de sentir um pouco de medo deles e ao mesmo tempo ter compaixão
por eles.
Dragomir não era de todo como Tariq. Ele não queria que sua mulher
caminhasse ao lado dele no perigo. Ele não esperaria que ela entrasse em
túneis e usasse seu dom, a fim de beneficiar a todos. Ele era mais velho que
Tariq, embora ela não pudesse dizer quanto, só que o que quer que tivesse
acontecido com ele o transformou em um ser muito perigoso. Ele não iria
perguntar a sua companheira se ela queria vir para o seu mundo com ele.
Ele simplesmente a levaria. Ela tinha a sensação de que Siv ia pelo mesmo
caminho.
— Espere, Charlotte, —Tariq disse suavemente, envolvendo os braços
em volta dela e levantando-a facilmente para embalá-la contra seu peito.
Ela não teve outra opção, senão colocar os braços em volta de seu
pescoço e se segurar. Ela olhou em torno procurando um carro. Qualquer
tipo de veículo. Eles não estavam nem perto do estacionamento.
Genevieve e Lourdes tinham ido para cama, assim como Danny e suas
irmãs. A luz de Emeline ainda estava ligada, mas não era mais que um
farol fraco de luz, na noite muito escura no lado da propriedade longe do
lago. Ela apertou seus dedos convulsivamente quando o chão começou a
sumir, grata que ela brincou com Lourdes novamente antes de decidir ir
com os homens aos túneis. A ideia parecia boa em seguida, ela não estava
tão certa, mas viajar pelo céu talvez valesse a pena, afinal.
— Tariq. —Ela respirou seu nome, querendo esconder os olhos, mas
incapaz de fazê-lo, não quando podia olhar para a casa e para o lago de
cima. Ele não hesitou ou vacilou. Nem os outros homens, ainda agrupados
em um círculo apertado em torno dela.
— É mais fácil e mais rápido ir de um lugar para o outro dessa
maneira, —explicou.
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Que, portanto, não era uma explicação. Mas voar era incrivelmente
perfeito. Ela abriu a boca para falar e o vento soprou cada palavra dela. Ela
optou por usar o caminho mais íntimo. Será que vou ser capaz de fazer isso por
mim mesma?
Diversão masculina assumiu. Finalmente. Algo sobre o meu mundo que
lhe agrada.
Você me agrada. Voar realmente me agradou. Voar é possivelmente a coisa
mais legal do mundo, uma vez que você passa o choque que alguém pode realmente
voar. Ela iria voar muito no futuro.
Diga-me por que Dragomir acha que é muito perigoso para mim ir com você.
Porque, honestamente, se um homem daqueles estava preocupado, talvez
ela devesse estar também.
Tariq ficou em silêncio por tanto tempo que ela achou que ele não iria
responder. Ela observou as casas e as luzes abaixo dela e, finalmente, olhou
para seu rosto. Toda vez ela fazia isso, olhava completamente para ele, ele
a deixava sem fôlego. Não era apenas a beleza, mas a profundidade do
sentimento que ele tinha por ela.
Seus olhos azuis vagaram pela face dela. Você é tão valente, Charlotte.
Muito. A maioria dos machos Cárpatos, não quer que nenhum perigo toque suas
companheiras. No entanto, cada companheira é diferente, com necessidades
diferentes. Por exemplo, Blaze, companheira de Maksim, é uma guerreira por
completo. Ela particularmente não quer ter que lutar contra vampiros, mas ela
certamente quer saber como fazê-lo e tornar-se hábil nisso. Ela precisa disso. Então
Maksim não pode fazer outra coisa a não ser prover o que ela precisa.
E eu preciso fazer isso. Ela fez a declaração porque era a verdade. Ela
não queria lutar contra vampiros, mas certamente ela queria saber como
fazer. Ela queria se tornar a melhor lutadora possível. Ela não gostaria de
ir ativamente a caça, mas queria poder se defender e as suas crianças, todas
as crianças de mortos-vivos como deveria. Blaze teve uma boa ideia.
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Sim. Passei uma vida ou duas treinando jovens para a batalha. Falei sobre isso
com Maksim e não há nenhum problema em ensinar você, Blaze e qualquer uma
das outras mulheres aqui na propriedade que quiserem aprender.
Você é muito progressivo. Ela não pode deixar de enterrar o rosto entre o
pescoço e o ombro para poder beijá-lo atrás da orelha e puxar a sua orelha
com os dentes. Preciso de um homem progressista.
Quando entrar em situações perigosas, espero obediência imediata.
Ela se encolheu. Lá se foi seu status progressivo. Tariq, realmente sou
muito inteligente. Eu sei, sem você ou qualquer outra pessoa me dizendo, que você é
muito mais equipado e experiente neste tipo de coisa que eu. É o seu mundo, não
meu.
Ele começou a falar e ela balançou a cabeça, sentindo os pensamentos
dele se formando em sua mente. Não é meu mundo ainda, mas mesmo se eu
estivesse totalmente nele, eu ainda espero que você assuma a liderança e mate os
monstros. Eu não me importo de ajudar você de alguma maneira se eu puder, mas
eu posso descobrir sozinha que não tenho a experiência que você tem.
Ela não tentou esconder a atitude de sua voz. Ele achava que ela era
louca? Ela não tinha problemas em fugir de uma briga. Ela cuidava de seus
amigos, e apoiava seu homem. Iria cuidar totalmente de sua família, mas
a ideia de que ele achava que ela seria tola o suficiente para tentar brigar
com os Fridrick da vida se ela não tivesse que fazer isso era simplesmente
louca.
Eu lhe disse para não tocar os cavalos e você fez.
OK. Ele tinha um ponto. Ela tinha feito isso. Foi um acidente, mas
ainda assim, ela tinha feito isso. — Quando estou perto de coisas velhas,
eu gosto de tocá-las. É uma compulsão. —Enquanto ela respondia,
acariciava o rosto com as pontas dos dedos, esperando que ele risse.
Eu posso ver que a minha mulher tem um monte de insolência nela.
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Pelo menos ela podia sentir sua diversão. Eu tenho que conviver com suas
tendências mandonas. Lembra da parte sobre você me dar o que eu preciso? Eu
preciso que você perca a veia mandona.
Ela sentiu mais de sua diversão e gostou muito. Que floresceu em uma
risada cheia, e ela absolutamente amou isso.
Desceram do lado de fora de uma casa abandonada. — Há uma
entrada aqui. Os túneis levam a uma pequena cidade subterrânea. Os
irmãos Malinov se prepararam muito bem para isso. —Tariq colocou-a
delicadamente na calçada rachada. — Eles compraram a maior parte das
propriedades, e nós achamos que eles estão usando o porto para sair para
o mar em barcos. Eles compram homens e mulheres das redes de tráfico e
os levam para onde ninguém possa vê-los morrer.
Um pequeno arrepio passou por Charlotte. — Era para isso que eles
nos queriam? Para se alimentarem e nos matar?
— Não, Charlotte. —Ele balançou a cabeça, seu olhar se movendo
pensativo sobre o rosto dela. — Lá em baixo, espero que você vá encontrar
a razão apenas tocando as gaiolas. Achamos que sabemos o que eles estão
fazendo, mas precisamos ter certeza. Encontramos os corpos de várias
mulheres jovens em várias fases de gravidez. Nós acreditamos que eles
estão tentando encontrar mães para seus filhos. As mulheres têm de ser
capazes de se tornarem companheiras.
Maksim abriu o caminho para dentro dos túneis. Tariq o seguiu.
Charlotte enfiou a mão no bolso de trás de Tariq, a fim de se sentir mais à
vontade no labirinto com todas as voltas e reviravoltas.
— Eles estão procurando por companheiras para que possam ter
filhos? —Ela ecoou fracamente. Quem iria gostar de Fridrick como o pai
de seus filhos? Essa era a pior coisa possível que podia imaginar.
— É impossível para eles encontrar companheiras. Mesmo que elas
ficassem na frente deles, eles optaram por desistir de suas almas. Eles não
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podem uni-las a eles. Não, eles estão procurando por mulheres humanas
com dons e fortes o suficiente para levar os seus filhos. Como é que isso é
possível, eu não sei, mas é certo que eles estão tentando. Encontramos ...
restos mortais. Nós removemos os corpos, mas não tínhamos chegado aos
esqueletos e ossos. Esses ainda estão enterrados nos escombros.
Charlotte sentiu um pequeno frisson de medo tomar-lhe a espinha. Ela
não podia imaginar aquilo que alguém como Frederick faria a uma mulher,
e de acordo com Tariq, ele não era o pior, nem o homem no comando. Ela
realmente não queria estar por perto para encontrá-lo.
Pararam ao lado de uma porta que estava quebrada e sustentada
apenas por uma dobradiça. Depois dela, não havia nada além de sujeira,
concreto e o que parecia aço retorcido. Tariq se voltou para ela, pôs as
mãos sobre sua cintura e a empurrou dois passos para trás.
— Fique aqui, Charlotte. Quero-a à vista em todos os momentos. Nós
vamos limpar os escombros e depois você pode fazer a leitura durante o
tempo que você puder. O que você me disser, vou passar cada palavra para
os outros. Mas fique perto, não se afaste.
Não ia a qualquer lugar. Este lugar lhe dava arrepios. As arandelas
permaneciam no alto das paredes e Dragomir acenou com a mão em
direção a elas para acende-las. Ela achou que não tornou os túneis
melhores. Ela podia ver manchas de sangue nas paredes curvas aqui e ali,
como se os corredores tivessem sido deliberadamente e artisticamente
decorados dessa maneira.
— Diga que entendeu, sielamet.
Seu tom podia ser um chicote ou uma carícia. Esta era o chicote. Ele
quis falar assim. Ela assentiu com a cabeça, porque mesmo sem a mão
pairando em qualquer objeto, já, podia ouvir os sussurros. A agonia. A
esperando pela morte. A oração pela morte. Ela engoliu a bílis e respirou
profundo. Em seu primeiro teste de verdade, ela não ia vomitar em todo o
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chão e provar para Tariq que Dragomir estava certo. Ela podia ser sensível,
mas ainda era uma mulher com o poder de uma mulher, e não havia
maneira de desistir antes mesmo de começar. Se houvesse alguma maneira
de ajudar as mulheres que Vadim e Fridrick estavam torturando, ela faria
qualquer coisa para salvá-las.
— Querido, eu não saio deste ponto, —ela assegurou.
Tariq estudou seu rosto, pareceu satisfeito e, em seguida, virou-se para
a porta. Uma onda de sua mão o enviou flutuando para longe dela. Ele
pressionou as palmas das mãos para baixo sobre a confusão de concreto e
sujeira e, lentamente, levantou as mãos. Para sua surpresa, os detritos
levantaram, deixando gaiolas meio amassadas, os restos de uma mesa e
revelando uma outra porta além da primeira. No momento em que Tariq
abriu a sala da frente, e foi para a segunda, removendo aquela porta, olhou
por cima do ombro para ela, dando uma ordem silenciosa para não se
mover.
Ela olhou inquieta a seu redor. Estava tranquila. Os Cárpatos tinham
se espalhado, indo para outros quartos, a fim de retirar os escombros, e
trabalharam em silêncio absoluto. Eles se comunicavam telepaticamente
por isso não havia necessidade de conversa. Por alguma razão, aquele
ponto irritante em seu dedo pulsava dolorosamente e sem pensar ela enfiou
o dedo ferido em sua boca.
Vá lá pra fora e espere. Agora. Não fale com ninguém.
Você não está segura. Vá lá fora e espere. Agora. Não
fale com ninguém. Você não está segura ...
As palavras eram suaves. Insidiosas. Atraentes. Repetindo mais e mais
como um laço em sua cabeça que ela não poderia se livrar. Um aviso? Seu
próprio radar dizendo-lhe que ela estava em apuros? Ela balançou a cabeça
para tentar limpar o som, mas ele persistiu, como um disco quebrado que
ficou preso naquelas frases.
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Ela não tinha percebido que tinha erguido barreiras. Ela não sabia
como fazer o que ele pediu.
Eu posso empurrar através delas, mas seria muito desconfortável. Você tem
escudos naturais, que é porque a compulsão não funciona em você. Você a sente,
mas não precisa agir, porque é quase impossível usar o controle da mente em você
pela força dos escudos que você tem. É por isso que isto é bizarro.
Ele não disse que não acreditava nela, mas ela poderia dizer que ele
ficou chocado. Ela mordeu o lábio e apertou seu domínio sobre ele.
Se você pode falar comigo assim, mente a mente, não podem todos os Cárpatos?
Em um caminho comum. Se ele estivesse usando a via comum, todos os
Cárpatos, incluindo eu, seriamos capaz de ouvir. Às vezes você pode se dirigir a um
indivíduo, mas só no caso de trocarmos sangue. Eu estou na sua mente. Gostaria de
ouvir.
Ela umedeceu os lábios e deu outro olhar em volta para a câmara de
tortura terrível. Algemas caídas na pilha de sujeira e concreto. Tariq tinha
trazido os objetos para a superfície e, em alguns casos, como aconteceu
com as gaiolas, ela reparou, sem tocá-los. Se ela não estivesse cercada pela
evidência de tortura e não tivesse uma voz esquisita em sua cabeça
tentando comandar, ela poderia achar a capacidade que Tariq tinha muito
legal. Agora, ela só queria correr.
Eu não gosto de seu mundo, Tariq. É assustador. Ainda assim, ela
descansou a cabeça contra seu coração, deixando o batida constante
acalmá-la. Como poderia esta voz estar falando comigo? Ele pode ouvir o que
dizemos um ao outro?
Tariq não respondeu de imediato. Ela sentiu o impulso ainda mais
forte em sua mente e foi íntimo. Calor correu por suas veias. Seu corpo
ficou mole contra o dele. Ela apertou o rosto contra ele e conscientemente
tentou abrir sua mente para a dele, sabendo que ele iria ver tudo. Seus
pensamentos. As dúvidas. Cada medo. Todo o desejo. Era tanto
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Eu sou uma mulher moderna e se você esteve em minha mente você sabe que
sou. Eu carrego spray de pimenta na minha bolsa. Isso deve lhe dizer alguma coisa
sobre mim.
Ela me diz que você é forte o suficiente para fazer isso, e que você quer.
Talvez quisesse ser um pouco mais forte. Ela olhou ao redor da sala,
respirou fundo e, em seguida, se afastou de Tariq para colocar as duas
mãos no topo da mesa. Gritos irromperam em sua mente. Ela estremeceu,
mas segurou. Havia quatro vítimas perante ao homem. O homem Cárpato.
Eles estavam felizes que foram capazes de capturá-lo. Eles perderam sete
de seus melhores homens e precisaram de oito pessoas para pegá-lo, mas
agora que eles o tinham, podiam drenar o sangue e mantê-lo fraco. Ele
seria a base para os experimentos.
Ela olhou para Tariq, com o coração batendo mais uma vez. — Eu
ouço sua voz. A voz falando. Você ouviu isso? —ela sussurrou para ele,
com medo de falar telepaticamente agora que tinha reconhecido que o
homem encarregado de capturar um dos Cárpatos e torturá-lo ali naquela
mesa e naquele quarto era o mesmo homem falando com ela.
Tariq assentiu lentamente, um músculo empurrando ao longo de sua
mandíbula. — Eu reconheço essa voz. Esse é Vadim Malinov falando. Ele
é o único que dá as ordens para seus homens. Você está absolutamente
certa de que é a mesma voz que ouviu antes?
Ela assentiu com a cabeça e seguiu em frente, agora que ela tinha
identificado a voz estranha em sua mente. — Quatro mulheres vieram
antes do Cárpato capturado.
— Quando você me disser o que aconteceu, use o caminho comum
para que os outros possam ouvir também.
Ela tinha esquecido que os outros podiam ouvi-la através de seu
vínculo com Tariq. Ela assentiu com a cabeça. As quatro mulheres
estiveram nessa mesa antes do caçador Cárpato. Elas foram
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ele caçou com a gente para tomá-la de Vadim. Ele está se curando
no momento.
Charlotte estremeceu com o pensamento do que Vadim queria fazer
com Emeline. Mesmo estar perto do vampiro seria horrível, muito menos
tê-lo a tocando, ou afundar seus dentes em você. Ela precisava visitar
Emeline imediatamente e oferecer amizade se nada mais. Emeline
precisava saber que ela tinha amigos, pessoas com quem ela poderia
conversar.
Ela apertou a mão na mesa, à direita de uma grande mancha de sangue
seco. Ela sabia que era de Val. O homem tinha sofrido muito a
pior tortura que as mulheres. Era como se Vadim e seus amigos
estivessem tentando descobrir o quanto o caçador poderia
suportar antes de morrer. Ou gritar. Ele nunca fez um som. Nem
um único som. Os vampiros o cortaram sistematicamente quase
em pedaços. Eles rasgaram sua carne, e ele não respondeu.
Quem poderia fazer isso?
A tortura continuou por mais de um ano, ela não poderia
dizer quanto tempo, mas foi um tempo muito longo. Vadim ou
outros vampiros o mantinham em sua prisão, mantendo-o com
tão pouco sangue que seu corpo quase sucumbiu sozinho, mas
eles sabiam como mantê-lo vivo. Eles usaram todos os
dispositivos de tortura conhecida, antigos e modernos, para
quebrá-lo. Ele parecia inquebrável.
Charlotte peneirava através da história o mais rápido
possível, ganhando uma inteiramente nova admiração pelos
caçadores Cárpatos. Ela sentiu uma afinidade com Val agora
que tinha compartilhado seu sofrimento. Ela não o conhecia. Ela
nunca o tinha visto, não vivo e bem, apenas essa imagem
desgastada pálida dele com as linhas desenhadas pesadamente
em seu belo rosto. Seu corpo estava coberto de cicatrizes,
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Eu não vou pedir de novo, Charlotte. Você está gelada e agitada. Você está
muito longe. Volte para mim agora.
Ela queria ir com ele, ela realmente queria, mas também
queria tranquilizar Val que ele conseguiria sair da lá. Ela
precisava fazer a mesma coisa por Liv. A criança tinha que saber
que o resgate estava perto e que ela não iria morrer nas mãos
desse fantoche horrível. Charlotte forçou seu corpo para a frente,
deslizando por Vadim para chegar à jaula onde Val estava.
Fridrick estava lá, rasgando sua carne com os horrívéis dentes,
rosnando e engolindo sangue o mais rápido que podia. Charlotte
estendeu a mão para Val. Ela nunca tinha pensado em tentar
avisar alguém no passado que ela estava lá. Eram memórias.
Irreais. Mas Tariq a tinha visto. Ele tinha virado a cabeça e, por
um momento, ela sabia que ele estava ciente dela enquanto
esculpia o cavalo de carrossel. Se ele pôde estar ciente, Val e Liv
também poderiam.
Ela se virou para o lado e fez-se tão pequena quanto possível,
enquanto estendia o braço, os dedos envolvendo delicadamente
o bíceps de Val. Sua carne parecia estranha. Fria. Gelada, como
se ela estivesse em uma caverna de gelo e o frio permeou não só
a atmosfera em torno dela, mas entrou nela, juntamente com
todos os ocupantes.
Dedos gelados se arrastaram por sua espinha. Muito, muito
lentamente, Val virou a cabeça em sua direção, mas não fez
nenhum som. Seus olhos, perfurando o frio, pretos como o gelo
em uma tempestade violenta. Ela não sabia se ele a viu, mas ele
sentiu a presença dela. Você vai sobreviver a isso. Ela usou o
caminho comum que pegou da mente de Tariq. O mesmo
acontecerá com a criança. Ela precisava dar-lhe essa garantia. A
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tremendo incontrolavelmente, seu corpo gelado, seu interior tão frio que
pareciam pingentes de gelo que poderiam destruí-la a qualquer momento.
Levou um momento para perceber que Tariq estava apertando ela
contra seu corpo. Seus braços a rodeavam e sua cabeça estava baixa para
que ele pudesse sussurrar em seu ouvido, assegurando-lhe, falando
baixinho como se não acreditasse que ela iria entender as palavras. Levou
um momento para perceber que ela ainda não podia ouvi-lo porque parte
ela ainda estava no frio passado escuro.
Suas pernas mal a seguraram e ela se enterrou mais perto do calor do
corpo de Tariq. Agarrando-se, quando ela não era uma mulher de se
agarrar. Chorando quando não era uma mulher de fazer isso em qualquer
lugar que alguém pudesse ver. Ela não conseguia parar os tremores
terríveis e contínuos mais do que poderia parar as lágrimas.
Tariq envolveu Charlotte em seus braços, abraçando-a, com o ouvido
sobre o seu coração, enquanto o dele batia com medo por ela. Ele percebeu
enquanto esperava ela voltar que de alguma forma ela realmente conseguia
voltar ao passado, quando tocava um objeto. Ele sabia que a projeção astral
era possível, mas realmente ir para um lugar específico no passado, ouvir
e sentir o que estava acontecendo ao seu redor era muito perigoso. Ele
nunca tinha ouvido falar de projeção astral levando o espírito de alguém
ao passado.
Instintivamente, ele sabia que ela não deveria interagir com as
memórias que tinha acessado. Quanto mais ela ficava no passado, mais
retraído e frio seu corpo tinha se tornado. Sentia a pele como gelo e ela
estava quase sem respirar até que ele tinha chegado ao ponto em que ele se
sentia desesperadamente aterrorizado por ela. Quando ele a pegou pelos
braços e forçou a cabeça para cima, seus olhos estavam em branco, e que
tinha sido a última gota.
— Eu nunca deveria ter a colocado nisso. Lhe permitir colocar-se em
tal posição. —Ele estava fazendo com ela, sua mulher, seu milagre,
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voz alta, admitiria que vampiros existiam, fariam ainda mais real para ela.
— Fridrick matou meu irmão e a avó de Genevieve.
— Eu sei, —ele respondeu suavemente. Ele olhou em volta, para o
teto desmoronando do túnel. — Eu sinto muito. —Sabendo que ela não
seria capaz de separá-lo de seu mundo. Ele estava solidamente nele,
independentemente das armadilhas dos seres humanos. O clube. As roupas
dele. A maneira como ele deliberadamente vivia entre eles.
O corpo de Charlotte ficou tenso, e ela inclinou a cabeça para olhar
para ele. Para encontrar o seu olhar. Ele ficou um pouco chocado com o
que viu lá. Lágrimas ainda nadavam em seus olhos, transformando a cor
em um esmeralda profundo. Pequenas gotas se agarraram a seus longos
cílios. Mas havia aço lá. Pura força. Ela não olhou para ele como uma
mulher derrotada. Ela não olhou como se o culpasse por trazê-la para a
loucura que era seu mundo.
— Fridrick matou meu irmão e a avó de Genevieve, —ela repetiu.
— Eu já estava em seu mundo, Tariq, só que não tinha ideia do que estava
enfrentando. Eu estava em uma enorme desvantagem. Agora não estou
mais. Agora eu tenho você e os outros, e desta vez, achei suas fraquezas.
Todos os seus pontos fracos. Nunca me diga que você está arrependido por
me trazer para o seu mundo. Eu já estava lá e você me salvou. Fridrick
teria tomado Genevieve e eu na garagem se você e seus amigos não
tivessem chegado.
Ele não podia negar a verdade disso, mas ainda assim, ela o
surpreendeu com sua aceitação. Para ele, o tempo era tão lento. Ele tinha
procurado por ela por muito tempo, e ele soube o momento em que ela lhe
deu de volta a luz de sua alma. Ele sabia que ela era seu tudo. Não era o
mesmo para ela. Ela era humana e ele estava a trazendo rápido para seu
mundo.
Ele poderia dizer a si mesmo, e ela, que era para mantê-la segura, mas
a verdade era muito diferente. Ele a queria para ele e queria garantir que
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ela estava com ele. Ele não a queria na superfície enquanto ele estava no
chão. Ele queria seu corpo pressionado perto do dele enquanto dormiam.
Ele queria acordar com ela em seus braços.
Agora, com sua pequena guerreira feroz olhando para ele, ele sabia
que ela era forte o suficiente para aceitar as crianças que ele cuidava, bem
como Emeline, Maria e Donald Walton. Seus motivos para trazê-la para
seu mundo não importavam para ela. Ela tinha tomado sua decisão, e ela
confiava nele com sua vida e a vida das duas pessoas que ela mais amava,
Lourdes e Genevieve.
— Temos que nos apressar e sair daqui, —ela murmurou baixinho.
— Eu preciso ver o resto, mas eu quero ir rápido. Sinto-me ... —Ela parou,
olhando ao seu redor, apreensão derramando dela. Ele não desapareceu
totalmente. Sinto Vadim. Era sua voz falando em mim e agora eu sinto como se
estivesse agachado dentro de mim, observando e esperando até eu cometer um erro.
Ela se comunicava com ele em seu caminho mais íntimo, mas Tariq
imediatamente transmitiu a mensagem para os outros que vasculhavam os
escombros.
Não há nenhuma necessidade dela ver essas mulheres mortas ou sentir o que
foi feito a elas, disse Dragomir. Tem que haver um laço de sangue entre sua mulher
e Vadim. Encontre a fonte, Tariq, ou ela vai tornar-se um passivo que não pode
pagar.
Tariq ficou muito quieto, o predador nele crescendo, garras
aparecendo. A ameaça estava lá. Dragomir era antigo. Extremamente
perigoso. Ele era um dos antigos, tão poderoso e mortal que tinha se
trancado no mosteiro com outros como ele. Eles já não podiam estar no
mundo e ter aqueles que os rodeavam seguros. Eles eram considerados um
dos Cárpatos vivos mais perigosos, o que os fazia as criaturas mais
perigosas sobre a face da terra.
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Se Vadim está na mente de sua mulher, ele pode usar os olhos dela para espiar.
Isso é um fato Tariq, e tem que ser tratado. Uma vez que ela esteja segura dentro do
complexo, ele vai achar muito mais difícil chegar até ela com as salvaguardas no
lugar.
Isso também era verdade. Tariq olhou para o topo da cabeça de
Charlotte. Seu cabelo era grosso e lustroso, pedindo-lhe para enterrar os
dedos. Ele assim o fez, apertando a massa e puxando até que ela virou o
rosto para ele. Ela sorriu para ele, dando-lhe tranquilidade, disposto a sair
de uma vez. Distraidamente, ela trouxe o dedo a boca e chupou. Foi sexy
e instantaneamente o corpo se agitou com fome, apesar do lugar
inadequado. Ela fazia muito isso.
Tariq ficou imóvel, tudo congelando com a lembrança dela levando o
dedo a boca quando tinha acessado as memórias do cavalo do carrossel,
memórias de Vadim e seus irmãos na noite em que tinham escolhido
desistir de suas almas. Ele tinha estado esculpindo o cavalo de carrossel
mais cedo e eles tinham estado com ele. Eles haviam saído, descoberto a
notícia de sua irmã e voltado para recrutá-lo para a causa. Quando ele se
recusou a ir, eles atacaram a aldeia, indo atrás de todos e cada um dos os
seres humanos com quem Tariq tinha amizade.
A sobrancelha de Charlotte subiu. — O quê?
Ela voltou a ponta do seu dedo a boca, e desta vez ele pegou o pequeno
estremecimento, como se estivesse machucando. Sua respiração deixou
seus pulmões e ele algemou seu pulso e tirou a mão da boca, para sua
inspeção. O dedo estava molhado da sucção sobre ele. Um hábito nervoso?
Ou alguma outra razão? Ele virou o dedo por todos os ângulos. Um pouco
vermelho na parte carnuda da almofada, mas nenhuma lesão visível, sem
fissuras na pele.
— Será que feriu este dedo?
Ela manteve os olhos fixos nos dele. Sua Charlotte. Muito inteligente.
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lentamente. Instintivamente, ela soube que não era sobre ela desafiar ele e
tocar o cavalo de carrossel quando ele lhe disse que não, e era isso que a
assustava muito mais do que seu terrível comportamento. Algo estava
muito, muito errado, e que tinha a ver com aquele cavalo amaldiçoado.
— Em todas as questões a ver com a sua segurança você vai me
obedecer, —ele mordeu fora.
Não era tempo de rir, então ela mordeu muito duro seu lábio inferior.
Sério? Ele tinha usado a palavra obedecer. Ela não tinha sido muito boa em
obedecer seus pais e certamente não seu irmão mais velho. Este não era o
momento para informá-lo de que ela definitivamente tinha um problema
com alguém pensando que era a figura autoritária.
Tariq tinha embalado ela em uma falsa sensação de segurança. Ele
parecia moderno e falava moderno, ao contrário de seu amigo homem das
cavernas Dragomir, que era simplesmente assustador. Ela esmagaria a
cabeça dele com algo duro se aquele Cárpato pertencesse a ela. Ela podia
chutar Tariq nas canelas muito em breve se ele continuasse a atirar palavras
como obedecer, mas ... Ele a puxou ainda mais perto, de modo que ela
estava em seu dedo do pé, seu corpo apertado contra o dele e a polegadas
do rosto muito bonito. Seu coração bateu forte em seu peito, mas no fundo
ela sabia, ela sabia, com absoluta certeza que este homem nunca iria
magoá-la. Nunca. Ele poderia falar tudo o que quisesse, mas ele não iria
machucá-la.
Então, por que ele estava tão assustado? Por que ele estava apavorado
além de qualquer coisa que já tinha conhecido? Charlotte lançou os braços
em volta do pescoço e inclinou-se para o pilar de força que ela sabia que
ele era. Sentia-o sólido Ele era sólido. Uma pedra. Uma âncora. O mundo
em que vivia era algo que ela não entendia. Ele parecia não ter nada, só o
perigo. Ele mudou continuamente até que ela sentiu que ela estava em um
carrossel que nunca parou de girar. O mundo se movia para cima e para
baixo como os cavalos de carrossel e girava fora de controle, deixando-a
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Ela respirou. — Você dorme durante o dia. —Ela tinha que saber.
Talvez ela soubesse o tempo todo. Ele disse a ela, mas ela realmente não
tinha escutado. — Não por causa do trabalho na boate. Você tem que
dormir durante o dia.
Ele balançou a cabeça, seu olhar segurando a dela cativo. — Sim,
vamos todos dormir durante o dia. Podemos estar acordados nas primeiras
horas da manhã e após o sol se pôr, mas os efeitos do sol são devastadores
sobre os Cárpatos. —Ele se moveu, levando-a com ele. — Temos que tirá-
la destes túneis e voltar para casa. Eu convoquei os outros e vamos sair
como um grupo. Você vai estar no centro.
Era uma ordem, nada menos. Seu tom não tinha nenhum talvez. Era
implacável. Ela ouviu o comando em sua voz, e ela não deu a mínima.
Lutar pela independência era uma coisa quando sua vida e sanidade não
estavam em jogo, mas quando ela tinha que confiar em seus pontos fortes,
ela não ia discutir sobre o tom que ele usou. Era evidente que ele era um
homem acostumado a dar ordens. Logo ela era extremamente grata pela
sua capacidade de assumir o comando.
Charlotte não queria dar um passo para fora dos túneis em aberto.
Sentia-se extremamente vulnerável, mais do que ela já tinha sentido em
sua vida. Ela tinha que confiar nesses homens, especialmente Tariq, para
saber o que estavam fazendo. Suas faces sombrias lhe disse que ela estava
em apuros. Eles esperavam uma emboscada. Por causa dela, Vadim sabia
exatamente onde estavam.
Ela virou-se mais e mais em sua mente enquanto caminhava no centro
do grupo coeso através do último túnel, aquele que conduzia para fora. Se
Vadim estava dentro dela e poderia encontrá-la e falar com ela, isso
significava que funcionava de ambas as maneiras? Ela poderia localizá-lo?
Rastrear o seu paradeiro para os Cárpatos? A ideia a fez se sentir menos
como uma vítima e mais no controle. Ela precisava disso, para se sentir no
controle.
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tempo e ficou chocada que tinha levado apenas alguns minutos para os três
caçadores fazerem seus dragões de rocha e plantas.
Tariq não respondeu com palavras, mas apertou seu braço ao redor
dela de modo que sua frente estava trancada ao seu lado.
O dragão azul deu um passo adiante, virou a cabeça em direção a
Tomás, Mataias e Lojos, os olhos inteligentes, uma vez que ouviu os
comandos que os três homens lhe deram. Os olhos brilhavam como pedras
preciosas, olhou a entrada e começou a caminhar lentamente em direção
à abertura. Os outros dragões o seguiam, um de cada vez. Os homens se
moveram como um grupo por trás deles.
Tariq virou-se e levantou-a em seus braços, seus brilhantes olhos azuis
olhando diretamente nos dela. — Espere, sielamet. Nós vamos sair em
forma de dragão. Mantenha sua mente o mais imóvel possível. Vadim vai
tentar passar a barreira. Mantenha-se forte. Ele vai usar sua voz para tentar
enganá-la e achar que ele sabe onde você está. Lembre-se, ele não pode
chegar a Lourdes, não importa o que ele diga. Acredite em mim nisso.
Confie em mim.
Ela poderia se afogar em seus olhos. Poderia viver ali para sempre. Ela
balançou a cabeça lentamente. Em quem mais ela iria confiar? Ela estava
tão fora de seu elemento que não tinha a menor ideia do que fazer. Mesmo
Genevieve, que tinha uma imaginação vívida, não acreditaria em nada
disso.
O último dos cinco dragões de pedra passou através da abertura e os
outros saíram, Tariq e Charlotte com eles. Olhou em volta, quando se
lançou para o ar, e não havia mais homens, só dragões em pleno vôo. Os
dragões de pedra circularam os outros dragões como se fossem os
caçadores Cárpatos protegendo os outros dragões quando eles surgiam.
Uma vez que todos estavam no céu, o dragão azul assumiu a liderança
com os outros o seguindo, em forma de V. Tariq, com Charlotte agarrada
a ele, estava do lado esquerdo, dois dragões abaixo do dragão azul.
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imediatamente ela se tornou ciente do fato de que não usava nada. Ela não
queria abrir os olhos e encarar qualquer novo pesadelo que viesse; ela só
queria ficar na cama com Tariq e deixar o resto do mundo fora. Deixou-se
à deriva em uma névoa de sonolência e calor.
Os dedos de Tariq acariciavam delicadamente sua carne, traçando
padrões distraidamente em sua carne quente. Isto era ... preguiçoso.
Agradável. Sexy. Ela precisava disso. Ela precisava simplesmente deitar
em seus braços e sentir-se amada. Protegida. Segura.
Os lábios roçaram sua têmpora, e ele mudou de posição, deslizando
por cima dela, cobrindo-a. Seus quadris se encaixando perfeitamente no
berço dela. Seu cabelo era uma queda castanho brilhante, flutuando sobre
o ombro dela e seu peito esquerdo em um slide sensual.
Seus olhos azuis eram quentes, quase safiras, como duas gemas
olhando diretamente sua alma. O coração dela se contraiu, a barriga se
suavizou. Seu útero se agitou e o seu sexo se apertou. A boca dele se moveu
gentilmente sobre o rosto. Pequenos, beijos borboleta, como plumas, mas
cada toque de seus lábios enviando pequenos tremores através dela.
Uma mão dele foi para sua garganta, circulando-a para o coração dela
bater na palma de sua mão. Ele manteve os olhos nela enquanto seus beijos
foram para o queixo, seus dentes raspando com deliciosa gentileza. Sua
mão se moveu de sua garganta para seu corpo, varrendo lentamente sobre
os seios, o vale entre eles, para sua caixa torácica e, em seguida, sua
barriga. Seu olhar nunca deixou o dela e ela viu. Em seus olhos. A
reivindicação. A posse. A resolução, o amor cru.
Ela não sabia como ele podia se sentir assim sobre ela, mas estava lá
em seus olhos e os olhos não mentem. Ela sentiu lágrimas queimando. Pela
primeira vez em sua vida, ela sentiu como se pertencesse. Como se ela
tivesse voltado para casa. Ela viajou o mundo extensivamente,
procurando... mas pelo que ela nunca teve certeza. Ela só sabia que nunca
tinha encontrado, até aquele momento.
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Ele circulou seu pênis com o punho. — Você está pronta para mim,
sielamet?
Ela assentiu com a cabeça, nunca tirando os olhos dos seus. Claro que
ela estava pronta. Como ela poderia ser outra coisa, que não pronta para
ele? Ela sentia como se tivesse sido feita para ele. Nascido para ele. A
ampla coroa cutucou a entrada e seus músculos contraíram, querendo-o
desesperadamente, precisando atraí-lo para dentro. Ele estava grosso e
duro, veludo sobre aço, empurrando através de seus músculos tensos,
fazendo-a ofegar, arquear as costas, levantar os quadris para encontrar sua
invasão.
Muito gentilmente, sem pressa, levantou primeiro a perna esquerda e
envolveu-a em torno dele e, em seguida, a direita de modo que o abraçou
com as pernas, enfiando os calcanhares em suas coxas. Ele pegou-lhe as
duas mãos, enfiando os dedos nos dela e levantando os braços para os lados
de sua cabeça, prendendo-as no colchão.
Ele começou a se mover, lentamente no início, seu olhar queimando
no dela. Ela sabia o que ele estava dizendo. Ele estava fazendo amor com
ela. Adorando seu corpo com o dele. Tendo a certeza de que ela o ouviu e
que sabia exatamente o que ele estava dizendo. Ele queria que ela olhasse
em seus olhos para que pudesse ver o que ele sentia. Ele queria que ela
estivesse em sua mente para que pudesse ver seus pensamentos, para que
ela pudesse conhecê-lo intimamente e tão completamente quanto ele a
conhecia.
Com seu corpo bloqueado no dela, movendo-se lentamente para que
o calor aumentasse mais e mais, olhar em seus olhos e saber que ele ia estar
lá para sempre foi a coisa mais sensual, mais íntima que ela poderia querer
para sempre. Deu-lhe isso e era tão bonito.
O corpo dela seguiu cada movimento dele, por ele. Ao seu redor. À
medida que a tensão crescia mais e mais, seus músculos se fecharam ao
redor dele, construindo uma maravilhosa fricção de modo que cada vez
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que ele se mexia dentro dela, raios de fogo queimavam os dois. Ela abriu
a boca em um pequeno suspiro, movendo os quadris para encontrar os
dele, apertando os dedos nos dele e o segurando com as pernas.
— Tão perto, querido, —ela suspirou, sentindo o calor virar um
incêndio fora de controle.
— É isso, sielamet, —ele sussurrou. — Você é tão bonita quando me dá
isso. —Ele se debruçou para a frente e tomou sua boca. A ação pressionou
seu pênis direto em seu ponto mais sensível de modo que um relâmpago
correu através dela. Ela engasgou, apertando as pernas, movendo-se com
ele, pegando fogo, deixando a tempestade levá-la.
— Minha, —ele sussurrou baixinho, olhando para ela, com os olhos
ainda segurando os dela. — Amo isso mulher, quando lhe dou isso, mas te
amo muito mais.
Em seguida, ele estava batendo nela, profundo e duro, levando-a com
ele de novo, de modo que quando ele se esvaziou dentro dela, ela caiu em
um outro orgasmo forte, desta vez totalmente fora de controle, roubando
sua respiração e enviando a consciência sensual para todas as terminações
nervosas. Ela ficou deitada sob ele um longo tempo, envolta ao seu redor,
em torno dele, amando estar tão perto. Ele não tinha tomado seu sangue,
e uma parte dela tinha querido isso, mas ela sabia que ele queria completar
a conversão e ela ainda não estava preparada para isso.
Tariq a beijou suavemente e rolou, levando-a com ele de modo que
ela ficou em cima. — Eu preciso de você em breve, Charlotte, —disse ele,
confirmando que ainda estava em sua mente e podia ler seus pensamentos.
— Eu sei. Eu quero isso também, mas tenho que ter a certeza de que
tenho tudo no lugar para Lourdes e Genevieve. Sou a única família de
Genevieve agora.
Ele balançou a cabeça e colocou o cabelo atrás da orelha. — Eu vou
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Gostava que isso importava para ele. Mais e mais ela estava
descobrindo que Tariq não saltava para qualquer coisa. Ele estudava um
problema por todos os ângulos e encontrava soluções antes de fazer um
movimento.
— Eu não quero que Lourdes ou Bella sofram. Elas tem apenas três
anos.
Ele assentiu. — Muito jovens para isso estar acontecendo. Poderíamos
tentar esperar, mas a cada dia que o que fazemos, Vadim pode estar
planejando algo. Não podemos mantê-las presas aqui na propriedade para
sempre. Cedo ou tarde, todos eles vão querer ir a lugares.
— Se nós encontrarmos e matarmos Vadim, não vai resolver o
problema?
Ele acariciou a parte traseira de sua cabeça, os dedos enfiando através
de seu cabelo. — Eu tenho caçado vampiros por séculos, sielamet. Há
sempre um outro. Sempre. Agora, com a sua capacidade de se unir e usar
a tecnologia moderna, a ameaça é maior do que nunca.
Sua mão se moveu em círculos preguiçosos pelas costas até que seus
dedos encontraram os recortes de covinhas nas bochechas de suas nádegas.
— Há algo muito atraente sobre o seu traseiro, Charlie. Eu amo quando
estou atrás de você, assistindo você se afastar de mim.
Ela levantou a cabeça para olhar para ele. Seu sorriso era todo Tariq.
Charme. Doçura. Tudo para ela.
— Então, também gosto muito da sua frente. Eu não posso dizer o que
é melhor. Seus seios ou seu bumbum. Eu já lhe dei um monte de
contemplação.
Ela não podia ajudar a si mesma. Ela riu suavemente e colocou seu
rosto no ombro dele. A voz dele era tão preguiçosa como o toque de seus
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Ela suspirou e tentou se afastar dele, mas seu braço apertou como uma
banda de aço nas costas e a mão deslizou de sua parte inferior até tocar seu
rosto, um escovar do polegar ao longo da costura entre sua bochecha e sua
coxa.
— Ainda não, sielamet. Vou saber quando as crianças acordarem.
Agora temos esse momento sozinhos e eu preciso deles com você.
Enfrentamos uma guerra longa. Vadim não vai ser fácil de encontrar,
muito menos matar.
— Ele trabalhou na noite passada. Nós o tiramos do navio. Se eu
posso ouvi-lo, e você diz que ele pode me usar para ver o que está
acontecendo em torno de mim ...
— Não aqui. Enquanto você estiver nesta propriedade, as
salvaguardas que já colocamos vão funcionar. Emeline e Liv também
precisam delas.
— Ainda assim, se ele pode me 'ver', então eu deveria ser capaz de vê-
lo.
— Estamos removendo essa lasca esta noite. É perigoso demais
brincar com algo assim. A lasca exerce poder. A lenda diz que o carrossel
foi amaldiçoado. Os cavalos, os carros. Tudo. Os proprietários e seus filhos
ou morreram e ninguém sabia por que, ou eles foram brutalmente
assassinados com gargantas rasgada e sangue drenado. Agora sabemos
porquê. Vadim fez algo para o carrossel, e ele tem que ser destruído.
— Não! —Ela empurrou-o com ambas as mãos. — É um pedaço da
história. Temos de remover tudo o que ele fez. Eu posso restaurá-lo
corretamente.
A mão de Tariq voltou a esfregar a pele nua. — Você não tem ideia de
como Vadim e seu irmão Sergey, realmente são perigosos. Fridrick
apresenta um perigo terrível, mas não é nada comparado àqueles dois.
Você nunca terá chance com vampiros, especialmente dominar vampiros.
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Você os mata sem hesitação e você mantém o risco para si mesmo tão
pequeno quanto possível. Temos vários caçadores experientes aqui. Eu
emiti um alerta, e aqueles que estiverem na área estão vindo para cá, bem
como vigiarão todos os portos. Nós sabemos que ele está se movendo em
navios para o mar, a fim de nos impedir de rastreá-lo.
— Como no mundo ele pode se alimentar se está no mar?
Houve um pequeno silêncio. Seu olhar saltou para o dele. — Tariq?
— Lojos e Tomás estiveram vigiando-o. Eles descobriram que ele se
encontra com traficantes de humanos no mar. Navios os trazem para ele.
Todos os corpos são eliminados antes mesmo de voltar para a costa.
Ela fechou os olhos e caiu contra ele, envolvendo os braços em volta
do pescoço. — Ele tem que ser parado, Tariq.
— Eu sei, sielamet, mas isso vai levar tempo. Ele tem peões como
Fridrick. Fridrick não é o único mestre vampiro sob seu comando. Eles
serão sacrificados antes que nós consigamos chegar a Vadim. Ele deve
deixar esta área, porque há muitos caçadores. Nós achamos que será capaz
de dividir para conquistar.
Mais uma vez os dedos desenharam pequenos padrões em sua bunda,
e era maravilhoso. Ela precisava de seu toque íntimo quando estavam
conversando sobre algo tão vil como Vadim Malinov. O pensamento de
qualquer parte de um monstro como Vadim estar dentro dela era
perturbador. Ela queria que ele se fosse e não queria por acaso dar-lhe um
vislumbre das crianças nunca mais. — Eu sei o que você quer dizer sobre
a lasca, mas Tariq, é uma maneira de rastreá-lo. O carrossel está em seu
porão. Se eu o tocar posso encontrá-lo, agora que sei o que estou
procurando.
Tariq franziu a testa e a mão em sua bunda parou. — Isso pode
funcionar, de acordo com certas circunstâncias, mas Charlotte, não se
atreva a tentar sozinha. Eu quero dizer isso. Eu vou saber, e desta vez, as
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— Tudo bem, —ela admitiu. — Você não tem que se preocupar. Você
é o especialista em todos os assuntos sobre vampiros e semelhantes, então
eu vou seguir as instruções ao pé da letra.
Sua mão voltou a fazer pequenos padrões preguiçosos em sua pele,
desta vez correndo até suas costas e movendo-se para os lados de modo
que ele estava traçando suas costelas e o lado de seu seio. O sangue dela
virou calor fundido e líquido se reuniu entre suas pernas. Ela achou incrível
que ele podia fazer isso apenas com o toque dele. Seu coração pulsava entre
suas pernas e batia em seu pescoço, então ela sentiu o calor de sua
respiração.
— Essa minha mulher é muito inteligente. Sua ideia pode funcionar,
embora eu não goste de saber que você tem algo a ver com Vadim, mesmo
remotamente. E nós teremos a certeza de não haver nenhuma maneira de
outro pedaço entrar em sua pele. Eu vou remover esse agora. Eu vou ser
calor, a luz branca que você vai sentir dentro de você. Fique imóvel para
mim.
Charlotte cedeu contra seu peito, deixando seu corpo macio,
fundindo-se com o dele. Ela desejou que ele estivesse ainda profundamente
dentro dela, mas pelo menos ele a rodeava com os braços e uma perna
curvada em torno das coxas, como se soubesse que ela precisava ser
embrulhada enquanto ele ia atrás da lasca de Vadim.
Tariq não esperou. Ele não gostava da ideia de um vampiro mestre ter
colocado uma amaldiçoada lasca dentro de sua mulher. Mais, se outros
tinham morrido por que essa lasca estava dentro deles, ele tinha que ver o
que acontecia. Até agora, ela não tinha mostrado qualquer sinal de doença.
Ela estava linda para ele. Um pouco selvagem. Um pouco sexy. Perfeita.
Sua pele não estava excepcionalmente quente, o que poderia ter indicado
uma febre, o sinal de alerta humano de que algo não estava certo. Não
havia nada para dizer a ele que havia algo extremamente perigoso nela.
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Ele largou seu corpo como fazia seu povo, tornando-se espírito, sem
ego, uma branca luz de cura que facilmente entrou no corpo dela. Ele
verificou todos os órgãos atrás de danos. A lasca estava longe de ser
encontrada em qualquer órgão vital. Havia uma diferença sutil em seu
sangue. Muito sutil. No começo, ele quase não o percebeu, mas a ausência
da lasca o preocupava, então ele foi ainda mais cuidadoso, determinado a
descobri-la.
Moveu-se através dela com cuidado, meticuloso, enviando pequenas
ondas sonoras através de seu corpo para afrouxar o aperto da lasca em tudo
o que se tinha anexado. Quando fez isso, viu várias células brancas de
repente deslizar contra uma célula vermelha e engoli-la. Ele teve de repetir
a cena em sua mente várias vezes para ter certeza de que ele tinha visto
isso corretamente. Ele observou por mais alguns minutos mas nada mais
aconteceu.
Mais uma vez Tariq enviou pequenas ondas sonoras através de seu
corpo, mantendo seu foco nos glóbulos brancos. Instantaneamente, a
mesma coisa aconteceu. Alguns dos glóbulos brancos engoliam células
vermelhas, efetivamente comiam-nas. Ao mesmo tempo, um pouco para a
direita, ao longo de suas costelas algo se mexeu por um momento e depois
se acomodou nos ossos. Ele prendeu a respiração. A lasca tinha se ligado
ao osso e se tornou parte do esqueleto. Apenas a ponta permanecia. Ele
ainda estava abrindo caminho para o interior do osso.
Ele bateu rápido, usando o calor da luz de cura branco para cercar o
pequeno pedaço da amaldiçoada madeira antiga, para segura-lo, tinha
necessidade de destruí-lo rápido. A lasca não se mexeu. Ele não podia ver
onde o osso começava e a lasca acabava. Apenas aquele pequeno pedaço
minúsculo se mexendo para tentar ganhar distância do calor da luz branca.
Ele soube imediatamente que não poderia removê-lo. A lasca havia se
tornado parte dela e não seria destruída. Como não podia removê-la, ele
teve de forjar uma armadura em torno dela forte o suficiente para que a
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lasca não pudesse penetrar para fazer mais danos ao corpo. Talvez um dos
seus maiores curadores pudesse fazer um milagre e removê-la.
Infelizmente, só Dragomir estava perto. Dragomir era ... diferente. Não
Cárpato. Não vampiro. Em algum lugar entre, talvez. Ninguém estava
certo se podia confiar nele, incluindo Dragomir. Siv ... poderia, mas,
novamente, ele era muito parecido com Dragomir. Parecia que não havia
um curador talentoso na área. Todos eles poderiam conseguir, mas agora
Tariq sabia, que não podia esperar mais. Ele tinha que chamar um curador
mestre, mesmo que isso significasse que um precisava vir das Montanhas
Cárpatos.
Ele foi meticuloso em seu trabalho, tomando seu tempo, mas envolveu
a costela em uma forte salvaguarda de ligação, tecendo-a com luz de cura,
a lasca se encolheu longe. Ele tentou cavar mais fundo na costela para
escapar da luz e, quando isso falhou, enrolou-se em torno da costela,
deixando-se o mais plano possível, como uma cauda de peixe contra o
osso. Tariq fez a gaiola mais forte, mais espessa, mergulhando a luz através
das salvaguardas até ter certeza que a lasca não podia penetrar em qualquer
lado e escapar. Quando ele ficou absolutamente certo, acrescentou várias
camadas. Ele queria que ela ficasse segura. Só então ele saiu de seu corpo
de volta para o seu próprio.
Ele abriu os olhos e ela estava olhando para ele, uma pequena carranca
no rosto. Sua mão alisou as linhas de seu rosto e, em seguida segurou sua
mandíbula. — Você está tão pálido, querido. Isso prendeu você muito
tempo.
Ele não tinha percebido a passagem do tempo, mas olhando em seus
olhos, percebeu que ficou contendo a lasca por algum tempo. Ele não tinha
se alimentado, e deixar o corpo e tornar-se espírito puro tomava uma
quantidade enorme de energia.
— Diga-me o que você precisa, Tariq, —ela sussurrou, sua voz caindo
uma oitava. Rouca. Sedutora. Uma flagrante tentação.
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em seu pescoço, sobre seu pulso, de modo que seu coração batia em sua
boca. Seu sexo se apertou. Chorando. Queimando. Os dentes se
afundaram profundamente e prazer surgiu no meio da dor, irradiando por
todo seu corpo de modo que cada terminação nervosa estava viva e
desesperada por ele. Ardente por ele. Um incêndio selvagem, fora de
controle.
A mão deslizou por suas costas para seu pescoço e, em seguida, seus
dedos deslizaram em seu cabelo, levando-a ainda mais longe até que não
houvesse uma dor distinta. Isso só aumentou o calor percorrendo suas
veias. Ela sentiu a grossa e dura extensão dele pressionando firmemente
contra seu estômago. A polegadas de onde ela precisava que ele estivesse.
Seu núcleo pulsava. Seu sexo se contraia. Ela mexeu seu corpo
delicadamente. Sutilmente. Deslizando para baixo apenas algumas
polegadas.
Tariq não relaxou o controle sobre seu cabelo, ou permitiu que a
cabeça se movesse. A boca e os dentes agarrados ao seu pescoço. Ela sentia
todo o caminho para sua alma. Essa conexão. Ainda a bela forma primitiva
que eles se uniram. Ela ouviu seu próprio suspiro. Seu gemido. Ela parecia
... sensual. Ela se sentia sensual, algo que nunca tinha acontecido em toda
a sua vida até Tariq. Ela colocou seu punho em torno do comprimento
pesado dele e guiou-o para seu corpo, afundando-se em cima dele.
A pesada ereção empurrou através das dobras sensíveis de seu corpo,
quase dolorosamente. Ela perdeu o fôlego. Ele enviou ondas de construção
de prazer puro de modo que ela sentiu a tensão crescendo por dentro. A
boca dele se moveu de novo, a língua varrendo as marcas em seu pescoço
para fechar as pequenas feridas. Uma vez, duas vezes, os dentes dele
rasparam sobre a marca que tinha deixado e cada requintada passada fazia
seu corpo banhar o eixo dele em fogo líquido.
Suas mãos deslizaram para seus lados, seus seios, ao longo de sua
caixa torácica, sua cintura, para parar sobre o alargamento de seus quadris.
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vez de apenas chegar e pedir para falar comigo. Eu tenho que ir resolver
isso, Charlotte.
Ela suspirou. — Eu sabia que eles não iriam nos deixar em paz. Devo
ir com você? Solidariedade e tudo isso? —Ela não levantou a cabeça, em
vez disso, se aninhou em sua garganta e pressionou beijinhos até sua
mandíbula. Ela não queria lidar com outro serial killer. Outro monstro. Ela
queria, mesmo precisava ser normal. Lourdes. Genevieve. A vida fora de
um mundo monstruoso.
— Não, sielamet, você vai ficar o mais longe possível deles. Eles não
podem dizer a diferença entre Cárpatos e vampiros e matam
indiscriminadamente. Você, as crianças, Genevieve e Emeline estão todos
em perigo. Eles poderiam representar um perigo para Donald e Maria
também. Vou falar com eles e lhes dar um pequeno empurrão para nos
deixar em paz.
— Tenha cuidado, Tariq. Eles estavam no centro psíquico, e meu
palpite é que eles têm algum tipo de habilidade. —Ela empurrou-se com
resignação e a ação causou um tremor menor e uma ondulação por seu
corpo. Charlotte suspirou e apertou suas coxas ao redor dos quadris dele,
segurando-o com ela.
— Eu sempre tenho cuidado, Charlotte. Eu escolhi viver entre os
humanos a maioria dos meus anos de caça. Séculos. Eu sei como me
encaixar facilmente. Sei também que alguns seres humanos têm poderes
extraordinários. Alguns são as melhores pessoas que conheci, e outros são
doentes e cruéis, quase tão ruins quanto o vampiro. Eu vi de tudo, e isso
me fez cuidadoso. Vá cuidar das crianças e visitar Genevieve. Seja normal.
Acomode-se. Vou ter que trazê-la totalmente para o meu mundo em breve,
sielamet. Você vai definhar se não o fizer. Então, você precisa sentir que a
sua decisão é a certa, a única para você.
Ela já se sentia assim. Ela era mais viva com ele do que ela nunca tinha
sido em sua vida. Ela sempre esteve em busca de algo, ela não sabia o que,
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mas viajou o mundo para encontrar, só achou agora que estava aqui com
Tariq. Uma família. Perigo. Paz. Felicidade. Tudo o que ela sempre quis
estava aqui na cama com ela.
— Há tantos outros caçadores aqui. Não é possível um deles falar com
esses homens? —Ela sabia que ele era poderoso, mas ainda assim, ela tinha
visto um homem com uma estaca em seu coração.
Ele sorriu e acariciou a parte de trás de sua cabeça, os dedos enrolados
em seu cabelo sedoso. — Os outros caçadores, além de Maksim, não tem
companheiras para ancorá-los. Você pode imaginar Dragomir falando com
esses homens, e vendo suas intenções? Ele iria matá-los imediatamente
sem pensar nas consequências. Ele não vive com seres humanos,
Charlotte, ele nunca o fez. Ele nunca foi civilizado. Só estar aqui é
provavelmente muito difícil para ele.
— Eu não posso imaginar o que ele faria com uma mulher. Ele é tão
... duro.
— Ele é um caçador. Um predador. Ele sempre foi e sempre será.
Lojos, Tomás e Mataias são selvagens. Val, o caçador que Vadim torturou,
encontra-se debaixo da terra, se curando no solo. O alimentamos, e
cuidamos de suas feridas, que são graves. Eles não gostam da ideia de uma
outra ameaça à seus irmãos e eles também matariam os três caçadores de
vampiros sem pensar nas consequências.
— Então você está dizendo que é o único que pode lidar com eles.
— Sim, sielamet, mas eu prometo ser cuidadoso.
— E sobre a lasca? —Ela sabia que estava protelando, querendo ficar
com ele, mas sinceramente, ela odiava a ideia de ter a lasca dentro dela, e
Vadim pudesse ver o que ela estava fazendo ou não.
— Estou chamando um Daratrazanoff. Essa linhagem é incomparável
quando se trata de cura.
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proteger, mas ele ainda tomou seu tempo com ela como se ela importasse
mais para ele que qualquer outra coisa.
— Esta é a sua última noite como um ser humano, Charlotte.
Era um decreto, não uma pergunta e seu coração puxou com força no
peito. Ela muitas vezes foi embalada em uma falsa sensação de segurança,
porque Tariq era doce para ela. Era razoável. Era sofisticado. Ele também
era um predador como Dragomir, só que ele disfarçava melhor. Dragomir
não se incomodava, enquanto Tariq sim. O fino véu de civilidade de Tariq
poderia rasgar a qualquer momento.
Ainda assim, Charlotte sabia que ela iria escolhê-lo a cada vez. Ele era
o homem para ela. Nascido para ela. E ela nasceu para ele. Ela se inclinou
e beijou-o novamente e, em seguida, lentamente deslizou fora de seu
corpo. Ele não tinha que mudar para ela; ela o queria do jeito que ele era.
— Ok, —ela concordou suavemente. Porque para ela, não havia outra
escolha. — Eu vou estar pronta. —Ela queria ir ver Lourdes, conversar
com Danny, Amélia, Liv e Bella. Ela queria visitar Genevieve e Emeline e
talvez encontrar Blaze pela primeira vez. Ser normal em um mundo que
não era dela mais.
Ele estendeu a mão quando ela deslizou para fora da cama, sua mão
segurando seu rosto, o polegar deslizando suavemente sobre os lábios dela.
— Eu vou cuidar de você sempre, Charlotte. Você não vai se arrepender.
Ela acreditava nele, mas isso não era o mais importante para ela.
— Só se sinta sobre mim da maneira que faz agora. Sempre.
— Isso cresce a cada dia. E vai continuar a crescer. Sua coragem em
assumir Danny, Amélia, Liv e Bella me surpreende.
— Você está levando Lourdes e Genevieve para mim.
Ele assentiu e levantou, elevando-se sobre ela, acenando com a mão
para limpar e vesti-la. Ela gostava de roupas macias, calça jeans vintage e
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suéter cinza também suave. Ele tinha bom gosto para roupas casuais. O
sutiã e calcinha dela eram de pura renda, mas o sutiã era de suporte, e suas
botas eram de couro cinza com três babados de couro nas costas. Ela amou.
— Você vai ser capaz de fazer isso mesmo, —ele disse, e inclinou-se
para tomar sua boca. Quando se endireitou, estava vestido com suas
roupas impecáveis e muito sofisticadas. — Vá se divertir. Não esqueça
Emeline. Ela é nossa, também.
— Eu não vou esquecer. Eu tenho a lasca de Vadim em mim e detesto
isso. Ela ouve-o também. Pelo menos nós temos isso em comum, e em
Paris, estávamos nos tornando boas amigas. Espero que isso vá contar para
algo.
Ela o beijou novamente, apenas uma pincelada dos lábios nos dele,
mas foi o suficiente para reclamá-lo. Contar-lhe que ele pertencia a ela.
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querer pagar.
Genevieve estava certa. Charlotte assentiu. — O que for preciso para
mantê-la conosco, Vi. Eu não importo se ele quiser pagar a conta. Nós
podemos ajudar quando a crise passar. Enquanto isso, é a minha vez de
cuidar das crianças. Você vai escolher uma casa. Faça uma lista de tudo
que você precisa para torná-la a sua casa. Você adora listas. Passeie. Veja
a propriedade. Vou tentar visitar Emeline mais tarde, esta noite. E se você
nos ver em sua varanda, passe por ali como se fosse casual e fale com ela,
também, ok?
Genevieve assentiu. — Eu vou, estou ansiosa para vê-la. —Ela
estendeu a mão e empurrou o cabelo de Charlotte para estudar a marca em
seu pescoço. — Você tem certeza do que está fazendo, Charlie? Ele não
colocou-a sob algum feitiço, como nos filmes? Isso tudo é um território
desconhecido para nós, e eu tenho que confessar, estou muito
desconfortável sobre isso.
— Eu sempre tive algum tipo de escudo, Vi, você sabe disso. Eu não
reajo ao controle da mente. Foi o que nos salvou tanto em Paris quando
Fridrick tentou nos fazer abrir a porta para deixá-lo entrar. Quero estar
com Tariq por minha própria vontade, —ela assegurou.
Genevieve assentiu. — Eu gosto dele. Eu gosto. É só que, estes
homens são muito assustadores. Eles parecem tão lindos que qualquer
mulher poderia simplesmente cair dura, mas debaixo dessa beleza, sério,
Charlie, eles são muito perigosos, homens assustadores. Eu não sou como
você. Eu sempre quis ser, mas eu não sou uma mulher guerreira. —Ela
baixou os olhos, torcendo os dedos no colo. — Eu não pertenço a isto.
Charlotte se inclinou para ela. — Sim, você faz. Você é forte, Vi. Nem
todo mundo tem que ser um lutador. Você luta quando você precisa. Você
iria defender qualquer uma dessas crianças, você sabe que faria. Você
poderia defender-me, e a Tariq também. Você simplesmente não é a
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fantoche e que Emeline tinha sido tomada pelo vampiro mestre, mas o que
aconteceu com Amélia permanecia um mistério e ela evidentemente não
tinha falado sobre isso com ninguém.
O sorriso de Amélia desapareceu, e ela encolheu os ombros. — Liv
teve o pior, —ela murmurou.
Charlotte se aproximou. — Seja o que for que Liv sofreu não diminui
o que foi feito para você, querida, —ela aconselhou. — Eu odeio o que me
aconteceu. Não é tão mau como o que aconteceu com Liv, mas ainda é
meu. Eu tenho que viver com isso. Você tem que viver com o que esses
monstros fizeram com você.
Amélia se apertou em torno do dragão alaranjado como se reunindo
coragem da pedra. Ela olhou para o quintal e depois de volta para as duas
meninas que brincavam em seus dragões. — Este é um lugar tão
maravilhoso para nós, —ela sussurrou. — Nós viviamos nas ruas depois
que nossos pais morreram. Eles não iriam nos manter juntos em lares
adotivos. Ninguém iria ficar com todos nós. Embora todo mundo quisesse
Bella. Se não tivéssemos fugido, não teríamos sido capazes de ficar juntos.
Mas se não tivéssemos feito isso ... —Ela parou, balançando a cabeça.
— Amélia, —Charlotte disse suavemente. — Querida, é bom nunca
pensar dessa forma. Nós tomamos as decisões que tomamos com base nas
informações que temos no momento. Você fez o que achava certo. Como
você poderia saber que existiam tais monstros no mundo? Eu não sabia.
Eles mataram o namorado e a avó de Genevieve. Eles mataram meu
mentor e meu irmão. E eu ainda não sabia, não realmente, não até que os
vi por mim mesmo. Você não pode se culpar por algo que está fora de seu
controle.
Amélia olhou seu rosto por um longo tempo, tendo a confiança
restabelecida. Charlotte queria envolver os braços ao redor da garota, mas
tinha medo de ultrapassar os limites. Ela já estava pressionando a
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adolescente a falar com ela quando ninguém mais tinha. Amélia tinha sido
negligenciada por causa do dano óbvio para Liv e Emeline.
— Ele vai se casar com você, não é? Tariq. —Disse Amélia. — Ou o
que é o mesmo em seu mundo.
Charlotte balançou a cabeça, na esperança de comprar-lhe algum
crédito com a menina. Era importante ela se conectar emocionalmente
com Amélia. Amélia precisava de cuidados. Ela claramente estava
tentando ser crescida para suas irmãs, mas ela estava traumatizada
também. Ela precisava ... Charlotte.
— Quando nos casarmos, ou formos companheiros, como ele diz na
cerimônia, espero que você aceite Lourdes e eu em sua família, como você
faz com ele. Eu sei que ele pretende adotar todos vocês legalmente.
— Ele nos falou sobre se tornar como ele. Totalmente Cárpato. Eu
quero. Danny quer também, mas estamos preocupados por Liv e Bella, que
é muito jovem e poderia ser prejudicada de alguma forma. —Ela mordeu
o lábio com força. — Eu quero ser Cárpato porque quero aprender a ser
uma caçadora, e assim como Danny. Eu não me importo se eles não
gostam de mulheres indo atrás de vampiros. Vou fazê-lo, assim como
Blaze.
— Será que Blaze realmente caça vampiros? —Charlotte perguntou,
cuidando para manter seu tom neutro. Ela não sabia o que Tariq pensaria
da decisão. Não seria surpresa a ela se Blaze caçasse vampiros, dado o que
Emeline tinha contado sobre Blaze quando elas estavam em Paris e o que
Tariq tinha dito recentemente. Ainda assim, seria muito incomum para um
ser humano ser capaz de aprender tão rapidamente como matar um
vampiro com sucesso. Pelo que ela tinha visto, levaria anos de experiência.
Os vampiros eram antigos e tinham um monte de experiência de batalha.
Amélia deu de ombros. — Eu vou aprender, —ela repetiu
teimosamente.
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ela era tudo o que tinham e estava determinada a ser o que eles precisavam.
— Nós podemos fazer isso juntas, Amélia. Seja o que for que Tariq decida
sobre todos nós, podemos fazer isso juntas. Você sabe que ele não vai nos
deixar sozinhas. Ele encontrará uma maneira para que todos vocês fiquem
seguros fora da propriedade, e, enquanto isso, nós podemos encontrar uma
maneira de ajudar as nossas pequeninas.
Amélia levantou a cabeça. — Você acha?
Charlotte assentiu solenemente, porque ela quis dizer cada palavra e
ela queria que Amélia visse a verdade. — Quando Tariq adotar todos
vocês, eu também vou. Isso vai me fazer a mãe e ele o pai. Ele quer ter a
certeza de que ninguém possa intervir e tirar qualquer um de vocês de nós.
— Liv disse que não tinha certeza sobre você ser nossa mãe. Ela pode
ler as pessoas, —Amélia disse cuidadosamente, claramente tentando
encontrar as palavras certas, sem magoar Charlotte.
Charlotte balançou a cabeça e fez pequenas carícias suaves no cabelo
de Amélia. — Ela estava certa. No momento eu estava me acostumando
com a ideia de estar com Tariq. Eu tinha acabado de ganhar Lourdes, e
não estava fazendo um bom trabalho com uma criança traumatizada que
mal me conhecia, e então ele disse que queria adotar os quatro. Eu não
sabia se poderia ajudá-lo e isso me preocupou. Eu não queria tomar uma
decisão emocional precipitada. Eu quero que vocês sejam saudáveis e
felizes. Mas depois de pensar muito nisso, eu estou no mesmo mundo que
você. Eu vi os monstros e o que eles fazem. Eu não sou uma conselheira
qualificada, mas não preciso ser para ser sua mãe. Eu só preciso te amar e
encontrar um caminho comum para que todos possamos nos conectar. Eu
estou disposta a fazer isso. Eu quero fazer isso.
Amélia suspirou e se inclinou mais perto, envolvendo os braços ao
redor de Charlotte, segurando com força, tão firmemente que Charlotte
sentiu que teria hematomas quase até os ossos.
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aldeia, matando inocentes tanto quanto possível só porque eu tinha amizade com
eles e me recusei a me juntar aos Malinov em sua traição.
Ela ouviu a culpa em sua voz. Ela não podia imaginar o que era como
assistir a tantas pessoas inocentes caírem nas mãos de vampiros
monstruosos simplesmente porque você escolheu essa aldeia para viver e
trabalhar.
— Há algo de errado com Amélia? —Liv veio atrás delas, com a voz
trêmula quando viu sua irmã mais velha nos braços de Charlotte.
Amélia começou a se afastar, às pressas tentando encobrir o fato de
que estava chorando, mas Charlotte não deixou. — Ela está me contando
sobre o que aconteceu com ela nos túneis. É difícil fazer isso, deixar-se
lembrar e confiar em alguém o suficiente para dizer-lhe, mas também é
muito valente. Ela vai ficar bem. Todos nós na verdade. Nós vamos passar
por isso juntos.
Enquanto ela estava falando, Liv colocou a mão na perna de
Charlotte. Casualmente. Levemente. Ainda assim, Charlotte sabia que ela
estava verificando a verdade. Lendo-a. Ela continuou a segurar Amélia e
acariciou calmante seus cabelos, pelas costas, sussurrando suavemente
como estava orgulhosa e que elas poderiam passar por isso. Elas poderiam
ajudar aos outros juntas. E ela quis dizer cada palavra.
Liv olhou para ela pela primeira vez com um olhar feroz, possessivo,
e colocou os braços em volta da cintura de Charlotte, segurando a sua irmã
e trancando-a contra Charlotte. — Você vai fazer isso, então. Você vai ser
a nossa mãe.
— Eu quero ser, —Charlotte concordou suavemente. — Eu acho que
todos nós pertencemos um ao outro, não é?
Liv assentiu. — E Emeline. Ela pertence a nós. Ela está quebrada,
também.
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e todos eles tinham, de suas próprias maneiras, sofrido a morte dos pais e
os acontecimentos que se seguiram, mas isso tinha sido feito para eles.
Algo incomum e bonito. Ela queria beijar cada um dos trigêmeos.
Não haverá beijos para outros homens. Diversão tingia a voz de Tariq.
Você sabia que eles fizeram isso para as crianças? Você devia ver seus rostos,
Tariq, estes dragões são incríveis.
Você não sabe da missa a metade. Nós vamos ter que vigiar Bella e Lourdes
para ter certeza de que elas não saem voando. Mas elas têm proteção, bem como algo
divertido e original para brincar.
Ela virou Amélia para que ela pudesse ver suas irmãs e Lourdes
brincando nos dragões de pedra, sussurrando para eles e, em seguida,
rindo. — Olhe para os seus rostos, querida, —ela sussurrou baixinho, em
reverência. Ela podia não saber como ajudar as crianças, mas ela não
estava sozinha na tentativa. Todos os Cárpatos estavam dispostos a
trabalhar para curá-los.
Todas as crianças são sagradas para os Cárpatos, Charlotte. Cada criança
pertence a todos nós. Nós as ajudamos a crescer e cuidamos delas. Elas são amadas
por todos.
Eu pensei que os caçadores não conseguiam sentir emoção.
Ela sentiu sua hesitação quando ele tentou explicar, mas mesmo
tocando suas memórias, ela nunca compreenderia perfeitamente. Com as
crianças, há uma suavidade só delas. Não uma emoção, mas uma agitação, um eco
talvez, do que tínhamos antes de perder a capacidade de sentir.
Ela sentiu tristeza, a tristeza dele, dos caçadores que os protegiam,
incapazes de ver em cores ou sentir as coisas que eles deveriam mesmo
assim eles pensaram em ajudar as crianças que precisavam
desesperadamente. — Veja, Amélia, olhe para o rosto de Liv, —ela
reiterou. — Ela vai passar por isso. Nós todos, juntos. Ajude-me a ajudar
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a todos. Fique com Tariq e eu. Podemos ser uma família. Não vai ser a
que você tinha, ou aquela que eu tinha, mas vamos ficar bem juntos. Todos
nós. Mesmo os caçadores que nos protegem. Vamos contá-los como da
família, também.
Amélia olhou para ela com uma pitada de riso nos olhos. — Mesmo
os mais assustadores? Porque há um que ... —Ela parou e olhou em volta
para se certificar de que ninguém mais estava perto.
Deliberadamente Charlotte se aproximou. — Dragomir. Eu sei
exatamente de quem você está falando.
— Você não encontrou Val ainda, —disse Amélia. — Eu o vi uma vez
nos túneis. Ele era tão assustador como Dragomir, embora Liv não pense
assim. E a um que Tariq chama de Siv.
Charlotte assentiu. — Eu tive essa impressão de todos, incluindo
Tariq. —Ela parecia pegar um monte de pensamentos, mesmo quando não
estava procurando por eles. Ela já estava alterada, mais no mundo de Tariq
do que em seu próprio. Comida era abominável para ela, e como ela não
podia comer ou beber nada, Tariq tinha que a ajudar. Não tinha sido fácil,
ela tinha um escudo forte em sua mente, algo que ajudava quando os
vampiros queriam controlá-la, mas um impedimento quando seu homem
queria que ela comesse algo que ela não queria.
— Você pode ajudar Emeline? —Perguntou Amélia. — Liv está tão
preocupada com ela. Ela vai vê-la todo dia, e todos os dias chega em casa
dizendo que ela está pior. Sinto-me melhor falando com você. —Seu olhar
se deslocou para o chão. — Tocar você é como segurar uma âncora. Eu
não sei por que estou tão pegajosa, eu não sou assim naturalmente. Você
apenas parece tão real para mim. As coisas que você diz me dão esperança.
— Eu vou tentar ajudá-la, Amélia, —disse Charlotte. — Eu quero
ajudá-la. Eu não conheço Blaze, mas ela é família para Emeline e não foi
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capaz de fazer qualquer coisa por ela, então não sei se vou ser capaz de
qualquer coisa, mas eu prometo, querida, eu vou tentar.
Elas estavam juntas, abraçadas, a mão de Amélia no dragão
alaranjado, ambas observando as crianças mais novas que brincavam nas
estátuas de pedra que eram muito mais do que pareciam. Charlotte tinha
uma esmagadora sensação de tristeza. Estes eram seus filhos. Sua família
agora. Eles estavam presos atrás de cercas altas, como prisioneiros,
incapazes de ir a qualquer lugar ou ter amigos. Suas famílias haviam sido
arrancadas. Tariq os colocava para dormir durante o dia, e eles tinham um
casal mais velho olhando por eles no caso de Vadim enviar seres humanos
ou fantoches pelas crianças durante o dia, quando ele não podia protegê-
las. Era uma bela prisão, mas ainda era uma prisão. Ela tinha que ajudar
Tariq a encontrar uma maneira de soltá-los.
Nós vamos, Tariq sussurrou suavemente em sua mente.
Charlotte estava completamente sintonizada com ele. Consciente dele
com cada célula de seu corpo. A mente dela queria ficar na dele. Ela
precisava do contato contínuo entre eles, tanto físico como mental.
Felizmente, ele parecia precisar disso também. Ela adorava que eles
podiam tocar a mente um do outro e saber que o outro estava vivo e bem.
Ela precisava dessa garantia também.
O que você está fazendo?
Enviando Danny a você para que eu possa lidar com os intrusos. Eles criaram
um par de lugares para nos espionar. Eu pretendo ter uma conversa com eles.
Fique seguro, ela advertiu, incapaz de impedir a si mesma. Nós não
podemos ficar sem você.
Ela sentiu o toque de seus dedos ao longo de sua mandíbula, o toque
de seus lábios nos dela. A sensação foi fraca, mas estava lá e foi o suficiente
para tranquilizá-la.
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sintam, mas não pode evitar. Se elas forem convertidas, e Liv tem que ser,
então elas vão sentir um monte de dor.
— Danny, se ela for convertida, todos nós seremos. Esse era o nosso
acordo, —disse Amélia. — Todos nós. Vamos ficar juntos, não importa o
quê. —Ela olhou para Charlotte. — Ele está convertendo você. Você vai
deixá-lo fazer o mesmo com Lourdes?
Ela não sabia. O pensamento de Lourdes ter dor era mais do que podia
suportar. Lourdes tinha três anos, a mesma idade de Bella. Até Tariq
estava preocupado sobre como converter as crianças. Tudo o que ela
poderia fazer era dizer a verdade. — Eu pretendo passar por isso em
primeiro lugar. Então eu vou ter uma ideia melhor de se Lourdes pode
lidar com isso. Tariq também está consultando com um par de curadores
especialistas ou médicos. Eu não estou completamente certa do que são,
mas ele quer ter todas as informações antes de tomar qualquer decisão.
— Se Liv tiver que passar por isso, todos nós faremos, —Amélia disse
teimosamente. — Todos nós. Se você for casar com Tariq e ser nossa mãe,
então não pode deixar Lourdes atrás mais do que poderíamos deixar Bella.
Charlotte olhou para Danny, vendo o conhecimento em seus olhos.
Tariq não tinha escondido nada, e ele sabia exatamente como seria difícil
para uma criança. Ela balançou a cabeça ligeiramente. Não podia discutir
com Amélia certo, então? Ela precisava do normal, assim como tudo o que
fizessem.
— Danny, veja que dragões legais Lojos, Tomás e Mataias fizeram na
noite passada, —disse ela, mudando de assunto, esperando que ele
entendesse o recado. — Nós estávamos nos túneis e alguns vampiros e seus
exércitos tentaram nos prender, e os três fizeram esses dragões de pedra.
Isto foi a coisa mais legal que eu já vi. Os dragões realmente voaram.
Amélia me disse que ela pôde ouvir o alaranjado sussurrando para ela.
Claramente as outras meninas podem ouvir seus dragões também. Eu acho
que o marrom é seu.
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Ele não hesitou ou fingiu que não sabia onde eles estavam escondidos.
Ele andou em linha reta até o ponto cego que eles meticulosamente criaram
para sua porta da frente e ficou de pé, mãos nos quadris, olhando para eles.
— Posso fazer algo por vocês? E vocês podem se identificar e dizer
para que revistas vocês estão trabalhando. —Era sempre melhor agir como
se fossem paparazzi o perseguindo, o que, tecnicamente, eles muitas vezes
o fizeram. Era a melhor desculpa para enfrentar qualquer um que o
espionasse.
Os três homens trocaram olhares inquietos, e, em seguida, seu óbvio
líder avançou. Tariq tinha o marcado no clube como o único a vigiar.
Daniel Forester, alto, mas não tão alto como ele, e que significava que ele
tinha que levantar o olhar para ver o Cárpato. Ele provavelmente era
considerado bonito para os padrões humanos, mas seu rosto estava corado
de aborrecimento por ter sido pego.
— Daniel Forester. Eu não trabalho para uma revista. —Ele virou-se
para indicar os dois homens ao lado dele. — Estes são Vince Tidwell e
Bruce Van Hues.
Isso era verdade. — Isso me diz exatamente nada. Eu tenho família e
amigos e eu mantenho a minha privacidade. Eu não gosto de alguém me
espionando ... ou a eles.
— Estamos preocupados com duas amigas nossas. Elas estavam em
seu clube a duas noites atrás e parecem ter desaparecido. Elas foram vistas
entrando em um carro com você.
Tariq permaneceu em silêncio. Ele simplesmente olhou para eles.
Forester não estava dizendo a verdade agora, ao contrário, ele estava
misturando mentiras com a verdade. Eles tinham binóculos poderosos e
tinham vislumbres de Genevieve e Charlotte com as crianças no
playground.
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uma criança por seus padrões, mas ele era bom com a tecnologia, algo em
que todos os Cárpatos precisavam recuperar o atraso.
Seu povo estava se reunindo, mas levaria tempo para ter sua defesa
em uma posição sólida, suficiente para ele poder partir para a ofensiva
ativamente, ir atrás de Vadim e erradicar todos e cada um de seus soldados.
Eles precisavam saber mais sobre os psíquicos masculinos humanos que
Vadim recrutou e por que eles não podiam ser detectados como as
marionetes dos vampiros. Os homens nas memórias que Charlotte tinha
acessado não pareciam inteiramente sob o controle de Vadim, agiam de
forma independente dele.
— Charlotte Vintage é a minha noiva, —anunciou ele, usando o termo
humano em vez do Cárpato. — Ela está muito segura. Minha propriedade
é vigiada e tem um sistema de segurança completo como você pode ver.
—Ele acenou com a mão em direção ao muro alto. — Genevieve, sua
amiga, também vai ficar comigo. Ela está segura também.
Daniel abanou a cabeça e deu um passo mais perto. — Não, essa é a
coisa. Nenhuma delas esta segura. Elas viraram ... alvo. Eu não posso
explicar o que isso significa, mas eu estou dizendo que você possivelmente
não pode mantê-las seguras. Os homens atrás delas são implacáveis.
Poderosos. Eles podem ter todos, e eles vão levá-las. Estamos seguindo-as
desde Paris, e alguém está sempre a observá-las. Mesmo agora, alguém está
vigiando. No momento em que deixarem sua propriedade, ou talvez
mesmo antes, estes homens estarão nelas.
Foi um discurso inflamado. Daniel Forester estava com medo por
Charlotte e Genevieve. Havia sem disfarçar um tremor em sua voz. Um
medo genuíno.
— Estou bem ciente do perigo para elas. Deparamo-nos com esses
homens na outra noite no parque de estacionamento da garagem do clube.
Felizmente, eu tinha vários homens da minha equipe de segurança comigo
e eles decidiram tentar pegar as mulheres em outra noite.
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— Eu estou dizendo para ficar feliz por ter sua vida. Você não quer
estar no seu radar. Eles têm espiões, e eles estão vigiando minha
propriedade. Se eu soube que você estava aqui, então eles sabem também.
Saia da cidade e permaneça escondido por algum tempo. Fridrick não irá
segui-lo, porque ele quer Charlotte e Genevieve.
Por algum motivo insano, Tariq sentia afinidade com Daniel Forester.
O homem sinceramente acreditava em sua causa e sua causa não era
diferente da de Tariq.
— Eu não posso simplesmente ir embora quando eu sei que o alvo são
duas mulheres inocentes. —Daniel olhou ao redor e, em seguida, baixou a
voz. — Eu acho que eles se infiltraram em nossas fileiras também. Alguns
dos comandos que saem da sede não fazem qualquer sentido.
Tariq parou no ato de se afastar deles. Ele tinha a intenção de ler seu
propósito e, em seguida, deixá-los à própria sorte, mas Forester e seus
amigos estavam tentando salvar a vida de Charlotte e merecia uma
advertência ou dois.
— Eles fizeram, —ele confirmou. — Você não pode confiar em
ninguém neste momento. E você não pode matar um vampiro como nos
filmes. O coração tem que ser removido e incinerado. Se você o acertar e
não fizer isso, eles voltam novamente e novamente.
— Como você sabe disso? —Daniel perguntou, a suspeita rastejando
em seu tom.
Tariq deu de ombros. — Eu gosto de investigação. Eu passo muito
tempo acordado à noite por causa do clube. Se eu não posso dormir
durante o dia, eu pesquiso qualquer coisa que me interesse. Lendas e mitos
me interessam. Se eles podiam mentir, ele também, e sua mistura de
verdade e ficção convenciam. Seu tom era perfeito para qualquer um ouvir
e acreditar em tudo o que ele dissesse, sem um "empurrão" para levá-los a
ouvir.
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H h h
Charlotte finalmente conseguiu apresentar-se ao casal de idosos que
vivia na propriedade de Tariq. Donald e Mary eram claramente
apaixonados. Eles estavam juntos a trinta anos e ainda se davam as mãos
e trocavam segredos, olhares amorosos. Ela realmente gostou deles e ficou
feliz em passar um tempo os conhecendo.
Donald gostava de ajudar com os livros de Tariq, o que claramente, o
fazia sentir como se tivesse um propósito, certificar-se de que ninguém
trairia seu benfeitor. Mary gostava de cuidar das crianças. Ela tinha
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começado a desenvolver uma boa amizade com elas. Tanto que Charlotte
estava bastante certa que Tariq influenciou as crianças a aceitar o casal
mais velho. As crianças ainda estavam fascinadas com seus dragões de
pedra, quando os deixou com Donald e Mary e foi fazer uma visita a
Emeline.
Charlotte tinha encontrado Emeline em Paris, onde ela estava se
escondendo. Tinha testemunhado um assassinato, ela contou, e estava
escondida, porque estava sendo caçada. O pai de Blaze a tinha enviado
para fora do país com uma nova identidade, que ela não gostava de usar.
Ela tinha ficado com Genevieve e Charlotte por vários dias, e então ela
tinha recebido a notícia de que o pai de Blaze tinha sido assassinado e ela
correu de volta para os Estados Unidos para ajudar Blaze a encontrar os
homens que o mataram.
Charlotte realmente tinha sentido uma conexão com Emeline, assim
como Genevieve. Emeline tinha vivido uma vida dura, mas ela era
extremamente resistente e leal. Para ela, Blaze era da família, sua irmã. O
pai de Blaze, Sean McGuire, tinha sido a única constante na vida de
Emeline e ela era igualmente leal a ele. Quando Blaze precisou dela, apesar
do perigo para si mesma, Emeline correu para casa, direto para a
armadilha de Vadim. Charlotte entendia e respeitava lealdade e
compromisso.
A noite estava muito escura com poucas estrelas e uma pequena lua.
As nuvens sobrecarregadas se mexiam rapidamente como se estivessem
em um caldeirão gigante com uma fogueira abaixo dele. Ocasionalmente,
ela podia ver relâmpagos correndo pelo céu, mas ainda estavam longe, por
isso, quando o trovão soou, foi a distância. Ela adorava as tempestades e
esperava que Emeline também.
A casa em que Emeline vivia era uma das menores na vasta
propriedade e a mais próxima a casa principal. Tariq tinha dado aquela
casa para Emeline para que ele pudesse vigiá-la melhor. Era lindamente
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gingerbread – Pelo que entendi tem esse nome porque parecem as
casinhas de biscoito de Natal que eles fazem.
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Emeline acenou com a cabeça. — Tariq tem sido bom para mim. Ele
disse isso.
Charlotte sabia que Emeline nunca abriria a porta para qualquer um
dos homens dos Cárpatos. Danny a tinha visitado duas vezes com Liv, e
ela permitiu que ele entrasse na casa dela duas vezes, mas ele havia
relatado que ela manteve móveis entre eles em todo o momento.
— Querida, você precisa de um médico? Um conselheiro? Algo
realmente ruim aconteceu com você e ... —Charlotte parou quando
Emeline agarrou o manto mais apertado em torno dela e balançou a
cabeça.
— Não diga isso. Não diga nada sobre o que aconteceu. Eu não posso
ainda. Sinto muito, Charlie, mas é muito cedo. Eu só preciso de tempo. Eu
disse a Blaze que quando eu pudesse falar com ela sobre isso, eu o faria.
Eu apenas não posso enfrentar ainda.
A voz de Emeline balançou quase tanto quanto seu corpo o fez. Ela
parecia em pânico, em ponto de sair, e Charlotte não teve coragem de
continuar. Ela assentiu com a cabeça. — Está tudo bem, querida. Eu
compreendo. Fridrick. —Ela fez uma pausa, porque Emeline, obviamente,
reconheceu o nome. Quando Emeline não disse nada, ela continuou.
— Fridrick matou meu irmão e avó de Genevieve bem como os outros que
conhecíamos e nos preocupávamos. Se não fosse por Tariq ele teria
conseguido sequestrar nós duas.
Completo horror cruzou o rosto de Emeline. Ela estendeu a mão com
os dedos trêmulos ao tocar o braço de Charlotte. — Você não pode deixá-
los colocar as mãos em você. —Ela se inclinou mais perto, sua voz caindo
para um sussurro. — Você simplesmente não pode. O sangue deles é ácido.
Ele queima, queima e nunca para. Ele sussurra para você. Ele irá deixá-la
louca.
O coração de Charlotte empurrou duro. — Você pode ouvi-lo agora?
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repente ela queria gritar onde ninguém poderia ouvi-la, exceto que Tariq
sempre a ouviria.
Seus dedos se curvaram ao redor dos braços de cadeira de balanço até
que ficaram brancos. Ela odiava o que Vadim tinha feito a Emeline, e ela
realmente não sabia a extensão do que isso era. Ela odiava o que ele tinha
feito para Liv, e o que ele ainda estava fazendo a ambas. Isso a fez sentir-
se impotente e fora de controle, dois estados a que ela nunca tinha sido
afeiçoada.
— Isto é uma merda, Emme, —disse ela em voz alta. O que mais ela
poderia dizer? Porque era. — O que você diz a ele?
— Que se ele prejudicar Liv, ou forçá-la a prejudicar a si mesma, então
eu vou me matar. —Emeline voltou os assombrados olhos em Charlotte.
— Eu vou. E ele sabe disso. Até agora tem funcionado, mas posso dizer
que ele está ficando impaciente comigo. Estou preocupada com Liv. Quero
que Tariq a converta. Diga-lhe que ele tem de fazê-lo imediatamente.
O tempo todo, Emeline sussurrava, mas cada palavra perfurava o
coração de Charlotte. Ela queria abraçar Emeline apertado e mantê-la
segura. Ela queria caçar Vadim e fazê-lo sofrer um longo tempo antes de
morrer. Ou talvez apenas matá-lo rapidamente antes que ele a fritasse.
— Eu vou, Emme, eu prometo. Vou contar-lhe tudo. Você sabe disso.
Você tem Blaze. Você sabe o que é uma companheira. —Ela franziu a
testa, de repente com medo. Vampiros podem ter companheiras? Poderia
Emeline ser a companheira de Vadim?
Houve um pequeno silêncio. Ela sabia que Tariq estava ouvindo cada
palavra que Emeline dizia e estava quase tão aborrecido quanto ela, mas
de uma forma diferente, mais predatória, assustadora. Ela sabia que ele iria
insistir para Emeline permitir que os homens dos Cárpatos ajudassem em
seu sono e Emeline ia resistir.
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Para se tornar um vampiro, um caçador Cárpato deve optar por desistir de sua
alma. Nesse momento, ele está perdido, para nunca mais ser recuperado. Se por
acaso ele achar sua outra metade, ele vai saber e sentir arrependimento por um
momento, mas é passageiro, e ela estará em perigo terrível. Ele não pode matá-la ele
mesmo, mas ele não a deixaria esquecer. Emeline não é a companheira de Vadim.
Ela saberia e sofreria de forma diferente. Vadim tomou seu sangue e forçou-a a
tomar o dele, assim como fez com Liv. Mas, eu acho que ele fez, pelo menos, duas
trocas de sangue com Emeline. Se é assim, eu não sei como ela consegue viver com
o ácido queimando-a. Ela se recusa a permitir que um Caçador a ajude.
Ela precisa de ajuda. Ela está doente.
Um vampiro mestre intercambiou sangue com ela, Charlotte.
Tariq soou paciente, como se estivesse explicando as coisas para uma
criança. Isso definitivamente deu a Charlotte um alvo para a raiva
reprimida que ela não tinha nenhum lugar para colocar. Eu sei disso, ela
sussurrou de volta, deixando-o ver a borda de seu temperamento.
Sielamet, amada. Guardiã de minha alma. Sua voz era suave e intimista,
acariciando-a e deixando-a do avesso. Eu sei que isso é difícil. Ver Emeline
dessa forma e não ser capaz de ajudá-la é devastador, mas ela recusa a nossa ajuda.
Devemos forçá-la? Devemos ser como Vadim? Tomando sua vontade? Apesar de ser
para seu próprio bem? Estamos chegando perto de não ter nenhuma escolha, mas
foi resolvido que lhe daríamos tempo para fazer a escolha por si mesma. Blaze tentou
com ela. Amélia também. Estamos todos contando com você. Colocar esse fardo
sobre seus ombros é errado, eu sei que é, mas estamos tentando salvar sua sanidade,
bem como a sua vida.
Ela ouviu a culpa e o remorso em sua voz. Ele detestava estar ali mais
do que ela, mas estava chegando ao ponto em que forçaria Emeline a
aceitar sua ajuda, e todos eles tinham medo de que se o fizessem, a
perderiam. Charlotte temia que eles estivessem certos.
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Mantenha-a falando. Ela está dizendo a você mais do que disse a alguém.
Maksim está enviando Blaze, e depois que ela chegar aí, eu vou dar-lhe alguns
minutos e, em seguida, enviar Genevieve. Esperemos que a conversa termine bem.
Ela vai se sentir rodeada por mulheres em que ela pode confiar.
Ela sabia que ele estava fazendo o seu melhor, sentindo o caminho
quando ela estava lá. — Emeline, Liv disse se ela pode ouvir vozes
sussurrando?
Charlotte sabia o que era isso. A voz de Vadim falando com ela,
ordenando-lhe para sair dos túneis. Ela se sentiu violada de ele estar em
sua mente e com medo de ele poder ser capaz de usá-la como espiã. A lasca
ainda estava dentro dela. Enquanto ela estava na propriedade de Tariq
achava que estava segura, mas talvez não estivesse. Ela conhecia aquela
voz. A horrível, doce tentação. Ela estudou Emeline cuidadosamente. Não
era apenas a voz. Ela estava com dor. Dor física.
Emeline balançou a cabeça lentamente. — Se assim for, ela não me
disse. Eu sei que ela não dorme a menos que Tariq a ajude. —Ela suspirou.
— Maksim e Tariq tem feito muito pelas crianças e por mim. A carga sobre
eles é quase insuportável. Eu não posso pensar como deve ser para eles
tentar saber a coisa certa a fazer. Liv não pode permanecer neste mundo
como está. Ela está conectada a Val e sente cada um de seus sofrimentos,
embora ele bloqueie e esteja no chão. Eu não posso imaginar como vai ser
quando ele estiver na superfície. Todas as crianças sofrem, mas o que eles
devem fazer para aliviar isso? Devem trazê-las para o seu mundo? —Havia
um fio de voz em Emeline, como se a última coisa que ela quisesse era
estar no mundo dos Cárpatos.
Charlotte respirou fundo e soltou o ar. Ela não estava inteiramente
certa do que iria acontecer quando Tariq terminasse a transição com ela.
Só sabia que seus sentidos estavam extremamente agudos e ela estava mais
forte do que nunca. Ela não tinha ideia do que realmente implicava ser
Cárpato. Possivelmente Emeline sabia muito mais do que ela. Ela
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— Mel. Não. —Charlotte manteve seu tom baixo. Firme. — Isso não
é uma resposta, e você sabe disso. Se você fizer isso, você vai abandonar o
resto de nós. Você deixará Liv. Ela precisa de você mais do que de qualquer
um de nós. Estamos tentando com ela, mas ela não sente conexão com
ninguém além de você.
Emeline abaixou a cabeça e não respondeu.
Charlotte sentiu que ela estava se debatendo. Ela pressionou os dedos
em sua fronte ao perceber que tinha dor de cabeça. Instantaneamente Tariq
estava lá, acalmando-a, tirando a pequena dor. Tranquilizando-a. Dando
a ela algo que ela sabia que Emeline e as crianças necessitavam também.
— Querida, você sabe o que tem que ser feito. Eu sei que você está
com medo deles, mas você tem que permitir que um dos Cárpatos a cure o
suficiente para impedir Vadim de chegar até você. Você precisa dormir.
Você tem que ser capaz de comer. Você não pode deixá-lo vencer.
— E se ele ataca Liv e não tenho maneira de me comunicar com ele?
Emeline protestou. Ela sacudiu a cabeça. — Não posso correr esse risco.
Se Tariq converter Liv e acabar com a capacidade de Vadim chegar até ela,
então, e só então, eu vou considerar isso.
— Blaze explicou o processo para você? Tariq me disse que ele está
tentando falar com os curadores Cárpatos sobre a melhor forma de levar
as crianças para o seu mundo.
Emeline fechou os olhos com força e, em seguida, assentiu. Quando
os cílios levantaram ela olhou para fora na escuridão, a dor gravada em
seu rosto. — Ela disse que a dor era insuportável. Eu não quero isso para
Liv, para você, para qualquer um, mas ela não vai aguentar se continuar
do jeito que está. Eles tiraram muito dela, Charlie, tanto. Ela não pode
esperar. Você tem que dizer isso a Tariq. Convencê-lo. Vai perdê-la se
esperar muito mais tempo, e não vai ser para Vadim.
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Eu estava tão ansiosa para restaurá-los que não tinha pensado nisso.
Porque você não pôde apenas acenar com a mão? Foi você que os esculpiu.
Tariq estava em sua mente. Sentiu-o quente e suave, cuidando dela,
acariciando sua mente intimamente enquanto ela tentava manter Emeline
envolvida na conversa ociosa, tentando dar-lhe o normal, mesmo que
apenas por alguns momentos.
Algo fica perdido na restauração. Eu tentei com um par de peças e não é o
mesmo. Eu poderia esculpi-los novamente, mas então eles seriam feitos neste século
e não meus primeiros trabalhos. Em qualquer caso, eu quero trabalhar com as mãos.
Estou ansioso para aprender o processo de restauração.
Os carrosséis significavam algo especial para ele. Ela podia ouvi-lo em
sua voz. Ele não queria destruir o carrossel mais antigo mais do que ela,
talvez menos, mas ele o faria porque era perigoso para qualquer um que
tocasse. Ela precisava descobrir o porquê. Ela precisava acompanhar
Vadim até onde quer que ele estivesse e precisava ter certeza de sua família
crescente estava segura.
Ela estava reivindicando as crianças, Genevieve e agora Emeline.
Mesmo os caçadores que os protegiam, especialmente Lojos, Tomas e
Mataias, que tinham sido inteligentes o bastante para fornecer os dragões
de pedra para as crianças e Val, um caçador que ela nunca conheceu, mas
que tinha tomado a tempo para salvar Liv e dar-lhe força em meio ao mal.
— Aparentemente, acenar a mão não restaura a arte da mesma forma
que os métodos que usamos. Quem poderia dizer que havia algo que um
Cárpato não faz perfeitamente?
Obteve o menor dos sorrisos de Emeline. — Eu ia te fazer chá, mas eu
não estou muito firme.
Vou dizer a Blaze para trazer o chá e algo leve para Emeline comer.
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Charlotte apertou uma mão em seu estômago. Tariq teria que ajudá-
la a engolir o chá. Genevieve subiu as escadas da varanda, parecendo
espetacular, como sempre fazia, um sorriso brilhante em seu rosto
enquanto cumprimentou Emeline calorosamente.
Genevieve afundou-se na cadeira de balanço do outro lado de Emeline
e imediatamente trouxe Paris e os bons momentos que elas tiveram lá. Ela
evitou falar de coisas como Cárpatos e vampiros. Ela era hábil porque era
genuína em tudo o que fazia.
Blaze se juntou a elas, trazendo um bule pequeno e vários copos,
juntamente com uma bandeja de broinhas. Ela animou Emeline a beber o
chá, mas apenas Genevieve pegou uma broinha.
Precisamos de uma solução para isto rápido ou vamos perdê-la, disse
Charlotte.
Tariq ficou em silêncio por um momento, enquanto Charlotte e
Genevieve eram apresentadas a Blaze. Eu concordo, sielamet. Estou
trabalhando nisso.
As quatro mulheres sentaram-se juntas até que o amanhecer estava
rastejando na noite, lentamente se introduzindo no escuro e as primeiras
horas da manhã raiando em cinza. Blaze ajudou Emeline a voltar para a
cama, e Genevieve, bocejou e partiu. Só então Tariq veio para ela,
envolvendo-a em seus braços e levando-a para sua cama na enorme casa
vitoriana que iria ser sua casa.
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achava que nenhum deles relaxava em sua companhia, o que dizia muito.
Tariq tinha dito isso a ela na noite anterior.
Havia Maksim, companheiro de Blaze. Blaze tinha contado a
Emeline, Genevieve e ela histórias muito engraçadas sobre ele, falando
como se ele fosse o homem vivo mais doce, mas olhando para ele agora,
Charlotte pensou que talvez ela tivesse exagerado na doçura. Havia um par
de outros homens a quem ela ainda não tinha sido apresentada, mas eles
pareciam tão sombrios e ameaçadores quanto os outros, e assim como
Tariq estava sobre ela, assim estavam todos os caçadores reunidos na
grande sala.
A sala tinha sido grande. Agora parecia muito pequena e a maior parte
do ar se foi. Ela olhou para trás, tentando ver a porta. Parecia muito longe
e havia dois caçadores entre a saída e ela. Um era Siv, com os olhos
incomuns que mudavam de azul para verde. Ele olhou para ela tão
assustador que ela começou a tremer. Ele também parecia saber que ela
queria correr.
Sielamet. Pare. A voz de Tariq escovou intimamente em sua mente. Era
um comando, mas também uma segurança.
Sielamet. Minha alma. Ele a chamava assim o tempo todo. Ele
sempre a fazia se sentir especial. Amava, mesmo. Estava em sua voz
quando ele usava essa palavra, usava seu idioma. Ainda assim, o que ela
realmente sabia além de que ele fazia seu corpo ganhar vida quando
ninguém mais tinha conseguido?
Respire. Você está segurando a respiração e assustando-se. Olhe para mim.
Se o fizesse, ela estaria perdida. Ela sempre ficava perdida quando
olhava para ele, mas se não o fizesse, ficariam aqui até ela fazer. Cercados
pelos outros caçadores. Todos muito mais altos e mais fortes do que ela.
Eles formaram paredes ao seu redor, sem saída.
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lhe mais, muito mais. Eles eram quentes, uma sensação de que ele
raramente mostrava na frente dos outros, os sentimentos por ela. Era
impossível não ver que ela pertencia a ele. Era amada por ele. Protegida
por ele. Deu-lhe isso, e como sempre, assim como ela sabia que faria, ela
acreditou.
Agora respire para mim, sielamet, e vamos fazer se você ainda estiver disposta
a fazê-lo.
Tão íntimo o seu toque. A maneira como ele derramou em sua mente
e encheu cada local solitário dentro dela. Ela se sentiu tão sozinha e
diferente por tanto tempo, nunca se encaixando em qualquer lugar, até
Tariq. Fosse qual fosse a atração entre eles, essa conexão, ela sabia, até
mesmo em pé nesta sala cercada por predadores, que estava disposta a
arriscar tudo por ele.
Charlotte respirou. No momento em que ela o fez, Tariq se aproximou
dela, seu braço se movimentando em sua cintura e puxou-a para o lado
dele sob seu ombro largo, trancando-a com ele. Todo o tempo, seu cheiro
no fundo, confortando-a como sempre.
— Eu vou colocar minha mão no cavalo e verificá-lo antes de você
tocá-lo, —disse Tariq. — Eu não quero nenhuma chance de outro pedaço
poder entrar em seu corpo. O curador foi chamado, mas pode demorar
algum tempo antes que ele possa vir.
— Deixe-me, —disse Dragomir.
Quando o Cárpato falou, Charlotte não pôde evitar o pequeno tremor
que desceu por sua espinha. Ele falou calmamente, sua voz baixa, mas esse
tom foi direto para o corpo e mente. Foi como se ele pudesse entrar dentro
de uma pessoa, em sua pele e ossos e apenas assumir. Era assustador, sua
voz era assustadora, mas muito, muito convincente. Ela não foi a única a
sentir. Estes homens não se assustavam. Ela sabia. Nenhum deles, mas
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Cada macho no quarto focou nela novamente. Ela tinha acabado de ser
capaz de respirar, e agora que a concentração em um só objetivo estava de
volta, a atenção estava mais uma vez sobre ela. — Eu senti, a necessidade
de tocar a madeira quando eu estava perto, —continuou ela, porque
realmente, agora que tinha iniciado, ele precisava falar. Proteger Dragomir
e os outros.
— Eu não sinto o desenho, —Dragomir assegurou. Ele passou a mão
um pouco acima do cavalo e depois na carruagem ao lado dele, sacudindo
a cabeça. — Há poder aqui. Sangue.
Ele permaneceu totalmente inexpressivo. Seu tom de voz não revelava
nada. Seus olhos estavam em branco e frios como se ele já não fosse um
homem. Ele assustava Charlotte como o inferno, infelizmente, Fridrick
fazia mais. Ela detestava se sentir assim sobre o caçador, mas ao contrário
de Lojos, Tomás e Mataias, que eram tão inexpressivos como Dragomir,
ela sentia que não havia redenção para Dragomir. Ele estava longe demais.
Muito selvagem. Não vampiro exatamente, mas algo mais, algo que não
era humano, não Cárpato, mas muito poderoso para seu próprio bem.
— Você pode tocá-lo sem perigo? —Perguntou Tariq.
Dragomir baixou a mão ao cavalo, passou a mão da cabeça para a
cauda. — Este sangue se encolhe de mim. Ele se reúne profundamente
dentro da madeira, onde tenta se esconder de mim, mas eu o sinto.
— Você pode removê-lo? —Charlotte não conseguiu impedir a
esperança em sua voz. Se pudesse, poderiam salvar o carrossel.
Ele balançou a cabeça, esmagando suas esperanças. — Eu acredito
que se você quiser tentar rastrear Vadim estará segura. Se todos nós
tecermos salvaguardas manteremos o sangue no centro de cada um destes
objetos.
Não havia nenhuma dúvida em sua mente que Dragomir e os outros
poderiam fazê-lo, se ele disse. Ele não a arriscaria. Não correria riscos com
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Tariq. Qualquer que fosse o código de honra que ele vivia, e era diferente
do dos outros, isso era certo, ele acreditava em proteger companheiros.
— É com você, Charlotte, —Tariq disse, dando-lhe a escolha.
Ela adorou que ele a deixou escolher, e detestou-o também. Ela queria
dar um passo até o carrossel, mostrar coragem, mas reviver o terrível
momento em que Tariq percebeu que os irmãos Malinov tinham escolhido
deliberadamente desistir de suas almas e atacaram a aldeia onde ele viva,
matando pessoas que ele conhecia, seria terrível. Mas por Emeline. Por
Liv. Por todos eles. Tinha que ser feito.
Charlotte endireitou os ombros, deliberadamente, respirou fundo e
puxou Tariq profundamente em seus pulmões por coragem. — Nós
precisamos segui-lo.
— Eu estarei com você, —disse Tariq com uma voz suave, tranquila,
que sempre a surpreendia. Levava-a a algum outro lugar. A envolvia e
mantinha segura.
Ela não queria que ele fosse com ela. Ela não queria que ele tivesse
que reviver seu passado terrível, alguns dos piores momentos de sua vida,
Agora, ele seria capaz de sentir. Através dele, os outros. Ela causaria dor.
Sem pensar, ela balançou a cabeça. — Não, deixe-me fazer isso sozinha.
Ela deu um passo para o carrossel.
Tariq entrou com ela, mantendo-a trancada ao lado dele, seu aperto
inquebrável, o rosto, uma pedra. Seus olhos prenderam os dela e ele
balançou a cabeça lentamente. Simultaneamente, Dragomir, Siv, Lojos,
Tomás e Mataias rosnaram. Os outros dois também. Rosnaram. Como
animais selvagens. Seu olhar saltou de Tariq a seus rostos. Maksim e os
outros mais perto do carrossel, claramente não aprovando seu pedido.
— Tudo bem. —Ela queria fingir que capitulou para apaziguá-los, mas
sabia que realmente não tinha escolha. Eles não iriam permitir que ela
fizesse isso sozinha.
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gelo dela, que ela poderia se aquecer com ele em torno dela como um
cobertor, mas o esforço era demais.
— Sielamet, você não pode dormir, —disse Tariq. — Fique comigo.
Fale comigo.
Ela tinha a sensação de movimento e sabia que ele estava carregando-
a, levando-a para algum lugar. Ela tentou virar a cabeça em seu ombro
ainda mais fundo, mas seu corpo normalmente quente não estava quente.
Ela só encontrou mais gelo. Mais do mesmo.
— Salvaguarda, —ela sussurrou. — Ele usou a palavra salvaguarda.
—Ela não sabia o que isso significava quando Tariq a tinha usado, mas
agora ela sabia que Vadim tinha de alguma forma virado o jogo em cima
dela. Enquanto ela o espionava, ela não tinha pensado que ele poderia ter
salvaguardado a sua obra cruel de alguma forma.
Não. Não. Não. Tariq sentiu o golpe como um soco terrível em seu
intestino. Seu coração se deteve, parou de bater e depois tornou-se
frenético. Sua respiração ficou presa na garganta, e ele não pôde controlar
seu coração, que martelava em protesto. Isso não poderia estar
acontecendo. Não depois de encontrá-la. Não depois de estar com ela. Rir
com ela. Apaixonar-se pela mulher que ela era. Tariq esmagou seu corpo
congelado contra o calor de seu. Ela estava desaparecendo muito rápido.
Seus batimentos cardíacos muito lentos.
— Maksim, Dragomir, qualquer um de vocês, pegou a trama que ele
usou para as salvaguardas que ele ergueu em torno dos cavalos e carros
pouco antes de remover todas as evidências de ter estado lá? —Tariq queria
que cada homem se lembrasse. Ele não podia se dar ao luxo de errar. Ele
tinha uma extraordinária memória quando se tratava de feitiços e tramas,
mas isso era muito importante.
Ele encontrou-se orando aos deuses que houvesse, a cada um que ele
já tinha ouvido falar em sua longa vida. Não a leve. Se acontecesse, ele iria
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segui-la. Ele nunca permitiria que ela viajasse para o desconhecido, sem
ele, mas ...
As crianças. Ela se mexeu. Em sua mente. Lerda. Não podia pensar.
Isso era ruim, muito ruim.
Sielamet. Segurem-se em mim. Segure-se para mim. Mantenha-se em minha
mente. Fique comigo. Ele estava implorando. Correndo tão rápido que era
um borrão, mas mantendo o espírito em sua mente. Ele podia ver que a
cintilação era fraca e leve. Falava com esses deuses que não tinha certeza
se existiam, mas implorando de qualquer maneira.
Ele sabia que os outros seguiram-no quando ele a levou através do
labirinto do porão. Eles estavam todos muito preocupados. Cada
respiração que Charlotte tomava era difícil. Cada sopro que emergiu da
sua boca era revestido com gelo, pequenas partículas que foram lentamente
congelando seus pulmões. Mesmo o tremor que teve parou, e que era um
sinal muito ruim. Ele não podia se dar ao luxo de esperar mais um minuto.
Ele olhou para Maksim e acenou com a cabeça.
Maksim decolou na frente dele, movendo-se através das paredes do
porão até que ele veio para o parecia ser uma parede de concreto sólido. A
palma voltada a laje sólida, ele sacudiu a mão à esquerda e o concreto
deslizou revelando o escuro, rico barro. Minerais brilhavam ao longo do
leito do solo. Ele foi espalhado completamente sob o porão, um
reservatório rico cuidadosamente trazido dos mais ricos solos encontrados
nos Estados Unidos. Este era um local de cura. Este era o lugar onde
Tomás tinha ficado por duas semanas e tinha se recuperado. Ele tinha
oferecido o mesmo para Val, mas o antigo tinha recusado e tinha ido para
outro lugar na floresta para se curar.
— Ninguém poderia ter previsto isso. —Dragomir praticamente
rosnou.
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tocando-a, as mãos sobre ela, mas não podiam ir para onde ela foi. Tinha
sido tão veloz. Sem aviso. Eles podiam ver o desenrolar dos
acontecimentos em suas mentes, mas não estavam presentes e não podiam
saber que Vadim havia tecido uma salvaguarda. As memórias na madeira
levou Charlotte e eles de volta para onde eles nasceram. Essa viagem era
perigosa, e se ela ficasse muito tempo, ela ficava sem a capacidade de
manter-se aquecida. A salvaguarda era bastante simples, e agia sobre a
fraqueza do destinatário. Já fria, Charlotte tornou-se congelada. Mais, o
feitiço tecido agravava o efeito, torcendo os órgãos internos gelados em
massas congeladas.
Os cânticos dos homens dos Cárpatos se levantaram e Blaze se juntou
a eles, ao lado de seu companheiro, Maksim, sua voz adicionando uma
nota feminina as vozes mais profundas crescentes, em um esforço para
salvar a companheira de Tariq. Val Zhestokly chegou, pálido e
cambaleando um pouco, os sinais de tortura ainda muito evidentes em seu
corpo. Ele não estava sozinho. Para horror de Tariq, Liv estava com ele,
segurando sua mão. Em pé na extremidade do que a criança veria como
uma sepultura. Tariq fechou os olhos. Isto ia ser ruim. Muito ruim.
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esta é a forma de converter os outros e eu, todos nós, e você é o único que
sabia disso, que você está com medo de perder qualquer um de nós, mas
tem que ser feito.
Ele perdeu o controle de sua mulher e ela estava morrendo. Agora,
ele tinha perdido o controle de sua filha. Pequena e brava Liv. Dez anos
de idade. Ela já podia ouvir o caminho comum telepático que todos eles
utilizavam. Ela era muito mais velha para sua idade e jovem demais para
as coisas terríveis que aconteceram com ela. Coisas que não podia evitar.
Ele tinha que confiar que Emeline soubesse o que estava falando. Ele
tinha que acreditar que ela sabia. Nunca arriscaria Liv. Nunca. Ela estava
tentando salvar a criança, bem como Charlotte, embora ele tivesse
preferido que ela tivesse falado com ele ou com Amélia. Ele olhou para
Maksim.
Maksim levantou uma sobrancelha, mas Blaze balançou a cabeça
várias vezes. — Emeline nunca diria para Liv vir aqui se não fosse
importante, Tariq.
Ele não entendia por que Liv tinha que ser uma testemunha, mas o
corpo de Charlotte de repente se contorceu em seus braços e ele só podia
pensar em salvá-la. O solo a impedia de se mover ou se debater, mas a
onda de dor foi tão repentina, tão intensa, que ele estava certo que por sua
própria vontade seu corpo teria enrolado em posição fetal. Ele a virou de
lado, seus braços segurando-a contra ele, o solo a embalando
hermeticamente para manter seu corpo frágil no lugar enquanto o sangue
reformulava seus órgãos e se livrava das toxinas.
Todos juntos, Tariq estava tentando pensar em uma maneira de ajudar
as crianças em sua conversão. Ele tinha pensado, e descartado, várias
ideias, mas sua mente continuava voltando para a ideia de todos os
Cárpatos juntos auxiliando as crianças quando a conversão ocorresse. Eles
eram muito mais poderosos como um todo. Ninguém tinha pensado em
tentar.
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Tariq não tinha nada para fazer referência a cor desses espíritos,
novamente, teve que ir com seu instinto e acreditar que os três estavam lá
para ajudar Charlotte antes de tudo. Ele a puxou para mais perto dele e
sentiu o calor que varria através de seu corpo, prestando atenção primeiro
a todos os órgãos, se assegurando que seu corpo estava aceitando a
conversão, em seguida, acelerando o processo.
A três luzes, marfim, prata e ouro, se aproximaram da caixa torácica
dela e da barreira que Tariq tinha construído em torno da lasca de Vadim.
Marfim ficou no centro, totalmente de frente para a lasca, enquanto ouro
foi para a esquerda e prata para a direita. Eles estudaram a situação com
cuidado, e começaram a desvendar as salvaguardas de Tariq.
As lascas atacam os glóbulos vermelhos, Tariq lembrou. Charlotte tinha
enviado as informações pelo caminho comum, mas ele tinha visto antes,
quando estava examinando o caminho destrutivo da lasca.
Ele fez um verme mortal que viaja ao longo dos tempos. Eu já vi isso feito por
um mago, mas nenhum dos Cárpatos já fez. A voz de Dragomir era leve, uma
deferência ao corpo falhando de Charlotte.
Esses vampiros estão misturados com magos. Esse era Siv. Ele também
falou suavemente, incluindo Charlotte no caminho comum.
Nós crescemos com o pai de Xavier. Ele sabia mais do que seu filho poderia
saber, disse Val. A voz dele falhava muito pouco, mas o suficiente para
Tariq perceber o que a experiência fora do corpo estava custando a ele.
Seu nome era Alycrome. Enquanto ele tranquilizava Charlotte,
Dragomir e os outros dois caçadores continuavam a derrubar as
salvaguardas em torno da lasca. Ele não tinha problemas em ensinar aqueles de
nós que gostávamos de aprender. Sentei-me em seu joelho quando eu não tinha mais
do que quatro anos.
Eu devia ter uns vinte anos quando ele nos mostrou a lasca e como colocá-las
em outros.
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8
kuly – é literalmente um verme, um demônio que devora almas.
9
peje – é queimar ou neste idioma seria fodido. Um termo muito ruim.
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Remova-o. Eu não me importo sobre a dor. Tire-o de mim. Cada palavra era
distinta. Fraca, mas distinta. Charlotte queria Vadim fora dela e deu seu
consentimento para os três antigos fazerem o que era necessário.
Ela se acomodou contra ele, seu espírito contra o seu. Fundindo-se
com o seu.
— Tariq, você tem que parar com isso, —Blaze reiterou. — Ela está
muito fraca.
Houve um momento de silêncio. Uma respiração. Uma inalação e
exalação coletiva de modo que foi ouvida em todo o porão.
Sua mulher, sua ordem, disse Dragomir.
Contra ele, o corpo de Charlotte estremeceu de dor. Seus olhos se
agitaram, cílios abrindo só um pouco. Havia um apelo lá. Mais, havia
absoluta confiança.
Tire-o dela. Agora. Tariq conhecia sua mulher. Ela era uma lutadora,
uma mulher de coragem. Charlotte queria isso ainda mais do que ele.
Vadim não tinha lugar no seu mundo, seu santuário.
Charlotte se esforçou para superar a dor. Ela podia vê-la gravada no
rosto de Tariq, e ela sabia era muito, muito ruim, muito pior do que sentia,
e ela definitivamente sentia. Assim, com todos eles assumido a maior parte
da dor, ela sabia que até as crianças poderiam aguentá-la o que lhe dava
conforto. E se eles adicionassem mais Cárpatos, poderiam tomar ainda
mais a dor de Bella e Lourdes? E Liv, Amélia e Danny? Porque eles tinham
que ser convertidos. Ela sabia, com a mesma certeza de cada Cárpato no
quarto.
Em primeiro lugar, havia Liv. Ela estava ligada a todos eles através de
Val. Ele tinha forjado um caminho para salvá-la, mas agora todos eles
podiam ver o que tinha sido feito para ela. O fantoche rasgando em sua a
carne com dentes selvagem. Os ruídos dele engolindo seu sangue. A
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Asenguard. Havia algo lá que ele queria e ele iria sacrificar cada um de
seus soldados, seus peões, seu enorme exército para obtê-lo.
Charlotte sentiu outra rajada de dor quando a lasca enterrada em sua
costela mudou de tática. Agora que a costela estava quebrada, a coisa tinha
mais espaço de manobra. Ele balançava de um lado para o outro sob a
terrível explosão incessante de energia branca-quente. Obrigou-se a deitar
o mais relaxada possível, puxando força dos braços de Tariq enquanto a
lasca atacava. Foi um ataque, nada menos. Vadim queria obrigá-la a
impedi-los. Ela estava tão determinada que o vampiro não iria conseguir o
que queria.
Eu estou apaixonada por você, Tariq. Ela precisava dizer a ele e agora
parecia um bom momento. Doía-lhe o corpo como o inferno, e ela sabia
que o dele também. Sentia muito mais dor do que ela e ela achou que
deixá-lo saber o que significava para ela era uma boa maneira de dizer-lhe
obrigado.
Os braços de Tariq a apertaram e ele enterrou o rosto em sua nuca.
Mais do que a vida, Charlotte. O próprio ar que eu respiro. Você é fél ku kuuluaak
sívam belső, minha amada. Também é verdadeiramente e literalmente hän ku
vigyáz sívamet és sielamet, guardiã do meu coração e alma.
Quando ele falou em sua língua, com aquela voz linda, fascinante que
ela amava, que sentia como amor, a lasca ficou muito quieta, como se
estivesse paralisada. Imediatamente os três antigos bateram duro,
explodindo-a com energia e a luz branca, quente. Charlotte sentiu o terrível
flash, a queimadura ao longo de sua costela quebrada. Ela respirou fundo
e soltou lentamente, tentando montar em cima da onda de dor.
A lasca não poderia escapar a luz derramada sobre ela, através dela.
Parecia como se alguém estivesse tomado uma tocha e colocado em sua
costela, e ela sabia que Tariq assumiu a maior parte da dor, assim como, a
protegeria de qualquer outra coisa terrível que viesse em sua direção.
Assim como ele iria proteger seus filhos.
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Eu não sei como lhe dizer em sua língua, o que soa sexy e bonito quando você
fala comigo, mas você é o detentor do meu coração e alma, Tariq. Enquanto você
me quiser, vou ser a sua mulher.
Ela quis dizer cada palavra e, surpreendentemente, sua voz soou
suave e amorosa. Não, era macia e amorosa. Tanto que ela ouviu Vadim
gritar sua raiva e frustração. Ela sentiu seu medo e agradou a ela que o
terrível monstro que achava ser imparável poderia conhecer o medo
quando enfrentava os Cárpatos de frente. Ela se estendeu para Liv.
Veja, bebê? Ele está com tanto medo de nós como temos tido dele.
Ele está. Havia maravilha na mente de Liv. Choque. Conhecimento.
Charlotte estava fraca demais para ir até ela. Ela nem sabia se poderia
ficar de pé novamente, e o três antigos estavam profundamente dentro
dela, determinados a livrá-la da lasca. Sob camadas de terra Charlotte
estava nua. Ela não tinha ideia de quanto os outros tinham visto ...
Sielamet. Apenas isso. Uma palavra. Mas com tanto significado. Agora
era diversão masculina. Repreensão. Eu vou protegê-la sempre. Cárpatos não
compartilham bem com os outros.
Ela adorava que no meio da vida e da morte, a conversão, a luta para
destruir um monstro grudado nela, Tariq era sempre a calma do olho da
tempestade. Assim constante. Sua rocha. Ele lembrou de esconder seu
corpo nu dos outros e era grata a ele. Grata que enquanto seu corpo
expulsou todas as toxinas, ele a protegeu e a terra absorveu tudo,
escondendo a confusão da visão dos outros.
Ela achou estranho e simplesmente aceitou ser deitada na terra,
utilizá-la como um cobertor, embalada hermeticamente ao redor dela. O
conhecimento que eles estavam embalados na terra deveria ter feito seu
coração bater em trepidação, mas sua mente estava muito ocupada com o
fato de que ela poderia ter mais dessas terríveis queimaduras em suas
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costelas. Isso e o fato de que as crianças mais velhas deveriam ser capazes
de atravessar a conversão sem danos ou muita dor.
Relaxe, Charlotte, Tariq aconselhou. Sua mão se moveu suavemente
sobre as costas dela quando ele a puxou para ele, frente à frente.
Ela não tinha percebido que estava tensa, lutando contra a dor, mas
foi piorando, queimando sua costela até que ela queria gritar. Ela olhou
para o rosto de Tariq. Estava inabalável. Sem expressão. Ela se moveu
através de sua mente ...
Não! Era uma ordem afiada.
Ela sabia. Ele estava tomando mais do que sentia, enquanto os três
antigos tentavam destruir a lasca. Vadim reagiu, atacando-a, tentando
forçá-la a fazê-los parar. Mais uma vez, Tariq ficou solidamente entre ela
e dor que teria sido demais para ela.
Ela colocou as mãos sobre o peito, chocada de como a terra respondeu
a seu movimento, quase antecipando o que ela queria. Sentia-se quente e
encapsulada. Fechando os olhos, ela começou a respirar profundamente,
lenta e progressivamente, usando sua respiração meditativa para ficar
relaxada. Ela empurrou tudo para fora de sua mente, menos a lasca.
Você não vai me derrotar. Eu vou matar essas crianças
na sua frente. O sangue de seu companheiro correrá
como um rio por você quando eu permitir que Fridrick
tome o que é seu por direito.
O corpo de Tariq endureceu uma vez, o único sinal de que ele ouviu.
Blaze e Liv fizeram um som de choque, de negação. Todos eles ouviram a
voz sarcástica de Vadim.
Dragomir, Siv e Val derramaram a luz branca, quente na lasca,
ampliando a sua explosão para que não houvesse lugar para a pequena
parasita se esconder. Eles tinham quebrado o osso quase além de reparo,
mas Tariq tinha evitado que Charlotte sentisse o pior da dor e ela ainda
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era assustador.
Sielamet. Você deve descansar agora. Eles te curaram, mas você está exausta.
Blaze vai ver a Liv e as outras crianças. Ela vai falar com Genevieve para ela cuidar
de Lourdes por um par de noites. Quando você acordar, eu estarei com você.
Esta era a parte mais difícil. Ela tinha aceitado a conversão e tudo o
que vinha com ele. Ela abraçou ser Cárpato, mas ... havia isto. Dormir no
solo. Ela teve que admitir, parecia reconfortante, mesmo calmante, mas
não sobre o rosto.
Lendo sua necessidade de um atraso de alguns momentos para que ela
pudesse entrar em acordo em dormir no solo, Tariq mudou de assunto.
— Emeline queria que Liv visse o que ela vai enfrentar. Ela também queria
que ela tivesse confiança no fato de que os Cárpatos estariam lá para ela
quando ela precisar deles.
— Isso é verdade. —Charlotte se aconchegou mais perto dele. Ela
estava cansada. Esgotada. Ela confiava nele para ter certeza de que não se
sentiria como se estivesse enterrada viva.
— Eu só queria saber como Emeline pode ter fé em nós para os outros,
mas não para si mesma.
— Eu acho que ela só precisa de tempo. —Charlotte beijou sua
garganta e fechou os olhos. — Eu preciso dormir, Tariq. Só não me deixe
acordar ainda sob o solo.
— Claro, sielamet. Eu tenho você. Sempre.
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No fundo, ele teve que admitir, ele sentia o mesmo medo, mas se
recusou a deixá-la ver ou sentir. Liv era frágil. Muito frágil. Ele temia que
ela fosse prejudicar a si mesma. Ele deveria ter considerado a conversão
dela na mesma noite que converteu Charlotte. Ele tinha estado tão
preocupado que prejudicariam as crianças, que a dor seria demasiada
grande para elas, mas tinham encontrado o caminho para fazê-lo. Ele só
tinha dúvidas remanescentes. Eles eram crianças. Ainda …
Ele tocou a mente de Liv. Ela estava dormindo. Ele não estava
surpreso com isso, muitas vezes ela andou em seu sono.
Eu vou te mostrar. Eu construí um centro de comando aqui, para o caso deste
lugar ser atacado durante o dia quando eu não pudesse defendê-la também.
Mas não posso me mover. Nem um músculo.
Isso pode ser feito com paciência e prática. Eu tive muitos anos para descobrir
como fazer isso. Eu tenho vivido no mundo humano há séculos. Eu tive que me
adaptar as formas modernas e pensar em termos da guerra moderna.
Ele acenou com a mão, sem mover seu braço e um console baixo
apareceu, em seu lado direito. Lá em cima, algumas telas iluminadas com
um brilho estranho. Todo o complexo, cada casa, as linhas da cerca, da
costa, tudo isso apareceu nas várias telas. Liv caminhava lentamente, de
forma constante, um pé na frente do outro, longe das casas e em direção
ao portão.
Donald. Mary. Liv está em pé novamente. Tariq enviou a chamada, certo
que eles já estavam em movimento, preparados para as escapadas de Liv
durante o dia. O casal estava sempre pronto para interceptá-la quando o
sonambulismo a atacava e levá-la para a cama.
Logo que ele enviou o alerta, Donald e Mary apareceram na tela, de
mãos dadas como sempre faziam quando estavam juntos. Pegaram Liv
assim que ela entrou em um dos corredores que Tariq tinha projetado e
que estavam sempre erguidos durante o dia. Os corredores eram um
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também o havia despertado. Tariq teria que analisar o fato de que uma
criança inquieta podia despertar um poderoso, perigoso antigo, e ele iria
tomar tempo para tentar acalmá-la. Isso era tão extraordinário que o
incomodava. Ele não gostava de mistérios.
Os primeiros dias depois que eles chegaram eram ruins, ele disse a Charlotte.
Eu não sabia o que esperar deles, especialmente Liv ou Emeline. Emeline nunca sai
de sua casa a não ser para se sentar em sua varanda, e isso é raro. Liv anda em seu
sono quase todos os dias. Mary e Donald esperam por isso agora.
Liv e Emeline estão com medo de dormir porque Vadim pode vir a elas
enquanto estão inconscientes. Ele exige que Emeline vá a ele ou vai forçar Liv a
prejudicar a si mesma.
Tariq suspirou. Ele estava bem ciente de que, mesmo com as
salvaguardas tecidas pelos esforços combinados de todos os Cárpatos, não
podiam impedir Vadim de atacar dentro das duas fêmeas. O vampiro tinha
tomado seu sangue, forçado Emeline a tomar o seu. Suas marionetes
tinham rasgado Liv com seus dentes, espalhando o sangue do mestre como
um vírus.
Vadim visita Emeline em seu sono, e ele acessa Liv através dos sonhos de
Emeline.
Ele não tinha nenhuma maneira de parar isso. Não importava quanto
tentaram tecer salvaguardas sobre as duas casas onde Liv e Emeline
ficavam, Vadim ainda conseguia atacar enquanto dormiam. Mary tinha
impedido Vadim em seus ataques a Liv com seu dom extraordinário. Ela
cantava, e a melodia e a letra a acalmava e colocava a criança para dormir
e, em seguida, a seguia em seus sonhos para que Vadim não fosse capaz de
entrar.
Perguntou a Liv se as canções de Mary ainda estavam ajudando, ela
encolheu os ombros e balançou a cabeça e, em seguida, deu de ombros
novamente. Ele tinha tocado sua mente para ver suas memórias. Vadim
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mas não ser capaz de me mover é uma porcaria. Qualquer claustrofóbico pode ter
um problema real com isso.
Só Charlotte conseguia empurrar a dura realidade da vida e substituí-
la com suavidade e calor. Com diversão. Ela era perfeita para ele. Para as
crianças. Para seus companheiros caçadores, aqueles de quem ela tinha um
pouco de medo, mas ainda assim se preocupava, admirava e respeitava.
Você percebe que é impossível não cair de amor por você. Ele deixou de olhar
as telas e observou seu rosto. A suavidade. O jeito que ela olhava como se
fosse chorar.
É isso que eu sinto por você.
Mary tem um belo dom. Ela pode cantar para Liv dormir. Se eu pudesse
cantar, sielamet, gostaria de cantar para você dormir, mas eu não tenho esse dom.
Ele sentiu seu sorriso, e o tocou em algum lugar dentro dele. Se fosse
possível amar completamente uma mulher em um curto período de tempo,
ele já fazia. Ele a conhecia intimamente, dentro e fora, e ela era tudo o que
sempre tinha almejado.
Durma agora, meu amor. Eu vou acordá-la no solo para que possa praticar a
abrir e fechar a terra sobre você.
Eu não estou certa que estou pronta para isso, Tariq, mas vou tentar.
Lá estava novamente. Uma das mil razões. Assustava-a pensar sobre
o fechamento do solo ao longo de cabeça, uma reação muito humana, mas
ela estava disposta a dar-lhe uma tentativa. Por ele. Ele viu muito
claramente. Mas não apenas por ele. Ela queria ser independente, e ela
queria ser capaz de cuidar dos filhos dela.
Ele acrescentou mais uma as já mil razões porque ele tinha caído duro,
e colocou-a para dormir. Ele iria esperar até que estivesse certo que Liv
estava adormecida e não precisava mais de ajuda. Sua maior preocupação
era que ela prejudicasse a si mesma. Ele observou Donald e Mary
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comerem.
Enquanto Liv tropeçava em direção à casa principal, ele viu Emeline
sair de sua casa e ficar em sua varanda, olhando em volta com cautela
como ela fazia cada vez que aparecia. À luz do sol, podia ver como estava
pálida e magra. O trauma dela tinha cobrado seu pedágio. Ela era uma
mulher bonita, de qualquer jeito, mas haviam círculos escuros sob seus
olhos e ela estava tão magra que estremecia continuamente como se não
pudesse regular sua temperatura corporal.
Tariq praguejou baixinho em sua própria língua. Ele não era o
companheiro de Emeline, mas se sentia responsável por ela. Mais, ele a
admirava e respeitava assim como fazia Maksim, companheiro de Blaze.
Ele ia ter que intervir em breve. Não importava que Emeline tinha pedido
tempo, ela estava definhando na frente eles. Tal como acontecia com Liv,
não teria escolha com Emeline.
Liv desapareceu em sua casa. Ele não tinha ideia do que ela estava
planejando fazer e isso o fez desconfortável, ela atravessou o corredor
direto como se tivesse um propósito. Ela não parou às portas de Lourdes
ou Genevieve, seguiu para a cozinha grande.
Liv, acorde, querida. Você está sonâmbula. Ele foi suave, não querendo
assustá-la, mas a cozinha significava facas. Se necessário, ele poderia ser
forçado a remover uma arma de sua mão da distância onde ele estava, mas
não seria fácil.
Ela tropeçou, mas continuou andando, para a direita passando o bloco
de facas no balcão, direto para a porta do porão. Agora ele estava
realmente preocupado. O que ela poderia estar fazendo? Mais importante,
o que Vadim queria?
Liv. Ele usou mais força em seu comando. Acorde agora.
O sol estava em seu ponto mais alto. Ele em seu mais fraco. Ele tinha
desenhado o seu sistema de segurança para evitar que intrusos
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assegurado que existia para que ela pudesse se comunicar com todos eles,
mas ela desprezava qualquer um em sua mente, por respeito, eles evitavam
falar com ela telepaticamente. Emeline virou-se e correu de volta para
dentro. Ele só podia esperar que ela fizesse como instruído.
Donald, levou Mary para o quarto. Ele podia ver o casal de idosos
correndo para a sua casa. Tinham lhe dito o que esperar se o complexo
fosse atacado. Esta era a única maneira que ele tinha de protegê-los contra
os seres humanos, os fantoches monstruosos de Fridrick e o exército que
Vadim enviaria contra eles.
Um dos botões verdes ativava o elevador que afundava cada quarto
no chão, tornando-o um selado quarto do pânico que era inacessível a
qualquer fonte externa. O chão cobria a abertura de modo que era
impossível saber que o quarto estava no subsolo ou que havia um quarto.
Josef tinha tido a ideia e, no momento, Tariq achou-a um pouco fantasiosa,
mas era uma boa ideia e manteria os ocupantes do complexo seguros.
Ele podia ver nos monitores como cada membro de sua família
abandonava a superfície de modo que estavam no subsolo seguros e
impossíveis de detectar. Os quartos eram selados com um bom fluxo de ar
e instalações, até mesmo um banheiro, apenas no caso da estadia ser maior
que o esperado.
Danny e as meninas poderiam passar de quarto em quarto, eles eram
todos ligados abaixo da superfície. No momento, ainda estavam dormindo
pacificamente e sem saber. Genevieve e Lourdes tinham quartos
conectados. Tal como as outras crianças, elas dormiam, o impulso que
Tariq deu-lhes ainda as segurando. Donald e Mary estavam por conta
própria. Ele viu que estavam a salvo sob a terra, mas não podia ver
Emeline. Ele não tinha colocado câmeras em sua casa. Ela insistiu que não
ficaria se ele o fizesse. Ele só poderia esperar que ela obedecesse a ordem
e que estivesse com tanto medo de Vadim que ela não hesitasse.
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um halo em volta da cabeça. Ela tinha salvado a vida de Liv. Liv não teria
sobrevivido a explosão, mas não havia como dizer qual preço Emeline
pagou por sua coragem.
Uma e outra vez explosões atingiam as casas, enquanto os homens e
fantoches marchavam através do complexo, determinados a destruir tudo.
Tariq colocou salvaguardas em torno das casas, mantendo-as intactas. Sua
última opção era trazer a água do lago para a terra. Ele havia criado um
efeito tigela que lhe permitiria inundar toda a área cultivada, varrendo os
soldados de Fridrick, mas com Liv e Emeline no caminho do perigo, ele
não poderia fazer isso.
O dragão azul foi para o ar com um grito de guerra, um rugido que
sacudiu o ar. Atrás dele, os outros dragões foram para o céu, com as asas
batendo forte o suficiente para limpar a fumaça, enquanto circulavam
acima dos homens disparando contra eles. Um homem colocou um
lançador de foguetes em seu ombro e mirou no dragão verde. O humano
loiro ao lado dele pareceu tropeçar batendo nele, deixando-o fora de
equilíbrio, chamando a atenção de Tariq. O foguete saiu muito à esquerda
dos dragões. O homem com o foguete imediatamente empurrou o humano
loiro que tinha tropeçado. O homem desajeitado levantou as mãos e
encolheu os ombros, como se dissesse que estava arrependido, não era
culpa dele.
Tariq o reconheceu. Ele era um dos homens que havia sacudido a
cabeça e franzido a testa quando Vadim tinha jogado Liv para o fantoche.
Ele tinha evitado olhar para o vampiro mestre, mas tinha trocado um longo
olhar com um homem de cabelos escuros no grupo. Tariq tentou encontrar
o outro homem na multidão de soldados. A maioria tinha a sua atenção
sobre os dragões circulando acima de suas cabeças. Não um dos homens
de cabelos escuros, e não o Sr. desajeitado. Os dois separaram-se do grupo
e correram ao redor dos bonecos em direção a réplica da mansão maior, a
casa de Emeline.
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Liv ainda está apavorada, Val sussurrou para Tariq na ligação entre
eles duas horas antes do pôr-do-sol. Eu tenho prometido a ela que vou a ela,
mas os bonecos estão deliberadamente provocando-a. Temo que ela vai tentar forçá-
los a matá-la.
Tariq e Val tinham se revezado em ficar em sua mente, uma tarefa que
tinha sido assustadora quando ambos estavam tão fracos. O gigante que
Fridrick tinha colocado no comando do ataque à casa de Tariq parecia ser
aquele que tinha levado Liv. Ele a protegeu de ser despedaçada e comida
viva pelos bonecos insanos, mas não os impediu de assustar a criança, na
verdade, ele parecia ter grande diversão com seu medo. Durante todo o
dia, ele zombou, e garantiu aos bonecos na frente dela que faria Fridrick
dar a menina para eles comerem.
Ela diz que seu nome é Billy e que a levou para um armazém abandonado. Ela
pode ouvir a água. Tariq forneceu a informação. Vou subir em meia hora. Em
quanto tempo você pode se juntar a mim?
Eu não posso sair até o sol se pôr. Você só terá Maksim de suporte até esse
momento, disse Val com pesar.
Tariq podia ouvir o cansaço em sua voz. Val tinha feito o último turno
com Liv e ainda estava se curando de seu tempo com Vadim. Tortura tinha
seus efeitos sobre o corpo, mesmo o de um Cárpato antigo.
Tariq tinha programado a si mesmo para acordar bem antes do pôr-
do-sol. Ele precisava de vantagens sobre Vadim e Fridrick. Os vampiros
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Estava chegando a hora em que ele precisava levantar e planejar seu assalto
ao armazém onde Liv estava presa.
Durma enquanto você pode, Val. Quando você acordar, leve os outros com
você. Alguém terá que ficar atrás para guardar Emeline, Genevieve e as crianças.
Vou mantê-los dormindo, enquanto for capaz. No momento eles estão seguros em
seus quartos dormindo sob compulsão, todos menos Emeline.
Será feito, Val prometeu. Kulkesz arwa-arvoval, ekam.
Caminhe com honra, meu irmão. Tariq repetiu o sentimento ao Cárpato
em inglês. Ele quis dizer cada palavra. Val era um bom homem. Forte. Um
caçador de elite. Ele tinha sofrido torturas além da imaginação e
sobreviveu para ajudar uma criança pequena a passar por um pesadelo
horrível. Ele tinha forjado um vínculo com Liv, um que Tariq não entendia
totalmente. Val não podia sentir, ainda que esse vínculo fosse forte o
suficiente para permitir que o antigo caçador despertasse de seu sono e
tentasse acalmar a criança na luz do dia enquanto ela esperava que os
vampiros decidissem seu destino.
Tariq virou a cabeça devagar para olhar para a mulher deitada a seu
lado. Muito gentilmente, usando as pontas dos dedos, ele empurrou para
trás a queda espessa de cabelo do rosto. Esta noite eles enfrentariam uma
batalha pela vida da criança. Possivelmente por sua alma. Liv nunca
sobreviveria intacta sem a conversão. Se eles fizessem isso, as outras
crianças insistiriam em segui-la para o mundo dos Cárpatos. Ele não teria
escolha senão a conversão, assim como ele não tinha escolha, em permitir
que Charlotte corresse o risco quando chegasse o momento. Eles eram
pais. Não havia dúvida de que iriam arriscar tudo por seus filhos. Não
importava que outros caçadores que ele respeitava pudessem não
concordar com a decisão, que era deles para tomar.
Acorde, amada, e vinde a mim. Me veja. A terra te curou e estás totalmente no
meu mundo. Acorde agora.
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Ele fez o solo estar aberto acima de suas cabeças e seus corpos limpos
depois de seu repouso. Os cílios longos de Charlotte abriram e o impacto
de seus belos olhos foi como um soco no seu intestino. Duro. Lá. Por um
momento ela era toda dele, suave e carinhosa, um fantasma de um sorriso
para ele. Então, ela estava presente, no momento, e a batalha a luz do dia
e o sequestro de sua filha vieram à tona.
— Liv, —ela sussurrou, sua garganta fechou em um caroço. — Tariq,
ela está tão assustada. Eu posso senti-la através de você e ela está
apavorada. Ela quer morrer. Ela está tentando descobrir uma maneira de
provocá-los.
Ele sabia que Charlotte era forte desde do momento em que pôs os
olhos nela. Quando chegou a conhecê-la, e esteve em sua mente, a certeza
tinha crescido. Quando ela despertou de seu sono na terra, porque Liv
tinha estado sonambula, havia cimentado seu conhecimento. Agora,
quando acordou, ela escaneou automaticamente sua mente, e viu cada
detalhe do que tinha acontecido enquanto ela dormia.
— Nós vamos pegá-la, sielamet. Sua primeira vez ao sol será doloroso.
Vai sentir como se estivesse queimando. Você pode aguentar, Charlotte.
Se não tivermos tudo no lugar antes de Fridrick levantar, poderemos perder
nossa chance de recuperá-la.
Charlotte assentiu imediatamente e permitiu que a ajudasse a sentar.
— Diga-me o você precisa que eu faça.
Não tinha havido nenhuma hesitação, e ele estava orgulhoso dela por
isso. — Nós dois temos que nos alimentar. Nossa equipe de segurança
ainda está aqui, guardando a propriedade. Eles estão na limpeza. Eu disse
a eles para recolher cada pedaço dos cavalos do carrossel, vestindo luvas
grossas, então não há chance de pegar uma lasca, colocá-los em sacos e
levá-los para a sala de trabalho. Eu vou me assegurar que todas as peças
estão contabilizadas até o mais ínfimo pedaço. Quando estiver certo, eu
vou me alimentar e, em seguida, você vai.
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Ele tinha prometido que ela estaria segura e eles a tinham levado uma
segunda vez. Ele não tinha ideia do que isso faria com ela, mas estava
bastante certo de que ela ficaria marcada para o resto da vida, não
importando como eles melhorassem as coisas para ela.
— Nós vamos pegá-la, —ele assegurou, deixando-a ver a verdade de
sua declaração, a sua firme convicção, porque não poderia haver nenhum
outro resultado. Eles tinham que pegar sua filha e trazê-la para casa,
segura.
Ele se vestiu enquanto a levou pela casa até a porta da frente. — Você
vai precisar usar óculos de sol especial em todos os momentos, Charlotte.
Não os tire até o pôr-do-sol.
— O quê mais?
— Você vai seguir as minhas instruções ao pé da letra, não importa o
quanto você queira ir para Liv. Se você confia em mim, Charlotte, você vai
ter que acreditar, então você precisa se lembrar, não importa o quão ruim
pareça, eu vou levar Liv para longe deles.
Ela o olhou diretamente nos olhos. — Absolutamente, Tariq. Eu não
vou deixar você sozinho.
— Pode ficar ruim. Sangrento. Seu impulso será o de fazer o que
Fridrick lhe diz. Se as coisas forem mal, eles vão machucá-la na sua frente
para lhe fazer ceder. Você tem que confiar em mim, mais do que nunca.
Nosso trabalho é distrair e derrubar as salvaguardas. Os outros vão tirar os
guardas e derrubar o exército. Val vai pegar Liv. Acredite nisso. Val vai
pegar Liv.
— O que for preciso. Eu posso ser forte por ela.
Ele procurou sua mente e viu apenas aceitação. Ela iria ficar com ele.
Fazer o que fosse necessário para trazer Liv para casa, mesmo que isso
significasse vê-la sofrer.
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— Estes homens que vieram nos ajudar são nossa segurança pessoal.
Você vai vê-los em torno do clube quando formos lá, e eles vão estar
treinando aqui. Nós precisamos deles para nos proteger durante o dia. Eles
estão conscientes do que somos. Eu tomei seu sangue e conheço cada um
deles seus corações e almas. Eles são bons homens, Charlotte, e hoje
arriscaram suas vidas por nós. —Ele queria que ela ficasse confortável com
eles. Eles sempre precisariam de uma força de segurança para ajudar em
sua proteção durante as horas do dia.
Ela assentiu com a cabeça. — E sobre os dois homens que ajudaram
Emeline? Vi-os nos túneis. Você está preocupado com o que fazer com eles.
Eles a ajudaram. —Ela fez uma declaração.
Tariq podia ver que ela estava preocupada com o que ele poderia fazer
para eles. — Sielamet, você é tipo, mulher compassiva, ao contrário de seu
companheiro. Se eles nos ameaçarem de alguma forma, ou se Vadim ou
Fridrick os plantaram aqui para tentar nos prejudicar, eles serão mortos.
Não há como discutir esse ponto. Eu quero lhe dar a lua, tudo o que pedir,
mas conceder-lhes misericórdia se eles forem nossos inimigos não é algo
que possa ser feito.
Ela levantou o queixo para ele, e ele descobriu que gostava desse
pequeno gesto. Talvez ele gostasse de tudo sobre ela, especialmente agora,
quando ambos estavam tão focados em ter Liv de volta.
— Se eles forem inimigos ameaçando nossa família Tariq, o que você
decidir fazer com eles é inteiramente com você. Não se preocupe que eu
possa protestar. Eu vi o que essas pessoas fazem, e lembre-se, eu estava
naquele túnel quando Vadim jogou Liv ao repugnante e vil fantoche e
ninguém levantou um dedo para ajudá-la.
Ele não iria assinalar que ninguém poderia tê-la ajudado e vivido. O
túnel estava cheio de vampiros e fantoches. Não haveria nenhuma ajuda
para um herói. Ele estava bastante certo de que os dois homens
desprezaram o que estava acontecendo e tinham sabiamente esperado a
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Montanhas dos Cárpatos e tiveram que criar seu próprio senso de família.
Maksim e Blaze eram parte da família de Tariq assim como ele sabia que
era parte da deles. Eles contavam um com o outro para proteger suas
companheiras. Blaze era preciosa para eles. Ela tinha representado
esperança para Tariq, outra razão para perdurar e não importava quanto
tempo tivesse de suportar esse mundo cinza.
Blaze era uma guerreira por completo, e Tariq achava interessante que
Charlotte também. Charlotte não era hábil no combate, como Blaze, mas
tinha o espírito e a coragem de um lutador. Ele nunca iria esquecer o
momento na garagem em que ela tentou protegê-lo.
Quando tinha tomado sangue suficiente para alimentar Charlotte,
fechou a laceração no pulso de Maksim e deu um passo para trás, olhando
ao redor do complexo. Sua primeira missão era ter certeza de que eles
tinham cada lasca do carrossel. Ele não queria que houvesse qualquer erro.
As crianças não podiam acidentalmente tropeçar em uma das sombras do
mal de Vadim. Ele acenou com a mão enviando um turbilhão de vento
através do pátio, um ímã para os estilhaços antigos de madeira. Sua equipe
de segurança tinha pego os pedaços maiores, mas não havia nenhuma
maneira deles obter cada lasca. Ele tinha que fazer isso. Ele enviou os
detritos para o porão, onde o resto do carrossel estava à espera.
— Os dois homens que auxiliaram Emeline, —ele se aventurou
enquanto continuaram andando todo o complexo em direção à pequena
guarita, para onde teriam sido levados os prisioneiros. — Ambos estavam
no túnel quando Liv foi atirada para o boneco.
— Eu me lembro, —disse Maksim. — Vividamente. Essa criança tem
sofrido demais em sua curta vida.
Quando se aproximaram da casa, o chefe da segurança, Matt Bennett,
saiu para cumprimentá-los. Ele estava armado e parecia sombrio, mas
Tariq tinha notado que o homem raramente sorria. — Senhor, nós
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pegamos três outros prisioneiros agora a pouco. Eles afirmam que são
amigos de vocês e tem informações que vocês necessitam.
Tariq queria gemer em voz alta. Ele sabia exatamente quem eram
aqueles homens. Idiotas. Tinham testemunhado o ataque? Mais do que
provável. Ele sabia que não iriam deixá-lo sozinho. Ele lhes disse que não.
Ele tinha dois dos soldados humanos de Vadim trancados, uma criança
desaparecida e agora os três caçadores de vampiros.
Ele suspirou e balançou a cabeça. — Obrigado por chegar aqui tão
rapidamente.
Matt assentiu. — Tentamos seguir a criança, mas a perdemos. A força
principal envolveu a gente, permitindo-lhe escapar com ela.
— Nós vamos buscá-la. Nesse meio tempo, eu preciso ver os três
idiotas que não vão ficar longe dessa bagunça.
Matt abriu o caminho para dentro. Maksim seguia Tariq. Ele
precisava se alimentar novamente para ganhar força e tomar o sangue dos
espiões parecia justo, embora o segurança não tivesse escrúpulos sobre o
fornecimento para eles.
Daniel Forester ficou de pé quando Tariq e Maksim entraram na sala.
Vince Tidwell e Bruce Van Hues foram um pouco mais lentos para se
levantar, e ambos olhavam Matt cautelosamente. Vince ostentava uma
contusão em sua mandíbula, e Bruce tinha galos na testa e na cabeça.
Daniel se moveu rigidamente, segurando suas costelas.
— Nós precisamos falar com você, —Daniel disse, as palavras saindo
rápidas de sua boca, — vimos quando um homem estourou através de seus
portões carregando uma criança. Havia soldados e criaturas nojentas e seus
homens envolvidos com eles. Vimos que o homem que carregava a criança
estava escapulindo enquanto os outros lutavam, então nós o seguimos.
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Tariq sacudiu a cabeça. — Você não tem ideia do jogo que está
jogando. —Ele queria esmagar os três, mas, por outro lado, não podia
deixar de respeitar a sua coragem. Eles tinham visto os bonecos de Vadim
e ainda assim eles seguiram um híbrido meio-humano muito intimidante,
a fim de descobrir onde ele estava levando Liv.
— Eu te disse, estamos empenhados em destruir essas coisas. Eles têm
um exército que possivelmente não podem ser vampiros porque o sol iria
matá-los. —Daniel fez uma declaração, mas, em seguida, franziu a testa.
— Certo? Vampiros não podem sair no sol?
— Não, eles não podem, —disse Tariq. — Mas vocês não são
treinados para combater essas criaturas e, eventualmente, quando você vai
contra um, você morre.
Daniel gesticulou em direção a Matt. — Ele lutou contra eles.
— Ele é treinado. —Tariq estava ciente do tempo passando. — Eu
tenho que chegar a Liv. Você vai ficar aqui até eu voltar. Matt, mantenha
um olho sobre eles. Eu quero que eles fiquem onde eu sei que estão seguros.
— Você disse que se nós pensássemos sobre isso e decidisse ser certo,
poderíamos ajudar. Nós decidimos. Nós temos algumas habilidades.
Poderíamos ser ativos para você.
Maksim sorriu enquanto se movia para Daniel. — Você realmente
quer ver o que você estaria recebendo aqui dentro? Nós caçamos o vampiro,
e a fim de fazer isso, temos de viver, século após século. Nós existimos da
maneira que eles fazem. Do sangue. Dormindo no chão. Temos poderes
que você não pode imaginar, assim como eles tem. E se você é um ativo
com quem possamos contar, isso significa que você fornece sangue quando
necessário.
Daniel fez uma careta e se recusou a ceder. — Eu não tenho medo de
você.
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tarde, mas agora ele tinha uma mulher para alimentar. — Estou sem tempo
agora. Eu tenho coisas para fazer, então para garantir sua segurança, eu
estou mandando ambos para dormir. Vadim não será capaz de alcançá-
los. E quando ele acordar, vocês vão ser a última coisa em sua mente. Não
sei se será possível remover as lascas, mas nós fizemos isso uma vez.
Vamos tentar. Estarei de volta em poucos minutos.
Ele se dissolveu na frente deles, se deslocando de modo que era uma
corrente de moléculas. Charlotte. Venha para mim. O carrossel no quintal.
Tinha sonhado em levá-la aquele carrossel. Era mágico. Ele o tinha
projetado, esculpido os cavalos e acrescentou alguns toques exclusivos. Ele
queria ver Charlotte nos cavalos, vestindo nada além de seu longo cabelo.
Ela estava esperando por ele, sentada na carruagem dourada de raios
de fogo correndo irregulares por seu lado. Ele podia ver a fome em seus
olhos. A sentia bater nele enquanto se aproximava. Ela estava linda e um
pouco frágil, seu olhar suave e quente, mas com uma tristeza que estaria
sempre presente até que trouxessem sua criança para casa.
— Sielamet. —Ele sussurrou o carinho suavemente quando a abraçou
e puxou-a para seu peito.
No momento em que a boca estava em sua pele nua seu corpo
estremeceu de prazer. Os dentes afundaram profundamente em uma
mordida erótica, conectando-os na forma íntima de sua espécie. Ele passou
os braços em volta dela e jogou a cabeça para trás, saboreando a sensação
de sua mulher contra ele. Pele à pele. Chocado, ele olhou e descobriu que
ela já tinha aprendido a sumir com as roupas. Ao mesmo tempo sua mão
subiu para o seio, enquanto ela se alimentava, seu polegar deslizava sobre
o mamilo, um sussurro de respiração. Durante todo o tempo ele os
protegeu de quaisquer olhos.
Você me queria nua em seu carrossel.
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Eu queria, amada. Mas eu preciso de você nua no meu carrossel quando tiver
tempo para fazer algo sobre isso.
Eu sei. Eu só queria que você tivesse uma pequena pausa antes da guerra
começar. Eu te amo, Tariq. Vamos buscar nossa filha de volta.
Assim ela lambeu seu peito para selar a pequena evidência de seus
dentes e vestiu a ambos. Ele não poderia reclamar de sua atenção aos
detalhes. — Como é que você aprendeu como fazer isso tão rapidamente?
Ela sorriu para ele. — Passei um tempo com Vi e ela é uma total
fashionista, assim eu aprendi a ser uma também. Eu gosto de roupas. Eu
gosto de suas roupas. Pedi a Blaze para me mostrar e ela fez. Não é difícil
uma vez que você pega o jeito. Eu até consegui fazer Emeline dar um
sorriso quando eu fiz pela primeira vez e cometi alguns erros.
A voz da pequena criança fluiu em sua mente. Partida. Cheia de
tristeza, e determinação. Tariq, informe o Danny, Amélia e Bella que eu os amo.
Diga a Emme que sinto muito. E Val ...
A voz de Liv cortou na cabeça dele e Tariq a agarrou acima. Não se
atreva! Ele derramou cada gota de comando em sua voz. Nós estamos indo
por você.
Eu sabia que você viria. Eu não quero que mais ninguém morra por minha
causa. Eu não suporto a voz na minha cabeça. Eu não posso viver sabendo que ele
pode fazer eu machucar meu irmão ou irmãs. Ou Emeline. Ou você.
Houve uma agitação em suas mentes. Val entrou. O poder entrou com
ele. Você não vai fazer isso, Liv. Havia poder além da imaginação, um antigo
que tinha sido forjado no fogo da dor, torturado além da concepção, um
implacável predador brutal. Você é jovem demais para entender ainda, mas você
segura minha honra em suas mãos. Você vai escolher a vida e vai aguentar até
chegarmos a você. Você me compreende? Você não vai escolher a morte, porque
quando você o fizer, você escolhe-a para mim também. Isso é totalmente inaceitável
para mim. Viva por mim. Era uma ordem, nada menos.
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selvagem, girando e jogando os papeis com tanta força que eles realmente
grudaram em um poste de força a alguns pés deles.
Os caçadores Cárpatos tranquilamente perseguiam os guardiões
escondidos em torno dos armazéns. Nos telhados. Nos becos. Três
itinerantes. Os trigêmeos chegaram primeiro, Tomás, Lojos e Mataias.
Eles mataram os três itinerantes no complexo sujo de edifícios. Nicu
estalou o pescoço de outros dois sobre os telhados em frente ao armazém
onde estava Liv. Siv e Dragomir tinham varrido os becos entre os
armazéns, matando os bonecos restantes e os híbridos que encontraram.
Charlotte prendeu a respiração, torceu os dedos nervosamente. Se ela
errasse isso, Liv iria morrer. Ela tinha que acreditar em Tariq, nos outros
Cárpatos, e desempenhar o seu papel. Mais, ela tinha que acreditar nisso
não importava o que acontecesse em torno deles, Val iria pegar Liv e levá-
la para casa em segurança.
Ela viu as folhas girando à direita do armazém. Elas levantaram e
mexeram-se para a esquerda, então o vento as levantou. Seu estômago
caiu. Ele está aqui.
Eu o vejo, sielamet. Você não está sozinha. Mantenha o plano e fique perto de
Blaze.
Tariq tinha explicado cuidadosamente que se ela estivesse em perigo
mortal, se os caçadores pensassem que a companheira de Tariq poderia ser
morta, todos eles iriam vir em sua defesa, não na de Liv. Eles não podiam
perder uma de suas mulheres. Perder Charlotte significava perder Tariq
também. Mas Val tinha deixado cair sua bomba e as coisas mudaram. Ela
sabia o que ele fez. Tempo pouco significava para os Cárpatos e saber que
Liv estava no mundo fazia a espera por ela crescer e amadurecer
plenamente muito mais fácil.
Ele não pode sentir.
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Dark Carousel - Série Os Cárpatos 30
Ele tem que sentir alguma coisa ou não saberia. Ele não seria tão gentil e agiria
sobre ela, protestou. Ela tinha que acreditar que Val pouparia Liv não
importa do que. Todo o tempo intimamente ligada com Tariq, ela viu as
folhas que girarem. No momento em que Fridrick se materializou junto a
porta do armazém, ela deu um passo à vista, "Blaze como Genevieve " bem
atrás dela.
Fridrick virou-se, viu-as e cuidadosamente procurou por sua escolta.
Charlotte balançou a cabeça. — Eu fui capaz de me elevar antes de Tariq
e vim até aqui. Eu sabia onde vir porque dois de seus homens foram
capturados e disseram que você tinha trazido Liv aqui. Eu estou pedindo
para você permitir que eu troque de lugar. Genevieve está disposta
também.
"Genevieve" pressionou os dedos trêmulos contra a boca, mas não
disse nada. Ela se moveu apenas um pouco, ainda um par de passos atrás
de Charlotte, mas também à sua esquerda. Charlotte estava bem consciente
que Blaze estava dando-se espaço para atacar se precisasse.
Fridrick continuou a olhar em volta, examinando a área, à procura de
qualquer coisa que pudesse lhe dizer que as mulheres eram isca. — Por que
eu não apenas a levo sem libertar essa pirralha horrível?
— Porque eu estou disposta a morrer e tenho uma faca na minha mão.
O mesmo acontece com Genevieve. Eu posso me matar antes de fazê-lo
por mim. Você tem que saber Tariq me converteu. Eu posso ser nova nisto,
mas eu sou rápida.
— Você iria matar seu companheiro também, —ressaltou.
— Ela é uma menina.
— Ela não é nada. —Desprezo estava escrito no rosto de Fridrick.
— Alimento para os fantoches do mestre. Assim como muitas crianças, às
vezes por diversão os colocamos no porão do navio e deixamos os bonecos
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com eles. Tão divertido. Vou permitir que você assista o show, apenas por
não vir para mim da primeira vez que eu disse a você para vir.
— Nós não temos muito tempo, —disse Charlotte, com o queixo para
cima. Ela não podia pensar sobre as crianças no porão de um navio
gritando enquanto os fantoches eram soltos sobre elas. Ela simplesmente
não podia. Neste momento, era tudo sobre Liv.
— Tariq virá atrás de mim a qualquer momento. Eu não vou desistir
de Amélia, e Emeline tem uma concussão. Ela não pode ser movida.
Então, se você quiser fazer a troca, é por Vi e eu e tem que ser agora, antes
que os caçadores venham. Eles virão, e uma vez que cheguem, você sabe
que Tariq não vai negociar. Sou sua companheira. Ele não vai desistir de
mim.
Ela soou convincente. Muito convincente. Tariq estava orgulhoso
dela. Ela parecia como esteve na garagem, uma mulher de coragem que
não tinha ideia de quem ela estava atacando. Ela tratava Fridrick como
trataria um macho humano ameaçando-a. Blaze, na forma de Genevieve,
pairava atrás dela assim como Vi tinha feito na garagem.
Fridrick sorriu para ela e acenou com um dedo longo. — Se você a
quer venha até mim então.
— Eu não vou me mover até que eu a veja, —Charlotte disse
teimosamente. — Compulsão não funciona em mim e o tempo esta
voando.
Charlotte! O que é que você fez? Tariq soou como um companheiro com
medo e indignado, que ficou para trás, porque não podia suportar o sol.
Não se dê. Eu proíbo isso. Ele usou o vínculo telepático comum dos Cárpatos.
Eu estou indo para você. Fique longe dele.
Os cantos da boca de Fridrick alargaram-se, não tanto em um sorriso,
embora estivesse certa que ele pensava estar sorrindo, mas parecia mais
uma ferida aberta onde era sua boca, revelando os dentes. Ele não estava
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incomodado com sua aparência e seus dentes não eram tão brancos como
tinham sido na garagem do estacionamento.
— Como é triste ver que o grande guerreiro não pode controlar sua
mulher. —Ainda sorrindo, Fridrick começou a desfiar as salvaguardas do
armazém. Suas mãos brilharam com assombrosa velocidade até que ele as
removeu e abriu a porta. Ele se virou para chamar Charlotte e Genevieve
para dentro.
Tariq o atingiu, materializando diante de Fridrick, o punho batendo
no peito do vampiro, dedos agarrando o coração seco. Fridrick gritou,
sangue e saliva vomitando de sua boca.
— Mate ela. Mate ela. —O vampiro gritou o comando, enquanto ele
inclinou a cabeça para rasgar a carne de Tariq, tentando chegar a uma
artéria antes que Tariq pudesse extrair seu coração.
Val e Dragomir correram para o armazém, Siv e Nicu flanqueando-
os. Os fantoches com eles. Dois dos gigantes se voltaram para a jaula onde
Liv se amontoava, tornando-se tão pequena quanto possível. Vampiros
menores apareceram, um após o outro, correndo para o armazém pela
ordem de Fridrick. Blaze entrou em ação, seguindo os vampiros, Maksim
se materializando a seu lado.
O cheiro de enxofre encheu os pulmões de Charlotte. Foi medonho e
picou seus olhos.
Óleo de hissopo11, Charlotte. Eu preciso agora, derrame-o sobre mim.
Rapidamente.
A respiração de Charlotte ficou presa na garganta. Eu não tenho ideia
do que é isso. Ela não sabia. Tariq estava calmo, mas ele claramente
____________________
11
Óleo de hissopo – é uma planta bastante similar em aparência a outros membros da família da menta.
A planta e seu óleo volátil possuem aroma forte parecido com o odor característico da cânfora.
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vai precisar dele. Aponte à frente deles e deixe-os correr para a seta. Vá por seus
olhos, esse é o tiro que mata. Um tiro na garganta vai atrasá-los.
Dragomir acrescentou o seu conselho. Não olhe diretamente em seus
olhos. Não permita que seu sangue ou saliva lhe toque. Se você não tiver escolha,
tenha certeza de que toca apenas onde o óleo cobre você.
O antigo tinha Georg no chão e estava tentando extrair o coração do
vampiro. Ela podia ver que ambos os vampiros tinham os punhos no peito
dos caçadores e era uma luta para ver quem poderia tomar o coração em
primeiro lugar. A visão a adoeceu. Embora ela não pudesse sentir a dor de
Tariq, ela sabia que ele a sentia, porque ele estava bloqueando-a.
O coração de Charlotte gaguejou quando o primeiro dos cães
apareceu, vindo em sua direção com gigantescos pés com garras. Dentes
enchiam a boca aberta e saliva pendurada em cordas venenosas. Olhos
brilhavam em um terrível vermelho medonho, olhando apenas para Tariq.
Atrás dele, mais dos animais de quatro tampa vinham em direção a eles.
Um tinha três cabeças.
Ela deu um passo em direção ao líder e levantou seu arco. Sua mão
tremia. O conhecimento de como usar o arco estava em sua cabeça,
empurrado lá pelos dois caçadores antigos. Respirando, ela soltou a flecha.
Perdeu o olho do cão e se alojou no pescoço maciço.
Imediatamente ela deixou uma segunda flecha ir, não olhando para os
outros cães ou quão perto eles estavam dela. O cão estava quase em Tariq
quando de repente gritou, deslizou até parar e cambaleou. Sua flecha o
tinha atingido de verdade. A besta sacudiu-se e lentamente virou a cabeça
em direção a ela. O tempo abrandou. Ela podia ouvir seu coração
trovejando em seus ouvidos, rugindo tão alto que abafou todos os outros
ruídos. A medida que o cão mudou de direção, pulando em sua direção,
ela soltou a terceira flecha.
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como se fosse feita para ela. Ela agarrou-a com as duas mãos e correu em
auxílio de Tariq. Ele estava totalmente calmo, com intenção e focada em
extrair o coração de Fridrick. Ele não tentou escapar dos dentes selvagens
do cão, ou deixou transparecer que o gotejar venenoso em longos fios das
três bocas queimavam direto aos seus ossos.
Ela cortou o pescoço enorme da cabeça que estava atacando o braço
de Tariq que estava lentamente tirando o coração do corpo de Fridrick. A
cabeça caiu no chão, os olhos ferozes de repente focados nela. Respirando
fundo, ela embainhou a espada e soltou duas flechas, diretamente nos
olhos que a fitavam do chão.
Um relâmpago bifurcado correu através do céu e entrelaçou as nuvens
acima. Fridrick gritou quando Tariq puxou o coração de seu corpo e jogou-
o ao lado da cabeça decepada da besta. O cão do inferno entrou em um
frenesi, rasgando Tariq para tentar matá-lo. Dragomir jogou o murcho
coração de Georg, enegrecido ao lado do de seu irmão. Mesmo que o
coração de Fridrick balançasse, e então deslizasse em direção a Fridrick
quando o vampiro caiu no chão, um raio o atingiu rápido, incinerando os
dois corações e a cabeça do cão.
A segunda cabeça da besta no braço de Tariq levantou para deixar sair
um uivo. A terceira cabeça pareceu não notar, os dentes ainda rasgando as
costas de Tariq. Como Tariq estava coberto de óleo de hissopo, a pele do
cão do inferno começou a arder e descamar. Bolhas cobriam a pele grossa,
irregular. Tariq deu a volta com as mãos e pegou a enorme cabeça do
animal e, girando, quebrou seu pescoço. Assustada, a criatura caiu de
costas no chão. A cabeça inclinada desajeitadamente para um lado, a outra
cabeça para baixo, olhos focados em sua vítima. O cão ficou de pé e
começou a perseguir Tariq.
O movimento chamou a atenção de Charlotte e ela virou-se para
encontrar um cão a perseguindo. Uma flecha saía de um olho. Tinha a
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cabeça inclinada para um lado e olhava para ela malêvolamente. Ela não
tinha matado este, só o tornou muito, muito zangado.
Charlotte recuou, tropeçou e caiu com força. Ela cortou o monstruoso
cão com a espada, tirada um pouco sem jeito da bainha. A lâmina cortou
a garganta maciça e sangue preto derramou no chão. Ao mesmo tempo o
asfalto queimou e assobiou.
Tudo aconteceu tão rápido que ela não teve tempo para ter medo. Ela
tinha que se manter em movimento ou a coisa ia matá-la. Ela não
conseguia se levantar. Seus pés deslizavam no azeite que foi espirrado no
chão e ela não podia se equilibrar no asfalto. Então Dragomir estava lá,
acertou o animal no olho com uma flecha e bateu um raio na carcaça antes
mesmo dele atingir o chão.
Ele puxou-a em seus pés e ambos se viraram para encontrar Tariq,
rasgado, sangrento e triunfante, com o cão do inferno de três cabeças a seus
pés.
H h h
Val abriu caminho através da parede de bonecos. Fridrick iria
sacrificá-los para impedir os caçadores de chegar a Liv antes do híbrido
poder matá-la. Manteve o olhar colado à gaiola, onde a criança jazia
enrolada em uma bola apertada, em posição fetal, com as mãos tapando
os ouvidos e os olhos fechados. Havia sangue em suas roupas, em cima do
ombro. Algum em seu cabelo. Um fluxo constante de lágrimas rastreava
seu rosto, mas ela chorava silenciosamente.
Ele bateu com o punho em um boneco e empurrou-o, sem se importar
se o sangue era suficientemente de vampiro para que queimasse como
ácido. Um híbrido tentou detê-lo, atrasá-lo, atacando-o com um facão.
Ainda sem tirar os olhos de Liv, Val jogou a enorme parede de músculos e
carne fora de seu caminho. O híbrido mais próximo da jaula já tinha
arrancado a fechadura, quebrando-a e atirando-a de lado. O gigante
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chegou com suas mãos enormes, segurou Liv e arrastou-a para fora da
gaiola.
Liv não lutou. Ela apertou os olhos fechados e ficou mole, enquanto
o híbrido a sacudia como uma boneca de pano. Ele passou uma mão em
torno de sua garganta, e, em seguida, Val estava sobre ele, agarrando a
cabeça entre as mãos e quebrando o pescoço. Houve um estalo audível e
ele pegou Liv antes dela cair.
— Mantenha os olhos fechados, csecsemõ, —ele ordenou. — Pesäd te
engemal. —Ele mudou para o inglês. — Você está segura comigo, kislány12.
—Ele esmagou o corpo em seu peito e começou a fazer o seu caminho
através a pesada luta em direção à porta. A grande mão manteve o rosto
dela firmemente pressionada contra seu peito enquanto ele correu através
do armazém para a porta em que Tariq e Dragomir tinham desaparecido.
Em torno dele a batalha se enfureceu com a fúria feroz dos antigos
Cárpatos.
Vampiros menores apareceram e se posicionaram pelos caçadores
Cárpatos, mas estavam fora de seu elemento e sabiam disso. Val não se
preocupou em olhar para eles quando levou a criança para fora desse
inferno e noite adentro. Chicotes de relâmpagos rasgavam o ar e atingiam
o asfalto de novo e de novo enquanto Dragomir e Tariq limpavam o
estacionamento dos cães do inferno, vampiros e sangue venenoso
contaminado.
Charlotte estava de lado, um arco pendurado no ombro e uma espada
na mão. Ela parecia um pouco desgastada, óleo de hissopo sobre ela. Ela
olhou para cima quando Val saiu do armazém com Liv em seus braços.
Seu rosto se iluminou, o alívio suavizando suas feições.
____________________
12
kislány – significa garotinha
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Dark Carousel - Série Os Cárpatos 30
Ainda assim, ele parecia gentil enquanto segurava a criança, tão suave
quanto um homem como Val poderia ser.
Val diz que tem alguns arranhões, mas principalmente eles a assustaram.
Tariq podia ouvir Val sussurrando garantias para Liv em sua língua.
Ele não ficaria de todo surpreso se Liv o entendesse. Ela parecia capaz de
assimilar línguas rápido, um outro dom. Ela não lhe respondia,
permanecendo tão silenciosa que o preocupava.
Val não abrandou, mesmo no complexo. Ele levou Liv através da casa
principal para o porão, onde o solo rico em minerais estava espalhado e
muito profundo. Tariq fez uma pausa longa o suficiente para colocar
Charlotte de pé e se certificar de trazer os quartos do pânico das outras
crianças, os Waltons e Genevieve de volta à superfície. Se eles acordassem
de seu sono, ele não queria que eles se assustassem. Charlotte seguiu Val
até o porão e através do labirinto para o seu lugar de descanso.
Tariq, sua intenção é alimentá-la. Eu não sei como pará-lo. Havia pânico na
voz de Charlotte. Ele vai tomar sangue suficiente para uma troca.
Tariq já estava descendo e foi em uma explosão de velocidade. Ele
entrou no porão. Abaixo dele, Val mantinha Liv perto de seu peito,
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H h h
Os Cárpatos se reuniam mais uma vez acima do solo rico em minerais
e, desta vez, a tensão era palpável. Tariq sentiu como se estivesse sendo
esmagado sob o peso da responsabilidade. E se alguma coisa desse errado
e Liv morresse, ele nunca iria superar a perda, e ele iria viver um tempo
muito longo. A lembrança da ansiedade, esperança e confiança que ele viu
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Dark Carousel - Série Os Cárpatos 30
nos rostos de Danny e Amélia estaria gravada para sempre em sua mente.
Eles nunca iriam aceitar tampouco, e possivelmente, nunca iriam perdoá-
lo. Converter uma criança? Ele procurou em sua memória. Ele tinha
séculos de idade e não conseguia se lembrar de ter sido feito. Ele sabia que
devia ter sido, mas as crianças não eram dele.
Charlotte enfiou os dedos nos dele e olhou para ele com olhos cheios
de confiança e crença. Com solidariedade. É minha decisão, também, ela
sussurrou em sua mente, enchendo-o com ela. Nós tomamos esta decisão
juntos. Todos nós. Tem que ser feito, Tariq, todo mundo sabe que ela não vai
sobreviver de outra forma. Esta é a sua única chance.
Ao mesmo tempo um pouco do peso levantou. Ele não estava sozinho
nesta decisão ou até mesmo fazendo isso. Eles flutuaram para o centro da
cama rica do solo, onde Val embalava Liv em seu colo. Ele continuou a
acariciar o cabelo para trás, com dedos suaves enquanto murmurava
garantias para a criança.
Tariq estendeu a mão para ela, e Val instantaneamente mudou
ligeiramente o peso de Liv para ele. Seus olhos tinham estado fechados,
mas quando os braços de Tariq entraram em torno dela, os cílios se
agitaram e logo levantaram. Seu coração gaguejou. Sua pequena Liv
estava quase desaparecida. Val e Charlotte estavam certos, se não fizessem
agora, eles a perderiam.
É isso que você quer, Liv? Entrar em nosso mundo totalmente? Ser nossa filha?
Quando eu completar a conversão, você será nossa. De Charlotte e minha.
Seu gesto era quase imperceptível, mas estava lá. Seu olhar deslocou-
se para Charlotte. Charlotte sorriu para dela. — Venha aqui, bebê, —ela
sussurrou. — Eu vou te abraçar. Tariq e Val estarão aqui para mantê-la
segura, e você vai sentir todos os outros, assim como eu fiz. Eles vão tirar
a dor. Você vai se sentir uma parte de todos.
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você. Sinta o ritmo dentro de mim. Ondas de amor que o cobrem, protegem até a
noite que você se levante.
Charlotte tinha lágrimas em seus olhos enquanto Val cantava para sua
filha. Ela era a companheira de Tariq, totalmente em seu mundo, e esta
era a primeira de seus filhos a segui-la para ele. A doçura na voz de Val,
vinda de um endurecido guerreiro, cheio de cicatrizes, mexeu com ela,
assim como o amor que sentia verter em Liv vindo da mente de Tariq. Ela
ergueu o olhar apenas uma vez para Tariq e viu o amor lhe responder. O
compromisso que ele precisava dela era que ela era sua e que iria ajudá-lo
com essas crianças quebradas e os adultos danificados que ele chamava de
família.
— Está na hora. Posso mandá-la para dormir, —disse Tariq
suavemente depois do que pareceu uma eternidade. Conversão em um
adulto era ruim o suficiente, mas ver uma criança se contorcendo de dor,
com dores de estômago e a convulsão que acompanhava a transição, era
difícil, mesmo dividindo o peso da dor entre os Cárpatos.
Charlotte beijou a testa de Liv e Tariq alisou os cabelos para trás
quando ordenou que ela entrasse no sono reparador de sua espécie. Tariq
queria esmagar a criança nele, mas se forçou a apenas continuar
acariciando seus cabelos até que o medo terrível dentro dele diminuiu. Liv
estava segura. Ela estava em seu mundo e esperava poder encontrar uma
maneira de aliviar o trauma o suficiente para que ela podesse ser uma feliz,
criança saudável novamente.
Val arrastou seus dedos sobre a mão dela. — Ela é muito corajosa,
mas eu sou grato que isso acabou e ela sobreviveu. Ela tem uma vontade
de ferro, um dom.
— Isso é verdade. Ela estava determinada a entrar em nosso mundo.
Eu acho que não vai ser qualquer um a parar Liv uma vez que ela se
recupere. —Tariq tinha suas dúvidas sobre Liv se recuperando, saúde, sim,
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mas das coisas que aconteceram com ela, talvez não. Ainda assim, como
Charlotte, faria todo o possível para ver Liv viver uma vida feliz e saudável.
— Eu sou grato que acabou bem, mas nós não terminamos, —disse
Tariq. — Nós temos que destruir cada lasca que Vadim colocou nos
cavalos e carros do carrossel, que são oito, e nos dois psíquicos que estamos
segurando como prisioneiros.
— Precisamos nos alimentar depois disto, —disse Nicu. — Não
podemos correr o risco das lascas de Vadim nos escaparem. Alguns de nós
têm feridas que precisam de cuidados. —Ele olhou incisivamente para
Tariq.
Tariq assentiu, encolhendo-se um pouco com a ideia de Matt e seus
homens sendo usados pelo antigos, especialmente aqueles do mosteiro. Ele
manteve um olhar discreto sobre eles enquanto se alimentavam dos
seguranças, bem como dos dois prisioneiros e dos três membros da
sociedade. Apenas os guardas foram poupados, já que ninguém queria que
eles fossem enfraquecidos.
Dragomir cuidou de todos os feridos da batalha e então teve que tomar
mais sangue. Tariq e Maksim ficaram em silêncio enquanto ele usava os
três caçadores de vampiros, Daniel, Bruce e Vince, de novo. Tariq notou
que ele não era gentil, nem era cruel, ele simplesmente não notava os três
como importantes em seu mundo. Eles realmente nada mais eram para ele
do que uma fonte de sustento.
Tariq ficou grato quando Dragomir se juntou a todos os outros
caçadores, se dirigindo para o outro lado do porão, onde o local de trabalho
continha o carrossel amaldiçoado.
— Com cada lasca destruída, mais do poder de Vadim será tirado dele.
Esta é uma pequena vitória para nós. Vadim está no mar, sem saber que o
que fazemos aqui vai começar a diminuir suas habilidades. Ele vai sentir
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pode resistir aos comandos de um vampiro mestre, ela será capaz de resistir
aos seus.
Tariq não tinha planejado comandar Charlotte em muita coisa, menos
no quarto. Jogar era divertido, mas na vida real, ele queria sua mulher para
ficar ao lado dele. Ele queria que ela tivesse opiniões. Ele estava contando
com seu conselho. Ele queria que ela fosse ao clube com ele e se tornasse
parte do mundo que ele criou. Ele esperava que outros Cárpatos entrassem
em seu mundo e, talvez, através de seu clube, encontrassem suas
companheiras.
Mais, ele estava trabalhando com Josef, o jovem que entendia de
tecnologia, na base de dados que os Cárpatos tinham tirado do Centro
Morrison, na esperança de alcançar as mulheres psíquicas antes de Vadim.
Agora ele sabia que teria de descobrir algo a ver com os homens também.
Ele ainda tinha dois trabalhando para Vadim despercebidos em seu clube
e isso significava que tinha que encontrá-los. Ele esperava que Andrew e
Ryan pudessem ajudar com isso, mas se não, ele estava confiante que
Maksim e ele os achariam em breve. Ao todo, eles tinham ido
razoavelmente bem. Eles mataram dois vampiros mestres, vários outros de
menor importância e quase destruíram os bonecos e exército híbrido de
Vadim sem perder qualquer um dos seus caçadores. Era só mais um dia
qualquer da semana.
Ryan e Andrew estavam deitados no chão, sangue escorrendo de seus
ouvidos, mas ambos estavam conscientes quando os caçadores entraram
na sala. Eles pareciam muito apreensivos.
— Nós vamos remover as lascas de vocês, —Tariq assegurou.
— Vocês vieram até aqui. Você vão ter que confiar em nós.
Ambos os homens assentiram, o que adicionou mais dois à sua família
sempre crescente.
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20mn
Charlotte deixou a boate com Blaze um pouco mais cedo. Ela queria
ver as crianças antes de preparar sua surpresa para Tariq. Tinha passado
quase uma semana da batalha com Fridrick e o exército de Vadim. Vadim
tinha desaparecido. Mesmo procurando no mar, nenhum dos caçadores
tinha sido capaz de segui-lo. Ainda assim, ela sentia que era a calmaria
antes da tempestade. Ela pretendia aproveitar cada momento que eles
tinham antes que as coisas explodissem em seus rostos.
Tariq tinha explicado a ela que era a maneira Cárpato de viver.
Mesmo que tivessem se livrado de Vadim agora, outro vampiro mestre
tomaria seu lugar. Sempre haveriam mais vampiros. Lá sempre existiriam
vampiros e como caçador, Tariq defenderia seres humanos e Cárpatos em
seu território igualmente.
Danny e Amélia tinham optado por esperar até que o curador chegasse
das Montanhas dos Cárpatos antes de serem convertidos. Enquanto Bella
e Lourdes tivessem que permanecer na superfície durante o dia, eles
queriam assim, só para o caso, e nem Charlotte nem Tariq queriam a
conversão de Bella ou Lourdes sem um curador poderoso presente.
Charlotte amava os dois adolescentes ainda mais por insistirem em ficar
com as pequenas.
Charlotte olhou cuidadosamente em volta dela, escaneou as pessoas,
os inimigos, qualquer um na vizinhança que pudesse testemunhar sua
mudança. Ela tinha praticado mudar muitas vezes porque ela amava poder
fazer. Amava poder voar. Amava que sempre podia tocar suas crianças e
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Dark Carousel - Série Os Cárpatos 30
saber que elas estavam seguras. Liv ainda estava se curando no chão.
Charlotte, Tariq e Val se revezavam dando seu sangue, mas, em seguida,
enviavam-lhe de volta para dormir. Charlotte não era tão boa nisso, como
os outros dois, de modo que ela fazia e Tariq reforçava o comando.
— Isso foi bom, Charlotte. Você fez a varredura muito bem, —disse
Blaze.
Charlotte enviou-lhe um sorriso rápido. — Eu amo ser Cárpato. Eu
tenho trabalhado em Emeline, contando-lhe todos os benefícios. Ela
parece interessada.
Blaze trocou um sorriso com ela. — Estou feliz que ela está deixando
você entrar em sua vida.
— Ela é lenta. Ela não gosta que eu entre na casa dela. Ela gosta de
sentar na varanda comigo, mas ela sempre sai quando eu a visito, que são
todas as noites agora. Genevieve vem comigo na maioria das vezes.
— Ela ainda está tendo dores de cabeça, —Blaze disse, com a voz
expressando preocupação.
Charlotte compreendia. Ela sabia que Emeline tinha as dores de
cabeça, mas ela tinha indicado que Vadim a tinha deixado em paz desde o
ataque ao complexo. Ninguém sabia se ele tinha desistido de tê-la, ou se
estava muito longe para alcançá-la. Tariq não acreditava que Vadim iria
desistir, mas como todos eles, por amor a Emeline, esperava que sim.
— Eu sei. E as dores de cabeça são ruins. Quando a visitei antes de
sairmos para o clube, ela estava em lágrimas. Pedi-lhe para permitir que
Tariq ajudasse-a aliviando-a. Ela hesitou, mas depois concordou, o que é
tão raro que eu quase caí. Eu estou esperando que isso signifique que ela
está começando a aceitar Tariq e Maksim em sua vida como irmãos.
Blaze assentiu. — Ela está definitivamente mais confortável com eles.
Obrigado por ser tão gentil e paciente com ela. Eu a amo como uma irmã
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Dark Carousel - Série Os Cárpatos 30
e vê-la tão quebrada tem sido muito difícil, especialmente quando fui
incapaz de fazer qualquer coisa sobre isso.
Charlotte enviou-lhe um sorriso cúmplice. — Com você, Genevieve e
eu, vamos trazê-la para o lado escuro.
As duas riram juntas, e depois Charlotte fez uma de suas coisas
favoritas. Colocou a imagem de uma coruja em sua cabeça, prestando
atenção ao mais ínfimo pormenor, assim como Tariq lhe tinha ensinado.
Ela não podia esperar para trabalhar com Liv na mudança. Ela sabia que
a menina iria adorar. Estava ficando mais fácil quanto mais ela praticava
e quando Liv estivesse acordada, ela planejava praticar tudo isso juntas.
Nesse momento ela estava espalhando suas asas e saltando do telhado
da casa noturna. Tariq, como uma regra, nunca teria a deixado ir sozinha,
nem mesmo com Blaze, mas Maksim o persuadiu. Charlotte sabia que ele
iria perceber que ela estava aprontando alguma coisa e não iria perder
tempo para voltar para casa.
As duas corujas fizeram o seu caminho através da noite para o
complexo. Ela adorava voar e tomou a rota mais longa, voando sobre parte
da cidade, olhando as luzes. Cidades poderiam ser bonitas, iluminadas
como estavam. Então ela foi para o lago e a água brilhava sob a lua. Era
frio, mas muito claro à noite e as estrelas estavam lá. Perfeito. Uma noite
perfeita.
Sua pequena coruja desceu na parte traseira do dragão verde de Liv e
então ela estava sentando-se em sua parte traseira. Ela está bem. Ela
sussurrou a garantia. A cor verde havia esmaecido sem a interação de Liv.
Embora ela achasse estranho que um dragão de pedra ficasse preocupado
ou triste sem a criança, ela acreditava que era assim. Ela virá em breve.
Quando ela o fizer, espero que você cuide dela. Para atraí-la para seu mundo. Ela
estava certa que quando Liv se levantasse, as coisas terríveis que tinham
sido feitas para ela estariam piores do que nunca. Ela tinha sido retirada
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— Claro. Ela está bem. Tariq disse que mais dois dias. Ele está sendo
excessivamente cauteloso, mas estamos esperando que isso ajude a curar
sua mente também.
— Eu não posso esperar para vê-la. Amélia chorou quando achou que
eu não estava vendo. Ela está preocupada com Liv.
— Eu vou falar com ela, —Charlotte o tranquilizou.
— Bella! Lourdes! Amélia! Charlotte está aqui. Nós vamos voar.
—Ele gritou.
Charlotte fez uma careta e trocou um sorriso com Blaze, que estava
sentada no dragão alaranjado. — Ele é um menino, —ela explicou.
Blaze concordou, seu sorriso alargando. — Eu percebi.
As crianças vieram correndo, Genevieve se arrastando atrás delas em
um ritmo muito mais calmo.
— Quer voar conosco, Vi? —Perguntou Charlotte, deslizando do
dragão verde para sentar-se no azul. Ela inclinou-se para ajudar Lourdes
quando o dragão azul estendeu sua asa para a criança.
Genevieve deu um bufo grosseiro e sacudiu a cabeça.
Blaze estava sentada atrás de Bella no dragão vermelho. Bella
continuamente acariciava o pescoço de seu dragão, falando aparentemente
sem respirar. O dragão voltou sua cabeça para trás para se esfregar no colo
de Bella. Ela riu e se inclinou para beijar a enorme cabeça em forma de
cunha.
Danny, saltou no dragão marrom, algo que ele claramente praticava,
porque era muito bom nisso. Ainda assim, como as meninas, ele abraçou
o pescoço do dragão com os braços e se inclinou para sussurrar na orelha
do animal de pedra.
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imediatamente. A mão dele se moveu até a coxa, descansou lá, tão perto
de sua entrada. Tão quente. Ele enchia a boca dela com veludo e aço. Seu
gosto era viciante. Ela passou sua língua e levou-o mais profundo quando
o cavalo a subia, de modo que ela quase tinha que engoli-lo para manter a
boca sobre ele. Em seguida, o cavalo descia e ela afastava-se.
A mão agarrou sua cabeça, os dedos apertados em seu cabelo. Ela
adorava isso. Sua ordem silenciosa a fazia mais quente. Ela o levava tão
profundo como era capaz, sentindo-o inchar, sentindo o calor de sua
essência subindo. Ela bebeu-o, e em seguida, delicadamente o lambeu, não
querendo que fosse o fim, mas amando que tinha dado isso a ele.
Quando ela levantou a cabeça, seu coração gaguejou no peito. Ela
estava olhando para o predador, o predador dela, e ele estava totalmente
focado nela como se pudesse devorá-la. Seus olhos brilhavam, seu cabelo
castanho fluía descontroladamente em torno dele. Ele a pegou, uma mão
no poste, a única que os ancorava ao carrossel. Ela ainda estava de cabeça
para baixo, e ele empurrou sua cabeça contra seu ainda duro pau enquanto
ele puxava as pernas ao redor de seu pescoço para que seu montículo
estivesse apertado contra sua boca. Os dedos da mão cavando o lado
esquerdo de sua bunda.
Ele a acariciou, e ela quase se desfez. Ela não tinha que se depilar,
porque ele simplesmente tinha removido todos os seus pelos, não querendo
qualquer barreira entre sua boca e seu prêmio. Ele usava a língua perversa
em volta dela, tomando seu tempo, tratando-a como sua sobremesa
favorita. Ele sabia exatamente o que estava fazendo e era tudo o que ela
gostava. Ele era implacável, não permitindo que ela chegasse ao clímax,
mas deixando-a por cima e mais até que, em desespero, ela agarrou sua
ereção novamente, envolvendo seu pesado pau com a boca para não gritar
e implorar.
Seu gosto sempre a desfez, mas ele era tão mau que ela mal conseguia
manter a sucção. O fogo cresceu até que ela pensou que poderia
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— Eu amo nossa vida, —reiterou. Ela teria tido vampiros em sua vida
sem ele, e não teria se saído tão bem. Agora ela tinha as crianças. Ela era
mãe de quatro meninas e um menino. Ela tinha mulheres em torno dela
que importavam, era próxima de caçadores que juraram proteger todos
elas. Perigosos homens assustadores, e poderosos, e ela descobriu que se
preocupava com eles também. Ela gostava da estranha vida mais do que
qualquer outra.
— Eu te amo, —ela disse novamente, mostrando profundamente o
que sentia.
Ele a beijou e que foi a perfeição.
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- Tariq Asenguard
- Maksim Volkov
- Blaze MacGuire
- Emeline Sanchez (amiga/irmã de Blaze e psíquica)
- Os trigêmeos: Mataias, Lojos e Tomás
- Os Antigos, Dragomir Kozul (do mosterio), Afanasiv Balan ‘Siv’ (era do mosterio),
Val Zhestokly (era do mosterio) e Nicu Dalca
- Charlotte Vintage
- Genevieve Marten (amiga de Charlotte e psíquica)
- Grace Parducci (babá de Lourdes, e psíquica)
- O Casal, Donald e Mary Walton (psíquicos)
As crianças psíquicas:
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Apéndice 1
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entre a Europa e Ásia (Por esta razão, os linguistas de hoje em dia chamam a
seu idioma "proto-Uralico", sem saber que este é o idioma dos Cárpatos). Ao
contrário da maior parte dos povos nômades, a vagabundagem dos
Cárpatos não se devia à necessidade de encontrar novas terras de pasto
quando as estações e o tempo mudavam ou a busca de melhor comércio.
Em vez disso, os movimentos dos Cárpatos estavam provocados pelo
grande propósito de encontrar um lugar que tivesse a terra correta, um
terreno com o tipo de riqueza que realçaria enormemente seus poderes de
rejuvenescimento.
Com o passo dos séculos, emigraram para o oeste (faz uns seis mil
anos) até que ao fim encontraram sua perfeita terra natal... seu "susu"...
nas Montanhas dos Cárpatos, que é o longo arco que embalava as
exuberantes planícies do reino da Hungria. (O reino da Hungria floresceu
durante ao menos um milênio... fazendo do húngaro o idioma dominante da
Concha Cárpato... Até que as terras do reino se dividiram em vários países
depois da Primeira guerra mundial: Áustria, Checoslováquia, Romênia,
Yugoslávia, Áustria, e a moderna Hungria).
Outras pessoas do Sul dos Urales (que compartilhavam o idioma
Cárpato, mas não eram Cárpatos) emigraram em diferentes direções.
Alguns terminaram na Finlândia, o que explica por que o húngaro e
finlandês moderno estão entre os descendentes contemporâneos do
idioma ancestral Cárpato. Mesmo estando presos por sua escolha, a
terra dos Cárpatos, a peregrinação continuou, enquanto procuravam no
mundo as respostas que os capacitariam a manter e criasse sua
descendência sem dificuldade.
Por causa de suas origens geográficas, a visão dos Cárpatos da cura
compartilha muito com a maior tradição euro-asiática do xamanismo.
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Toya és molanâ.
Esgota-se e cai em pedaços.
Hän cada.
Foge.
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Nas peças cantadas dos Cárpatos (como o "Lullaby" e "Som para curar
a Terra"), você vai ouvir elementos que são compartilhados por muitas das
tradições musicais da região geográfica Uralic, alguns dos quais ainda
existem a partir da Europa Oriental (búlgaro, romeno, húngaro, croata, etc)
para Romany ("ciganos"). Alguns destes elementos incluem:
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5. Canção de Ninar
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• Segundo verso;
• Segundo coro;
Primeiro verso
Ai Emä Maγe,
Oh, Mãe Natureza,
Me sívadbin lańaak.
Somos suas amadas filhas.
Me tappadak, me pusmak o maγet.
Dançamos para curar a terra.
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Segundo Verso
Ai Emä maγe,
Oh, Mãe Natureza
Me sívadbin lańaak.
Somos suas amadas filhas.
Me andak arwadet emänked és me kaŋank o
Prestamos homenagem à nossa Mãe e invocamos
Põhi és Lõuna, Ida és Lääs.
Norte e Sul, Leste e Oeste.
Pide és aldyn és myös belső.
Acima e abaixo e dentro também
Gondank o maγenak pusm hän ku olen jama.
Nosso amor a terra cura o que é preciso.
Juttanak teval it,
Juntamo-nos com você agora,
441
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Maγe maγeval.
Terra para terra.
O pirä elidak weńća.
O círculo da vida está completo.
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Apéndice 2
O Idioma Cárpato
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TABELA 1
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TABELA 2
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TABELA 3
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Susu.
Estou em casa. (Casa, local de nascimento)
Möért?
Para que?
csitri
Um pouco (pequena coisa, pequena menina)
ainaak enyém
Para sempre minha
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ainaak'sívamet juttapor
Para sempre a meu coração conectada
sívamet
Meu amor
Tet vigyázam
Eu te amo
Te avio päläfertiilam.
É minha companheira.
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Élidamet andam.
Ofereço-te minha vida.
Pesämet andam.
Dou-te meu amparo.
Uskolfertiilamet andam.
Dou-te minha lealdade.
Sívamet andam.
Dou-te meu coração.
Sielamet andam.
Dou-te minha alma.
Ainamet andam.
Dou-te meu corpo.
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Te avio päläfertiilam.
É minha companheira.
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ainaakfél—velho amigo.
455
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ainaak—sempre
aina—corpo
ai—oh.
akarat—mente, vontade
al∂—levantar, elevar
alatt—através
aldyn—embaixo.
alte—abençoar, amaldiçoar.
ál—benzer, pego
and—dar
arvo—valor, preço .
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arwa-arvo—honra ( substantivo).
arwa—louvor ( substantivo).
aššatotello—desobediente.
asti—até.
avaa—abrir.
avio päläfertiil—companheiro .
avio—casado/a.
avoi—descobrir, revelar.
belso—dentro.
bur—bom, bem.
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csecsemõ—bebê ( substantivo).
csitri— pequena.
diutal—triunfo, vitória.
eći— cair.
ekä—irmão
ekäm—meu irmão.
elä—viver.
elävä—vivo.
elid—vida.
emäen—avó.
emä—mãe ( substantivo).
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embε—se, quando
emni—esposa, mulher.
engem—sobre mim.
én—eu.
és—e
ete—antes, na frente.
että—que.
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fél ku vigyázak—queridos.
feldolgaz—prepare.
fél—companheiro, amigo.
fertiil—fértil.
fesztelen—aéreo.
gæidno—estrada, caminho.
hän ku agba—verdade.
hän ku pesä—protetor
460
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Hän sívamak—amado.
hany—conglomerado de terra
hisz—acreditar, confiar.
ho—como.
ida—leste.
igazág—justiça.
irgalom—compaixão, pena
isä—pai ( substantivo) .
isäntä—mestre da casa.
it—agora
jälleen—de novo
461
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joηe—vir, retornar.
joma—estar em caminho, ir
juo—beber.
juta—ir, vagar
jüti—noite
kać3—presente.
kaśwa—a própria.
kaca—amante
kadi—juiz
462
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kaik—todo
kalma—cadáver, morte.
karma—quer.
Karpatii ku köd—mentiroso.
Karpatii—Cárpato
käsi—mão
keje—cozinhar, queimar
kessa—gato.
kessake—pequeno gato.
kinn—fora, sem
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Dark Carousel - Série Os Cárpatos 30
kislány—garotinha.
köd elävä és köd nime kutni nimet—o mal vive e tem um nome.
koje—homem, marido
kola—morrer
kont—guerreiro
kuć3—estrela.
464
Dark Carousel - Série Os Cárpatos 30
kuηe—lua, mês.
kuja—dia, sol.
kule—escutar.
kumpa—onda ( substantivo).
kure—laço, gravata.
kutenken—contudo.
kuulua—pertencer, manter
ku—que, o que.
lańa—filha.
465
Dark Carousel - Série Os Cárpatos 30
lääs—oeste.
lewl—espírito
liha—carne.
lõuna—sul.
magköszun—obrigado.
ma—terra, bosque
mäne—resgatar, salvar
466
Dark Carousel - Série Os Cárpatos 30
me— nós
mića—linda.
minan—meu
minden—todo (adj.)
molanâ—derrubar-se
musta—memória.
myös—também.
nä—para, por.
nautish—desfrutar.
nélkül—sem
nenä—raiva.
ńiη3—verme; larva.
467
Dark Carousel - Série Os Cárpatos 30
nyelv—língua
O ainaak jelä peje emnimet ŋama ŋ—O sol queima essa mulher
para sempre ( xingamento cárpato).
olen—ser.
468
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oma—velho, ancestral
omas—em pé.
otti—olhar, encontrar
óv—proteger novamente.
owe—porta
päämoro—objetivo; alvo.
pajna—pressionar
päläfertiil—companheira ou esposa.
palj3—mais.
peje—queimar.
469
Dark Carousel - Série Os Cárpatos 30
pide—sobre.
pile—inflamar; iluminar.
piros—vermelho.
pitä—guardar, manter
piwtä—seguir
poår—bocado; pedaço.
põhi—norte.
pus—saudável; cura.
pusm—restaurar a saúde
puwe—árvore; madeira.
rambsolg—escravo.
rauho—paz.
reka—êxtase, transe
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Dark Carousel - Série Os Cárpatos 30
rituaali—ritual.
sa4—chamar; nomear.
salama—relâmpago
siel—alma
sisar—irmã
sívamet—meu coração.
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Dark Carousel - Série Os Cárpatos 30
sív—coração
szabadon—livremente
szelem—fantasma
taka—atrás; além.
ted—seu.
te—você.
tõdhän—conhecimento.
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Dark Carousel - Série Os Cárpatos 30
tõd—saber.
toja—inclinar, romper
toro—lutar.
totello—obedecer.
tsak—somente.
tuhanos—mil
tule—conhecer
türe—cheio, satisfeito
türelam—paciência.
uskol—felizmente
uskolfertiil—lealdade
varolind—perigoso .
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Dark Carousel - Série Os Cárpatos 30
veri—sangue.
veri-elidet—sangue-vida .
vigyáz—preocupar-se
wäke kaδa—firmeza .
wäke kutni—resistência .
wäke—poder
wäkeva—poderoso .
wara—pássaro, corvo
wete—água.
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