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http://www.suapesquisa.com/o_que_e/desflorestamento.

htm

http://wp.clicrbs.com.br/opiniaozh/2012/07/31/artigo-rumo-a-sustentabilidade/

Meio Ambiente - Acidentes, Liçoes, Soluçoes

By CYRO EYER DO VALLE, HENRIQUE LAGE

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/06/conheca-exemplos-praticos-de-
sustentabilidade.html

http://limpezariomeriti.blogspot.com.br/2012/06/encerramento-do-lixao-de-gramacho.html

A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL, AS MUDANÇAS NOS PADRÕES DE CONSUMO E A VIDA NO


PLANETA TERRA.

Vivemos numa sociedade onde os riscos com o consumo desenfreado dos recursos naturais
precisam ser considerados por todos. As consequências desse descontrole exigem das
sociedades modernas mudança profunda no comportamento e na forma de se relacionar com
o planeta não apenas nas atitudes individuais, mas também nas práticas corporativas. Cada vez
mais as empresas estão adotando novos procedimentos na prestação dos seus serviços.

O Banrisul fortalece este movimento ao aderir ao Relatório de Sustentabilidade vinculado à


organização Global Reporting Initiative (GRI). Somos a primeira instituição pública gaúcha e a
terceira empresa no Rio Grande do Sul a aderir a tal prática. Com esta medida valorizamos
nossa marca no mercado financeiro mundial, pois cada vez mais o mundo está atento às boas
práticas. Incorporamos em nosso Planejamento Estratégico (de 2011 a 2015) o desafio de
caminhar rumo a uma política sustentável que oriente e fortaleça o conjunto das ações
econômicas do banco numa perspectiva social e ambientalmente responsável.
Criada em 1997, a GRI disponibiliza uma importante ferramenta de gestão com indicadores de
padrão mundial de acompanhamento na atuação de uma empresa. Tal procedimento torna as
informações mais transparentes, permitindo observar anualmente a evolução de nossas
posições e iniciativas tanto por analistas de mercado, como pelos órgãos de controle e a
sociedade.
Alguns destes resultados apresentamos no último dia 19 de julho ao demonstrar os
investimentos em acessibilidade, a redução no consumo de papel, energia e água, e incluir
estes compromissos nas metas a serem atingidas pelo banco ao longo do ano. Desenvolvemos
ações de apoio a iniciativas comunitárias onde atuamos em parceria com entidades
educacionais na doação de computadores ou no incentivo a programas de educação ambiental.
Investimos numa política de inserção do Banrisul em pequenos municípios, beneficiando
comunidades que estavam excluídas do sistema financeiro. Instituímos uma política de tarifas
reduzidas para clientes que não utilizam papel para a realização de serviços bancários ou
buscam financiamento habitacional para empreendimentos sustentáveis no consumo de
energia, saneamento e abastecimento de água.
Queremos ampliar o espaço para práticas sustentáveis ao disponibilizar, por exemplo, linhas de
financiamento às prefeituras voltadas para obras em saneamento básico. No mesmo contexto
está o crédito a projetos públicos ou privados voltados para geração e transmissão de energia
limpa, como a construção de parques eólicos ou o incentivo à produção bioenergética. Além
disso, o banco vem estimulando a geração de renda através de programas como o de
Microcrédito, em parceria com o governo do Estado. O incentivo às agroindústrias familiares,
feiras agropecuárias e à compra de equipamentos para qualificar as propriedades com o Pronaf
_ Mais Alimentos faz parte de uma percepção sustentável para os negócios. Por meio destas
linhas de crédito fomentamos e diversificamos a atividade produtiva regional, diminuindo
desigualdades econômicas, melhorando a renda e promovendo o desenvolvimento em todo o
Estado.
Com o Relatório de Sustentabilidade estamos construindo uma estratégia de crescimento sob
os pilares econômico, ambiental e social para o Banrisul. Aspectos que entendemos
fundamentais para uma empresa atenta às exigências do novo contexto mundial,
comprometida com uma economia em equilíbrio e com a sociedade onde vive.
* Presidente do Banrisul

Definição

Desflorestamento ou desmatamento é o processo de destruição das florestas através da ação


do homem. Ocorre, geralmente, para a exploração de madeira, abertura de áreas para a
agricultura ou pastagem para o gado. A queimada ilegal é o processo mais utilizado para o
desflorestamento.

O processo de desflorestamento ocorre a milhares de anos. Em algumas regiões do mundo, as


floresta foram totalmente destruídas. Na Europa e nos Estados Unidos, por exemplo, quase não
há mais florestas nativas.

Problemas gerados

O desflorestamento é altamente prejudicial ao funcionamento dos ecossistemas. Ao eliminar


uma floresta, ocorre, ao mesmo tempo, a morte de muitas espécies animais. Isto ocorre, pois
várias espécies fazem da floresta o habitat e, obtém nela, o alimento e proteção necessários
para a sobrevivência.

A destruição de florestas, principalmente pelo processo de queimada, também contribui para o


desenvolvimento do efeito estufa, provocando o aquecimento global.

Desflorestamento no Brasil

No Brasil, o desflorestamento tem ocorrido desde o início da colonização (século XVI). Os


portugueses, objetivando o lucro, cortaram e venderam na Europa grandes quantidades de
pau-brasil da Mata Atlântica.

Atualmente, o desflorestamento ainda ocorre, principalmente, na região da Amazônia. A


floresta amazônica tem sido destruída para a retirada de madeiras nobres (para a venda) e
também para a abertura de pastagens e áreas agrícolas (principalmente de soja).

Reflorestamento e uso sustentável das florestas

O reflorestamento é uma das soluções para tentar reverter esse quadro tão prejudicial ao meio
ambiente. Outra saída é a utilização das florestas de forma sustentável, através de atividades
que não visem sua destruição. Neste sentido, podemos citar, como exemplo, a extração vegetal
e o eco-turismo.

Meio Ambiente - Acidentes, Liçoes, Soluçoes

By CYRO EYER DO VALLE, HENRIQUE LAGE

Nos últimos dias, uma palavra não sai do noticiário: sustentabilidade. Antes da cobertura
especial da Rio+20, a repórter Cristina Serra viajou pelo Brasil para mostrar exemplos práticos
disso.

Água, terra, minérios, florestas. O planeta nos dá tudo o que precisamos para viver. Mas
estamos produzindo e consumindo tanto tão rapidamente que a Terra está à beira da exaustão.
É preciso encontrar maneiras de produzir, consumir, de viver, protegendo o planeta, que é a
nossa casa. É preciso ser sustentável. Mas você sabe o que é sustentabilidade?

“Acho que vem de desenvolvimento sustentável”, diz um homem. “Preservar o meio


ambiente”, aposta outro. “Mudar o nosso consumo, o nosso impulso, a nossa agressão à
natureza”, arrisca uma mulher. Sustentabilidade é tudo isso e muito mais.

“O mundo não aprendeu a colocar o pé no freio. E nesse momento, o grande desafio que nós
temos pela frente é o de colocar o pé no freio, é o de fazer menos e não o de fazer mais. Nós
não sabemos como consumir menos materiais. É por isso que já se fala em um novo tipo de
economia, que aproveite melhor a energia, que use menos matérias primas, sem
desperdícios”, explica o economista Ricardo Abramovay.

Uma das características da chamada economia verde é a preocupação com os resíduos, o lixo
gerado durante o processo de fabricação dos produtos.

Em uma fábrica de geladeiras, existem soluções para gerar menos lixo e reduzir o impacto
sobre o meio ambiente. Na linha de montagem, sobra uma enorme quantidade de materiais.
Mas a empresa criou um programa de reaproveitamento.

“Nós já aproveitamos hoje 94% de todos os resíduos que são gerados nos nossos processos.
Nós já damos uma destinação ambientalmente correta”, explica o gerente se sustentabilidade
Vanderlei Niehues.

A queima de combustível de carros, ônibus e caminhões é uma das maiores fontes de emissão
de gases poluentes nas grandes cidades. Uma experiência pioneira em Curitibaaponta
caminhos para ajudar a reduzir essas emissões: usar menos o carro particular e incentivar cada
vez mais o transporte coletivo.
A rede de ônibus de Curitiba integra 14 municípios da região metropolitana. Os ônibus têm
corredores só para eles e levam muita gente, até 250 passageiros: o mesmo que um avião. A
passagem é paga na estação. O embarque é rápido. Não há escada e sim plataforma.

“Nós sabemos que o carro não vai ser solução nunca. Quanto mais passos nós damos para o
carro, mais rápido nós vamos levar o carro de um ponto de congestionamento ao outro”, diz o
arquiteto Jaime Lerner.

Mas os passageiros reclamam dos ônibus lotados na hora do rush. A rede implantada na
década de 70 precisa de ajustes. “O transporte público de Curitiba é bom. Mas no horário de
pico é complicado. A gente tem que enfrentar ônibus muito lotado. Não tem ônibus suficiente
para todo mundo”, conta a assistente administrativa Eliane Pereira de Souza.

Desafios que exigem soluções, inovação, criatividade, para que as nossas cidades e o planeta
sejam o lugar melhor de viver.

O Ministério do Meio Ambiente organizou um painel sobre produção e consumo sustentáveis,


visando a Rio+20. A reportagem é Clarissa Vasconcelos, do Jornal da Ciência.

Participaram do painel, mediado pela secretária para Articulação Institucional e Cidadania


Ambiental do MMA, Samyra Crespo; o economista Paul Singer, Secretário de Economia
Solidária do Ministério do Trabalho; Sylvie Lemmet, diretora da divisão de Tecnologia, Indústria
e Economia do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (DTIE/Pnuma), uma das
responsáveis pelo Processo de Marrakesh, base do ‘Plano de Ação para Produção e Consumo
Sustentáveis do Brasil’; o diretor presidente do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente, Hélio
Mattar; e Jeffrey Barber, do Global Research Forum – Sustainable Consumption and Production.

Paul Singer alertou para o fato de o mundo contemporâneo viver uma “competição constante”,
onde o “consumo está relacionado ao êxito”, tendo uma relação direta com a avidez por
comprar “a última novidade”, invariavelmente mais cara. “A racionalidade do consumidor é
aproveitada para condicionar seu comportamento. E a publicidade tem um papel enorme
nisso”, lembra. O economista destaca que a economia solidária, um caminho afinado com as
ideias que serão discutidas na Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio
+20, “não surgiu de uma necessidade ambiental”, já que funcionava em cooperativas criadas na
Inglaterra e França no século XIX. ”A economia solidária não conhece valor de troca, não
conhece lucro, não há desigualdade nela”, ressalta.

Hélio Mattar ressaltou que o papel regulamentador do Governo é “necessário”, mas que é
importante também convocar a sociedade, empresas e iniciativas voluntárias para discutir
como tornar a produção e o consumo sustentáveis. “Há que valorizar o meio copo cheio e não
denunciar o meio copo vazio. Toda vez que se faz uma mudança de cultura acontece isso”,
pontua, lembrando que 16% da população mundial são responsáveis por 78% do consumo
internacional. Ele pondera que a tão difundida responsabilidade social tem o efeito colateral de
“aplacar a consciência” de consumidores e produtores, que podem achar que “não precisam
fazer mais nada” e deu como exemplo pessoas que pensam que fazem sua parte apenas
separando o lixo reciclável e, por outro lado, continuam consumindo em excesso.
Mattar propõe medidas como o ensino na educação primária de atitudes que promovam a
conscientização sobre sustentabilidade e a produção de bens duráveis, algo que vai de
encontro ao ritmo industrial atual, afirmando que será necessário mudar o foco da estrutura
de consumo, menos centrada na produção industrial, apontando para o setor de serviços. Isso
estimularia o “consumo coletivo” em vez do consumo individual. Um exemplo seria a tendência
de usar mais transportes públicos no lugar do carro. “O mundo sustentável é melhor. Não é um
mundo de sacrifício, sairemos do excesso para a suficiência. Vamos trabalhar menos e
consumiremos para o bem-estar e não só por consumir”, conclui.

Durante o painel, foi assinada a ‘Carta de Intenções de Adesão ao Pacto de Desenvolvimento


Sustentável’ por dirigentes de organizações como Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Conselho
de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (Capes), Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), Embraer e Sinduscon.

As instituições se comprometeram a desenvolver programas de ação que envolverão um uso


melhor da água e energia, reciclagem, construções inteligentes, entre outros indicadores. “Em
1992, o setor privado não tinha esse engajamento. Este ano há um movimento maciço sobre o
papel do setor produtivo em torno dessa agenda”, compara Izabella.

Comentário:

Para a produção ser sustentável há que se mudar o padrão de consumo. Há que se mudar os
hábitos do consumidor. E também os da publicidade. Felizmente cada vez mais consumidores
enxergam isso. E mais pessoas formadoras de opinião mostram isso. E mais empresas querem
produzir para estes novos consumidores, com uma nova publicidade e novas mídias. Mas ainda
há uma grande parcela da população mundial – China, India, Brasil, por exemplo, que ainda
não alcançou o nível de consumo e bem estar dos países com maior consumo, e quer isso. Aí
há um problema, pois como se está caminhando, o problema dos países com maior consumo
está sendo deslocado para aqueles. E para se resolver este problema terá que haver uma
ruptura no modelo atual de produção e consumo. Esta ruptura tem que ser em grandes
proporções, mas pode começar pequena. Mas não parece haver sinais de que essa ruptura
esteja próxima, embora rupturas não possam ser vistas com muita antecedência! E como seria
essa ruptura? Pela colaboração. A atividade econômica colaborativa e não competitiva, como
disse Paul Singer, e como prega a economia solidária. O ser humano não é competitivo por
natureza, ao contrário do que se prega (voltarei a isso em breve).

Aquecimento global é o aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da


superfície da Terra que ocorre desde meados do século XX e que deverá continuar no século
XXI. Segundo o Quarto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas (2007), a temperatura na superfície terrestre aumentou 0,74 ± 0,18 °C durante o
século XX.[1]

A maior parte do aumento de temperatura observado desde meados do século XX foi causada
por concentrações crescentes de gases do efeito estufa, como resultado de atividades humanas
como a queima de combustíveis fósseis e a desflorestação.[2][3] O escurecimento global, uma
consequência do aumento das concentrações de aerossois atmosféricos que bloqueiam parte
da radiação solar antes que esta atinja a superfície da Terra, mascarou parcialmente os efeitos
do aquecimento induzido pelos gases de efeito de estufa.

Modelos climáticos referenciados pelo IPCC projetam que as temperaturas globais de


superfície provavelmente aumentarão no intervalo entre 1,1 e 6,4 °C entre 1990 e 2100.[3] A
variação dos valores reflete o uso de diferentes cenários de futura emissão de gases estufa e
resultados de modelos com diferenças na sensibilidade climática. Apesar de a maioria dos
estudos ter seu foco no período até o ano 2100, espera-se que o aquecimento e o aumento no
nível do mar continuem por mais de um milênio, mesmo que as concentrações de gases estufa
se estabilizem.[3]

Um aumento nas temperaturas globais pode, em contrapartida, causar outras alterações,


incluindo aumento no nível do mar, mudanças em padrões de precipitação resultando
em enchentes e secas.[4] Espera-se que o aquecimento seja mais intenso no Ártico, e estaria
associado ao recuo das geleiras, permafrost e gelo marinho. Outros efeitos prováveis incluem
alterações na frequência e intensidade de eventos meteorológicos extremos, extinção de
espécies e variações na produção agrícola. O aquecimento e as suas consequências variarão de
região para região, apesar da natureza destas variações regionais ser incerta. [5] Outra
ocorrência global concomitante[6][7] com o aquecimento global que já se verifica e que se prevê
continuar no futuro, é a acidificação oceânica, que é também resultado do aumento
contemporâneo da concentração de dióxido de carbono atmosférico.

O consenso científico é que o aquecimento global antropogênico está a acontecer.[8][9][10]


[11]
O Protocolo de Quioto visa a estabilização da concentração de gases de efeito estufa para
evitar uma "interferência antropogénica perigosa.[12] Em Novembro de 2009 eram 187 os
estados que assinaram e ratificaram o protocolo. [13]

Em Outubro de 2008, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro decidiu


interditar setenta por cento da área do aterro sanitário de Gramacho em decorrência da alta
frequência de aparição de rachaduras. Em Agosto de 2008, cinquenta por cento da área já
estava interditada. O terreno se encontra instável desde 2004, mas o aparecimento de um
grande número de novas rachaduras em um curto espaço de tempo provocou a decisão de
acumular lixo somente no centro do aterro sanitário.
Em fevereiro de 2005, a prefeitura de Duque de Caxias começou a cobrar uma Taxa de
Recomposição Ambiental por cada caminhão que depositava lixo em Jardim Gramacho. Já
em janeiro de 2009, a Secretaria de Meio Ambiente do município informou que, em Jardim
Gramacho, existem doze aterros clandestinos. Para o atual prefeito de Duque de Caxias, José
Camilo Zito, esses lixões devem ser fechados imediatamente porque oferecem grande risco
ambiental. Ele atribuiu o crescimento de lixões clandestinos à cobrança de taxas para entrada
no Aterro Sanitário de Jardim Gramacho.
A então secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, esteve em Duque de Caxias no
início de 2009 e firmou diversos compromissos ambientais. Um deles foi a necessidade de
fechamento do Aterro Sanitário de Jardim Gramacho. Depois de mais um adiamento (o
aterro sanitário continuou em funcionamento após dezembro de 2011), o prefeito do Rio de
Janeiro, Eduardo Paes anunciou em 10 de abril de 2012 que o aterro seria fechado em 23 de
abril de 2012. A partir desta data todo o lixo recolhido na cidade do Rio de Janeiro seria
depositado no aterro sanitário de Seropédica. Em 16 de abril de 2012, prefeitura do Rio
anunciou que decidiu adiar para maio o fechamento do Lixão de Gramacho, após reunião no
Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entre o prefeito do Rio, o ministro da
Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e representantes dos catadores. Em 30 de
abril, pela terceira vez em seu governo, o prefeito Eduardo Paes anunciou que o Aterro de
Gramacho será fechado no dia 1º de junho. Em 31 de maio, foi anunciado que o fechamento
se dará em 3 de junho, depois de 35 anos de existência do aterro sanitário ...... "

(fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Jardim_Gramacho)

Newton Almeida :

- As indas e vindas sobre a data final para o encerramento do Aterro de Gramacho acabou
sendo esquecida com o seu fechamento no dia 03 de junho de 2012, com a presença da
Ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira.

A liderança ou voz maior na cerimônia de encerramento ficou com o Prefeito da cidade do


Rio de Janeiro, Eduardo Paes, embora o aterro sanitário esteja localizado na cidade de
Duque de Caxias. Isso se deve ao fato de que a COMLURB (empresa de coleta de lixo do Rio
de Janeiro) deposite lá a maior quantidade do lixo, e principalmente uma hegemonia política
por parte do município do Rio de Janeiro, o apoio do Governador à reeleição do atual
prefeito do Rio.

Mas, o maestro foi o Secretário Estadual do Ambiente, Carlos Minc, que inclusive foi o
primeiro a sinalizar, a trazer para si a responsabilidade pela ajuda aos catadores através da
venda do gás metano para a REDUC (Refinaria de Duque de Caxias), e que para tanto foi
constituída a Empresa Novo Gramacho.

Outro que se destacou nesse processo foi o Tião Santos. Ele ficou sempre ao lado dos seus,
viajou para a festa do Oscar, pelo filme Lixo Extraordinário, sem esquecer de dividir com
todos o sucesso que conquistou, pelos seus ideais. Não que seja bonita a vida num lixão, mas
é linda a solidariedade entre as pessoas que nada tem, além da foça de vontade de
conquistar uma situação melhor trabalhando honestamente.

Fonte da foto acima : http://acamjg.blogspot.com.br/


Sabemos que o encerramento desse lixão, que há muito tempo já deixou de depositar o
lixo em moldes de aterro sanitário, no máximo poderia ser chamado de aterro controlado de
lixo, não será a solução para os problemas sociais da região metropolitana do Estado do Rio
de Janeiro, e que um estado forte é construído com educação e valores morais. Não serão R$
14 mil reais que irão solucionar os traumas pessoais, dependência química, ausência de
referências afetivas mínimas, falta de escolaridade e tantos outros obstáculos que o povo
humilde enfrenta.

Pedagogia da sustentabilidade

A tradição da educação ambiental no Brasil, inspirada por Paulo Freire, tem na cidadania e na
ética seus principais fundamentos

06/03/2012

Por Marcos Reigota

A noção de sustentabilidade surgiu em documentos, artigos e estudos de autores com


posicionamentos contrários ao enfoque economicista da noção de desenvolvimento
sustentável, difundido principalmente pela ONU na segunda metade dos anos 1980. Elaborada
por um grupo de renomados cientistas e economistas reunidos sob a liderança de Gro
Brundtland, na época primeira-ministra da Noruega, a noção de desenvolvimento sustentável
fazia críticas aos modelos de desenvolvimento que desconsideravam as necessidades básicas
das futuras gerações, relacionadas com os recursos naturais, e enfatizava que as prioridades
desse modelo de desenvolvimento deveriam atender às camadas mais pobres da população.

A proposta de desenvolvimento sustentável alertava para as conseqüências sociais, ecológicas,


culturais e principalmente econômicas do capitalismo industrial e da economia planejada
(socialista de Estado).

As críticas ao modelo capitalista de desenvolvimento, vindas do interior dele próprio, com o


aval da ONU e, posteriormente, de grandes conglomerados industriais, científicos, ONGs e
alguns dos mais conhecidos ecologistas, foram consideradas insuficientes e moderadas por
pesquisadores e ativistas mais radicais, que argumentavam pela necessidade de profundas
mudanças estruturais nos modelos vigentes de exploração, produção, consumo e acesso aos
bens materiais, culturais e naturais.

Pela sua ampla adesão e domesticação pelo sistema econômico e político predominante, a
noção de desenvolvimento sustentável foi considerada pelos radicais como uma proposta
reformista do capitalismo, que, por si só, é ecologicamente insustentável e socialmente
injusto.

A difusão da noção de sustentabilidade como contraponto e crítica ao desenvolvimento


sustentável ocorreu discretamente, não contando, por exemplo, com todo o aparato de
instituições internacionais, como ONU, empresas transnacionais, congressos de associações de
classe, revistas científicas e cursos de universidades tradicionais e renomadas, documentos e
campanhas de grande penetração na mídia, e órgãos públicos como secretarias e ministérios.

Conceitos distintos

Em vários documentos, artigos científicos e discursos na mídia, é comum se observar o uso de


desenvolvimento sustentável e de sustentabilidade como sinônimos. Esse equívoco precisa ser
evitado, pois embora as duas noções tenham pontos comuns, elas, no entanto, apresentam
significativas diferenças filosóficas, políticas e históricas.

Diferentemente do desenvolvimento sustentável, que conta com várias definições no


documento “Nosso Futuro Comum”, que lhe deu origem e foi publicado no Brasil pela
Fundação Getúlio Vargas, a sustentabilidade apresenta inúmeras interpretações, dependendo
dos autores, mas se pode afirmar que seu denominador comum são os princípios de
solidariedade, cooperação, responsabilidade, cidadania e ética na exploração, produção,
utilização e distribuição dos bens coletivos, nos quais se incluem os recursos naturais vitais.

Essa diferenciação entre as duas noções se faz necessária, pois ela afetará as políticas públicas,
as parcerias do Estado com as empresas, e destes com as ONGs, assim como os projetos
político-pedagógicos de formação profissional de jovens.

Um exemplo é a polêmica causada pela decisão da Unesco de definir a atual década como a
“Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável”, que envolve conhecidas
instituições e alguns dos mais conceituados educadores ambientais do mundo. A Unesco
alegou que a educação ambiental praticada até então esteve voltada para o conservacionismo
biológico, não se atendo aos problemas socioambientais, e que era necessário mudar a
denominação e difundir a educação para o desenvolvimento sustentável. O argumento da
Unesco é em parte pertinente e pode ser verificado em vários países, mas não faz jus aos
princípios e movimento da educação ambiental realizada, por exemplo, no Brasil, México e
Canadá.

Cidadania e ética

No Brasil, uma de suas principais vertentes – a educação ambiental como educação política –,
surgiu com o processo de redemocratização do país e tem na cidadania e na ética um dos seus
principais fundamentos. Na sua constituição, foi inegável a influência do pensamento de Paulo
Freire. O seu principal objetivo foi e é o da intervenção dos cidadãos e cidadãs diante dos
problemas socioambientais específicos, vivenciados no cotidiano, e da busca de alternativas e
soluções.

Com a ampliação e presença, entre vários outros fatores, da temática nas universidades, nos
meios de comunicação e nas empresas, o surgimento de órgãos públicos específicos, entre eles
o Ministério do Meio Ambiente e leis reguladoras, as prioridades dadas ao meio ambiente na
Constituição de 1988 e o impacto da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e
Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro em 1992, surgiu a necessidade de qualificar cada
vez mais a intervenção cidadã, dando origem a um novo profissional, que não deixou de ser
ativista.
Estudos mais específicos precisam ser feitos para se avaliar o crescimento da oferta e procura
por cursos técnicos de meio ambiente e por cursos superiores de biologia e geografia nos
últimos anos, principalmente daqueles que incorporaram nos seus currículos os princípios da
sustentabilidade, ou, ainda, o surgimento de novos cursos, como os de gestão ambiental. Em
relação às possibilidades de pesquisas de mestrado e doutorado sobre educação ambiental nos
mais diversos programas de pós-graduação, contamos com variados estudos científicos que
mostram como, nos últimos 20 anos, se formou no Brasil um grupo altamente qualificado para
abordar essas questões e formar novas gerações.

Esses estudos mostram que o movimento crescente pela pós-graduação se caracteriza mais
pelas escolhas pessoais e acolhida aos jovens por professores e pesquisadores experientes, e
por brechas institucionais, do que como resultado de políticas públicas ou pela “demanda do
mercado”. Em relação aos cursos técnicos e superiores, estamos presenciando a formação de
uma geração de profissionais cujo projeto político-pedagógico não separa as atividades
cotidianas da intervenção cidadã, voltada para os interesses da sociedade e do bem comum,
sem desconsiderar os objetivos de cada um, e que conta com respaldo de universidades,
empresas, órgãos públicos e associações de classe.

O perfil desse novo profissional está sendo construído e será melhor definido quando forem
mais conhecidas suas atividades, seus principais expoentes, os projetos político-pedagógicos
dos cursos que fizeram e, em especial, pelo impacto social, ambiental, cultural e econômico do
seu trabalho. Os jovens que procuram essa formação ampliam as possibilidades políticas e
profissionais da sustentabilidade e podem encontrar trabalho nas ONGs, indústrias, empresas
prestadoras de serviços, órgãos públicos, escolas, universidades etc.

Participar da construção de uma identidade profissional e solidificar uma área de atuação e


intervenção é um atrativo a mais, principalmente aos jovens mais inquietos, não-conformistas
e criativos, pois a formação em e para a sustentabilidade não se limita a receber
conhecimentos padronizados. Ela enfatiza a construção coletiva de conhecimentos e buscas
cotidianas de intervenção, lá onde os desafios se encontram, e destaca os mais diversos
aspectos da problemática socioambiental vivenciada pela população, pautada em estudo de
casos concretos.

Se o investimento coletivo para a formação de jovens, tendo a sustentabilidade como princípio


político e pedagógico, se concretizar no Brasil, é de se esperar resultados promissores. Se, ao
contrário, for apenas mais um discurso sedutor para atrair jovens indecisos, corre-se o risco de
desperdiçar o histórico da educação ambiental e afastá-los de uma das mais desafiadoras
questões de nossa época. Como o mercado de trabalho valoriza e valorizará esses novos
profissionais é uma questão que diz respeito à sociedade em geral e aos empregadores em
particular.

Sobre o autor

Marcos Reigota é professor do Mestrado em Educação da Universidade de Sorocaba. É doutor


pela Universidade Católica de Louvain e tem pós-doutorado pela Universidade de Genebra

Depoimento

“Acho que a escola é o ambiente mais propício para a transmissão da educação ambiental. É
que a escola é nossa primeira casa mais social, em que você se percebe inserido em uma
comunidade, a comunidade no bairro, o bairro na cidade e assim por diante. A partir dessa
percepção, você começa a se dar conta de que sua ação pode afetar a todos. Uma ação de
educação ambiental feita pela ONG 4 Cantos do Mundo, em que trabalho, é um bom
exemplo dessa idéia. Fizemos com os alunos de uma escola de Belo Horizonte uma pesquisa

e um diagnóstico dos resíduos produzidos no ambiente escolar. Depois, mapeamos os


catadores de lixo do bairro, convidamos um deles para uma palestra na escola e a partir das
informações coletadas construímos um sistema de destinação correta para os resíduos. O
ambiente escolar ficou melhor, mas não só por causa da questão do lixo. Os alunos entraram
em contato com princípios que discutimos, valores que permanecem com eles como
cooperação ou competição, respeito, cidadania. Essa permanência é muito importante.
Educação ambiental não pode ser feita só no Dia da Árvore, por exemplo, como muitas
escolas ainda fazem. A questão ambiental é contínua, tem de ser trabalhada na escola em
todas as disciplinas e entrar na vida do estudante nas relações com sua casa, com seus
amigos, com sua comunidade.”

Carolina Campos, 23 anos, coordenadora de Educação Ambiental da ONG 4 Cantos do


Mundo, fundada por jovens em 2002 (www.4cantosdomundo.org.br)

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