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TRÊS LAGOAS
2016
Charlene Marques da Silva
Iziel Mariano Cardoso
Lidiane Basso de Alencar
Três Lagoas.
2016
CHARLENE MARQUES DA SILVA
IZIEL MARIANO CARDOSO
LIDIANE BASSO DE ALENCAR
Banca Examinadora
_________________________________ __________________
Jaqueline Schiavinato Olivo Assinatura
_________________________________ __________________
Fernanda Assinatura
_________________________________ __________________
Tainara Cristina Avila Assinatura
RESUMO
This summary precedes the work of completion of civil engineering course, being
informative, in order to demonstrate the differences between mechanized excavation and
mining excavation, and as more and more technologies are used in this type of work. safety
standards excavation will be presented, with the presentation of the subject and theoretically
seeking foundation in laws such as the Norm 18 indicating Procedures Technical regulations
03 and books available in the library of AEMS institution as Foundations Theory and
Practice, compaction of Soils, Soil Mechanics. An activity considered as dangerous as the
excavation may have risks minimized with training to workers and skilled labor, the
excavation is considered a dangerous job, but it is important to indicate a middle ground
where worker safety and the implementation of a project to be developed efficiently and
safely. Over the years, the construction industry has evolved with several technological
innovations and the excavation and this evolution will be presented in this work
LISTA DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
MÉTODOS
Foi feito o estudo das normas técnicas de segurança, apoiadas pelos documentos legais
do Ministério do Trabalho e Emprego (Normas Regulamentadoras – NR) e literaturas
existentes.
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica – ênfase na consulta de livros para obtenção
de informações essenciais e de campo – com busca de dados in lócus, aplicação de
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 A evolução histórica da escavação na construção civil
Não existe registro sobre a primeira escavação feita pelo homem, até porque esta
atividade é realizada desde os primórdios da humanidade, mas em 1865 a escavação
mecanizada ganha espaço, pois a máquina tipo Shovel (figura 1) deixa de ser produzida por
apenas um fabricante e começa a ser produzida por várias empresas e como facilita muito a
movimentação da terra, tiveram grande aceitação principalmente na época pelas grandes
construções de ferrovias.
muito antiga e devido a sua importância não deixará de ser usada, pois precisamos da mesma
nas nossas necessidades primarias como implantação de redes coletoras de esgoto sanitários,
aberturas de ruas (escavações rasas), construção de túneis (escavações profundas) que
servirão para a implantação dos trilhos de VLT- veículo leve sobre trilhos, entre outros
diversos trabalhos em que a escavação se torna essencial.
A construção de valas, valetas, na realização dos trabalhos que citamos, é a etapa
inicial e demanda planejamento e uma boa execução. Podemos classifica-las como uma
“mini’ escavação, devido às suas proporções, porém para um bom resultado final na obra é
necessária sua perfeita execução. (NAKAMURA, 2014).
Escavação é uma das atividades de maior risco da área de construção civil e para
disciplinar esta atividade o Ministério do Trabalho e Emprego (M.T.E.), criou a Norma
Regulamentadora de número 18 conhecida como NR 18.6. Esta regulamenta e normatiza a
atividade de escavação, estabelecendo os parâmetros para que ela possa ser desenvolvida de
maneira segura. A NR 18.35 também estabelece que deve ser seguida a RTP, Recomendações
Técnicas de Procedimentos, que foi aprovado pelo Comitê Permanente Nacional sobre
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção – CPN.18.6.6.
Para preparação do projeto e execução das escavações a céu aberto, serão notadas as
condições exigidas na NBR 9061/85 - Segurança de Escavação a Céu Aberto da ABNT.
18.6.16. Na execução de tubulões a céu aberto, aplicam-se as disposições constantes no item
18.20 - Locais confinados. 18.6.20.1.
Na execução de escavações e fundações sob ar comprimido, deve ser respeitado o
disposto no Anexo no 6 da NR 15 - Atividades e Operações insalubres.18.6.20.
Toda escavação somente pode ser iniciada com a liberação e autorização do
Engenheiro responsável pela execução da fundação, atendendo o disposto na NBR 6122:2010
ou alterações posteriores. Inclusão dada pela Portaria MTE 644/2013.
Apesar dos dados e das medidas já mencionadas anteriormente, existem algumas
regras na construção que são de caráter obrigatórios na execução de escavação e de valas,
sendo que devem estar dentro das condições exigidas pela lei. Assim sendo, na ocasião em
que a vala atingir a profundidade de 1,25m adiante, é necessário fazer uma escora, além de
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respeitar os ângulos dados ao talude natural, não devem ter materiais acumulados sendo eles
da escavação ou não nas proximidades das valas. Na ocasião onde isto não se torne possível,
deve ser feito um projeto para que haja precaução impedindo o deslizamento de paredes ou
que os materiais caiam nas valas. Como faz parte da norma geral, é obrigatório manter
distância de um meio da altura da escavação livre de carga ou de trajeto de veículos. Já para
as de profundidades de dois ou mais metros é necessária proteção agraves de guarda-corpo e
sinalizações estipuladas na legislação vigente. Se acontecer alagamento nas valas, é
obrigatório a reavaliação minuciosa e precisa do projeto antes de voltar a trabalhar neste setor
novamente, tem que ser feita a retirada da água não esperada assim evitando a instabilidade da
vala ou talude. Deve-se conferir os cortes e taludes de tempos em tempos, conforme
estipulados no projeto, assim será evitado os empuxos acidentais de veículos, martelos
pneumáticos etc. Cada equipe deve ter ao menos uma escada móvel, não pode inserir dentro
de valas maquinários ligados por motores a explosão que gerem gases como o monóxido de
carbono, a menos que estipulado em projeto e que esteja preparado o ambiente para a
exaustão do mesmo. Todos os trabalhadores de valas têm que estar informados diariamente
sobre seu trabalho e as medidas de segurança necessária para a sua proteção e de sua equipe,
deve ter informação real quanto a cada risco eminente no local e qual a medida de proteção
eficaz para cada risco específico. Ao iniciar o dia de trabalho, deve-se revistar as contenções
e, na ocasião em que houver interrupções na jornada de trabalho de um dia ou mais por
motivos de condições climáticas como chuvas, é necessário que o parâmetro da contenção vá
um pouco mais à frente no trecho a borda da vala, assim evitará a queda de materiais ou
objetos em seu interior. Normalmente a retirada das contenções acontece quando as mesmas
deixam de ser uteis sendo que são retiradas primeiro as da parte inferior do corte. O processo
de reaterro são tão minuciosos quando os de escavação, devendo ter os mesmos cuidados.
Tem que fazer a verificação se a área que deseja iniciar uma escavação é de proteção
ambiental ou se possui algum histórico de riscos de deslizamentos etc. (RTP).
O Ministério do Trabalho, através da Fundação Jorge Duprat de Figueiredo de
Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO, publicará "Recomendações Técnicas
de Procedimentos - RTP", após sua aprovação pelo Comitê Permanente Nacional sobre
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - CPN, visando subsidiar
as empresas no cumprimento desta Norma (FUNDACENTRO, 2002).
A NR 18 visa a segurança do trabalhador na construção civil e a NR 18.6 estabelece
parâmetros legais para que a escavação seja feita minimizando seus riscos o máximo possível
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sendo assim a mesma estabelece que taludes acima de 1,25m devem ter estabilidade
garantida, além de escadas ou rampas para acesso aos trabalhadores em caso de saída de
emergência. Com a possibilidade de vazamento de gás ou de infiltração o local deve ser
monitorado e ventilado adequadamente, em caso de vazamento deve ser acionado o alarme
sonoro e visual. E obrigatória sinalização de advertência e barreira de isolamento em todo o
perímetro da escavação, inclusive advertência noturna, deve haver sinalização para os
trabalhadores. (BRASIL, 1978).
Tubulações, túneis, galerias ou escavações profundas de pequenas dimensões, cuja
frente de trabalho não possibilite perfeito contato visual da atividade e em que exista trabalho
individual, o trabalhador deve estar preso a um cabo-guia que permita, em caso de
emergência, a solicitação ao profissional de superfície para o seu rápido socorro.
(FUNDACENTRO, 2002).
Na NR 18.6 normatiza a regra que em todos estabelecido devem ter áreas de trabalho
limpas, e que haja cuidado com as edificações vizinhas para que as mesmas não sejam
afetadas pela escavação, também estabelece que é obrigatório um responsável técnico
legalmente habilitado, dever ser verificado a distância mínima dos materiais retirados da
escavação que deve ficar a pelo menos metade da distância da profundidade da escavação a
partir da borda do talude. (BRASIL, 1978).
6. ESCAVAÇÕES
6.1 Superficiais ou rasas
É classificada como escavação rasa aquela que não ultrapasse três metros de
profundidade normalmente utilizada para a construção de rodovias, ruas, avenidas e ainda
rasas utilizadas em construções residenciais chamadas de fundações. As fundações rasas
apoiam-se sobre o solo a uma profundidade consideravelmente pequena em relação ao solo
ambiente, sendo assim, edificações com dois subsolos, são classificadas rasas.
Para a execução destas escavações, a utilização de força de trabalho humana é adotada
na maioria dos casos, principalmente em pequenos projetos de construção (residenciais),
devido à dominação das cargas leves que é designada. Dois tipos bem comuns, se tratando de
fundações, de escavação rasa é o baldrame e a sapata. A construção de rodovias no Brasil, se
difere da construção residencial, pelo fato de que nas rodovias a utilização de máquinas para a
realização do serviço é mais empregada do que a mão de obra humana.
Dos ensaios geofísicos, o mais importante para a engenharia de fundações é o ensaio e
“Cross-Hole”. É através desse ensaio que se obtém o valor do módulo de cisalhamento
máximo G0 , assim como sua degradação com o aumento das deformidades cisalhantes. É
considerado hoje o principal parâmetro geotécnico para estudos racionais das características
de rigidez dos solos. (RODRIGUES, 2012).
Elementos de fundação rasa são os que a carga é transmitida ao terreno,
predominantemente pelas pressões distribuídas sob a base da fundação, e em que a
profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente é inferior a duas vezes a menor
dimensão da fundação. Incluem-se neste tipo de fundação as sapatas, os blocos, os radier, as
sapatas associadas, as vigas de fundação e as sapatas corridas (NBR 6122).
A escavação de fundações superficiais acontece em algum dos tipos de fundação rasas
detalhadas abaixo, segundo a NBR 6122:
a) Sapata: elemento de fundação superficial de concreto armado, dimensionado de
modo que as tensões de tração nele produzidas não sejam resistidas pelo concreto, mas sim
pelo emprego da armadura. Pode possuir espessura constante ou variável, sendo sua base em
planta normalmente quadrada, retangular ou trapezoidal.
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Figura 9 – Sapatas.
Figura 10 –Blocos.
Figura 11 - Radier:
d) Sapata associada ou radier parcial: sapata comum a vários pilares, cujos centros, em
planta, não estejam situados em um mesmo alinhamento.
O controle de qualidade das fundações deve iniciar-se pela escolha da melhor solução
técnica e econômica, passando pelo detalhamento de um projeto executivo e finalizando com
o controle de campo da execução do projeto. A fundação direta nesse sentido, faz-se uma
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opção interessante, pois, para a sua execução, não é necessário o emprego de equipamentos e
de mão de obra especializada, bastando para tanto uma equipe composta de serventes,
carpinteiros e armadores, fatores que tornam a fundação rasa atraente no que se refere ao
aspecto econômico (JOPPERT, 2011).
A escolha correta de uma solução de fundações deve passar necessariamente por uma
criteriosa análise técnica e econômica de várias alternativas, devendo ser ponderadas variáveis
tais como: condições das edificações vizinhas à obra, geotécnica local, viabilidade executiva e
existência de mão de obra especializada para a execução da solução definida, sob pena de se
tornar um projeto mal executado. (JOPPERT, 2011).
A fundação rasa de uma edificação tem o seu custo variando entre 3% e 7% do custo
total do empreendimento. Apesar disso, erros conceituais de projetos e vícios executivos
podem acarretar custos diretos e indiretos elevadíssimos, desde reforços e recuperação
estrutural até ações jurídicas de consequências imensuráveis, por esses fatores deve ser uma
fase muito bem executada da obra. (JOPPERT, 2011).
Declinaremos na especificidade da construção de rodovias ao tratar da temática
escavação rasa, a primeira etapa da obra escolhida como objeto de estudo deste tópico, muitas
vezes acontece de forma bem sútil, não ultrapassando mais que poucos centímetros de
profundidade na sua execução. Por sua vez após essa etapa, é de suma importância à
realização da segunda etapa, tão importante quanto a primeira, denominada compactação do
solo, que é entendida como ação mecânica por meio da qual se impõe ao solo uma redução do
seu índice de vazios, decorrentes da expulsão do ar do seu meio, quando submetido a uma
compressão. (TRINDADE, 2008).
Entende-se por pavimento a estrutura construída sobre um terreno de fundação
(subleito), a qual deverá resistir à ação das cargas de roda dos veículos e às ações do tempo
(variação térmica e higrométrica). O pavimento é composto de várias camadas, com
finalidades específicas, as quais podem ser: Camada de Revestimento (CR), de Base (B) se
sub-base (SB) e de Reforço do Subleito (Ref.) e a escolha desse item deve-se ao fato de que o
outro exemplo de escavação rasa que trataremos neste trabalho acadêmico é a pavimentação
asfáltica, mais especificamente a compactação de solo e preparação par o recebimento desse
material. (SILVA, 2005)
Segundo CAPUTO (1975), entende-se como compactação de um solo, o processo
manual ou mecânico que visa reduzir o volume de seus vazios e, assim, aumentar sua
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resistência, tornando-o mais estável. Em geral, existem cinco fatores para a compactação de
um solo:
Aumentar resistência à carga;
Eliminar recalque do solo ou qualquer outro dano;
Aumentar sua estabilidade ou dar a ele estabilidade;
Redução do teor de umidade ou água com filtragem ou drenagem;
Expulsão de ar.
Essa técnica é empregada em diversas obras de engenharia, como os aterros para
diversas utilidades, as camadas constitutivas de pavimentação, a construção de barragens de
terra, preenchimento dos espaços atrás de muros de arrimo e reenchimento das inúmeras
valetas que se abrem diariamente nas cidades, e para tal são utilizados os métodos abaixo
descritos. (PINTO 2006)
Para se compactar um solo, geralmente são aplicados esforços, como: vibração,
impacto, amassamento e pressão. Estes diferentes tipos de esforço são encontrados nos dois
tipos principais de força de compactação: estático e vibratório, Força estática é simplesmente
o peso próprio da máquina aplicado sobre a superfície do solo, comprimindo suas partículas.
A única maneira de modificar a força efetiva de compactação é pela adição ou subtração do
peso da máquina. O nível desejado de compactação é mais bem alcançado pela combinação
do tipo de solo com o método de compactação adequado. Outros fatores devem ser
considerados, tais como: especificações de compactação e condições do local da obra.
Os Compactadores, fornecem uma alta força de impacto, fazendo deles uma excelente
escolha para solos coesivos e semi-coesivos. A faixa de frequência é de 500 a 750 golpes por
minuto, eles sua força a partir de um pequeno motor a gasolina ou diesel que aciona um pistão
grande preso a dois jogos de molas. O compactador tem uma inclinação para a frente, que lhe
permite deslocar-se adiante. Compactadores abrangem três tipos de compactação: impacto,
vibração e amassamento.
Antigamente nas escavações de tuneis era necessário que fossem executadas pequenas
galerias, para que após as mesmas fossem juntadas formando a etapa de alargamento. De
acordo com Ferraz, 1994, todas as etapas eram trabalhosas, perigosas e difíceis além de
complexas, sendo necessária superabundância em madeira para o serviço de escoramento,
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Nas escavações profundas, que tem como exemplo norteador deste trabalho a
escavação de túneis, a primeira etapa deve ser de investigar as condições geológicas em
relação ao solo que será escavado, elas irão proporcionar as informações gerais necessárias na
área de geologia onde deve ser feito o empreendimento e estas orientarão todo o processo de
escavação que será realizado naquela área. Atualmente, a área de mineração ou a de grandes
construções civis, as escavações subterrâneas (em rochas) vêm sendo extremamente utilizada
em todos os locais do mundo. (GERALDI, 2011)
Hoje em dia, para a escavação de túneis em rocha, ainda predominam as técnicas da
metodologia tradicional, denominada mundialmente como metodologia D&B –Drill and Blast
(perfuração e detonação), metodologia esta composta por enumeras etapas que devem ser
executadas em ordem, tendo seu ciclo totalmente definido para o sucesso do processo.
(MASCARENHAS, 2014)
O método Drill and Blast é econômico, por isso é um dos mais usados em túneis
rodoviários, ferroviários e metroviários, além de obras de adução, mineração e de poços. O
seu método é de detonação de explosivos nas frentes de escavação de túneis em maciços
rochosos. Pelo uso de explosivos é exigido um alto detalhamento na segurança do local, além
de continuo monitoramento pelas vibrações e danos que podem ocorrem em estruturas do seu.
Neste método de escavações, devem-se considerar fatores quando ocorre a escavação acima
do lençol freático, onde o solo tem contato direto com o ar. (ZANELATO 2003)
É necessário outro tipo de análise para a escavação abaixo do lençol freático. A água
corre para dentro da área escavada preenchendo os vazios crescentes do solo adjacente e
aumentando a sua pressão, devido ao aumento do teor de água no solo, provocando, desta
forma, a sua rápida desintegração. É uma diferença muito grande no método de escavação
acima do lençol freático e abaixo havendo grandes mudanças de cálculo. (ZANELATO 2003)
Outro método muito utilizado na construção de tuneis é o método NATM (New
Austrian Tun- ne-lling Method), este método surge após se observar a dificuldade da
escavação com escoramento de madeiras, tendo vantagens de que o método se adapta a seção
que será escavada, e pode ser alterado em qualquer ponto, tendo em vista que a geométrica da
escavação não é precisa e que o tipo de solo muda, faz parte deste método a utilização de
químicas e cimento e se necessário o rebaixamento do lençol freático. O método NATM vai
se adaptando conforme a escavação assim ele faz a distribuição das tensões máximas de
melhor maneira, evitando a desagregação do maciço. Desta forma, o método NATM tem sido
amplamente utilizado na escavação de túneis, tanto para solo como para rocha. Porém, no
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caso da escavação de túnel subterrâneo em rocha pelo NATM, quando se realiza desmontes
de rocha a fogo, a atividade também gera impactos negativos como vibrações, impactos
sonoros e os próprios riscos inerentes a obras subterrâneas que podem afetar a integridade dos
que se encontram nas proximidades. Todo o avanço tecnológico que envolveu a criação de
máquinas e utilização de produtos químicos pesados fez com que a escavação se tornasse uma
tarefa um pouco mais fácil. Nem sempre foi assim, mesmo em um passado não tão distante,
os mineiros costumavam usar as ferramentas mais básicas e eficazes a sua disposição,
escavando a terra e cavando poços e minas, com resultados, na maioria das vezes desastrosos.
Muitas das ferramentas pioneiras de mineração foram transformadas em equipamentos usados
atualmente.
Abaixo são citadas algumas das técnicas mais utilizadas em escavação mecanizada:
7.1 Congelamento do solo
O processo de congelamento foi inventado há mais de cem anos, sendo usado
inicialmente na construção de poços. Nos últimos 30 anos, as investigações foram no sentido
de explorar as propriedades térmicas e mecânicas do solo congelado. Neste período, o
congelamento de solo passou a ser utilizado cada vez mais para escavações em solo. A técnica
atual utiliza nitrogênio líquido para congelamento. (KOCHEN, 2010).
O processo consiste em retirar o calor e a umidade natural do solo, características que
colocam em risco os trabalhos de escavação, e congelá-lo através de um intenso processo de
refrigeração. São utilizados dois métodos de congelamento, o fechado e o aberto. A principal
diferença entre ambos está no tempo que é gasto para o congelamento. No fechado é possível
congelar um determinado volume de solo em um período de três a quatro semanas, já no
método aberto o mesmo volume pode ser congelado em um período de 5 a 7 dias.
(REZENDE, 2013).
Na técnica fechada utiliza-se geralmente a salmoura, uma solução de água saturada
com sal. Há uma central elétrica de resfriamento que mantém a solução a uma temperatura de
aproximadamente -36 ºC. A salmoura percorre o solo através serpentinas que são instaladas
no interior de todo o volume de solo que se deseja congelar e a partir da circulação da solução
que será constantemente resfriada pela central, obtém-se um solo de alta coesão e
estanqueidade. (REZENDE, 2013).
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7.2 Ar comprimido
Esse é o método recomendado para solos com presença de lençol freático sem
possibilidade de esgotamento, devido ao risco de desmoronamento das paredes do fuste. Os
problemas durante a execução de tubulões a ar comprimido, estão relacionados à segurança
dos operários durante a compressão e descompressão da campânula. Por isso, esse tipo de
fundação é adotado apenas para construção de pontes, viadutos e obras com grandes
carregamentos. O engenheiro de obra deve estar atento aos procedimentos de entrada e saída
dê acordo com o equipamento. (TÉSIO, 2007).
A possibilidade de emprego do sistema de ar comprimido é bastante flexível. Sua
utilização ainda será possível quando o rebaixamento do lençol freático, mesmo com bombas
a vácuo, não é suficiente, ou seja, na drenagem da frente de trabalho ou, pelo menos, dos dois
terços superiores da mesma. Este sistema é também menos sensível às variações de solo em
camadas consecutivas. Com o emprego destas técnicas consegue-se elevado fator de
segurança no trabalho. ZANELATO, 2003
Pretendendo-se executar um tubulão num terreno onde haja muita água, o esgotamento
da escavação, por meio de bombas, é difícil, além do que é inexequível a construção da base
abaixo do nível d’água, devido ao perigo de desmoronamento do solo. Estes obstáculos são
vencidos com o uso do tubulão pneumático, o qual mantém a água afastada da câmara de
trabalho por meio de ar comprimido. (CAMERA, 2013).
preveja desníveis ao longo do percurso. A injeção de lubrificante pode ser feita durante todo o
trecho de abertura do túnel. As técnicas e os sistemas usados para controle direcional durante
a escavação são os mesmos utilizados nos MND convencionais: o uso articulado ou seletivo
das cabeças de escavação se encarrega de garantir o direcionamento da frente de escavação.
Finalização da escavação é com a saída da máquina no nível do solo, em uma curva vertical
ascendente. O procedimento é mais simples e menos crítico do que o lançamento da máquina.
Nota-se a sublevação do solo quando o shield se aproxima da superfície. (VALENTE, 2013).
7.7 Terraplaagem
Atualmente na área da terraplanagem, o método mais utilizado é do de escavação
mecânica removendo o solo através de maquinários para terraplenagem e escavação onde
existe no transporte mais de um maquinário envolvido.
Neste setor os tratores e vários outros maquinários que são usados na terraplanagem de
superfície. (VALENTE, 2013).
Algumas táticas de escavação hidromecânicas usam maquinários de terraplanagem.
Alguns exemplos são escavadoras hidráulicas, que trabalham com a massa de terras a pressão
de um jacto de água, ou de dragas de sucção, que sugam o solo juntamente com a água. Com
a utilização desse tipo de equipamento, todos os três elementos de terraplenagem (escavação,
transporte e empilhamento do solo) são combinadas em uma operação contínua, o que
proporciona a elevada eficiência do método. Métodos de combinação de escavação, tais como
a utilização do método mecânico, em conjunto com os métodos de detonação ou
hidromecânico, são também empregados. A escolha do método de escavação e a máquina
para terraplanagem que melhor se adequa ao processo mecânico, dependem do plano de
produção de trabalho de terraplanagem. (COSTA, 2013).
Principalmente no ramo das obras de infraestrutura pesada, existe uma grande
variedade de equipamentos disponíveis no mercado, tanto de pequeno como de grande porte.
A depender do tamanho e do orçamento da obra, serão escolhidos os equipamentos a serem
utilizados. Para obras com grandes extensões, que exijam prazos de execução apertados,
pode-se justificar o emprego de equipamentos caros, porém de alta produtividade. No entanto,
de acordo com o tamanho da obra, a utilização de certos equipamentos de grande porte pode
ser inviável tanto por questões financeiras como por questões físicas. O exemplo de grandes
máquinas, como as perfuratrizes roto percussivas hidráulicas, o porte e o peso das carretas
hidráulicas também devem ser levados em conta, uma vez que estes fatores provocam
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Fonte: Roncalho Treinamentos, 2016.
Figura 23 – pá carregadeira
gravidade e custos dos acidentes de trabalho no período 1997-1999. Outros dados revelam
que os soterramentos estão, ao lado de quedas e eletrocussão, entre os principais tipos de
acidentes de trabalho fatais ocorridos na indústria da construção civil. Há no país, várias ações
na justiça do trabalho contra empregadores, engenheiros e mestres de obras
responsabilizando-os civil e criminalmente por acidentes de trabalho ocorridos nestas
atividades.
Segundo a revista proteção, é preciso usar técnicas que venham a garantir a segurança
dos trabalhadores, tendo em consideração primeiramente, o conjunto de esforços sobre as
contenções. Conhecer onde existem situações de risco é muito importante para a implantação
de projetos adequados com o objetivo de planejar melhorar e fiscalizar o local onde os
trabalhos acontecem. Estar ciente das consequências para tomar iniciativas preventivas que
evitem os acidentes é de suma importância, para as empresas, ao se pensar em um meio
ambiente salutar e seguro para os seus colaboradores.
Vários soterramentos são verificados principalmente em companhias de saneamento
no Brasil. As empresas alegam a demora da instalação dos escoramentos, dizendo que atrasam
o cronograma da obra, porem deve ser colocado no cronograma da obra todos os detalhes
inclusive os de sistema de implantação de segurança ao trabalhado. De acordo com
PROTEÇÃO (2004), em 2000 ocorreram 33 mortes no Brasil na área de saneamento, tendo
como motivo em sua maior parte o soterramento. A privatização do setor está em alta e as
empresas privadas não tem de maneira geral uma grande preocupação com o risco de vida de
seus trabalhadores. A parte de saneamento no Brasil é tão deficiente que em 2004 um setor do
Ministério do Trabalho e Emprego efetuou uma grande força tarefa para que fosse fiscalizada
essa atividade em 6 estados da federação, além do Distrito Federal.
Mesmo com todas as inovações tecnológicas, a atividade de escavação ainda é de risco
e pede cuidado e cautela no seu procedimento, prova disto é que infelizmente, durante as
obras do túnel ferroviário de São Gotardo, faleceram em decorrência de falhas na execução do
projeto de escavação do citado túnel, oito operários em um universo de aproximadamente dois
mil e quinhentos trabalhadores empregados nessa mega construção. (DENCK, 2015)
Já em um estudo no ano de 1998 ficou constatado no trabalho de Gawryszewski,
Mantovani e Liung, que os acidentes ocorridos em local de trabalho ou a serviço dele, 8.2%
são referentes a soterramentos, estes dados podem ser localizados oficialmente no site do
Ministério do Trabalho e Emprego.
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cúbicos; após cinco anos houve um salto para 20 milhões de metros cúbicos, com um
aumento significativo de quinhentos por cento, no valor total de túneis construídos (ROCHA,
2012).
Algumas definições referentes às escavações:
Escavação: Remoção de solo, desde a superfície natural do terreno até a cota
especificada no projeto.
Vala: Abertura feita no solo, por processo mecânico ou manual, com determinada
seção transversal, destinada a receber tubulações.
Escoramento: Toda a estrutura destinada a manter estáveis os taludes das escavações.
Esgotamento: Operação que tem por finalidade a retirada da água da vala, de modo a
permitir o desenvolvimento dos trabalhos sem seu interior.
Leito carroçável: Espaço compreendido entre dois meios-fios.
Fundo da vala: Parte inferior da vala, sobre a qual a tubulação é apoiada diretamente
ou através de um berço adequado.
Profundidade da vala: Diferença de nível entre o fundo da vala e a superfície do
terreno.
Reaterro da vala: Recomposição de solo desde o fundo da vala até a superfície do
terreno.
Rebaixamento de lençol: Operação que tem por finalidade eliminar ou diminuir o
fluxo de água do lençol freático para o interior da vala, através de sistema apropriado.
Tipos de escavação:
Escavação manual: Escavação realizada com auxílio de ferramentas manuais.
Escavações mecanizadas: Escavação realizada com uso de equipamentos
motorizados (por exemplo: escavadeira, retro-escavadeira, etc.) ou pneumáticos.
Escavações taludadas: São escavações executadas com as paredes em taludes
estáveis, podendo ter patamares (bernas ou plataformas), objetivando melhorar as condições
de estabilidade dos taludes.
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treinamento constante dos funcionários já que é um método que muda de acordo com a
necessidade da obra.
Indiferente do método escolhido, é necessário a implantação de programas de
segurança em serviços de escavação, tendo em vista que apenas dessa maneira o risco desta
atividade não afetara aos trabalhadores, o programa de Gestão de Segurança e Saúde
Ocupacional nesse setor é fundamental.
12. REFERÊNCIAS
ABGE FRANCIS, F.O. & ROCHA, H.C. Obras Subterrâneas Civis. Associação Brasileira
de Geologia de Engenharia. São Paulo:1998. Em: <http://engenharia.anhembi.br/tcc-03/civil-
09.pdf> Acesso em 08 de maio de 2016.
CAPUTO, Homero Pinto. Mecanica dos solos. 6. ed. Rio de Janeiro: Jc, 1975. 244 p.
Disponível em: <https://engenhariacivilfsp.files.wordpress.com/2015/05/mecanica-solos-
fundamentos-vol1-6ed-caputo.pdf>. Acesso em: 18 ago. 2016.
CINTRA, Jose Carlos e AOKI, Nelson. Fundações por Estacas e Projeto Geotécnico.
Editora Gráfica Vida e Consciência, 2010 São Paulo.
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