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Submódulo 2.

Requisitos mínimos para


instalações de transmissão e
gerenciamento de indicadores de
desempenho: visão geral
Rev. Nº. Motivo da revisão Data e instrumento
de aprovação pela
ANEEL
09/11/2011
2.0 Versão decorrente da Audiência Pública nº
Resolução
002/2011.
Normativa nº 461/11
16/12/2016
2016.12 Versão decorrente da Audiência Pública nº
Resolução
020/2015.
Normativa nº 756/16

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Procedimentos de Rede

Assunto Submódulo Revisão Data de Vigência

REQUISITOS MÍNIMOS PARA INSTALAÇÕES DE


TRANSMISSÃO E GERENCIAMENTO DE 2.1 2016.12 01/01/2017
INDICADORES DE DESEMPENHO: VISÃO GERAL

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 3
2 OBJETIVOS .................................................................................................................................... 3
3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO ................................................................................................. 4
4 APRESENTAÇÃO DOS DEMAIS SUBMÓDULOS ....................................................................... 4
4.1 Submódulo 2.2 Verificação da conformidade das instalações de transmissão aos requisitos
mínimos .......................................................................................................................................... 4
4.2 Submódulo 2.3 Requisitos mínimos para subestações e seus equipamentos ........................ 4
4.3 Submódulo 2.4 Requisitos mínimos para linhas de transmissão ............................................. 4
4.4 Submódulo 2.5 Requisitos mínimos para elos de corrente contínua ....................................... 4
4.5 Submódulo 2.6 Requisitos mínimos para os sistemas de proteção, de registro de
perturbações e de teleproteção ...................................................................................................... 4
4.6 Submódulo 2.7 Requisitos de supervisão e controle para a operação .................................... 4
4.7 Submódulo 2.8 Gerenciamento dos indicadores de qualidade da energia elétrica da Rede
Básica e de desempenho das funções transmissão ...................................................................... 5

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Procedimentos de Rede

Assunto Submódulo Revisão Data de Vigência

REQUISITOS MÍNIMOS PARA INSTALAÇÕES DE


TRANSMISSÃO E GERENCIAMENTO DE 2.1 2016.12 01/01/2017
INDICADORES DE DESEMPENHO: VISÃO GERAL

1 INTRODUÇÃO
1.1 O Módulo 2 estabelece os requisitos mínimos para as instalações de transmissão, para a
supervisão e o controle da operação do Sistema Interligado Nacional – SIN, para os sistemas de
proteção, de registro de perturbações e de teleproteção, bem como a sistemática para o
gerenciamento dos indicadores de Qualidade da Energia Elétrica – QEE da Rede Básica e de
desempenho das Funções Transmissão – FT.
1.2 Os requisitos mínimos e o gerenciamento dos indicadores estabelecidos no Módulo 2 são
utilizados para:
(a) balizar as ações do ONS com vistas à proposição das ampliações e reforços na forma
sugerida no Módulo 4 Ampliações e reforços;
(b) subsidiar os agentes de transmissão, que venham a incorporar instalações de transmissão
ao SIN, oriundas de processo de licitação ou de autorização pela ANEEL, com informações
necessárias ao desenvolvimento do projeto básico do empreendimento;
(c) subsidiar os usuários que requeiram conexão às instalações sob responsabilidade de
transmissora com as informações necessárias para o desenvolvimento do projeto de sua
conexão; e
(d) subsidiar os agentes na definição dos recursos de supervisão e controle que devem ser
disponibilizados para o ONS.
1.3 A conexão às instalações sob responsabilidade de transmissora de que trata este módulo
consiste da conexão à Rede Básica, às Demais Instalações de Transmissão – DIT, às instalações
de transmissão de interesse exclusivo de centrais de geração para conexão compartilhada – ICG
ou às instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais
conectadas à Rede Básica.
1.4 Os termos necessários ao entendimento deste módulo estão definidos no Módulo 20 Glossário
de termos técnicos.

2 OBJETIVOS
2.1 Os objetivos do Módulo 2, além de atribuir responsabilidades nos processos e atividades neles
descritos, são:
(a) definir os requisitos mínimos para as instalações de transmissão do SIN, a fim de propiciar
as condições necessárias à obtenção da continuidade, da qualidade e da confiabilidade do
suprimento de energia elétrica aos seus usuários;
(b) definir o processo de verificação da conformidade das instalações de transmissão com base
nos requisitos estabelecidos no instrumento técnico do processo de licitação ou de
autorização do empreendimento e nos Procedimentos de Rede;
(c) definir os requisitos mínimos para a supervisão e o controle da operação do SIN e para os
sistemas de proteção, de registro de perturbações e de teleproteção;
(d) estabelecer a sistemática para o gerenciamento dos indicadores de QEE da Rede Básica;
(e) estabelecer a sistemática para o gerenciamento dos indicadores de desempenho das FT.
2.2 O objetivo deste submódulo é apresentar de maneira global o Módulo 2 e fazer uma breve
descrição de seus demais submódulos.

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Assunto Submódulo Revisão Data de Vigência

REQUISITOS MÍNIMOS PARA INSTALAÇÕES DE


TRANSMISSÃO E GERENCIAMENTO DE 2.1 2016.12 01/01/2017
INDICADORES DE DESEMPENHO: VISÃO GERAL

3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO


3.1 As alterações neste submódulo consistem de melhoria do texto; de adequações à Resolução
Normativa ANEEL n° 320, de 10 de junho de 2008, e à Resolução Normativa ANEEL nº 442, de 26
de julho de 2011; e de alteração dos títulos dos submódulos 2.2, 2.3, 2.4, 2.6, 2.7 e 2.8.

4 APRESENTAÇÃO DOS DEMAIS SUBMÓDULOS

4.1 Submódulo 2.2 Verificação da conformidade das instalações de transmissão aos


requisitos mínimos
4.1.1 O Submódulo 2.2 trata da proposição de requisitos técnicos, verificação da conformidade
do projeto básico e das características “como efetivamente implantadas” das instalações de
transmissão a serem licitadas ou autorizadas pela ANEEL.

4.2 Submódulo 2.3 Requisitos mínimos para subestações e seus equipamentos


4.1.2 O Submódulo 2.3 estabelece os requisitos mínimos para as subestações e para os
equipamentos integrantes das FT Transformação – FTTR, Controle de Reativo – FTCR e Módulo
Geral – FTMG e para os equipamentos terminais das FT Linha de Transmissão – FTLT das
instalações de transmissão integrantes ou que venham a integrar a Rede Básica ou as instalações
de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede
Básica e os requisitos mínimos aplicáveis aos agentes de geração, de distribuição, de
importação/exportação e consumidores responsáveis por subestações com conexão a essas
instalações.

4.3 Submódulo 2.4 Requisitos mínimos para linhas de transmissão


4.1.3 O Submódulo 2.4 trata dos requisitos elétricos, mecânicos e eletromecânicos para as linhas
de transmissão aéreas, em corrente alternada ou corrente contínua, e para as linhas de transmissão
subterrâneas, em corrente alternada, integrantes da Rede Básica ou das instalações de transmissão
de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica, e ainda das
linhas de transmissão integrantes das DIT ou das ICG.

4.4 Submódulo 2.5 Requisitos mínimos para elos de corrente contínua


4.1.4 O Submódulo 2.5 estabelece os requisitos mínimos para elos de corrente contínua que
integram ou se conectam à Rede Básica ou às instalações de transmissão de energia elétrica
destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica.

4.5 Submódulo 2.6 Requisitos mínimos para os sistemas de proteção, de registro de


perturbações e de teleproteção
4.1.5 O Submódulo 2.6 estabelece os requisitos mínimos para os sistemas de proteção, de
registro de perturbações e de teleproteção das instalações de transmissão integrantes ou que
venham a integrar a Rede Básica ou as instalações de transmissão de energia elétrica destinadas
a interligações internacionais conectadas à Rede Básica, e ainda integrantes ou que venham a
integrar as DIT ou as ICG.

4.6 Submódulo 2.7 Requisitos de supervisão e controle para a operação


4.1.6 O Submódulo 2.7 atribui responsabilidades relativas aos requisitos de supervisão e
controle para a operação, estabelece os recursos que os agentes devem disponibilizar para o

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REQUISITOS MÍNIMOS PARA INSTALAÇÕES DE


TRANSMISSÃO E GERENCIAMENTO DE 2.1 2016.12 01/01/2017
INDICADORES DE DESEMPENHO: VISÃO GERAL

ONS e apresenta indicadores para avaliação da disponibilidade e da qualidade dos recursos de


supervisão e controle.

4.7 Submódulo 2.8 Gerenciamento dos indicadores de qualidade da energia elétrica da Rede
Básica e de desempenho das funções transmissão
4.1.7 O Submódulo 2.8 estabelece os indicadores de desempenho da Rede Básica relacionados à
QEE (indicadores de continuidade do serviço, de frequência e de tensão), e os respectivos valores
de referência, e a sistemática para o gerenciamento dos indicadores de QEE e de desempenho das
FT.

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Submódulo 2.2

Verificação da conformidade das


instalações de transmissão aos
requisitos mínimos
Data e instrumento de
Rev. Nº. Motivo da revisão aprovação pela
ANEEL
09/11/2011
Versão decorrente da Audiência Pública nº
2.0 Resolução Normativa
002/2011.
nº 461/11
16/12/16
Versão decorrente da Audiência Pública nº
2016.12 Resolução Normativa
020/2015.
nº 756/16

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Assunto Submódulo Revisão Data de Vigência

VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE DAS


INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO AOS 2.2 2016.12 01/01/2017
REQUISITOS MÍNIMOS

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 3

2 OBJETIVOS .................................................................................................................................... 3

3 PRODUTOS .................................................................................................................................... 3

4 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO ................................................................................................. 4

5 RESPONSABILIDADES ................................................................................................................. 4
5.1 OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO – ONS................................................................... 4
5.2 AGENTE DE TRANSMISSÃO ........................................................................................................... 4
6 DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DOS PROCESSOS .......................................................................... 5
6.1 PROCESSO DE PROPOSIÇÃO À ANEEL DE REQUISITOS TÉCNICOS PARA AS INSTALAÇÕES DE
TRANSMISSÃO ................................................................................................................................... 5
6.2 PROCESSO DE ANÁLISE DA CONFORMIDADE DO PROJETO BÁSICO DAS INSTALAÇÕES DE
TRANSMISSÃO ................................................................................................................................... 5
6.3 PROCESSO DE ANÁLISE DA CONFORMIDADE DAS CARACTERÍSTICAS “COMO EFETIVAMENTE
IMPLANTADAS” DAS INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO ............................................................................ 6

7 FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS .......................................................................................... 7

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Assunto Submódulo Revisão Data de Vigência

VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE DAS


INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO AOS 2.2 2016.12 01/01/2017
REQUISITOS MÍNIMOS

1 INTRODUÇÃO
1.1 O Ministério de Minas e Energia – MME, com base no conjunto de empreendimentos indicados
pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS e pela Empresa de Pesquisa Energética – EPE,
define as instalações de transmissão que serão licitadas ou autorizadas pela Agência Nacional de
Energia Elétrica – ANEEL.
1.2 O ONS, agente responsável por executar as atividades de coordenação e controle da operação
do Sistema Interligado Nacional – SIN, deve certificar-se de que essas instalações de transmissão
atendam aos requisitos estabelecidos no instrumento técnico e nos Procedimentos de Rede, a fim
de zelar pelo adequado desempenho da Rede Básica.
1.3 Este Submódulo apresenta os processos de proposição de requisitos técnicos para os
empreendimentos de transmissão a serem licitados ou autorizados pela ANEEL e de verificação da
conformidade das instalações de transmissão a serem integradas ao SIN com base nos requisitos
estabelecidos no instrumento técnico e nos Procedimentos de Rede.
1.4 Os relatórios que subsidiam o processo de verificação da conformidade das instalações de
transmissão licitadas são: Relatório de Viabilidade Técnico-Econômica – R1; Relatório de
Detalhamento da Alternativa de Referência – R2; Relatório de Caracterização e Análise Sócio-
Ambiental – R3; e Relatório de Caracterização da Rede Existente – R4. Os relatórios R1, R2 e R3
são emitidos pelo MME/EPE e o relatório R4 é emitido pelo agente a ser conectado pelas instalações
de transmissão a serem integradas ao SIN.
1.5 Os termos necessários ao entendimento deste módulo estão definidos no Módulo 20 Glossário
de termos técnicos.

2 OBJETIVOS
2.1 Os objetivos deste submódulo são estabelecer procedimentos e responsabilidades para:
(a) proposição à ANEEL de requisitos técnicos dos empreendimentos de transmissão a serem
incluídos nos processos de licitação ou autorização;
(b) verificação da conformidade do projeto básico das instalações de transmissão licitadas ou
autorizadas a serem integradas ao SIN; e
(c) verificação da conformidade das características “como efetivamente implantadas” das
instalações de transmissão licitadas ou autorizadas a serem integradas ao SIN.

3 PRODUTOS
3.1 Os produtos dos processos descritos neste submódulo são:
(a) Subsídios à ANEEL com a Proposição de Requisitos para os Instrumentos Técnicos;
(b) Certificado de Conformidade do Projeto Básico – CCPB; e
(c) Parecer Técnico de Análise da Conformidade das Instalações de Transmissão como
Efetivamente Implantadas.
3.1.1 O produto mencionado no item 3.1 (a) deste submódulo contém proposição de requisitos
para os empreendimentos de transmissão a serem incluídos nos processos de licitação ou
autorização.

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Assunto Submódulo Revisão Data de Vigência

VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE DAS


INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO AOS 2.2 2016.12 01/01/2017
REQUISITOS MÍNIMOS

3.1.2 O produto mencionado no item 3.1 (b) deste submódulo refere-se à análise do projeto básico
para aprovação da conformidade das instalações de transmissão licitadas ou autorizadas a serem
integradas ao SIN.
3.1.3 O produto mencionado no item 3.1 (c) deste submódulo contém a análise da conformidade
das características “como efetivamente implantadas” das instalações de transmissão licitadas ou
autorizadas a serem integradas ao SIN.

4 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO


4.1 As alterações neste submódulo consistem de melhoria do texto; da alteração do nome do
produto “Parecer Técnico de Análise da Conformidade do Projeto Básico” para “Certificado de
Conformidade do Projeto Básico – CCPB"; da adequação da forma de envio de dados referentes ao
processo de análise da conformidade das características “como efetivamente implantadas” das
instalações de transmissão, em função do desenvolvimento do Sistema de Análise e Gerenciamento
de Instalações de Transmissão; da inclusão, no Anexo 1, de características para Linha de
Transmissão Subterrânea, Válvulas, Reator de Alisamento, Filtro PLC, Barramentos e Reator
Limitador de Corrente de Curto-Circuito; e da exclusão, no Anexo 1, de características para
Centelhador, por tratar-se de equipamento obsoleto, que tem sido substituído por para-raios.
Realizada ainda a alteração do título do submódulo, de “Verificação da conformidade das novas
instalações de transmissão aos requisitos mínimos” para “Verificação da conformidade das
instalações de transmissão aos requisitos mínimos”.

5 RESPONSABILIDADES

5.1 Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS


(a) Obter do planejamento setorial (MME/EPE) os relatórios de planejamento (R1, R2 e R3)
referentes aos empreendimentos de transmissão a serem integrados ao SIN.
(b) Obter da ANEEL o R4 preparado pelo agente a ser conectado pelas instalações de
transmissão a serem integradas ao SIN.
(c) Obter da ANEEL o instrumento técnico dos empreendimentos de transmissão licitados ou
autorizados.
(d) Subsidiar a ANEEL com a proposição de requisitos técnicos para as instalações de
transmissão a serem licitadas ou autorizadas.
(e) Analisar a conformidade das instalações de transmissão a serem integradas ao SIN aos
requisitos técnicos estabelecidos no instrumento técnico e nos Procedimentos de Rede.
(f) Emitir o Certificado de Conformidade do Projeto Básico – CCPB.
(g) Emitir o Parecer Técnico de Análise da Conformidade das Instalações de Transmissão como
Efetivamente Implantadas.

5.2 Agente de transmissão


(a) Atender ao estabelecido no instrumento técnico.
(b) Atender aos requisitos técnicos estabelecidos nos Procedimentos de Rede.

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VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE DAS


INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO AOS 2.2 2016.12 01/01/2017
REQUISITOS MÍNIMOS

(c) Obter os dados, inclusive os descritivos das condições ambientais e geomorfológicas da


região de implantação da LT, a serem adotados na elaboração do projeto básico, bem como
nas fases de construção, manutenção e operação da LT.
(d) Fornecer ao ONS o projeto básico das instalações de transmissão licitadas ou autorizadas
a serem integradas ao SIN e as informações relacionadas no Anexo 1.
(e) Fornecer ao ONS as características “como efetivamente implantadas” das instalações de
transmissão licitadas ou autorizadas a serem integradas ao SIN, relacionadas no Anexo 1,
por meio do Sistema de Análise e Gerenciamento de Instalações de Transmissão.
(f) Realizar ensaios e testes e/ou estudos adicionais quando solicitados pela ANEEL e/ou pelo
ONS, para comprovação do atendimento aos requisitos do instrumento técnico e dos
Procedimentos de Rede.
(g) Fornecer declarações de que os equipamentos estão em conformidade com o instrumento
técnico e os Procedimentos de Rede, quando solicitado.

6 DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DOS PROCESSOS

6.1 Processo de proposição à ANEEL de requisitos técnicos para as instalações de


transmissão
6.1.1 A proposição à ANEEL de requisitos técnicos para as instalações de transmissão visa
assegurar que essas instalações, a serem licitadas ou autorizadas pela ANEEL, estejam em
conformidade com os relatórios do Planejamento Setorial e com os requisitos técnicos estabelecidos
nos Procedimentos de Rede.
6.1.2 Destarte, o ONS emite o documento Subsídios à ANEEL com a Proposição de Requisitos
para os Instrumentos Técnicos.

6.2 Processo de análise da conformidade do projeto básico das instalações de transmissão


6.2.1 O processo de análise da conformidade do projeto básico visa assegurar que as instalações
de transmissão licitadas ou autorizadas a serem integradas ao SIN estejam em conformidade com
os requisitos estabelecidos no instrumento técnico e nos Procedimentos de Rede.
6.2.2 O agente de transmissão, após a assinatura do contrato de concessão, tem prazo nele
definido para a entrega do projeto básico à ANEEL e ao ONS, em meio digital, o qual deve ser
elaborado com base no instrumento técnico e nos requisitos mínimos estabelecidos nos
Procedimentos de Rede. Com intuito de suportar a elaboração do projeto básico, encontra-se
disponível no site do ONS, para consulta, o documento “Diretrizes para a Elaboração de Projetos
Básicos para Empreendimentos de Transmissão”.
6.2.3 O agente de transmissão deve encaminhar ao ONS, para análise e emissão do CCPB, o
projeto básico do empreendimento de transmissão e as informações relacionadas no Anexo 1.
6.2.4 Na análise da conformidade do projeto básico, caso sejam verificadas não-conformidades, o
ONS encaminha ao agente de transmissão parecer para a conformidade do projeto básico do
empreendimento e esse agente devolve ao ONS o projeto com as adequações necessárias. Esse
processo iterativo junto ao agente é repetido até que as não-conformidades verificadas sejam
solucionadas.

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VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE DAS


INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO AOS 2.2 2016.12 01/01/2017
REQUISITOS MÍNIMOS

6.2.5 Nos casos em que persistam dúvidas sobre as características técnicas de equipamentos ou
instalações no que diz respeito ao atendimento dos requisitos estabelecidos no instrumento técnico
ou nos Procedimentos de Rede, o ONS poderá solicitar ao agente de transmissão que declare
formalmente o atendimento às referidas solicitações ou requisitos ou que comprove esse
atendimento por meio de ensaios, testes ou estudos especiais, os quais devem ser definidos em
conjunto com o ONS.
6.2.6 Concluída a análise da conformidade do projeto básico, isento de não-conformidades, o ONS
emite o CCPB com os resultados de sua análise e a encaminha ao agente e à ANEEL.

6.3 Processo de análise da conformidade das características “como efetivamente


implantadas” das instalações de transmissão
6.3.1 O processo de análise da conformidade das características “como efetivamente implantadas”
visa verificar se as instalações de transmissão licitadas ou autorizadas a serem integradas ao SIN
estão em conformidade com o projeto básico, conforme o caso, e com os requisitos estabelecidos
no instrumento técnico e nos Procedimentos de Rede.
6.3.2 O agente de transmissão deve encaminhar ao ONS, para análise e emissão do Parecer
Técnico de Análise da Conformidade das Instalações de Transmissão como Efetivamente
Implantadas, as informações relacionadas no Anexo 1.
6.3.2.1 O agente de transmissão deve fornecer ao ONS, por meio do Sistema de Análise e
Gerenciamento de Instalações de Transmissão, os dados referentes aos parâmetros elétricos
destinados aos estudos pré-operacionais dos itens I a XX do Anexo 1 deste submódulo, com
antecedência mínima de 180 (cento e oitenta) dias da data prevista para a entrada em operação
comercial do empreendimento. Essa diretiva se aplica a todos os equipamentos integrantes de
Funções Transmissão Linha de Transmissão – FTLT, Transformação – FTTR e Controle de Reativo
– FTCR.
6.3.2.2 O agente de transmissão deve fornecer ao ONS, por meio do Sistema de Análise e
Gerenciamento de Instalações de Transmissão, as informações indicadas no item XXI do Anexo 1
deste submódulo e as informações dos equipamentos que não se enquadram no item 6.3.2.1 deste
submódulo, com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias da data prevista para a entrada em
operação comercial do empreendimento, incluindo os dados das características dos relés de caráter
sistêmico, bem como os dados necessários para o cálculo dos respectivos ajustes. As informações
dos sistemas de proteção referidas no item XXII do Anexo 1 poderão ser fornecidos com até 15
(quinze) dias de antecedência da data prevista para a entrada em operação comercial do
empreendimento.
6.3.3 Na análise da conformidade das características “como efetivamente implantadas” das
instalações de transmissão, caso persistam dúvidas sobre as características técnicas de
equipamentos ou instalações no que diz respeito ao atendimento dos requisitos estabelecidos no
instrumento técnico ou nos Procedimentos de Rede, o ONS poderá solicitar ao agente de
transmissão que declare formalmente o atendimento às referidas solicitações ou requisitos ou que
comprove esse atendimento por meio de ensaios, testes ou estudos especiais, os quais devem ser
definidos em conjunto com o ONS.
6.3.4 Para cada empreendimento cadastrado no Sistema de Análise e Gerenciamento de
Instalações de Transmissão, o ONS deve informar ao agente, em prazo de 45 (quarenta e cinco)
dias da data de cadastro, o resultado da análise das características “como efetivamente
implantadas” das instalações de transmissão.
6.3.5 Concluída a análise da conformidade das características “como efetivamente implantadas”,
isento de não-conformidades, o ONS emite o Parecer Técnico de Análise da Conformidade das

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INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO AOS 2.2 2016.12 01/01/2017
REQUISITOS MÍNIMOS

Instalações de Transmissão como Efetivamente Implantadas, com os resultados de sua análise e o


encaminha ao agente e à ANEEL.

7 FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS
7.1.1 Para a operacionalização do disposto neste Submódulo, foi desenvolvido pelo ONS um sistema
para subsidiar o processo de análise da conformidade das características “como efetivamente
implantadas” das instalações de transmissão em fase de integração ao SIN, descrito no Submódulo
18.2.

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INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO AOS 2016.12
ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

ANEXO 1
CARACTERÍSTICAS DO PROJETO BÁSICO E “COMO EFETIVAMENTE IMPLANTADAS” DAS
INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO

Este anexo apresenta as informações dos equipamentos, indicados na Tabela, a serem fornecidas
ao ONS pelos agentes de transmissão no processo de análise da conformidade do projeto básico,
descrito no item 6.2 deste submódulo, e no processo de análise da conformidade das características
“como efetivamente implantadas”, descrito no item 6.3 deste submódulo. As duas últimas colunas
das tabelas apresentadas em cada item identificam se a informação é requisitada no processo de
análise do projeto básico ou de “como efetivamente implantadas”.

Tabela 1 - Itemização dos equipamentos

Item Equipamento
I Disjuntor
II Linha de Transmissão Aérea
III Linha de Transmissão Subterrânea
IV Transformador
V Compensador Síncrono
VI Compensador Estático
VII Reator em Derivação
VIII Capacitor em Derivação
IX Capacitor Série Controlado a Tiristor
X Capacitor Série Fixo
XI Seccionador
XII Transformador de Corrente
XIII Bobina de Bloqueio
XIV Transformador de Potencial
XV Pára-Raios
XVI Filtro de Harmônicos
XVII Válvulas
XVIII Reator de Alisamento
XIX Barramentos
XX Reator Limitador de Corrente de Curto-Circuito
XXI Filtro PLC
XXII Proteção

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INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO AOS 2016.12
ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

I. DISJUNTOR

DISJUNTOR CA E DISJUNTOR CA UTILIZADO EM CC


A Como
Proj.
preencher ef.
DESCRIÇÃO Básic
pelo Implant
o
Agente .
Dados Gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Circuito manobrado (linha, transformador, reator, capacitor,
sim sim
vão de transferência etc) - Para disjuntor CA
3 - Identificação (por ex. NBS, GRTS, MRTB etc.) - Para disj.
CC sim sim
4 - Número operacional não sim
5 - Fabricante / Tipo não sim
6 - Norma de especificação sim sim
Carcterísticas técnicas
7 - Tensão nominal do equipamento (tensão máxima operativa)
(kV) sim sim
8 - Tensão máxima suportável em condições de emergência
sim sim
durante 1 hora (kV eficaz) - quando utilizado em vão de linha
9 - Corrente nominal (A) sim sim
10 - Capacidade de interrupção nominal de curto-circuito (kA -
eficaz) sim sim
11 - Valor de crista da corrente suportável nominal (kA - crista) sim sim
12.1 - Abertura sim sim
12 - Tempos típicos dos
12.2 - Fechamento sim sim
contatos principais (ms)
12.3 - Dispersão entre pólos sim sim
13.1 - Resistência (Ω/pólo ± %) sim sim
13 - Resistores de 13.2 - Pré-inserção (ms) sim sim
fechamento 13.3 - Dispersão entre pólos
(ms) sim sim
14.1 - Resistência (Ω/pólo ± %) sim sim
14 - Resistores de abertura 14.2 - Dispersão entre pólos
(ms) sim sim
15 - Existência de dispositivo de chaveamento controlado (Sim
/ Não) sim sim
16 - Níveis de isolamento 16.1 - Atmosférico, a seco sim sim
(kV crista) 16.2 - Manobra, sob chuva sim sim
17 - Tensão de Restabelecimento Transitória (TRT)
u1 (kV) sim sim
17.1 - Envoltória para t1 (μs) sim sim
interrupção de faltas uC (kV) sim sim
terminais*: t2 (μs) sim sim
Fator de 1º pólo sim sim
u1 (kV) sim sim
17.2 - Envoltória para
t1 (μs) sim sim
abertura em discordância de
uC (kV) sim sim
fases*:
t2 (μs) sim sim
Tensão de crista (kV) sim sim

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VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE DAS 2.2 01/01/2017


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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

DISJUNTOR CA E DISJUNTOR CA UTILIZADO EM CC


A Como
Proj.
preencher ef.
DESCRIÇÃO Básic
pelo Implant
o
Agente .
17.3 - Abertura de corrente
Tempo de crista da envoltória
capacitiva: sim sim
(ms)
Níveis de Isolamento
18 - Tensão suportável nominal a impulso atmosférico
18.1 - A terra e entre polos (kV crista) sim sim
18.2 - Entre contatos abertos (kV crista) sim sim
19 - Tensão suportável nominal a impulso atmosférico, onda cortada (kV
eficaz)
19.1 - A terra e entre polos (kV crista) sim sim
19.2 - Entre contatos abertos (kV crista) sim sim
20 - Tensão suportável nominal a frequencia industrial (60 Hz)
20.1 - A terra e entre polos (kV eficaz) sim sim
20.2 - Entre contatos abertos (kV eficaz) sim sim
Campos Eletromagnéticos
21 - Tensão fase-terra, valor eficaz, de início e extinção do corona visual
sim sim
(kV eficaz)
22 - Nível máximo de rádio interferência (microvolts a 1000 kHz) sim sim
(*) Envoltórias de acordo com NBR IEC 62271-100

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

II. LINHA DE TRANSMISSÃO AÉREA

LINHA DE TRANSMISSÃO CA E CC
A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO ef.
pelo Básico
Implant.
Agente
Dados Gerais
1- Siglas / Nomes das 1.1- Subestação 1 sim sim
subestações terminais 1.2- Subestação 2 sim sim
2- Número de circuitos sim sim
3- Tensão nominal do sistema (kV) sim sim
4- Normas de projeto sim sim
5- Tensão máxima de operação em regime permanente
(kV) sim sim
6- Extensão da linha (km) sim sim
7- Vão médio (m) sim sim
8- Geoposicionamento dos vértices não sim
9 - Temperatura de projeto (°C) sim sim
Características Básicas
10- Cabos fase: Tipo da estrutura predominante indicando as
distâncias dos grupamentos das fases ou polos (LT CC) ao
eixo da torre e as distâncias à torre; a altura média dos cabos
fase; a altura dos cabos no meio do vão típico, a distâncias sim sim
ao eixo da torre, as configurações de condutores (tipo do
condutor, bitola, espaçamento entre sub-condutores etc) e
cadeias (tipo, no de isoladores para a cadeia típica etc)
11- Cabos pára-raios: Tipo da estrutura predominante
indicando a disposição dos cabos pára-raios em relação à
torre e aos cabos condutores (distâncias ao eixo da torre; sim sim
altura em relação ao solo; espaçamento entre cabos pára-
raios; tipo do cabo pára-raios:convencional, OPGW etc)
12- Esquema de transposição de fases (LT CA) sim sim
13- Pontos de troca dos cabos pára-raios de diferentes
bitolas (LT CA) sim sim
14.1- Norma técnica de
referência sim sim
14- Capacidade de 14.2- Capacidade operativa de
carregamento longa duração (A) sim sim
14.3- Capacidade operativa de
curta duração (A) sim sim
15.1- Temperatura ambiente
média (ºC) sim sim
15.2- Radiação solar
(watts/m²) sim sim
15- Condições ambientais
típicas
15.3- Velocidade do vento
sim sim
(m/s)

Parâmetros Elétricos de Sequência (LT CA) ou de polo (LT CC)


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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

LINHA DE TRANSMISSÃO CA E CC
A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO ef.
pelo Básico
Implant.
Agente

16- Parâmetros elétricos e ambientais

16.1- Temperatura média dos condutores (ºC) sim sim


16.2- Temperatura média da região (ºC) sim sim
16.3.1- Resistência (Ω/km) sim sim
16.3- Seqüência 16.3.2- Reatância (Ω/km) sim sim
positiva - LT CA 16.3.3- Susceptância
Capacitiva (S/km) sim sim
16.4.1- Resistência (Ω/km) sim sim
16.4- Seqüência zero - 16.4.2- Reatância (Ω/km) sim sim
LT CA 16.4.3- Susceptância
Capacitiva (S/km) sim sim

16.5- Resistência por polo linha - LT CC ( Ω ) sim sim

17.1- Reatância de seqüência


17- Impedância(s) mútua(s) zero (Ω/km) sim sim
entre trechos de linhas CA 17.2- Distância(s) entre eixos
paralelas, independente do das torres de circuitos
nível de tensão e do paralelos em uma mesma
proprietário. Caso exista faixa de passagem (m) sim sim
mais de um trecho em
17.3- Comprimento(s) dos
paralelo, informar dados em
trechos de circuitos paralelos
Tabela anexa.
(km) sim sim
18.1- Resistividade média (Ω x
18- Resistividade do solo e m) sim sim
resistência de pé de torre 18.2- Resistência média de pé
de torre (Ω) sim sim
19- Resistência, reatância 19.1- Resistência (%) sim sim
indutiva e susceptância
capacitiva equivalentes da 19.2 - Reatância (%) sim sim
linha CA, incluindo a
correção hiperbólica para
seu comprimento, em pu, 19.3- Susceptância (%)
na base de 100 MVA e na
tensão nominal do sistema sim sim
20 - Máxima sobretensão fase-terra de projeto para surtos
de manobra sim sim
21 - Máxima sobretensão fase-fase de projeto para surtos
de manobra sim sim
22 - Máxima sobretensão polo-terra admissível ao longo da
linha - LT CC (pu) sim sim
Nota: Deve ser apresentado, em anexo, o desenho da torre típica.

III. LINHA DE TRANSMISSÃO SUBTERRÂNEA

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

LINHA DE TRANSMISSÃO SUBTERRÂNEA


Como
DESCRIÇÃO A Preencher Proj. Ef.
pelo Agente Básico Implant.
Dados Gerais
1- Siglas / Nomes das 1.1- Subestação 1 sim sim
subestações terminais 1.2- Subestação 2 sim sim
2- Número de circuitos sim sim
3- Tensão nominal do sistema (kV) sim sim
4- Normas de projeto sim sim
5 - Tensão máxima de operação em regime permanente (kV) sim sim
6 - Extensão da linha (km) sim sim
7 - Lance médio (m) sim sim
8 - Geoposicionamento das caixas de emendas sim sim
9 - Temperatura de projeto (°C) sim sim

Características Básicas

10- Cabos fase: Tipos de métodos construtivos predominantes


indicando a largura e profundidade da instalação; a formação dos
cabos condutores no circuito; as distâncias entre cabos condutores
sim sim
no circuito e as distâncias entre circuitos; constituição do cabo
condutor (material do condutor, bitola, material do isolante, material
da capa externa); material de envoltória (backfill).

11 - Blindagem do cabo condutor: tipo e material da blindagem;


sim sim
tipo e esquema do sistema de aterramento

12 - Esquema de transposição de fases sim sim


13.1- Norma(s) técnica(s) de
sim sim
referência
13- Capacidade de 13.2- Capacidade operativa de
carregamento sim sim
longa duração (A)
13.3- Capacidade operativa de
sim sim
curta duração (A)
14.1 - Média das máximas
sim sim
temperaturas ambiente (°C)
14.2 - Máxima temperatura do
sim sim
solo (°C)
14 - Condições Ambientais 14.3 - Resistividade térmica do
sim sim
Típicas solo natural (°C.m/W)
14.4 - Resistividade do backfill
seco (°C.m/W)
sim sim

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

LINHA DE TRANSMISSÃO SUBTERRÂNEA


Como
DESCRIÇÃO A Preencher Proj. Ef.
pelo Agente Básico Implant.
Parâmetros Elétricos
15 - Resistência e reatância série da LTS, em 60 Hz, na
temperatura média dos condutores e na temperatura média do solo
na região
15.1- Temperatura média dos condutores (°C) sim sim
15.2- Temperatura média do solo na região (°C) sim sim
16 - Resistência do Condutor em CA na temperatura de operação
sim sim
(Ω/km)
17 - Resistência da Blindagem em CA na temperatura de operação Sim
sim
(Ω/km)
18 - Reatância do Condutor (Ω/km) sim sim
19 - Reatância da Blindagem (Ω/km) sim sim

20 - Capacitância do Cabo (μF/km) sim sim

21.1- Resistência sim sim


21 - Sequência positiva (Ω/km)
21.2- Reatância sim sim
22.1- Resistência sim sim
22 - Sequência zero (Ω/km)
22.2- Reatância sim sim

23.1 - Sequência positiva sim sim


23- Capacitância da LTS
23.2 - Sequência zero sim sim

24 - Impedância (s) mútua (s) 24.1- Reatância de sequência sim sim


entre trechos de linhas zero (Ω/km)
paralelas, independente do
24.2- Distância (s) entre centros sim sim
nível de tensão e do proprietário
dos circuitos paralelos
Obs: caso existam mais de um
24.3- Comprimento (s) dos
trecho em paralelo, informar sim sim
trechos de circuitos paralelos (m)
dados em Tabela anexa.

sim sim
25 - Resistividade do solo e 25.1- Resistividade média (Ω.m)
resistência do aterramento nas
caixas de emendas 25.2- Resistência média do sim sim
aterramento (Ω)
26 - Resistência, reatância
indutiva e susceptância 26.1- Resistência (%) sim sim
capacitiva equivalentes da
linha, incluindo a correção
26.2- Reatância (%) sim sim
hiperbólica para seu
comprimento, em pu, na base
de 100 MVA e na tensão 26.3- Susceptância (%) sim sim
nominal do sistema
27 -Tensão induzida na blindagem sob operação normal (V/km) sim sim
28 - Máxima sobretensão fase-terra admissível para manobras (pu) sim sim
29 - Máxima sobretensão fase-fase admissível para manobras (pu) sim sim

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

IV.TRANSFORMADOR

TRANSFORMADOR
A preencher Proj. Como ef.
DESCRIÇÃO Básico Implant.
pelo Agente
Dados Gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Número operacional não sim
3 - Fabricante não sim
4 - Norma de especificação sim sim
5 - Tipo do transformador (Autotransformador - Banco
sim sim
Monofásico - Defasador - Conversor etc) (1)
6 - Possui unidade reserva ? Sim / Não (6) sim sim
Características Técnicas
7.1 - Primário sim sim
7 - Tensões nominais (kV) 7.2 - Secundário sim sim
7.3 - Terciário sim sim
8 - Potência nominal por enrolamento (MVA) sim sim
9.1 - Primário sim sim
9- Corrente de curto-circuito
nominal por enrolamento (kA) 9.2 - Secundário sim sim
9.3 -Terciário sim sim
9 - Potências por estágio de resfriamento NBR 5356 (2)
10.1.1 - 1º estágio não sim
10.1 - Primário (MVA) 10.1.2 - 2º estágio não sim
10.1.3 - 3º estágio não sim
10.2.1 - 1º estágio não sim
10.2 - Secundário (MVA) 10.2.2 - 2º estágio não sim
10.2.3 - 3º estágio não sim
10.3.1 - 1º estágio não sim
10.3 - Terciário (MVA) 10.3.2 - 2º estágio não sim
10.3.3 - 3º estágio não sim
11 - Perdas totais (% da potencia nominal) sim sim
Regulação de Tensão - Local (enrolamento), Faixa e Tipo (fixo,comutável sem/sob carga)
de Tapes
12 - Comutador de derivação sob carga (3) sim sim
13 - Comutador sem tensão(4) sim sim
Conexões Elétricas e Impedâncias
14 - Ligação dos
enrolamentos 14.1- Primário sim sim
(Estrela aterrada, estrela 14.2- Secundário sim sim
isolada, triângulo) 14.3- Terciário sim sim
15 - Impedâncias (%) 15.1- Primário-Secundário sim sim
15.2- Primário-Terciário sim sim
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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

TRANSFORMADOR
A preencher Proj. Como ef.
DESCRIÇÃO Básico Implant.
pelo Agente
(base e tensão nominal do
equipamento) 15.3- Secundário-Terciário sim sim
Carregamentos admissíveis
16 - Classe térmica (oC) não sim
17 - Temperatura ambiente máxima (ºC) não sim
18 - Máxima temperatura do topo do óleo (ºC) não sim
19 - Máxima temperatura do ponto mais quente (ºC) não sim
20 - Emergência de curta duração (MVA x tempo) sim sim
21 - Emergência de longa duração (MVA x tempo) sim sim
22 - Curva de carregamento especificada não sim
Tensões máxima e suportável (5)
/ /
23 - Máxima do equipamento (kV eficaz) sim sim
/ /
24 - Suportável com impulso de manobra (kV pico) sim sim
/ /
25 - Suportável com impulso atmosférico pleno (kV pico) sim sim
/ /
26 - Suportável à 60 Hz, 1 minuto a seco (kV eficaz) sim sim
27 - Curva de suportabilidade a sobretensões Anexar sim sim
Outros dados
28- Perdas em vazio (kW) não sim
29- Perdas em carga (kW) não sim
30- Curva de saturação (projeto básico: especificada , sim sim
como construido - medida)
Transformadores de corrente de bucha
31 - Relação de transformação e classe de exatidão não sim
31.1 - Enrolamento primário não sim
31.2 - Enrolamento secundário não sim
31.3 - Enrolamento terciário não sim
31.4 - Neutro não sim
(1) Se defasador, informar limites de defasagem
(2) a. Os estágios de resfriamento poderão ser adequados conforme o caso: ON, AN, AF, etc
b. As linhas do 2o e 3o estágios de resfriamento deverão ser preenchidas quando aplicável.
(3) Exemplo de preenchimento: 138 kV (+ 15x2,5% - 10x2,5%) ou (138 kV ± 10x1,38 kV)
(4) Exemplo de preenchimento: 345 kV (+ 2x2,5 %) ou (380; 362; 345; 328 kV) ou 550 kV
(5) Enrolamentos de Alta, Baixa e Terciário

(6) Se houver unidade reseva, informar o tempo estimado de substituição

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

V. COMPENSADOR SÍNCRONO

COMPENSADOR SÍNCRONO
Como
A preencher Proj.
DESCRIÇÃO pelo Agente Básico
ef.
Implant.
Dados Gerais
1 - Subestação sim sim
2 - No operacional sim sim
3 - Fabricante não sim
4 - Norma de especificação não sim
Características técnicas
5 - Potência nominal (MVA) sim sim
6 - Faixa operativa de tensão (kV) (máxima / mínima) / sim sim
7 - Faixa operativa de potência reativa (Mvar) / sim sim
8 - Corrente máxima de estator (A) sim sim
9 - Corrente de campo nominal (A) sim sim
10 - Corrente de campo máxima (A) sim sim
11 - Diagrama em blocos do sistema de excitação (regulador de
tensão e excitatriz) incluindo os limitadores existentes, no
domínio da freqüência, representado através das funções de
transferência, com a respectiva topologia. Devem ser fornecidos
os valores dos parâmetros, bem como as suas faixas de ajuste
e uma descrição sucinta dos seus significados. sim sim
12 - Curva de saturação sim sim
13 - Inércia da máquina (parte girante) - GD2 (t.m2) sim sim
14 - Constante de inércia – H (MWs / MVA) sim sim
15 - Velocidade síncrona (rpm) sim sim
16 - Número de pólos sim sim
17 - Cte tempo transitória em vazio - eixo direto – T’do (s) sim sim
18 - Cte tempo subtransitória em vazio - eixo direto – T”do (s) sim sim
19 - Cte de tempo transitória em vazio - eixo quadratura – T’qo(s) sim sim
20 - Constante de tempo subtransitória em vazio de eixo
quadratura – T''qo(s) sim sim
21 - Reatância síncrona de eixo direto não saturada – Xd (pu) sim sim
22 - Reatância transitória de eixo direto não saturada – X’d (pu) sim sim
23 - Reatância subtransitória de eixo direto não saturada – X’’d
(pu) sim sim
24 - Reat. síncrona de eixo em quadratura não saturada – Xq
(pu) sim sim
25 - Reat. transitória eixo em quadratura não saturada – X’q (pu) sim sim
26 - Reat. subtransitória eixo quadratura não saturada - X’’q (pu) sim sim
27 - Reatância de Poitier - Xp (pu) sim sim
28 - Reatância de dispersão não saturada – XL (pu) sim sim
29 - Reatância de seqüência negativa não saturada – X2 (pu) sim sim
30 - Reatância de seqüência zero não saturada – X0 (pu) sim sim
31 - Resistência da armadura em corrente alternada – Ra (pu) sim sim
32 - Resistência da armadura de seqüência negativa – R2 (pu) sim sim
33 - Resistência da armadura de seqüência zero – R0 (pu) sim sim
34 - Resistência de aterramento – Rt (Ω) sim sim
35 - Reatância de aterramento – Xt (Ω) sim sim

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

COMPENSADOR SÍNCRONO
Como
A preencher Proj.
DESCRIÇÃO pelo Agente Básico
ef.
Implant.
36 - Relação de curto-circuito – RCC sim sim

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

VI. COMPENSADOR ESTÁTICO

COMPENSADOR ESTÁTICO
Como
A preencher Proj.
DESCRIÇÃO ef.
pelo Agente Básico Implant.
Dados gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Número operacional não sim
3 - Fabricante não sim
4 - Norma de especificação sim sim
5 - Tensão nominal na barra de conexão (kV) sim sim
6 - Diagrama unifilar da instalação sim sim
Características técnicas
7 - Faixa operativa de tensão na barra de conexão (kV) sim sim
8 - Capacidade nominal contínua na barra de conexão do
sim sim
para toda a faixa de tensão operativa (Mvar)
9 - Configuração (TCRs, TSCs, capacitores fixos,
sim sim
elementos externos manobráveis, filtros, etc.)
10 - Estatismo (faixa em %) sim sim
11 - Característica de operação tensão x corrente reativa
sim sim
(V x I)
12 - Reatância nominal (ohms) sim sim
13 - Capacidade de sobrecarga (curva V x t) sim sim
14 - Corrente nominal (A - eficaz) sim sim
15 - Corrente de curto circuito no ponto de conexão para
sim sim
dimensionamento dos equipamentos do CER (kA)
anexar
16 - Perdas do CER sim sim
gráfico
17 - Número de pulsos das pontes tiristoras sim sim
18 - Continuidade operativa: desempenho subtensão x
sim sim
tempo do sistema de refrigeração das válvulas
18- Diagrama em blocos dos sistemas de controle, no
domínio da freqüência, representado através das funções
de transferência, com a respectiva topologia. Devem ser
fornecidos os valores dos parâmetros, bem como as suas sim sim
faixas de ajuste e uma descrição sucinta dos seus
significados.
19 - Estudos de desempenho harmônico do CER sim não
20 - Estudos de dimensionamento do rating dos
equipamentos do CER (filtros, etc...) sim não
21 - Modelo computacional para simulação de fenômenos
transitórios eletromagnéticos no programa ATP sim sim
22 - Modelo computacional para simulação de fenômenos
transitórios eletromecânicos no programa ANATEM sim sim

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

VII. REATOR EM DERIVAÇÃO

REATORES EM DERIVAÇÃO
A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO Básico
ef.
pelo Implant.
Agente
Dados Gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Tensão nominal do sistema no ponto de instalação (kV) sim sim
3 - Localização do reator (linha de transmissão, barramento,
etc) sim sim
4 - Manobrável por disjuntor (sim/não)? sim sim
5 - Possui unidade reserva (sim/não)? sim sim
6 - Número operacional não sim
7 - Fabricante não sim
8 - Norma de especificação sim sim
Características Elétricas
9 - Potência nominal contínua (Mvar) sim sim
10 - Tensão nominal do equipamento (kV - eficaz) sim sim
11 - Tensão máxima suportável em condições de emergência
sim sim
(em vazio por 1 hora - kV) - quando utilizado em vão de linha
12 - Impedância a 60 Hz
12.1 - Especificada por fase (ohms) sim não
12.2 - Tolerâncias de projeto das reatâncias por fase
sim não
Dispersão máxima por fase (%)
Afastamento máximo por fase em relação a média
das sim não
Fases (%)
12.3 - Medida por fase (ohms)
Fase A não sim
Fase B não sim
Fase C não sim
13 - Perdas a tensão e frequência nominais (% da potência) sim sim
14 - Tensão nominal da bucha de neutro (kV eficaz) sim sim
15 - Ligação (estrela aterrada, estrela com neutro isolado,
sim sim
triângulo etc)

16 - Aterramento do neutro (solidamente aterrado, com sim sim


reatância etc)
17 - Curva de saturação
Joelho (pu da tensão nominal da rede) sim sim

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

REATORES EM DERIVAÇÃO
A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO Básico
ef.
pelo Implant.
Agente
Xac (%) sim sim
Coordenação de Isolamento dos Enrolamentos do Reator Principal
18 - Tensão suportável nominal a impulso atmosférico, onda sim sim
plena (kV eficaz)
19 - Tensão suportável nominal a impulso atmosférico, onda sim sim
cortada (kV eficaz)
20 - Tensão suportável nominal a impulso de manobra (kV
sim sim
crista)
21 - Tensão suportável nominal a 60 Hz, 1 minuto a seco (kV
sim sim
eficaz)
22 - Suportabilidades para sobretensões temporárias (tensão não sim
x tempo)
Reator de neutro, caso aplicável
23 - Reatância (ohms) sim sim
24 - Potência nominal contínua (kvar) sim sim
25 - Corrente de curta duração (Aeficaz) sim sim
26 - Tensão nominal (kVeficaz) sim sim
27 - Pára-raios (caso aplicável)
27.1 -Tensão nominal (kV) sim sim
27.2 - Energia (kJ/kV) sim sim
27.3 - Curva de descarga (30 x 60 µs) sim sim
Campos Eletromagnéticos
27 - Tensão fase-terra, valor eficaz, de início e extinção do
sim sim
corona visual (kV eficaz)
28 - Nível máximo de rádio interferência (microvolts a 1000
kHz) sim sim

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INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO AOS 2016.12
ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

VIII. CAPACITOR EM DERIVAÇÃO

CAPACITOR EM DERIVAÇÃO
A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO pelo Básico
ef.
Implant.
Agente
Dados Gerais
1 - Número operacional do banco não sim
2 - Subestação sim sim
3 - Tensão nominal do sistema no ponto de instalação (kV) sim sim
4 - Fabricante não sim
5 - Norma de especificação sim sim
Características Elétricas
6 - Tensão nominal do equipamento (kV) sim sim
7 - Potência nominal (Mvar) sim sim
8 - Ligação trifásica do banco (estrela, neutro aterrado ou
sim sim
isolado, triângulo, etc)
9 - Tolerâncias de projeto das capacitâncias por fase (%)
9.1 - Máxima por fase: sim não
9.2 - Afastamento máx. por fase em relação a média das
sim não
fases
10 - Capacitâncias medidas por fase
10.1 - Fase A: não sim
10.2 - Fase B: não sim
10.3 - Fase C: não sim
11 - Perdas do banco (W / kvar) sim sim
12 - Reator série, caso aplicável (ohms) sim sim
13 - Pára-raios instalados nos terminais do banco (Sim / Não) sim sim
14 - Número operacional do pára-raios (caso aplicável) não sim
15 - Níveis de isolamento 15.1 - atmosférico, a seco sim sim
(kV crista) 15.2 - de manobra, sob chuva sim sim

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

IX. CAPACITOR SÉRIE CONTROLADO A TIRISTOR

CAPACITOR SÉRIE CONTROLADO A TIRISTOR


A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO pelo Básico
ef.
Implant.
Agente
Dados Gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Linha de transmissão (Siglas das subestações terminais
sim sim
SE1 - SE2)
3 - No operacional / No do banco sim sim
4 - Fabricante não sim
5 - Norma de especificação sim sim
Características elétricas do banco
6 - Tensão nominal dos capacitores série (kV eficaz) sim sim
7 - Tensão nominal do banco de capacitores série (kV eficaz) sim sim
8 - Reatância capacitiva nominal (Ω) sim sim
9 - Faixa de reatância capacitiva efetiva contínua (Ω) sim sim
10 - Potência nominal (Mvar) sim sim
11 - Capacidade de sobrecarga (curva I x t) 1 sim sim
12 - Ciclo de operação durante faltas internas e externas na
sim sim
linha de transmissão
13 - Tipo de by-pass adotado (por fase ou trifásico ) sim sim
Características da proteção do banco
14 - Diagrama unifilar indicando os principais componentes do
banco, incluindo o circuito principal (capacitores, circuito de sim sim
amortecimento, GAP controlado, MOV e disjuntor de by-pass)
15 - Corrente de swing e tempo associado considerados no
sim sim
projeto (A / s)
16 - Nível protetivo (kV pico/pu) sim sim
17.1 - Energia máxima dos
sim sim
varistores (MJ/fase)
17 - Características dos 17.2 - Tensão nominal (kV - eficaz) sim sim
varistores
17.3 - Característica V x I sim sim
17.4 - MCOV (kV -eficaz) sim sim
18 - Tempo de disparo do GAP (ms) sim sim
19 - Tensão mínima para disparo do GAP ( pu ) sim sim
20.1 - Iset (kA) sim sim
20 - Ajustes do by-
20.2 - Eset (MJ) sim sim
pass
20.3 - dE/dt (MJ/ms) sim sim

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

CAPACITOR SÉRIE CONTROLADO A TIRISTOR


A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO pelo Básico
ef.
Implant.
Agente
21 - Tempo de retardo do controle / transmissão ótica do sinal
de by-pass s/considerar o retardo correspondente ao disparo sim sim
do GAP (ms)
22 - Tempo de atuação do disjuntor de by-pass (ms) sim sim
Comportamento Térmico do Banco
23 - Temperatura máxima suportável pelas pastilhas do MOV
sim sim
( ºC)
24 - Temperatura máxima atingida pelas pastilhas do MOV
nas sequências de falta que definiram o dimensionamento da sim sim
energia dissipada (oC)
25 - Curva de resfriamento das pastilhas (temperatura x
sim sim
tempo)
Níveis de Isolamento
26 - Tensão máxima operativa a 60 Hz ( kV eficaz ) sim sim
27 - Níveis de 27.1 - Atmosférico, a seco sim sim
isolamento da
plataforma (kV crista) 27.2 - Manobra, sob chuva sim sim
Modelos
28 - Diagrama em blocos dos sistemas de controle, no
domínio da freqüência, representado através das funções de
transferência, com a respectiva topologia. Devem ser
sim sim
fornecidos os valores dos parâmetros, bem como as suas
faixas de ajuste e uma descrição sucinta dos seus
significados.
29 - Fornecer modelo do TCSC no programa ANATEM, para
sim sim
avaliação de estabilidade eletromecânica

30 - Fornecer modelo do TCSC, no programa ATP, para


simulações de transitórios eletromagnéticos, com os retardos
inerentes ao sistema de controle/transmissão do sinal, além
do disparo do GAP: sim sim
- O modelo deve representar com fidelidade o by-pass do
BCS - O modelo deve ser
documentado c/modelagem blocos implementada no ATP
Demais equipamentos do banco - Chaves seccionadoras
31 - Corrente nominal (A) sim sim
32 - Corrente de curto-circuito (kA) sim sim
Nota : 1 - Informar também a corrente nominal e as correntes para os períodos de 30 minutos,
2 horas e 8 horas. Deve também ser informada a periodicidade permitida para os períodos de
sobrecarga e quantas vezes as mesmas podem ser aplicadas ao longo da vida útil do
equipamento.

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

X. CAPACITOR SÉRIE FIXO

CAPACITOR SÉRIE FIXO


Como
A preencher Proj.
DESCRIÇÃO ef.
pelo Agente Básico
Implant.
Dados Gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Linha de transmissão (Nomes / Siglas das subestações
sim sim
terminais)
3 - No operacional / No do banco não sim
4 - Fabricante não sim
5 - Norma de especificação sim sim
Características elétricas do banco
6 - Tensão nominal dos capacitores série (kV eficaz) sim sim
7 - Tensão nominal do banco de capacitores série (kV eficaz) sim sim
8 - Reatância nominal 8.1 - Dos capacitores série sim sim
(Ω) 8.2 - Do banco série sim sim
9 - Potência nominal (Mvar) sim sim
10 - Capacidade de sobrecarga (curva I x t)1 sim sim
11 - Ciclo de operação durante faltas internas e externas na
sim sim
linha de transmissão
12 - Tipo de by-pass adotado (por fase ou trifásico) sim sim
Características da proteção do banco
13 - Diagrama unifilar indicando os principais componentes do
banco, incluindo o circuito principal (capacitores, circuito de sim sim
amortecimento, GAP controlado, MOV e disjuntor de by-pass)
14 - Corrente de swing e tempo associado considerados no
sim sim
projeto (A / s)
15 - Nível protetivo (kV pico/pu) sim sim
16.1 - Energia máxima dos varistores
sim sim
(MJ/fase)
16 - Características dos 16.2 - Tensão nominal (kV - eficaz) sim sim
varistores
16.3 - Característica V x I sim sim
16.4 - MCOV (kV -eficaz) sim sim
17 - Tempo de disparo do GAP (ms) sim sim
18 - Tensão mínima para disparo do GAP (pu) sim sim
19.1 - Iset (kA) sim sim
19 - Ajustes do by-pass 19.2 - Eset (MJ) sim sim
19.3 - dE/dt (MJ/ms) sim sim

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

CAPACITOR SÉRIE FIXO


Como
A preencher Proj.
DESCRIÇÃO ef.
pelo Agente Básico
Implant.
20 - Tempo de retardo do controle / transmissão ótica do sinal
de by-pass s/considerar o retardo correspondente ao disparo do sim sim
GAP (ms)
21 - Tempo de atuação do disjuntor de by-pass (ms) sim sim
Comportamento Térmico do Banco
22 - Temperatura máxima suportável pelas pastilhas do MOV
sim sim
(ºC)
23 - Temperatura máxima atingida pelas pastilhas do MOV nas
sequências de falta que definiram o dimensionamento da sim sim
energia dissipada (oC)
24 - Curva de resfriamento das pastilhas (temperatura x tempo) sim sim
Níveis de Isolamento
25 - Tensão máxima operativa a 60 Hz ( kV eficaz ) sim sim
26 - Níveis de 26.1- Atmosférico, a seco sim sim
isolamento da
plataforma (kV crista) 26.2- Manobra, sob chuva sim sim
Modelos
27 - Fornecer modelo do banco série, no programa ATP, para
simulações de transitórios eletromagnéticos, com os retardos
sim sim
inerentes ao sistema de controle/transmissão do sinal, além do
disparo do GAP:
- O modelo deve representar com fidelidade o by-pass do
sim sim
BCS
- O modelo deve ser documentado c/modelagem blocos
implementados no ATP sim sim

Demais equipamentos do banco - Chaves seccionadoras


28 - Corrente nominal (A) sim sim
29 - Corrente de curto-circuito (kA) sim sim
Nota: 1 - Informar também a corrente nominal e as correntes para os períodos de 30 minutos, 2
horas e 8 horas. Deve também ser informada a periodicidade permitida para os períodos de
sobrecarga e quantas vezes as mesmas podem ser aplicadas ao longo da vida útil do
equipamento.

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

XI. SECCIONADOR

SECCIONADOR
A preencher Proj. Como ef.
DESCRIÇÃO
pelo Agente Básico Implant.
Dados Gerais
1- Subestação sim sim
2 - Número operacional não sim
3 - Localização (linha, transformador, reator, capacitor, vão
sim sim
de transferência etc)
4 - Fabricante / Tipo não sim
5 - Norma de especificação sim sim
Características técnicas
6 - Tensão nominal do equipamento (tensão máxima
operativa) (kV eficaz) sim sim
7 - Tensão máxima suportável em condições de
emergência durante 1 hora (kV eficaz) - quando utilizado sim sim
em vão de linha
8 - Corrente nominal (A eficaz) sim sim
9 - Corrente suportável nominal de curta duração (kA -
eficaz) sim sim
10 - Valor de crista da corrente suportável nominal (kA -
crista) não sim
Níveis de Isolamento
11 - Tensão suportável nominal a impulso atmosférico
11.1 - Para a terra e entre polos (kV crista) sim sim
11.2 - Entre os contatos abertos (kV crista) sim sim
12 - Tensão suportável nominal a impulso de manobras
12.1 - Para a terra e entre polos (kV crista) sim sim
12.2 - Entre os contatos abertos (kV crista) sim sim
Lâminas de Aterramento
13 - Limite 13.1 - corrente induzida (A - eficaz) sim sim
Eletromagnético 13.2 - tensão induzida (kV - eficaz) sim sim
14 - Limite 14.1 - corrente induzida (A - eficaz) sim sim
Eletrostático 14.2 - tensão induzida (kV - eficaz) sim sim
15 - Norma de especificação sim sim
Campos Eletromagnéticos
16 - Tensão fase-terra, valor eficaz, de início e extinção do
sim sim
corona visual (kV eficaz)
17 - Nível máximo de rádio interferência (microvolts a 1000
kHz) sim sim

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

XII. TRANSFORMADOR DE CORRENTE

TRANSFORMADOR DE CORRENTE
A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO ef.
pelo Básico
Implant.
Agente
Dados Gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Fabricante / Tipo não sim
3 - Norma de especificação sim sim
4 - Circuito (linha, transformador, reator, capacitor, disjuntor,
sim sim
vão de transferência etc)
Características técnicas
5 - Tensão máxima de operação contínua (kV) sim sim
6 - Tensão máxima suportável em condições de emergência
sim sim
durante 1 hora (kV eficaz) - quando utilizado em vão de linha
7 - Corrente nominal primária (A eficaz) sim sim
8 - Corrente nominal secundária (A eficaz) sim sim
9 - Corrente suportável nominal de curta duração (kA eficaz) sim sim
10 - Valor de crista da corrente suportável nominal (kA crista) sim sim
11 - Constante de tempo da componente contínua da corrente
sim sim
de curto-circuito (ms)
12 - Fator térmico nominal
12.1 - Núcleo de medição sim sim
12.2 - Núcleo de proteção sim sim
13 - Número de núcleos
13.1 - Núcleo de medição sim sim
13.2 - Núcleo de proteção sim sim
14 - Classe de exatidão e carga
14.1 - Núcleo de medição sim sim
14.2 - Núcleo de proteção sim sim
15 - Relações de transformação nominal disponível
15.1 - Núcleo de medição sim sim
15.2 - Núcleo de proteção sim sim
16 - Resposta em regime transitório dos núcleos de proteção
sim sim
(tipo/classe)
17 - Curva de saturação Anexo
Níveis de Isolamento
18 - Tensão suportável nominal a impulso atmosférico, onda
sim sim
plena (kV eficaz)
19 - Tensão suportável nominal a impulso atmosférico, onda
sim sim
cortada (kV eficaz)
20 - Tensão suportável nominal a impulso de manobra (kV
sim sim
crista)

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

XIII. BOBINA DE BLOQUEIO

BOBINA DE BLOQUEIO
A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO Básico
ef.
pelo Implant.
Agente
Dados Gerais
1- Linha (Sigla / Nome) sim sim
2- Subestação sim sim
3- Fabricante / Tipo não sim
4- Normas Técnicas de referência sim sim
Características técnicas
5- Tensão máxima de operação contínua (kV eficaz) sim sim
6 - Tensão máxima suportável em condições de emergência
sim sim
durante 1 hora (kV eficaz) - quando utilizado em vão de linha
7- Corrente nominal (A - eficaz) sim sim
8- Capacidade de sobrecarga (A -
/
eficaz / Horas) sim sim
9 - Corrente suportável nominal de curta duração (kA eficaz) sim sim
10 - Valor de crista da corrente suportável nominal (kA crista) sim sim
11 - Indutância (mH) sim sim
12 - Bandas de freqüência (kHz) sim sim
13.1 - atmosférico, a
seco sim sim
13 - Níveis de isolamento (kV crista)
13.2 - de manobra, sob
chuva sim sim

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

XIV. TRANSFORMADOR DE POTENCIAL

TRANSFORMADOR DE POTENCIAL
A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO Básico
ef.
pelo Implant.
Agente
Dados Gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Localização: linha de transmissão (nome/sigla), barramento
etc sim sim
3 - Fabricante / Tipo não sim
4 - Norma de especificação sim sim
Características técnicas
5 - Tensão máxima de operação contínua (kV eficaz) sim sim
6 - Tensão máxima suportável em condições de emergência
sim sim
durante 1 hora (kV eficaz) - quando utilizado em vão de linha
7 - Fator de sobretensão
7.1 - Contínuo sim sim
7.2 - Durante 30 segundos sim sim
8 - Relação de transformação
8.1 - Enrolamento de medição sim sim
8.2 - Enrolamento de proteção sim sim
9 - Classe de exatidão e carga
9.1 - Enrolamento de medição sim sim
9.2 - Enrolamento de proteção sim sim
Níveis de Isolamento
10 - Tensão suportável nominal a impulso atmosférico, onda sim sim
plena (kV eficaz)
11 - Tensão suportável nominal a impulso atmosférico, onda sim sim
cortada (kV eficaz)
12 - Tensão suportável nominal a impulso de manobra (kV
sim sim
crista)
13 - Tensão suportável nominal a 60 Hz, 1 minuto a seco e sob sim sim
chuva (kV eficaz)

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

XV. PÁRA-RAIOS

PARA-RAIOS
Como
A preencher Proj.
DESCRIÇÃO ef.
pelo Agente Básico Implant.
Dados Gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Fabricante / Tipo não sim
3 - Norma de especificação sim sim
4- Localização (circuito: linha, transformador, reator, capacitor,
barramento etc) sim sim
Características técnicas
5 - Tensão nominal do pára-raios (kV eficaz fase-terra) sim sim
6 - Tensão máxima suportável em condições de emergência
sim sim
durante 1 hora (kV eficaz) - quando utilizado em vão de linha
7 - Tensão máx de operação continua - MCOV (kV eficaz fase-
terra) sim sim
8 - Corrente de descarga nominal (kA - crista) sim sim
9 - Capacidade máxima de absorção de energia (kJ / kV de
tensão nominal do pára-raios) sim sim
10 - Número de colunas sim sim
11 - Tensões residuais máximas para impulsos atmosféricos:
onda 8x20 μs - apresentar curva - projeto básico: especificada; sim sim
como construído: do fabricante

12 - Tensão residual máxima para impulsos de manobra: onda


30x60 μs - apresentar curva - projeto básico: especificada; sim sim
como construído: do fabricante
Nota: Em caso de empreendimentos CC (patio CA ou CC) incluir, por meio de anexo, o
documento que define a Coordenação de Isolamento dos patios CA e CC

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

XVI. FILTRO DE HARMÔNICOS

FILTRO DE HARMÔNICOS
Como
A preencher Proj. ef.
DESCRIÇÃO Básico Implant
pelo Agente
.
Dados gerais
1- Subestação sim sim
2- Número operacional não sim
3- Tipo de filtro (sintonia simples, dupla sintonia, tripla,
sim sim
high pass, etc.)
4- Tensão nominal do sistema no ponto de instalação
sim sim
(kV)
5- Fabricante não sim
Características Elétricas
6- Tensão nominal do equipamento (kV) sim sim
7- Parâmetros elétricos, como filtro geral (sintonia dupla)1
7.1- Capacitor (ramo série) (μF) sim sim
7.2- Indutor (ramo série) (mH) sim sim
7.3- Fator de qualidade do indutor (ramo série), para 60
sim sim
Hz
7.4- Capacitor (ramo paralelo) (μF) sim sim
7.5- Indutor (ramo paralelo) (mH) sim sim
7.6- Fator de qualidade do indutor (ramo paralelo), p/
sim sim
60 Hz
7.7- Resistor (ramo paralelo)2 (Ω) sim sim
8- Localização do resistor do ramo paralelo2
sim sim
(série/paralelo)
9- Potência nominal trifásica do filtro (Mvar) sim sim
10- Ligação trifásica do filtro (estrela, neutro aterrado ou
sim sim
isolado, triângulo, etc.)
11- Perda máxima trifásica do filtro (kW) sim sim
12- Dimensionamento dos componentes em Regime Permanente
Corrente
Suportabilidade Tensão máxima (kVp) térmica máxima
(kArms)
12.1- Capacitor (ramo série) sim sim
12.2- Indutor (ramo série) sim sim
12.3- Capacitor (ramo
sim sim
paralelo)
12.4- Indutor (ramo paralelo) sim sim
12.5- Resistor (ramo
sim sim
paralelo)2

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

FILTRO DE HARMÔNICOS
Como
A preencher Proj. ef.
DESCRIÇÃO Básico Implant
pelo Agente
.
1. Indicar como zero ou infinito os valores para os ramos inexistentes, dependendo do caso
2. O resistor dos filtros de dupla sintonia pode estar em paralelo ou em série com o indutor do
ramo paralelo
Nota: Deve ser anexado um diagrama completo do filtro identificando todos os seus
elementos, cujos valores devem ser explicitados na tabela acima.

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

XVII – VÁLVULAS

VÁLVULAS
Como
A preencher Proj.
DESCRIÇÃO Básico
ef.
pelo Agente Implant.
Dados Gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Número operacional não sim
3 - Fabricante sim sim
4 - Norma de especificação sim sim
5 - Tipo de construção (alvenaria, conteiner, etc.) sim sim
6 - Tipo de montagem (suspensa, com base, etc.) sim sim
Características Técnicas
7 - Tipo de isolamento (ar, etc.) sim sim
8 - Elemento refrigerante (água, etc.) sim sim
9.1 - Tipo (dupla, quádrupla, óctupla,
9 - Descrição etc.) sim sim
9.2 - Nº de válvulas por polo sim sim
10.1 - Tipo sim sim
10.2 - Quantidade por válvula sim sim
10 - Tiristor
10.3 - Nº de elementos redundantes sim sim
10.4 - Nº de módulos tiristores sim sim
11.1 - Nominal sim sim
11 - Faixa de 11.2 - Mínima sim sim
Corrente (A) 11.3 - Máxima sim sim
11.4 - Sobrecarga sim sim
12.1 - Nominal, polo-terra sim sim
12 - Faixa de Tensão 12.2 - Máxima, polo-terra sim sim
(kV) 12.3 - Reduzida, polo-neutro sim sim
12.4 - Máxima na barra de neutro sim sim
Retificador sim sim
13.1 - Nominal sim sim
13.2 - Mínimo sim sim
13.3 - Máximo sim sim
Inversor sim sim
13 - Ângulos de
13.4 - Nominal sim sim
controle (°el)
13.5 - Mínimo sim sim
13.6 - Máximo sim sim
13.7 - Mínimo absoluto sim sim
13.8 - Máximo como função da
corrente sim sim
14.1 - Nominal (pu ou %) sim sim
14.2 - Mínimo (pu ou %) sim sim
14.3 - Máximo (pu ou %) sim sim
14 - Reatância de 14.4 - Base potência (MVA) ou
comutação corrente (A) sim sim
14.5 - Base tensão (kV) sim sim
14.6 - Contribuição de filtro PLC (pu
ou %) sim sim
15.1 - Capacitância (μF) sim sim

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

VÁLVULAS
Como
A preencher Proj.
DESCRIÇÃO Básico
ef.
pelo Agente Implant.
15 - Capacitor de 15.2 - Contribuição para a reatância
sim sim
comutação (CCC) de comutação (pu ou %)
16 - Corrente de curto-circuito (kA) sim sim
17 - Níveis de 17.1 - SIPL/SIWL sim sim
isolamento através 17.2 - LIPL/LIWL sim sim
da válvula (kV) 17.3 - FWPL/FWWL sim sim
18 - Sobretensão mínima para seleção do nível do disparo
protetivo (kV) sim sim
19 - Valor de perdas garantido (%) sim sim
20 - O relatório do Circuito Principal deverá ser anexado.

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

XVIII – REATOR DE ALISAMENTO

REATOR DE ALISAMENTO
A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO ef.
pelo Básico
Implant.
Agente
Dados Gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Localização do reator (barra CC, barra de neutro, etc.) sim sim
3 - Número operacional não sim
4 - Fabricante sim sim
5 - Norma de especificação sim sim
Características Elétricas
6.1 - Nominal (mH) sim sim
6 - Indutância
6.2 - Tolerância (%) sim sim
7.1 - Nominal sim sim
7 - Faixa de corrente (A) 7.2 - Sobrecarga sim sim
7.3 - Harmônica (incluir
tabela) sim sim
8 - Corrente de curto-circuito (kA) sim sim
9 - Tensão nominal para terra (kV) sim sim
17.1 - SIPL/SIWL
17.1.1 - Para terra sim sim
17.1.2 - Através do reator sim sim
10 - Níveis de isolamento (kV)
17.2 - LIPL/LIWL
17.2.1 - Para terra sim sim
17.2.2 - Através do reator sim sim

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ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

XIX – BARRAMENTOS

BARRAMENTOS
Como
A preencher Proj.
DESCRIÇÃO ef.
pelo Agente Básico Implant.
Dados Gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Fabricante não sim
3 - Isolamento (ar / gás) sim sim
4 - Norma de especificação sim sim
5- Localização (setor / pátio por nível de tensão) sim sim
Características técnicas
6 - Barramento
Tipo (principal / transferência /
sim sim
outro)
Condutor (nº de cabos por fase x tipo, bitola e formação do
sim sim
cabo)
Capacidade em condição normal (A) sim sim
Capacidade em emergências (A) sim sim
Capacidade de corrente de curto-circuito simétrica sim sim
Capacidade de corrente de curto-circuito assimétrica sim sim
7 - Interligação entre equipamentos
Condutor (nº de cabos por fase x tipo, bitola e formação do
sim sim
cabo)
Capacidade em condição normal (A) sim sim
Capacidade em emergências (A) sim sim
Capacidade de corrente de curto-circuito simétrica sim sim
Capacidade de corrente de curto-circuito assimétrica sim sim
8 - Transferência e saída de circuitos externos
Condutor (nº de cabos por fase x tipo, bitola e formação do
sim sim
cabo)
Capacidade em condição normal (A) sim sim
Capacidade em emergências (A) sim sim
Capacidade de corrente de curto-circuito simétrica sim sim
Capacidade de corrente de curto-circuito assimétrica sim sim
9 - O Diagrama unifilar referente ao setor / pátio por nível de tensão da subestação deverá ser
anexado
Nota: Em caso de empreendimentos CC (patio CA ou CC) incluir, por meio de anexo, o
documento que define a Coordenação de Isolamento dos patios CA e CC

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Assunto Submódulo Revisão Data de Vigência

VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE DAS 2.2 01/01/2017


INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO AOS 2016.12
ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

XX – REATOR LIMITADOR DE CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO

REATOR LIMITADOR DE CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO


A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO Básico
ef.
pelo Implant.
Agente
Dados Gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Tensão nominal do sistema no ponto de instalação (kV) sim sim
3 - Localização do reator (linha de transmissão, barramento,
etc) sim sim
5 - Possui unidade reserva (sim/não)? sim sim
6 - Número operacional não sim
7 - Fabricante não sim
8 - Norma de especificação sim sim
Características Elétricas
9 - Potência nominal (Mvar) sim sim
10 - Frequência (HZ) sim sim
11 - Indutância por fase (mH) sim sim
12 - Impedância nominal (Ohms) sim sim
13 - Corrente nominal (A) sim sim
14 - Tensão Nominal (kV) sim sim
15 - Fator de qualidade sim sim
16- Resfriamento sim sim
17 - Nível de ruído sim sim
18 - Queda de tensão por fase (%) sim sim
19 - Perdas por fase (MW) sim sim
20 - Corrente de curta duração (kA, eficaz) sim sim
21 - Valor de crista da corrente de curta duração (kA, crista) sim sim
22 - Duração da corrente de curta duração (seg) sim sim
23 - Potência máxima dissipada sob curto-circuito (Mvar) sim sim

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VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE DAS 2.2 01/01/2017


INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO AOS 2016.12
ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

XXI – FILTRO PLC

FILTRO PLC
A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO Básico
ef.
pelo Implant.
Agente

Dados gerais
1 - Subestação sim sim
2 - Número operacional não sim
3 - Localização sim sim
4 - Fabricante sim sim
5 - Norma de especificação sim sim
Características Elétricas
6 - Tensão nominal do equipamento (kV)
7 - Parâmetros elétricos
7.1 - Indutor (ramo série) (mH) sim sim
7.2 - Fator de qualidade do indutor (ramo série), para 60
sim sim
Hz
7.3 - Descrição da unidade de sintonia incluindo para-raios e
sim sim
níveis de proteção do indutor (ramo série)
7.4 - Capacitor (ramo paralelo) (μF) sim sim
7.5 - Descrição da unidade de sintonia incluindo para-raios e
sim sim
níveis de proteção do capacitor (ramo paralelo)
8 - Potência nominal trifásica do filtro (Mvar) sim sim
9 - Deve ser anexado um diagrama completo do filtro, identificando todos os seus elementos,
cujos valores devem ser explicitados na tabela acima.

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Assunto Submódulo Revisão Data de Vigência

VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE DAS 2.2 01/01/2017


INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO AOS 2016.12
ANEXO 1
REQUISITOS MÍNIMOS

XXII – PROTEÇÃO

PROTEÇÃO
A
Como
preencher Proj.
DESCRIÇÃO ef.
pelo Básico
Implant.
Agente
Dados Gerais
1 - Localização sim sim
2 - Fabricante não sim
3 - Tipo não sim
4 - Descrição sucinta não sim
5 - Diagrama ou valores de impedância
Devem ser informados os valores de todos os equipamentos e componentes, até
o nível de tensão de 138 kV. Os geradores e transformadores radiais aterrados
pelo lado da fonte, de níveis de tensão inferiores a 138 kV, podem ser
representados por equivalentes, mas devem ser necessariamente considerados. não sim
Os parâmetros devem ser expressos em porcentagem na base 100 MVA.

a) Impedância de seqüência positiva;


b) Impedância de seqüência zero;
c) Impedância mútua de seqüência zero;
6 - Diagrama Unifilar de Proteção
Diagrama unifilar, incluindo os transformadores de instrumentos e relés de sim sim
proteção, e quando possível, informações de atuação sobre os disjuntores.
Proteções de Caráter Sistêmico (sobretensão, freqüência, bloqueio de oscilação e perda
de sincronismo)
7 - Fabricante / Tipo não sim
8 - Faixa de ajuste sim sim
9 - Tensão, corrente e frequência nominais sim sim
10 - Limites de suportabilidade de sobrecorrente e de
sim sim
sobretensão das entradas analógicas
11 - Classes de exatidão sim sim
12 - Catálogos não sim
13 - Relações de transformação e curvas de saturação dos
sim sim
enrolamentos dos transformadores para instrumentos (TC/TP)
14 - Ajustes atuais das proteções não sim
Registradores de Perturbações
15 - Fabricante / Tipo não sim
16 - Faixa de ajuste dos sensores de partida não sim
17 - Ajustes atuais dos sensores de partida não sim
18 - Escalas dos canais analógicos não sim
19 - Lista das grandezas analógicas e sinais digitais registrados sim sim
Sistema Especial de Proteção (SEP) de Abrangência Sistêmica Associados à Instalação
20 - Diagramas unifilares não sim
21 - Diagramas lógicos não sim
22 - Descrição da filosofia não sim
23 - Dados dos instrumentos utilizados, conforme item acima não sim

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Submódulo 2.3

Requisitos mínimos para


subestações e seus equipamentos
Data e instrumento de
Rev. Nº. Motivo da revisão aprovação pela
ANEEL
09/11/2011
Versão decorrente da Audiência Pública nº
2.0 Resolução Normativa
002/2011.
nº 461/11
16/12/16
Versão decorrente da Audiência Pública nº
2016.12 Resolução Normativa
020/2015.
nº 756/16

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Assunto Submódulo Revisão Data de Vigência

REQUISITOS MÍNIMOS PARA SUBESTAÇÕES E 2.3 2016.12 01/01/2017


SEUS EQUIPAMENTOS

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................3
2 OBJETIVO .......................................................................................................................................3
3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO ..................................................................................................4
4 RESPONSABILIDADES ..................................................................................................................4
4.1 DO OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO – ONS ..............................................................4
4.2 DOS AGENTES DE TRANSMISSÃO ...................................................................................................4
4.3 DOS AGENTES DE GERAÇÃO, DE DISTRIBUIÇÃO, DE IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO E CONSUMIDORES....4
5 PRINCÍPIOS BÁSICOS ...................................................................................................................5
6 NORMAS TÉCNICAS APLICÁVEIS ...............................................................................................5
7 SUBESTAÇÃO ................................................................................................................................5
7.1 ARRANJO DE BARRAMENTO E ÁREA DA SUBESTAÇÃO ......................................................................5
7.2 CORRENTE EM REGIME PERMANENTE ............................................................................................7
7.3 ATERRAMENTO.............................................................................................................................8
7.4 CAPACIDADE DE CURTO-CIRCUITO .................................................................................................8
7.5 COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO ...................................................................................................8
7.6 EMISSÃO ELETROMAGNÉTICA ........................................................................................................9
8 EQUIPAMENTOS DA SUBESTAÇÃO ..........................................................................................10
8.1 UNIDADES TRANSFORMADORAS DE POTÊNCIA. .............................................................................10
8.2 EQUIPAMENTOS DE COMPENSAÇÃO REATIVA CONVENCIONAL ........................................................14
8.3 COMPENSADOR ESTÁTICO DE POTÊNCIA REATIVA .......................................................................18
8.4 UNIDADES FACTS .....................................................................................................................23
8.5 DISJUNTORES ............................................................................................................................25
8.6 SECCIONADORAS, LÂMINAS DE TERRA E CHAVES DE ATERRAMENTO ..............................................26
8.7 PARA-RAIOS...............................................................................................................................27
8.8 TRANSFORMADORES DE POTENCIAL ............................................................................................27
8.9 TRANSFORMADORES DE CORRENTE ............................................................................................27
8.10 REQUISITOS PARA OS SERVIÇOS AUXILIARES DE CORRENTE CONTÍNUA E DE CORRENTE ALTERNADA
DAS SUBESTAÇÕES...........................................................................................................................27

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Assunto Submódulo Revisão Data de Vigência

REQUISITOS MÍNIMOS PARA SUBESTAÇÕES E 2.3 2016.12 01/01/2017


SEUS EQUIPAMENTOS

1 INTRODUÇÃO
1.1 Para assegurar que as instalações de transmissão tenham o desempenho adequado, faz-se
necessário estabelecer um conjunto de requisitos técnicos para assegurar o desempenho de cada
um dos elementos funcionais de transmissão, quais sejam, linhas de transmissão (LT),
transformadores, compensadores de potência reativa, dentre outros.
1.2 Os requisitos técnicos mínimos descritos neste submódulo aplicam-se às instalações de
transmissão integrantes ou que venham a integrar a Rede Básica ou as instalações de transmissão
de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica.
1.3 Também devem observar o disposto neste submódulo, os agentes de geração, de distribuição,
de exportação/importação e/ou consumidores responsáveis por subestações com conexão às
instalações sob responsabilidade de concessionária de transmissão.
1.4 Este submódulo trata dos requisitos para as subestações, para os equipamentos integrantes
das Funções Transmissão Transformação – FTTR, Controle de Reativo – FTCR e Módulo Geral –
FTMG e para os equipamentos terminais da Função Transmissão Linha de Transmissão – FTLT.
1.5 Os requisitos apresentados neste submódulo referem-se à unidade transformadora de potência,
à unidade de compensação de potência reativa convencional, ao banco de capacitores série fixos,
às unidades FACTS (Flexible AC Transmission Systems) e aos barramentos, bem como aos
seguintes módulos que compõem as Funções Transmissão – FT:
(a) módulo de entrada de LT;
(b) módulo de conexão de unidade transformadora de potência;
(c) módulo de conexão de unidade de compensação reativa convencional;
(d) módulo de conexão de banco de capacitores série fixos;
(e) módulo de conexão de unidades FACTS; e
(f) módulo de interligação de barras.
1.6 O módulo e submódulos aqui mencionados são:
(a) Submódulo 2.4 Requisitos mínimos para linhas de transmissão;
(b) Submódulo 2.6 Requisitos mínimos para os sistemas de proteção, de registro de
perturbações e de teleproteção;
(c) Submódulo 2.7 Requisitos de supervisão e controle para a operação;
(d) Submódulo 2.8 Gerenciamento dos indicadores de qualidade da energia elétrica da Rede
Básica e de desempenho das funções transmissão;
(e) Submódulo 10.14 Requisitos operacionais para os centros de operação, subestações e
usinas da Rede de Operação;
(f) Módulo 12 Medição para faturamento; e
(g) Submódulo 23.3 Diretrizes e critérios para estudos elétricos.

2 OBJETIVO
2.1 O objetivo deste submódulo é atribuir responsabilidades e estabelecer os requisitos mínimos
para as subestações, para os equipamentos integrantes das FTTR, FTCR e FTMG e para os

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Procedimentos de Rede

Assunto Submódulo Revisão Data de Vigência

REQUISITOS MÍNIMOS PARA SUBESTAÇÕES E 2.3 2016.12 01/01/2017


SEUS EQUIPAMENTOS

equipamentos terminais das FTLT das instalações de transmissão integrantes ou que venham a
integrar a Rede Básica ou as instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a
interligações internacionais conectadas à Rede Básica e os requisitos mínimos aplicáveis aos
agentes de geração, de distribuição, de importação/exportação e consumidores responsáveis por
subestações com conexão às instalações sob responsabilidade de concessionária de transmissão.

3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO


3.1 As alterações neste submódulo consistem de melhoria do texto; de adequações à Resolução
Normativa ANEEL nº 398, de 23 de março de 2010, e à Resolução Normativa ANEEL nº 474, de 7
de fevereiro de 2012; da inclusão de item específico para definir as responsabilidades do ONS e
dos agentes de transmissão, de geração, de distribuição, de importação/exportação e
consumidores; da inclusão de requisitos de área mínima para a subestação a ser integrada à Rede
Básica ou às instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações
internacionais conectadas à Rede Básica, decorrente de seccionamento de linha de transmissão
integrante dessas instalações; da revisão dos requisitos para subestações de uso exclusivo de
agente de geração, de importação/exportação ou consumidor com conexão às instalações sob
responsabilidade de concessionária de transmissão; da inclusão de requisitos técnicos para
compensadores estáticos; e da revisão dos requisitos para subestações, unidades transformadoras
de potência, reatores em derivação, disjuntores, transformadores de corrente e serviços auxiliares
das subestações. Realizada ainda a alteração do título do Submódulo, de “Requisitos mínimos para
transformadores e para subestações e seus equipamentos” para “Requisitos mínimos para
subestações e seus equipamentos”.

4 RESPONSABILIDADES

4.1 Do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS


(a) Propor os requisitos mínimos a serem atendidos por subestações e seus equipamentos.

4.2 Dos agentes de transmissão


(a) Atender aos requisitos estabelecidos nos Procedimentos de Rede.
(b) Projetar e implantar as instalações sob sua responsabilidade, e respectivas adequações
necessárias, atendendo aos requisitos mínimos estabelecidos neste submódulo.

4.3 Dos agentes de geração, de distribuição, de importação/exportação e consumidores


(a) Atender aos requisitos estabelecidos nos Procedimentos de Rede para conexão de suas
instalações às instalações sob responsabilidade de transmissora.
(b) Projetar e implantar as instalações sob sua responsabilidade, e respectivas adequações
necessárias, atendendo aos requisitos mínimos estabelecidos neste submódulo.
(c) Fornecer ao ONS as informações que possam comprovar o atendimento das instalações
de transmissão sob sua responsabilidade aos requisitos mínimos estabelecidos nos
Procedimentos de Rede.

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Procedimentos de Rede

Assunto Submódulo Revisão Data de Vigência

REQUISITOS MÍNIMOS PARA SUBESTAÇÕES E 2.3 2016.12 01/01/2017


SEUS EQUIPAMENTOS

5 PRINCÍPIOS BÁSICOS
5.1 Os equipamentos e instalações não podem comprometer o desempenho sistêmico da Rede
Básica, limitar a operação da Rede Básica ou das instalações de transmissão de energia elétrica
destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica, nem tampouco impor
restrições às instalações a elas conectadas.
5.2 Deve haver uma coordenação e compatibilização entre as capacidades nominais e de
sobrecargas de todos os equipamentos de uma mesma FT.

6 NORMAS TÉCNICAS APLICÁVEIS


6.1 As instalações referidas nos itens 1.4 e 1.5 deste submódulo devem atender às prescrições
para projeto, fabricação, manutenção e operação das Normas Técnicas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas – ABNT e, no caso de essas não serem aplicáveis parcial ou integralmente, às da
International Electrotechnical Commission – IEC, American National Standards Institute – ANSI,
American Society for Testing and Materials – ASTM ou National Electrical Safety Code – NESC,
nessa ordem de preferência, a não ser que se indique expressamente de outra forma.

7 SUBESTAÇÃO

7.1 Arranjo de barramento e área da subestação


7.1.1 Condições básicas
7.1.1.1 Os arranjos de barramento para subestações com isolamento a ar são diferenciados por
classe de tensão, nos seguintes termos:
(a) Barramentos de tensão igual a 230 kV: arranjo barra dupla com disjuntor simples a quatro
chaves;
(b) Barramentos de tensão igual ou superior a 345 kV: arranjo barra dupla com disjuntor e
meio.
7.1.2 Condições especiais
7.1.2.1 Arranjos de barramento alternativos podem ser utilizados, inclusive os de tecnologia com
isolamento em SF-6, desde que apresentem desempenho igual ou superior ao dos arranjos
estabelecidos no item 7.1.1.1 deste submódulo, o que deve ser comprovado pelo agente por meio
de estudos de confiabilidade, flexibilidade operativa e disponibilidade (saída forçada e programada).
Além disso, esses arranjos devem atender ao que estabelece o item 5.1 deste submódulo.
7.1.2.2 Os arranjos de barramento alternativos referidos no item 7.1.2.1 deste submódulo devem
ser submetidos à aprovação do ONS, que fará análise e encaminhará proposta de tratamento à
ANEEL.
7.1.2.3 Os requisitos de arranjo de barramento para subestações são estabelecidos para a etapa
final da instalação. Para a etapa inicial, podem ser aceitas variantes que permitam evoluir para os
requisitos listados no item 7.1.1.1 deste submódulo desde que essas variantes atendam aos
requisitos estabelecidos no Submódulo 2.6. O ONS, considerando os aspectos de segurança e de
flexibilidade operativa, bem como de desempenho da Rede Básica definirá o estágio da subestação
a partir do qual deve ocorrer a evolução para os arranjos de barramento estabelecidos no item
7.1.1.1 deste submódulo.

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Assunto Submódulo Revisão Data de Vigência

REQUISITOS MÍNIMOS PARA SUBESTAÇÕES E 2.3 2016.12 01/01/2017


SEUS EQUIPAMENTOS

7.1.2.4 Para os barramentos com tensão igual ou superior a 345 kV, é permitida a adoção inicial de
arranjo de barramento em anel simples, desde que o arranjo físico dos barramentos da subestação
seja projetado conforme estabelecido no item 7.1.1.1 deste submódulo.
7.1.2.5 Para os barramentos de 230 kV, cujas subestações constituam sistemas radiais simples, é
permitida a adoção de arranjo de barramento em barra principal e transferência, desde que o arranjo
físico desse barramento seja projetado de forma a permitir a evolução para o arranjo estabelecido
no item 7.1.1.1 deste submódulo.
7.1.2.6 No caso de acesso à Rede Básica por agente de geração, de distribuição, de
importação/exportação, ou consumidor, os arranjos de barramento devem observar:
(a) Para conexão em uma subestação da Rede Básica ou das instalações de transmissão de
energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica, o
acessante deve seguir o arranjo de barramento da referida subestação. Caso o arranjo da
subestação não atenda aos requisitos do item 7.1.1.1 deste submódulo, o acessante deve
adequar sua conexão quando da adequação da subestação a esses requisitos. Essa
obrigação do acessante deve constar do respectivo Contrato de Conexão às Instalações
de Transmissão – CCT.
(b) Para conexão por meio de seccionamento de LT da Rede Básica ou das instalações de
transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à
Rede Básica, o arranjo de barramento da subestação a ser integrada deve observar o
disposto no item 7.1.1.1 deste submódulo e a subestação, com isolamento a ar, deve ter
pelo menos a seguinte área mínima, observado o maior nível de tensão da subestação
(Vmax):
(1) Vmax < 88 kV: 8.000 m2;
(2) 88 kV ≤ Vmax ≤ 138 kV: 15.000 m 2;
(3) 138 kV < Vmax ≤ 230 kV: 25.000 m 2;
(4) 230 kV < Vmax ≤ 345 kV: 100.000 m 2;
(5) Vmax ≥ 440 kV: 140.000 m 2.
(c) Para conexão por meio de seccionamento de LT da Rede Básica ou das instalações de
transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à
Rede Básica em tensão igual ou superior a 345 kV, os vãos de entrada de linha
associados ao seccionamento devem ser instalados no mesmo módulo de infraestrutura
de manobra correspondente ao arranjo final da subestação do acessante. A conexão
pode ter arranjo de barramento inicial em anel simples, até o limite de quatro conexões,
considerando aquelas do seccionamento da LT.
(1) O arranjo físico desse barramento deve ser projetado de forma a permitir a evolução
para o estabelecido no item 7.1.1.1 deste submódulo, e as conexões devem atender
ao disposto no item 5.1 deste submódulo.
(2) No caso de compartilhamento entre agentes de geração, de importação/exportação
e/ou consumidores, os custos do disjuntor central da subestação com arranjo de
barramento disjuntor e meio e demais equipamentos e instrumentos a ele
associados devem ser igualmente divididos entre as partes. A responsabilidade pela
operação do disjuntor central deve ser estabelecida no CCT.
(3) Se o compartilhamento referido no item 7.1.2.6 (c) (2) deste submódulo envolver
uma transmissora, a responsabilidade pelo disjuntor e demais equipamentos e

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Assunto Submódulo Revisão Data de Vigência

REQUISITOS MÍNIMOS PARA SUBESTAÇÕES E 2.3 2016.12 01/01/2017


SEUS EQUIPAMENTOS

instrumentos a ele associados é da transmissora. Caso o disjuntor já exista, este


deverá ser transferido, sem ônus, à transmissora.
(4) O primeiro acessante deve adequar sua conexão quando da adequação da
subestação aos requisitos do item 7.1.1.1 deste submódulo.
(5) As obrigações dos agentes e/ou consumidores devem estar dispostas nos
respectivos CCT e/ou Contrato de Compartilhamento de Instalações – CCI.
7.1.3 Condições para subestações de uso exclusivo de agente de geração, de
importação/exportação ou consumidor com conexão às instalações sob responsabilidade de
concessionária de transmissão.
7.1.3.1 Subestações, com isolamento a ar, devem adotar uma das seguintes configurações para os
arranjos de barramento, em função de sua classe de tensão:
(a) Barramentos de tensão inferior a 230 kV: arranjo barra simples, com possibilidade de
evolução para arranjo barra principal e transferência; ou arranjo barra principal e
transferência;
(b) Barramentos de tensão igual a 230 kV: arranjo barra principal e transferência, com
possibilidade de evolução para arranjo barra dupla com disjuntor simples a quatro chaves;
ou arranjo barra dupla com disjuntor simples a quatro chaves;
(c) Barramentos de tensão igual ou superior a 345 kV: arranjo em anel para subestações com
até 6 (seis) conexões de LT e/ou equipamentos, com possibilidade de evolução para
arranjo barra dupla com disjuntor e meio; ou arranjo barra dupla com disjuntor e meio para
subestações com número de conexões superior a 6 (seis).
7.1.3.2 O vão de entrada de linha na subestação sob sua responsabilidade deve ser concebido e
operado com uso de disjuntor.
7.1.3.3 O arranjo físico do barramento das subestações com isolamento a ar deve ser projetado de
forma a viabilizar a evolução para o arranjo de barramento definido no item 7.1.1.1 deste submódulo
e possível futura expansão, e as conexões devem atender ao disposto no item 5.1 deste submódulo.
7.1.3.4 Arranjos de barramentos alternativos com outras tecnologias de isolamento (SF6, etc.)
podem ser propostos, em conformidade com o disposto nos itens 7.1.2.1 e 7.1.2.2 deste submódulo.
7.1.3.5 Caso seja verificado nos estudos definidos pelo ONS ou pela Empresa de Pesquisa
Energética – EPE, a necessidade de especificação de área mínima ou de evolução dos arranjos de
barramento da subestação de uso exclusivo no horizonte de 5 (cinco) anos para aqueles definidos
no item 7.1.1.1 deste submódulo, a subestação deve ser implementada em seu arranjo final e com
a área mínima especificada.

7.2 Corrente em regime permanente


7.2.1 Os barramentos devem suportar tanto os valores de corrente em regime permanente definidos
pelos estudos com horizonte de operação (Plano de ampliações e reforços – PAR), quanto pelos de
longo prazo, elaborados pela EPE, nos quais devem ser consideradas as possíveis futuras
expansões das subestações para o período de concessão da instalação.
7.2.2 Os equipamentos das conexões mencionados nos itens 1.5 (b) a 1.5 (f) deste submódulo
devem suportar tantos os valores de corrente em regime permanente definidos pelos estudos com
horizonte de operação (PAR), quanto pelos estudos de longo prazo elaborados pela EPE, nos quais
devem ser consideradas as possíveis expansões, durante o período de concessão da instalação.
Ao valor de corrente devem ser acrescentadas margens de segurança em função da circulação de
correntes harmônicas e de sobrecargas definidas nas normas aplicáveis.

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Assunto Submódulo Revisão Data de Vigência

REQUISITOS MÍNIMOS PARA SUBESTAÇÕES E 2.3 2016.12 01/01/2017


SEUS EQUIPAMENTOS

7.2.3 Os equipamentos de conexão em série com LT devem atender aos requisitos de capacidade
de corrente estabelecidos no Submódulo 2.4, para o período de concessão da instalação.
7.2.4 Os barramentos e demais equipamentos referidos nos itens 7.2.2 e 7.2.3 deste submódulo
devem ser dimensionados considerando a indisponibilidade de elementos na subestação.

7.3 Aterramento
7.3.1 As instalações de transmissão devem ser solidamente aterradas, atendendo às relações
X0/X1  3 e R0/X1  1. Esse requisito deve contemplar a etapa final de evolução da instalação,
conforme previsto pelos estudos de planejamento da expansão da transmissão.

7.4 Capacidade de curto-circuito


7.4.1 Os barramentos, a malha de terra e os equipamentos devem suportar as máximas correntes
de curto-circuito, simétricas e assimétricas, definidas tanto pelos estudos de operação (PAR) quanto
pelos de longo prazo elaborados pela EPE, considerando os tempos máximos de eliminação de
defeito adotados no Submódulo 2.6, para o período de concessão da instalação. Para fins de
padronização, os requisitos mínimos para correntes de curto-circuito nominais para os
equipamentos (excetuando-se os transformadores de corrente) e instalações são, em função de sua
classe de tensão:
(a) Igual ou superior a 345 kV: 50 kA;
(b) 230 kV: 40 kA.
7.4.2 Para o cálculo das tensões de passo, toque e gradiente de potencial, deve-se observar o
disposto no item 7.4.1 deste submódulo.

7.5 Coordenação de isolamento


7.5.1 Tensão em regime permanente
(a) Os barramentos e os equipamentos devem suportar, para a condição de operação em
regime permanente nas barras com carga, o valor máximo de tensão estabelecido na
Tabela 1.
Tabela 1 – Tensão máxima em regime permanente
TENSÃO NOMINAL DO TENSÃO MÁXIMA
SISTEMA (kV) (kV fase-fase, eficaz)
13,8 14,5
34,5 36,2
69 72,5
88 92,4
138 145
230 242
345 362
440 460
500 ou 525 550
765 800
7.5.2 Equipamentos localizados nos terminais de uma LT que possam ficar energizados após a
manobra da LT, tais como reatores de linha, disjuntores, secionadores, transformadores de
potencial, devem suportar, no terminal em vazio, por uma hora as sobretensões à frequência
industrial estabelecidas na Tabela 2.

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SEUS EQUIPAMENTOS

Tabela 2 – Sobretensões sustentadas admissíveis a 60 Hz por 1 hora em terminais de LT a vazio


Máxima tensão sustentada fase-
Tensão nominal de
fase, eficaz, por 1 hora, em
operação
terminais de LT a vazio
(kV fase-fase,
(kV) (pu) (1)
eficaz)
138 152 1,10
230 253 1,10
345 398 1,15
440 506 1,15
500 600 1,20
525 600 1,15
765 800 1,046
(1) Valores em pu tendo como base a tensão nominal de operação.
7.5.3 Isolamento sob poluição
(a) As instalações devem ser isoladas de forma a atender, sob tensão operativa máxima, as
características de poluição da região, conforme classificação contida na IEC 815 1.
7.5.4 Desempenho sob descargas atmosféricas
(a) O sistema de proteção contra descargas atmosféricas da subestação deve ser
dimensionado de forma a assegurar um risco de falha menor ou igual a uma descarga por
50 (cinquenta) anos.
(b) Além disso, deve-se assegurar que não haja falha de blindagem nas instalações para
correntes superiores a 2 kA.

7.6 Emissão eletromagnética


7.6.1 Rádio interferência
(a) O valor da tensão de rádio interferência externa à subestação não deve exceder
2.500 V/m a 1.000 kHz, com 110% da tensão nominal do sistema.
7.6.2 Efeito corona
(a) As instalações das subestações, especialmente condutores e ferragens, não devem
apresentar efeito corona visual em 90% do tempo para as condições atmosféricas
predominantes na região da subestação. As tensões mínimas fase-terra eficaz para início
e extinção de corona visual a serem consideradas no projeto são apresentadas na Tabela
3.

Tabela 3 – Tensão mínima para início e extinção de corona visual


Tensão nominal Tensão mínima
(kV) (kV fase-terra, eficaz)
765 536

1 Guide for the Selection of Insulators in Respect of Polluted Conditions.


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SEUS EQUIPAMENTOS

500 ou 525 350


440 308
345 242
230 161
138 97

7.6.3 Campo elétrico


(a) Devem ser atendidas as exigências da Resolução Normativa ANEEL nº 398, de 23 de
março de 2010.
7.6.4 Campo magnético
(a) Devem ser atendidas as exigências da Resolução Normativa ANEEL nº 398, de 23 de
março de 2010.

8 EQUIPAMENTOS DA SUBESTAÇÃO

8.1 Unidades transformadoras de potência.


8.1.1 Energização das unidades transformadoras de potência
8.1.1.1 As unidades transformadoras devem ser dimensionadas de forma a permitir a sua
energização tanto pelo enrolamento primário quanto pelo enrolamento secundário, para toda a faixa
de tensão operativa, sem ocasionar restrições de operação.
8.1.1.2 Quando da especificação das características básicas das unidades transformadoras, a
transmissora deverá avaliar o impacto que os valores adotados, para a reatância de núcleo de ar
(Xac) e para o nível do joelho da curva de saturação, possam causar ao Sistema Interligado Nacional
– SIN, em função das sobretensões de manobra e correntes de inrush advindas de sua energização.
8.1.1.3 Os disjuntores das unidades transformadoras devem atender ao disposto no item 8.5.4
deste submódulo.
8.1.2 Enrolamentos Terciários
8.1.2.1 A necessidade dos enrolamentos terciários deve, mediante estudos, ser determinada pelos
condicionamentos sistêmicos listados a seguir:
(a) instalação de suporte de reativo;
(b) atenuação de fatores de sobretensões; e
(c) absorção de harmônico de tensão de terceira ordem.
8.1.3 Comutação de derivação em carga
8.1.3.1 O comutador de derivação em carga deve estar de acordo com a publicação IEC-214 On
Load Tap Changers e as Normas Técnicas ABNT, observado o disposto no item 6.1 deste
submódulo.
8.1.3.2 Para unidade transformadora de potência, o quantitativo e a faixa de derivações, assim como
o enrolamento onde deve ser instalado o comutador em carga, são os definidos nos estudos
sistêmicos, exceto quando a unidade transformadora de potência for instalada em paralelo a outra

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existente, situação na qual o comutador em carga deve ter as mesmas características de derivações
e de locação da unidade transformadora de potência existente.
8.1.4 Condições operativas
8.1.4.1 As unidades transformadoras de potência devem ser capazes de operar com as suas
potências nominais, em regime permanente, para toda a faixa operativa de tensão definida na
Tabela 1 do Submódulo 23.3, tanto no primário quanto no secundário. Caso possuam comutadores
de derivação, sejam eles em carga ou não, a referida faixa operativa deverá ser atendida para todas
as posições desses comutadores.
8.1.4.2 As unidades transformadoras de potência devem ser especificadas e dimensionadas para
vida útil estabelecida em regulamento da ANEEL.
8.1.4.3 A unidade transformadora de potência deve ser dimensionada para três situações distintas:
carregamento em condição normal de operação, carregamento em condição de emergência de curta
duração e carregamento em condição de emergência de longa duração.
8.1.4.4 A transmissora deve garantir que, em condição normal de operação, a unidade
transformadora possa operar continuamente desde sua entrada em operação e ao longo de toda a
vida útil com carregamento de 100% da potência nominal.
8.1.4.5 A transmissora deve garantir que, em condição de emergência de curta duração e de longa
duração, a unidade transformadora possa operar sempre que solicitada pelo ONS desde sua
entrada em operação e ao longo de toda a vida útil nas condições operativas descritas a seguir:
(a) Carregamento de 120% da potência nominal por período de 4 (quatro) horas do seu ciclo
diário de carga para a expectativa de perda de vida útil normal estabelecida nas normas
técnicas de carregamento de transformadores. A referida sobrecarga de 20% deve poder
ser alcançada para qualquer condição prévia de carregamento do transformador no seu
ciclo diário de carga;
(b) Carregamento de 140% da potência nominal por período de 30 (trinta) minutos do seu
ciclo diário de carga para a expectativa de perda de vida útil normal estabelecida nas
normas técnicas de carregamento de transformadores. A referida sobrecarga de 40% deve
poder ser alcançada para qualquer condição prévia de carregamento do transformador no
seu ciclo diário de carga, inclusive para a condição ilustrada na Figura 1; e
(c) Os carregamentos de 120% e 140% podem ocorrer dentro do mesmo ciclo diário.

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SEUS EQUIPAMENTOS

Carregamento (%)

140
120
100

4h 0,5h

24
Tempo (hora)
Figura 1 – Ciclo de carga diário.
8.1.4.6 É atribuição da transmissora a especificação para fabricação da unidade transformadora, de
forma que sejam atendidos os requisitos funcionais constantes no item 8.1.4 deste submódulo. A
especificação para fabricação deve levar em conta, entre outros, os seguintes aspectos:
(a) temperatura do local de implantação da unidade transformadora, conforme Norma Técnica
ABNT, observado o disposto no item 6.1 deste submódulo; e
(b) a quantidade total de unidades transformadoras em paralelo no mesmo barramento para
o horizonte de planejamento da subestação.
8.1.4.7 É responsabilidade da transmissora a gestão da unidade transformadora, do ponto de vista
de rotinas de manutenção, de forma a possibilitar o atendimento aos requisitos funcionais
constantes no item 8.1.4 deste submódulo.
8.1.4.8 As unidades transformadoras de potência devem ser adequadas para operação em paralelo
nos terminais a serem conectadas. Caso seja detectada alguma situação sistêmica em que uma
unidade transformadora limite a operação da capacidade de transformação do conjunto em paralelo,
quer seja sob o ponto de vista da confiabilidade ou da flexibilidade operativa, o ONS, por iniciativa
própria ou motivado por solicitação de uma transmissora, deve avaliar e submeter à apreciação da
ANEEL a possibilidade de seu recondicionamento ou recapacitação.
8.1.4.9 Os procedimentos para aplicação de cargas nas unidades transformadoras de potência
devem atender à Norma Técnica ABNT, observado o disposto no item 6.1 deste submódulo, além
dos requisitos funcionais constantes no item 8.1.4 deste submódulo.
8.1.4.10 Cada unidade transformadora de potência deve ser capaz de suportar o perfil de
sobreexcitação em vazio a 60 Hz apresentado na Tabela 4.

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Tabela 4 – Sobreexcitação em vazio a 60 Hz, em qualquer derivação de operação

Período Tensão (pu da tensão da derivação)


10 (dez) segundos 1,35
20 (vinte) segundos 1,25
1 (um) minuto 1,20
8 (oito) minutos 1,15

8.1.5 Impedância
8.1.5.1 O valor da impedância entre o enrolamento primário e o secundário de uma unidade
transformadora de potência deve ser no máximo de 14%, referenciado a 75ºC, na base nominal da
unidade transformadora de potência, com todo o sistema de refrigeração em operação. Impedâncias
superiores a essa apenas podem ser aceitas em caso de unidade transformadora defasadora ou
em situações especiais, como por exemplo, em caso de necessidade de limitação das correntes de
curto-circuito. No caso de unidade transformadora defasadora, a impedância deve ser dimensionada
de acordo com as necessidades do conjunto impedância-defasagem angular, de forma a prover o
desempenho previsto nos estudos de sistema.
8.1.5.2 Na definição do valor mínimo da impedância, devem-se considerar os máximos valores
admissíveis de corrente de curto-circuito explicitados no item 7.4.1 deste submódulo.
8.1.5.3 Os valores máximos e mínimos de impedância devem atender às condições de paralelismo
quando a unidade transformadora de potência for instalada em paralelo a outra existente.
8.1.6 Perdas
8.1.6.1 Autotransformadores
(a) O valor das perdas máximas para autotransformadores monofásicos ou trifásicos de
qualquer potência, com tensão nominal do enrolamento de alta tensão igual ou superior a
230 kV, deve ser inferior ou igual a 0,3% da potência nominal, para operação primário-
secundário nas condições nominais de potência, frequência, tensões e tapes.
8.1.6.2 Transformadores
(a) No caso de transformadores trifásicos ou monofásicos de potência trifásica nominal
superior a 5 MVA, com tensão nominal do enrolamento de alta tensão igual ou superior a
230 kV, as perdas máximas entre o primário e o secundário devem atender à Tabela 5,
para operação nas condições nominais de potência, frequência, tensões e tapes.
Tabela 5 – Perdas para transformadores, em percentagem de sua potência trifásica nominal à
tensão e frequência nominais.
Potência Trifásica Nominal (Pn(1)) Perdas Máximas
5 < Pn < 30 MVA 0,70 %
30  Pn < 50 MVA 0,60 %
50  Pn < 100 MVA 0,50 %
100  Pn < 200 MVA 0,40 %
Pn  200 MVA 0,30 %
Nota: (1) Pn: potência trifásica nominal no último estágio de refrigeração.

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SEUS EQUIPAMENTOS

(b) Os valores de perdas definidos no item 8.1.6 deste submódulo não são aplicáveis para os
transformadores utilizados nos compensadores estáticos.
8.1.7 Nível de ruído
8.1.7.1 O nível máximo de ruído audível emitido pelas unidades transformadoras de potência deve
estar em conformidade com a Norma Técnica ABNT, observado o disposto no item 6.1 deste
submódulo.

8.2 Equipamentos de compensação reativa convencional


8.2.1 Banco de capacitores em derivação
8.2.1.1 Conexão
(a) É permitida a ligação de mais de um banco de capacitores em derivação ao barramento
através de uma única conexão, desde que cada banco de capacitor seja protegido e
manobrado de modo independente e que tal configuração não comprometa o desempenho
do sistema.
8.2.1.2 Tolerâncias
(a) São admitidas as seguintes tolerâncias para os valores de capacitância do banco:  2,0%
por fase em relação ao valor especificado. Nenhum valor medido de quaisquer das três
fases deve afastar-se mais de 1% do valor médio medido das três fases.
8.2.1.3 Perdas dielétricas
(a) O valor médio das perdas dielétricas de cada unidade capacitiva à tensão e frequência
nominais, com resistor de descargas e à temperatura de 20 ºC, deve ser de, no máximo,
0,12 W/kvar, para capacitores sem fusíveis internos, e 0,16 W/kvar, para capacitores com
fusíveis internos.
8.2.1.4 Capacidade de curto-circuito
(a) A máxima corrente de descarga dos capacitores provocada por curtos-circuitos internos
na subestação, acrescida da contribuição de curto-circuito proveniente da rede, não deve
exceder a suportabilidade dos equipamentos da subestação.
8.2.1.5 Energização
(a) As correntes e tensões transitórias provenientes da energização do banco, isoladamente
ou na condição back-to-back, não devem submeter os equipamentos e dispositivos das
instalações de transmissão a solicitações acima de suas suportabilidades. Na condição de
back-to-back devem ser tomadas precauções que evitem elevação transitória de potencial
de terra que possa infringir os critérios de segurança pessoal ou causar interferências
eletromagnéticas que causem o funcionamento indevido dos circuitos de comando,
controle e proteção.
8.2.2 Reatores em derivação
8.2.2.1 Tensão nominal
(a) Os reatores em derivação devem ser especificados com uma tensão nominal que atenda
aos seguintes requisitos:
(1) Ser no mínimo igual ao valor mediano da faixa de valores de tensão estabelecidos na
Tabela 1 do Submódulo 23.3 para a condição operativa normal.

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SEUS EQUIPAMENTOS

(2) Nas situações em que o reator está instalado nas proximidades de um banco de
capacitores série, atender às solicitações determinadas pelos estudos de fluxo de
potência, que podem levar, no ponto de instalação do reator, a valores de tensão
superiores à tensão máxima operativa do sistema.
(b) O dimensionamento do reator, do ponto de vista das temperaturas máximas possíveis de
serem atingidas, deve ser feito para a tensão máxima operativa, como estabelecido na
Tabela 1 do Submódulo 23.3 , ou para a tensão determinada pelos estudos de fluxo de
potência nas situações em que a tensão nominal seja superior à máxima tensão operativa
do sistema.
(c) Deve atender às características de temperatura conforme as Normas Técnicas ABNT.
(d) A operação na tensão nominal deve ser possível por toda a vida útil do reator.
8.2.2.2 Tolerâncias
(a) São admitidas as seguintes tolerâncias para a reatância:  2,0% por fase em relação ao
valor especificado. Nenhum valor medido de quaisquer das três fases deve afastar-se mais
de 1% do valor médio medido das três fases.
8.2.2.3 Esquemas de aterramento
(a) Os reatores podem considerar os seguintes esquemas de aterramento:
(1) estrela solidamente aterrada;
(2) estrela aterrada através de impedância.
(b) A necessidade de adoção de reator de neutro deverá ser identificada nos estudos de
religamento monopolar, considerando a frequência da rede entre 56 Hz e 66 Hz. Caso seja
necessário o uso de impedância de aterramento, o isolamento do neutro do reator deve
ser dimensionado considerando esse equipamento.
8.2.2.4 Regime de operação
(a) Os reatores em derivação devem ser especificados para operar continuamente na tensão
nominal definida no item 8.2.2.1 durante toda a sua vida útil.
(b) Os reatores manobráveis devem ser especificados para suportar os transitórios devido às
manobras de abertura e fechamento diária de seus disjuntores durante toda a sua vida
útil.
(c) As manobras de abertura e fechamento de reatores em derivação não devem provocar
sobretensões inadmissíveis ou transitórios de frequência elevada que possam colocar em
risco os demais equipamentos da subestação, nem o próprio reator manobrado. Deve ser
também observado o disposto no item 8.5.3 (b) deste submódulo.
(d) Os reatores devem ser capazes de suportar os níveis de sobretensões transitórias e
temporárias definidos pelos estudos de sistema.
(e) O dimensionamento dos reatores deve considerar a possibilidade de sobretensões em
regime normal de operação de forma a não serem limitadores da capacidade de
transmissão da LT.
8.2.2.5 Vida útil
(a) Os reatores em derivação submetidos ao regime de operação definido no item 8.2.2.4 (a)
deste submódulo devem ser especificados para a expectativa de vida útil regulamentada
pela ANEEL.

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SEUS EQUIPAMENTOS

(b) Em caso de reatores de linha, a sua exposição às tensões estabelecidas na Tabela 2,


durante a operação em vazio por uma hora da LT onde estão instalados, não deve alterar
a expectativa de vida útil supra mencionada.
8.2.2.6 Perdas
(a) Para reatores em derivação trifásicos ou monofásicos de potência nominal igual ou
superior a 5 Mvar e de tensão nominal do enrolamento de alta tensão igual ou superior a
230 kV, as perdas totais máximas, à tensão e frequência nominais, devem atender à
Tabela 6.
Tabela 6 – Perdas totais máximas à tensão e frequência nominais para reatores em derivação
trifásicos ou monofásicos com tensão nominal igual ou superior a 230 kV, em percentagem da
potência nominal
Potência Nominal (Pn) Perdas Totais Máximas
5 ≤ Pn < 10 Mvar 0,70 % de Pn
10  Pn < 15 Mvar 0,60 % de Pn
15  Pn < 20 Mvar 0,50 % de Pn
20  Pn < 30 Mvar 0,40 % de Pn
Pn  30 Mvar 0,30 % de Pn

8.2.2.7 Para efeito de dimensionamento e especificação de reatores em derivação, a transmissora


deve considerar a temperatura máxima do ponto de instalação, conforme Norma Técnica ABNT,
observado o disposto no item 6.1 deste submódulo.
8.2.2.8 Os reatores de linha conectados a terminais de banco de capacitores série deverão observar
o disposto no item 8.2.3.9 deste submódulo.
8.2.3 Banco de capacitores série fixos
8.2.3.1 Tolerâncias
(a) Em relação à capacitância, são admitidas as seguintes tolerâncias nos bancos de
capacitores:  2,0% por fase em relação ao valor especificado. Nenhum valor medido de
quaisquer das três fases deve afastar-se mais de 1% do valor médio medido das três
fases.
8.2.3.2 Perdas dielétricas
(a) O valor médio das perdas dielétricas de cada unidade capacitiva à tensão e frequência
nominais, com resistor de descargas e à temperatura de 20º C deve ser de, no máximo,
0,12 W/kvar, para capacitores sem fusíveis internos, e 0,16 W/kvar, para capacitores com
fusíveis internos.
8.2.3.3 Capacidade de sobrecarga
(a) A capacidade de sobrecarga deve atender, no mínimo, aos valores de sobrecarga
discriminados na Tabela 7.

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SEUS EQUIPAMENTOS

Tabela 7 – Sobrecarga dos bancos de capacitores série fixos


Corrente (pu) Duração Em um período de
1,10 8 horas 12 horas
1,35 30 minutos 6 horas
1,50 10 minutos 2 horas

(b) Deverão ser especificados valores de sobrecarga superiores aos mencionados no item
8.2.3.3 (a) deste submódulo, caso os estudos de planejamento da expansão indiquem
esta necessidade.
8.2.3.4 By-pass do banco de capacitores série
(a) Não é permitida a atuação de dispositivos de proteção dos varistores do banco de
capacitores série para faltas externas à LT na qual o banco está instalado, à exceção dos
seguintes casos específicos:
(1) Faltas externas que sejam eliminadas em tempo superior ao tempo máximo de
eliminação de defeito tm (100 ms para VN 345 kV e 150 ms para VN< 345 kV).
Nesse caso, o dispositivo de proteção dos varistores só pode atuar tm milissegundos
após a detecção da falta. O banco de capacitores série deve ser reinserido em até
300 ms após a eliminação da falta.
(2) Faltas externas trifásicas eliminadas em até tm milissegundos, com religamento mal
sucedido após 500 ms de tempo morto. Nesse caso, o dispositivo de proteção dos
varistores só pode atuar após tm milissegundos da tentativa mal sucedida de
religamento.
8.2.3.5 Dispositivos de proteção dos equipamentos de compensação série que utilizem varistores
devem ser dimensionados considerando os varistores à base de óxido metálico.
8.2.3.6 Os requisitos de energia dos varistores devem ser definidos levando-se em consideração
todos os cenários e intercâmbios previstos no sistema de transmissão, bem como todos os tipos de
falta. Esses cenários devem abranger desde a configuração inicial até a do ano horizonte de
planejamento. Os requisitos devem ser definidos para a condição de falta externa mais crítica,
inclusive para a possibilidade de linha paralela fora de serviço.
8.2.3.7 O dimensionamento dos bancos de capacitores série deverá levar em consideração a
máxima corrente de swing identificada pelos estudos de sistema.
8.2.3.8 Os bancos de capacitores série devem ser dotados de mecanismos que possibilitem a
identificação e a adoção de medidas mitigadoras para as configurações operativas que possam
propiciar o surgimento de ressonâncias subsíncronas.
8.2.3.9 Os equipamentos adjacentes aos bancos de capacitores série e conectados à linha de
transmissão, tais como reatores em derivação, transformadores de corrente, transformadores de
potencial e para-raios, deverão ser especificados para a máxima tensão em regime permanente
associada à elevação de tensão causada pelo fluxo de corrente através do banco de capacitores
série. O valor da corrente a ser considerado é a máxima corrente especificada para o referido banco
de capacitores série.

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SEUS EQUIPAMENTOS

8.3 Compensador Estático de Potência Reativa


8.3.1 Condições gerais
(a) O sistema de controle do compensador estático de potência reativa – CER não pode
comprometer o desempenho do SIN, tanto em operação normal como sob contingências,
emergências e operação degradada, para regimes permanente e transitório.
(b) O CER não deve propiciar o surgimento de condições de ferroressonância, nem de
saturação assimétrica de núcleos de unidades transformadoras de potência.
(c) Para qualquer cálculo de harmônicos e filtros devem ser consideradas as tolerâncias de
fabricação das impedâncias das unidades transformadoras de potência elevadoras dos
CER, incluindo diferenças entre fases, bem como os valores especificados de tensão de
sequência negativa da rede e da faixa de variação da frequência fundamental.
(d) O controle do CER deve ser concebido de forma a evitar hunting com controles de outros
CER eletricamente próximos. As operações dos sistemas de controle de elementos
manobráveis e/ou comutadores automáticos de unidades transformadoras de potência (do
CER ou externos) não devem dar origem a oscilações intermitentes (huntings) entre esses
elementos, nem entre nenhum deles e o controle do CER.
(e) O controle do CER deve ser concebido de forma a contribuir para minimizar as
perturbações no sistema elétrico, durante uma falta. O controle deve ser dimensionado
considerando a necessidade de atuação do esquema de religamento monopolar.
(f) O controle do CER deve dispor de uma estratégia de subtensão que permita o bloqueio
do CER em zero Mvar, em caso de faltas na sua vizinhança, com a finalidade de evitar
que, durante a eliminação das mesmas, o CER fique totalmente capacitivo agravando as
sobretensões no SIN. Esta estratégia deverá possuir temporização para o bloqueio e o
desbloqueio do CER, bem como dispor de uma histerese associada para evitar
instabilidades. Tanto os níveis de bloqueio/desbloqueio quanto às temporizações
associadas deverão ser ajustáveis.
(g) A medição de tensão associada a estratégia de subtensão do CER deve ser baseada em:
i) tensão mínima instantânea (fase-fase e fase-terra); e ii) tensão de sequência positiva.
Cabe ao ONS optar por uma das duas, de acordo com as necessidades de operação da
rede associada.
(h) O controle do CER deve permitir a entrada de sinais de grandezas elétricas adicionais
(fluxo de potência ativa, frequência, etc.) com o objetivo de modular, se necessário, a
potência reativa do CER para amortecer oscilações de tensão, oscilações de potência na
rede elétrica e ressonâncias subsíncronas.
(i) O controle do CER deve ser projetado de tal forma a não comprometer a estabilidade de
tensão da rede elétrica. Para tanto, deve identificar a sensibilidade da tensão da rede
elétrica à variação da susceptância do CER e adotar medidas corretivas para evitar
condições de instabilidade.
(j) Deve ser demonstrado o desempenho do CER para a operação em condições nominais e
degradadas, por meio de estudos com programas de transitórios eletromagnéticos e de
estabilidade transitória e dinâmica, a serem elaborados pela transmissora.
(k) Todos os equipamentos integrantes do CER devem ser dimensionados para suportar as
solicitações de curto-circuito na barra de conexão à Rede Básica onde serão instalados.
(l) Deve ser possível ajustar a inclinação da rampa do controle do CER de forma contínua
dentro da faixa de tensão operativa em regime permanente, no ponto de conexão do CER.

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SEUS EQUIPAMENTOS

(m) Deve ser fornecida ao ONS a memória de cálculo com o dimensionamento do circuito
principal do CER.
(n) Deve ser disponibilizado ao ONS os modelos computacionais para simulações de regime
permanente, transitórios eletromecânicos (estudos dinâmicos) e de transitórios
eletromagnéticos. Esses modelos devem ser entregues devidamente aferidos e
documentados.
8.3.2 Ajuste do sistema de controle
8.3.2.1 Deve-se levar em conta a potência de curto-circuito trifásica máxima no barramento de
conexão à Rede Básica ou às instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a
interligações internacionais conectadas à Rede Básica no ano de entrada em operação do CER e a
potência de curto-circuito mínima para o mesmo ano em condição de rede degradada. Essa
informação tem a finalidade de permitir um ajuste inicial adequado do sistema de controle do CER.
8.3.2.2 Os valores de pré-ajustes devem ser informados ao ONS, antes dos estudos pré-
operacionais, de forma a fornecer elementos para a otimização do desempenho dinâmico do
equipamento durante o desenvolvimento desses estudos.
8.3.2.3 Os valores destes pré-ajustes devem estar baseados em estudos de Real Time Digital
Simulator – RTDS, no qual o sistema de transmissão associado esteja representado. Os
equivalentes de curto-circuito devem estar localizados pelo menos a duas barras (segunda
vizinhança) do ponto de acoplamento comum do CER.
8.3.3 Tempos de eliminação de defeito
8.3.3.1 O projeto do CER deve considerar os tempos de eliminação de faltas apresentados na
Tabela 8:
Tabela 8 – Tempo de eliminação de faltas
Tempo de eliminação de faltas
Tensão(kV)
(ms)
Sem falha de Com falha de
disjuntor disjuntor
765 80 200
525 e 500 100 250
440 100 250
345 100 400
230 150 500
138 150 500
138 (*) 450 750
88 (*) 450 750
69 (*) 800 1000
Nota: (*) sem teleproteção.
8.3.4 Frequência
8.3.4.1 O CER deve ser dimensionado para operar nas seguintes condições de frequência:
(a) Faixa de Frequência em Regime Permanente: 60 Hz ± 0,2 Hz
(b) Faixa de Variação Transitória de Frequência
(1) 56 a 59,8 Hz por 20 segundos;
(2) 60,2 a 66 Hz por 20 segundos.

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SEUS EQUIPAMENTOS

8.3.4.2 A faixa de operação em regime permanente deve ser utilizada para cálculos de desempenho
de equipamentos e as faixas de operação transitória para o cálculo dos valores de capacidade
(rating).
8.3.5 Ciclo de Sobrecarga
8.3.5.1 O CER deve ser capaz de suportar as condições de operação em sobrecarga de acordo com
a envoltória de sobretensões definida pelos estudos de planejamento. Essa envoltória deve
contemplar as sobretensões de manobra de elementos da rede, sejam unidades transformadoras
de potência, LT ou outros, situados eletricamente próximos e que possam submeter o ponto onde o
CER está conectado a sobretensões transitórias significativas. Essas manobras devem considerar
também topologias degradadas da rede.
8.3.5.2 Na indisponibilidade da envoltória de sobretensões definida pelos estudos de planejamento,
o CER deve ser capaz, no mínimo, de suportar as condições de operação em sobrecarga
apresentadas na Tabela 9.
Tabela 9 – Envoltória de sobretensões para operação em sobrecarga
Tensão (pu) Duração mínima da sobrecarga
1,80 50 ms
1,40 200 ms
1,30 1s
1,20 10 s
1,05(1) Continuamente
Nota (1): Para as tensões de operação de 500 ou 525 kV, o
ciclo deve prever a operação contínua para 550 kV (1,10 pu
de 500 kV).

8.3.5.3 O CER deve suportar o ciclo de sobretensão/sobrecarga indutiva, a partir do regime


permanente, totalmente indutivo, observando ainda as seguintes condições:
(a) sem que haja disparo protetivo da válvula de tiristores produzido pelas sobretensões de
bloqueio dos tiristores (turn-off overshoot);
(b) sem que a temperatura de junção dos tiristores supere a máxima temperatura de junção
admitida no projeto;
(c) sem que haja limitação no ângulo de disparo dos reatores controlados a tiristores – TCR.
8.3.6 Desempenho do CER
8.3.6.1 O CER deve apresentar, no mínimo, o desempenho definido pelo instrumento técnico do seu
processo de licitação ou autorização.
8.3.6.2 O CER deve apresentar resposta, no mínimo, conforme os parâmetros indicados na Tabela
10.
Tabela 10 – Resposta do CER
Parâmetros Valor
Response time (rise time): 90% do valor final 33 ms
Settling time: ±5% do valor final 100 ms
Overshoot: 30%
8.3.6.3 Esse padrão de resposta, constituído pelos três parâmetros definidos na Tabela 10, deve
ser atingido para qualquer tensão dentro da faixa operativa e para qualquer condição da rede

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SEUS EQUIPAMENTOS

externa. A resposta do controle do CER é avaliada considerando a variação da tensão medida do


ponto de conexão do CER, após as filtragens, com o estatismo do controle ajustado em zero.
8.3.7 Perdas
8.3.7.1 As perdas elétricas do CER devem ser inferiores a perda máxima estabelecida no
instrumento técnico do seu processo de licitação ou autorização.
8.3.7.2 Deve ser fornecida ao ONS a memória de cálculo preliminar das perdas do CER bem como
a execução de ensaios que comprovem o atendimento ao requisito estabelecido.
8.3.8 Desempenho Harmônico
8.3.8.1 Definições:
(a) A Distorção de Tensão Harmônica Individual – DTHI corresponde ao valor obtido da relação
percentual entre a tensão harmônica de ordem h, V h, e a tensão à frequência fundamental,
V1, ambas medidas em Volts, sendo expressa por:
vh
DTHI h  100 (em %)
v1
(b) A Distorção de Tensão Harmônica Total – DTHT corresponde ao valor obtido da raiz
quadrada do somatório quadrático das DTHI de ordens 2 a 50, sendo expressa por:

DTHT =  DTHI 2
h (em %)

(c) DTHTS95%: o maior valor de DTHT entre os sete valores obtidos, em base diária, ao longo
de 7 (sete) dias consecutivos. O DTHT, em base diária, é obtido com base no DTHT que
foi superado em apenas 5% dos registros obtidos no período de 1 (um) dia (24 horas),
considerando os valores dos indicadores integralizados em intervalos de 10 (dez) minutos.
8.3.8.2 Condições gerais e requisitos:
(a) A determinação do envelope de impedância harmônica da rede CA deve considerar os
diversos cenários de evolução da rede ao longo do período de concessão, nas
configurações relativas aos patamares de carga leve, média e pesada. Cargas podem ser
representadas, devendo-se entretanto demonstrar a adequação do modelo de carga
adotado. A carga deve ser representada onde ela está concentrada, principalmente na
distribuição primária. O envelope total pode ser subdividido em subenvelopes de
harmônicos sucessivos. Além dos harmônicos do grupo, devem ser incluídos em cada
subenvelope o harmônico imediatamente superior e imediatamente inferior as ordens
harmônicas do grupo, com a finalidade de garantir a intersecção entre os conjuntos.
(b) Os envelopes de impedância harmônica devem ser determinados considerando-se a
metodologia do setor circular (anular), ou seja, esses envelopes devem ser definidos pelos
seus raios máximo e mínimo e ângulos máximo e mínimo, conforme Figura 2. Esses
lugares geométricos devem ser submetidos à aprovação do ONS, antes de serem
incluídos no contrato de fornecimento do CER, como forma de garantir que o projeto dos
filtros se baseie em envelopes válidos.

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SEUS EQUIPAMENTOS

Figura 2 – Setor circular (anular) – Plano de admitâncias, com os vetores representativos da rede
interna (Yih), da rede externa (Ybh) e do resultante Yhmin, visto do ponto de acoplamento comum
(PAC).
(c) Deve ser considerada a necessidade de atendimento ao desempenho harmônico, para as
configurações de rede completa e (n-1) da rede CA.
(d) Os filtros devem ser dimensionados para que não haja necessidade de desligamento por
overrating em condições operativas normais e de contingências simples (n-1) da rede
externa.
(e) Deve-se manter para todas as etapas de implementação do empreendimento do qual o
CER faz parte, o desempenho harmônico estabelecido no submódulo 2.8. Devem ser
consideradas as condições de máxima dessintonia dos filtros e as condições mais severas
de geração de correntes harmônicas pelos TCR.
(f) Deve ser considerada a possibilidade de operação da rede CA com um desbalanço
máximo de sequência negativa de 2,0%. Nos casos de filtros ativos ou passivos de sintonia
automática, devem ser considerados os erros de controle.
(g) As instalações devem ter desempenho harmônico, do ponto de vista de distorção
harmônica no ponto de acoplamento comum (PAC) com a Rede Básica ou com as
instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais
conectadas à Rede Básica, demonstrado por meio de estudos e de medições nos
barramentos CA da Rede Básica ou das instalações de transmissão de energia elétrica
destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica conectados à
subestação onde se localiza o CER, conforme estabelecido no Submódulo 2.8. As
medições devem ser realizadas antes e imediatamente após a entrada em operação do
CER. Esses resultados devem ser encaminhados ao ONS no prazo de 90 (noventa) dias
após a entrada em operação do CER, na forma de relatório e planilha. O agente deve
instalar um equipamento de monitoração contínua, que utilize métodos e equipamentos
de medição conforme estabelecido nos Submódulos 2.8 e 12.2.
(h) As correntes harmônicas nas linhas CA conectadas ao CER não devem produzir
interferências nas linhas telefônicas, que estejam em operação na data de
comissionamento do CER, acima dos limites das normas correspondentes.

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SEUS EQUIPAMENTOS

8.3.8.3 Avaliação do desempenho harmônico


(a) A Tabela 11, transcrita do Submódulo 2.8, define os limites individuais de distorção
harmônica a serem atendidos na conexão do CER, considerando o CER como o único
gerador de harmônicos no ponto de conexão.

Tabela 11 – Limites individuais para DTHI e DTHTS95%.


13,8 kV  V  69 kV V  69 kV
DTHI, h ímpar DTHI, h par DTHI, h ímpar DTHI, h par
ORDEM VALOR (%) ORDEM VALOR (%) ORDEM VALOR (%) ORDEM VALOR (%)
3 a 25 1,5 3 a 25 0,6
todos 0,6 todos 0,3
27 0,7 27 0,4
DTHTS95% = 3 DTHTS95% = 1,5

8.3.8.4 Avaliação do rating dos filtros


(a) Para a definição do rating dos elementos dos filtros , a transmissora deve avaliar as
tensões harmônicas externas ao CER (background harmonics), que impliquem nos piores
valores de corrente e tensão nos componentes dos filtros, respeitado o limite global de
DTHT, com base nos valores limite globais apresentados na Tabela 12.
Tabela 12 – Limites globais inferiores para DTHI e DTHT.

V < 69 kV V ≥ 69 kV
DTHI, h ímpar DTHI, h par DTHI, h ímpar DTHI, h par
ORDEM VALOR (%) ORDEM VALOR (%) ORDEM VALOR (%) ORDEM VALOR (%)
3, 5, 7 5% 3, 5, 7 2%
2, 4, 6 2% 2, 4, 6 1%
9, 11, 13 3% 9, 11, 13 1,5%
≥8 1% ≥8 0,5%
15 a 25 2% 15 a 25 1%
≥27 1% ≥27 0,5%
DTHT = 6% DTHT = 3%

8.4 Unidades FACTS


8.4.1 Aplicações
8.4.1.1 A necessidade de utilização de dispositivos FACTS deve ser determinada mediante estudos
de planejamento e determinada sobretudo pelos condicionamentos sistêmicos listados a seguir:
(a) controle de tensão (potência reativa) local ou de uma rede elétrica;
(b) controle do fluxo de potência, ou ângulo de fase, em um trecho da rede;
(c) ajuste da impedância série em linhas de transmissão (compensação série);
(d) aumento do grau de amortecimento dinâmico dos sistemas e/ou aumento das margens de
estabilidade, tanto transitórias quanto dinâmicas.
8.4.2 Comportamento

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SEUS EQUIPAMENTOS

8.4.2.1 A unidade FACTS não deve provocar interferências na operação de defasadores,


comutadores em derivação, manobras em reatores, bancos de capacitores, saturação de núcleos
de transformadores, ou na operação de qualquer outro tipo de equipamento, nem propiciar o
surgimento de condições de ferrorressonância.
8.4.2.2 Devem ser respeitados os limites de distorções harmônicas estabelecidos no Submódulo
2.8.
8.4.2.3 A operação do sistema de controle de elementos manobráveis e/ou comutadores
automáticos de transformadores não deve dar origem a oscilações intermitentes (huntings), na
potência ou frequência.
8.4.2.4 Durante uma falta, a potência ativa transmitida pelo dispositivo FACTS deve ser a maior
possível, relativamente à potência antes da falta, de forma a minimizar as perturbações, por redução
de potência, nos sistemas elétricos. A mesma condição se aplica durante a atuação do esquema de
religamento monopolar.
8.4.2.5 Comportamento em regime dinâmico e transitório
(a) Estabilidade transitória e dinâmica: a unidade FACTS não deve reduzir as margens de
estabilidade e/ou o amortecimento do sistema, contribuindo de forma positiva para:
(1) limites de estabilidade transitória, relativos à manutenção do sincronismo sob
perturbações em condições de carregamento crítico e em condições de
contingências;
(2) manutenção das margens de estabilidade e amortecimento do SIN; e
(3) amortecimento dos modos de ressonância subsíncrona preexistentes.
(b) Ressonâncias subsíncronas: a unidade FACTS não deve provocar o surgimento de
fenômeno de ressonância subsíncrona na região onde será instalado.
(c) Transitórios eletromagnéticos: a unidade FACTS não deve submeter os equipamentos da
Rede Básica ou das instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a
interligações internacionais conectadas à Rede Básica a valores de tensão e corrente
acima das suas suportabilidades.
(d) Controle: o sistema de controle da unidade FACTS não pode comprometer o desempenho
do SIN, tanto em operação normal como sob contingências, emergências e operação
degradada.
8.4.2.6 Deve ser demonstrado ao ONS, por meio de estudos, o desempenho do dispositivo FACTS
para a operação em condições nominais e degradadas.
8.4.2.7 O dispositivo FACTS não pode ser considerado como desempenhando a sua função integral
para o SIN se não tiver plena capacidade de regulação das grandezas especificadas no instrumento
técnico de outorga de concessão ou de autorização.
8.4.3 Eficiência
8.4.3.1 A eficiência da unidade FACTS deve ser maior ou igual àquela utilizada nos estudos de
planejamento que definem a alternativa de menor custo global, à qual corresponde a soma do custo
dos investimentos mais o custo das perdas.

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SEUS EQUIPAMENTOS

8.5 Disjuntores
8.5.1 Os disjuntores devem ter tempos máximos de interrupção de 2 ciclos para as classes de
tensão de 800, 550, 460 e 362 kV e 3 ciclos para as classes de tensão de 242, 145 e 72,5 kV, em
60 Hz.
8.5.2 O ciclo de operação com religamento rápido deve atender aos requisitos da Norma Técnica
ABNT, observado o disposto no item 6.1 deste submódulo.
8.5.3 Os disjuntores devem ser capazes de efetuar, em função das características específicas de
cada aplicação e dos requisitos sistêmicos, as seguintes operações:
(a) Abertura de linhas em vazio com sobretensão de pré-manobra à frequência de 60 Hz, de
acordo com os valores da Tabela 5 do Submódulo 23.3.
(b) Abertura de pequenas correntes indutivas, tal como na manobra de reatores em derivação,
sem provocar reignições, reacendimentos, sobretensões inadmissíveis ou transitórios de
frequência elevada que possam colocar em risco os equipamentos da subestação.
(c) Abertura em oposição de fases.
(d) Abertura de defeito trifásico não envolvendo terra, no barramento ou na saída de linha.
(e) Abertura de defeito quilométrico.
(f) Abertura da corrente de curto-circuito com a relação X/R do ponto do sistema onde será
aplicado.
8.5.4 Os disjuntores das unidades transformadoras de potência e dos bancos de capacitores em
derivação devem ser dotados de elementos ou sistemas que limitem os transitórios de energização
desses equipamentos, com o intuito de não causar sobretensões, subtensões ou sobrecorrentes
que afetem o desempenho da rede ou causem o funcionamento indevido dos sistemas de proteção
e controle.
8.5.5 Os disjuntores dos bancos de capacitores em derivação e os disjuntores que manobrarem
linhas de transmissão a vazio devem ser do tipo de “baixíssima probabilidade de reacendimento de
arco”, classe C2, conforme a Norma Técnica ABNT, observado o disposto no item 6.1 deste
submódulo.
8.5.6 Os disjuntores dos bancos de reatores em derivação devem ser monopolares e dotados de
dispositivo de manobra controlada.
8.5.7 Para o dimensionamento dos disjuntores das conexões referidas no item 1.6 deste
submódulo, deve ser considerada qualquer falha ou indisponibilidade de disjuntor pertencente à
subestação que redunde em manobra de outro equipamento ou de LT.
8.5.8 Para o dimensionamento dos disjuntores das conexões referidas no item 1.6 deste submódulo
deve ser considerada qualquer falha ou indisponibilidade de disjuntor pertencente a subestações
adjacentes que redunde em manobra em conjunto com os equipamentos/LT a elas conectadas.
8.5.9 Os disjuntores das conexões dos enrolamentos secundários das unidades transformadoras
de potência devem ser adequados para abertura de defeito trifásico no barramento que não envolva
terra.
8.5.10 Os requisitos mínimos para a corrente nominal de disjuntores são, em função de sua classe
de tensão:
(a) Igual ou superior a 345 kV: 4.000 A; e
(b) 230 kV: 3.150 A.

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SEUS EQUIPAMENTOS

8.5.11 Os disjuntores devem ter dois circuitos de disparo independentes, lógicas de detecção de
discrepância de polos e acionamento monopolar. Para disjuntores em níveis de tensão superiores
a 138 kV, o ciclo de operação nominal deve ser compatível com a utilização de esquemas de
acionamento e religamento automático tripolar e monopolar. Para disjuntores em níveis de tensão
iguais ou inferiores a 138 kV, o ciclo de operação nominal deve ser compatível com a utilização de
esquemas de acionamento e religamento automático tripolar.
8.5.12 Para determinação da tensão de restabelecimento transitória (TRT) para disjuntor na
manobra de LT a vazio deve-se levar em conta o valor eficaz da tensão fase-fase nas fases sãs,
frente a faltas monofásicas, apresentado na Tabela 3, à frequência de 60 Hz. Valores superiores
aos da Tabela 13 podem ser necessários, caso os estudos assim o determinem.
Tabela 13 – Valor eficaz da tensão fase-fase nas fases sãs, frente a faltas monofásicas, para
determinação do TRT de disjuntor na manobra de LT a vazio

Tensão nominal do Valor eficaz da tensão fase-fase


disjuntor, em kV nas fases sãs, em kV, a 60 Hz
69 102
138 203
230 339
345 507
440 647
500 770
525 770

8.5.13 Os disjuntores devem ter capacidade de manobrar outros equipamentos e/ou linhas de
transmissão existentes na subestação onde estão instalados, em caso de faltas nesses
equipamentos seguidas de falha do referido disjuntor, considerando inclusive disjuntor em
manutenção.
8.5.14 Os disjuntores devem ter capacidade de manobrar a linha de transmissão em conjunto com
os equipamentos / linhas de transmissão a elas conectadas em subestações adjacentes, em caso
de falta no equipamento / linha de transmissão da subestação adjacente, seguido de falha do
respectivo disjuntor.
8.5.15 Nos casos em que forem utilizados mecanismos de fechamento ou abertura controlados
devem ser especificados a dispersão máxima dos tempos médios de fechamento ou de abertura,
compatíveis com as necessidades de precisão da manobra controlada. O disjuntor deve ser
especificado em consonância com o procedimento descrito no Technical Report – IEC/TR 62271-
302 – High voltage switchgear and controlgear – Part 302: Alternating current circuit-breakers with
intentionally non-simultaneous pole operation.

8.6 Seccionadoras, lâminas de terra e chaves de aterramento


8.6.1 As lâminas de terra e chaves de aterramento das LT devem ser dimensionadas para suportar,
na abertura, os valores máximos de tensão e de corrente induzidas pelos acoplamentos eletrostático
e eletromagnético, valores esses determinados nos estudos de manobra de chaves.
8.6.2 Para dimensionar esses equipamentos deve-se considerar a relação X/R do ponto do sistema
onde serão instalados.

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SEUS EQUIPAMENTOS

8.6.3 Esses equipamentos devem permitir manobras de fechamento e abertura nas condições mais
severas de tensões induzidas de LT em paralelo, incluídas situações de ressonância e de
carregamento máximo.
8.6.4 As LT devem ter lâminas de terra ou chaves de aterramento com intertravamento mecânico.

8.7 Para-raios
8.7.1 Devem ser instalados para-raios nas entradas de LT e nas conexões de unidades
transformadoras de potência, de reatores em derivação e de bancos de capacitores não
autoprotegidos.
8.7.2 Os para-raios devem ser do tipo estação, a óxido metálico, sem centelhador.

8.8 Transformadores de potencial


8.8.1 As características dos transformadores de potencial devem satisfazer às necessidades de
diversos sistemas: de proteção (Submódulo 2.6), de medição para faturamento (Módulo 12) e de
supervisão e controle para a operação (Submódulo 2.7).

8.9 Transformadores de corrente


8.9.1 As características dos transformadores de corrente devem satisfazer às necessidades de
diversos sistemas: de proteção (Submódulo 2.6), de medição para faturamento (Módulo 12) e de
supervisão e controle para a operação (Submódulo 2.7).
8.9.2 Para a especificação dos núcleos de proteção dos transformadores de corrente com tensão
nominal igual ou superior a 242 kV, deve-se considerar que esses núcleos não saturem durante
curtos-circuitos e religamentos rápidos (IEEE 76 CH1130-42 e CEI/IEC 60.044-6 19923). Os núcleos
de proteção dos transformadores de corrente devem possuir classe de desempenho TPX, TPY ou
TPZ, conforme estabelecido na Norma IEC 60.044-6 1992, considerando-se a relação X/R do ponto
de instalação, o ciclo de religamento previsto e a real carga secundária do transformador de
corrente, de forma que o erro instantâneo de medição até o instante de atuação da proteção não
ultrapasse 10%.

8.10 Requisitos para os serviços auxiliares de corrente contínua e de corrente alternada das
subestações
8.10.1 Alimentação em corrente contínua para os sistemas de proteção, supervisão e controle
(a) Os serviços auxiliares de corrente contínua (CC) para alimentação dos sistemas de
proteção, supervisão e controle devem ter dois conjuntos independentes de bancos de
baterias com retificadores, alimentando cargas independentes, e cada conjunto deve ser
dimensionado para suprir toda a carga prevista em regime contínuo.
(b) É permitido o paralelismo entre os bancos de baterias apenas em tempo suficiente para
não necessitar reinicializar os sistemas digitais ou computadorizados dos sistemas de
proteção, supervisão e controle.
(c) Em caso de falta de alimentação de corrente alternada (CA), os bancos de baterias devem
ter autonomia para realizar as manobras de recomposição da subestação. Cada conjunto
bateria-retificador deve atender a toda a carga prevista para regime contínuo pelo período
mínimo de 5 (cinco) horas.

2 Transient response of current transformers.


3 Instrument transformers - part 6: Requirements for protective current transformers for transient performance.
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SEUS EQUIPAMENTOS

(d) Além disso, os serviços auxiliares CC devem atender aos critérios para alimentação dos
sistemas de proteção estabelecidos no Submódulo 2.6 e suprir os circuitos de iluminação
de emergência das subestações.
8.10.2 Alimentação em corrente contínua para os sistemas de telecomunicações
(a) Os serviços auxiliares CC para alimentação dos sistemas de telecomunicações devem ter
dois conjuntos independentes de bancos de baterias com retificadores, alimentando
cargas independentes, e cada conjunto deve ser dimensionado para suprir a carga total
imposta pelos equipamentos de telecomunicações da subestação.
(b) Em caso de falta de alimentação CA, cada banco de bateria deve ter autonomia de no
mínimo 10 (dez) horas, para atender à carga total dos equipamentos de telecomunicações
da subestação.
(c) Os equipamentos de telecomunicações devem ser alimentados por circuitos
independentes de cada um dos bancos de baterias, para que, na falta de tensão em um
dos circuitos, a alimentação seja transferida automaticamente para o outro circuito, sem
manter o paralelismo dos bancos de baterias. É permitido o paralelismo entre os bancos
de bateria apenas em tempo suficiente para não necessitar reinicializar os sistemas digitais
ou computadorizados dos sistemas de telecomunicações.
(d) Os conjuntos de baterias/retificadores mencionados no item 8.10.1 deste submódulo
devem ser independentes dos conjuntos mencionados no item 8.10.2 deste submódulo.
8.10.3 Alimentação em corrente alternada
(a) Os serviços auxiliares CA devem ter duas fontes de alimentação, sendo uma fonte externa
e outra da própria subestação - do terciário de unidade transformadora de potência da
subestação ou de unidade transformadora exclusiva para essa finalidade. Caso a
subestação não tenha unidade transformadora de potência, as duas fontes de alimentação
devem ser externas e de subestações distintas.
(b) Em caso de falta de tensão em uma fonte de alimentação, deve ser previsto um sistema
para realizar a transferência automática das cargas para a outra fonte de alimentação.
(c) Os serviços auxiliares CA devem ter, para casos de falta de tensão nas duas fontes de
alimentação CA, grupo motor-gerador com partida automática e capacidade para
alimentação das cargas essenciais da subestação. Cargas essenciais são aquelas
necessárias para iniciar o processo de recomposição da subestação, em caso de seu
desligamento total ou parcial.
8.10.4 Testes de manutenção
(a) Na programação de manutenção e testes dos serviços auxiliares, os agentes devem
considerar os requisitos mínimos de testes estabelecidos no Submódulo 10.14.

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Submódulo 2.4

Requisitos mínimos para linhas de


transmissão
Data e instrumento de
Rev. Nº. Motivo da revisão aprovação pela
ANEEL
09/11/2011
Versão decorrente da Audiência Pública nº
2.0 Resolução Normativa
002/2011.
nº 461/11
16/12/16
Versão decorrente da Audiência Pública nº
2016.12 Resolução Normativa
020/2015.
nº 756/16

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Assunto Submódulo Revisão Data de Vigência

REQUISITOS MÍNIMOS PARA LINHAS DE


TRANSMISSÃO 2.4 2016.12 01/01/2017

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4
2 OBJETIVO ...................................................................................................................................... 5
3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO ................................................................................................. 5
4 RESPONSABILIDADES ................................................................................................................. 5
4.1 OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO – ONS................................................................... 5
4.2 AGENTES DE TRANSMISSÃO ......................................................................................................... 6
5 NORMAS E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS APLICÁVEIS .......................................................... 6
6 REQUISITOS GERAIS ................................................................................................................... 6
7 REQUISITOS ELÉTRICOS DE LT AÉREA ................................................................................... 6
7.1 CAPACIDADES DE CORRENTE DOS CONDUTORES........................................................................... 6
7.2 CAPACIDADE DE CORRENTE DOS CABOS PARA-RAIOS E CADEIAS DE ISOLADORES DA LT-CA ........... 7
7.3 DISTÂNCIAS DE SEGURANÇA ........................................................................................................ 7
7.4 PERDA JOULE NOS CABOS ............................................................................................................ 7
7.5 TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA ........................................................................................................ 8
7.6 COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO .................................................................................................. 8
7.7 EMISSÃO ELETROMAGNÉTICA ....................................................................................................... 9
7.8 TRAVESSIA COM LT ................................................................................................................... 11
8 REQUISITOS MECÂNICOS DE LT AÉREA ................................................................................ 11
8.1 CONFIABILIDADE........................................................................................................................ 11
8.2 PARÂMETROS DE VENTO ............................................................................................................ 11
8.3 CARGAS MECÂNICAS SOBRE OS CABOS....................................................................................... 12
8.4 CARGAS MECÂNICAS SOBRE AS ESTRUTURAS ............................................................................. 13
8.5 FADIGA MECÂNICA DOS CABOS ................................................................................................... 13
8.6 FUNDAÇÕES .............................................................................................................................. 13
9 REQUISITOS ELETROMECÂNICOS DE LT AÉREA ................................................................. 14
9.1 DESCARGAS ATMOSFÉRICAS ...................................................................................................... 14
9.2 CORROSÃO ELETROLÍTICA ......................................................................................................... 14
9.3 CORROSÃO AMBIENTAL.............................................................................................................. 14
10 REQUISITOS ELÉTRICOS DE LT SUBTERRÂNEA ................................................................ 14
10.1 CAPACIDADES DE CORRENTE DOS CONDUTORES....................................................................... 14
10.2 CAPACIDADE DE CORRENTE DAS BLINDAGENS METÁLICAS ......................................................... 15
10.3 PERDAS NO CONDUTOR, NA BLINDAGEM E NO DIELÉTRICO ......................................................... 15
10.4 TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA .................................................................................................... 16
10.5 COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO .............................................................................................. 16
10.6 EMISSÃO ELETROMAGNÉTICA ................................................................................................... 17
10.7 DESEQUILÍBRIO ....................................................................................................................... 17
11 REQUISITOS MECÂNICOS DE LT SUBTERRÂNEA ............................................................... 17
11.1 CONFIABILIDADE...................................................................................................................... 17
11.2 CARGAS MECÂNICAS SOBRE OS CABOS..................................................................................... 18
11.3 CARGAS MECÂNICAS NAS ESTRUTURAS DE SUPORTE DOS TERMINAIS, NOS DUTOS, NAS CAIXAS DE
PASSAGEM E NAS CAIXAS DE EMENDA ............................................................................................... 18
11.4 MATERIAL DE ENVOLTÓRIA DOS CABOS ..................................................................................... 18

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12 OUTROS REQUISITOS DE LT SUBTERRÂNEA...................................................................... 18

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1 INTRODUÇÃO
1.1 Os requisitos mínimos descritos neste submódulo devem ser atendidos por toda linha de
transmissão (LT) que integra, ou que venha a integrar, a Rede Básica ou as instalações de
transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede
Básica.
1.2 A LT que integra, ou que venha a integrar, as Demais Instalações de transmissão – DIT ou as
instalações de transmissão de interesse exclusivo de centrais de geração para conexão
compartilhada – ICG deve atender aos requisitos estabelecidos pela transmissora detentora da
sua concessão e compatibilizados com o ONS.
1.3 Caso critérios de operação e planejamento assim o determinem, requisitos específicos podem
ser incluídos nos documentos de licitação ou autorização de determinada Função Transmissão
Linha de Transmissão (FTLT), cuja LT é seu elemento principal.
1.4 O conjunto das LT a que este submódulo se refere é composto por:
(a) LT aérea em corrente alternada (LT-CA) com classe de tensão entre 230 kV e 765 kV;
(b) LT aérea em corrente contínua (LT-CC) com classe de tensão entre ±500 kV e ±800 kV;
(c) LT subterrânea em corrente alternada (LTS-CA) com classe de tensão entre 230 kV e 525
kV; e
(d) LT composta por partes aérea e subterrânea em corrente alternada (LTAS-CA) com classe
de tensão entre 230 kV e 525 kV.
1.5 Os requisitos desse submódulo aplicam-se:
(a) à LT aérea que empregue tecnologias abrangidas pela ABNT NBR 5422:1985, ou sua
sucessora, bem como pelas normas técnicas referidas no item 5.1 deste submódulo;
(b) à LT subterrânea que empregue tecnologias abrangidas pelas normas da International
Electrothechnical Commission – IEC, bem como pelas normas técnicas referidas no item
5.1 deste submódulo, em especial por aquelas que tratam dos cabos isolados de potência;
(c) ao pré-projeto, aos projetos básico e executivo, bem como às fases de construção,
manutenção e operação das LT;
(d) ao projeto, fabricação, inspeção, ensaios e montagem de materiais, componentes e
equipamentos utilizados nas LT; e
(e) a qualquer inserção ou alteração de um componente de uma LT com relação ao seu
projeto original, tais como: derivações; seccionamentos; troca de equipamentos;
reisolamento; recapacitação e/ou reformas; e conversão de um trecho de LT aérea em
subterrânea.
1.6 Os requisitos para elementos de compensação reativa e equipamentos de conexão da LT
aérea ou subterrânea, em corrente alternada, às subestações terminais são abordados no
Submódulo 2.3 Requisitos mínimos para subestações e seus equipamentos.
1.7 As perturbações produzidas pela LT-CC sobre instalações de terceiros, como por exemplo,
em sistemas de comunicação, são de responsabilidade do agente de transmissão responsável
pela LT-CC, que deve atender às normas pertinentes e prover solução para as perturbações
identificadas.
1.8 As principais características que se aplicam a uma FTLT são:

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(a) desempenho sistêmico da LT caracterizado pelo resultado obtido em termos de fluxo de


potência em regime normal e nas situações de contingência previamente consideradas.
No caso de LT em corrente alternada, deve ser incluída na caracterização do desempenho
a compensação reativa série e/ou paralela;
(b) capacidade operativa de longa duração correspondente ao valor máximo de corrente da
FTLT em condição normal de operação, sem que seja ultrapassado qualquer critério de
projeto;
(c) capacidade operativa de curta duração correspondente ao valor máximo de corrente da
FTLT em condição de emergência, sem que seja ultrapassado qualquer critério de projeto;
e
(d) perda de potência ativa máxima na LT para uma dada condição operativa e definida pelo
planejamento. Esta perda é calculada com base na resistência do condutor, incluindo a
influência dos cabos para-raios (em LT-CA) ou da blindagem metálica (em LTS-CA) sobre
o condutor, e na parcela de perda do isolante (em LTS-CA).
1.9 Os submódulos aqui mencionados são:
(a) Submódulo 2.3 Requisitos mínimos para subestações e seus equipamentos;
(b) Submódulo 2.8 Gerenciamento dos indicadores de qualidade da energia elétrica da Rede
Básica e de desempenho das funções transmissão; e
(c) Submódulo 25.8 Indicadores de desempenho de equipamentos e linhas de transmissão e
das funções de transmissão e geração.

2 OBJETIVO
2.1 O objetivo deste submódulo é atribuir responsabilidades e estabelecer os requisitos mínimos
para linhas de transmissão aérea, em corrente alternada ou corrente contínua, e para linhas de
transmissão subterrânea, em corrente alternada, integrantes da Rede Básica ou das instalações
de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede
Básica, e ainda das linhas de transmissão integrantes das DIT ou das ICG.

3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO


3.1 As alterações neste submódulo consistem de melhoria do texto; de adequações à Resolução
Normativa ANEEL nº 320, de 10 de junho de 2008, à Resolução Normativa ANEEL nº 442, de 26
de julho de 2011 e à Resolução Normativa ANEEL nº 398, de 23 de março de 2010, com a
redação dada pela Resolução Normativa nº 616, de 1 de julho de 2014; da adequação de
requisitos mínimos para linhas de transmissão aérea, em corrente alternada; e da inclusão de
requisitos mínimos para linhas de transmissão aérea, em corrente contínua, e para linhas de
transmissão subterrânea, em corrente alternada. Realizada ainda a alteração do título do
Submódulo, de “Requisitos mínimos para linhas de transmissão aéreas” para “Requisitos mínimos
para linhas de transmissão”.

4 RESPONSABILIDADES
4.1 Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS
(a) Propor ao poder concedente os requisitos mínimos a serem atendidos por cada FTLT.

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4.2 Agentes de transmissão


(a) Atender aos requisitos estabelecidos nos Procedimentos de Rede.

5 NORMAS E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS APLICÁVEIS


5.1 Deve-se atender às prescrições das normas técnicas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas – ABNT. Caso essas normas não sejam aplicáveis, parcial ou integralmente, deve-se
atender às prescrições das normas técnicas da IEC, American National Standards Institute –
ANSI, American Society for Testing and Materials – ASTM ou National Electrical Safety Code –
NESC, nessa ordem, a não ser que se indique expressamente de outra forma.

6 REQUISITOS GERAIS
6.1 Os requisitos a serem atendidos por uma FTLT dizem respeito prioritariamente a seu
desempenho sob um ponto de vista sistêmico, cuja quantificação é possível por meio dos
indicadores de desempenho apresentados no Submódulo 2.8. Por sua vez, os requisitos a que
uma LT deve atender refletem mais especificamente as diretrizes adotadas nos projetos básico e
executivo. O Submódulo 25.8 apresenta indicadores que quantificam o desempenho de uma LT.
6.2 A LT aérea deve ter pelo menos um cabo para-raios do tipo Optical Ground Wire – OPGW.
6.3 A LT subterrânea deve ter pelo menos um cabo de fibra ótica instalado ao longo da rota dos
cabos condutores.

7 REQUISITOS ELÉTRICOS DE LT AÉREA


7.1 Capacidades de corrente dos condutores
7.1.1 A LT aérea deve ser projetada de acordo com as prescrições das normas técnicas
pertinentes, de forma a preservar, em sua operação, as distâncias de segurança nela
estabelecidas. O projeto básico deve considerar a circulação das correntes correspondentes às
capacidades operativas de longa e de curta duração da FTLT e a ocorrência simultânea das
seguintes condições climáticas:
(a) temperatura máxima média da região;
(b) radiação solar máxima da região; e
(c) brisa mínima prevista para a região, desde que não superior a um metro por segundo.
7.1.2 A LT-CC deverá ser dimensionada, em termos de capacidades operativas de longa e curta
duração, de forma a possibilitar a operação das unidades conversoras das estações retificadora e
inversora em todos os modos de operação previstos no anexo técnico dos documentos de
licitação ou autorização.
7.1.3 Em condições climáticas comprovadamente mais favoráveis do que as estabelecidas no
item 7.1.1 deste submódulo, a FTLT pode ser solicitada a operar com carregamento superior à
capacidade operativa de longa ou curta duração, desde que as distâncias de segurança, conforme
definidas no item 7.3 deste submódulo, sejam respeitadas.
7.1.4 Os acessórios, conexões e demais componentes que conduzem corrente devem ser
dimensionados de forma a não criar restrição à operação da FTLT, incluindo as condições
indicadas no item 7.1.3 deste submódulo. Deverão ser atendidas, também, as prescrições das

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normas de dimensionamento e ensaios de ferragens eletrotécnicas de linhas de transmissão, em


especial da Norma Técnica ABNT NBR 7095:1981, ou sua sucessora.
7.1.5 A FTLT deve ser projetada de forma a não apresentar óbices técnicos à instalação de
monitoramento de distâncias de segurança, que pode vir a ser solicitada a qualquer tempo.
7.2 Capacidade de corrente dos cabos para-raios e cadeias de isoladores da LT-CA
7.2.1 Nas condições climáticas estabelecidas no item 7.1.1 deste submódulo, os cabos para-raios
– conectados ou não à malha de aterramento das subestações terminais e ao sistema de
aterramento de cada estrutura – e as cadeias de isoladores devem ser capazes de suportar, sem
dano, durante o período de concessão da FTLT, a circulação da corrente associada à ocorrência
de curto-circuito monofásico franco em qualquer estrutura da LT-CA por duração correspondente
ao tempo de atuação da proteção de retaguarda.
7.2.2 Nos casos de seccionamento de LT-CA para conexão de nova subestação, os cabos para-
raios e as cadeias de isoladores dos trechos de linha entre o ponto de seccionamento e a nova
subestação devem ser dimensionados conforme determina o item 7.2.1 deste submódulo. Os
cabos para-raios e as cadeias de isoladores no entorno do ponto de seccionamento devem ter a
sua capacidade de corrente verificada para a nova topologia da rede, considerando a contribuição
de corrente de curto-circuito da nova subestação. Caso se evidencie a superação de algum
desses elementos, deve ser proposta uma nova configuração de cabos para-raios e de cadeias de
isoladores que atenda aos critérios de capacidade de corrente.
7.2.3 Em circunstâncias especiais, o dimensionamento do sistema de aterramento de uma FTLT
pode levar em conta a distribuição da corrente de curto-circuito nos sistemas de aterramento de
outras FTLT conectadas à mesma malha de aterramento, desde que comprovadamente essas
funções não sofram nenhum prejuízo.
7.3 Distâncias de segurança
7.3.1 Na condição operativa de longa duração da LT aérea, as distâncias do condutor ao solo ou
aos obstáculos devem ser iguais ou superiores às distâncias de segurança (mínimas) em
condições normais de operação estabelecidas na Norma Técnica ABNT NBR 5422:1985, ou
sucessora.
7.3.2 Na condição operativa de curta duração da LT aérea, as distâncias do condutor ao solo ou
aos obstáculos devem ser iguais ou superiores às distâncias de segurança (mínimas) em
condições de emergência estabelecidas na Norma Técnica ABNT NBR 5422:1985, ou sucessora.
7.3.2.1 No caso de a Norma Técnica ABNT NBR 5422:1985, ou sucessora, não estabelecer
valores de distâncias de segurança para uma determinada classe de tensão de LT aérea, as
distâncias do condutor ao solo ou aos obstáculos devem ser determinadas segundo as
prescrições contidas no NESC, em sua edição de 2012, item 232-D.
7.4 Perda joule nos cabos
7.4.1 A perda joule nos cabos condutores deve ser mantida dentro de limites aceitáveis por meio
da utilização de cabos condutores com resistência elétrica suficientemente reduzida.
7.4.2 O valor da resistência de sequência positiva da LT-CA é específico para cada instalação e
definido, à frequência nominal de 60 Hz e a uma temperatura de referência, a partir de análise
econômica baseada em estudos elétricos de longo prazo que levam em conta o efeito da
resistência de todas as instalações de transmissão da Rede Básica.
7.4.3 O valor da resistência por pólo da LT-CC é específico para cada instalação e definido, a
uma temperatura de referência, a partir de análise econômica baseada em estudos elétricos de
longo prazo e nas características e faixas de operação de componentes das conversoras.

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7.4.4 A perda joule nos cabos para-raios da LT-CA deve ser inferior a 5% (cinco por cento) das
perdas no cabo condutor para qualquer condição de operação.
7.5 Tensão máxima operativa
7.5.1 A tensão máxima operativa das LT aéreas está limitada aos valores descritos na Tabela 1.
Tabela 1 – Tensão máxima operativa das LT aéreas
Tipo da linha de
Classe de tensão [kV] Tensão máxima operativa [kV]
transmissão
230 242
345 362
LT-CA 440 460
500 e 525 550
765 800
500 525
LT-CC 600 636
800 840

7.6 Coordenação de isolamento


7.6.1 O dimensionamento dos espaçamentos elétricos das estruturas da família de estruturas da
LT aérea deve assegurar o atendimento dos requisitos estabelecidos nos itens 7.6.2, 7.6.3 e 7.6.4
deste submódulo. Adicionalmente, no caso específico de LT-CA de circuito duplo, a coordenação
de isolamento da linha deve ser feita de forma a minimizar os desligamentos dos dois circuitos
provocados por um mesmo fenômeno.
7.6.2 Isolamento para tensão máxima operativa
7.6.2.1 O dimensionamento do isolamento da LT para tensão máxima operativa, referente às
distâncias mínimas no suporte e à distância mínima entre condutores em suportes diferentes, deve
ser feito considerando o balanço da cadeia de isoladores sob ação de vento com período de
retorno de, no mínimo, 30 (trinta) anos.
7.6.2.2 A distância de escoamento mínima da cadeia de isoladores deve ser determinada
conforme a norma IEC 60815, considerando o nível de poluição da região de implantação da LT.
Caso o nível de poluição da região seja classificado como inferior ao nível I – leve, a distância
específica de escoamento deverá ser igual ou superior a 14 mm/kV eficaz fase-fase para LT-CA e
igual ou superior a 30 mm/kV pólo-terra para LT-CC.
7.6.2.3 Deve ser garantida a distância de segurança entre qualquer condutor da linha e o solo ou
a objetos situados na faixa de segurança, tanto para a condição sem vento quanto para a
condição de balanço dos cabos e cadeias de isoladores devido à ação de vento com período de
retorno de, no mínimo, 50 (cinquenta) anos. Nessa última condição a distância de segurança deve
ser também garantida:
(a) ao longo de toda a LT, independentemente do comprimento do vão, mesmo que para tanto
a largura da faixa de segurança seja variável ao longo da LT, em função do comprimento
do vão; e
(b) para qualquer topologia de terreno na faixa de segurança, especialmente quando há perfil
lateral inclinado (em aclive).

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7.6.3 Isolamento para manobras de LT-CA


7.6.3.1 A sobretensão adotada no dimensionamento dos espaçamentos elétricos das estruturas
deverá ser, no mínimo, igual à maior das sobretensões indicadas nos estudos de transitórios
eletromagnéticos.
7.6.3.2 Os riscos de falha (fase-terra e fase-fase), por circuito, em manobras de energização e
religamento da LT-CA devem estar limitados aos valores da Tabela 2.
Tabela 2 – Risco máximo de falha, por circuito, em manobras de energização e religamento de
LT-CA
Risco de falha (adimensional)
Manobra
Fase-terra Fase-fase
-3 -4
Energização 10 10
-2 -3
Religamento 10 10

7.6.4 Isolamento na ocorrência de curto-circuito ao longo de LT-CC


7.6.4.1 Na ocorrência de curto-circuito pólo-terra, ao longo da LT-CC, o risco de falha de
-3
isolamento no pólo são-terra, devido à sobretensão resultante, deve ser igual ou inferior a 10 .
7.6.5 Desempenho a descargas atmosféricas
7.6.5.1 As estruturas da LT aérea devem ser dimensionadas com a quantidade de cabos para-
raios indicada na Tabela 3, dispostos sobre os cabos condutores, de forma a minimizar a
probabilidade de falha de blindagem.
7.6.5.2 O número total de desligamentos por descargas atmosféricas da LT aérea deve ser
inferior ou, no máximo, igual àqueles indicados na Tabela 3.
Tabela 3 – Número mínimo de cabos para-raios por estrutura e desempenho da LT aérea frente a
descargas atmosféricas
Classe Número mínimo Desligamentos de um circuito por
Tipo da 100 km por ano
de de cabos para-
linha de
tensão raios por Devido a falha
transmissão Total
[kV] estrutura de blindagem
-2
≥ 345 2 ≤10 ≤1
LT-CA -2
230 2 ≤10 ≤2
-2
LT-CC Todas 2 ≤10 ≤1

7.7 Emissão eletromagnética

7.7.1 Corona visual


7.7.1.1 A LT aérea, com seus cabos e acessórios, bem como as ferragens das cadeias de
isoladores, quando submetida à tensão máxima operativa, não deve apresentar corona visual em
90% do tempo para as condições atmosféricas predominantes na região atravessada pela LT.

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7.7.2 Radiointerferência
7.7.2.1 A mediana da distribuição da relação sinal/ruído no limite da faixa de segurança da LT
aérea deve ser igual ou superior a 24 dB, para o período de um ano. O ruído deve ser calculado
para a tensão máxima operativa da LT aérea. O sinal adotado para o cálculo deve ser o nível
mínimo de sinal na região atravessada pela linha, conforme resolução DENTEL ou sua sucessora,
desde que não superior a 66 dB acima de 1 µV/metro a 1 MHz.

7.7.3 Ruído audível


7.7.3.1 O ruído audível no limite da faixa de segurança de uma LT-CA, quando a LT estiver
submetida à tensão máxima operativa, deve ser, no máximo, igual a 58 dBA em qualquer uma das
seguintes condições não simultâneas:
(a) durante chuva fina (0,00148 mm/min);
(b) durante névoa de 4 (quatro) horas de duração; ou
(c) durante os primeiros 15 (quinze) minutos após a ocorrência de chuva.
7.7.3.2 O ruído audível no limite da faixa de segurança de uma LT-CC, quando a LT estiver
submetida à tensão máxima operativa, deve ser, no máximo, igual a 42 dBA, para tempo bom.

7.7.4 Campo elétrico


7.7.4.1 Na avaliação do campo elétrico de uma LT, devem ser atendidas as determinações da
Resolução Normativa ANEEL nº 398, de 23 de março de 2010.

7.7.5 Campo magnético


7.7.5.1 Na avaliação do campo magnético de uma LT, devem ser atendidas as determinações da
Resolução Normativa ANEEL nº 398, de 23 de março de 2010.

7.7.6 Desequilíbrio da LT-CA


7.7.7 A LT-CA com comprimento superior a 100 km deve conter, no mínimo, um ciclo completo de
transposição de fases.
7.7.8 Caso os desequilíbrios de tensão de sequências negativa ou zero sejam superiores a 1,5%,
em vazio e a plena carga, a LT-CA com comprimento igual ou inferior a 100 km deve conter, no
mínimo, um ciclo completo de transposição de fases.
7.7.9 A LT-CA de circuito duplo deve conter, no mínimo, dois ciclos completos de transposição de
fases, um em cada circuito, com sentidos opostos entre si.
7.7.10 A LT-CA paralela com outra(s) LT-CA, em toda a sua extensão ou parcialmente, na mesma
faixa de passagem ou em faixas contíguas, deve ter os desequilíbrios de tensão verificados, por
meio de simulação computacional, considerando a geometria e a sequência de fases de cada
circuito, a(s) distância(s) entre eixos e o comprimento do(s) trecho(s) de linha mais acoplados.
Caso os resultados das simulações indiquem valores de desequilíbrio de tensão de sequência
negativa ou zero superiores a 1,5%, para a LT-CA em vazio e a plena carga, o projeto básico deve
propor solução de adequação da instalação.
7.7.11 Nos casos de seccionamento de LT-CA existente, os desequilíbrios de tensão devem ser
verificados nos terminais dos trechos de LT que passam a existir após o seccionamento por meio
de simulação computacional, considerando a geometria da estrutura típica, os tipos e extensão
dos cabos (condutor e para-raios) e as características do ciclo de transposição implantado. Caso
os resultados das simulações indiquem valores de desequilíbrio de tensão de sequência negativa

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ou zero superiores a 1,5% nas barras das subestações nova e existentes, para a LT-CA em vazio
e a plena carga, o projeto básico deve propor solução de adequação da instalação. Nos casos de
seccionamento de LT-CA existente de circuito duplo ou contendo mais de um circuito de LT-CA na
mesma faixa ou em faixas contíguas, a simulação dos desequilíbrios de tensão deve considerar a
influência de todos os circuitos acoplados.
7.8 Travessia com LT
7.8.1 Deve-se evitar o cruzamento com LT. Caso o cruzamento seja inevitável, o agente de
transmissão deve identificar esses casos, tanto nas entradas/saídas das subestações quanto ao
longo do traçado da LT, e informar no projeto básico as providências que serão tomadas no
sentido de minimizar os riscos inerentes a esses cruzamentos, ficando a critério da ANEEL a
aprovação dessas providências.
7.8.2 O agente de transmissão deve relacionar no projeto básico os cruzamentos da LT em
projeto com outras LT. Seguem, abaixo, as informações mínimas das LT em cruzamento a serem
prestadas pelo agente:
(a) identificação com as subestações terminais do trecho em questão;
(b) tipo da linha de transmissão (LT-CA ou LT-CC);
(c) tensão nominal;
(d) número de circuitos; e
(e) disposição das fases (horizontal, vertical, triangular, etc).
7.8.3 Nos casos relacionados a seguir, o cruzamento da LT em projeto com outra existente (em
operação) ou projetada (em fase de implantação com processo de outorga mais antigo e projeto
executivo concluído) deverá ocorrer sob a LT existente ou projetada, quando:
(a) um circuito simples (em projeto) cruzar, num mesmo vão de travessia, mais de um circuito
de LT existente ou projetada de classe de tensão igual ou superior à de projeto; ou
(b) a tensão nominal da LT em projeto for menor que a da LT existente ou projetada.

8 REQUISITOS MECÂNICOS DE LT AÉREA


8.1 Confiabilidade
1
8.1.1 O projeto mecânico de uma LT aérea deve ser desenvolvido segundo a IEC 60826 .
8.1.2 O período de retorno do vento extremo, que caracteriza o nível de confiabilidade do projeto
eletromecânico da LT aérea, deve ser igual ou superior a 150 anos, que corresponde ao nível 2 da
IEC 60826, para LT com tensão nominal igual ou inferior a 230 kV e igual ou superior a 250 anos,
que corresponde a um nível intermediário entre os níveis 2 e 3 da IEC 60826, para LT com tensão
nominal superior a 230 kV.
8.2 Parâmetros de vento
8.2.1 Para o projeto mecânico de uma LT aérea, os carregamentos oriundos da ação do vento
nos componentes físicos dessa LT devem ser estabelecidos a partir da caracterização
probabilística das velocidades de vento da região, com tratamento para fenômenos
meteorológicos severos, tais como, sistemas frontais, tempestades, tornados, furacões etc.

1
International Electrotechnical Commission: Loading and Strength of Overhead Transmission Lines.

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8.2.2 Os parâmetros explicitados a seguir devem ser obtidos a partir de dados fornecidos por
estações anemométricas selecionadas adequadamente para caracterizar a região atravessada
pela LT aérea:
(a) média e coeficiente de variação (em porcentagem) das séries de velocidades máximas
anuais de vento a 10 m de altura, com tempos de integração da média de 3 (três)
segundos (rajada) e 10 (dez) minutos (vento médio);
(b) velocidade máxima anual de vento a 10 m de altura, com período de retorno
correspondente ao vento extremo, como definido no item 8.1.2 deste submódulo, e
tempos de integração para o cálculo da média de 3 (três) segundos e 10 (dez) minutos. Se
o número de anos da série de dados de velocidade for pequeno, na estimativa da
velocidade máxima anual deve ser adotado, no mínimo, um coeficiente de variação
compatível com as séries mais longas de dados de velocidades de ventos medidas na
região;
(c) coeficiente de rajada para a velocidade do vento a 10 m de altura, referenciado ao tempo
de integração da média de 10 (dez) minutos;
(d) velocidade máxima anual de vento a 10 m de altura, com período de retorno de 50 anos e
tempo de integração para o cálculo da média de 10 (dez) minutos; e
(e) categoria do terreno adotada para o local das medições.
8.2.3 No tratamento das velocidades de vento, para fins de dimensionamento, deve ser
considerada a categoria de terreno, conforme definida na IEC 60826, que melhor se ajuste à
topologia do corredor da LT aérea.
8.3 Cargas mecânicas sobre os cabos
8.3.1 O cabo deve ser dimensionado para suportar três estados de tracionamento – básico, de
tração normal e de referência – definidos a partir da combinação de condições climáticas e de
envelhecimento do cabo.
8.3.1.1 Estado básico
(a) Para condições de temperatura mínima, a tração axial máxima deve ser limitada a 33% da
tração de ruptura do cabo.
(b) Para condições de vento com período de retorno de 50 (cinquenta) anos, a tração axial
máxima deve ser limitada a 50% da tração de ruptura do cabo.
(c) Para condições de vento extremo, como estabelecido no item 8.1.2 deste submódulo, a
tração axial máxima deve ser limitada a 70% da tração de ruptura do cabo.
2
8.3.1.2 Estado de tração normal (EDS )
(a) No assentamento final, à temperatura média, sem vento, o nível de tracionamento médio
dos cabos deve atender ao indicado na norma ABNT NBR 5422:1985, ou sua sucessora,
bem como atender aos limites estabelecidos no item 8.3.1.1 deste submódulo. Além disso,
o tracionamento médio dos cabos deve ser compatível com o desempenho mecânico no
que diz respeito à fadiga ao longo da vida útil da LT aérea.
8.3.1.3 Estado de referência
(a) A distância de segurança do condutor ao solo (clearance) deve ser verificada sem
considerar a pressão de vento atuante.

2
Everyday stress.

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8.4 Cargas mecânicas sobre as estruturas


8.4.1 O projeto mecânico de uma LT aérea deve ser desenvolvido segundo a IEC 60826. Além
das hipóteses previstas na IEC, é obrigatória a introdução de hipóteses de carregamento que
reflitam tempestades do tipo tormentas elétricas. Devem ser previstas necessariamente as cargas
a que as estruturas estarão submetidas nas condições mais desfavoráveis de montagem e
manutenção, inclusive em linha viva.
8.4.2 Para o caso de LT aérea construída com estruturas metálicas em treliça, as cantoneiras de
aço-carbono ou microligas laminadas a quente devem obedecer aos requisitos de segurança
estabelecidos na Portaria nº 178 do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia –
INMETRO, de 18 de julho de 2006, ou sua sucessora.
8.5 Fadiga mecânica dos cabos
8.5.1 É de responsabilidade do agente de transmissão a elaboração de estudos, o
desenvolvimento e a aplicação de dispositivos de amortecimento das vibrações eólicas e de
limitação das oscilações de sub-vão de modo a garantir que os cabos condutores e para-raios não
venham sofrer danos por fadiga ao longo da vida útil da LT. Esses dispositivos devem ser
submetidos aos ensaios prescritos na norma IEC 61897, demais normas afins e nos documentos
de especificação técnica para fornecimento, que demonstrem sua capacidade de amortecimento
das vibrações eólicas e sua resistência à fadiga, sem perda de suas características de
amortecimento e sem causar danos aos cabos.
8.6 Fundações
8.6.1 No projeto das fundações, para atender o critério de coordenação de falha, as solicitações
transmitidas pela estrutura às fundações devem ser majoradas pelo fator mínimo 1,10. Essas
solicitações, calculadas a partir das cargas de projeto da estrutura, considerando suas condições
particulares de aplicação – vão gravante, vão de vento, ângulo de desvio, fim de linha e altura da
estrutura – passam a ser consideradas cargas de projeto das fundações.
8.6.2 As fundações devem ser projetadas estrutural e geotecnicamente de forma a adequar todos
os esforços resultantes de cada estrutura às condições específicas do solo.
8.6.3 As propriedades físicas e mecânicas do solo devem ser determinadas de forma científica,
de modo a retratar, com precisão, os parâmetros geomecânicos do solo. Tal determinação deve
ser realizada a partir das seguintes etapas:
(a) estudo e análise fisiográfica preliminar do traçado da LT, com a consequente elaboração
do plano de investigação geotécnica;
(b) estabelecimento dos parâmetros geomecânicos a partir do reconhecimento do subsolo
com a caracterização geológica e geotécnica do terreno, qualitativa e quantitativamente; e
(c) parecer geotécnico com a elaboração de diretrizes técnicas e recomendações para o
projeto das fundações.
8.6.3.1 No cálculo das fundações, devem ser considerados os aspectos regionais
geomorfológicos que influenciem o estado do solo, seja no aspecto de sensibilidade, de
expansibilidade e colapsividade, levando-se em conta a sazonalidade.
8.6.3.2 A definição do tipo de fundação, bem como o seu dimensionamento estrutural e
geotécnico, deve considerar os limites de ruptura e deformabilidade para a capacidade de suporte
do solo à compressão, ao arrancamento e aos esforços horizontais, valendo-se de métodos
racionais de cálculo, incontestáveis e consagrados na engenharia geotécnica.

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9 REQUISITOS ELETROMECÂNICOS DE LT AÉREA


9.1 Descargas atmosféricas
9.1.1 Os cabos para-raios de qualquer tipo e formação devem ter desempenho mecânico frente a
descargas atmosféricas igual ou superior ao do cabo de aço galvanizado EAR de diâmetro 3/8”.
9.1.2 Todos os elementos sujeitos a descargas atmosféricas diretas da superestrutura de suporte
dos cabos condutores e cabos para-raios, incluindo as armações flexíveis de estruturas tipo
Cross-Rope, Trapézio ou Chainette, não devem sofrer redução da suportabilidade mecânica
original após a ocorrência de descarga atmosférica. As cordoalhas de estruturas estaiadas
monomastro ou V protegidas por cabos para-raios estão isentas desse requisito.
9.2 Corrosão eletrolítica
9.2.1 Devem ser mantidos a estabilidade estrutural dos suportes da LT aérea e o bom
funcionamento do sistema de aterramento ao longo da vida útil dessa LT. A elaboração de estudos
para prevenção dos efeitos relacionados à corrosão em elementos da LT em contato com o solo é
de responsabilidade do agente de transmissão.
9.3 Corrosão ambiental
9.3.1 Todos os componentes da LT aérea devem ter sua classe de galvanização compatível com
a agressividade do meio ambiente, particularmente, em zonas litorâneas e industriais.

10 REQUISITOS ELÉTRICOS DE LT SUBTERRÂNEA


10.1 Capacidades de corrente dos condutores
10.1.1 A LTS-CA deve ser projetada de acordo com as prescrições das Normas Técnicas IEC
60287 e IEC 60853, ou sucessoras, observados os limites de temperatura no condutor indicados
na Norma Técnica ICEA S-108-720, ou sucessora, de forma a preservar, em operação, as
condições de segurança nelas estabelecidas. O projeto básico deve considerar a circulação das
correntes correspondentes às capacidades operativas de longa e de curta duração da FTLT e a
ocorrência simultânea das seguintes condições:
(a) curva de carga cíclica diária e fator de carga, não inferior a 80%, típicos da instalação;
(b) máxima temperatura do solo da região;
(c) média das máximas temperaturas ambientes da região;
-1
(d) resistividade térmica do backfill seco igual ou inferior a 1,2 ºC.m.W ;
(e) máxima resistividade térmica do solo da região;
(f) proximidade de outros circuitos operando simultaneamente;
(g) máxima tensão operativa do sistema.
10.1.2 O dimensionamento da seção do condutor e o cálculo das perdas no dielétrico devem ser
feitos com base na tensão máxima operativa.
10.1.3 Deve ser calculada e informada no projeto básico a capacidade de corrente temporária,
que corresponde ao valor de corrente máxima da FTLT para um período curto de tempo, conforme
a metodologia de cálculo de corrente estabelecida no item 4 da Norma Técnica IEC 60853, ou
sucessora. Essa capacidade de corrente está relacionada com a inércia térmica do equivalente
solo/material de envoltória (backfill).

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10.1.4 Na operação em regime de longa duração ou temporária, a temperatura na superfície do


condutor deve ser igual ou inferior à temperatura máxima admissível do isolante para as condições
normais de operação, conforme estabelecido na tabela 4-1 da Norma Técnica ICEA S-108-720, ou
sucessora.
10.1.5 Na operação em regime de curta duração, a temperatura na superfície do condutor deve
ser igual ou inferior à temperatura máxima admissível do isolante para as condições de
emergência, conforme estabelecido na tabela 4-1 da Norma Técnica ICEA S-108-720, ou
sucessora.
10.1.6 A capacidade operativa de longa duração do trecho subterrâneo da LTAS deve ser igual à
capacidade operativa de curta duração do trecho aéreo da mesma, nas condições estabelecidas
no item 10.1.1 deste submódulo.
10.1.7 Em condições climáticas comprovadamente mais favoráveis do que as estabelecidas no
item 10.1.1 deste submódulo, a FTLT pode ser solicitada a operar com carregamento superior à
capacidade operativa de longa ou curta duração.
10.1.8 O projeto básico da LTS-CA deve prever a instalação de sistema de monitoramento de
temperatura e de estimação da capacidade de corrente, em tempo real. Esse sistema deve
monitorar, pelo menos, a fase em condições de troca de calor mais desfavorável. O agente de
transmissão deve informar a capacidade temporária da LTS-CA, em tempo real, sempre que
solicitado pelo ONS.
10.1.9 O sistema de estimação da capacidade de corrente deve fornecer, pelo menos, as
seguintes informações: corrente temporária máxima para uma duração pré-determinada; duração
para uma corrente temporária pré-determinada; e correntes máximas em regime de longa e curta
duração para as condições em tempo real.
10.1.10 Para LTS-CA que contém cabos isolados com seção transversal do condutor igual ou
2
superior a 800 mm , deve-se utilizar sistemas especiais de aterramento e conexão das blindagens
metálicas tais como o cross bonding ou o single point bonding, conforme definidos na Brochura
Técnica do Cigré nº 338, apêndice C, para redução de perdas e dimensionamento ótimo da seção
transversal do condutor.
10.1.11 Os acessórios, conexões e demais componentes que conduzem corrente devem ser
dimensionados de forma a não criar restrição à operação da FTLT, incluindo as condições
indicadas no item 10.1.9 deste submódulo.
10.2 Capacidade de corrente das blindagens metálicas
10.2.1 Nas condições estabelecidas no item 10.1.1 deste submódulo, as blindagens metálicas –
conectadas ou não à malha de aterramento das subestações terminais e ao sistema de
aterramento de cada caixa de emenda – devem ser capazes de suportar, sem dano, durante o
período de concessão da FTLT, a circulação da corrente associada à ocorrência de curto-circuito
monofásico franco em qualquer ponto da LTS-CA por duração correspondente ao tempo de
atuação da proteção de retaguarda. Para o dimensionamento das blindagens deverão ser
observadas as prescrições da Norma Técnica IEC 60949, ou sucessora.
10.3 Perdas no condutor, na blindagem e no dielétrico
10.3.1 Perdas joule no condutor e na blindagem
10.3.1.1 As perdas joule no condutor e na blindagem devem ser mantidas dentro de limites
aceitáveis por meio da utilização de condutores e blindagens com resistência elétrica
suficientemente reduzida. Essas perdas têm influência direta no dimensionamento da seção
transversal dos condutores. As perdas nas blindagens devem ser reduzidas através da utilização
de sistemas de aterramento especiais conforme mencionado no item 10.1.10 deste submódulo.

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10.3.2 Perdas no dielétrico


10.3.2.1 As perdas no dielétrico devem ser calculadas com base na tensão máxima operativa do
sistema.
10.3.2.2 Devem ser empregados isolantes que apresentem perdas dielétricas adequadas para
cada classe de tensão.
10.4 Tensão máxima operativa
10.4.1 A tensão máxima operativa da LTS-CA está limitada aos valores descritos na Tabela 4.
Tabela 4 – Tensão máxima operativa da LTS-CA
Tipo da linha de
Classe de tensão [kV] Tensão máxima operativa [kV]
transmissão
230 242
345 362
LTS-CA
440 460
500 e 525 550

10.5 Coordenação de isolamento


10.5.1 O agente de transmissão deve demonstrar que o dimensionamento da isolação dos cabos
de potência foi feito de forma a assegurar o atendimento dos requisitos estabelecidos nos itens
10.5.2 e 10.5.3 deste submódulo. Adicionalmente, no caso específico de LTS-CA de circuito duplo,
a coordenação de isolamento dessa LTS-CA deve ser feita de forma a não haver o desligamento
dos dois circuitos provocados por um mesmo fenômeno ou causa.
10.5.2 Isolamento para tensão máxima operativa
10.5.2.1 Para dimensionar o isolamento da LTS-CA, referente à espessura mínima da camada de
isolação dos cabos, devem ser obedecidas as prescrições da AEIC CS9-06 – Specifications for
Extruded Insulation Power Cables and Their Accessories Rated above 46 kV through 345 kV –
para cabos extrudados conforme valores descritos na Tabela 5.
Tabela 5 – Limites de solicitação e espessura da isolação para cabos extrudados conforme AEIC
CS9-06
Classe de Seção do Campo elétrico Espessura da
tensão [kV] condutor (mm2) limite (kV/mm) isolação (mm)
138 400 – 2.000 8 18
230 500 – 2.500 11 23
345 500 – 2.500 14 26
500 NE NE NE
NE – não especificado.
10.5.3 Isolamento para manobras e descargas atmosféricas
10.5.3.1 As sobretensões transitórias devido às descargas atmosféricas e às manobras, para
dimensionamento da espessura mínima da camada de isolação dos cabos, devem ser iguais ou
inferiores às sobretensões máximas indicadas na Tabela 6, conforme IEC 62067.

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Tabela 6 – Níveis máximos das sobretensões atmosféricas e de manobra para teste de cabos
isolados CA, conforme IEC 62067
Sobretensões máximas (kV)
Classe de
descargas
Tensão (kV) manobra
atmosféricas
230 1.050 NE
345 1.175 950
500 1.550 1.175
NE – não especificado.
10.5.3.2 O agente de transmissão deve verificar a necessidade da instalação de dispositivo para-
raios nas extremidades da LTS-CA para proteção dos cabos contra sobretensões devido às
descargas atmosféricas e às manobras.
10.5.3.3 Não é recomendado o religamento de LTS-CA uma vez que as falhas nesse tipo de
instalação são, em geral, permanentes. Em LTAS, o religamento deve ser mantido se o trecho
aéreo for predominante em extensão, no caso de novo empreendimento, ou se esse recurso
operativo já for previsto na LTA-CA a ser convertida em LTAS.
10.5.3.4 No caso de se permitir o religamento em LTAS, deve ser avaliado o tempo de retardo do
religamento.
10.6 Emissão eletromagnética
10.6.1 Campo magnético
10.6.1.1 Na avaliação do campo magnético de uma LTS, devem ser atendidas as determinações
da Resolução Normativa ANEEL nº 398, de 23 de março de 2010, para o público em geral.
10.7 Desequilíbrio
10.7.1 A LTS-CA de circuito simples, com disposição de cabos diferente do trifólio e comprimento
superior a 1.000m deve conter um ciclo completo de transposição de fases.
10.7.2 Caso os desequilíbrios de tensão de sequência negativa ou zero sejam superiores a 1,5%,
em vazio e a plena carga, a LTS-CA de circuito simples, com disposição de cabos diferente do
trifólio e comprimento igual ou inferior a 1.000m deve conter um ciclo completo de transposição de
fases.
10.7.3 Nos casos de LTS-CA envolvendo mais de um circuito paralelo, na mesma rota, deve-se
considerar na simulação dos desequilíbrios de tensão a influência mútua entre circuitos.
10.7.4 Os desequilíbrios de tensão de sequências negativa e zero da LTAS devem estar limitados
a 1,5%, em vazio e a plena carga.
10.7.5 Os requisitos dos itens 10.7.1 e 10.7.2 deste submódulo devem ser atendidos também nas
instalações de LTS-CA que preveem cabo reserva.

11 REQUISITOS MECÂNICOS DE LT SUBTERRÂNEA


11.1 Confiabilidade
11.1.1 O projeto mecânico da LTS-CA deve seguir as recomendações contidas na publicação
AEIC G5-90 – Underground Extruded Power Cable Pulling Guide e na Norma Técnica IEC 61914
Cable Cleats for Electrical Installations, ou sucessoras.

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11.2 Cargas mecânicas sobre os cabos


11.2.1 Os cabos, acessórios e ferragens de fixação devem ser dimensionados para suportar as
tensões mecânicas decorrentes da dilatação e retração do condutor provocadas pela variação de
temperatura durante a operação normal da LTS-CA e na ocorrência de curto-circuito.
11.3 Cargas mecânicas nas estruturas de suporte dos terminais, nos dutos, nas caixas de
passagem e nas caixas de emenda
11.3.1 Devem ser previstas, necessariamente, as cargas a que as estruturas estarão submetidas
nas condições mais desfavoráveis de montagem e manutenção.
11.4 Material de envoltória dos cabos
11.4.1 A especificação do material de envoltória – backfill – dos cabos e de preenchimento das
valas deve conter, além da resistividade térmica em função da umidade, todos os dados físicos do
material, tais como: tipo de material, granulometria, densidade após compactação, grau de
umidade para compactação e dimensões da envoltória.

12 OUTROS REQUISITOS DE LT SUBTERRÂNEA


12.1 Os cabos isolados devem possuir camadas e materiais que impeçam a penetração e
migração de umidade no seu interior.
12.2 Nas regiões onde existe a presença de térmitas (cupins), os cabos isolados devem ter capa
externa que previna e evite a sua perfuração por esses insetos e os possíveis danos associados à
corrosão da blindagem metálica e à isolação com a penetração de umidade.

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Submódulo 2.5

Requisitos mínimos para elos de


corrente contínua
Data e instrumento de
Rev. Nº. Motivo da revisão aprovação pela
ANEEL

09/11/2011
Versão decorrente da Audiência Pública nº
2.0 Resolução Normativa
002/2011.
nº 461/11

16/12/16
Versão decorrente da Audiência Pública nº
2016.12 Resolução Normativa
020/2015.
nº 756/16

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Procedimentos de Rede

Assunto Submódulo Revisão Data de Vigência

REQUISITOS MÍNIMOS PARA ELOS DE 2.5 2016.12 01/01/2017


CORRENTE CONTÍNUA

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 3
2 OBJETIVO ...................................................................................................................................... 3
3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO ................................................................................................. 3
4 RESPONSABILIDADES ................................................................................................................. 4
4.1 DOS OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO – ONS ........................................................... 4
4.2 DOS AGENTES DE TRANSMISSÃO, GERAÇÃO E IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO...................................... 4
5 AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DO PROJETO ..................................................................... 4
5.1 OS REQUISITOS MÍNIMOS PARA AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DO PROJETO PODEM SER AGRUPADOS
DE ACORDO COM AS SEGUINTES ETAPAS: CONCEPÇÃO E DETALHAMENTO............................................. 4

6 ETAPA DE CONCEPÇÃO - DEFINIÇÃO DO CIRCUITO PRINCIPAL ......................................... 5


6.1 CONSIDERAÇÃO GERAL ............................................................................................................... 5
6.2 VALORES NOMINAIS E CAPACIDADE DE SOBRECARGA ................................................................... 6
6.3 CONFIGURAÇÕES DE OPERAÇÃO ................................................................................................. 9
6.4 MODOS DE CONTROLE ................................................................................................................. 9
6.5 FILOSOFIA DE OPERAÇÃO DO ELO CC – INTERAÇÃO CA-CC-CA.................................................. 10
6.6 COMPENSAÇÃO REATIVA ........................................................................................................... 11
6.7 FILTROS DO LADO CA ................................................................................................................ 13
6.8 FILTROS DO LADO CC ................................................................................................................ 17
6.9 VÁLVULAS DE CONVERSÃO CA/CC/CA ...................................................................................... 20
6.10 TRANSFORMADORES CONVERSORES ........................................................................................ 20
6.11 PERDAS .................................................................................................................................. 20
6.12 CONFIABILIDADE...................................................................................................................... 21
6.13 COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO .............................................................................................. 21
6.14 REQUISITOS GERAIS ................................................................................................................ 23
6.15 ELETRODOS ............................................................................................................................ 23
6.16 LINHA DO ELETRODO ............................................................................................................... 25
6.17 ESTUDOS PARA DEMONSTRAÇÃO DE CONFORMIDADE DA ETAPA DE CONCEPÇÃO ...................... 25
7 ETAPA DE DETALHAMENTO ..................................................................................................... 31
7.1 CONSIDERAÇÃO GERAL ............................................................................................................. 31
7.2 TOMADA E RETOMADA DE CARGA ............................................................................................... 31
7.3 REQUISITOS QUANTO A FALHAS DE COMUTAÇÃO ......................................................................... 31
7.4 OPERAÇÃO DOS CONVERSORES DURANTE DEFEITOS NO SISTEMA ................................................ 32
7.5 INTERFERÊNCIA EM RÁDIO E EM ONDA PORTADORA ..................................................................... 32
7.6 RUÍDO AUDÍVEL ......................................................................................................................... 32
7.7 TELECOMUNICAÇÕES NO ELO CC ............................................................................................... 32
7.8 REQUISITOS DE CONFIABILIDADE DO SISTEMA DE CONTROLE ........................................................ 33
7.9 REQUISITOS DO SISTEMA DE CONTROLE ..................................................................................... 33
7.10 CONTROLE MESTRE (“MASTER CONTROL”) .............................................................................. 34
7.11 TELECOMUNICAÇÕES............................................................................................................... 35
7.12 PROTEÇÃO ............................................................................................................................. 35
7.13 REQUISITOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE ................................................................................ 35
7.14 REGISTRO DE PERTURBAÇÕES ................................................................................................. 35
7.15 ESTUDOS DE DEMONSTRAÇÃO DE CONFORMIDADE DA ETAPA DE DETALHAMENTO ..................... 36

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REQUISITOS MÍNIMOS PARA ELOS DE 2.5 2016.12 01/01/2017


CORRENTE CONTÍNUA

1 INTRODUÇÃO
1.1 Os requisitos descritos neste submódulo aplicam-se aos elos de corrente contínua (elos CC),
com tecnologia LCC (“Line Commutated Converter”), integrantes da Rede Básica ou das
instalações de transmissão de energia elétrica, situadas no Brasil, destinadas a interligações
internacionais conectadas à Rede Básica.
1.2 Este submódulo também se aplica aos elos CC sob responsabilidade de agente de geração,
de transmissão e de importação/exportação, situados dentro ou fora do Brasil, que se conectam à
Rede Básica ou ao SIN, naquilo que se refere aos aspectos que afetam as interações corrente
alternada – corrente contínua (CA/CC), tais como faixas de variação de frequência e de tensão a
serem respeitadas, fluxo de reativos entre o sistema CA e o sistema CC, requisitos de
desempenho durante e após aplicações de defeitos, níveis de injeção de harmônicos no sistema
CA e interação entre controles de equipamentos eletricamente próximos, definidos pelos
Procedimentos de Rede.
1.3 Este submódulo apresenta os requisitos mínimos para os elos CC de que tratam os itens 1.1
e 1.2 deste submódulo.
1.4 Considera-se, neste submódulo, que as instalações CA necessárias ao funcionamento dos
elos CC localizadas nas subestações terminais, tais como transformadores conversores, filtros,
compensadores síncronos e capacitores em derivação, fazem parte desses elos CC.
1.5 Apesar de este submódulo não tratar dos requisitos de elos CC com configurações
multiterminais, esses elos devem respeitar os requisitos de interação entre as conversoras e o
sistema CA aqui estabelecidos.
1.6 Os submódulos aqui mencionados são os seguintes:
(a) Submódulo 2.1 Requisitos mínimos para instalações de transmissão e gerenciamento de
indicadores de desempenho: visão geral;
(b) Submódulo 2.3 Requisitos mínimos para subestações e seus equipamentos;
(c) Submódulo 2.4 Requisitos mínimos para linhas de transmissão;
(d) Submódulo 2.6 Requisitos mínimos para os sistemas de proteção, de registro de
perturbações e de teleproteção;
(e) Submódulo 2.7 Requisitos de supervisão e controle para a operação;
(f) Submódulo 2.8 Gerenciamento dos indicadores de qualidade da energia elétrica da Rede
Básica e de desempenho das funções transmissão;
(g) Submódulo 13.2 Requisitos de telecomunicações; e
(h) Submódulo 23.3 Diretrizes e critérios para estudos elétricos.

2 OBJETIVO
2.1 O objetivo deste submódulo é estabelecer os requisitos técnicos mínimos para os elos CC,
com ou sem linha CC, que integram ou se conectam à Rede Básica ou às instalações de
transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede
Básica.

3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO

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REQUISITOS MÍNIMOS PARA ELOS DE 2.5 2016.12 01/01/2017


CORRENTE CONTÍNUA

3.1 As alterações neste submódulo consistem de melhoria do texto; de adequações à Resolução


Normativa ANEEL nº 442, de 26 de julho de 2011; da inclusão de item específico para definir as
responsabilidades do ONS e dos agentes de transmissão, de geração e de
importação/exportação; e da revisão dos requisitos técnicos mínimos para os elos CC, com base
nas etapas de concepção e de detalhamento do projeto básico, em função da experiência
adquirida nas análises do projeto básico das instalações de corrente contínua dos
empreendimentos do Rio Madeira e de sua integração à Rede Básica.

4 RESPONSABILIDADES

4.1 Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS


(a) Propor os requisitos mínimos a serem atendidos pelos elos CC e respectivas instalações
CA necessárias ao seu funcionamento, que integram ou se conectam à Rede Básica ou
às instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais
conectadas à Rede Básica.

4.2 Agentes de transmissão, geração e importação/exportação


(a) Projetar, construir, operar e manter os elos CC que integram ou se conectam à Rede
Básica ou às instalações de transmissão de energia elétrica, situadas no Brasil, destinadas
a interligações internacionais conectadas à Rede Básica de forma a atender os
Procedimentos de Rede e os documentos técnicos relacionados ao instrumento de
outorga. Para instalações de transmissão de energia elétrica, situadas fora do Brasil,
destinadas a interligações internacionais conectadas a Rede Básica ou ao SIN, projetar
construir, operar e manter os elos CC respeitando as faixas de variação de frequência e de
tensão, fluxo de reativos entre o sistema CA e o sistema CC, requisitos de desempenho
durante e após aplicações de defeitos, níveis de injeção de harmônicos no sistema CA e
interação entre controles de equipamentos eletricamente próximos, definidos pelos
Procedimentos de Rede.

(b) Demonstrar a conformidade técnica de seu empreendimento aos requisitos estabelecidos


nos Procedimentos de Rede, para os horizontes de planejamento e de operação, levando
em consideração as configurações de rede mais críticas no escopo da operação, dentro da
abrangência do Plano de Ampliações e Reforços – PAR, bem como as etapas de
implantação do projeto, incluindo as condições extremas de potência de curto-circuito, o
número mínimo de máquinas e a inércia mínima no sistema CA associado a qualquer
terminal do elo CC.

5 AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DO PROJETO


5.1 Os requisitos mínimos para avaliação da conformidade do projeto podem ser agrupados de
acordo com as seguintes etapas: concepção e detalhamento.
5.1.1 Etapa de concepção
5.1.1.1 Nesta etapa, para efeito da avaliação da conformidade, são analisados todos os
componentes do circuito principal, bem como suas especificações, a filosofia dos sistemas de
proteção, supervisão e controle, incluindo o Master Control, os valores estimados para as perdas
máximas e os diagramas unifilares gerais.
5.1.1.2 Os requisitos associados a esta etapa do projeto do elo CC estão apresentados no item 6
deste submódulo.

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CORRENTE CONTÍNUA

5.1.1.3 Para a demonstração da conformidade do projeto do elo CC aos requisitos da etapa de


concepção devem ser apresentados, dentre outros, os estudos à frequência fundamental, tais
como fluxo de potência, curto-circuito e estabilidade eletromecânica. Também devem ser
avaliadas questões tais como: sobretensões, autoexcitação de unidades geradoras e interação
torcional subsíncrona, caso se aplique.
5.1.1.4 São necessárias ainda avaliações de desempenho dinâmico, por meio de simuladores do
tipo PSCAD e ANATEM, considerando uma representação apropriada da rede CA e o sistema de
controle do fabricante com ajustes preliminares, com a finalidade de identificar a necessidade de
novos equipamentos tais como de compensação reativa controlável adicional ou de alterações de
modularização de bancos de filtros/compensação reativa. Estes estudos estão detalhados no item
6.17.5 deste submódulo.
5.1.1.5 Ainda nesta etapa, devem ser realizados estudos de coordenação de isolamento dos
pátios CA e CC. A transmissora deve demonstrar a adequação das correntes de coordenação
assumidas nas estimativas iniciais por meio de estudos de transitórios eletromagnéticos. Deve
ainda apresentar estudos de tensão de restabelecimento transitória – TRT para dimensionamento
de disjuntores, incluindo àqueles dos filtros.
5.1.1.6 Todos os estudos de transitórios eletromagnéticos, na etapa de concepção, devem ser
elaborados por meio de ferramenta de simulação digital, com a representação da rede CA
incluindo pelo menos até duas barras (subestações) de distância dos pátios CA das subestações
terminais do elo CC.
5.1.1.7 Também é necessária, na etapa de concepção, a apresentação de todos os estudos de
dimensionamento das linhas CC e das linhas do eletrodo.
5.1.2 Etapa de detalhamento
5.1.2.1 A etapa de detalhamento se inicia após a conclusão da etapa de concepção, com algumas
áreas de superposição. Essa fase tem como foco a otimização dos controles, da proteção, dos
esquemas de emergência e dos procedimentos operativos de forma geral, que envolvem em
detalhe as interações CA/CC. Envolve, também, os estudos de coordenação indutiva, o
detalhamento do eletrodo de terra e a definição da sobrecarga low ambient.
5.1.2.2 A comprovação da conformidade do projeto do elo CC aos requisitos desta etapa depende
da representação detalhada em programas digitais e/ou simuladores do elo CC. Os dados e
modelagens oriundas desta etapa deverão ser disponibilizados ao ONS para a execução dos
estudos pré-operacionais.
5.1.2.3 Os requisitos relacionados a esta etapa estão relacionados no item 7 deste submódulo.
5.1.2.4 Após a etapa de detalhamento e antes da entrada em operação, é necessária a
comprovação, por meio de testes/medições, do atendimento aos requisitos de perdas
estabelecidos no anexo técnico, que foram estimadas na etapa de concepção. Há, também, a
necessidade de comprovação, por meio de testes/medições, do atendimento das premissas e
tolerâncias assumidas na concepção do projeto para a fabricação dos equipamentos.

6 ETAPA DE CONCEPÇÃO - DEFINIÇÃO DO CIRCUITO PRINCIPAL

6.1 Consideração Geral

6.1.1 Na etapa de concepção devem ser definidos os componentes do circuito principal, a saber:
válvulas, transformadores conversores e sua faixa de tapes, reatores de alisamento, compensação
reativa, filtros CA e filtros CC, linha CC e linha do eletrodo, sistemas de aterramento (critérios),
modos de operação, diagramas unifilares, pátios CA e CC e a filosofia dos sistemas de proteção,

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supervisão e controle, incluindo o Master Control. São também estimadas as perdas máximas a
serem obtidas por meio de cálculo. Os requisitos associados às características definidas nesta
fase do projeto devem ser demonstrados previamente à etapa de detalhamento, uma vez que as
ordens de produção dos equipamentos serão baseadas nas definições da etapa de concepção.

6.2 Valores Nominais e Capacidade de Sobrecarga


6.2.1 Frequência no lado CA
6.2.1.1 A frequência nominal no lado CA do Sistema Interligado Nacional – SIN é de 60 Hz,
podendo variar transitoriamente de 56 Hz até 66 Hz, sendo que o elo CC deve ser dimensionado
para operar, sem bloqueios, nas seguintes faixas de frequência:
(a) faixa de variação de frequência em regime permanente: 60 Hz ± 0,2 Hz;
(b) faixas de variação transitória de frequência:
(1) de 56,0 Hz até 59,8 Hz por até 20 segundos;
(2) de 60,2 Hz até 66,0 Hz por até 20 segundos.
6.2.1.2 A faixa de variação de frequência em regime permanente deve ser utilizada para os
cálculos de desempenho de equipamentos e ambas as faixas devem ser utilizadas para o cálculo
do dimensionamento de seus componentes (“ratings”).
6.2.2 Tensão no lado CA
6.2.2.1 O elo CC, seus filtros e demais equipamentos dos pátios CA devem ser dimensionados
para operar com desempenho adequado e sem causar restrições de qualquer tipo ao SIN.
6.2.2.2 As faixas de tensão de operação estão estabelecidas na Tabela 1 do Submódulo 23.3.
6.2.2.3 O dimensionamento do elo CC e de sua compensação reativa deve ser feito de modo que
seja possível operá-lo sem restrições, atendendo aos níveis de tensão mínima estabelecidos para
a operação em condição de emergência apresentados na Tabela 1 do Submódulo 23.3.
6.2.3 Potência do elo CC
6.2.3.1 A potência nominal do elo CC, para cada um dos dois sentidos do fluxo de potência, deve
ser aquela definida pelos estudos de planejamento da expansão ou no instrumento técnico de
outorga do empreendimento.
6.2.3.2 Considera-se como potência nominal do elo CC a potência em regime contínuo no
terminal CC, medida entre o reator de alisamento e a linha CC, do lado de maior capacidade que
esteja operando como retificador.
6.2.3.3 Essa potência nominal deve ser alcançada com todos os polos do elo CC em operação,
submetidos a uma temperatura ambiente definida no instrumento técnico de outorga, sem uso da
redundância de refrigeração.
6.2.3.4 A redundância de refrigeração deve ser dimensionada para permitir, no mínimo, a
transmissão da potência nominal continuamente e simultaneamente à ocorrência da temperatura
ambiente máxima definida no instrumento técnico de outorga.
6.2.3.5 O elo CC e sua compensação reativa devem ser dimensionados de forma que seja
possível operar nas faixas de tensão definidas na Tabela 1 do Submódulo 23.3 para operação em
condição normal e em condição de emergência e com potência mínima de 10% da potência
nominal para as condições extremas de potência de curto-circuito do sistema CA adjacente. Em
caso de mais de um elo CC operando em paralelo entre as mesmas estações conversoras,
isoladamente e em transmissão conjunta, utilizando ou não a mesma linha CC, cada um deles

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CORRENTE CONTÍNUA

deve ser capaz de operar com potência mínima de 10% da potência nominal de cada bipolo
isoladamente.
6.2.4 Tensão CC da transmissão
6.2.4.1 A tensão nominal CC deve corresponder ao valor médio da tensão no terminal de maior
capacidade que opera como retificador.
6.2.4.2 Admite-se a operação com valores de tensão CC superiores ao valor nominal, desde que
respeitada a máxima suportabilidade de projeto da linha CC, nos moldes das definições contidas
no Submódulo 2.4.
6.2.5 Intercâmbio de Potência Reativa
6.2.5.1 As estações conversoras devem ser equipadas com os equipamentos de compensação
reativa necessários à sua operação, desde a condição de bloqueio até a de plena carga, para os
modos de operação definidos no item 6.3 deste submódulo, em qualquer situação operativa,
mesmo considerando a operação na condição de ausência do maior banco manobrável de suas
instalações, com a rede CA adjacente em condição íntegra ou degradada dentro das faixas de
potência de curto-circuito definidas no item 6.2.6 deste submódulo, com fluxo transmitido em
ambos os sentidos e considerando os níveis de frequência e tensão das barras CA nas faixas
descritas nos itens 6.2.1 e 6.2.2 deste submódulo.
6.2.5.2 Os limites de absorção e de fornecimento de potência reativa, do sistema CA para o elo
CC, nos pontos de conexão à Rede Básica ou ao SIN será definido, nos casos de autorização ou
licitação, pelo Instrumento Técnico de Outorga.
6.2.5.3 Para o caso de instalações de transmissão de energia elétrica, situadas dentro ou fora do
Brasil, destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica ou ao SIN, a
compensação reativa deve ser dimensionada de modo a que não haja nenhuma absorção de
reativos da rede CA no ponto de conexão.
6.2.5.4 Em qualquer situação, a compensação reativa do elo CC deve ser dimensionada de modo
a evitar o surgimento do fenômeno de auto-excitação em unidades geradoras próximas.
6.2.5.5 O atendimento a estes requisitos deve ser garantido considerando-se todas as tolerâncias
de fabricação e de medição que impactem no consumo de potência reativa.
6.2.5.6 Caso seja utilizado o controle da conversora, como recurso quanto à absorção de reativos
pelo elo CC, para limitar o intercâmbio de potência reativa entre as redes CA e CC, este
procedimento não deverá ocasionar interações indesejáveis para a coordenação do controle de
ambos os lados (retificador e inversor) do elo CC.
6.2.5.7 Ressalta-se que, no caso de operação bipolar, para despachos mínimos, ou mesmo no
desbloqueio das conversoras, não será admitida a utilização de controle de tensão CA do lado da
válvula, no secundário do transformador conversor.
6.2.6 Níveis de Curto-Circuito
6.2.6.1 Os níveis de curto-circuito máximo e mínimo nas estações retificadora e inversora deverão
ser calculados considerando todas as condições operativas possíveis utilizando a configuração de
rede completa e (n-1), a saber: todos os níveis de carga (mínimo, leve, média, máxima) e
intercâmbios nas principais interligações do país (Norte-Sul, Sul-Sudeste, Sudeste-Nordeste e
Norte-Nordeste) em ambas as direções. Para os casos de curto-circuito mínimo na inversora deve
também ser considerada a configuração de inércia mínima do sistema elétrico receptor.
6.2.6.2 O projeto deve considerar, para o cálculo de curto-circuito, todas as etapas de
desenvolvimento da alternativa CC. Caso estas etapas ocorram dentro do horizonte de operação,
deve ser utilizada a base de dados do ONS. Para as situações fora deste horizonte deve-se utilizar
os dados da EPE.

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CORRENTE CONTÍNUA

6.2.6.3 Em caso de elo CC resultante de leilão de transmissão, se os valores de curto-circuito


máximos e mínimos não tiverem sido especificados no anexo técnico do edital do leilão do
empreendimento, será de responsabilidade da transmissora identificar e demonstrar a adequação
dos valores de curto-circuito máximos e mínimos a serem adotados no projeto das estações
conversoras, por meio da apresentação dos estudos específicos para essa finalidade, tomando
como referência os casos de curto-circuito utilizados para elaboração dos relatórios R1 e R2 do
empreendimento.
6.2.6.4 O dimensionamento das válvulas CA/CC deve levar em consideração as solicitações
advindas de correntes transitórias máximas, tendo como base o mesmo valor adotado para a
corrente de interrupção simétrica/assimétrica especificada para os disjuntores do pátio CA das
estações terminais.
6.2.7 Capacidade de sobrecarga
6.2.7.1 Os conversores devem ser capazes de suportar, quando operando com os sistemas de
refrigeração íntegros, em qualquer modo de operação disponível, os seguintes tipos de
sobrecarga, sem perda de vida útil, nas condições de temperatura ambiente para as quais é
possível a transmissão da potência nominal do bipolo:
(a) sobrecarga de potência de longa duração de cada pólo, por 30 (trinta) minutos, com a
finalidade de permitir um redespacho adequado das unidades geradoras do SIN, durante
este período;
(b) sobrecarga de potência de curta duração, por 5 (cinco) segundos, em valor superior a
sobrecarga de longa duração, com redução em rampa suave até o valor de sobrecarga de
longa duração e/ou até a potência nominal, com a finalidade de auxiliar o sistema CA
durante distúrbios.
6.2.7.2 Os montantes de sobrecarga de potência de longa duração devem levar em conta o
impacto da perda do pólo no sistema receptor. Em todas as situações, os equipamentos deverão
ser projetados de forma a permitir uma periodicidade mínima, entre a ocorrência de dois ciclos de
sobrecarga de potência de longa duração, não superior a 24 (vinte e quatro) horas. O Instrumento
Técnico de Outorga deverá determinar os montantes de sobrecarga.
6.2.7.3 A transmissora deve informar ao ONS a capacidade de sobrecarga contínua do elo CC,
para temperaturas ambientes inferiores àquela considerada por ocasião do seu dimensionamento
para a operação com tensão e potência nominais, sem perda de vida útil adicional.
6.2.7.4 Adicionalmente, a transmissora deve informar ao ONS qualquer capacidade de
sobrecarga disponível, de acordo com o projeto das estações conversoras, sem perda de vida útil
das pontes tiristoras, mesmo que haja perda de vida útil nos transformadores e nos reatores de
alisamento. Nesses casos deve informar o valor estimado da perda de vida útil por hora, em
função da temperatura ambiente.
6.2.7.5 Os filtros devem ser dimensionados (ratings) para suportar o aumento da geração de
harmônicas para a operação nas condições não nominais mencionadas nos itens 6.2.7.1 , 6.2.7.2
e 6.2.7.3 deste submódulo.
6.2.7.6 Também deve ser informado pela transmissora o nível das distorções harmônicas geradas
pela conversora nas condições operativas definidas nos itens 6.2.7.1 , 6.2.7.2 e 6.2.7.3 deste
submódulo, assim como a potência reativa adicional a ser absorvida pela conversora.
6.2.8 Filtros e demais equipamentos para compensação reativa - Definições
6.2.8.1 A compensação reativa pode ser composta por capacitores, reatores e/ou filtros.
6.2.8.2 A maior unidade de agrupamento de filtros e de equipamentos de compensação reativa/ é
o banco. Um banco pode ser composto de um ou mais sub-bancos. O sub-banco pode ser
composto por um ou mais ramos.
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CORRENTE CONTÍNUA

6.2.8.3 Tanto o banco quanto sub-banco devem ser manobráveis por disjuntor e possuir seus
próprios TC. Caso o sub-banco seja composto por apenas um ramo, esse ramo deve ser
manobrável pelo disjuntor do próprio sub-banco.
6.2.8.4 O ramo pode ser constituído por um filtro (sintonia simples ou múltipla) ou por um
equipamento de compensação reativa (capacitiva ou indutiva).

6.3 Configurações de Operação


6.3.1 Cada elo CC deve ser dimensionado para ser capaz de operar, no mínimo, nas seguintes
configurações de operação: bipolar, monopolar com retorno pela terra e monopolar com retorno
metálico. No caso de conversores do tipo back-to-back, este deve ser capaz de operar nas
configurações mono-bloco e bi-bloco.
6.3.2 Cada elo CC deve também ser capaz de operar com fluxo de potência direto ou reverso, se
especificado para tal, bem como com tensão de pelo menos 70% da tensão nominal, exceção feita
a conversores do tipo back-to-back.
6.3.3 Caso ocorra a instalação de mais de um bipolo, em ambas as estações conversoras,
previstos dentro de um mesmo ciclo de planejamento do plano decenal, mesmo com datas de
entrada em operação comercial diferentes, os empreendimentos, ainda que pertencentes a
transmissoras diferentes e fabricados por fornecedores diferentes, devem ser concebidos de forma
a permitir a operação dos elos em paralelo, com a instalação, em cada pólo conversor e na
conexão à linha do eletrodo, de um número de equipamentos de manobra suficiente para viabilizar
todas as combinações possíveis de paralelismo, com retorno metálico e retorno pela terrapor meio
da utilização respectivamente de dispositivos MRTB (Metalic Return Transfer Breaker) e GRTS
(Ground Return Transfer Switch).
6.3.4 Deve-se projetar os eletrodos de terra de modo a garantir que, na operação dos elos CC
com retorno pela terra, não ocorram consequências danosas nas próprias conversoras, em
oleodutos, em gasodutos, em ferrovias, em transformadores com o neutro aterrado ou em
estruturas metálicas, bem como para evitar a ocorrência de problemas ambientais. Essas análises
devem ser submetidas à apreciação do ONS e dos demais órgãos cujas atribuições estejam
relacionadas às potenciais consequências decorrentes da operação monopolar.
6.3.5 Na hipótese de serem construídos eletrodos independentes para bipolos que compartilhem
a mesma subestação, deve ser avaliado, no projeto dos eletrodos de cada transmissora, o nível de
interferência resultante da operação monopolar com retorno pela terra de um bipolo sobre a
operação do bipolo vizinho, com foco especial na saturação dos transformadores conversores.

6.4 Modos de controle


6.4.1 Os controles dos conversores devem ser projetados para assegurar que mudanças de modo
de controle não ocorram com variações de até 3,0% da tensão nominal CA do sistema. Devem
estar disponíveis os seguintes modos de controle para toda a faixa operativa:
(a) controle de corrente; e
(b) controle de potência.
6.4.2 O sistema deve dispor de um controle que use os comutadores de derivação sob carga dos
transformadores conversores para auxiliar no controle das válvulas.
6.4.3 Deve ser possível alterar, automaticamente, o modo de controle de potência para controle
de corrente após a perda do sistema de telecomunicações, a ocorrência de problemas no suporte
de reativos e a possibilidade do surgimento de situações que possam gerar instabilidade de
tensão ou falha de comutação.
6.4.4 Além dos controles convencionais, o sistema de controle deve possibilitar:

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(a) a minimização do consumo de reativos pelas conversoras;


(b) a operação com consumo elevado e controlado de reativos voltada para o controle da
tensão da barra CA em regime permanente em condições de baixa potência transmitida;
(c) o controle da frequência por meio da variação da potência ativa;
(d) a modulação da potência ativa ou reativa para a estabilização do sistema CA com a
consequente redução de instabilidades angulares;
(e) o amortecimento de oscilações subsíncronas; e
(f) a redução da potência ou da corrente para possibilitar o controle do efeito de de
contingências que possam causar instabilidades de tensão no sistema CA e falhas de
comutação no inversor.

6.5 Filosofia de operação do elo CC – Interação CA-CC-CA


6.5.1 O elo CC não deve causar perturbações na Rede Básica que se traduzam na degradação
da qualidade da energia fornecida, em dificuldades no controle de oscilações de tensão e de
frequência, em riscos de danificação de equipamentos e instalações dessa rede, assim como em
perturbações em seus sistemas de telecomunicações.
6.5.2 Para possibilitar a operação adequada da Rede Básica, o elo CC deve atender às
seguintes condições e requisitos:
(a) operar sem restrições dentro da faixa operativa de potência especificada para as
configurações (n) e (n-1) dos sistemas CA adjacentes, durante todas as etapas de
implantação do empreendimento, sem provocar oscilações perturbadoras de potência,
tensão ou frequência;
(b) auxiliar a Rede Básica no controle de tensão dentro da faixa de geração ou de absorção
de reativos definida no item 6.2.5 deste submódulo;
(c) permitir, em caso de indisponibilidade prolongada de qualquer um dos polos, a utilização
das linhas CC como retorno metálico;
(d) auxiliar a Rede Básica no controle de oscilações eletromecânicas, por meio da modulação
de potência e/ou de reativos;
(e) não submeter o sistema CA adjacente a instabilidade de tensão, em qualquer condição
operativa do elo CC, em configuração (n) e (n-1) da rede CA, mesmo durante
afundamento de tensão provocado por faltas;
(f) ser projetado para possibilitar a manobra automática de elementos da compensação
reativa pertencentes ao elo CC para atingir os objetivos de controle de tensão e níveis de
harmônicos no ciclo de carga diário da conversora, devendo ser evitada qualquer
possibilidade de hunting entre controles internos e/ou externos ao elo que venha a
produzir manobras intermitentes dos elementos de compensação reativa;
(g) não causar perturbações de origem harmônica nas barras CA das conversoras acima dos
limites individuais especificados no Submódulo 2.8, para qualquer configuração (n) e (n-1)
da rede CA, bem como perturbações decorrentes de falha de componentes individuais do
elo CC, com o elo operando até a potência nominal;
(h) manter, ao longo do contrato de concessão, para as configurações (n) e (n-1) da rede CA,
o desempenho harmônico requerido para as condições de máxima dessintonia dos filtros
passivos associadas às condições mais severas de geração de correntes harmônicas
pelos conversores. Deve ser considerada a possibilidade de operação da rede CA com um
desequilíbrio máximo de sequência negativa de 2,0% (conforme Submódulo 2.8). Nos

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CORRENTE CONTÍNUA

casos de filtros ativos ou passivos de sintonia automática, devem ser considerados os


erros de controle.
6.5.3 O elo CC deve ser dimensionado de forma a não permitir que sobretensões de caráter
transitório ou temporário nele originadas ou por ele influenciadas, para qualquer condição
operativa, exijam de equipamentos ou instalações do sistema CA adjacente às estações
conversoras desempenho acima da sua suportabilidade, observando-se que:
(a) deve-se dar especial atenção às sobretensões temporárias com distorção harmônica,
normalmente relativas a contingências que envolvem saturação de transformadores;
(b) quanto aos valores máximos de sobretensões:
(1) deve-se limitar a máxima sobretensão temporária a 1,40 pu (fase-fase-eficaz), nas
barras das subestações conversoras, considerando a situação de bloqueio total das
conversoras, devendo ser avaliado por meio de simulação no programa Anatem;
(2) o valor instantâneo máximo de sobretensões pode ser superior a 1,54 pu (pico fase-
terra, 628,7 kVPICO) por, no máximo, 3 ciclos de 60 Hz após o evento gerador da
sobretensão, no momento da abertura dos filtros, considerando a situação de bloqueio
total das conversoras. Tal comportamento deve ser comprovado por meio de simulação
trifásica (ATP/PSCAD);
(3) a componente na frequência fundamental de sobretensões temporárias não deve
exceder a 1,25 pu (fase-fase), durante 1 (um) segundo;
(4) para a abertura de correntes capacitivas pelos disjuntores do pátio CA das subestações
onde estão localizadas as conversoras, é necessário limitar o valor instantâneo
máximo, fase-terra, das sobretensões temporárias, no momento da abertura desses
disjuntores a 628,7 kVPICO, para a operação com frequência nominal. Na frequência
máxima, de 66 Hz, esse valor se reduz para 571,5 kVPICO.
(c) sob o aspecto de sobretensões de manobra, deve-se dar atenção especial às situações
que envolvam:
(1) rejeições de carga das LT de CA derivadas da conversora, especialmente após curto-
circuito;
(2) injeção forçada de corrente no lado inversor sobre rede sem fontes; e
(3) falta trifásica/monofásica na barra CA do conversor do lado do sistema seguida de
bloqueio total das conversoras e consequente retirada dos filtros.
6.5.4 Caso a transmissora opte pela variação do ângulo de disparo das válvulas para limitar a
variação de tensão utilizando a manobra de capacitores e/ou reatores, deverá demonstrar que não
haverá prejuízo ao desempenho adequado do elo CC e do sistema CA adjacente às estações
conversoras. Não será admitida a utilização de controle de Udio para a partida e rampeamento de
potência, considerando tensão DC plena, operação bipolar e ausência de chaveamento de bancos
e/ou sub-bancos no intervalo de potência considerado.

6.6 Compensação Reativa


6.6.1 Requisitos de potência reativa para elementos manobráveis
6.6.1.1 A estação conversora deve ser equipada com os equipamentos de compensação reativa
necessários à sua operação, desde a condição de bloqueio até a de plena carga, em qualquer
situação operativa, considerando os níveis de tensão e de frequência das barras CA nas faixas
descritas nos itens 6.2.1 e 6.2.2 deste submódulo, de modo a atender o disposto no item 6.2.5
deste submódulo. Esta compensação pode ser subdividida em bancos, sub-bancos e ramos de

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CORRENTE CONTÍNUA

capacitores, reatores e filtros e deve ser dimensionada considerando a ausência de qualquer


elemento manobrável, sejam sub-bancos ou ramos desta compensação.
6.6.1.2 Nos casos em que a estação conversora estiver localizada próxima a geradores ou a
compensadores síncronos, o dimensionamento da compensação reativa, seu tipo e montante
devem respeitar os limites de auto-excitação das máquinas síncronas, especialmente para as
condições de rejeição de carga, para toda e qualquer etapa de implantação do empreendimento.
Entretanto, permanece a necessidade de atendimento ao item 6.2.5.2 deste submódulo.
6.6.1.3 A manobra de capacitores, sub-bancos e reatores na barra CA da conversora não deve
provocar variação na tensão superior a 3,0% em relação à tensão pré-manobra, mesmo com o
menor nível de curto-circuito em configurações (n-1) da rede CA. As manobras desses
equipamentos não devem provocar perturbações operativas no elo CC nem na rede CA.
6.6.1.4 A variação do ângulo de disparo das válvulas para limitar a variação de tensão com a
manobra de capacitores e/ou reatores, só será aceita se for demonstrado que isto não prejudicará
o desempenho adequado do elo CC e do sistema CA adjacente às estações conversoras.
6.6.1.5 O atendimento aos requisitos de compensação de reativa e de regulação de tensão nas
instalações do elo CC deve ser demonstrado por meio de estudos de fluxo de potência a serem
realizados pelo agente na etapa de concepção para todas as condições possíveis de carga da
conversora e para a configuração (n-1) da rede CA. Esses estudos devem utilizar informações de
carga ativa e reativa nas barras, de limites de tensão e de potência reativa dos geradores
próximos e de disponibilidade de reatores chaveáveis, para viabilizar a integração ou a conexão
da conversora à Rede Básica ou às instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a
interligações internacionais conectadas à Rede Básica.
6.6.1.6 Em caso de utilização de bancos e sub-bancos, conforme definições do item 6.2.8 deste
submódulo, seja para compensação reativa, seja para filtragem, cada sub-banco deve conter seus
próprios disjuntores e transformadores de corrente, de forma a garantir a completa independência
da proteção de cada sub-banco, em caso de defeitos internos em qualquer dos seus ramos.
6.6.1.7 Em caso de utilização de bancos, conforme definições do item 6.2.8 deste submódulo, a
abertura intempestiva do maior deles, mesmo para as condições mais degradadas da rede CA,
não deve causar falhas de comutação no elo CC do qual fazem parte. Tal requisito deve ser
demonstrado, na etapa de concepção, por meio de avaliações em programas de transitórios como,
por exemplo, o PSCAD. Como o modelo completo do controle ainda não estará definido, admite-
se a utilização de um modelo simplificado.
6.6.2 Requisitos de potência reativa controlável
6.6.2.1 Os compensadores estáticos, síncronos e statcoms, caso necessário, devem ser
dimensionados de forma a atender aos seguintes requisitos de desempenho e de recuperação do
elo CC, tomando por base estudos de estabilidade e de DPS (Dynamic Performance Study):
(a) tempo máximo de recuperação após eliminação de faltas no sistema CA compreendido
entre 150 e 350 ms, o qual deve ser estipulado no instrumento técnico de outorga
(entende-se por tempo de recuperação àquele necessário para atingir 90% do valor da
potência transmitida antes da falta, sem posterior redução de potência);
(b) tensão mínima decorrente de aplicação de falta no sistema CA, na primeira oscilação
após a sua eliminação, não inferior a 0,80 pu;
(c) minimização da ocorrência de falhas de comutação sucessivas em um mesmo evento.
6.6.2.2 As perdas elétricas associadas aos compensadores estáticos, síncronos e statcoms
devem ser consideradas para a quantificação das perdas da instalação, que devem respeitar os
limites máximos definidos para a estação conversora.

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6.7 Filtros do lado CA


6.7.1 Desempenho
6.7.1.1 O projeto deve respeitar as seguintes exigências:
(a) Para o cálculo do desempenho de filtros CA devem ser utilizadas as máximas correntes
harmônicas individuais injetadas pelos conversores para cada condição operativa do lado
CC.
(b) Para o cálculo dos harmônicos característicos de 12 pulsos (12 h ± 1) deve ser utilizado o
método determinístico, no qual as correntes dos terminais retificador e inversor são
obtidas de forma independente e os barramentos de conexão das estações conversoras
com a Rede Básica ou com as instalações de transmissão de energia elétrica destinadas
a interligações internacionais conectadas à Rede Básica são considerados como barras
infinitas (tensão puramente senoidal na frequência fundamental no lado de alta do
transformador conversor), buscando-se maximizar os resultados e considerando
combinações dos seguintes parâmetros:
(1) operação dentro da faixa de potência especificada;
(2) operação com tensão reduzida e com alto consumo de reativo;
(3) toda a faixa de tensão CA definida no item 6.2.2 deste submódulo;
(4) valores das reatâncias dos transformadores conversores na faixa estabelecida na
especificação dos transformadores conversores;
(5) valores dos ângulos de disparo (lado retificador) e extinção (lado inversor) na faixa
compatível com a operação do sistema CCAT.
(c) Para o cálculo dos harmônicos característicos não cancelados (6h ± 1, h ímpar) deve ser
utilizado o método determinístico de cálculo, no qual as correntes dos terminais retificador
e inversor serão obtidas de forma independente, buscando-se maximizar os resultados e
considerando combinações dos seguintes parâmetros:
(1) considerar as combinações mais desfavoráveis dos parâmetros listados no item 6.7.1.1
(b) deste submódulo;
(2) máxima diferença nas reatâncias entre transformadores conversores, por ponte de 12
pulsos, conforme estabelecido na especificação dos transformadores conversores.
(d) Admite-se tratamento estatístico das seguintes tolerâncias, para o cálculo de harmônicos
não característicos:
(1) diferenças nas reatâncias entre fases dos transformadores da ponte de 12 pulsos,
conforme faixas e valores máximos estabelecidos em especificação;
(2) assimetrias nos instantes de disparo das válvulas conforme estabelecido em
especificação;
(3) diferenças nos valores dos tapes entre fases dos transformadores conversores,
conforme estabelecido em especificação;
(4) desbalanço de tensão do sistema CA considerando a componente de sequência
negativa com magnitude de 2% e ângulo de fase variando aleatoriamente com
distribuição uniforme entre 0 e 360 graus.
(5) para este tratamento, deverá ser observado um número mínimo de 500 combinações e
o valor extraído deve corresponder a probabilidade de 1,0% de ser excedido.

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6.7.1.2 Deve-se considerar, para a avaliação do desempenho harmônico, as seguintes condições


e requisitos.
(a) Operação nos modos de controle e desempenho abaixo relacionados:
Modos de Operação Requisitos para o
Retificador e para
o Inversor
Bipolar com tensão nominal (“normal”) A
Bipolar com tensão reduzida (de 70% a 95% da tensão nominal) B
Bipolar com tensão nominal e fluxo de potência reverso A
Monopolar com tensão nominal (retorno metálico) A
Monopolar com tensão nominal (retorno pelo solo) A
Monopolar com tensão reduzida (retorno metálico) B
Monopolar com tensão reduzida (retorno pelo solo) B
Operação em Sobrecarga (caso disponível)
Sobrecarga Low Ambient (operação bipolar ou monopolar) C
Sobrecarga de Longa Duração (operação bipolar ou monopolar) C
Sobrecarga de Curta Duração (operação bipolar ou monopolar) C
Notas:
A– Necessidade de atendimento ao desempenho harmônico, para as configurações de
rede completa e (n-1) da rede CA externa, bem como contingência (n-1) de sub-banco da
instalação do elo CC.
B– Necessidade de atendimento ao desempenho harmônico, para as configurações de
rede completa e (n-1) da rede CA externa, com todos os bancos de filtros do elo CC
presentes.
C– O nível das distorções harmônicas geradas pela conversora nas condições operativas
de sobrecarga deve ser informado pela transmissora, em qualquer modo ou combinação
de modos operativos disponíveis.
D – Os modos de operação associados a paralelismo de bipolos devem ser definidos pelo
Instrumento Técnico de Outorga.
E – O Instrumento Técnico de Outorga pode definir modos adicionais de operação.

(b) Para todas as etapas de implementação, bem como ao longo do contrato de concessão
referente às conversoras, atender ao desempenho harmônico (individual) estabelecido no
Submódulo 2.8, no ponto de observação da tensão, aqui referenciado como ponto de
acoplamento comum (PAC), considerando as condições de máxima dessintonia dos filtros
e as condições mais severas de geração de correntes harmônicas pelos conversores.
(1) A metodologia a ser adotada para o cálculo da distorção harmônica no PAC deve
representar a instalação conversora através do seu equivalente Norton e a rede
externa através de envelopes de impedância.

ZREDE =>

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Nota: Desde que apresentem comprovadamente resultados mais conservadores,


outras metodologias podem ser propostas pela transmissora.
(c) Caso os envelopes representativos da rede CA externa à conversora não sejam
explicitamente apresentados no Anexo Técnico, estes devem ser determinados pela
transmissora atendendo às seguintes condições:
(1) considerar os diversos cenários de evolução da rede ao longo do período de
concessão, nos patamares de carga leve, média e pesada;
(2) para distâncias superiores a 200 km pode-se representar as cargas na modelagem do
sistema, demonstrando por meio de estudos, a adequação do modelo de carga
adotado, sendo que preferencialmente as cargas devem ser representadas onde elas
estão concentradas;
(3) representar o lugar geométrico por meio de setores anulares, caracterizados pelos
valores dos raios máximo e mínimo e dos ângulos máximo e mínimo, de modo que este
envelope deve envolver todos os pontos de impedância calculados, para cada ordem
harmônica ou conjuntos de harmônicas de ordens vizinhas;
(4) utilizar lugares geométricos para grupos de harmônicas de ordens vizinhas que
apresentem comportamento similar no plano complexo de impedâncias, devendo ser
observado, contudo, que além do grupo de harmônicas de ordens vizinhas devem
também ser consideradas na formação do lugar geométrico as impedâncias
correspondentes às ordens harmônicas imediatamente inferior e superior ao grupo.
(d) Para os modos de operação com “Requisitos para o Retificador e para o Inversor” “A” ou
“B”, conforme item 6.7.1.2 (a) deste submódulo, deve ser considerada a possibilidade de
operação da rede CA com um desbalanço máximo de sequência negativa de 2,0%. Nos
casos de filtros ativos ou passivos de sintonia automática, devem ser considerados os
erros de controle.
(e) Devem ainda ser consideradas, na avaliação do desempenho dos filtros, as máximas
condições de dissintonia, incluindo: faixa de frequência estabelecida no item 6.2.1 deste
submódulo, variações nos valores dos componentes dos filtros com a temperatura e
tolerâncias de fabricação, tapes para ajuste de sintonia e erros de medição. Com exceção
da variação de frequência, as demais variações deverão ser representadas através de
alterações nos valores nominais dos componentes dos filtros.
6.7.1.3 O desempenho quanto à distorção harmônica no PAC com a Rede Básica deve ser
demonstrado por meio de estudos ainda na etapa de concepção.
6.7.1.4 A transmissora deve realizar campanhas de medição nos barramentos CA da Rede
Básica que se conectam à subestação conversora, conforme estabelecido no Submódulo 2.8,
quando do comissionamento das instalações ou quando for solicitado pelo ONS.
6.7.1.5 A transmissora deve instalar um sistema de medição contínua, para monitoração das
tensões harmônicas no PAC e das correntes harmônicas injetadas na Rede Básica. Os
instrumentos de medição deverão atender aos requisitos estabelecidos na IEC 61000-4-30 para a
categoria classe A. Os resultados dessa medição devem ser disponibilizados ao ONS.
6.7.1.6 As correntes harmônicas nas linhas CA provocadas pela injeção de correntes harmônicas
geradas pelas estações conversoras não devem produzir interferências em linhas telefônicas em
operação na data de comissionamento do elo CC, acima dos limites das normas correspondentes.
6.7.1.7 A transmissora deverá informar o valor máximo do indicador TIF (“Telephone Interference
Factor”) e do produto IT, resultante do projeto de filtros, considerando os modos de operação da
conversora estabelecidos na Tabela do item 6.7.1.2 (a) e, eventualmente, complementados pelo
Instrumento Técnico de Outorga.

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6.7.1.8 Caso ocorra a instalação de mais de um bipolo na estação retificadora ou inversora,


mesmo que com datas de entrada em operação comercial diferentes, os empreendimentos, ainda
que pertencentes a transmissoras diferentes e fabricados por fornecedores diferentes, devem ser
concebidos como um projeto integrado, do ponto de vista de projeto dos filtros CA. Para
empreendimentos licitados no mesmo leilão, mesmo que com datas de entrada em operação
diferentes, deve ser considerada a mesma representação do sistema CA (envelope de
impedâncias).
6.7.1.9 Caso os bipolos, citados no item 6.7.1.8 deste submódulo, pertençam à mesma
transmissora, estes deverão ser considerados como uma única instalação, do ponto de vista de
avaliação de desempenho, conforme estabelecido no item 6.7.1.2 deste submódulo.
6.7.2 Capacidade Nominal de Filtros CA (“Rating”)
6.7.2.1 O projeto deve respeitar as seguintes exigências:
(a) Para o dimensionamento dos componentes dos filtros CA devem ser utilizadas as
máximas correntes harmônicas individuais injetadas pelos conversores considerando as
condições estabelecidas nos itens 6.7.1.1 (b) a (d) deste submódulo. Adicionalmente:
(1) devem ser levados em conta os modos de operação estabelecidos no item 6.7.1.2
deste submódulo;
(2) devem ser consideradas as máximas sobrecargas das conversoras.
(b) Para o dimensionamento dos elementos dos filtros, a transmissora também deve
considerar:
(1) as contribuições das correntes harmônicas geradas pelos conversores;
(2) as contribuições provenientes da rede externa (“background harmonics voltages”);
(i) para tanto devem ser utilizados os valores dos limites globais inferiores de tensões
harmônicas, conforme Tabela 6 do Submódulo 2.8, que impliquem nos piores
valores de corrente e tensão nos componentes dos filtros, respeitando o limite
global de DTHT;
(ii) para o cálculo da contribuição gerada pelo conversor deve ser aplicada a
metodologia descrita no item 6.7.1.2 deste submódulo;
(iii) para harmônicas provenientes da rede externa, caso o Anexo Técnico não
estabeleça claramente a metodologia para a sua determinação, deve ser utilizada
a aplicação direta dos limites inferiores de tensões harmônicas globais no PAC.
Neste caso, o subconjunto de tensões harmônicas globais a ser considerado no
cálculo deve ser, para cada filtro, aquele que resulte nos maiores valores de rating
para cada um de seus componentes, respeitando-se o valor de DTHT superior
estabelecido. Deve, também, ser considerado no cálculo do dimensionamento o
valor máximo da tensão fundamental.
(c) Os filtros em derivação utilizados devem ser capazes de operar sem qualquer dano nas
seguintes situações:
(1) em frequência nominal e para variações de frequência na faixa definida no item 6.2.1
deste submódulo;
(2) com qualquer dos filtros pertencentes a estação conversora fora de operação;
(3) com filtros de mesma sintonia dessintonizados em sentidos opostos;
(4) com a máxima tensão de emergência em regime permanente na rede CA;

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(5) em condições de sobretensões dinâmicas, incluindo ferrorressonâncias,rejeição de


carga e recuperação de faltas;
(6) em todos os modos de operação disponíveis; e
(7) em condições de sobretensões temporárias produzidas durante energização de
transformadores, início e eliminação de faltas próximas, inclusive com bloqueio dos
conversores.
6.7.2.2 As capacidades nominais (ratings) dos componentes dos filtros devem ser dimensionadas
para suportar o aumento da geração de harmônicas para a operação nas condições não nominais
mencionadas no item 6.2.7 deste submódulo.
6.7.2.3 Cada filtro deve contar com sistemas de monitoração de corrente por meio direto e de
determinação da temperatura de seus componentes, por meio direto ou indireto, bem como com
sistemas de alerta e proteção adequados, de maneira a permitir que ações operativas possam ser
tomadas com a antecedência necessária.
6.7.2.4 Deve ser considerada a possibilidade de operação da rede CA com um desbalanço
máximo de sequência negativa de 2,0%.
6.7.2.5 Nos casos de filtros ativos ou passivos de sintonia automática, devem ser considerados os
erros de controle.
6.7.2.6 Os filtros deverão ser dimensionados para que não haja necessidade de desligamento por
sobrecarga em condições operativas normais e de contingências simples (n-1) da rede externa
situada na vizinhança imediata da conversora, mesmo em caso de operação com indisponibilidade
de um filtro.
6.7.3 Chaveamento de Filtros do lado CA
6.7.3.1 Devem ser disponibilizados, pelo elo CC, os sinais de controle necessários à supervisão
de seus elementos e à tomada de ações de controle, por meio de um Controle de Estação/Mestre.
6.7.3.2 Devem ser concebidas e implementadas todas as sequências de chaveamento de filtros
identificadas como necessárias pelos estudos de dimensionamento das estações conversoras ou
ainda recomendadas pelos estudos operativos realizados pelo ONS.
6.7.3.3 A transmissora deve identificar a necessidade de chaveamento dos filtros em outras
situações específicas, implementando tais desligamentos, mesmo que seja necessária a aquisição
de equipamentos especiais.
6.7.3.4 Em situações de perda de conversoras o Controle de Estação/Mestre deve supervisionar
e comandar a retirada automática de filtros CA para reduzir as sobretensões nos sistemas CA a
níveis estipulados nos Procedimentos de Rede.

6.8 Filtros do lado CC


6.8.1 Desempenho Harmônico
6.8.1.1 Para a avaliação do desempenho harmônico, devem ser consideradas as seguintes
condições e requisitos:
(a) Operação nos modos de controle e desempenho abaixo relacionados:

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Requisitos
para o
Modos de Operação
Retificador e
para o Inversor
Bipolar com tensão nominal (“normal”) A
Bipolar com tensão reduzida (de 70% a 95% da tensão nominal) B
Bipolar com tensão nominal e fluxo de potência reverso A
Monopolar com tensão nominal (retorno pelo solo) A
Monopolar com tensão nominal (retorno metálico) A
Monopolar com tensão reduzida (retorno pelo solo) B
Monopolar com tensão reduzida (retorno metálico) B
Operação em Sobrecarga (Caso Disponível)
Sobrecarga Low Ambient (operação bipolar ou monopolar) C
Sobrecarga de Longa Duração (operação bipolar ou monopolar) C
Sobrecarga de Curta Duração (operação bipolar ou monopolar) C
Notas:
A– Necessidade de atendimento ao desempenho harmônico para contingência (n-1) de
cada tipo de filtro CC.
B– Necessidade de atendimento ao desempenho harmônico com todos os filtros CC
presentes.
C– O nível de interferência gerada pelas conversoras nas condições operativas de
operação em sobrecarga deve ser informado pela transmissora em qualquer modo ou
combinação de modos operativos disponíveis.
D – Os modos de operação associados a paralelismo de bipolos devem ser definidos pelo
Instrumento Técnico de Outorga.
E – O Instrumento Técnico de Outorga pode definir modos adicionais de operação.
(b) Para todas as etapas de implementação do empreendimento, bem como ao longo do
contrato de concessão referente as conversoras, manter um desempenho harmônico
adequado considerando as condições de máxima dessintonia dos filtros e as condições
mais severas de geração de tensões harmônicas pelos conversores.
(c) Para os modos de operação com “Requisitos para o Retificador e para o Inversor “A” ou
“B”, conforme item 6.8.1.1 (a) deste submódulo, deve ser considerada a possibilidade de
operação da rede CA com um desbalanço máximo de sequência negativa de 2,0%. Nos
casos de filtros ativos ou passivos de sintonia automática, devem ser considerados os
erros de controle.
6.8.1.2 As correntes harmônicas nas linhas CC e linhas de eletrodo não devem produzir
interferências em linhas telefônicas em operação na data de comissionamento do elo CC acima
dos limites fixados nas normas correspondentes. Para tanto, os limites da corrente equivalente de
distúrbio ao longo das linhas CC e linhas de eletrodo devem ser informados no anexo técnico ou
no instrumento técnico de outorga, visando atender a esse requisito.
6.8.1.3 A definição deste limite deve ser precedida e baseada em um estudo de coordenação
indutiva, a ser efetuado ainda na etapa de concepção. Na falta da entrega deste estudo em tempo
hábil a transmissora deve considerar, no máximo, para o valor de corrente equivalente de distúrbio
em operação bipolar, com todos os filtros presentes, o valor de 500 mA. Para a operação
monopolar com todos os filtros (retorno pelo solo ou metálico) o valor não pode exceder 1.000 mA.
Durante a operação bipolar na condição (n-1) dos filtros, o valor das correntes harmônicas não
poderá exceder 1000 mA. A Transmissora deve definir o critério a ser adotado para operação
monopolar na condição (n-1) dos filtros. Permanece, entretanto, com ou sem estudo de
coordenação indutiva a responsabilidade da transmissora de mitigar os efeitos de interferências
que venham a ser identificadas.

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6.8.1.4 O projeto de filtros CC deve apresentar desempenho harmônico, do ponto de vista de


interferência telefônica ao longo da linha CC, a ser demonstrado por meio de estudos e de
medições, cuja realização é de responsabilidade da transmissora. As medições devem ser
realizadas durante o comissionamento, mas podem também vir a ser solicitadas em outras
ocasiões, a critério do ONS.
6.8.1.5 Os filtros CC devem, também, minimizar os efeitos da corrente induzida, em 60 Hz, por
linhas CA na linha CC, evitando potenciais distúrbios nos sistemas de controle do elo CC, bem
como a saturação indesejável dos transformadores conversores, o que poderia eventualmente
causar desligamento bipolar.
6.8.2 Capacidade Nominal de Filtros CC
6.8.2.1 O projeto deve respeitar as seguintes exigências.
(a) As tensões e correntes harmônicas nos elementos devem ser determinadas considerando
as máximas tensões harmônicas geradas pelos conversores. No cálculo dessas tensões
harmônicas deve-se levar em conta:
(1) operação dentro da faixa de potência especificada;
(2) máximas sobrecargas das conversoras;
(3) operação com tensão reduzida e com alto consumo de reativo;
(4) máximos desequilíbrios da rede externa, ou seja, componente de tensão de sequência
negativa igual a 2%;
(5) a operação das conversoras com os máximos desvios (tolerância) dos valores de
projeto das reatâncias entre transformadores conectados a ponte de doze pulsos e com
os máximos desvios das reatâncias entre fases de cada transformador conectado a
ponte de seis pulsos, conforme estabelecido em especificação da transmissora;
(6) a operação com o máximo desvio do ângulo de disparo entre as pontes de seis pulsos
de uma mesma ponte de doze pulsos e com o máximo desvio de ângulo de disparo
entre as válvulas de uma mesma ponte de seis pulsos, conforme estabelecido na
especificação da transmissora;
(7) toda a faixa de tensão CA e frequência definidas nos itens 6.2.1 e 6.2.2 deste
submódulo.
(b) Os filtros devem ser capazes de operar sem qualquer dano nas seguintes situações:
(1) em frequência nominal e para variações de frequência na faixa definida no item 6.2.1
deste submódulo;
(2) com qualquer dos filtros pertencentes a estação conversora fora de operação;
(3) com filtros de mesma sintonia dessintonizados em sentidos opostos;
(4) com a pior ressonância entre filtros CC, reator de alisamento e linha de transmissão
CC;
(5) com a máxima tensão de emergência em regime permanente na rede CA;
(6) em condições de sobretensões dinâmicas incluindo ferrorressonâncias, rejeição de
carga e recuperação de faltas;
(7) nos modos de operação constantes do anexo técnico do edital de leilão.
6.8.2.2 As capacidades nominais dos componentes (ratings) dos filtros devem ser dimensionadas
para suportar o aumento da geração de harmônicas para a operação nas condições não nominais
mencionadas no item 6.2.7 deste submódulo.

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6.8.2.3 Cada filtro deve contar com sistemas de monitoração de corrente por meio direto e de
determinação da temperatura de seus componentes por meio direto ou indireto, bem como com
sistemas de alerta e proteção adequados, de maneira a permitir que ações operativas possam ser
tomadas com a antecedência necessária.
6.8.2.4 Deve ser considerada a possibilidade de operação da rede CA com um desbalanço
máximo de sequência negativa de 2,0%.
6.8.2.5 Nos casos de filtros ativos ou passivos de sintonia automática, devem ser considerados os
erros de controle.

6.9 Válvulas de Conversão CA/CC/CA


6.9.1 A transmissora deve estabelecer as solicitações de correntes máximas de curto-circuito (em
kA de pico) sobre as válvulas, durante curto-circuito na ponte, com bloqueio das mesmas (um ciclo
de sobrecorrente) e sem bloqueio (3 ciclos de sobrecorrente). Estes valores devem ser
documentados e fundamentados. Esta fundamentação pode ser feita por meio analítico ou por
simulação. Cabe a transmissora comprovar, ao longo da etapa de concepção, a correção dos
valores adotados por meio de simulações ciclo-a-ciclo em programas do tipo PSCAD.
6.9.2 Deve ser definido, pela transmissora, um nível mínimo de redundância de tiristores por
válvula.
6.9.3 É admitida, no projeto de dimensionamento das válvulas, a utilização de disparo protetivo
apenas como proteção secundária da válvula, cabendo aos para-raios das mesmas a função de
proteção principal contra sobretensões, independentemente se a válvula pertence à estação
retificadora ou à estação inversora.
6.9.4 A transmissora deve fornecer, ainda na etapa de concepção, uma planilha que relacione
toda a cadeia de dimensionamento da coordenação de isolamento da válvula, incluindo os níveis
de tensão operativa, as sobretensões temporárias, o overshoot de comutação, os desequilíbrios
de divisão de tensão entre tiristores com a redundância “by-passada” e os níveis de proteção dos
para-raios e do disparo protetivo.

6.10 Transformadores conversores


6.10.1 Os transformadores dedicados à conversão CA/CC devem possuir unidades de reserva, de
forma que possa ser atingido o nível de confiabilidade estabelecido para a instalação, respeitando,
no mínimo, o índice definido no item 6.12 deste submódulo.
6.10.2 Deve ser minimizada a circulação de corrente contínua no neutro dos transformadores, de
forma a evitar interferências indesejáveis no controle das conversoras.
6.10.3 Quando houver mais de um elo CC em uma mesma subestação, o projeto de cada elo
deve levar em conta a possibilidade de operação do elo adjacente em operação monopolar com
retorno pelo solo e a elevação de tensão no neutro de seus transformadores advinda de tal fato.
Deve, também, explicitar os critérios adotados para os máximos valores de elevação de tensão
permitidos no neutro.

6.11 Perdas
6.11.1 As perdas devem ser avaliadas considerando:
(a) a temperatura máxima definida pelo Anexo Técnico ou pelo Instrumento Técnico de
Outorga;
(b) na falta desta definição, a temperatura média das máximas anuais da região onde as
conversoras serão instaladas.

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6.11.2 A transmissora, na etapa de concepção, deve apresentar a memória de cálculo do projeto,


demonstrando sua compatibilidade com os níveis de perdas definidos no Anexo Técnico ou no
Instrumento Técnico de Outorga.
6.11.3 A transmissora, entre a etapa de detalhamento e a entrada em operação comercial, deve
comprovar o atendimento dos níveis de perdas por meio de ensaios, executados pelo fornecedor,
dos diversos componentes do elo CC.

6.12 Confiabilidade
6.12.1 A disponibilidade média anual de transmissão de potência do elo CC deve ser de no
mínimo 98,5%, incluindo as saídas programadas e forçadas, caso não tenham sido incluídos no
escopo da outorga equipamentos reserva das instalações. A disponibilidade deve ser calculada
em conformidade com a versão mais recente da norma IEC 60919-1, considerando dados de
estatísticas internacionalmente reconhecidas, tais como, por exemplo, do CIGRE.
6.12.2 Para o cálculo da disponibilidade garantida considera-se o conjunto dos conversores
localizados em ambos os terminais da linha CC, bem como os respectivos transformadores
conversores e demais equipamentos necessários para a operação desses terminais, como
disjuntores, filtros, equipamentos de medição, síncronos, etc.
6.12.3 O número de saídas forçadas de cada pólo deve ser de, no máximo, 2,5 saídas por ano.
6.12.4 O número de saídas forçadas de cada bipolo não deve ultrapassar 1 saída a cada 5 anos.

6.13 Coordenação de isolamento


6.13.1 Para a coordenação de isolamento e proteção de equipamentos situados nos pátios CC e
CA das estações conversoras, devem ser utilizados para-raios de óxido de zinco (ZnO).
6.13.2 O esquema de proteção contra sobretensões, os requisitos dos para-raios, a metodologia
de estudos e as sobretensões a serem consideradas devem se basear na versão mais recente
das normas IEC-60071-1, IEC-60071-2, IEC-60071-4 e IEC-60071-5.
6.13.3 Os para-raios que tem por finalidade a proteção das válvulas de conversão CA/CC e
CC/CA são aqueles responsáveis pela proteção primária destes equipamentos. As válvulas devem
contar, adicionalmente, com sistemas de disparo protetivo que devem ser ajustados, considerando
os tiristores redundantes “by-passados” e as tolerâncias de fabricação e medição, em, no mínimo,
3% acima do nível de proteção dos para-raios.
6.13.4 Operação de Elos CC em paralelo
6.13.4.1 Em caso de entrada em operação de um segundo elo CC na subestação CA terminal, a
transmissora responsável pelo segundo elo CC deve compatibilizar o seu projeto de coordenação
de isolamento para o pátio CA com o de coordenação de isolamento do primeiro elo CC, evitando
sobrecarregar os para-raios existentes. Devem ser avaliadas eventuais diferenças de distribuição
de corrente nos para-raios, ao considerar um e dois elos CC, para dimensionamento das energias
a serem dissipadas.
(a) Em caso de mais de um elo CC licitado em um mesmo Leilão, mesmo que com datas de
entrada em operação comercial diferentes, o projeto de coordenação de isolamento deve
ser integrado de modo a levar em consideração os mesmos níveis de isolamento CA e
margens de proteção compatíveis com tais níveis de isolamento para todos os
empreendimentos licitados.
6.13.4.2 Em caso de possibilidade de operação cruzada de um elo CC com as linhas CC do outro
elo, faz-se necessária a compatibilização da coordenação de isolamento dos respectivos pátios
CC.

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CORRENTE CONTÍNUA

6.13.4.3 Para o dimensionamento dos para-raios e disjuntores do pátio CA e dos filtros CA, a
transmissora deve considerar a aplicação e eliminação de faltas seguida de bloqueio do bipolo
com a permanência dos filtros CA em operação, de acordo com o procedimento indicado na
referência “Application guide for metal oxide arresters without gaps for HVDC converter stations.
CIGRE Working Group 33/14-05, June 1988, EKSTROM, A”. Esta investigação deve ser realizada
pela transmissora para patamares de potência nominal CC transmitida pré-falta de 25%, 50%,
75% e 100% da potência nominal CC, além daquelas indicadas no anexo técnico do Edital do
Leilão, quando for o caso.
6.13.4.4 Margens Mínimas de Proteção/Isolamento
(a) A transmissora deve utilizar como margens mínimas de proteção/isolamento, no mínimo,
os seguintes percentuais:
(1) Válvulas
(i) 20 % para surtos de frente íngreme.
(ii) 15 % para surtos de manobra e surtos atmosféricos.
(2) Outros equipamentos da casa de válvulas CC
(i) 25 % para surtos de frente íngreme.
(ii) 15 % para surtos de manobra e surtos atmosféricos.
(3) Equipamentos do pátio CC, incluindo filtros CC e reator de alisamento
(i) 25 % para surtos de frente íngreme.
(ii) 20 % para surtos atmosféricos.
(iii) 15 % para surtos de manobra.
(4) Transformadores conversores (lado CC)
(i) 25 % para surtos de frente íngreme.
(ii) 20 % para surtos atmosféricos.
(iii) 15 % para surtos de manobra.
(5) Transformadores conversores (lado CA)
(i) Considerar IEC 60071, última revisão.
(6) Equipamentos do pátio CA (exceto filtros)
(i) Considerar IEC 60071, última revisão.
(7) Filtros CA
(i) 20% para surtos de manobra
(ii) 15% para surtos de manobra
6.13.5 Distâncias de Escoamento
6.13.5.1 No cálculo da distância de escoamento a ser considerada para a definição dos isoladores
CA externos, para a tensão máxima operativa, deve-se levar em conta as características de
contaminação da região conforme a norma IEC/TR 60815.
6.13.5.2 Na definição das distâncias de escoamento específicas para o isolamento dos
equipamentos para instalação abrigada e sujeitos a tensão CC, deve ser seguida a norma IEC
60071-5. No entanto, devem ser respeitados os seguintes valores mínimos para as distâncias de
escoamento:

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(a) instalação CC externa: 40 mm/kV para vidro ou porcelana;


(b) instalação CC externa: 35 mm/kV para borracha silicone ou RTV;
(c) instalação CC abrigada: 14 mm/kV para válvulas e 20 mm/kV para as demais instalações.
6.13.5.3 Na definição das distâncias de escoamento específicas para o isolamento externo de
equipamentos desabrigados sujeitos à tensão CC+CA e CC, deve ser seguida a norma IEC
60071-5.
6.13.6 Descargas Atmosféricas
6.13.6.1 O sistema de proteção contra descargas atmosféricas da subestação deve ser
dimensionado de forma a assegurar um risco de falha menor ou igual a uma falha por 50
(cinquenta) anos, regenerativa ou não.
6.13.6.2 Além disso, deve-se assegurar que não haja falha de blindagem nas instalações para
correntes superiores a 2 kA.
6.13.7 Da avaliação da conformidade
6.13.7.1 A transmissora deve apresentar o cálculo (estimativa) da coordenação de isolamento,
tanto do pátio CA quanto do pátio CC, considerando as premissas iniciais de correntes de
coordenação assumidas com base na experiência. Entretanto, estas premissas de coordenação
devem ser comprovadas, na etapa de concepção, por meio de simulações realizadas com o uso
de ferramentas computacionais, considerando os casos mais críticos para o dimensionamento de
equipamentos.
6.13.7.2 O sistema CA ao qual estão conectadas as subestações conversoras deve ser
representado pelo menos até a segunda vizinhança, ou seja, os equivalentes de 60 Hz devem ser
representados, no mínimo, a duas barras (subestações diferentes) de distância.

6.14 Requisitos gerais


6.14.1 Os requisitos e as características das instalações e dos equipamentos constantes dos
Submódulos 2.3, 2.4 e 2.6 devem ser atendidos.
6.14.2 O arranjo de barramento da subestação CA deve atender ao disposto no Submódulo 2.3.
6.14.3 Devem ser atendidos os requisitos para elos CC constantes das revisões mais recentes
das normas técnicas nacionais e internacionais, especialmente das recomendações das normas
International Eletrotechnical Commission – IEC 60919-1, 60919-2 e 60919-3.

6.15 Eletrodos
6.15.1 Requisitos gerais
6.15.1.1 Um bipolo CC ponto-a-ponto deve ser provido de eletrodos de terra para escoamento
para a terra das correntes de retorno em operação monopolar e das correntes resultantes de
condições operativas desbalanceadas. O projeto do eletrodo deve levar em conta todos os modos
de operação previstos para o bipolo e a possibilidade de operação em sobrecarga nestes modos.
6.15.1.2 É prerrogativa da transmissora a escolha do local de implantação dos eletrodos de terra,
desde que a distância entre o eletrodo de terra e a subestação a esta conectada seja igual ou
superior a 15 km. O projeto deve ser elaborado de forma a evitar a circulação de corrente contínua
pelo neutro do transformador conversor capaz de provocar sua saturação.
6.15.1.3 Caso haja o compartilhamento de uma subestação conversora com transmissoras
detentoras de concessão de bipolos CC ponto-a-ponto, o eletrodo de terra de cada bipolo pode ser
dimensionado para escoar tanto as correntes próprias quanto as dos demais bipolos que

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CORRENTE CONTÍNUA

compartilhem a mesma subestação. Caberá ao instrumento técnico de outorga a definição da


forma de compartilhamento.
6.15.2 Interferências
6.15.2.1 A transmissora deve determinar, através de estudos, os efeitos que as correntes CC
injetadas no solo pelos eletrodos podem provocar ao circular pelos neutros dos transformadores
da rede elétrica, nas torres das linhas de transmissão do sistema CC e da rede elétrica CA e na
proteção catódica de dutos e demais estruturas metálicas localizadas em sua área de influência.
6.15.2.2 O eletrodo de terra deve ser dimensionado de forma a garantir a segurança de seres
vivos quanto a potenciais de passo, potenciais de toque e potenciais transferidos, considerando a
circulação da corrente de sobrecarga e um sub-eletrodo fora de serviço para manutenção.
6.15.2.3 A transmissora deve tomar as providências necessárias para mitigar todos os efeitos de
interferência (corrosão de dutos e estruturas metálicas de linhas de transmissão e seus
aterramentos, saturação de transformadores CA, etc) que o retorno da corrente CC no solo pode
provocar, de acordo com os requisitos das empresas responsáveis pelos ativos sujeitos à
interferência.
6.15.3 Características operacionais
6.15.3.1 O dimensionamento e a manutenção do eletrodo de terra devem levar em conta que, em
caso de operação bipolar, cada bipolo deve ser dimensionado para operar com um valor máximo
de desbalanço, em regime contínuo, correspondente a 1,5% do valor de sua corrente nominal.
Deve ainda considerar que a operação do bipolo em modo monopolar com retorno pela terra pode
ocorrer. O Instrumento Técnico de Outorga deverá determinar o ciclo de operação monopolar com
retorno pela terra, ou seja, o período máximo em horas por ano, a quantidade de operações nesse
modo e o intervalo mínimo entre operações sucessivas. Tais condições devem ser atendidas com
um sub-eletrodo fora de serviço para manutenção.
6.15.3.2 A máxima densidade de corrente superficial deve ser menor que aquela que provoque
migração de água por eletro-osmose. Em caso de utilização de eletrodo em anel a máxima
2
densidade de corrente superficial, para efeito de dimensionamento, deve ser inferior a 0,5 A/m .
6.15.3.3 Nas condições ambientais e de solo mais desfavoráveis com a circulação de corrente
máxima pela linha do eletrodo (no modo de operação monopolar), a elevação de temperatura dos
eletrodos em relação ao ambiente não pode exceder a 60°C, desde que a temperatura final não
seja superior a 100ºC.
6.15.3.4 Além da conexão das linhas do eletrodo aos eletrodos, devem ser especificados os
equipamentos necessários para a equalização da distribuição de corrente nas várias secções do
eletrodo bem como os dispositivos para monitoramento adequado da temperatura na superfície do
eletrodo e da umidade do solo.
6.15.4 Características elétricas
6.15.4.1 A modelagem adotada para a resistividade do solo e sua estratificação deve ser
devidamente justificada e comprovada a partir de medição. Para pequenas profundidades, pode
ser utilizado o método Wenner ou similar e, para camadas mais profundas, devem ser utilizados
métodos geológicos, como o método de medição magneto-telúrica.
6.15.4.2 A resistência de aterramento do eletrodo de terra deve ser igual ou inferior a 0,35 , com
um sub-eletrodo fora de serviço para manutenção.
6.15.4.3 O eletrodo de terra deve ser dimensionado de forma a possibilitar sua operação em
regime anódico ou catódico.

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6.16 Linha do Eletrodo


6.16.1 Capacidade de corrente
6.16.1.1 A linha do eletrodo deve ser projetada com pelo menos dois conjuntos de condutores ou
feixe de subcondutores independentes.
6.16.1.2 A linha do eletrodo deve ser dimensionada de forma a permitir a operação do bipolo ao
qual pertence sem qualquer tipo de restrição, para todos os modos operativos disponíveis. Em
caso de compartilhamento da linha do eletrodo com outro bipolo na mesma estação conversora, a
linha do eletrodo deve ser dimensionada para permitir, no mínimo, a operação do primeiro bipolo
em operação bipolar e do segundo bipolo com operação monopolar, acrescida da sobrecarga
disponível para este tipo de operação.
6.16.2 Definição da flecha máxima dos condutores
6.16.2.1 As distâncias de segurança da linha do eletrodo devem ser calculadas considerando a
máxima corrente estabelecida para a operação do bipolo e levando em conta a ocorrência
simultânea das seguintes condições climáticas:
(a) temperatura máxima média da região;
(b) radiação solar máxima da região; e
(c) brisa mínima prevista para a região, desde que não superior a 1 m/s.
6.16.3 Perda Joule nos cabos condutores
6.16.3.1 A resistência equivalente por unidade de comprimento do feixe de subcondutores que
compõe a linha de eletrodo deve ser igual ou inferior ao valor indicado pela documentação técnica
que define as características do empreendimento. Em caso de licitação, deve ser seguido o Anexo
Técnico, em caso de autorização, deve ser atendido o relatório R2 – Relatório de Detalhamento da
Alternativa de Referência, que apresenta o detalhamento de engenharia da alternativa elaborada
pelo planejamento e, em caso de licitação para interligação internacional, deve ser atendido o
documento técnico da outorga.
6.16.4 Coordenação de isolamento
6.16.4.1 As cadeias de isoladores devem contemplar um isolador adicional e centelhadores, para
facilitar a extinção do arco no caso de falta.
6.16.4.2 O aterramento das torres que suportam estas linhas, dentro e fora da subestação, deve
apresentar resistência compatível com a necessidade de extinção do arco.

6.17 Estudos para Demonstração de Conformidade da Etapa de Concepção


6.17.1 Esses estudos têm por objetivo demonstrar a conformidade do projeto básico aos
requisitos estabelecidos nos Procedimentos de Rede.
6.17.2 Estudos de definição dos parâmetros do circuito principal
6.17.2.1 Tem por finalidade demonstrar que é possível, em regime permanente, transmitir os
valores de potência determinados pela especificação técnica, desde a potência mínima até a
potência máxima, para as condições de frequência e de tensão CA nas extremidades retificadora
e inversora dentro das faixas operativas da Rede Básica, com a potência de curto-circuito nas
estações terminais dentro da faixa especificada, mantendo a tensão nominal CC dentro da
tolerância prevista. Essa demonstração compreende a operação em todos os modos operativos
previstos descritos no item 6.3 deste submódulo.
6.17.2.2 Esses estudos, ao considerar as variações possíveis dos parâmetros e dos dados de
entrada, determinam a faixa de tapes necessária para os transformadores conversores, bem como

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CORRENTE CONTÍNUA

define as tensões e correntes máximas as quais ficam submetidas as válvulas e os demais


equipamentos.
6.17.2.3 Considera-se como dado de entrada a resistência total máxima da LT CC especificada,
corrigida pela transmissora para a temperatura de operação do elo CC além das resistências das
linhas do eletrodo e do eletrodo propriamente dito, em cada uma das estações terminais,
retificadora ou inversora.
6.17.2.4 Os seguintes parâmetros de controle devem ser considerados: os valores de ângulo de
disparo (nominal, máximo e mínimo), os valores de ângulo de extinção (nominal, máximo e
mínimo) e o valor percentual permitido para a variação da tensão CC polo-terra no inversor, para
cada tape do transformador da conversora.
6.17.2.5 Devem ser consideradas as tolerâncias de projeto/fabricação dos transformadores
conversores – OLTCs – On Load Tap Changers, que se refletem no valor da reatância de
comutação (∆dx em %), a tolerância de medição de tensão (∆Ud em % de Ud medido), o erro de
medição do ângulo de disparo (graus elétricos), o erro de medição do ângulo de extinção (graus
elétricos) e o erro de medição no transformador de potencial da barra CA (% de UdioN). Deve ser
levada em conta também a eventual necessidade de utilização de filtros Power Line Carrier – PLC,
que pode afetar o valor a ser especificado para a reatância de comutação (dxn).
6.17.2.6 Devem ser apresentadas tabelas com as seguintes informações, para variações de
potência no retificador (Pd), em degraus de 10%: corrente CC (Id -A), tensão CC no retificador
(UdR-kV), tensão CC no inversor (UdI-kV), tensão em vazio ideal no retificador por ponte de seis
pulsos (Udi0R-kV), tensão em vazio ideal no inversor por ponte de seis pulsos (Udi0I-kV), potência
CC no retificador (PdR-MW) , consumo de reativos no retificador (QR-Mvar), ângulo de disparo (α-
grau), ângulo de extinção (ɣ-grau), ângulo de comutação no retificador (µR-grau), ângulo de
comutação no inversor (µI-grau), potência CC no inversor (Pdl-MW), consumo de reativos no
inversor (Ql-Mvar), além dos tapes dos transformadores conversores no retificador e inversor.
6.17.2.7 Quando da utilização de tecnologias não convencionais, deve ser disponibilizado ao
ONS, em conjunto com o relatório de Circuito Principal, uma ferramenta computacional (programa
ou planilha) que possa ser utilizada para a verificação do cálculo dos parâmetros do circuito
principal.
6.17.3 Estudo de balanço de potência reativa
6.17.3.1 Tem por finalidade demonstrar o atendimento aos requisitos estabelecidos nos itens
6.2.5 e 6.6 deste submódulo.
6.17.3.2 Os resultados devem indicar a estratégia e a modularização de bancos e de sub-bancos
de filtros, de capacitores e de reatores a serem utilizadas para controlar o intercâmbio de reativos
com o sistema CA, considerando o consumo de reativos pela estação conversora bem como o
esquema de chaveamento de equipamentos de compensação reativa durante o ciclo diário de
carga, para toda a faixa de potência operativa (incluindo sobrecarga de qualquer natureza, se
houver) e todos os modos de operação estabelecidos no item 6.3 deste submódulo.
6.17.3.3 Deve ser demonstrado que, mesmo considerando configurações de rede completa ou
degradada, atuais ou futuras, para todos os níveis de carga e para todos os cenários de fluxo de
potência, não ocorrem, como consequências de chaveamentos, variações de tensão no sistema
CA acima de 3,0% e que a perda intempestiva do maior banco não causa falha de comutação, em
especial no lado inversor.
6.17.3.4 Caso sejam definidos, na especificação técnica, critérios adicionais além dos dispostos
nos Procedimentos de Rede, como por exemplo, limites de intercâmbio de potência reativa,
envoltórias de sobretensões temporárias máximas, estes devem ser atendidos.
6.17.3.5 São considerados como dados de entrada os resultados do cálculo do Circuito Principal
conforme descrito no item 6.17.2 deste submódulo.
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6.17.3.6 Os resultados deste estudo devem ser considerados no projeto dos filtros e na definição
do controle básico do elo CC.
6.17.3.7 O relatório deve apresentar os resultados sob a forma de tabelas P (potência transmitida)
e Q (consumo da conversora, potência reativa fornecida pelos filtros e intercâmbio com o sistema
CA), em função das tensões CA máxima, mínima e nominal, consumo de reativos máximo, mínimo
e nominal pela conversora (função de alfa, dx, etc.), de forma a permitir a análise da conformidade
dos resultados em relação aos requisitos. Deve ser fornecida uma tabela contendo a sequência de
chaveamento dos elementos de compensação reativa em função da potência transmitida e
também da necessidade de chaveamento em função do desempenho harmônico.
6.17.4 Estudo de sobretensões à frequência fundamental
6.17.4.1 Tem por finalidade identificar, dentre outros, sobretensões de manobra de bancos de
capacitores e filtros, rejeição de carga, bloqueio dos conversores, oscilações dinâmicas da rede
CA e os meios para limitar estas sobretensões aos valores requeridos.
6.17.4.2 Estes estudos, a serem executados no programa ANATEM, também devem demonstrar
que o desligamento dos filtros e capacitores, após bloqueio da conversora, será possível e
suficiente para a redução das sobretensões no sistema CA para níveis aceitáveis.
6.17.4.3 Devem ser avaliadas configurações do sistema CA com diferentes níveis de curto-circuito
e de carga nos horizontes da operação e do planejamento. Devem ser levadas em conta variações
do número de máquinas na área do sistema coletor, bem como diferentes situações de staging do
empreendimento.
6.17.4.4 Aspectos relativos à possível autoexcitação de unidades geradoras também devem ser
investigados.
6.17.4.5 Desta forma, estes estudos também contribuem para demonstrar que a modularização
adotada para os filtros e bancos de capacitores atende aos requisitos estabelecidos neste
submódulo, no que diz respeito ao impacto no sistema CA (variação de tensão, intercâmbio de
reativos e fator de potência nas estações conversoras).
6.17.5 Estudo de Desempenho Dinâmico (Dynamic Performance)
6.17.5.1 Tem por finalidade principal demonstrar que o controle projetado, mesmo com ajustes
preliminares, é estável para as condições operativas previstas, incluindo as mudanças entre os
modos de operação disponíveis. Deve também demonstrar que os requisitos relacionados ao
tempo de recuperação do elo CC após a aplicação de defeito e aqueles relacionados à
minimização da ocorrência de falhas de comutação foram atendidos.
6.17.5.2 Tem por finalidade secundária identificar ressonâncias em frequências de baixa ordem
que possam demandar a utilização de filtros adicionais para atender aos padrões de desempenho
harmônico definidos neste submódulo.
6.17.5.3 As avaliações devem compreender bloqueios de bipolo, perdas de geração, faltas na LT
CC e início/eliminação de faltas na LT CA. Os resultados permitem também avaliar o envelope de
sobretensões temporárias às quais ficam sujeitas as estações conversoras.
6.17.5.4 São considerados como dados de entrada: os resultados do estudo que definiu o Circuito
Principal, a modularização de filtros e compensação reativa definida nos estudos de balanço de
potência reativa, os lugares geométricos de impedância harmônica que, representam a rede CA e
que resultam no equivalente em frequência e o nível de curto-circuito mínimo operativo compatível
com a faixa de potência transmitida.
6.17.5.5 A rede CA, na etapa de concepção do projeto básico, pode ser representada por um
equivalente em frequência localizado na barra terminal da conversora. Este equivalente deve
representar corretamente os níveis de curto-circuito e as ressonâncias harmônicas. As simulações

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CORRENTE CONTÍNUA

devem ser realizadas por uma ferramenta computacional, do tipo PSCAD ou similar, considerando
um sistema de controle com ajustes preliminares.
6.17.5.6 Em caso de utilização de bancos de capacitores e/ou de filtros, este estudo deve
demonstrar que a abertura intempestiva do maior banco, mesmo para as condições mais
degradadas da rede CA, não deve causar falhas de comutação no elo CC.
6.17.5.7 Na etapa de detalhamento deve ser realizado o detalhamento deste estudo de
Desempenho Dinâmico, que tem por finalidade identificar os parâmetros necessários para a
otimização de todo o sistema de controle, de forma a atender aos requisitos estabelecidos tanto
para desempenho em regime permanente quanto para desempenho após aplicação e eliminação
de defeitos CA e CC, minimizando possíveis instabilidades, falhas de comutação e interações
indesejáveis com o sistema CA.
6.17.6 Estudos de sobrecorrentes transitórias em válvulas e outros equipamentos
6.17.6.1 Tem por finalidade demonstrar que as válvulas tiristoras e os demais equipamentos em
série com essas válvulas estão adequadamente dimensionados para suportar as solicitações
transitórias advindas de curtos-circuitos, aplicados em qualquer localização, pelo tempo máximo
necessário a sua eliminação, como por exemplo, pela abertura do disjuntor dos transformadores
conversores. Neste caso, deve ainda ser avaliado o impacto da falha da abertura do disjuntor pela
proteção principal, considerando a abertura pela proteção de retaguarda.
6.17.6.2 Este estudo deve abranger solicitações impostas: aos equipamentos conectados à barra
CA, aos transformadores conversores, às válvulas de tiristores, aos equipamentos conectados à
barra CC e aos equipamentos conectados à barra de neutro.
6.17.6.3 Devem ser avaliadas também as solicitações impostas às conversoras, advindas de
faltas aplicadas a equipamentos localizados na casa de válvulas, incluindo as buchas de parede.
6.17.6.4 Devem ser considerados como insumo: o valor da potência de curto-circuito definida para
a aquisição dos disjuntores do pátio CA das subestações terminais, e os parâmetros definidos pelo
cálculo do Circuito Principal, com particular atenção para a reatância dos transformadores
conversores.
6.17.6.5 Devem ser apresentadas a avaliação dos seguintes tipos de falta:
(a) curto-circuito na válvula;
(b) curto-circuito através da ponte de 6 pulsos;
(c) curto-circuito através da ponte de 12 pulsos;
(d) curto-circuito polo-neutro após o reator de alisamento;
(e) curto-circuito polo-terra antes do reator de alisamento;
(f) curto-circuito bifásico, em local entre o transformador conversor e a válvula;
(g) curto-circuito trifásico, em local entre o transformador conversor e a válvula;
(h) curto-circuito para a terra:
(1) no lado CA da válvula na ponte ∆;
(2) no lado CA da válvula na ponte Y;
(3) na barra entre as pontes de 6 pulsos;
(4) no neutro do transformador Y;
(5) na conexão ao polo.

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6.17.7 Estudo de coordenação de isolamento


6.17.7.1 Tem por finalidade estabelecer as bases para a definição dos níveis de isolamento das
conversoras e equipamentos exteriores e a aplicação de para-raios, para os pátios CA e CC.
Devem ser atendidos os requisitos estabelecidos no item 6.13 deste submódulo.
6.17.7.2 Sobretensões nas estações conversoras são causadas por fontes externas e internas.
Fontes externas são operações de manobra, faltas a terra, eliminação de defeitos, descargas
atmosféricas, oscilações dinâmicas da rede CA e rejeição de carga. Fontes internas são faltas a
terra, curto-circuitos e falhas de controle dentro do escopo de suprimento próprio do elo CCAT.
6.17.7.3 Este estudo de coordenação de isolamento deve considerar as máximas sobretensões
de manobra, bem como as máximas sobretensões produzidas por descargas atmosféricas que
possam se propagar até os equipamentos.
6.17.7.4 Deve também levar em conta as configurações do elo CC e topologias das redes CA
advindas de todos os modos de operação definidos no item 6.3 deste submódulo, bem como
definir os níveis de isolamento para os pátios CA e CC, a quantidade e a localização de todos os
para-raios, e as respectivas correntes de coordenação e capacidade de dissipação de energia.
6.17.7.5 Devem ser considerados como dados de entrada: os valores de tensão máxima de
operação CC e CA, o valor da tensão ideal CC em vazio por conversor de 6 pulsos (Udio nominal
e Udio máxima possível considerando os limitadores e os erros de medida), a relação de
transformação dos transformadores conversores, a faixa de tapes dos transformadores
conversores, os degraus de cada tape, a reatância de comutação (dx), e as correntes CC (nominal
e máxima incluindo sobrecarga se houver) definidas no cálculo do circuito principal.
6.17.7.6 O relatório deve apresentar os dados de todos os para-raios, incluindo as curvas de
descarga máxima e mínima (8x20 µs, 30x60 µs, frente íngreme, etc.), o número de colunas e a
capacidade de dissipação de energia. Deve apresentar também os níveis de proteção e a
respectiva corrente para frente íngreme (STIPL-kV, ISTIPL-kA), o impulso de manobra (SIPL-kV,
ISIPL-kA) e o impulso atmosférico (LIPL-kV, ILIPL-kA), bem como o nível adotado para o disparo
protetivo (PF). O relatório deve ainda explicitar, em uma tabela, a margem de proteção utilizada
para cada pára-raio, apresentando, além dos valores de SIPL e LIPL, os valores de
suportabilidade a impulso atmosférico (LIWL) e suportabilidade a impulso de manobra (SIWL).
6.17.7.7 Os para-raios dos filtros também devem ser objeto de dimensionamento, que pode ser
apresentado em relatório a parte.
6.17.7.8 Ressalta-se, em particular, a necessidade de atendimento ao disposto no item 6.13.7
deste submódulo.
6.17.8 Estudos de desempenho dos filtros CA
6.17.8.1 O estudo deve observar os requisitos apresentados no item 6.7.1 deste submódulo e tem
por objetivo garantir o desempenho harmônico adequado do projeto de filtros, respeitando os
limites de distorção harmônica individual e total estabelecidos no Submódulo 2.8.
6.17.8.2 São consideradas como dados de entrada: a modularização de filtros e bancos de
capacitores definidos pelo estudo de balanço de reativos, e os resultados dos estudos de
dimensionamento do circuito principal.
6.17.8.3 O relatório deve apresentar os valores máximos das correntes harmônicas geradas pelas
conversoras, para toda a faixa possível de sua operação, e todos os envelopes de impedâncias
harmônicas utilizados para o dimensionamento dos filtros.
6.17.8.4 Todas as premissas utilizadas para o cálculo tais como modelagens de carga, ângulos
de disparo das válvulas, faixa operativa de tensões CA, níveis de corrente CC, tolerâncias de
fabricação de transformadores conversores, tensão de sequência negativa, faixa de tapes dos
transformadores conversores, tolerâncias de qualquer tipo, erros de medição, dentre outras, e
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CORRENTE CONTÍNUA

forma de tratamento (determinístico ou estatístico) destas informações devem ser apresentadas


no relatório.
6.17.9 Estudos de definição de rating dos filtros CA e da compensação reativa
6.17.9.1 Tem por finalidade demonstrar que o dimensionamento do rating dos filtros CA, tanto em
regime permanente quanto em regime transitório, está adequado. No que diz respeito ao rating de
regime permanente deve ser atendido o disposto no item 6.7.2 deste submódulo.
6.17.9.2 Nestes estudos devem ser atendidos todos os requisitos, condições operativas e
configurações de rede externa relacionados neste submódulo.
6.17.9.3 Os relatórios devem apresentar, tanto para o rating de regime permanente quanto para o
rating de regime transitório, as margens adotadas e os valores nominais do projeto para cada
elemento que compõe o equipamento (ratings de corrente e tensão).
6.17.9.4 Regime permanente
(a) O estudo deve demonstrar que os elementos dos filtros (reatores, resistores e capacitores)
e da compensação reativa manobrável foram dimensionados para suportar as máximas
correntes e tensões harmônicas possíveis.
(b) Também deve ser demonstrado que os filtros não são desligados pelas proteções de
overrating (sobrecarga) durante condições operativas normais e de contingências simples
(n-1) da rede externa na primeira vizinhança das conversoras, com um filtro de cada tipo
fora de operação.
(c) Nas avaliações das impedâncias dos filtros devem ser consideradas as dessintonias
possíveis incluindo tolerâncias de fabricação, variação de capacitância por temperatura,
variações de frequência da rede, erros de ajuste de sintonia por discretização de
elementos de ajuste, perda de elementos capacitivos, etc.
(d) Para avaliar ressonâncias entre filtros devem ser consideradas dessintonias opostas entre
eles.
6.17.9.5 Regime transitório
6.17.9.6 O estudo deve demonstrar que os filtros e a compensação reativa devem suportar as
sobretensões e sobrecorrentes advindas de condições transitórias, incluindo entre outras: a) início
e eliminação de curtos-circuitos na conversora, com bloqueio das válvulas durante o curto-circuito,
b) energização dos transformadores conversores com fluxo residual, e de outros transformadores
próximos.
6.17.10 Estudos de desempenho dos filtros CC
6.17.10.1 Tem por finalidade demonstrar que o desempenho dos filtros CC atende ao disposto no
item 6.8.1 deste submódulo.
6.17.11 Estudos de definição de rating dos filtros CC
6.17.11.1 Tem por finalidade demonstrar que o dimensionamento do rating dos filtros CC atende
ao disposto no item 6.8.2 deste submódulo.
6.17.11.2 Deve ser apresentado o estudo de dimensionamento para regime permanente e
transitório, as margens adotadas e os valores nominais do projeto (ratings de corrente e tensão)
para cada elemento (reatores, resistores e capacitores).
6.17.11.3 O estudo deve também demonstrar que os filtros CC estão dimensionados para
suportar as sobretensões e sobrecorrentes transitórias mais severas às quais possam vir a ser
submetidos.

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CORRENTE CONTÍNUA

7 ETAPA DE DETALHAMENTO

7.1 Consideração Geral

7.1.1 A etapa de detalhamento segue a etapa de concepção, tendo como objetivo a otimização
dos controles, da proteção, dos esquemas de emergência e dos procedimentos operativos de
forma geral, abordando de forma mais detalhada as interações CA/CC.

7.2 Tomada e retomada de carga


7.2.1 O elo CC não deve permitir que tomadas e retomadas de carga da estação conversora,
durante os processos de partida ou de recuperação após defeitos, produzam oscilações
perturbadoras ou de longa duração na potência transmitida, na tensão ou na frequência.
7.2.2 Em caso de recuperação após quaisquer faltas transitórias no lado CA, a estação
conversora deve recuperar a potência transmitida para o valor de 90% daquela transmitida antes
da falta entre 150 e 350 ms, devendo este valor ser estipulado no instrumento técnico de outorga.
Durante o período de recuperação não deve ocorrer nenhuma falha de comutação. Estão incluídos
nesse caso os religamentos com ou sem sucesso.
7.2.3 A operação de uma ou mais conversoras afetadas pelo evento não deve restringir a
utilização de religamento monopolar ou tripolar rápido nas linhas de transmissão CA da Rede
Básica.
7.2.4 Operações do sistema de controle manual ou automático, de elementos manobráveis e/ou
de comutadores automáticos de transformadores não devem resultar, no elo CC, em manobras
intermitentes ou em oscilações anômalas na potência, na tensão ou na frequência, em qualquer
configuração ou condição de operação da rede CA.
7.2.5 O elo CC deve manter a transferência de potência e a operação das conversoras estáveis
para variações de frequência na faixa de 56,5 a 66 Hz e para qualquer distorção da forma de onda
da tensão CA causada pela dessintonia dos filtros CA ou pela perda de um banco de filtros.
7.2.6 A conversora não deve prejudicar o desempenho normal e transitório de outras conversoras
eletricamente próximas conectadas à Rede Básica ou às instalações de transmissão de energia
elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica, o que deve ser
demonstrado por meio de estudos específicos de operação conjunta com as conversoras afetadas
(multi-infeed), considerando a possibilidade de instabilidade ou de colapso de tensão e de
recuperação simultânea após faltas.

7.3 Requisitos quanto a falhas de comutação


7.3.1 Nos casos de utilização de comutação natural na estação conversora em funcionamento
como inversora:
(a) não deve haver falha de comutação para variações instantâneas de tensão inferiores a 7%
da tensão pré-falta, considerando que a tensão pré-falta se encontra dentro da faixa de
tensão operativa.
(b) as manobras de energização e abertura de equipamentos no pátio CA das estações
conversoras e de linhas CA conectadas às subestações conversoras, quando operando
dentro da faixa operativa de tensão definida em 6.2.2 deste submódulo, não devem
provocar falhas de comutação.
(c) a abertura intempestiva do maior banco de um elo CC, mesmo para as condições mais
degradadas da rede CA, não deve causar falhas de comutação nos elos CC pertencentes
a mesma subestação.

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CORRENTE CONTÍNUA

(d) após a eliminação de faltas no sistema CA, o elo CC não deve apresentar falhas de
comutação após a tensão alcançar o patamar de 0,90 pu, devendo a recuperação da
potência CC se dar conforme item 7.9 deste submódulo.
(e) Casos específicos deverão ser definidos no Instrumento Técnico de Outorga.

7.4 Operação dos conversores durante defeitos no sistema


7.4.1 O elo CC deve ser capaz de se manter em operação com potência reduzida nas seguintes
condições de tensão reduzida no lado CA da conversora:
(a) tensão zero na fase sob defeito, para defeitos monofásicos com duração mínima de 0,5
segundo; e
(b) tensão maior que 30% da nominal, para defeitos trifásicos com duração mínima de 0,25
segundo.
7.4.2 Em qualquer desses casos, a recuperação da potência transmitida para os níveis pré-defeito
deve se dar nas condições descritas no item 7.2.2 deste submódulo.
7.4.3 A tensão decorrente de aplicação de falta no sistema CA, na primeira oscilação após a sua
eliminação, deve ser de, no mínimo, 0,80 pu. Caso a tensão seja inferior a este patamar mínimo,
deve ser implantado equipamento de compensação reativa controlável.

7.5 Interferência em rádio e em onda portadora


7.5.1 As conversoras devem ser projetadas de maneira que os níveis de interferência (radio
interference - RI) das radiações eletrostática e eletromagnética geradas,para qualquer condição
operativa, pelas conversoras, pelos seus periféricos e pelas LT CC e CA delas derivadas não
afetem equipamentos de telecomunicações da Rede Básica e não excedam os limites da Norma
Técnica NBR 5356 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, sem a necessidade de
qualquer blindagem na área externa da conversora.
7.5.1.1 As interferências na faixa de 30 kHz a 500 kHz, provocadas pela estação conversora no
sistema de onda portadora das linhas de transmissão da Rede Básica ou das instalações de
transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede
Básica, devem ficar limitadas a 20 dB abaixo do nível de sinal.

7.6 Ruído audível


7.6.1 O ruído audível medido no limite externo da cerca da subestação não deve exceder 58 dBA
para o conjunto de todas as conversoras operando em condição normal e a plena carga,
considerando condição de chuva fina (0,00148 mm/min). Para situações em que exista mais de
uma conversora na mesma subestação, o limite individual será definido no Instrumento Técnico de
Outorga.
7.6.2 A transmissora deve demonstrar, por meio de simulações, que esse limite será atendido e,
se necessário, indicar a aplicação de medidas mitigadoras para seu atendimento (tais como
blindagem acústica, aumento da área da subestação, construção de muro). Deve ser considerado
pelo projeto, em subestações em operação, o ruído pré-existente.

7.7 Telecomunicações no elo CC


7.7.1 Falhas do sistema de comunicações não devem causar operação incorreta do sistema de
controle do elo CC. Caso ocorra falha da comunicação entre as estações, a transmissão de
potência deve ser mantida no mesmo nível existente antes da falha.
7.7.2 Durante falha de telecomunicações entre as estações deve ser possível partir, operar e
parar manualmente o elo CC a partir da sala de controle local de uma das estações. Nesse caso,

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CORRENTE CONTÍNUA

a comunicação entre os operadores das estações conversoras deve ser mantida por telefone ou
por outro meio de comunicação.

7.8 Requisitos de confiabilidade do sistema de controle


7.8.1 O sistema de controle deve ser duplicado e projetado para que um dos sistemas possa ser
mantido, testado ou reparado durante a operação do elo CC, sem afetar esse sistema.
7.8.2 A perda de um dos dois sistemas de controle não deve causar distúrbio na potência
transmitida pelo elo CC nem perda de um pólo.

7.9 Requisitos do sistema de controle


7.9.1 Os tempos de resposta devem ser especificados considerando as configurações de rede
previstas nos estudos do planejamento da expansão e as configurações de rede previstas no
PAR. Devem também levar em conta a possibilidade de operação do elo CC com fluxo de
potência nas duas direções, caso esta condição seja prevista nos estudos de planejamento.
7.9.2 O erro do controle de potência não deve ser superior a 1,5%.
7.9.3 O erro do controle de corrente não deve ser superior a 0,7%.
7.9.4 Embora a operação da conversora seja automática, deve ser possível ao operador exercer
as seguintes funções:
(a) selecionar o modo de operação;
(b) selecionar o local de despacho, seja no retificador, seja no inversor;
(c) selecionar potência total, taxa de variação e direção do fluxo;
(d) ligar ou desligar filtros, reatores e capacitores em derivação e posicionar os comutadores
de derivação sob carga; e
(e) comandar a partida e a parada do elo CC,a parada do sistema em emergência e a
alteração de tomada de carga.
7.9.5 Para defeitos na LT CC, o sistema de controle deve restabelecer 90% da potência que era
transmitida antes do defeito, em 150 ms, sem incluir o tempo de arco e de deionização.
7.9.6 Resposta da corrente CC:
(a) Para operação em qualquer ordem de potência entre a potência mínima e a capacidade
de sobrecarga contínua, a corrente CC deve responder a um degrau de aumento ou de
diminuição na ordem de corrente, atingindo 90% do valor final sem redução posterior, da
seguinte forma:
(1) para um degrau aplicado a ordem de corrente inferior à margem de corrente, já
considerando as tolerâncias e erros de medição da corrente, em até 30 ms;
(2) para um degrau de 30% na ordem de corrente em até 70 ms.
7.9.7 Resposta da potência CC:
(a) O controlador de potência CC deve ser ajustado de tal maneira que o sistema CC tenha
as características de um sistema de corrente constante para defeitos nos sistemas CA
seguidos de oscilações amortecidas de tensão e de potência de baixa frequência na faixa
de 0,2 a 2 Hz.
(b) A resposta do controlador de potência para um degrau de aumento ou de diminuição na
ordem de potência de 50% deve ser tal que, em até 150 ms, 90% do valor da nova ordem,
sem redução posterior, seja atingida.

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CORRENTE CONTÍNUA

(c) Em caso de recuperação após qualquer falta transitória, no lado CA, o elo deve recuperar
a potência transmitida para o valor de 90% daquela transmitida antes da falta, no valor
especificado pelo Instrumento Técnico de Outorga, sem posterior redução de potência.
Durante o período de recuperação não deve ocorrer nenhuma falha de comutação. Estão
incluídos neste caso os religamentos com e sem sucesso.
7.9.8 Resposta da Tensão CC
(a) A resposta da tensão CC deve ser tal que para qualquer degrau de corrente, potência ou
tensão CA, a tensão CC não seja superior à tensão máxima de projeto da linha.
7.9.9 Inversão do fluxo de potência na LT CC
(a) Na transmissão bidirecional, os controles devem ser capazes de reverter o fluxo de
potência do elo CC, que deve operar com qualquer potência entre a potência mínima e a
capacidade de sobrecarga contínua especificada pelo agente.
7.9.10 Limitadores de corrente
(a) O sistema de controle do elo CC deve dispor de um limitador da ordem de corrente,
dependente da tensão CA, para limitar transitoriamente a corrente no elo CC durante
afundamentos de tensão no sistema CA. Esse limitador deve ser dimensionado com base
nos estudos de sistema.
(b) Em caso de estações back-to-back, o elo CC deve dispor de um limitador de ordem de
corrente dependente da tensão CA, para restringir transitoriamente a corrente no elo
durante afundamentos de tensão no sistema CA. Esse limitador deve ser dimensionado
com base nos estudos de sistema.
7.9.11 Controle de desbalanço dos pólos
(a) O controle de desbalanceamento dos pólos pertencentes ao controle da estação
conversora deve ser projetado para minimizar a corrente na linha do eletrodo.
(b) A corrente de desbalanço entre pólos da transmissão bipolar deve ser inferior a 1,5% da
corrente nominal.

7.10 Controle Mestre (“Master Control”)


7.10.1 Elos CC constituídos por múltiplos bipolos devem ser providos de um Controle Mestre para
a coordenação de sua operação.
7.10.2 Devem ser disponibilizados ao Controle Mestre todos os sinais necessários à sua correta
operação, incluindo os sinais topológicos referentes ao estado dos equipamentos das subestações
conversoras, bem como aqueles provenientes de usinas e demais subestações que possam afetar
o seu desempenho.
7.10.3 Seus controles devem ter redundância mínima de 100%. Esta redundância se aplica
também aos serviços auxiliares de alimentação CC e CA. Os painéis alimentados pelos serviços
auxiliares CC devem ser completamente independentes. Os painéis CA também devem ter
alimentação independente.
7.10.4 O Controle Mestre deve ser capaz de desempenhar as seguintes funções principais:
(a) avaliar e implementar, com base na topologia da subestação e na potência transmitida
no(s) elo(s) CC, a inserção ou retirada de operação de filtros e de compensação reativa;
(b) comandar as ações de controle dos bipolos para a modulação da potência CC para a
estabilização de frequência do sistema CA;
(c) comandar as ações dos bipolos para amortecimento de oscilações do sistema CA;

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CORRENTE CONTÍNUA

(d) comandar automaticamente a redistribuição de potência entre polos e/ou bipolos, em caso
de perda de elementos;
(e) comandar automaticamente as ações de paralelismo de elementos de transmissão dos
bipolos incluindo as linhas de eletrodo.
7.10.5 O Controle Mestre deve estar equipado para comandar automaticamente a abertura de
equipamentos pertencentes ao seu empreendimento, como por exemplo filtros, e comandar a
abertura de equipamentos de terceiros, como por exemplo linhas ou geradores, seja por ação
direta ou por meio de centros de controle de terceiros, inclusive do ONS. Em caso de
equipamentos de terceiros, caberá ao Sistema de Controle e Proteção do agente responsável pelo
equipamento processar a ação solicitada e executar o comando nos seus equipamentos, conforme
os requisitos de tempo de resposta necessários.
7.10.6 O Controle Mestre deve estar equipado para efetuar ações de “run back” (redução de
potência automática) para evitar variações de frequência no sistema coletor, ou para fazer frente a
perda de linhas no sistema CA adjacente às estações conversoras ou a perda de elementos que
compõem o sistema de geração, que impossibilite a manutenção do nível de potência transmitida
pelo elo CC. Para outras situações, o Controle Mestre deve estar também equipado para efetuar
ações de “run forward” (aumento de potência automático).
7.10.7 O instrumento técnico de outorga deve definir a quem cabe a responsabilidade pela
obtenção dos sinais em instalações de terceiros, que devem atender a requisitos de
telecomunicações e respeitar os tempos de latência necessários à operação adequada do
Controle Mestre. Os estudos de Projeto Básico deverão definir quantos e quais são os sinais
necessários.

7.11 Telecomunicações
7.11.1 Os sistemas de telecomunicações para voz e dados do elo CC e para instalações back-to-
back devem atender ao estabelecido no Submódulo 13.2.
7.11.2 Os sistemas de telecomunicações para as proteções das linhas CA conectadas às
subestações conversoras devem atender ao estabelecido no Submódulo 2.6.

7.12 Proteção
7.12.1 Proteção CA e CC
(a) No projeto da proteção dos equipamentos do lado CA e CC das estações conversoras
deve-se considerar a influência dos harmônicos gerados pelas conversoras em seu
desempenho durante defeitos e atender aos requisitos constantes do Submódulo 2.6.

7.13 Requisitos de supervisão e controle


7.13.1 Os sistemas de supervisão e controle dos equipamentos de manobra dos pátios CA e CC
devem atender ao disposto no Submódulo 2.7. Deve haver comunicação entre a instalação do elo
CC e os centros de controle do ONS, por meio dos protocolos de comunicação disponíveis nesses
centros.
7.13.2 O ONS define o centro com o qual as instalações do elo CC devem se relacionar.

7.14 Registro de perturbações


7.14.1 Os registradores de perturbações devem atender aos requisitos constantes no Submódulo
2.6.

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CORRENTE CONTÍNUA

7.15 Estudos de Demonstração de Conformidade da Etapa de Detalhamento


7.15.1 Estudos de desempenho em regime permanente, transitório e dinâmico do Elo CC
7.15.1.1 São considerados como dados de entrada: os resultados dos estudos que definiram o
Circuito Principal, a modularização de filtros, a compensação reativa definida nos estudos de
balanço de potência reativa, os lugares geométricos de impedância harmônica que representam a
rede CA e o nível de curto-circuito mínimo operativo compatível com a faixa de potência
transmitida.
7.15.1.2 Trata-se do detalhamento do estudo de Desempenho Dinâmico, executado durante a
etapa de concepção, tendo por finalidade identificar todos os parâmetros necessários à otimização
de todo o sistema de controle, de forma a atender os requisitos estabelecidos tanto para
desempenho em regime permanente quanto para desempenho após aplicação e eliminação de
defeitos CA e CC, minimizando possíveis instabilidades, falhas de comutação e interações
indesejáveis com o sistema CA.
7.15.1.3 Estes estudos devem demonstrar que o controle projetado é adequado para todas as
condições operativas previstas, incluindo as mudanças entre os modos de operação disponíveis.
Deve também demonstrar que os requisitos estabelecidos nos itens 7.2 , 7.3 e 7.4 deste
submódulo foram atendidos, em especial aqueles relacionados ao tempo de recuperação do elo
CC e os relacionados à minimização da ocorrência de falhas de comutação.
7.15.1.4 Deve também ser demonstrado que, em regime permanente, não ocorre redução da
potência transmitida quando da troca de modo de operação de potência constante para corrente
constante, desde que o sistema CA esteja operando acima do limite de potência de curto-circuito
mínima previamente estabelecido.
7.15.1.5 A rede CA deve ser representada de forma detalhada, de modo que qualquer equivalente
utilizado, mesmo que equivalente em frequência, deve estar eletricamente afastado das
subestações conversoras. Este equivalente deve representar corretamente os níveis de curto-
circuito e as ressonâncias harmônicas. O controle deve ser representado de forma detalhada e
deve corresponder ao sistema de controle a ser implementado.
7.15.1.6 Este estudo deve contemplar as diversas situações que podem ocorrer no sistema,
incluindo instabilidade transitória, instabilidade dinâmica, instabilidade de tensão e instabilidade
harmônica.
7.15.1.7 Deve também avaliar a modulação de potência ativa e reativa do elo CC para estabilizar
o sistema CA, para o controle de frequência, para variações rápidas de potência, etc.
7.15.1.8 Deve também identificar as medidas necessárias para evitar interações indevidas entre
os controles do elo CC e os controles de equipamentos eletricamente próximos, tais como: outros
elos CC, back-to-back(s) convencional(is) ou CCC, CER ou Statcom e entre elos CC e
conversoras VSC.
7.15.1.9 Estes estudos devem ser realizados com os programas usualmente utilizados no SIN:
ANAREDE (fluxo de potência), ANATEM (estabilidade eletromecânica), PSCAD e/ou ATP
(transitórios eletromagnéticos).
7.15.1.10 Mesmo que os estudos tenham sido realizados por meio do PSCAD, a transmissora
deve entregar ao ONS, até o início dos estudos pré-operacionais, um modelo detalhado do elo CC
incluindo todos os controles também para o programa ATP. Este modelo deve ser acompanhado
pelo manual correspondente e pelos testes de validação executados confrontados com os
resultados obtidos pelo Simulador CC.
7.15.2 Estudo de oscilações sub-síncronas
7.15.2.1 Tem por finalidade determinar eventuais requisitos de controle que devam ser
incorporados ao controle dos sistemas HVDC, para evitar que a interação entre as conversoras e
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REQUISITOS MÍNIMOS PARA ELOS DE 2.5 2016.12 01/01/2017


CORRENTE CONTÍNUA

os equipamentos do sistema CA sujeitem unidades geradoras conectadas a barras CA próximas a


esforços torcionais elevados.
7.15.2.2 Esses fenômenos devem ser investigados por meio de ferramentas de simulação de
transitórios eletromagnéticos (ATP ou PSCAD), considerando a representação completa da
máquina, com o eixo do conjunto turbina-gerador representado por um sistema multi-massa-mola.
Deve também ser considerada, quando necessária, a análise no domínio da frequência (modelo
linearizado ou não do eixo turbina-gerador).
7.15.2.3 Os modelos utilizados, devidamente aferidos e documentados, devem ser
disponibilizados ao ONS.
7.15.3 Estudos para definição das características dos equipamentos do lado CA
7.15.3.1 Tem por finalidade definir as características dos equipamentos do pátio CA da
subestação conversora, incluindo disjuntores e transformadores conversores.
7.15.3.2 Compreendem todos os estudos de manobra de equipamentos do pátio CA, incluindo
energização de transformadores conversores e TRT de disjuntores de linhas e de equipamentos
do pátio CA.
7.15.3.3 Envolvem também estudos de energização de linhas do pátio CA, bem como
religamentos monopolares e tripolares.
7.15.3.4 As simulações devem ser realizadas na ferramenta ATP.
7.15.4 Estudos das proteções das conversoras e da LT CC
7.15.4.1 Tem por finalidade definir a coordenação das proteções CC e CA, bem como identificar
as interações com os controles das conversoras.
7.15.5 Estudos para definição das malhas de terra das subestações conversoras e dos eletrodos
de terra
7.15.5.1 Estes estudos devem considerar como dados de entrada os resultados das medições
efetuadas e tem por finalidade demonstrar que não existirão problemas de gradientes de potencial,
de tensões de passo e de toque, corrosão de estruturas metálicas, de oleodutos ou ferrovias, etc.
7.15.5.2 Devem também identificar a possibilidade de existência de corrente contínua circulando
pelo neutro dos transformadores conversores ou de outros transformadores. O estudo deve
indicar, se for o caso, as soluções necessárias para mitigar este problema, como por exemplo, a
necessidade de utilização de isolamento galvânico no neutro do transformador ou a alteração da
execução do eletrodo.
7.15.6 Estudos adicionais
7.15.6.1 Devem ser realizados pela transmissora os seguintes estudos adicionais:
(a) estudos de interferência em sistemas de comunicação por onda portadora (PLC);
(b) estudo de rádio-interferência (RI) e de ruído audível;
(c) estudos de interferências TVI, microondas, VHF e UHF, incluindo sistemas de navegação
aérea na proximidade de aeroportos;
(d) estudos de confiabilidade e disponibilidade;
(e) estudos de perdas e eficiência;
(f) estudos de coordenação das proteções.

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Submódulo 2.6

Requisitos mínimos para os


sistemas de proteção, de registro
de perturbações e de teleproteção
Rev. Motivo da revisão Data e instrumento
Nº. de aprovação pela
ANEEL
09/11/2011
Versão decorrente da Audiência Pública nº
2.0 Resolução Normativa
002/2011.
nº 461/11
16/12/16
Versão decorrente da Audiência Pública nº
2016.12 Resolução Normativa
020/2015.
nº 756/16

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REQUISITOS MÍNIMOS PARA OS SISTEMAS DE


PROTEÇÃO, DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES E 2.6 2016.12 01/01/2017
DE TELEPROTEÇÃO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4
2 OBJETIVO ...................................................................................................................................... 4
3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO ................................................................................................. 4
4 RESPONSABILIDADES ................................................................................................................. 5
4.1 DO OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO – ONS ............................................................. 5
4.2 DOS AGENTES DE TRANSMISSÃO .................................................................................................. 5
5 REQUISITOS GERAIS ................................................................................................................... 5
6 REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO ....................................................... 6
6.1 ASPECTOS GERAIS ...................................................................................................................... 6
6.2 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO .................................................................... 7
6.3 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES OU AUTOTRANSFORMADORES ............................ 11
6.4 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE REATORES EM DERIVAÇÃO ................................................................ 13
6.5 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE BARRAMENTOS ................................................................................. 14
6.6 SISTEMA DE PROTEÇÃO PARA FALHA DE DISJUNTOR .................................................................... 15
6.7 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE BANCOS DE CAPACITORES EM DERIVAÇÃO .......................................... 15
6.8 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE BANCOS DE CAPACITORES SÉRIE ....................................................... 16
6.9 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE FILTROS ........................................................................................... 16
6.10 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE ELOS DE CORRENTE CONTÍNUA ........................................................ 17
6.11 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE COMPENSADORES ESTÁTICOS ......................................................... 17
6.12 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA ....................................................................................................... 17
7 REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES ................. 18
7.1 REQUISITOS GERAIS .................................................................................................................. 18
7.2 REQUISITOS FUNCIONAIS ........................................................................................................... 18
7.3 REQUISITOS DA REDE DE COLETA DE REGISTROS DE PERTURBAÇÃO DOS AGENTES ....................... 19
7.4 REQUISITOS MÍNIMOS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES .............................................................. 19
8 REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE TELEPROTEÇÃO ........................................... 23
8.1 REQUISITOS TÉCNICOS DOS CANAIS ........................................................................................... 23
8.2 TELEPROTEÇÃO PARA LINHAS DE TRANSMISSÃO.......................................................................... 24
9 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 24

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DE TELEPROTEÇÃO

1 INTRODUÇÃO

1.1 Para assegurar que a Rede Básica do Sistema Interligado Nacional – SIN atenda ao
desempenho e aos critérios estabelecidos nos Procedimentos de Rede, faz-se necessário que as
instalações de transmissão apresentem características técnicas e funcionais adequadas.
1.2 Os sistemas de proteção, de supervisão e controle e de teleproteção desempenham papel
fundamental para a segurança elétrica do SIN, portanto, o estabelecimento de requisitos mínimos
para esses sistemas se justifica para garantir que cada instalação de transmissão contribua para o
atendimento ao desempenho e aos critérios estabelecidos nos Procedimentos de Rede.
1.3 Os requisitos técnicos mínimos descritos neste submódulo aplicam-se às instalações de
transmissão integrantes, quando modernizadas ou quando identificada a necessidade e
determinado pelo ONS, ou que venham a integrar, a Rede Básica ou as instalações de
transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede
Básica.
1.4 Os requisitos técnicos mínimos aplicáveis às instalações de transmissão integrantes, ou que
venham a integrar a Rede de Operação com tensão nominal inferior a 230kV, as Demais
Instalações de Transmissão – DIT ou as instalações de transmissão de interesse exclusivo de
centrais de geração para conexão compartilhada – ICG são aqueles definidos pelo agente de
transmissão responsável por essas instalações, exceto quando requisitos específicos tenham sido
estabelecidos em ato de outorga do empreendimento, ou por indicação do ONS.
1.5 Os submódulos aqui mencionados são:
(a) Submódulo 2.7 Requisitos mínimos de supervisão e controle para a operação;
(b) Submódulo 11.6 Registro de perturbações; e
(c) Submódulo 13.2 Requisitos mínimos de telecomunicações.

2 OBJETIVO

2.1 O objetivo deste submódulo é estabelecer os requisitos mínimos para os sistemas de


proteção, de registro de perturbações e de teleproteção das instalações de transmissão
integrantes ou que venham a integrar a Rede Básica ou as instalações de transmissão de energia
elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica.

3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO

3.1 As alterações neste submódulo consistem de melhoria do texto; de adequações às


Resoluções Normativas ANEEL n° 320, de 10 de junho de 2008, e nº 442, de 26 de julho de 2011;
da alteração da filosofia de atuação dos sistemas de proteção de detecção de formação de gás
(63), de sobretemperatura do enrolamento (49) e de aumento da pressão interna (20) integrantes
da proteção intrínseca de transformadores, autotransformadores e reatores em derivação; da
inclusão da função diferencial de terra restrita nos sistemas de proteção principal e alternada de
reatores em derivação; da inclusão de requisitos de proteção e de registro de perturbações para
filtros, compensadores estáticos e elos de corrente contínua; e da revisão dos requisitos mínimos
para os sistemas de proteção, de registro de perturbações e de teleproteção, e a inclusão da
redundância da proteção de barramento. Realizada ainda a alteração do título do Submódulo, de
“Requisitos mínimos para os sistemas de proteção e de telecomunicações” para “Requisitos

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mínimos para os sistemas de proteção, de registro de perturbações e teleproteção”, mais


condizente com o seu conteúdo.

4 RESPONSABILIDADES

4.1 Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS


(a) Propor os requisitos mínimos a serem atendidos pelas instalações de transmissão
integrantes ou que venham a integrar a Rede Básica ou as instalações de transmissão de
energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica.
(b) Propor as filosofias de proteção das instalações de transmissão integrantes, ou que
venham a integrar, a Rede Básica ou as instalações de transmissão de energia elétrica
destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede Básica.
4.2 Agentes de transmissão
(a) Projetar os sistemas de proteção, de registro de perturbações e de teleproteção das
instalações de transmissão sob sua responsabilidade, de acordo com os requisitos
mínimos estabelecidos neste submódulo.
(b) Definir e implantar os ajustes das proteções das instalações sob sua responsabilidade, de
forma a garantir a integridade dos componentes, mantendo seletividade com os
componentes adjacentes e atendendo aos requisitos mínimos estabelecidos neste
submódulo e às filosofias de proteção estabelecidas pelo ONS no item 9 - Referências [1].
(c) Projetar e implantar as adequações necessárias nas instalações sob sua responsabilidade,
nos casos de melhorias ou reforços em instalações de transmissão existentes, ou quando
há solicitação do ONS, atendendo aos requisitos mínimos estabelecidos neste submódulo.
(d) Disponibilizar ao ONS, quando solicitado, os ajustes e os estudos de coordenação das
proteções dos componentes das instalações de transmissão integrantes da Rede Básica e
das instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações
internacionais conectadas à Rede Básica sob sua responsabilidade.

5 REQUISITOS GERAIS

5.1 Os requisitos técnicos e as características funcionais aqui apresentados referem-se aos


seguintes sistemas, funcionalmente distintos:
(a) sistemas de proteção;
(b) sistemas de registro de perturbações; e
(c) sistemas de teleproteção.
5.2 Cada sistema (proteção, registro de perturbações e teleproteção) deve ser integrado no nível
da instalação para permitir o acesso local ou remoto de todos os seus dados, ajustes, registros de
eventos, grandezas de entradas e outras informações. Essa integração não deve impor restrições
à operação dos componentes primários da instalação.
5.3 No caso de implantação de reforço em instalações de transmissão, os respectivos sistemas
de proteção, registro de perturbações e teleproteção devem ser compatibilizados com os já
instalados.

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5.4 Todos os equipamentos e sistemas devem ser dotados dos recursos de automonitoramento e
autodiagnóstico, com bloqueio automático da atuação quando houver defeito e com sinalização
local e remota de falha e defeito.
5.5 Os sistemas devem ter arquitetura aberta e utilizar protocolos de comunicação descritos em
norma, de forma a não impor restrições à ampliação da Rede Básica ou das instalações de
transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede
Básica e à sua integração com sistemas e equipamentos de outros fabricantes.
5.6 Os sistemas devem ter recursos que possibilitem a intervenção das equipes de manutenção,
sem que haja a necessidade de desligamento da respectiva Função Transmissão – FT.
5.7 Os materiais e equipamentos a serem utilizados devem ser projetados, fabricados, montados
e ensaiados em conformidade com as revisões mais recentes das normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, no que for aplicável, e, na falta dessas, com as revisões
mais recentes das normas da International Electrotechnical Commission – IEC, da American
National Standards Institute – ANSI ou do Institute of Electrical and Electronics Engineers - IEEE,
nessa ordem de preferência.
5.8 Todos os equipamentos e sistemas devem atender aos requisitos das normas para
compatibilidade eletromagnética aplicáveis, conforme item 5.7 deste submódulo, nos graus de
severidade adequados para instalação em subestações de extra alta tensão.
5.9 Os requisitos a serem atendidos pelos serviços de telecomunicações para transmissão de voz
e de dados estão descritos no Submódulo 13.2.
5.10 Os requisitos a serem atendidos pelos sistemas de supervisão e controle estão descritos no
Submódulo 2.7.

6 REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO

6.1 Aspectos gerais


6.1.1 Todo componente deve ser protegido localmente por dois sistemas de proteção
independentes.
6.1.2 A proteção dos componentes deve ser concebida de maneira a não depender de proteção
de retaguarda remota no sistema de transmissão.
6.1.3 Devem ser previstos transformadores para instrumentos – transformadores de corrente e de
potencial – para os sistemas de proteção, em número adequado e com características nominais
(relações nominais, número de núcleos e enrolamentos secundários, exatidão, cargas nominais,
desempenho transitório, etc.) especificadas em função da aplicação.
6.1.4 Os transformadores de corrente dos sistemas de proteção devem ser utilizados na instalação
de forma a permitir a superposição das zonas de atuação das proteções de equipamentos
primários adjacentes, evitando a existência de “zonas mortas”. Devem ser utilizadas proteções que
tenham funcionalidades que possam detectar faltas em eventuais “zonas mortas”.
6.1.5 As correntes e tensões fornecidas para cada sistema de proteção – principal e alternada
devem ser obtidas de núcleos independentes de transformadores de corrente e de secundários
diferentes de transformadores de potencial.
6.1.6 As proteções sujeitas à operação acidental por perda de potencial devem ter supervisão de
tensão para bloqueio de operação e alarme. Para o caso de perda simultânea de alimentação de

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potencial para as duas proteções podem ser ativadas proteções temporizadas de sobrecorrente de
emergência.
6.1.7 Os sistemas de proteção principal e alternada devem ser alimentados por bancos de
baterias, retificadores e circuitos de corrente contínua independentes e, além disso, o projeto dos
painéis deve levar em conta os cuidados necessários para facilitar os trabalhos de manutenção,
de modo a minimizar risco de erros e acidentes.
6.1.8 Os sistemas de proteção principal e alternada devem ser constituídos por dispositivos
independentes e dedicados para cada FT da instalação.
6.1.9 Os sistemas de proteção devem ter dois circuitos de disparo independentes para
acionamento de disjuntores, com duas bobinas de disparo.
6.1.10 Deve ser prevista a supervisão dos circuitos de corrente contínua dos relés de proteção,
equipamentos de telecomunicações utilizados para teleproteção, religamento automático e
sincronismo, de forma a indicar através de alarme qualquer anormalidade que possa implicar
perda da confiabilidade operacional do sistema de proteção.
6.1.11 Os transformadores de corrente (TC), devem ser localizados fisicamente de modo que
quando for utilizado o disjuntor interligador de barras (disjuntor de transferência) esses TC
continuem fornecendo correntes para as proteções dos vãos que forem transferidos.
6.2 Sistema de proteção de linhas de transmissão
6.2.1 Geral
6.2.1.1 O sistema de proteção de uma linha de transmissão – LT compreende o conjunto de
dispositivos instalados nos seus terminais, necessários e suficientes para a detecção e eliminação,
de forma seletiva, de todos os tipos de faltas – com ou sem resistência de falta – e de outras
condições anormais de operação.
6.2.1.2 A proteção da LT deve ser redundante: cada terminal da LT deve ter proteção principal e
proteção alternada, composta por conjuntos de proteção – dispositivos, equipamentos de
telecomunicação, relés auxiliares, painéis e demais acessórios – independentes, os quais devem
ser idênticos e integrados aos conjuntos de proteção dos outros terminais da LT.
6.2.1.3 O requisito do item 6.2.1.2 deste submódulo deve ser observado tanto para os sistemas
de proteção quanto para os equipamentos dos sistemas de teleproteção.
6.2.1.4 Em um terminal da LT é admissível a utilização de conjunto de proteção principal diferente
do conjunto de proteção alternada, desde que se atenda ao requisito explicitado no item 6.2.1.2
deste submódulo.
6.2.1.5 Na implantação de uma subestação decorrente de seccionamento de LT, os sistemas de
proteção principais dos dois terminais, na hipótese de não serem idênticos, devem possuir
características de operação para todas as funções de proteção e métodos de polarização
idênticos, de forma a garantir o desempenho correto dos esquemas de teleproteção, devendo a
proposta de aplicação ser submetida ao ONS para avaliação. O mesmo se aplica à proteção
alternada.
6.2.1.6 No caso de utilização de compensação série, o sistema de proteção deve ser adequado
para a manutenção dos requisitos exigidos no item 6.2.1.1 deste submódulo, inclusive para as LT
adjacentes já existentes, quando a análise técnica justificar essa necessidade.
6.2.1.7 Os sistemas de proteção devem ter as seguintes funções e lógicas de proteção:

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1
(a) função de distância (21/21 N ) para detecção de faltas entre fases e entre fases e terra,
com temporizadores independentes por zona;
(b) função de sobrecorrente direcional residual (67 N) e/ou de sequência negativa (67 Q), com
unidades instantânea e temporizada;
(c) detecção de perda de potencial para bloqueio de operação e alarme das funções de
proteção que dependem de informação de potencial;
(d) detecção de faltas em eventuais zonas mortas;
(e) detecção de faltas no trecho de LT que permanece energizado quando a chave isoladora
da LT estiver aberta e seus disjuntores fechados (stub bus protection) em terminais de LT
conectados a barramentos com arranjos do tipo disjuntor e meio ou anel;
(f) detecção de faltas que ocorram durante a energização da LT (switch onto fault); e
(g) bloqueio das unidades de distância por oscilação de potência (68 OSB), de disparo por
oscilação de potência (68 OST) e de perda de sincronismo (78 OST), com as seguintes
características:
(1) ajustes das unidades de impedância e dos temporizadores independentes;
(2) seleção do modo de disparo na entrada (trip on way in) ou na saída (trip on way out)
da característica de medição; e
(3) desbloqueio da função de bloqueio (68 OSB) para faltas assimétricas.
6.2.1.8 No caso da utilização da função diferencial (87L), os sistemas de proteção devem possuir
as funções e lógicas descritas no item 6.2.1.7 deste submódulo e sincronização de tempo por
GPS.
6.2.1.9 Os esquemas de teleproteção devem atender aos seguintes requisitos:
(a) a seleção das lógicas de teleproteção a serem adotadas em cada caso deve levar em
conta o comprimento relativo da LT, os acoplamentos magnéticos com outras LT e a
existência de compensação série;
(b) não devem ser permissivos por subalcance;
(c) a unidade instantânea da proteção de sobrecorrente direcional residual (67 N) e/ou de
sequência negativa (67 Q) deve(m) atuar incorporada(s) ao esquema de teleproteção
selecionado, utilizando canal de teleproteção independente do canal utilizado para as
proteções de distância;
(d) em esquemas de teleproteção permissivos por sobrealcance devem ser utilizadas lógicas
de bloqueio temporário para evitar operação incorreta durante a eliminação sequencial de
faltas em LT paralelas (transient blocking);
(e) os esquemas de teleproteção permissivos por sobrealcance devem ter lógicas para a
devolução de sinal permissivo (echo) e de disparo para proteção de terminais com fraca
alimentação (weak infeed).

1
Numeração indicadora da função conforme Norma IEEE Standard Electrical Power System Device Function
Numbers and Contact Designations, C37.2-1996.

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6.2.1.10 Os sistemas de proteção principal e alternada devem ser capazes de detectar faltas
entre fases e entre fases e terra para 100% da extensão da LT protegida, sem retardo de tempo
intencional, e possibilitar efetiva proteção de retaguarda para a linha protegida e para o
barramento remoto, mantida a coordenação com as proteções dos componentes adjacentes.
6.2.1.11 O tempo total de eliminação de faltas, incluindo o tempo de abertura dos disjuntores de
todos os terminais da LT, não deve exceder a 100 ms, quando de defeitos sólidos e sem
ocorrência de falha de disjuntor.
6.2.1.12 Em LT conectada a barramento isolado a SF6, as proteções associadas ao
compartimento de saída da LT, quando provocarem disparo local, devem comandar o envio de
transferência de disparo para o terminal remoto (TDD mantido).
6.2.1.13 As proteções principal e alternada de todos os terminais da LT devem ter proteção para
sobretensões (59) nas três fases com elementos instantâneo e temporizado independentes. Os
elementos instantâneos devem operar somente para sobretensões que ocorram simultaneamente
nas três fases e os elementos temporizados devem operar para sobretensões sustentadas em
qualquer uma das três fases.
6.2.1.14 Os disparos dessas proteções devem ser realizados por relés auxiliares de alta
velocidade, sem atuação sobre relés de bloqueio, e devem efetuar transferência de disparo para o
terminal remoto sem iniciar o esquema de religamento automático da linha.
6.2.1.15 Todo desligamento tripolar em um terminal da LT, provocado por atuação de proteção de
alta velocidade, deve comandar o envio de sinal de transferência de disparo para abertura dos
disjuntores dos terminais remotos.
6.2.1.16 A lógica de transferência de disparo na recepção só deve iniciar o esquema de
religamento automático da LT para os casos em que esse sinal é proveniente das proteções da
linha (zona 1 e esquemas de teleproteção). Para os demais casos, o religamento não deverá ser
iniciado, bem como, devem ser discriminados os desligamentos para os quais é desejado o
bloqueio de fechamento manual dos disjuntores locais.
6.2.2 Esquemas de religamento automático
6.2.2.1 Todas as LT devem ser dotadas de esquema para religamento automático tripolar e
monopolar.
6.2.2.2 Os esquemas de religamento automático devem atender à seguinte filosofia:
(a) prover facilidades (por meio de chave seletora ou do sistema de controle) para colocação
ou retirada de serviço do religamento automático;
(b) em subestações com arranjo de barramento do tipo anel, barra dupla com disjuntor duplo
ou disjuntor e meio, prever a possibilidade de religamento em quaisquer dos disjuntores
associados à LT e prover facilidades (por meio de chave seletora ou do sistema de
controle) para a seleção do disjuntor a religar;
(c) para as funções de religamento monopolar e tripolar, ter ajustes independentes para o
tempo morto ;
(d) uma vez iniciado um determinado ciclo de religamento, somente ser permitido um novo
ciclo depois de decorrido um tempo mínimo ajustável, que se inicia com a abertura do
disjuntor;
(e) ser configurável para, opcionalmente, realizar o religamento automático apenas quando da
ocorrência de curtos-circuitos internos fase-terra;

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(f) quanto ao ciclo de religamento, ser iniciado exclusivamente após a eliminação de faltas
internas à LT por proteções de alta velocidade ou instantâneas, não devendo, por
exemplo, ser iniciado quando de aberturas manuais dos disjuntores, operação de funções
de retaguarda, faltas nos barramentos e reatores de linha, atuações de proteções para
falha de disjuntor, recepção constante de sinal de transferência de disparo do terminal
remoto, atuações de proteção de sobretensão e proteções de disparo por perda de
sincronismo; e
(g) ser prevista a possibilidade de seleção de qualquer um dos terminais da LT para religar
primeiro (terminal líder). Esse religamento deve ocorrer depois de transcorrido o tempo
morto ajustado. O outro terminal (terminal seguidor) deve religar com verificação de
sincronismo. Para permitir a seleção do terminal líder, ambos os terminais devem ser
equipados com esquemas de religamento e de verificação de sincronismo. O terminal líder
deve religar somente se não houver tensão na LT. O terminal seguidor deve religar
somente depois da verificação de sincronismo, se houver nível de tensão adequado na LT,
ou seja, entre os limites mínimo e máximo permitidos.
6.2.2.3 No caso de utilização de religamento automático monopolar devem ser atendidas,
adicionalmente, as seguintes condições:
(a) o desligamento e o religamento dos dois terminais da LT devem ser monopolares para
faltas monofásicas e tripolares para os demais tipos de faltas. Caso não haja sucesso no
ciclo de religamento, o desligamento deve ser tripolar.
(b) durante o período de operação com fase aberta imposto pelo tempo morto do religamento
monopolar, qualquer ordem de disparo deve ser tripolar, sem religamento da LT;
(c) no caso de utilização de esquemas de teleproteção em sobrealcance, com funções
direcionais de sobrecorrente residual (ou de sequência negativa), deve ser previsto o
bloqueio dessas funções durante o período de operação com fase aberta; e
(d) os sistemas de proteção devem permitir a correta seleção das fases defeituosas para
comandar o desligamento do disjuntor de forma monopolar ou tripolar.
6.2.3 Função para verificação de sincronismo
6.2.3.1 A função para verificação de sincronismo deve permitir o ajuste do tempo total de
religamento, considerando a contagem de tempo desde a abertura do disjuntor e incluindo os
tempos mortos típicos para as respectivas classes de tensão. Além disso, deve possibilitar ajustes
da diferença de tensão, defasagem angular, diferença de frequência e permitir seleção das
seguintes condições para fechamento do disjuntor:
(a) barra viva - linha morta;
(b) barra morta - linha viva;
(c) barra viva - linha viva; e
(d) barra morta - linha morta.
6.2.4 Requisitos para a verificação de sincronismo manual
6.2.4.1 As instalações devem ser providas de dispositivo para a verificação das condições de
sincronismo para o fechamento manual de seus disjuntores.
6.2.4.2 No caso de ampliação ou modificação da instalação devem ser instalados os
transformadores de instrumentos eventualmente necessários para a realização da função de
sincronização.

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6.2.4.3 O dispositivo de sincronização deve atender aos seguintes requisitos:


(a) permitir o fechamento do disjuntor, após verificar que a diferença entre as tensões (módulo
e ângulo de fase) e a diferença da frequência dos dois terminais estão dentro dos limites
ajustados;
(b) permitir o fechamento do disjuntor nas condições em que um ou ambos os lados do
disjuntor estejam sem tensão – “barra viva-linha morta”, “barra morta-linha viva” ou “barra
morta-linha morta”; e
(c) exteriorizar as grandezas de tensão de ambos os lados do disjuntor a sincronizar, a
diferença de ângulo de fase e o desvio de frequência entre seus terminais, bem como a
indicação das condições de sincronização, de forma a permitir a adoção de medidas
operativas para atingir a condição de sincronização.
6.3 Sistema de proteção de transformadores ou autotransformadores
6.3.1 Geral
6.3.1.1 Compreende o conjunto de relés e acessórios necessários e suficientes para a eliminação
de todos os tipos de faltas internas – para terra, entre fases ou entre espiras – em transformadores
de dois e três enrolamentos ou em autotransformadores. Devem prover também proteção de
retaguarda para falhas externas e internas à sua zona de proteção e falhas dos dispositivos de
supervisão intrínsecos de temperatura de enrolamento e de óleo, válvulas de alívio de pressão e
relé de gás.
6.3.1.2 Todo transformador ou autotransformador deve dispor dos seguintes sistemas de proteção
independentes:
(a) Proteção principal e alternada, compostas de:
(1) função diferencial percentual (87) com atuação diferencial por fase, com as
seguintes características:
(i) número de circuitos de restrição igual ao número de transformadores de corrente
da malha diferencial; e
(ii) restrição ou bloqueio de atuação para correntes de magnetização (inrush) e
sobreexcitação.
(2) funções de sobrecorrente temporizada de fase (51) e residual (51 R) vinculadas a
cada um dos enrolamentos do transformador ou autotransformador;
(3) função de sobrecorrente temporizada de neutro (51 N) vinculada a cada ponto de
aterramento do transformador ou autotransformador; e
(4) função de sobretensão de sequência zero (59 G) vinculada ao enrolamento
terciário ligado em delta, para alarme de faltas à terra quando o terciário alimentar
cargas locais na subestação.
(5) função diferencial de terra restrito (87 N) vinculada a cada ponto de aterramento
do transformador ou autotransformador.
(b) Proteção Intrínseca, composta de:
(1) função para detecção de faltas internas que ocasionem formação de gás (63) ou
aumento da pressão interna (20), inclusive para o comutador;

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(2) função de sobretemperatura do óleo (26) com dois níveis de atuação (advertência e
urgência);
(3) função de sobretemperatura do enrolamento (49) com dois níveis de atuação
(advertência e urgência); e
(4) válvula de alívio.
6.3.1.3 O tempo total de eliminação de faltas – incluindo o tempo de operação do relé de proteção,
dos relés auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores do transformador ou autotransformador,
pelas proteções principal e alternada (funções sem retardo intencional) – não deve exceder a 100
ms para curtos-circuitos sólidos.
6.3.1.4 A função diferencial do sistema de proteção Alternada (87A) deve ser conectada aos
enrolamentos dos Transformadores de Corrente do tipo Pedestal, localizados próximos aos
Disjuntores dos Transformadores ou Autotransformadores, de forma que haja superposição entre
a proteção diferencial dos Transformadores ou Autotransformadores com as proteções diferenciais
dos barramentos. A função diferencial do sistema de proteção Principal (87P) pode,
opcionalmente, ser conectada aos enrolamentos dos Transformadores de Corrente localizados
nas buchas do Transformador ou Autotransformador e, neste caso, deve ser prevista uma
proteção de alta velocidade para o trecho de conexão do transformador, entre o disjuntor e estes
TC, para ser mantida a redundância de proteção deste trecho em caso de indiponibilidade da
proteção diferencial 87A.
6.3.1.5 A atuação dos sistemas de proteção deve atender à seguinte filosofia:
(a) as proteções diferenciais devem comandar a abertura de todos os disjuntores associados
ao transformador ou autotransformador através de relés auxiliares independentes para
cada proteção (94P-AT/94A-AT, 94P-MT/94A-MT e 94P-BT/94A-BT). Esses relés
auxiliares podem ser os mesmos utilizados pelas proteções de sobrecorrente. As
proteções de sobrecorrente de fase e residuais devem comandar a abertura apenas dos
disjuntores do respectivo enrolamento através de relés auxiliares de disparo
independentes para cada proteção (94P-AT/94A-AT, 94P-MT/94A-MT e 94P-BT/94A-BT),
com exceção das proteções relacionadas ao enrolamento terciário ligado em delta e
proteções de sobrecorrente de neutro, que devem comandar o desligamento de todos os
disjuntores associados ao transformador ou autotransformador;
(b) a função de detecção de gás (63), associada às proteções intrínsecas, deve comandar
através de um contato independente a abertura de todos os disjuntores associados ao
transformador ou autotransformador, utilizando relé auxiliar de disparo independente (94PI)
alimentado por fontes DC redundantes;
(c) as proteções diferenciais devem atuar em relés de bloqueio 86 para bloqueio de
fechamento de todos os disjuntores associados ao transformador ou autotransformador;
(d) os relés auxiliares de disparo (94PI e 94AI) da função de detecção de gás (63), associada
às proteções intrínsecas, devem atuar nos relés de bloqueio, para bloqueio de fechamento
de todos os disjuntores associados ao transformador ou autotransformador;
(e) os níveis de advertência e urgência das funções de sobretemperatura do óleo (26) e do
enrolamento (49) e a função para detecção de aumento da pressão interna (20),
integrantes da proteção intrínseca do transformador ou autotransformador, devem ser
utilizados para indicação e alarme; e
(f) os níveis de urgência das funções de sobretemperatura do óleo (26) e do enrolamento
(49), integrantes da proteção intrínseca do transformador ou autotransformador, podem ser

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utilizados para comandar a abertura de todos os disjuntores do transformador ou


autotransformador, por meio de temporizadores independentes.
6.4 Sistema de proteção de reatores em derivação
6.4.1 Compreende o conjunto de equipamentos e acessórios necessários e suficientes para a
eliminação de todos os tipos de faltas internas – para a terra, entre fases ou entre espiras – em
reatores monofásicos ou trifásicos, com neutro em estrela aterrada, conectados em LT ou em
barramento.
6.4.2 Todo reator deve dispor dos seguintes sistemas de proteção independentes:
(a) proteção principal e alternada, compostas de:
(1) função diferencial (87), para os bancos de reatores monofásicos. Essa função
deve ser utilizada por fase, conectada aos TC de bucha do lado de alta e aos TC
de bucha do lado do neutro de cada reator. Essa função deve possuir restrição da
atuação por correntes de inrush e sobreexcitação.
(2) função diferencial de terra restrita (87 R). No caso de bancos de reatores
monofásicos, essa função deve ser conectada ao circuito residual dos TC de
bucha do lado de alta, e ao circuito residual dos TC de bucha do lado do neutro.
No caso de reatores trifásicos, essa função deve ser conectada ao circuito residual
dos TC de bucha do lado de alta e ao TC do neutro.
No caso de reatores de barra, deve ser prevista uma proteção redundante e de
alta velocidade para o trecho de conexão do reator, entre o(s) di sjuntor(es) e os
TC de bucha de alta.
(3) funções de sobrecorrente instantânea e temporizada de fase (50/51) e instantânea
e temporizada residual (50/51 R), conectadas aos TC do lado da LT ou do
barramento, conforme o caso, do reator; e
(4) função de sobrecorrente instantânea e temporizada residual (50/51 R), conectada
ao circuito residual dos TC de fase do lado do neutro do reator, ou função de
sobrecorrente instantânea e temporizada de neutro (50/51 N), conectada no TC de
neutro do reator.
(b) proteção intrínseca, composta de:
(1) função para detecção de faltas internas que ocasionem formação de gás (63) ou
aumento da pressão interna (20);
(2) função de sobretemperatura do óleo (26) com dois níveis de atuação (advertência
e urgência); e
(3) função de sobretemperatura do enrolamento (49) com dois níveis de atuação
(advertência e urgência).
6.4.3 O tempo total de eliminação de faltas – incluindo o tempo de operação do relé de proteção,
dos relés auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores do reator, pelas proteções principal e
alternada (funções sem retardo intencional) – não deve exceder a 100 ms.
6.4.4 A atuação dos sistemas de proteção deve atender à seguinte filosofia:
(a) no caso de reatores manobráveis , as proteções diferenciais e a função para detecção de
formação de gás (63) integrante da proteção intrínseca do reator devem comandar a
abertura e o bloqueio dos disjuntores do reator;

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(b) no caso de reatores diretamente conectados a LT, as proteções diferenciais e a função


para detecção de formação de gás (63) integrante da proteção intrínseca do reator devem
comandar a abertura e o bloqueio dos disjuntores locais e enviar comando para abertura e
bloqueio do fechamento dos disjuntores dos terminais remotos da LT (transferência de
disparo);
(c) os níveis de advertência e urgência das funções de sobretemperatura do óleo (26) e do
enrolamento (49) e a função para detecção de aumento da pressão interna (20),
integrantes da proteção intrínseca do reator, devem ser utilizados para indicação e alarme;
e
(d) os níveis de urgência das funções de sobretemperatura do óleo (26) e do enrolamento
(49), integrantes da proteção intrínseca do reator, podem ser utilizados para comandar a
abertura e o bloqueio de todos os disjuntores do reator, por meio de temporizadores
independentes.
6.5 Sistema de proteção de barramentos
6.5.1 O sistema de proteção de barramentos compreende o conjunto de relés e acessórios
necessários e suficientes para detectar e eliminar todos os tipos de faltas nas barras, com ou sem
resistência de falta.
6.5.2 Cada barramento da instalação, com exceção dos barramentos com arranjo em anel, deve
ser protegido localmente por dois sistemas de proteção independentes: principal e alternada.
6.5.3 Em subestação com qualquer tipo de arranjo de barramento, exceto barramento em anel, é
permitida a utilização de proteções de barra do tipo adaptativa que englobem os dois barramentos
da instalação, devendo a mesma ser duplicada.
6.5.4 O tempo total de eliminação de faltas – incluindo o tempo de operação da proteção do
barramento, dos relés auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores – não deve ser superior a
100 ms.
6.5.5 Os sistemas de proteção dos barramentos devem ter as seguintes funções e características:
(a) proteção com princípio diferencial, ou alta impedância (87) ou por comparação de fase,
para cada uma das três fases;
(b) conexão a núcleos independentes dos transformadores de corrente;
(c) imunidade para os diferentes níveis de saturação dos transformadores de corrente, com
estabilidade para faltas externas e sensibilidade para faltas internas;
(d) supervisão para os enrolamentos secundários dos transformadores de corrente dentro de
sua zona de proteção, com bloqueio de atuação e alarme para o caso de abertura de
circuito secundário; e
(e) seletividade, para desligar apenas os disjuntores conectados à seção defeituosa do
barramento.
6.5.6 Os sistemas de proteção do barramento devem desligar e bloquear o fechamento de todos
os disjuntores do barramento protegido.
6.5.7 As proteções de novos vãos instalados em subestações existentes devem se adaptar à
proteção do barramento existente. Caso isso não seja possível, a proteção do barramento deve
ser substituída.

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6.6 Sistema de proteção para falha de disjuntor


6.6.1 Todo disjuntor da subestação deve ser protegido por esquema para falha de disjuntor.
6.6.2 O esquema de proteção para falha de disjuntor pode ser integrado ao sistema de proteção
dos barramentos da subestação.
6.6.3 O tempo total de eliminação de faltas pelo esquema de falha de disjuntor, incluindo o tempo
de operação do relé de proteção, dos relés auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores, não
deve exceder a 250 ms.
6.6.4 O sistema de proteção para falha de disjuntor deve ter as seguintes funções:
(a) funções de detecção de corrente (50 BF) e temporização (62 BF), que podem ser
integradas aos sistemas de proteção das LT e demais equipamentos da subestação; e
(b) função de bloqueio (86 BF).
6.6.5 A atuação do sistema de proteção deve atender à seguinte filosofia:
(a) ser acionado por todas as proteções que atuam no disjuntor protegido;
(b) promover novo comando de abertura no disjuntor protegido (retrip), antes da atuação do
bloqueio;
(c) comandar, para a eliminação da falha, a abertura e o bloqueio do fechamento dos
disjuntores adjacentes ao disjuntor defeituoso, e comandar, se necessário, a transferência
de disparo para os disjuntores remotos.
6.6.6 Em transformadores, autotransformadores e reatores devem ser previstas lógicas de
paralelismo entre os contatos representativos de estado dos disjuntores e os contatos das
unidades de supervisão de corrente (50 BF), de forma a viabilizar a atuação do esquema de falha
de disjuntor para todos os tipos de defeitos nesses equipamentos, inclusive nos que não são
capazes de sensibilizar os relés de supervisão de corrente do referido esquema.
6.6.7 O sistema de proteção para falha de disjuntor não deve ser acionado por comando manual
do disjuntor nem por eventuais Sistemas Especiais de Proteção – SEP.
6.7 Sistema de proteção de bancos de capacitores em derivação
6.7.1 O sistema de proteção de banco de capacitores em derivação deve levar em consideração a
potência, o nível de tensão, a configuração do banco e as características das unidades
capacitivas.
6.7.2 Os bancos de capacitores em derivação devem ser protegidos por dois sistemas de proteção
independentes: principal e alternada.
6.7.3 Os sistemas de proteção devem ter as seguintes funções e características:
(a) função de sobrecorrente instantânea e temporizada de fase (50/51) e residual (50/51 R),
para a eliminação de todos os tipos de faltas no circuito entre o barramento e o banco de
capacitores, incluindo defeitos oriundos do estabelecimento de arco elétrico entre racks
capacitivos.
(b) função de sobretensão de fase (59) com dois níveis, um para alarme e outro para disparo,
com faixa de ajustes de 110% a 160% da tensão nominal e com temporizadores
independentes;
(c) função de sobrecorrente (61 N) ou sobretensão residual (59 G) para detecção de
desequilíbrios decorrentes da queima de unidades capacitivas que possam provocar

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sobretensões danosas às unidades remanescentes, com dois níveis, um para alarme e


outro para disparo, e temporizadores independentes. A função a ser utilizada (61 N ou 59
G) deve ser definida de acordo com o arranjo físico do banco de capacitores;
(d) não deve atuar para faltas externas ao banco de capacitores; e
(e) ser imunes a transitórios oriundos de chaveamentos e à presença de harmônicos.
6.7.4 O tempo total de eliminação de faltas no circuito entre o barramento e o banco de
capacitores em derivação – incluindo o tempo de operação dos relés de proteção, dos relés
auxiliares e o tempo de abertura do disjuntor – não deve exceder a 100 ms.
6.7.5 A atuação dos sistemas de proteção deve atender à seguinte filosofia:
(a) as proteções de sobrecorrente de fase (50/51) e residual (50/51 R) devem comandar a
abertura e o bloqueio de todos os disjuntores do banco de capacitores em derivação;
(b) os níveis de atuação das funções de sobretensão de fase (59) e de detecção de
desequilíbrios (61 N ou 59 G) devem comandar a abertura e o bloqueio de todos os
disjuntores do banco de capacitores em derivação; e
(c) os níveis de alarme das funções de sobretensão de fase (59) e de detecção de
desequilíbrios (61 N ou 59 G) devem ser utilizados para sinalização.
6.8 Sistema de proteção de bancos de capacitores série
6.8.1 Os bancos de capacitores série devem ser protegidos de acordo com a recomendação de
seu fabricante e a norma IEC 143 “Series capacitors for power systems — Part 2 Protective
equipment for series capacitor banks”.
6.9 Sistema de proteção de filtros
6.9.1 Os filtros devem ser protegidos por dois sistemas de proteção independentes: principal e
alternada.
6.9.2 No caso de utilização de bancos de filtros, o trecho entre o barramento principal e o
barramento do banco de filtros deve ser protegido por proteção instantânea.
6.9.3 O sistema de proteção de filtros deve operar para qualquer tipo de faltas em seu interior,
inclusive para queima de unidades capacitivas.
6.9.4 O tempo total de eliminação de faltas no trecho entre o barramento e o filtro, – incluindo o
tempo de operação dos relés de proteção, dos relés auxiliares e o tempo de abertura do disjuntor
– não deve exceder a 100 ms.
6.9.5 Os sistemas de proteção dos filtros devem ter as seguintes funções:
(a) contra perda de sintonia dos filtros;
(b) contra sobretensão nas unidades capacitivas remanescentes causada pela falha de um ou
mais elementos capacitivos associados (desbalanço);
(c) contra sobrecarga térmica e dielétrica nos elementos individuais dos filtros;
(d) de sobrecarga;
(e) de sobrecorrente; e
(f) para faltas à terra.

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6.10 Sistema de proteção de elos de corrente contínua


6.10.1 Faltas elétricas, falhas ou operações anormais que possam submeter os equipamentos do
elo de corrente contínua (elo CC) a danos devem ser detectadas por seus sistemas de proteção, e
os equipamentos com defeito, com falha ou sobrecarregados devem ser retirados de operação ou
ter suas sobrecargas controladas.
6.10.2 Todo elo CC deve dispor de dois sistemas de proteção idênticos e independentes:
principal e alternada.
6.10.3 A proteção do lado CC deve ser coordenada com as proteções do lado CA.
6.10.4 Os dois sistemas de proteção devem possuir facilidades que possibilitem a realização de
testes durante a operação normal do elo CC, sem afetar a transmissão de energia elétrica pelo elo
CC.
6.10.5 Para os casos de pólo formado por duas ou mais conversoras em série, as proteções da
conversora devem desligar apenas a conversora defeituosa e manter as demais em operação
normal.
6.10.6 Em caso de falha total do sistema de telecomunicações entre estações conversoras, as
proteções devem garantir que a conversora ou o pólo continue protegido contra falhas.
6.10.7 As proteções da estação conversora e as proteções entre estações conversoras devem
ser coordenadas para eliminação de defeito com o mínimo de desligamento.
6.10.8 A proteção da LT CC deve ser ativa apenas no terminal retificador e permitir de 1 até 4
religamentos, sendo 3 religamentos com tensão plena e 1 religamento com tensão reduzida (70%
da tensão nominal). Deve permitir qualquer combinação do número de religamentos com tensão
plena, isto é: 1 plena com 1 reduzida, 2 plenas com 1 reduzida, ou 3 plenas com 1 reduzida. O
último religamento deve ser efetivado sempre com tensão reduzida. Essa proteção não deve
operar para falha de comutação na inversora.
6.11 Sistema de proteção de compensadores estáticos
6.11.1. Faltas elétricas, falhas ou operações anormais que possam submeter os equipamentos do
compensador estático a danos devem ser detectadas por seus sistemas de proteção, e os
equipamentos com defeito, com falha ou sobrecarregados devem ser retirados de operação ou ter
suas sobrecargas controladas.
6.11.2. Todo compensador estático deve dispor dos seguintes sistemas de proteção
independentes:
(a) Proteção principal e alternada; e
(b) Proteção intrínseca.

6.12 Documentação técnica


6.12.1. O agente de transmissão deve manter a documentação técnica das instalações sob sua
responsabilidade disponível para consulta do ONS, incluindo:
(a) diagramas funcionais;
(b) diagramas de blocos;
(c) diagramas unifilares e trifilares;

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(d) manuais de operação e catálogos dos equipamentos;


(e) memórias de cálculo dos ajustes das proteções; e
(f) relatórios de ensaios, inclusive os realizados na fase de comissionamento.

7 REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES

7.1 Requisitos gerais


7.1.1 Para as instalações de transmissão devem ser previstos Registradores Digitais de
Perturbações – RDP com configuração de canais de entradas analógicas e entradas digitais
suficientes para permitir o completo monitoramento e registro dessas instalações, de acordo com
os requisitos mínimos descritos no item 7.4 deste submódulo.
7.2 Requisitos funcionais
7.2.1 Os sistemas de registro de perturbações devem atender aos seguintes requisitos:
(a) ser implementado por equipamentos independentes dos demais sistemas de proteção ou
supervisão (stand alone);
(b) amostrar continuamente as grandezas analógicas e digitais supervisionadas, sendo que
as amostras mais antigas devem ser sucessivamente substituídas por amostras mais
recentes (buffer circular);
(c) disparar o registro da perturbação por variações das grandezas analógicas e/ou digitais
em quaisquer dos canais supervisionados, de forma livremente configurável;
(d) transferir automaticamente os dados relativos à perturbação do buffer circular, quando
houver disparo para registro de uma perturbação, e arquivá-los na memória do próprio
RDP, sendo que durante a fase de armazenamento dos dados da perturbação, o RDP
deve permanecer amostrando as grandezas analógicas e digitais, de forma a não perder
nenhum evento;
(e) interromper o registro de uma perturbação só depois de cessada a condição que
ocasionou o disparo e transcorrido o tempo de pós-falta ajustado, sendo que se, antes de
encerrar o tempo de registro de uma perturbação, ocorrer nova perturbação, o RDP deve
iniciar novo período de registro sem levar em conta o tempo já transcorrido da perturbação
anterior;
(f) registrar, para cada perturbação, no mínimo 160 ms de dados de pré-falta e ter tempo de
pós-falta ajustável entre 100 e 5000 ms;
(g) ter filtragem anti-aliasing e taxa de amostragem tal que permitam o registro nos canais
analógicos de componentes harmônicas até a 15ª ordem (frequência nominal de 60 Hz);
(h) registrar dia, mês, ano, hora, minuto, segundo e milissegundo de cada operação de
registro;
(i) ter relógio de tempo interno sincronizado por meio de receptor de sinal de tempo do GPS,
de forma a manter o erro máximo da base de tempo inferior a 1 ms;
(j) ter tempo de atraso entre a atuação de qualquer canal digital e o registro do respectivo
sinal não superior a 2 ms;
(k) ter tempo de atraso da amostragem entre quaisquer canais analógicos não superior a 1
grau elétrico, referido à frequência de 60 Hz;

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(l) ter memória suficiente para armazenar dados referentes a, no mínimo, 30 perturbações
com duração de 5 s cada, para o caso de disparos consecutivos de registro de
perturbação pelo RDP;
(m) ter porta de comunicação para a transferência dos registros de perturbação do RDP; e
(n) ser dotado de automonitoramento e autodiagnóstico contínuos.
7.3 Requisitos da rede de coleta de registros de perturbação dos agentes
7.3.1 A arquitetura da rede de comunicação e o modo de transferência dos arquivos dos RDP
para concentradores locais ou concentrador central devem ser definidos pelo agente responsável
pela instalação, de forma a atender aos prazos e condições especificadas no Submódulo 11.6.
7.3.2 Se o sistema de coleta realizar a transferência automática dos registros, deve ser prevista
uma opção que permita a desativação do modo de transferência automática e a subsequente
ativação de modo de transferência seletiva.
7.4 Requisitos mínimos de registro de perturbações
7.4.1 Terminais de linha de transmissão
7.4.1.1 As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:
(a) três correntes da LT (três fases ou duas fases e corrente residual); e
(b) três tensões da LT (três fases ou duas fases e tensão residual).
7.4.1.2 Os seguintes sinais digitais devem ser supervisionados, pelos sistemas de proteção
principal e alternada:
(a) atuação de cada função de proteção que comanda disparo dos disjuntores;
(b) atuação de cada função de proteção associada aos esquemas de teleproteção;
(c) recepção e transmissão de sinal de transferência direta de disparo;
(d) recepção e transmissão de sinais de teleproteção;
(e) atuação de bloqueio por oscilação de potência;
(f) atuação de religamento automático;
(g) atuação do esquema de falha de disjuntor; e
(h) desligamento pela proteção de perda de sincronismo.
7.4.1.3 Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:
(a) alteração do estado de canal digital;
(b) sobrecorrente nas fases monitoradas;
(c) sobrecorrente residual;
(d) subtensão nas fases monitoradas; ou
(e) sobretensão residual.
7.4.2 Barramentos
7.4.2.1 Se houver transformadores de potencial instalados nos barramentos e estes forem
utilizados por relés de proteção, as seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas,
por barramento:
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(a) três tensões do barramento (três fases ou duas fases e tensão residual).
7.4.2.2 Os seguintes sinais digitais devem ser supervisionados, pelos sistemas de proteção
principal e alternada:
(a) desligamento pela proteção diferencial.
7.4.2.3 Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:
(a) alteração do estado de canal digital;
(b) subtensão nas fases monitoradas; ou
(c) sobretensão residual.
7.4.3 Transformadores ou autotransformadores
7.4.3.1 As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:
(a) correntes das três fases para cada enrolamento do transformador ou autotransformador; e
(b) correntes de sequência zero para cada ponto de aterramento do transformador ou
autotransformador.
7.4.3.2 Os seguintes sinais digitais devem ser supervisionados:
(a) atuação de cada função de proteção, das proteções principais e alternadas, que comanda
disparo dos disjuntores; e
(b) desligamento pelas proteções intrínsecas.
7.4.3.3 Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:
(a) alteração do estado de canal digital;
(b) sobrecorrente nas fases monitoradas; ou
(c) sobrecorrente residual.
7.4.4 Reatores em derivação
7.4.4.1 As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:
(a) correntes das três fases do reator; e
(b) corrente de sequência zero do reator.
7.4.4.2 Os seguintes sinais digitais devem ser supervisionados:
(a) atuação de cada função de proteção, das proteções principais e alternadas, que comanda
disparo dos disjuntores; e
(b) desligamento pelas proteções intrínsecas.
7.4.4.3 Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:
(a) alteração do estado de canal digital;
(b) sobrecorrente nas fases monitoradas; ou
(c) sobrecorrente residual.
7.4.5 Bancos de capacitores em derivação
7.4.5.1 As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:

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(a) correntes das três fases do banco de capacitores;


(b) tensões fase-neutro das três fases do banco de capacitores, caso não supervisionadas no
barramento; e
(c) corrente ou tensão de desequilíbrio do banco de capacitores.
7.4.5.2 Os seguintes sinais digitais devem ser supervisionados, para as proteções principal e
alternada:
(a) atuação de cada função de proteção que comanda disparo dos disjuntores.
7.4.5.3 Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:
(a) alteração do estado de canal digital;
(b) sobrecorrente nas fases monitoradas;
(c) sobretensão nas fases monitoradas; ou
(d) sobretensão residual.
7.4.6 Bancos de capacitores série
7.4.6.1 As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:
(a) correntes das três fases dos capacitores ou do banco de capacitores;
(b) corrente do gap e do Metal Oxide Varistor (MOV); e
(c) corrente de descarga para plataforma.
7.4.6.2 Devem ser supervisionados os sinais digitais correspondentes à atuação das proteções do
banco de capacitores.
7.4.6.3 Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:
(a) alteração do estado de canal digital;
(b) sobrecorrente nas fases monitoradas;
(c) sobrecorrente no gap ou no MOV; ou
(d) sobrecorrente para plataforma.
7.4.7 Bancos de filtros
7.4.7.1 As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:
(a) correntes das três fases do banco de filtros; e
(b) corrente ou tensão de desequilíbrio do banco de filtros.
7.4.7.2 Devem ser supervisionados os sinais digitais correspondentes à atuação das proteções do
banco de filtros e de suas proteções intrínsecas.
7.4.7.3 Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:
(a) alteração do estado de canal digital;
(b) sobrecorrente nas fases monitoradas; ou
(c) sobretensão nas fases monitoradas.

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DE TELEPROTEÇÃO

7.4.8 Elos de corrente contínua


7.4.8.1 As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:
(a) corrente CC do polo, medida entre a linha e o reator de alisamento;
(b) tensão CC do polo, medida entre a linha e o reator de alisamento;
(c) corrente CC no inversor;
(d) tensão CC no inversor;
(e) ângulo de disparo α (alfa)do retificador;
(f) ângulo de extinção Ɣ (gama) do inversor;
(g) correntes das três fases de cada enrolamento do transformador conversor;
(h) tensões das três fases de cada enrolamento do transformador conversor;
(i) tensão na linha do eletrodo do elo CC, em todos os pontos necessários; e
(j) corrente na linha do eletrodo do elo CC, em todos os pontos necessários.
7.4.8.2 Os seguintes sinais digitais devem ser supervisionados:
(a) falha de comutação;
(b) falta na linha CC;
(c) proteção do polo;
(d) bloqueio do polo;
(e) partida do polo; e
(f) di/dt.
7.4.8.3 Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:
(a) alteração do estado de canal digital;
(b) sobrecorrente nas fases monitoradas; ou
(c) subtensão nas fases monitoradas.
7.4.9 Compensadores estáticos
7.4.9.1 As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:
(a) todas as correntes de fase dos equipamentos componentes do compensador estático,
inclusive as correntes residuais;
(b) todas as tensões do barramento a ser controlado pelo compensador estático; e
(c) todas as tensões do barramento de conexão do elemento do compensador estático
controlado a tiristor.
7.4.9.2 Os seguintes sinais digitais devem ser supervisionados:
(a) todas as atuações de proteção de quaisquer dos equipamentos componentes do
compensador estático;
(b) todas as atuações das funções de controle que comandam o desligamento de parte ou de
todos os equipamentos componentes do compensador estático; e

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Assunto Submódulo Revisão Data de Vigência

REQUISITOS MÍNIMOS PARA OS SISTEMAS DE


PROTEÇÃO, DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES E 2.6 2016.12 01/01/2017
DE TELEPROTEÇÃO

(c) todas as atuações das funções de controle necessárias para análise de seu desempenho.
7.4.9.3 Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:
(a) alteração do estado de canal digital;
(b) sobrecorrente nas fases monitoradas; ou
(c) subtensão ou sobretensão nas fases monitoradas.

8 REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE TELEPROTEÇÃO

8.1 Requisitos técnicos dos canais


8.1.1 A função teleproteção, que converte os sinais e mensagens das proteções em sinais e
mensagens compatíveis com os canais dos sistemas de telecomunicações e vice versa, pode ser
executada pelos dispositivos de proteção, pelos equipamentos de telecomunicações ou, ainda, por
equipamentos dedicados, denominados equipamentos de teleproteção.
8.1.2 Os equipamentos de teleproteção devem atender às normas de compatibilidade
eletromagnética aplicáveis, nos graus de severidade adequados para utilização em instalações de
transmissão de sistemas elétricos de potência.
8.1.3 Funções de teleproteção integradas em equipamentos de telecomunicações devem ter
interfaces dedicadas e independentes, e os equipamentos que têm tais funções integradas devem
ser adequados para uso em instalações de transmissão de sistemas elétricos de potência,
conforme o item 8.1.2 deste submódulo.
8.1.4 Os canais para teleproteção devem:
(a) ser adequados ao esquema de teleproteção selecionado ou à quantidade de grandezas ou
informações a serem transferidas, no que concerne a número de comandos, largura de
banda, taxa de transmissão, tempo de propagação, simetria e variação de tempo de
propagação e integridade das informações; e
(b) manter a confiabilidade e segurança de operação em situações de baixa relação
sinal/ruído (canal analógico) ou erro na taxa de transmissão (BER) acima do especificado.
8.1.5 Os equipamentos de teleproteção devem:
(a) ter facilidades para a simulação do funcionamento dos esquemas de teleproteção, ponta a
ponta, com o bloqueio simultâneo da saída de comando para a proteção, independente do
meio de comunicação utilizado, para que seja possível realizar verificações dos enlaces
sem ser necessário desligar a LT; e
(b) ter chaves de testes para permitir realizar intervenção nos equipamentos de proteção e de
telecomunicações sem ser necessário desligar a LT.
8.1.6 Se o equipamento de teleproteção for instalado em edificação distinta dos equipamentos de
telecomunicações, independente da distância envolvida, a interligação entre ambos deve ser
efetuada de forma a não comprometer a confiabilidade e segurança da teleproteção.
8.1.7 Os canais de telecomunicações providos por sistema de onda portadora sobre linha de
transmissão (OPLAT) devem manter a confiabilidade e a segurança de operação em condições
adversas de relação sinal/ruído, sobretudo na ruptura ou curto-circuito para terra de uma das fases
da LT utilizadas pelo sistema OPLAT.

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REQUISITOS MÍNIMOS PARA OS SISTEMAS DE


PROTEÇÃO, DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES E 2.6 2016.12 01/01/2017
DE TELEPROTEÇÃO

8.1.8 Os esquemas de teleproteção associados às proteções principal e alternada devem ser


implementadas através de meios físicos totalmente independentes, de modo a evitar falhas de
modo comum. Se houver necessidade de utilização dos esquemas de teleproteção das linhas para
envio de sinal de transferência de disparo para o terminal remoto, isto deverá ser realizado através
dos esquemas de teleproteção das proteções Principal e Alternada da linha. Se o esquema de
transferência direta de disparo, associado à proteção Principal ou Alternada, utilizar sistema de
onda portadora sobre linha de transmissão (OPLAT), devem ser previstos dois canais de
telecomunicação para atendimento aos requisitos do item 8.1.9 deste submódulo. Nestes casos o
outro sistema de teleproteção deverá obrigatoriamente utilizar outro meio físico para
implementação, igualmente dotado de dois canais de comunicação.
8.1.9 Em condições normais, o disparo nos esquemas de transferência de disparo se dá pelo
recebimento dos comandos de disparo em ambos os canais. No caso de falha de um dos canais
de telecomunicações, o esquema deve permitir o disparo apenas com o recebimento do comando
no canal íntegro (lógica monocanal).
8.2 Teleproteção para linhas de transmissão
8.2.1 Os canais para teleproteção devem ser dedicados, específicos para proteção e não
compartilhados com outras aplicações.
8.2.2 Os esquemas de teleproteção devem ser independentes e redundantes para a proteção
principal e alternada, utilizando meios físicos de transmissão independentes, de tal forma que a
indisponibilidade de uma via de telecomunicações não comprometa a disponibilidade da outra via.
8.2.3 Os esquemas de transferência de disparo devem ser independentes e redundantes para a
proteção principal e alternada.

9 REFERÊNCIAS

[1] ONS RE 3 200/2012 - FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DOS TRANSFORMADORES E


AUTOTRANSFORMADORES DA REDE DE OPERAÇÃO DO ONS;
[2] ONS RE 3 109/2011 – FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE ALTA E EXTRA
ALTA TENSÃO DA REDE DE OPERAÇÃO DO ONS;
[3] ONS RE 3 220/2012 – FILOSOFIAS DAS PROTEÇÕES DAS LTS DE TENSÃO
INFERIOR A 345 kV DA REDE DE OPERAÇÃO DO ONS.

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Submódulo 2.7

Requisitos mínimos de supervisão


e controle para a operação
Data e instrumento de
Rev. Nº. Motivo da revisão aprovação pela
ANEEL
Versão decorrente da Audiência nº Pública 09/11/2011
2.0 Resolução Normativa
002/2011.
nº 461/11
Versão decorrente da Audiência Pública nº 16/12/16
2016.12 Resolução Normativa
020/2015.
nº 756/16

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REQUISITOS MÍNIMOS DE SUPERVISÃO E
CONTROLE PARA A OPERAÇÃO 2.7 2016.12 01/01/2017

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4
2 OBJETIVOS .................................................................................................................................... 5
3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO ................................................................................................. 5
4 RESPONSABILIDADES ................................................................................................................. 6
4.1 OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO – ONS................................................................... 6
4.2 AGENTES .................................................................................................................................... 6
5 DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DO ONS ................................ 6
5.1 INFRAESTRUTURA DE SUPERVISÃO E CONTROLE DO ONS .............................................................. 6
5.2 FUNÇÕES DE SUPERVISÃO E CONTROLE DO ONS ........................................................................ 10
6 REQUISITOS GERAIS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES .. 13
6.1 GERAL ...................................................................................................................................... 13
6.2 INTERLIGAÇÃO DE DADOS........................................................................................................... 14
6.3 RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES ............................................................. 15
6.4 RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE PARA INSTALAÇÕES TELEASSISTIDAS ............................ 16
6.5 CRITÉRIOS PARA A OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DOS RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE ....... 16
7 REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO E CONTROLE DE EQUIPAMENTOS PERTENCENTES
À REDE DE OPERAÇÃO ................................................................................................................ 17
7.1 ABRANGÊNCIA........................................................................................................................... 17
7.2 INTERLIGAÇÃO DE DADOS........................................................................................................... 17
7.3 INFORMAÇÕES REQUERIDAS PARA A SUPERVISÃO DO SISTEMA ELÉTRICO ..................................... 17
7.4 INFORMAÇÕES E TELECOMANDOS REQUERIDOS PARA O CAG ...................................................... 20
7.5 INFORMAÇÕES REQUERIDAS PARA O ACOMPANHAMENTO HIDROLÓGICO ....................................... 22
7.6 REQUISITOS DE QUALIDADE DA INFORMAÇÃO .............................................................................. 23
7.7 PARAMETRIZAÇÕES ................................................................................................................... 24
8 REQUISITOS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS ..................................................... 24
8.1 ABRANGÊNCIA........................................................................................................................... 24
8.2 INFORMAÇÕES REQUERIDAS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS ........................................... 24
8.3 REQUISITOS DE QUALIDADE DOS EVENTOS .................................................................................. 32
9 REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO DE EQUIPAMENTOS DA REDE DE SUPERVISÃO E
NÃO INTEGRANTES DA REDE DE OPERAÇÃO ......................................................................... 33
9.1 ABRANGÊNCIA........................................................................................................................... 33
9.2 INTERLIGAÇÃO DE DADOS........................................................................................................... 33
9.3 INFORMAÇÕES REQUERIDAS PARA A SUPERVISÃO DO SISTEMA ELÉTRICO ..................................... 33
9.4 REQUISITOS DE QUALIDADE DA INFORMAÇÃO .............................................................................. 35
9.5 PARAMETRIZAÇÕES ................................................................................................................... 35
10 REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO DE CENTRAL GERADORA COMPOSTA POR
UNIDADES GERADORAS COM POTÊNCIA NOMINAL IGUAL OU INFERIOR A 10 MW .......... 35
10.1 ABRANGÊNCIA......................................................................................................................... 35
10.2 INTERLIGAÇÃO DE DADOS......................................................................................................... 36
10.3 INFORMAÇÕES REQUERIDAS PARA A SUPERVISÃO DAS CENTRAIS GERADORAS ............................ 36
10.4 SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS ............................................................................................... 37
10.5 REQUISITOS DE QUALIDADE DA INFORMAÇÃO ............................................................................ 37
10.6 PARAMETRIZAÇÕES ................................................................................................................. 37

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REQUISITOS MÍNIMOS DE SUPERVISÃO E
CONTROLE PARA A OPERAÇÃO 2.7 2016.12 01/01/2017

11 REQUISITOS DE SUPERVISÃO DE INSTALAÇÕES (SUBESTAÇÕES) COMPARTILHADAS


DA REDE DE OPERAÇÃO ............................................................................................................. 37
11.1 GERAL .................................................................................................................................... 37
12 AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS DE
SUPERVISÃO E CONTROLE ......................................................................................................... 38
12.1 GERAL .................................................................................................................................... 38
12.2 CONCEITO DE INDISPONIBILIDADE DE RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE........................... 39
12.3 CONCEITO DE QUALIDADE DOS RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE.................................... 39
12.4 AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE . 39
12.5 RELATÓRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS DE
SUPERVISÃO E CONTROLE............................................................................................................... 41
13 REQUISITOS PARA A ATUALIZAÇÃO DAS BASES DE DADOS DOS SISTEMAS DE
SUPERVISÃO E CONTROLE DO ONS .......................................................................................... 42
13.1 ABRANGÊNCIA......................................................................................................................... 42
13.2 IDENTIFICAÇÃO DE INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS PELO ONS.................................................. 42
13.3 REQUISITOS PARA O CADASTRAMENTO DOS EQUIPAMENTOS ...................................................... 42
13.4 REQUISITOS PARA TESTE DE CONECTIVIDADE DAS INTERCONEXÕES E TESTES PONTO A PONTO ... 43
14 ADEQUAÇÃO DE INSTALAÇÕES QUANDO DA REVISÃO DA REDE DE SUPERVISÃO ... 43
14.1 ABRANGÊNCIA......................................................................................................................... 43
14.2 PLANEJAMENTO DA ADEQUAÇÃO E PRAZOS PARA INSTALAÇÕES CLASSIFICADAS NA REDE DE
SUPERVISÃO ................................................................................................................................... 43

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REQUISITOS MÍNIMOS DE SUPERVISÃO E
CONTROLE PARA A OPERAÇÃO 2.7 2016.12 01/01/2017

1 INTRODUÇÃO
1.1 Supervisão e controle são alicerces dos centros de operação do Operador Nacional do Sistema
Elétrico – ONS para a execução de suas atribuições legais na operação do Sistema Interligado
Nacional – SIN.
1.2 Os termos gerais, necessários ao entendimento deste submódulo, estão definidos no Módulo
20 Glossário de termos técnicos sendo que, neste submódulo:
(a) o termo controle é empregado para denotar ações de telecomando sobre dispositivos
situados nas instalações, emanadas de um centro de operação do ONS, sendo
direcionados, exclusivamente, para fins de Controle Automático de Geração – CAG;
(b) os termos medição analógica e sinalização de estado são empregados para agregar
requisitos relativos à supervisão tradicional de sistemas elétricos;
(c) o termo sequenciamento de eventos é utilizado para descrever os requisitos necessários
para que o ONS possa, em tempo real, melhor avaliar a situação do SIN quando da
ocorrência de eventos da proteção;
(d) os termos dado e grandeza são utilizados para se referir indistintamente à medição
analógica, à sinalização de estado ou ao sequenciamento de eventos;
(e) o termo informação é utilizado para se referir a um conjunto de dados, podendo o conjunto
ser constituído de medições analógicas, sinalizações de estado, etc;
(f) o termo barramento é utilizado para denotar o conjunto de seções de barras de uma
subestação, de mesma tensão nominal, com seus suportes e acessórios, que permitem a
conexão dos equipamentos.
1.3 Neste submódulo são denominados genericamente de agentes os responsáveis por
equipamentos integrantes das Redes de Operação e/ou de Supervisão, conforme conceituadas no
Submódulo 23.2 Critérios para definição das redes do Sistema Interligado Nacional.
1.4 Este Submódulo estabelece a disponibilização de dados, informações e telecomandos
necessários à supervisão e ao controle do SIN e as responsabilidades de cada agente em relação:
(a) à identificação dos requisitos a que os recursos de supervisão e controle dos agentes devem
atender para a execução das funções identificadas para os centros de operação. Os
recursos de telecomando são, exclusivamente, para fins do CAG; e
(b) ao fornecimento dos recursos identificados.
1.5 Os requisitos de supervisão e controle estão apresentados neste submódulo da seguinte forma:
(a) os itens 7 e 8 deste submódulo apresentam os requisitos para equipamentos integrantes da
Rede de Operação;
(b) o item 9 deste submódulo define os requisitos para equipamentos integrantes da Rede de
Supervisão e não integrantes da Rede de Operação;
(c) o item 10 deste submódulo define os requisitos para central geradora composta por unidades
geradoras com potência nominal igual ou inferior a 10 MW; e
(d) o item 11 deste submódulo define os requisitos para instalações (subestações)
compartilhadas integrantes da Rede de Operação.
1.6 Equipamentos e instalações existentes devem ser adequados para atender aos requisitos aqui
apresentados, conforme especificado no item 14 deste submódulo.

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REQUISITOS MÍNIMOS DE SUPERVISÃO E
CONTROLE PARA A OPERAÇÃO 2.7 2016.12 01/01/2017

1.7 Requisitos complementares aos aqui apresentados são abordados no Módulo 13 -


Telecomunicações e Submódulo 10.14 - Requisitos operacionais para os centros de operação,
subestações e usinas da Rede de Operação.
1.8 A supervisão meteorológica para operação em tempo real é tratada no Submódulo 9.6 –
Acompanhamento e previsão meteorológica e climática.
1.9 Os módulos e submódulos aqui mencionados são:
(a) Submódulo 2.6 Requisitos mínimos para os sistemas de proteção, de registro de
perturbações e de teleproteção;
(b) Submódulo 6.5 Programação de intervenções em instalações da Rede de Operação;
(c) Submódulo 10.1 Manual de Procedimentos da Operação: visão geral;
(d) Submódulo 10.4 Elaboração do Programa Diário da Operação;
(e) Submódulo 10.5 Execução das intervenções;
(f) Submódulo 10.6 Controle da geração em operação normal;
(g) Submódulo 10.22 Rotinas operacionais;
(h) Módulo 13 Telecomunicações;
(i) Submódulo 23.2 Critérios para definição das redes do Sistema Interligado Nacional;
(j) Submódulo 25.12 Indicadores de desempenho dos sistemas de supervisão e controle e dos
serviços de telecomunicação;
(k) Submódulo 26.2 Critérios para classificação da modalidade de operação de usinas;
(l) Submódulo 26.4 Conjunto de Usinas;
(m) Submódulo 10.14 Requisitos operacionais para os centros de operação, subestações e
usinas da rede de operação; e
(n) Submódulo 23.6 Critérios para identificação das instalações estratégicas do Sistema
Interligado Nacional.

2 OBJETIVOS
2.1 O objetivo deste submódulo é atribuir responsabilidades relativas aos requisitos de supervisão
e controle para a operação, estabelecer os recursos que os agentes devem disponibilizar para o
ONS e apresentar indicadores para avaliação da disponibilidade e da qualidade dos recursos de
supervisão e controle.
2.2 Este submódulo também tem por objetivo definir os recursos de supervisão que os agentes
responsáveis por equipamentos instalados em subestações sob responsabilidade de outro agente
devem fornecer aos agentes responsáveis pelas instalações compartilhadas.

3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO


3.1 As alterações neste submódulo consistem de:
- Melhoria do texto;
- Referência à Resolução Normativa ANEEL nº 443, de 26 de julho de 2011;

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REQUISITOS MÍNIMOS DE SUPERVISÃO E
CONTROLE PARA A OPERAÇÃO 2.7 2016.12 01/01/2017

- Adequação ao Módulo 26 no que concerne à inclusão de requisitos de supervisão para usinas Tipo
II-A e Tipo II-B;
- Adequação aos Módulos 10 e 23 no que concerne à remoção do monitoramento de funções do
Controle Automático de Tensão – CAT e à compatibilização dos requisitos de teleassistência para
instalações estratégicas do SIN, conforme disposto nos submódulos 10.14 e 23.6;
- Remoção de excepcionalidades, que devem ser tratadas com ONS e ANEEL, e a alteração do
título do Submódulo, de “Requisitos de telessupervisão para a operação” para “Requisitos de
supervisão e controle para a operação”;
- Revisão dos requisitos de SOE e compatibilização com o Submódulo 2.6;
- Inclusão de requisitos para centrais geradoras solares;
- Revisão dos requisitos de supervisão de equipamentos da Rede de Supervisão e não integrantes
da Rede de Operação;
- Revisão de agregações nos índices de Disponibilidade e Qualidade das medidas;
- Revisão do item 14 quanto à compatibilização da nomenclatura de redes definida no submódulo
23.2 e quanto à abrangência; e
- Exclusão do item 15 – Disposições Transitórias.

4 RESPONSABILIDADES

4.1 Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS


(a) Avaliar a qualidade e a disponibilidade dos recursos de supervisão e controle fornecidos
pelos agentes de modo a garantir um conjunto de informações que descrevam o estado
preciso do sistema elétrico.
(b) Realizar a coordenação do planejamento de adequação das instalações existentes, assim
como executar avaliações periódicas do andamento da implementação de adequações e de
eventuais revisões deste planejamento.
(c) Definir e manter atualizado com a evolução tecnológica um conjunto padronizado de
protocolos de comunicação de dados para escolha pelos agentes nas suas interligações de
dados.

4.2 Agentes
(a) Instalar os recursos de supervisão e controle e disponibilizar todas as informações a um ou
mais centros de operação designados pelo ONS, conforme os requisitos especificados
neste submódulo, incluindo o protocolo de comunicação e os tempos de aquisição.
(b) Garantir a qualidade e a disponibilidade dos recursos de supervisão e controle fornecidos
ao ONS desde sua origem até a disponibilização nos centros de operação designados pelo
ONS.

5 DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DO ONS

5.1 Infraestrutura de supervisão e controle do ONS


5.1.1 A infraestrutura de supervisão e controle do ONS, por estar baseada nos sistemas de
supervisão e controle dos centros de operação do ONS, tem sua estrutura espelhada na

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REQUISITOS MÍNIMOS DE SUPERVISÃO E
CONTROLE PARA A OPERAÇÃO 2.7 2016.12 01/01/2017

organização estabelecida pelo ONS para os seus centros de operação, conforme apresentada no
Submódulo 10.1.
5.1.2 A Figura 1 ilustra a organização da infraestrutura de supervisão e controle do ONS.

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REQUISITOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE PARA A OPERAÇÃO 2.7 2016.12 01/01/2017

CNOS
Recursos do COSR-A COSR-B COSR-C ... COSR-Z
ONS

Barramento
Lógico de
SSC-L1 SSC-L2 SSC-L3 ... SSC-Ln suporte dos
SSCs aos
COSs
Rede de Comunicação Operativa do ONS

SAL SAR SAL SAR ... SAL SAR


SAs da Localização 1 SAs da Localização 2 SAs da Localização n

CAG
CAG CAG
CD #1 CD #2 CD #j
Recursos providos pelos
Agentes

UTR/ ... UTR/ UTR/ ... UTR/ ... UTR/ UTR/ ... UTR/
SSCL SSCL SSCL SSCL SSCL SSCL SSCL

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REQUISITOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE PARA A OPERAÇÃO 2.7 2016.12 01/01/2017

Legenda: CNOS: Centro Nacional de Operação do Sistema;


COSR: Centro Regional de Operação do Sistema;
COSR-i: COSR instalado na localização “i”, nas cidades onde o ONS tem os seus COSR.
SSC: Sistema de Supervisão e Controle:
SSC-Li: SSC instalado na localização “i”, normalmente nas cidades onde o ONS tem os seus COSR.
SA: Sistema de Aquisição de Dados:
SAL: SA local, instalado nas mesmas dependências de um SSC;
SAR: SA remoto, instalado em outras dependências que não aquelas do SSC a que pertence.
CD: Concentrador de Dados;
UTR: Unidades Terminais Remotas;
SSCL: Sistema de Supervisão e Controle Local;
CAG: Denota enlaces de dados para a aquisição de informações e a emissão de ações de comando do CAG.

Figura 1 - Estrutura de Supervisão e Controle

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REQUISITOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE PARA


2.7 2016.12 01/01/2017
A OPERAÇÃO

5.1.3 Com base na Figura 1, observa-se que:


(a) cada centro regional, identificado pela sigla COSR, pode ser atendido pelo SSC localizado
nas suas próprias instalações ou pelo centro do ONS configurado como backup;
(b) cada SSC possui um SAL e um SAR;
(c) os agentes são responsáveis – com relação aos equipamentos na Rede de Supervisão –
por fornecer recursos de supervisão e controle para dois sistemas de aquisição de dados
designados pelo ONS, sendo um local (SAL) e outro remoto (SAR);
(d) CD consiste de qualquer sistema que concentre informações de mais de uma instalação e
pode ser um sistema de supervisão e controle de um centro de operação de um agente;
(e) as UTR podem ser SSCL, no nível de instalações;
(f) as UTR ou os SSCL marcados na cor laranja pertencem a usinas que têm geradores sob
CAG, denotando a necessidade de interligação de dados direta com um centro de operação
do ONS para aquisição de dados e comando;
(g) as UTR ou os SSCL marcados na cor azul estão localizadas em instalações que interligam
duas áreas elétricas operadas por centros distintos do ONS, denotando a necessidade de
interligação de dados com pelo menos dois centros de operação do ONS para transmissão
de dados de intercâmbio para o CAG.
5.1.4 A transferência das informações ao ONS pode ser através de interligações ONS–CD ou ONS–
UTR/SSCL, cabendo ao agente a definição da arquitetura das interligações de dados, desde que
respeitados os requisitos estabelecidos neste submódulo.
5.1.5 A interligação de dados para fins do CAG deve ser feita via interligações diretas entre a
UTR/SSCL e o ONS, sendo aceito o compartilhamento destas interligações com as interligações
utilizadas para atender aos requisitos das funções tradicionais de supervisão e controle, desde que
atendidos todos os requisitos do item 6.2.1.5 (a) deste submódulo.
5.1.6 Como decorrência dos requisitos de qualidade e disponibilidade especificados no item 13
deste submódulo, somente pode existir um CD entre o equipamento de supervisão da instalação da
Rede de Operação (UTR ou SSCL) e o centro de operação do ONS.

5.2 Funções de supervisão e controle do ONS


5.2.1 Os recursos de supervisão e controle requeridos aos diversos agentes visam prover
informações e telecomando aos centros de operação do ONS de forma a viabilizar a execução,
nesses centros de operação, de uma série de funções, classificadas em funções básicas e funções
complementares.
5.2.1.1 Funções básicas:
(a) Supervisão, Controle e Aquisição de Dados (SCADA 1):
(1) aquisição de dados, incluindo telemedições e variações de estado;
(2) tratamento dos dados primários;
(3) tratamento de atributos de qualidade dos dados;
(4) cálculo de grandezas derivadas de telemedições e/ou variações de estado;
(5) verificação de limites e geração de alarmes;

1 Supervisory Control and Data Acquisition


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REQUISITOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE PARA


2.7 2016.12 01/01/2017
A OPERAÇÃO

(6) integralização de telemedições e de grandezas derivadas;


(7) registro de alarmes e eventos;
(8) sequenciamento de eventos (SOE2);
(9) controle remoto de equipamentos para viabilizar o CAG;
(10) sincronismo de tempo;
(11) distribuição de dados.
(b) Monitoração e controle da geração:
(1) CAG convencional e/ou hierárquico - frequência e intercâmbio;
(2) monitoração e controle da reserva operativa;
(3) monitoração do desempenho do CAG;
(4) controle de erro de tempo.
(c) Análise de rede:
(1) Em regime permanente:
(i) tempo real: configurador de rede, estimador de estado, análise de contingência, fluxo
de potência e reprogramação corretiva;
(ii) modo estudo: configurador de rede, modelador de rede, fluxo de potência do
operador, análise de contingência e fluxo de potência ótimo e aprimoramento da
segurança.
(d) Registro e visualização do histórico:
(1) Registro:
(i) estado do sistema elétrico;
(ii) estado do sistema de telemedição;
(iii) estado do sistema hidrológico;
(iv) programação da operação;
(v) violações, alarmes e desvios da programação.
(2) Visualização:
(i) de todas as amostragens de um item por intervalo de tempo;
(ii) de um conjunto de itens amostrados em um determinado instante.
(e) Integração com a programação, planejamento, pré-operação e pós-operação:
(1) alimentação do ambiente de tempo real com a programação;
(2) alimentação das funções de análise de redes (controle preventivo);
(3) alimentação das funções de análise da qualidade da operação.
(f) Simulação para treinamento de operadores.
(g) Difusão de informações em tempo real aos agentes:

2 Sequence Of Events
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REQUISITOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE PARA


2.7 2016.12 01/01/2017
A OPERAÇÃO

(1) Função que permite transferir informações de áreas elétricas externas a um agente,
desde que essas informações:
(i) se restrinjam, apenas, a informações de telemedição analógica e a informações de
sinalização de estado;
(ii) sejam obtidas pelos sistemas de supervisão e controle do ONS;
(iii) se restrinjam a informações relativas ao primeiro barramento após o barramento de
fronteira do agente com o agente vizinho (barra n+1), considerando que a supervisão
da conexão entre dois agentes será de responsabilidade dos agentes envolvidos sem
a utilização dos recursos do ONS;
(iv) se restrinjam a informações que venham a ser definidas num acordo ou contrato
firmado com os agentes responsáveis pelos equipamentos envolvidos, acordo este
que autorize a difusão das informações solicitadas.
(2) As telemedições são difundidas por varredura com período parametrizável, estabelecido
em função do carregamento dos sistemas de supervisão do ONS, sendo o período desta
varredura inicialmente definido com o valor de 30 (trinta) segundos e as sinalizações de
estado são difundidas por exceção com varredura de integridade mínima de 3 (três)
horas.
(3) O período de varredura para a distribuição de dados poderá ser modificado em função
do carregamento dos sistemas de supervisão e controle do ONS e desde que as
interligações de dados providas pelo agente assim o permitam.
(4) Os períodos acima estipulados são parametrizáveis, devendo ser definidos em comum
acordo entre o agente e o ONS, devendo os sistemas suportar os valores especificados.
(5) Os dados disponíveis nos sistemas de supervisão e controle dos centros de operação
do ONS são distribuídos nas condições de qualidade e coerência em que esses dados
são recebidos dos agentes.
(6) O agente deve formalizar junto ao ONS seu interesse no recebimento desse tipo de
informações, definidas conforme estabelecido nos itens acima. Cabe ao ONS a análise
e aprovação da solicitação, mediante a avaliação do impacto nos sistemas de supervisão
e controle e nos procedimentos operacionais dos centros de operação envolvidos.
(7) Se o ONS aprovar a solicitação do agente, cabe ao agente interessado:
(i) fornecer e dimensionar as interligações de dados que se façam necessárias,
implementá-las e obter os acordos ou contratos com os agentes detentores das
informações requeridas;
(ii) arcar com qualquer custo adicional que a difusão venha a impor ao ONS, tais como
aumento da capacidade computacional dos sistemas de supervisão e controle dos
centros de operação do ONS, implementação de protocolos de comunicação não
padronizados, etc.
(8) Difusão de informações históricas aos agentes é a função que permite aos agentes obter
dados históricos do ONS a partir de informações que venham a ser classificadas como
públicas, definidas em comum acordo com o agente responsável pela aquisição do dado.
5.2.1.2 Funções complementares:
(a) Análise de rede:
(1) análise dinâmica de tensão;
(2) análise de transitórios.

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A OPERAÇÃO

(b) Tratamento de alarmes via sistemas especialistas.


(c) Recomposição via sistemas especialistas:
(1) conjunto de funções de aconselhamento ao operador para situações de distúrbios.

6 REQUISITOS GERAIS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES

6.1 Geral
6.1.1 Todas as informações transferidas pelos agentes para o ONS, exceto quando houver
orientações explícitas do ONS em contrário, devem corresponder aos dados coletados nas
instalações, que não devem passar por qualquer processamento prévio, como:
(a) cálculos a partir de outras informações, exceção feita para os cálculos de conversão para
valores de engenharia;
(b) filtragens;
(c) substituições por resultados do estimador de estado;
(d) entradas manuais feitas pelo agente.
6.1.2 Todas as telemedições e sinalizações de estado, especificadas nos itens 7 , 8 , 9 , 10 e 11
deste submódulo, devem ter indicadores de qualidade do dado relativos à coleta do dado,
descrevendo as condições de supervisão local (dado fora de varredura, dado inválido, etc.).
6.1.3 Cabe ao ONS definir o conjunto de protocolos de comunicação a ser adotado nas interligações
de dados, e ao agente escolher um deles para suas interligações com ONS. A rotina RO-SC.BR.02
- Protocolos de Comunicação com o Sistema de Supervisão e Controle do ONS, definida no
Submódulo 10.22, padroniza esses protocolos e seus perfis (opções disponíveis). Os protocolos
implementados nas interligações existentes devem ser preservados.
6.1.4 Cabe ao ONS definir a abrangência da supervisão para um grupo de usinas que constituam
um conjunto, conforme definido no Submódulo 26.2. A supervisão deste conjunto de usinas não
deverá, necessariamente, observar as usinas de forma individual, podendo se restringir às seguintes
informações nos pontos de conexão julgados relevantes pelo ONS:
(a) potência trifásica ativa em MW e reativa em Mvar;
(b) sinalização de estado referente aos disjuntores e chaves.
6.1.5 Cabe ao ONS definir a abrangência da supervisão para centrais geradoras classificadas na
modalidade Tipo II A, que pode se restringir às seguintes informações:
(a) potência trifásica ativa em MW e reativa em Mvar, de cada gerador;
(b) sinalização de estado referente aos disjuntores e chaves utilizados na conexão das
unidades geradoras.
6.1.6 Cabe ao ONS definir a abrangência da supervisão para centrais geradoras classificadas na
modalidade Tipo II B, que pode se restringir às seguintes informações:
(a) potência trifásica ativa em MW e reativa em Mvar, no ponto de conexão da central geradora
ao SIN;
(b) sinalização de estado referente aos disjuntores e chaves, no ponto de conexão da central
geradora ao SIN.

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6.1.7 Os CD, se utilizados, devem ser capazes de identificar o estado operacional de todos os
sistemas hierárquica e diretamente a ele subordinados e de transferir essas informações para o
ONS.
6.1.8 Os centros de operação do ONS identificam o estado operacional das UTR/SSCL e dos CD
diretamente a eles conectados a partir das trocas de informações nas correspondentes interligações
de dados. Esse estado é modelado como sinalização de estado nas bases de dados de seus
sistemas de supervisão e controle.
6.1.9 Os SSCL ou as UTR de cada instalação associados aos equipamentos integrantes da Rede
de Operação devem:
(a) ter seus relógios internos ajustados com exatidão melhor ou igual a 1 (um) milissegundo,
com sincronismo por GPS;
(b) ter tempo máximo de reinicialização de 5 (cinco) minutos;
(c) ser dimensionados para não perder eventos da SOE. Se ocorrer uma avalanche de eventos,
todos os eventos devem ser transferidos para o ONS em até 5 (cinco) minutos.

6.2 Interligação de dados

6.2.1 Conceito
6.2.1.1 Considera-se como interligação de dados o conjunto de equipamentos e sistemas que se
interponham entre o ponto de captação de dados ou de aplicação de comando no campo e o centro
de operação designado pelo ONS.
6.2.1.2 Esse conjunto pode abranger, entre outros, os seguintes equipamentos:
(a) SSCL ou UTR em usinas ou subestações;
(b) CD, que podem ser sistemas de supervisão e controle de um agente;
(c) enlaces de dados, ponto-a-ponto ou via redes tipo WAN3, entre as interligações ONS–CD
ou ONS–UTR/SSCL;
(d) equipamentos de interfaceamento com comunicações (modems, roteadores ou
equivalentes) no centro de operação designado pelo ONS.
6.2.1.3 É responsabilidade do agente prover todas as interligações de dados necessárias para
atender aos requisitos de supervisão e controle especificados neste submódulo.
6.2.1.4 As interligações de dados entre os centros de operação do ONS e as diversas instalações
a serem supervisionadas pelo ONS são definidas pelos agentes e apresentadas ao ONS, devendo
estar em conformidade com os requisitos de supervisão e controle apresentados neste submódulo.
6.2.1.5 São exigidos requisitos diferentes para diferentes tipos de recursos de supervisão e
controle, o que pode levar à necessidade de uso de interligações com características distintas, quais
sejam:
(a) Interligações para atender aos requisitos do CAG:
(1) Estas interligações apresentam as seguintes peculiaridades:
(i) estão restritas às instalações necessárias à operação do CAG, normalmente usinas
e subestações que interligam áreas de controle distintas;

3 Wide Area Network


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(ii) cada interligação transporta um conjunto de dados relativamente pequeno, com


uma ordem de grandeza que varia de uma unidade a algumas dezenas;
(iii) devem ser configuradas como uma ligação direta entre os centros de operação do
ONS e as UTR/SSCL das instalações;
(iv) exigem taxas de transferências de dados relativamente altas, com períodos de
aquisição de no máximo 2 (dois) segundos;
(v) em virtude de suas características, podem requerer equipamentos especiais nas
instalações para a recepção de telecomandos e a aquisição e transferência das
informações para o ONS;
(vi) podem ser compartilhadas com as interligações utilizadas para atender aos
requisitos das funções tradicionais de supervisão e controle, desde que atendidos
todos os requisitos de CAG.
(b) Interligações para atender aos requisitos das funções tradicionais de supervisão e controle:
(1) São as interligações comumente utilizadas para a aquisição de dados eletro-
energéticos pelos sistemas de supervisão e controle, que se caracterizem por:
(i) cobrirem todas as instalações (usinas e subestações) sob responsabilidade de um
determinado centro de operação do ONS;
(ii) transportarem informações com períodos de aquisição que variam de poucos
segundos a vários minutos e, em alguns casos, ações de controle;
(iii) abrangem um grande volume de dados;
(iv) conectam as UTR/SSCL das instalações, CD ou centros de operação do agente aos
centros de operação do ONS.
(c) As interligações para atender à SOE caracterizam-se por transportar as informações de
sequência de eventos coletadas nas instalações e que devem ser transferidas aos centros
de operação do ONS, em tempo real, pela mesma interligação de dados utilizada para
atender aos requisitos de supervisão e controle (conforme item 6.2.1.5 (b) deste
submódulo). Para as informações definidas para trafegarem neste tipo de interligação
(SOE), é vetada a passagem por qualquer tipo de processamento, como filtragem ou
cálculos, que não preserve o selo de tempo original.
(d) Além dessas interligações, existem interligações onde trafegam informações com alta taxa
de aquisição utilizadas pelo ONS para a detecção de ilhamento. As informações transferidas
se constituem em medições de frequência, em Hz, em barramentos selecionados da Rede
Básica. Para essas interligações, o agente se responsabiliza pela disponibilização da
medição na instalação. Um acordo entre o agente e o ONS, estabelecido caso a caso, define
a forma e os recursos que serão utilizados para a transferência das informações ao ONS.

6.3 Recursos de supervisão e controle dos agentes


6.3.1 Entende-se como recurso de supervisão e controle dos agentes o conjunto formado por:
(a) ponto de captação de dados ou de aplicação de comando no campo, ou seja, transdutores,
relés de interposição, reguladores de velocidade/potência, e outros equipamentos;
(b) interligação de dados, ou seja, o conjunto de equipamentos e sistemas que se interponham
entre o ponto de captação de dados ou de aplicação de comando no campo e os
computadores de comunicação do centro de operação do ONS.

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6.3.2 Os agentes responsáveis por equipamentos enquadrados em algum item deste submódulo
devem fornecer os recursos necessários para atender os requisitos de supervisão e controle
exigidos pelo ONS, incluindo as interligações de dados.
6.3.3 Para a entrada em operação de novos empreendimentos, é necessário que sejam atendidos
todos os requisitos definidos neste submódulo e os recursos devem estar completamente testados
e prontos para operar junto com os demais equipamentos do empreendimento.
6.3.4 Os SSCL ou UTR devem atender aos requisitos de supervisão e controle exigidos pelo ONS,
apresentados neste submódulo.
6.3.5 Os sistemas de transmissão de dados utilizados nas interligações de dados devem atender
aos requisitos descritos no Módulo 13.

6.4 Recursos de supervisão e controle para instalações teleassistidas


6.4.1 As instalações estratégicas Tipo E3 ou E4 (que não sejam também Tipo E1 ou E2)
classificadas de acordo com os critérios definidos no Submódulo 23.6, para serem teleassistidas,
sem assistência local ininterrupta, devem possuir recursos adicionais aos estabelecidos no item 6.3
deste submódulo de forma a garantir redundância na interligação de dados, ou seja, no conjunto de
equipamentos e sistemas que se interponham entre as unidades de aquisição de dados de
supervisão e controle das instalações e o centro de operação remoto responsável pela operação
dessas instalações. Esses recursos de redundância abrangem os seguintes equipamentos:
(a) equipamento de interfaceamento de dados de supervisão e controle das instalações;
(b) enlaces de dados entre quaisquer destes sistemas;
(c) equipamentos de interfaceamento com comunicações (modems, roteadores, switches ou
equivalentes).

6.5 Critérios para a operação e manutenção dos recursos de supervisão e controle


6.5.1 É responsabilidade dos agentes adotar políticas e critérios para operação e manutenção
preventiva e corretiva dos recursos de supervisão e controle disponibilizados ao ONS de forma a
garantir o atendimento aos requisitos de qualidade e de disponibilidade da informação definidos
neste submódulo.
6.5.2 Para que as intervenções preventivas sejam realizadas, é necessário que o agente
responsável pelo recurso atenda ao disposto nos Submódulo 6.5, 10.4 e 10.5.
6.5.3 É de responsabilidade dos agentes informar imediatamente ao ONS as anomalias
identificadas em seus sistemas de supervisão e controle que tenham reflexo na Rede de Supervisão
e, no prazo de 2 (dois) dias úteis, detalhar o motivo da anomalia e o prazo para solução.
6.5.4 É de responsabilidade do ONS, fazer o acompanhamento diário dos sistemas de supervisão
a ele conectado, identificar problemas em medições, pontos de controle, UTR/SSCL, CD, links de
comunicação, etc. e comunicar aos agentes qualquer anomalia identificada.
6.5.5 Com relação às anomalias comunicadas pelo ONS, é de responsabilidade de cada agente,
informar ao ONS, no prazo de 2 (dois) dias úteis, o motivo da anomalia e o prazo para a solução.

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7 REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO E CONTROLE DE EQUIPAMENTOS PERTENCENTES


À REDE DE OPERAÇÃO

7.1 Abrangência
7.1.1 Este item define os requisitos de supervisão e controle necessários às funções de supervisão
e controle do ONS, aplicáveis a equipamentos pertencentes à Rede de Operação.
7.1.2 Os requisitos necessários à função de sequenciamento de eventos são apresentados no item
8 deste submódulo.

7.2 Interligação de dados


7.2.1 Devem ser disponibilizados os recursos necessários para atenderas seguintes interligações
de dados, conceituadas no item 6.2 deste submódulo:
(a) interligações para atender aos requisitos do CAG;
(b) interligações para atender aos requisitos das funções tradicionais de supervisão e controle.

7.3 Informações requeridas para a supervisão do sistema elétrico


7.3.1 Para cada equipamento da Rede de Operação, as seguintes informações de grandezas
analógicas e de sinalizações de estado devem ser transferidas para o sistema de supervisão e
controle dos centros de operação designados pelo ONS:
7.3.1.1 Medições analógicas
(a) Todas as medições devem ser feitas de forma individualizada e transferidas
periodicamente aos centros de operação.
(b) O período de transferência deve ser parametrizável por centro de operação do ONS,
devendo os sistemas ser projetados para suportar períodos de aquisição de 4 (quatro)
segundos e, em alguns casos, de 6 (seis) segundos, períodos esses definidos em comum
acordo entre o agente e o ONS.
(c) As seguintes informações devem ser coletadas e transferidas para os centros de
operação do ONS:
(1) magnitude da tensão fase-fase4, em kV, entre quaisquer duas das três fases, de cada
secção de barramento da subestação que possa formar um nó elétrico, exceto no
caso de arranjo de barramento em anel;
(2) no caso de arranjo de barramento em anel, magnitude da tensão fase-fase5, em kV,
entre quaisquer duas das três fases, nos terminais de cada equipamento conectado
ao barramento da subestação (LT, transformadores, etc.);
(3) magnitude da tensão fase-fase4, em kV, entre quaisquer duas das três fases, no ponto
de conexão à LT dos equipamentos de compensação série, quando houver esse
equipamento;
(4) magnitude da tensão fase-fase4, em kV, entre quaisquer duas das três fases, de cada
unidade geradora (lado de baixa do transformador elevador);
(5) potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, nos terminais de todas as LT;

4 A medição de tensão deve ser reportada ao ONS como sendo fase-fase, no entanto, este valor pode ser
obtido por cálculo a partir de uma medição fase-neutro.
5 A medição de tensão deve ser reportada ao ONS como sendo fase-fase, no entanto, este valor pode ser

obtido por cálculo a partir de uma medição fase-neutro.


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(6) corrente em uma das três fases, em Ampère, nos terminais de todas as LT;
(7) magnitude da tensão fase-fase4, em kV, entre quaisquer duas das três fases, de cada
terminal de LT;
(8) no caso de LT curtas existentes entre a casa de força da usina e a subestação, de
até 3 km de extensão, potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, e corrente
em uma das três fases, em Ampère, nos terminais conectados à subestação;
(9) potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, e corrente em uma das três fases,
em Ampère, de todos os enrolamentos dos transformadores;
(10) no caso de transformadores elevadores de unidades geradoras, potência trifásica
ativa, em MW, e reativa, em Mvar, e corrente em uma das três fases, em Ampère, do
lado de alta tensão do transformador;
(11) potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, por gerador;
(12) potência trifásica reativa, em Mvar, de todos equipamentos de compensação reativa
dinâmicos, tais como compensadores síncronos e compensadores estáticos
controláveis;
(13) potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, nas derivações eventualmente
existentes entre o gerador e o transformador elevador que alimente cargas segundo
o seguinte critério:
(i) para geradores com potência nominal ≤ 30 MW: medição necessária se as
derivações consumirem, no total, mais de 3% da potência nominal do gerador;
(ii) para geradores com potência nominal entre 30 MW e 200 MW: medição
necessária se as derivações consumirem, no total, mais de 2% da potência
nominal do gerador;
(iii) para geradores com potência nominal > 200 MW: medição necessária se as
derivações consumirem, no total, mais de 1% da potência nominal do gerador.
(14) posição de tape de transformadores equipados com comutadores sob carga;
(15) magnitude da tensão fase-fase, em kV, entre quaisquer duas das três fases, para os
transformadores, excetuando-se aqueles na fronteira da Rede de Operação. Esta
medição deve ser no lado ligado à barra de menor potência de curto-circuito,
geralmente o de menor tensão, caso o ONS não explicite que seja no outro lado do
transformador.
(d) As seguintes informações analógicas, específicas para sistemas de transmissão de
corrente contínua (CC), devem ser coletadas e transferidas para os centros de operação
do ONS:
(1) corrente CC por pólo, em Ampère;
(2) tensão CC por conversor e tensão CC por pólo (tanto no retificador como no inversor),
ambos em kV;
(3) potência CC por pólo (tanto no retificador como no inversor), em MW;
(4) corrente nos eletrodos de terra por bipolo, em Ampère;
(5) tensão harmônica nos filtros, em mV;
(6) limites de potência em vigência por conversor (função de temperatura, umidade, etc),
em MW.

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(7) Ângulo de disparo no lado conversor por polo, em graus;


(8) Tempo restante de operação em sobrecarga por polo, em minutos;
(9) Capacidade adicional de transmissão por condições climáticas favoráveis (low
amnient) por polo, em MW.
7.3.1.2 Sinalização de estado, referente:
(a) a todos os disjuntores e chaves utilizados nos barramentos e nas conexões de
equipamentos da Rede de Operação, exceto a chave de terra. Esse requisito é aplicável
tanto a sistemas de geração e transmissão em corrente alternada quanto a sistemas de
transmissão em corrente contínua (incluindo filtros), sendo que, para os disjuntores, é
necessário que a sinalização seja acompanhada do selo de tempo;
(b) ao estado operacional de unidades geradoras, incluindo:
(1) parada ou não-sincronizada;
(2) sincronizada, operando como gerador;
(3) sincronizada, operando em vazio;
(4) sincronizada, operando como síncrono;
(5) sincronizada, operando através do regulador de velocidade ou de potência
(informação necessária apenas para unidades geradoras indicadas pelo ONS).
(c) ao estado operacional e alarmes dos equipamentos utilizados nos Sistemas Especiais
de Proteção – SEP. Se esses sistemas tiverem atuações em instalações fora da Rede
de Operação, devem ser buscadas alternativas de monitoração, definidas em comum
acordo entre o ONS e o agente;
(d) ao estado operacional de dispositivos de controle de FACTS, tais como os power
oscillation dampers das compensações série de LTs;
(e) ao estado dos comutadores sob carga (em automático/manual/remoto);
(f) aos alarmes de temperatura de rotor e estator de compensadores síncronos e geradores,
por severidade (advertência e/ou urgência) e agrupados por fase;
(g) aos alarmes de temperatura de enrolamento e óleo de transformadores e reatores, por
severidade (advertência e/ou urgência) e agrupados por fase;
(h) ao estado operacional de UTR e SSCL diretamente subordinados a CD6;
(i) às seguintes indicações de estado com selo de tempo, específicas de sistemas de
transmissão de CC:
(1) modo de controle da potência por pólo: síncrono ou assíncrono (potência ou corrente);
(2) estados relativos ao controle de sequência: partida e parada dos conversores
(conjunto ou separado);
(3) condição dos conversores (bloqueados/disponíveis);
(4) estado dos sinais adicionais existentes tais como frequência 60, estabilização 50, etc:
ligados/desligados;
(5) estado de operação em HMC (alto consumo de reativo) por pólo;

6Detalhes sobre a identificação do estado operacional deste tipo de equipamento foram apresentados no item
5 deste submódulo.
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A OPERAÇÃO

(6) estado de operação por pólo: tensão normal ou tensão reduzida;


(7) estado da operação do elo em paralleling control (paralelismo de pólos);
(8) estação mestre (retificadora ou inversora);
(9) rampa interrompida.
(j) aos seguintes alarmes, específicos de sistemas de transmissão de CC:
(1) alarme de detecção de baixa tensão de corrente alternada (CA);
(2) sobrecarga harmônica;
(3) alarme de número de filtros menor que mínimo (função da potência e número de
conversores por tipo de filtro (ordem harmônico).
7.3.1.3 Ainda com relação à sinalização de estado, devem-se observar os seguintes requisitos:
(a) todas as sinalizações devem ser reportadas por exceção;
(b) o sistema de supervisão e controle da instalação ou a UTR ou o CD, se utilizado, deve
estar apto a responder a varreduras de integridade feitas pelo ONS, que podem ser
periódicas, com período parametrizável, tipicamente a cada 1 (uma) hora, sob demanda
ou por evento, como por exemplo, uma reinicialização dos recursos de supervisão e
controle do ONS;
(c) os SSCL ou as UTR de cada instalação devem ser capazes de armazenar o selo de
tempo das sinalizações com uma exatidão melhor ou igual a 1 (um) milissegundo,
utilizando o relógio interno do sistema que deve ter a exatidão especificada no item 6.1.9
deste submódulo;
(d) o selo de tempo de todas as medições e sinalizações deve estar no padrão UTC
(Universal Time Coordinate).

7.4 Informações e telecomandos requeridos para o CAG


7.4.1 Caracterização dos centros de operação do ONS que recebem as informações
7.4.1.1 Em conformidade com o Submódulo 10.6, o SIN está dividido em áreas de controle de
frequência e intercâmbio. Essas áreas são as redes de atuação dos centros de operação do ONS.
7.4.1.2 As informações de tempo real necessárias ao CAG devem ser enviadas:
(a) ao centro de operação do ONS que controla o CAG da área a que pertence a instalação,
normalmente o centro de operação designado pelo ONS para coordenar a operação da
instalação;
(b) aos centros de operação do ONS responsáveis pelo controle do CAG das áreas adjacentes
à área do centro de operação designado pelo ONS para coordenar a operação da instalação;
e
(c) aos centros de operação do ONS passíveis de assumir o CAG da área sob responsabilidade
do centro de operação designado pelo ONS para coordenar a operação da instalação.
7.4.1.3 A Figura 2 apresenta uma representação simplificada do fluxo de informações do CAG para
os centros de operação do ONS.

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REQUISITOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE PARA A OPERAÇÃO 2.7 2016.12 01/01/2017

Centro de Operação do ONS Centro de Operação do ONS Centro de Operação do ONS que
que controla o CAG da Área que controla o CAG da Área # 2 controla a área # i e passível de assumir
Adjacente # 1 o CAG da Área # 2
Todas as
Infos e
de
Controle
CAG e
Controles
Apenas Intercâmbios
Apenas Intercâmbios

Inst 11 ... Inst 1n Inst 21 Inst 22 ... Inst 2n Inst i1 ... Inst in

Área # 1 Área # 2 Área # i

Áreas # 2 e # i
Inst = Instalação

Figura 2 - Representação simplificada do fluxo de informações para o CAG dos centros de operação do ONS para o caso da área # 2

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REQUISITOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE


PARA A OPERAÇÃO 2.7 2016.12 01/01/2017

7.4.2 Informações requeridas pelo centro de operação do ONS que controla o CAG
7.4.2.1 As seguintes informações utilizadas pelo CAG devem ser coletadas e transmitidas para este
centro de operação do ONS:
(a) frequência, em Hz, em barramentos designados pelo ONS, definido na referência técnica
RT-CG.BR.04 - Áreas do Controle Automático de Geração do Sistema Interligado;
(b) potência ativa trifásica, em MW, gerada pelas unidades geradoras passíveis de estar sob
controle;
(c) potência ativa trifásica, em MW, em todos os pontos de interligação com outras áreas de
controle, que pode ser totalizada por instalação e por área;
(d) modo de operação das unidades geradoras passíveis de estar no CAG:
(local/telecomandada);
(e) estado operacional dos controladores, para as usinas com controle conjunto.
7.4.3 Informações requeridas pelo centro de operação do ONS controlador das áreas adjacentes
7.4.3.1 As seguintes informações devem ser coletadas nas instalações de interligação e
transmitidas para os centros de operação do ONS controladores das áreas adjacentes:
(a) potência ativa trifásica, em MW, em todos os pontos de interligação com outras áreas de
controle, que pode ser totalizada por instalação e por área.
7.4.4 Informações requeridas pelos centros de operação do ONS passíveis de assumir o CAG de
uma ou mais áreas que se interligam
7.4.4.1 Para viabilizar as transferências de área de controle do CAG, o ONS identifica na RT-
CG.BR.04 – Áreas do Controle Automático de Geração do Sistema Interligado, instalações em que
as seguintes informações devem ser coletadas e transmitidas para um ou mais centros de operação
do ONS passíveis de assumir uma determinada área de controle:
(a) potência ativa trifásica, em MW, nos pontos de interligação indicados pelo ONS, que pode
ser totalizada por instalação e por área.
7.4.5 Requisitos de telecomando para o CAG
7.4.5.1 As usinas com unidades geradoras sob controle do CAG devem ser capazes de receber
telecomandos do centro de operação do ONS responsável pelo CAG da área, de acordo com um
padrão combinado entre o agente e o ONS, respeitando os protocolos definidos na rotina RO-
SC.BR.02 - Protocolos de Comunicação com o Sistema de Supervisão e Controle do ONS do
Submódulo 10.22.

7.5 Informações requeridas para o acompanhamento hidrológico


7.5.1 Para cada reservatório da rede supervisionada, com ou sem usina, bem como para cada usina
a fio d’água ou locais de interesse identificado, devem ser obtidos e transmitidos para o centro de
operação do ONS controlador da área os seguintes dados:
(a) nível a montante do local (nível do reservatório), em m;
(b) nível a jusante (canal de fuga), em m;
(c) vazão turbinada (dado calculado na origem) em m³/s;
(d) vazão vertida (dado calculado na origem) em m³/s;

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(e) vazão de outras estruturas (dado calculado na origem): vazão restituída ao rio a jusante do
aproveitamento através de eclusas, escadas de peixes e descarga de fundo, essa última
quando utilizada com objetivo diferente de controle de níveis e cheias em m³/s;
(f) vazão transferida (dado calculado na origem): eventuais transferências de água para outros
reservatórios, por meio de canal, túnel ou estação de bombeamento, em m³/s;
(g) vazão afluente (dado calculado na origem), em m³/s.
7.5.2 Em caso de indisponibilidade ou má qualidade dos dados enviados automaticamente ao
Sistema de Supervisão do ONS, o agente deverá informar imediatamente ao ONS e inserir
manualmente, de forma provisória, o valor do dado em falha, com a taxa de atualização e período
de integralização definidos pelo ONS. A inserção da informação de modo manual não descaracteriza
a indisponibilidade do dado para efeito de apuração, conforme previsto item 12.2.1 (e) do
Submódulo 2.7.

7.6 Requisitos de qualidade da informação


7.6.1 Exatidão da medição
7.6.1.1 Todas as medições de tensão devem ser efetuadas por equipamentos cuja classe de
precisão garanta uma exatidão mínima de 1%. As medições das demais grandezas analógicas
devem garantir uma exatidão mínima de 2%. Tal exatidão deve englobar toda a cadeia de
equipamentos utilizados, tais como transformadores de corrente, de tensão, transdutores,
conversores analógico/digital, etc.
7.6.2 Idade do dado
7.6.2.1 Define-se como idade máxima do dado o tempo máximo decorrido entre o instante de
ocorrência de seu valor na instalação (processo) e sua recepção nos centros de operação
designados pelo ONS.
7.6.2.2 O tempo necessário para a chegada de um dado aos centros de operação designados pelo
ONS inclui o tempo de aquisição do dado na instalação, processamento da grandeza e transmissão
desse dado através dos enlaces de comunicação até os centros.
7.6.2.3 A idade máxima de um dado analógico coletado para o CAG deve ser inferior à soma do
tempo de varredura adotado pelo ONS para aquisição de dado adicionado de:
(a) 2 (dois) segundos em média;
(b) 5 (cinco) segundos no máximo para algumas varreduras, desde que mantida a média de 2
(dois) segundos.
7.6.2.4 A idade máxima para os demais dados analógicos deve ser inferior à soma do tempo de
varredura adotado pelo ONS para aquisição de dado adicionado de:
(a) 4 (quatro) segundos em média;
(b) 10 (dez) segundos no máximo para algumas varreduras, desde que mantida a média de 4
(quatro) segundos.
7.6.2.5 A idade máxima de um dado coletado por exceção deve ser inferior a 8 (oito) segundos.
7.6.3 Banda morta e varredura de integridade
7.6.3.1 Os protocolos que transmitem medições analógicas por exceção devem ter uma banda
morta e varredura de integridade definidas em comum acordo entre o ONS e o agente. As definições
obtidas nestes acordos não devem prejudicar a exatidão das medidas, conforme definido no item
7.7.1 deste submódulo.

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7.6.3.2 Enquanto um acordo formal não for firmado entre o ONS e o agente, a UTR e/ou SSCL
devem ser configurados com um valor inicial de banda morta de 0,1% do fundo de escala ou do
último valor lido e devem suportar varreduras de integridade com períodos menores ou iguais a 30
(trinta) minutos.
7.6.4 Demais requisitos de qualidade para informações necessárias ao CAG
7.6.4.1 O período de aquisição dessas grandezas pelos centros de operação do ONS deve estar
de acordo com os padrões exigidos pelos sistemas de CAG dos centros de operação designados
pelo ONS e deve ser de no máximo 2 (dois) segundos.
7.6.4.2 Todas as medições devem ser obtidas da mesma fonte, de tal forma que se garanta que
todos os sistemas as recebam exatamente iguais, mesmo que transmitidas para diferentes centros
de operação do ONS e em diferentes enlaces e protocolos.

7.7 Parametrizações
7.7.1 Todos os períodos de aquisição acima especificados devem ser parametrizáveis, e os valores
apresentados se constituem em níveis mínimos.

8 REQUISITOS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS

8.1 Abrangência
8.1.1 Os requisitos de sequenciamento de eventos apresentados neste item aplicam-se aos
equipamentos da Rede de Operação.

8.2 Informações requeridas para o sequenciamento de eventos


8.2.1 Para o equipamento que dispuser das proteções listadas nos itens 8.2.1.1 a 8.2.1.11 deste
submódulo, as respectivas informações devem ser coletadas pelo agente responsável pelo
equipamento e transferidas para o ONS conforme a classificação do evento nos seguintes grupos:
(a) Tipo “A”: compreende os eventos que devem ser enviados diretamente para o ONS, em
tempo real, através das mesmas interligações de dados utilizadas para atender aos
requisitos de supervisão e controle, conforme conceituação feita no item 6.2 deste
submódulo;
(b) Tipo “B”: compreende os eventos que devem ser enviados de forma agrupada para o ONS,
em tempo real, através das mesmas interligações de dados utilizadas para atender aos
requisitos de supervisão e controle, conforme conceituação feita no item 6.2 deste
submódulo. Os eventos disponíveis na instalação do agente na forma individualizada devem
ser enviados para o ONS, por meio eletrônico, em prazo de 24 (vinte e quatro) horas da
solicitação do ONS;
(c) Tipo “C”: compreende os eventos que devem estar disponíveis na instalação do agente e
ser enviados para o ONS, por meio eletrônico, em prazo de 24 (vinte e quatro) horas da
solicitação do ONS. Estes eventos, relacionados a proteções, sejam elas de equipamentos
ou sistêmicas (SEP, ERAC, etc.) devem fazer parte de um conjunto de sinais, selecionado
pelos agentes, que permita o entendimento do comportamento da proteção frente a
perturbações bem como informe seu estado funcional, tais como os listados abaixo. Estes
sinais devem ter o detalhamento adequado com a indicação, inclusive, das fases
relacionadas, do estágio correspondente, etc.
(1) Partida das unidades sensoras (seleção de fases, distância, sobrecorrente, diferencial,
etc.);

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(2) Função(ões) que comandam disparo;


(3) Função(ões) ou lógicas que bloqueiam a atuação da proteção (falha fusível, 2°
harmônico, disjuntor não pronto, etc.);
(4) Partida e bloqueio de religamentos automáticos;
(5) Comando efetivo de disparo (por fase);
(6) Falha no relé;
(7) Lógica ativada (weak infeed, etc.);
(8) Recepção e envio de sinal de teleproteção (POTT, TDD, Block, etc.);
8.2.1.1 Transformadores e autotransformadores:
(a) Tipo “A”:
(1) Atuação dos relés de bloqueio associados às proteções elétricas e instrínsecas do
transformador e de seus componentes:
(i) atuação de relés de bloqueio – principal;
(ii) atuação de relé de bloqueio – alternada;
(iii) atuação de relé de bloqueio instrínseca.
(2) Disparo da proteção tanto do transformador como eventualmente de seus componentes,
tais como o comutador sob carga ou transformador defasador (nesses casos deve ser
especificado no nome do ponto o equipamento protegido):
(i) disparo da proteção - principal;
(ii) disparo da proteção – alternada;
(iii) disparo da proteção instrínseca.
(b) Tipo “B”: Para cada sinal abaixo agrupar todos os disparos da função na unidade de proteção
(IED), sejam eles emitidos por fase ou por combinação delas.
(1) disparo da proteção de sobrecorrente do comutador sob carga;
(2) disparo da proteção de sobrecorrente de fase e neutro – principal;
(3) disparo da proteção de sobrecorrente de fase e neutro – alternada;
(4) disparo da proteção de sobretemperatura de óleo ou de enrolamento;
(5) disparo da proteção de gás ou da válvula de alívio de pressão;
(6) disparo da proteção diferencial – principal;
(7) disparo da proteção diferencial – alternada.
8.2.1.2 Reatores:
(a) Tipo “A”:
(1) Atuação dos relés de bloqueio associados às proteções elétricas e intrínsecas do reator:
(i) atuação do relé de bloqueio – principal;
(ii) atuação do relé de bloqueio – alternada;
(iii) atuação do relé de bloqueio – intrínseca.

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(2) Disparo da proteção tanto do reator como, eventualmente, de seus componentes, tal
como do reator de neutro (nestes casos deve ser especificado o equipamento protegido):
(i) disparo da proteção – principal;
(ii) disparo da proteção – alternada;
(iii) disparo da proteção instrínseca.
(b) Tipo “B”: Para cada sinal abaixo agrupar todos os disparos da função na unidade de proteção
(IED), sejam eles emitidos por fase ou por combinação delas:
(1) disparo da proteção de sobretemperatura do óleo ou de enrolamento;
(2) disparo da proteção de gás ou da válvula de alívio de pressão;
(3) disparo da proteção diferencial principal ou primária;
(4) disparo da proteção diferencial – alternada ou retaguarda.
8.2.1.3 Bancos de capacitores:
(a) Tipo “A”:
(1) disparo da proteção de sobretensão – principal;
(2) disparo da proteção de sobretenção – alternada;
(3) atuação dos relés de bloqueio associados às proteções elétricas do banco de capacitores:
(i) atuação de relé de bloqueio – principal;
(ii) atuação de relé de bloqueio – alternada.
(4) Disparo da proteção elétrica tanto do banco de capacitores como, eventualmente, de seus
componentes (nesses casos deve ser especificado o equipamento protegido):
(i) disparo de proteção – principal;
(ii) disparo da proteção – alternada.
(b) Tipo “B”: Para cada sinal abaixo agrupar todos os disparos da função na unidade de
proteção (IED), sejam eles emitidos por fase ou por combinação delas:
(1) Disparo da proteção de sobretensão temporizada.
8.2.1.4 Linhas de transmissão:
(a) Tipo “A”:
(1) disparo por sobretensão instantânea - principal;
(2) disparo por sobretensão instantânea – alternada;
(3) atuação da lógica de bloqueio por oscilação de potência - principal;
(4) atuação da lógica de bloqueio por oscilação de potência – alternada;
(5) disparo da proteção para perda de sincronismo – principal;
(6) disparo da proteção para perda de sincronismo – alternada;
(7) atuação dos relés de bloqueio associados às proteções da linha ou à recepção
permanente de transferência de disparo:
(i) atuação do relé de bloqueio de recepção permanente de transferência de disparo
- principal;

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(ii) atuação do relé de bloqueio de recepção permanente de transferência de disparo


– alternada;
(iii) atuação do relé de bloqueio – principal;
(iv) atuação do de relé de bloqueio - alternada.
(8) Detecção de desligamento monopolar do terminal da linha de transmissão. Para sua
implementação pode-se optar por:
(i) utilização do sinal gerado nos relés de proteção quando emitem a ordem de disparo
monopolar:
a. detecção de desligamento monopolar – principal;
b. detecção de desligamento monopolar – alternada;
(ii) ou utilização de lógica que identifique o desligamento monopolar do terminal da
linha de transmissão, através da comparação entre os estados de todos os
disjuntores que servem a ela nesta instalação
a. detecção de desligamento monopolar (lógica de disjuntor).
(9) disparo da proteção – principal;
(10) disparo da proteção – alternada.
(b) Tipo “B”: Para cada sinal abaixo agrupar todos os disparos da função na unidade de
proteção (IED), sejam eles emitidos por fase ou por combinação delas:
(1) Transmissão de sinal permissivo (POTT), tomado em cada unidade de proteção da linha,
associado à sensibilização de unidade de medida do esquema de comparação direcional
permissivo da linha:
(i) transmissão de sinal permissivo (POTT) – principal;
(ii) transmissão de sinal permissivo (POTT) – alternada;
(2) disparo por sobretensão temporizada – principal;
(3) disparo por sobretensão temporizada – alternada.
8.2.1.5 Barramentos:
(a) Tipo “A”:
(1) disparo por sobretensão instantânea – principal;
(2) disparo por sobretensão instantânea – alternada;
(3) atuação dos relés de bloqueio associados às proteções elétricas do equipamento:
(i) atuação de relé de bloqueio – principal;
(ii) atuação de relé de bloqueio – alternada;
(4) disparo da proteção – principal;
(5) disparo da proteção – alternada.
(b) Tipo “B”: Para cada sinal abaixo agrupar todos os disparos da função na unidade de
proteção (IED), sejam eles emitidos por fase ou por combinação delas:
(1) disparo por sobretensão temporizada – principal;
(2) disparo por sobretensão temporizada – alternada;

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(3) disparo da proteção diferencial – principal;


(4) disparo da proteção diferencial – alternada.
8.2.1.6 Compensadores síncronos: utilizar os mesmos requisitos definidos para unidades
geradoras.
8.2.1.7 Compensadores estáticos:
(a) Tipo “A”:
(1) Atuação dos relés de bloqueio associados às proteções elétricas do compensador
estático e de seus componentes:
(i) atuação de relés de bloqueio – principal;
(ii) atuação de relé de bloqueio – alternada.
(2) Disparo da proteção elétrica tanto do compensador estático como, eventualmente, de
seus componentes (transformador abaixador, reatores e capacitores). Nestes casos deve
ser indicada a função/ equipamento protegido:
(i) disparo da proteção – principal;
(ii) disparo da proteção – alternada.
(b) Tipo “B”: Para cada sinal abaixo agrupar todos os disparos da função na unidade de
proteção (IED), sejam eles emitidos por fase ou por combinação delas:
(1) disparo das proteções intrínsecas dos equipamentos, conforme especificado para o
respectivo equipamento;
(2) disparo das proteções elétricas dos equipamentos, conforme especificado para o
respectivo equipamento.
8.2.1.8 Disjuntores
(a) Tipo “A”:
(1) mudança de posição;
(2) disparo da proteção de falha do disjuntor;
(3) disparo dos relés de bloqueio.
8.2.1.9 Sistemas Especiais de Proteção – SEP (ECS, ECE e ERAC):
(a) Tipo “A”: O agente deve disponibilizar para o ONS todos os disparos e alarmes gerados
pelos IED sob sua responsabilidade, que compõem o sistema. Caso o SEP possua
componentes redundantes (principal e alternado) estas informações devem ser
individualizadas por cada IED.
(1) No mínimo, para os elementos que contém as lógicas principais e/ou que comandam as
ações finais, devem ser observados os seguintes sinais:
(i) SEP em falha: indica que o SEP está fora de operação devido a uma falha, seja
ela em seus componentes ou na comunicação;
(ii) estado do SEP (Ligado/desligado);
(iii) atuação do SEP - Lógica/Estágio (discriminar): comando de ação dada pela
Lógica/Estágio operado, que deve ser discriminado na descrição, para os
equipamentos que pode ser de desligamento, de redução de potência, etc.

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(iv) recepção de comando do SEP: recebimento de comando na instalação, tal como


desligamento, alteração na potência, etc.;
(v) falha de medidas analógicas: falha encontrada na consistência feita pelos IED que
fazem as lógicas principais do SEP.
(2) Para os componentes principais citados acima e para os que participam do SEP com a
coleta de informações (estado de disjuntores, valor de grandezas, etc.) devem ser
observados no mínimo os seguintes sinais:
(i) falha de componente do SEP: falha de IED, rede, etc. nas instalações;
(ii) falha de comunicação: No equipamento ou no link, incluindo os meios;
(iii) falha de estado de equipamentos primários: identificação de inconsistências em
estado de equipamentos (disjuntor ou seccionadora) nas instalações.
8.2.1.10 Geradores:
(a) Tipo “A”:
(1) disparo por sobretensão instantânea – principal;
(2) disparo por sobretensão instantânea – alternada;
(3) disparo da proteção para motorização (potência inversa) – principal;
(4) disparo da proteção para motorização (potência inversa) – alternada;
(5) disparo da proteção de sobrefrequência/subfrequência – principal;
(6) disparo da proteção de sobrefrequência/subfrequência – alternada;
(7) disparo da proteção de perda de sincronismo - principal;
(8) disparo da proteção de perda de sincronismo - alternada;
(9) atuação dos relés de bloqueio associados às proteções elétricas e mecânicas do gerador
e de seus componentes:
(i) atuação de relé de bloqueio – principal;
(ii) atuação de relé de bloqueio – alternada;
(iii) atuação de relé de bloqueio – mecânica, hidráulica, etc.
(10) disparo da proteção elétrica tanto do gerador como, eventualmente, de seus
componentes. Nestes casos deve ser indicada a função ou o equipamento protegido:
(i) disparo da proteção – principal do gerador;
(ii) disparo da proteção – alternada do gerador;
(iii) disparo da proteção – principal por injeção de sinal para falha próxima ao neutro;
(iv) disparo da proteção – alternada por injeção de sinal para falha próxima ao neutro;
(v) disparo da proteção – principal do transformador elevador;
(vi) disparo da proteção – alternada do transformador elevador.
(b) Tipo “B”: Para cada sinal abaixo agrupar todos os disparos da função na unidade de
proteção (IED), sejam eles emitidos por fase ou por combinação delas:
(1) disparo da proteção diferencial do gerador - principal;

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(2) disparo da proteção diferencial do gerador - alternada;


(3) disparo da proteção diferencial do transformador elevador - principal;
(4) disparo da proteção diferencial do transformador elevador - alternada;
(5) disparo da proteção diferencial geral (diferencial da unidade ou total) - principal;
(6) disparo da proteção diferencial geral (diferencial da unidade ou total) - alternada;
(7) disparo da proteção diferencial de fase dividida - principal;
(8) disparo da proteção diferencial de fase dividida - alternada;
(9) disparo por sobretensão temporizada – principal;
(10) disparo por sobretensão temporizada – alternada;
(11) disparo da proteção de sobretemperatura de enrolamento;
(12) disparo da proteção de sobretemperatura de óleo;
(13) disparo da proteção de gás do transformador;
(14) disparo da válvula de alívio de pressão.
8.2.1.11 Bancos de capacitores série:
(a) Tipo “A”:
(1) atuação dos relés de bloqueio associados às proteções elétricas do banco de capacitores
série e de seus componentes:
(i) atuação de relé de bloqueio – principal;
(ii) atuação de relé de bloqueio – alternada.
(2) disparo da proteção elétrica tanto do banco de capacitores série como, eventualmente,
de seus componentes (MOV, reatores e capacitores). Nestes casos deve ser indicada a
função ou o equipamento protegido:
(i) disparo da proteção – principal;
(ii) disparo da proteção – alternada.
8.2.1.12 Sistemas de transmissão em corrente contínua:
8.2.1.12.1 Para os equipamentos componentes dos conversores, incluindo os transformadores e
reatores, utilizar os mesmos requisitos definidos para os respectivos equipamentos.
8.2.1.12.2 Conversor
(a) Tipo “A”:
(1) atuação do relé de bloqueio;
(2) condição de operação (bloqueado/desbloqueado) – mudança de estado
(bloqueado/desbloqueado) por comando de proteção (bloqueio ou “forced retard”) ou por
comando manual.
(b) Tipo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem:
(1) disparo da proteção do conversor: deve englobar todas as proteções projetadas para
eliminar falhas e problemas ligados exclusivamente ao conversor, tais como:
(i) disparo da proteção para falta na válvula;

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(ii) disparos por sobrecorrente do conversor;


(iii) disparos por falha de comutação;
(iv) disparos por ângulo de retardo excessivo;
(v) disparo da proteção do disjuntor de by-pass;
(vi) disparos da supervisão das válvulas;
(vii) disparo da proteção diferencial CC;
(viii) disparos da proteção de falha à terra no lado CA;
(ix) disparos da proteção de sobrecarga do par by pass;
(x) disparo da proteção de falha de disparo da válvula.
8.2.1.12.3 Polo e linha de transmissão:
(a) Tipo “A”:
(1) disparos da proteção harmônica – critério por tensão;
(2) disparos da proteção da linha CC;
(3) disparo da proteção de sobrecorrente CC;
(4) disparo da proteção para abertura da linha do eletrodo;
(5) religamento automático (“restart”) da LT (em tensão normal e em tensão reduzida);
(6) disparo da proteção duplo monopolar.
(b) Tipo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem:
(1) disparo da proteção do polo: deve englobar todas as proteções projetadas para eliminar
falhas e problemas ligados exclusivamente ao polo, tais como:
(i) disparo da proteção diferencial;
(ii) disparos da proteção de sobretensão CC;
(iii) disparos da proteção de mínima tensão CC;
(iv) disparo da proteção para operação desequilibrada;
(v) disparos da proteção para falta à terra durante teste com a linha aberta;
(vi) disparo da proteção da seccionadora da barra neutra;
(vii) disparo da proteção de sobrecarga do filtro CC;
(viii) disparo da proteção de abertura da linha do eletrodo;
(ix) disparo da proteção harmônica CC.
8.2.1.12.4 Proteção do Bipolo:
(a) Tipo “A”:
(1) disparo da proteção de sobrecorrente na linha do eletrodo.
(b) Tipo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem:
(2) disparo da proteção do bipolo: deve englobar todas as proteções projetadas para eliminar
falhas e problemas ligados exclusivamente ao bipolo, tais como:

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(i) disparo da proteção diferencial da barra de neutro;


(ii) Disparo da proteção de falta a terra no retorno metálico.
8.2.1.12.5 Proteção dos Filtros CA:
(a) Tipo “A”:
(1) atuação dos relés de bloqueio associados às proteções elétricas do banco de filtros:
(i) atuação de relé de bloqueio – principal;
(ii) atuação de relé de bloqueio – alternada.
(2) disparo da proteção elétrica tanto do banco de filtros como eventualmente de seus
componentes. Nestes casos deve ser especificado o equipamento protegido:
(i) disparo da proteção – principal;
(ii) disparo da proteção – alternada.
(b) Tipo “B”: para cada sinal abaixo agrupar todos os disparos da função na unidade de proteção
(IED), sejam eles emitidos por fase ou por combinação delas:
(1) disparo por sobrecarga harmônica – principal: deve englobar todas as proteções de
sobrecarga de seus elementos (resistores, reatores e capacitores), sejam elas
sensibilizadas por corrente ou por tensão;
(2) disparo por sobrecarga harmônica – alternada: ver observação do item acima;
(3) disparo da proteção de sobretensão instantânea principal;
(4) disparo da proteção de sobretensão instantânea alternada;
(5) disparo da proteção de sobretensão temporizada principal;
(6) disparo da proteção de sobretensão temporizada alternada;
(7) disparo da proteção de desbalanço principal;
(8) disparo da proteção de desbalanço alternada;

8.3 Requisitos de qualidade dos eventos


8.3.1 Resolução e de exatidão do selo de tempo.
8.3.1.1 Entende-se como resolução a capacidade de discriminar eventos ocorridos em tempos
distintos.
8.3.1.2 Entende-se como exatidão o grau de aproximação do selo de tempo ao tempo absoluto de
ocorrência do evento.
8.3.1.3 As UTR ou os SSCL devem ser capazes de armazenar informações para o sequenciamento
de eventos com uma resolução entre eventos menor ou igual a 5 (cinco) milissegundos. A exatidão
do selo de tempo associado a cada evento deve ser menor ou igual 1 (um) milissegundo.
8.3.1.4 A base de tempo utilizada para o registro da sequência de eventos deve ser o relógio de
tempo da UTR/SSCL, cujas características são apresentadas no item 6.1.9 deste submódulo.
8.3.1.5 A relação de eventos apresentada no item 8.2 deste submódulo está baseada numa filosofia
de proteção padrão. Os agentes podem utilizar diferentes filosofias e tecnologias, desde que
atendam ao disposto no Submódulo 2.6. Cabe ao agente mapear, sempre que aplicável, os eventos
aqui apresentados com aqueles efetivamente implementados na instalação. Cabe também ao

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PARA A OPERAÇÃO 2.7 2016.12 01/01/2017

agente a implementação de processamentos e/ou combinação de sinais na instalação que venham


a ser necessários para a disponibilização dos sinais aqui requeridos.
8.3.1.6 O selo de tempo de todos os eventos deve estar no padrão UTC (Universal Time
Coordinate).

9 REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO DE EQUIPAMENTOS DA REDE DE SUPERVISÃO E


NÃO INTEGRANTES DA REDE DE OPERAÇÃO

9.1 Abrangência
9.1.1 Este item apresenta os requisitos de supervisão de equipamentos integrantes da Rede de
Supervisão, mas não integrantes da Rede de Operação.

9.2 Interligação de dados


9.2.1 Devem ser disponibilizados os recursos necessários para as interligações de dados para
atender aos requisitos das funções tradicionais de supervisão e controle, conforme conceituado no
item 6.2 deste submódulo.

9.3 Informações requeridas para a supervisão do sistema elétrico


9.3.1 Para cada equipamento integrante da Rede de Supervisão e não pertencente à Rede de
Operação, as seguintes informações de grandezas analógicas e de sinalizações de estado devem
ser transferidas para o sistema de supervisão e controle dos centros de operação designados pelo
ONS:
9.3.1.1 Medições analógicas
(a) Todas as medições devem ser feitas de forma individualizada e transferidas periodicamente
aos centros de operação do ONS;
(b) O período de transferência deve ser parametrizável por centro de operação do ONS e os
sistemas devem ser projetados para suportar períodos de aquisição menores ou iguais a 6
(seis) segundos;
(c) As seguintes informações devem ser coletadas e transferidas para os centros de operação
do ONS:
(1) magnitude da tensão fase-fase7, em kV, entre quaisquer duas das três fases, de cada
secção de barramento da subestação que possa formar um nó elétrico, exceto no caso
de arranjo de barramento em anel;
(2) no caso de arranjo de barramento em anel, magnitude da tensão fase-fase6, em kV, entre
quaisquer duas das três fases, nos terminais de cada equipamento conectado ao
barramento da subestação (LT, transformadores, etc.);
(3) magnitude da tensão fase-fase6, em kV, entre quaisquer duas das três fases, de cada
unidade geradora (lado de baixa do transformador elevador);
(4) potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, nos terminais de todas as LT;

7A medição de tensão deve ser reportada ao ONS como sendo fase-fase, no entanto, este valor pode ser
obtido por cálculo a partir de uma medição fase-neutro.
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(5) no caso de LT curtas existentes entre a casa de força da usina e a subestação, de até 3
km de extensão, potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, nos terminais
conectados à subestação;
(6) potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, nos enrolamentos dos
transformadores. Considerar a medição apenas nos enrolamentos que estiverem ligados
a barramentos integrantes na rede definida em 9.1.1;
(7) no caso de transformadores elevadores de unidades geradoras, potência trifásica ativa,
em MW, e reativa, em Mvar, do lado de alta tensão do transformador;
(8) potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, por gerador;
(9) potência trifásica reativa, em Mvar, de todos equipamentos de compensação reativa
dinâmicos, tais como compensadores síncronos e compensadores estáticos
controláveis;
(10) potência trifásica ativa, em MW, e reativa, em Mvar, nas derivações eventualmente
existentes entre o gerador e o transformador elevador que alimente cargas segundo o
seguinte critério:
(i) para geradores com potência nominal ≤ 30 MW: medição necessária se as
derivações consumirem, no total, mais de 3% da potência nominal do gerador;
(ii) para geradores com potência nominal entre 30 MW e 200 MW: medição
necessária se as derivações consumirem, no total, mais de 2% da potência
nominal do gerador;
(iii) para geradores com potência nominal > 200 MW: medição necessária se as
derivações consumirem, no total, mais de 1% da potência nominal do gerador;
(11) posição de tape de transformadores equipados com comutadores sob carga. Considerar
a medição apenas se o transformador tiver mais de um enrolamento ligado a
barramentos integrantes na rede definida em 9.1.1 deste submódulo.
9.3.1.2 Sinalização de estado
(a) a todos os disjuntores e chaves utilizadas nos barramentos e nas conexões de equipamentos
da Rede de Supervisão, incluídas as chaves de by pass. Esse requisito é aplicável tanto a
sistemas de geração e transmissão em corrente alternada quanto a sistemas de transmissão
em corrente contínua (incluindo filtros);
(b) ao estado operacional de UTR e SSCL diretamente subordinados a CD8.
9.3.1.3 Ainda com relação à sinalização de estado, deve-se observar que:
(a) todas as sinalizações de estado devem ser transmitidas por exceção;
(b) o SSCL ou a UTR deve estar apto a responder a varreduras de integridade feitas pelo ONS,
que podem ser periódicas, com período parametrizável, tipicamente a cada 1 (uma) hora,
sob demanda ou por evento, como por exemplo, uma reinicialização dos recursos de
supervisão e controle do ONS.
9.3.2 Informações requeridas nos barramentos da fronteira da Rede de Supervisão
9.3.2.1 Os terminais de equipamentos não integrantes da Rede de Supervisão e conectados a
barramentos de fronteira têm sua supervisão definida num acordo entre o ONS e o agente.

8 Detalhes sobre a identificação do estado operacional deste tipo de equipamento foram apresentados no item
6 deste submódulo.
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9.4 Requisitos de qualidade da informação


9.4.1 Exatidão da medição
9.4.1.1 Todas as medições de tensão devem ser efetuadas por equipamentos cuja classe de
precisão garanta uma exatidão mínima de 2%. Tal exatidão deve englobar toda a cadeia de
equipamentos utilizados, tais como transformadores de corrente, de tensão, transdutores,
conversores analógico/digital, etc.
9.4.2 Idade do dado
9.4.2.1 Os conceitos relativos à mensuração da idade do dado estão apresentados nos itens 7.6.2.1
e 7.6.2.2 deste submódulo.
9.4.2.2 A idade máxima para os dados coletados por varredura (periodicamente) deve ser inferior
à soma do tempo de varredura adotado pelo ONS para aquisição de dado adicionado de:
(a) 6 (seis) segundos em média;
(b) 12 (doze) segundos no máximo para algumas varreduras, desde que mantida a média de 6
(seis) segundos.
9.4.2.3 A idade máxima de um dado coletado por exceção deve ser inferior a 10 (dez) segundos.
9.4.3 Banda morta e varredura de integridade
9.4.3.1 Os protocolos que transmitem medições analógicas por exceção devem ter uma banda
morta e varredura de integridade definidas em comum acordo entre o ONS e o agente. As definições
obtidas nesses acordos não devem prejudicar a exatidão das medidas, conforme definido no item
9.4.1 deste submódulo.
9.4.3.2 Enquanto um acordo formal não for firmado entre o ONS e o agente, a UTR e/ou SSCL
devem ser configurados com um valor inicial de banda morta de 0,1% do fundo de escala ou do
último valor lido e devem suportar varreduras de integridade com períodos menores ou igual a 30
(trinta) minutos.

9.5 Parametrizações
9.5.1 Todos os períodos de aquisição acima especificados devem ser parametrizáveis, e os valores
apresentados se constituem em níveis mínimos.

10 REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO DE CENTRAL GERADORA COMPOSTA POR


UNIDADES GERADORAS COM POTÊNCIA NOMINAL IGUAL OU INFERIOR A 10 MW

10.1 Abrangência
10.1.1 A partir de uma análise da configuração elétrica da central geradora, o ONS pode permitir o
agrupamento de um conjunto de unidades geradoras com potência nominal individual igual ou
inferior a 10 MW, compondo uma unidade geradora equivalente.
10.1.2 Os requisitos descritos no item 10 deste submódulo aplicam-se às unidades geradoras
equivalentes e aos seguintes equipamentos associados à central geradora, na instalação coletora
em tensão inferior a 230 kV:
(a) barramentos de alta e de baixa tensão;
(b) transformadores elevadores;
(c) linhas de conexão ao SIN;

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(d) todas as chaves e disjuntores utilizadas nos barramentos de alta e baixa tensão;
(e) todas as chaves e disjuntores utilizados para conectar o lado de baixa do transformador
elevador ao barramento.
10.1.3 Para as instalações coletora em tensão igual ou superio a 230 kV, aplicam-se os requisitos
de supervisão e controle definidos para a Rede de Operação.

10.2 Interligação de dados


10.2.1 Devem ser disponibilizados os recursos necessários para as interligações de dados para
atender aos requisitos das funções tradicionais de supervisão e controle, conforme conceituado no
item 6.2 deste submódulo.

10.3 Informações requeridas para a supervisão das centrais geradoras


10.3.1 Os agentes responsáveis por centrais geradoras enquadradas no item 10.1.1 deste
submódulo devem transferir para os centros de operação designados pelo ONS as medições
analógicas e as sinalizações de estado dos equipamentos relacionados no item 10.1.2 deste
submódulo, segundo os seguintes requisitos:
10.3.1.1 Medições analógicas
(a) Todas as medições deverão ser feitas de forma individualizada e transferidas periodicamente
aos centros de operação do ONS.;
(b) O período de transferência deve ser parametrizável por centro de operação do ONS e os
sistemas devem ser projetados para suportar períodos menores ou iguais a 4 (quatro)
segundos.
(c) As seguintes informações devem ser obtidas e transferidas para os centros de operação do
ONS:
(1) posição dos tapes dos transformadores elevadores, quando equipados com
comutadores sob carga;
(2) magnitude da tensão fase-fase, em kV, entre quaisquer duas das três fases, para os
transformadores elevadores. Esta medição deve ser no lado ligado à barra de menor
potência de curto-circuito, geralmente o de menor tensão, caso o ONS não explicite que
seja no outro lado do transformador;
(3) magnitude da tensão fase-fase, em kV, em todas as seções dos barramentos da
subestação passíveis de formar um nó elétrico;
(4) potência ativa trifásica, em MW, e reativa, em Mvar, do lado de baixa tensão dos
transformadores elevadores;
(5) potência ativa trifásica, em MW, e reativa, em Mvar, nos terminais de todas as LTs
conectadas à Rede de Operação;
(6) disponibilidade, em MW, de cada grupo de máquinas ou, mediante concordância do
ONS, o número de máquinas disponíveis e sincronizadas em operação, em cada grupo
de máquinas. Esta informação poderá passar por processamento prévio.
(d) As seguintes informações, relativas à central geradora eólica, devem ser obtidas e
transferidas para os centros de operação do ONS, por parque gerador:
(1) velocidade do vento (à altura do eixo de um dos aerogeradores), em m/s;
(2) direção do vento (à altura do eixo de um dos aerogeradores), em graus em relação ao
norte verdadeiro;
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(3) pressão atmosférica, em pascal (Pa);


(4) temperatura, em °C.
(e) As seguintes informações, relativas à central geradora solar, devem ser obtidas e
transferidas para os centros de operação do ONS, por parque gerador
(1) irradiação solar, em W/m2;
(2) temperatura, em °C.
10.3.1.2 Sinalização de estado
(a) todas as sinalizações de estado devem ser transmitidas por exceção;
(b) o SSCL ou a UTR deve estar apto a responder a varreduras de integridade feitas pelo ONS,
que podem ser periódicas, com período parametrizável, tipicamente a cada 1 (uma) hora,
sob demanda ou por evento, como por exemplo, uma reinicialização dos recursos de
supervisão e controle do ONS;
(c) as seguintes informações devem ser obtidas e transferidas para os centros de operação do
ONS:
(1) posição de todas as chaves e disjuntores de interligação à rede do lado de alta tensão
da subestação.
(d) as seguintes informações, relativas à central geradora eólica, devem ser obtidas e
transferidas para o centro de operação do ONS:
(1) indicação de estado ligado ou desligado dos equipamentos de compensação reativa
instalados no parque eólico, excetuando-se os equipamentos individuais dos geradores.

10.4 Sequenciamento de eventos


10.4.1 Aplicam-se aos equipamentos da central geradora os requisitos de sequenciamento de
eventos especificados para a Rede de Operação, apresentados no item 8 deste submódulo.

10.5 Requisitos de qualidade da informação


10.5.1 Os requisitos de qualidade exigidos para a supervisão de centrais geradoras são os mesmos
exigidos para a supervisão de equipamentos da Rede de Operação, apresentados no item 7.6 deste
submódulo, e abrangem:
(a) exatidão da medição;
(b) idade do dado;
(c) banda morta e varredura de integridade.

10.6 Parametrizações
10.6.1 Todos os períodos de aquisição devem ser parametrizáveis, sendo que os valores
apresentados se constituem em níveis mínimos.

11 REQUISITOS DE SUPERVISÃO DE INSTALAÇÕES (SUBESTAÇÕES) COMPARTILHADAS


DA REDE DE OPERAÇÃO

11.1 Geral
11.1.1 Qualquer agente que compartilhe de uma instalação (subestação) existente deve:

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(a) disponibilizar ao SSCL do agente responsável pela subestação existente a supervisão


remota de todos os equipamentos a ela conectados, conforme descrito no item 7 deste
submódulo, com exceção dos requisitos para CAG;
(b) garantir supervisão em nível local segundo a filosofia acordada com o agente responsável
pela subestação;
(c) garantir a instalação e operacionalização de todos os equipamentos e sistemas necessários
para viabilizar em nível local as interligações de dados com o agente responsável pela
subestação;
(d) na primeira conexão entre os sistemas de supervisão adotar o protocolo para comunicação
com o SSCL conforme determinado pelo agente responsável pela subestação. Qualquer
alteração no protocolo de comunicação após a primeira conexão dos sistemas de
supervisão, deverá ser acordada entre as partes; e
(e) prever testes de conectividade entre o SSCL/UTR e o SSCL do agente responsável pela
subestação, de forma a garantir a coerência das bases de dados desse sistema e o perfeito
funcionamento dos protocolos utilizados.
11.1.2 Alternativamente à instalação de novos recursos de supervisão e controle, o agente,
mediante prévio acordo com o agente responsável pela subestação, pode optar pela expansão dos
recursos de supervisão e controle disponíveis, desde que atendidos todos os requisitos de
supervisão e controle estabelecidos nos Procedimentos de Rede.
11.1.3 O agente responsável pela subestação deve disponibilizar, a todos os agentes que
compartilham a instalação, o acesso aos dados de supervisão de toda a instalação (inclusive dados
de outros agentes) disponíveis em seu SSCL, necessários para a execução da operação de
qualquer equipamento da instalação, seja em operação normal, seja em processo de recomposição
simples ou perturbações. Cabe a cada agente que compartilha a instalação prover o recebimento
dos dados.

12 AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS DE SUPERVISÃO


E CONTROLE

12.1 Geral
12.1.1 Os recursos de supervisão e controle fornecidos pelos agentes ao ONS para atender aos
requisitos apresentados neste submódulo devem ter sua disponibilidade e qualidade medidas pelo
ONS, de acordo com os conceitos e critérios estabelecidos a seguir.
12.1.2 A avaliação desses recursos é feita por SSCL e agente, conforme estabelecido e com base
na disponibilidade e qualidade dos recursos de supervisão e controle por eles fornecidos, de acordo
com os centros de operação designados pelo ONS. Assim, são avaliados os sistemas que se
interponham entre os equipamentos de aquisição de dados ou de aplicação de comandos nas
instalações e o centro de operação do ONS, incluindo os equipamentos de interfaceamento com os
sistemas de comunicação.
12.1.3 Essa avaliação é feita através de índices agregados por SSCL e por agente, de forma
ponderada pelo número de recursos implantados e liberados para a operação em relação ao número
total que deveriam ser disponibilizados, se aplicados os critérios apresentados neste submódulo.
12.1.4 Não são computados nos índices os tempos de indisponibilidade causados por:
(a) indisponibilidade de equipamentos nos centros de operação do ONS;

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(b) atividades de aprimoramento constantes do plano de adequação das instalações dos


agentes apresentado ao ONS, plano este definido conforme estabelecido no item 14 deste
submódulo;
(c) atualizações e instalação de hardware ou software nos SSCL ou nos CD dos agentes, desde
que sejam programadas e aprovadas com antecedência pelo ONS;
(d) atualizações ou instalação de hardware e software para melhoria de segurança no enlace
de comunicação entre SSCL ou CD e os centros de operação designados pelo ONS, desde
que sejam programadas e aprovadas com antecedência pelo ONS;
(e) manutenções autorizadas pelo ONS no equipamento associado ao recurso de supervisão e
controle.

12.2 Conceito de indisponibilidade de recursos de supervisão e controle


12.2.1 Uma informação de qualquer dos tipos especificados neste submódulo é considerada
indisponível para o ONS sempre que:
(a) o recurso não estiver instalado ou não estiver liberado para a operação;
(b) um SSCL estiver fora de serviço ou sem comunicação;
(c) o CD, quando utilizado, estiver fora de serviço ou sem comunicação;
(d) o ONS detectar falha de atuação de um ponto de controle;
(e) o indicador de qualidade sinalizar informação sob entrada manual pelo agente;
(f) o indicador de qualidade sinalizar informação fora de varredura.
12.2.2 Todos os pontos subordinados a um SSCL de uma instalação são declarados indisponíveis
sempre que ocorrer ausência de resposta de tal sistema às solicitações dos centros de operação do
ONS ou de um CD, se utilizado.
12.2.3 No caso de utilização de CD, todos os pontos subordinados ao concentrador são declarados
indisponíveis quando o CD deixar de responder às solicitações do ONS.

12.3 Conceito de qualidade dos recursos de supervisão e controle


12.3.1 Considera-se que uma informação de qualquer dos tipos especificados neste submódulo
viola critérios de qualidade quando:
(a) tratando-se de informações analógicas, a informação violar um dos seus limites de escala;
(b) uma informação estiver comprovadamente inconsistente;
(c) a informação violar os requisitos de idade do dado.

12.4 Avaliação da disponibilidade e da qualidade dos recursos de supervisão e controle


12.4.1 Este item apresenta a metodologia utilizada para avaliar a qualidade e a disponibilidade dos
recursos de supervisão e controle providos pelos agentes ao ONS.
12.4.2 Essa metodologia está baseada em três indicadores, quais sejam:
(a) Disponibilidade dos Recursos de Supervisão e Controle, agregado por SSCL e agente
(DRSC);
(b) Qualidade dos Recursos de Supervisão e Controle, agregado por SSCL e agente (QRSC);
(c) Disponibilidade de SSCL ou de CD (DCD).

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12.4.3 A formulação do cálculo desses indicadores é apresentada no Submódulo 25.12.


12.4.4 Disponibilidade dos Recursos de Supervisão e Controle (DRSCij)
12.4.4.1 Caracterização
(a) Abreviatura: DRSCij.
(b) Objetivo: avaliar, percentualmente, para um SSCL ou agente “i”, a disponibilidade dos
recursos de supervisão e controle fornecidos para a operação de determinado centro de
operação do ONS “j”, no período de observação.
(c) Periodicidade de avaliação: mensal.
(d) Unidade dimensional: percentual.
(e) Natureza: Sistemas de Supervisão e Controle.
(f) Agregação: dos últimos 12 (doze) meses, por SSCL e agente, apurados por centro de
operação do ONS.
(g) Requisito de disponibilidade: os valores mínimos aceitáveis são:
(1) para SSCL de instalações estratégicas: 98,5% em base anual;
(2) para SSCL das demais instalações: 97,5% em base anual;
(3) para agentes: 99% em base anual.
(h) Dados necessários: conforme equação descrita no Submódulo 25.12.
12.4.5 Qualidade dos Recursos de Supervisão e Controle (QRSCij)
12.4.5.1 Caracterização
(a) Abreviatura: QRSCij.
(b) Objetivo: avaliar, percentualmente, para um determinado SSCL ou agente “i”, a média dos
tempos em que os recursos de supervisão e controle por eles fornecidos para a operação
de determinado centro de operação do ONS “j” não violaram o conceito de qualidade, no
período de observação.
(c) Periodicidade de avaliação: mensal.
(d) Unidade dimensional: percentual.
(e) Natureza: Sistemas de Supervisão e Controle.
(f) Agregação: dos últimos 12 (doze) meses, por SSCL e agente, apurados por centro de
operação do ONS.
(g) Requisito de qualidade: os valores mínimos aceitáveis são:
(1) para SSCL de instalações estratégicas: 98,5% em base anual;
(2) para SSCL das demais instalações: 97,5% em base anual;
(3) para agentes: 99% em base anual.
(h) Dados necessários: conforme equação descrita no Submódulo 25.12.
12.4.6 Disponibilidade de SSCL ou CD por Agente
12.4.6.1 Caracterização
(a) Abreviatura: DCDi

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(b) Objetivo: avaliar, percentualmente, a disponibilidade do sistema de supervisão local ou CD


“i”, utilizado pelo agente na cadeia de aquisição e/ou distribuição de dados do ONS, no
período de observação. O índice se refere a cada um dos elementos da cadeia de aquisição
e/ou distribuição (SSCL), diretamente ligados ao CD ou a um centro do ONS, incluindo-se o
CD.
(c) Periodicidade de avaliação: mensal.
(d) Unidade dimensional: percentual.
(e) Natureza: Sistemas de Supervisão e Controle.
(f) Agregação: dos últimos 12 (doze) meses, por SSCL, CD, apurados por centro de operação
do ONS.
(g) Requisito de disponibilidade: os valores mínimos aceitáveis são apresentados a seguir:
(1) para SSCL diretamente ligados ao Centro do ONS: 99,95% em base anual;
(2) para CD por agentes : 99,95% em base anual;
(3) para SSCL diretamente ligados a CD: 99,93% em base anual;
(h) Dados necessários:
(1) estado operacional da UTR, sistema de supervisão local ou CD, adquirido pelos centros
de operação do ONS conforme item 7.3.1.2 (i) deste submódulo;
(2) estado operacional dos serviços de telecomunicações abrangidos pelo Modulo 13 e
incluídos na cadeia de aquisição de dados da UTR, sistema de supervisão local ou CD;
(3) equação descrita no Submódulo 25.12.

12.5 Relatórios de Avaliação da Disponibilidade e da Qualidade dos Recursos de Supervisão


e Controle
12.5.1 Os centros de operação do ONS devem avaliar a disponibilidade e a qualidade dos recursos
de supervisão e controle fornecidos pelos diversos agentes de acordo com os índices aqui
apresentados, conforme descrito em rotina específica do Submódulo 10.22, emitindo relatórios de
não-conformidades nas seguintes situações:
(a) A cada apuração mensal, qualquer um dos indicadores especificados for inferior ao
correspondente critério definido neste submódulo;
(b) durante uma perturbação na Rede de Operação, um ou mais SSCL ou UTR de instalações
estratégicas, definidas no Cadastro de Informações Operacionais CD-CT.BR.01 do
Submódulo 10.22 e nos termos estabelecidos no Submódulo 23.6, saírem de serviço ou
perderem a comunicação com algum CD, caso utilizado.
12.5.2 Pelo acima exposto, podem existir dois tipos de relatórios:
(a) Relatório de Avaliação da Disponibilidade e da Qualidade dos Recursos de Supervisão e
Controle, emitido quando algum critério de disponibilidade e/ou de qualidade for violado;
(b) Relatório de Ocorrência, emitido nos demais casos.
12.5.3 Os Relatórios de Avaliação da Disponibilidade e da Qualidade dos Recursos de Supervisão
e Controle devem ser elaborados pelo ONS com base nos relatórios emitidos pelos centros de
operação do ONS, considerando eventuais manifestações dos agentes envolvidos. Devem constar
do relatório as recomendações para a correção de eventual anomalia e as providências que já
tiverem sido tomadas para essa correção.

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13 REQUISITOS PARA A ATUALIZAÇÃO DAS BASES DE DADOS DOS SISTEMAS DE


SUPERVISÃO E CONTROLE DO ONS

13.1 Abrangência
13.1.1 Os procedimentos aqui apresentados se aplicam a todos os equipamentos cujas supervisão
e controle sejam objeto deste submódulo, ou seja, a equipamentos da toda a Rede de Supervisão
e, eventualmente, a equipamentos de centrais geradoras eólicas.

13.2 Identificação de instalações e equipamentos pelo ONS


13.2.1 O ONS define na Rotina RO-SC.BR.01-Identificação dos Equipamentos e Medidas do
REGER do Submódulo 10.22, as regras que adota para identificar todos os equipamentos que de
alguma forma sejam objeto deste submódulo, sejam eles pertencentes à Rede de Supervisão ou
não.
13.2.2 Esta identificação será usada pelos centros de operação do ONS no relacionamento
operacional, em particular no que tange à identificação de instalações.
13.2.3 As siglas já adotadas para a identificação das instalações existentes são preservadas, desde
que garantam o princípio de unicidade de identificação.

13.3 Requisitos para o cadastramento dos equipamentos


13.3.1 É de responsabilidade dos agentes com equipamentos na Rede de Supervisão fornecer as
informações cadastrais descritivas para a configuração das bases de dados dos centros de
operação do ONS, incluindo informações sobre:
(a) equipamentos e instalações do sistema eletroenergético;
(b) equipamentos de supervisão e controle, tais como organização de pontos por remotas,
configurações de protocolos de comunicação, etc.
13.3.2 Para novas instalações e ampliações, as informações devem ser encaminhadas ao ONS
com antecedência mínima de 30 (trinta) dias em relação à entrada em operação dos equipamentos,
para que as bases de dados dos sistemas de supervisão dos centros de operação do ONS possam
ser atualizadas e testadas em tempo hábil.
13.3.3 Para as instalações existentes, sempre que forem programadas alterações que modifiquem
algum dos dados cadastrais aqui especificados – tais como alteração de relação de
transformadores, alteração de parâmetros de transformador de corrente (TC), etc., essas alterações
devem ser informadas ao ONS com antecedência de pelo menos 5 (cinco) dias úteis.
13.3.4 As informações cadastrais descritivas dos equipamentos devem incluir:
(a) relação, compatível com os requisitos de supervisão e controle aqui apresentados, dos
pontos de medição, telessinalização, controle, SOE, e das informações para a supervisão
hidrológica que trafegam na interconexão (ou interconexões) como os sistemas de
supervisão e controle do ONS num formato compatível com o protocolo adotado para a
interconexão. Essa relação é organizada por SSCL ou UTR e CD, se utilizados. As
informações devem ser fornecidas no padrão de formatação indicado pelo ONS, definido em
rotina específica do submódulo 10.22;
(b) no caso de interligações de dados diretas com UTR/SSCL, parâmetros que permitam a
conversão para valores de engenharia dos dados recebidos e enviados pelo centro de
operação;

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REQUISITOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE


PARA A OPERAÇÃO 2.7 2016.12 01/01/2017

13.4 Requisitos para teste de conectividade das interconexões e testes ponto a ponto
13.4.1 Todos os agentes devem prever testes de conectividade entre os seus SSCL/UTR e os SSC
dos centros de operação designados pelo ONS.
13.4.2 Além do teste da conectividade, devem ser previstos testes ponto a ponto entre o SSCL/UTR
e o SSC dos centros de operação designados pelo ONS, conforme programação a ser previamente
acordada com o ONS, de forma a garantir a coerência das bases de dados desses sistemas e o
perfeito funcionamento dos protocolos utilizados.
13.4.3 Os testes devem ser programados entre o agente e o ONS, observando-se que:
(a) para novas instalações ou ampliações, os testes devem estar concluídos pelo menos 5
(cinco) dias úteis antes da operacionalização da instalação/ampliação;
(b) sempre que as alterações modificarem o conjunto de informações armazenadas na base de
dados do ONS, os testes devem estar concluídos pelo menos 2 (dois) dias úteis antes da
operacionalização da alteração.
13.4.4 Sempre que necessário serão realizados testes diretamente no campo ou no SSCL/UTR
para avaliar o selo de tempo das sinalizações e SOE

14 ADEQUAÇÃO DE INSTALAÇÕES QUANDO DA REVISÃO DA REDE DE SUPERVISÃO

14.1 Abrangência
14.1.1 As disposições aqui apresentadas se aplicam a equipamentos/instalações existentes
inseridos na rede de supervisão em decorrência de sua reclassificação quando da revisão da rede
de supervisão, conforme previsto no Submódulo 23.2.

14.2 Planejamento da adequação e prazos para instalações classificadas na Rede de


Supervisão
14.2.1 Quando da revisão da Rede de Supervisão, conforme previsto no Submódulo 23.2, os
agentes devem apresentar ao ONS até 3 (três) meses após a inserção de equipamento/instalação
na Rede de Supervisão o planejamento para adequação aos requisitos de telessupervisão para a
operação estabelecidos neste submódulo.
14.2.2 O ONS deverá indicar as adequações necessárias e as respectivas datas de necessidade,
conforme Resolução Normativa nº 443, de 26 de julho de 2011, e Resolução Normativa nº 697, de
16 de dezembro de 2015.

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Submódulo 2.8

Gerenciamento dos indicadores de


qualidade da energia elétrica da
Rede Básica
Data e instrumento
Rev. Nº. Motivo da revisão de aprovação pela
ANEEL
09/11/2011
Versão decorrente da Audiência nº Pública
2.0 Resolução Normativa
002/2011.
nº 461/11
16/12/16
Versão decorrente da Audiência Pública nº
2016.12 Resolução Normativa
020/2015.
nº 756/16

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GERENCIAMENTO DOS INDICADORES DE 2.8 2016.12 01/01/2017


QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA DA REDE
BÁSICA

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4
2 OBJETIVOS .................................................................................................................................... 4
3 PRODUTOS .................................................................................................................................... 5
4 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO ................................................................................................. 5
5 DIRETRIZES ................................................................................................................................... 5
6 RESPONSABILIDADES ................................................................................................................. 6
6.1 OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO – ONS ................................................... 6
6.2 AGENTES DE TRANSMISSÃO, DE DISTRIBUIÇÃO, DE GERAÇÃO, DE
IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO E DOS CONSUMIDORES LIVRES E POTENCIALMENTE
LIVRES ........................................................................................................................................... 7
6.3 AGENTES DE TRANSMISSÃO ............................................................................................... 8
6.4 AGENTES DE GERAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E CONSUMIDORES ......................................... 8
6.5 CONSUMIDORES LIVRES E POTENCIALMENTE LIVRES E DOS AGENTES DE
IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO...................................................................................................... 8
7 INDICADORES DE CONTINUIDADE DO SERVIÇO ..................................................................... 9
7.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 9
7.2 DEFINIÇÃO DE INDICADORES .............................................................................................. 9
7.3 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ........................................................................................... 10
8 INDICADORES DE FREQUÊNCIA .............................................................................................. 10
8.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................. 10
8.2 DEFINIÇÃO DE INDICADORES ............................................................................................ 11
8.3 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ........................................................................................... 11
9 INDICADORES DE TENSÃO ....................................................................................................... 12
9.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................. 12
9.2 TENSÃO DE ATENDIMENTO EM REGIME PERMANENTE ........................................... 12
9.3 FLUTUAÇÃO DE TENSÃO ............................................................................................... 14
9.4 DESEQUILÍBRIO DE TENSÃO ......................................................................................... 17
9.5 DISTORÇÃO HARMÔNICA DE TENSÃO ......................................................................... 18
9.6 VARIAÇÃO DE TENSÃO DE CURTA DURAÇÃO – VTCD .............................................. 19
10 ETAPAS DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DOS INDICADORES DE QEE ................. 22
11 GERENCIAMENTO DOS INDICADORES DE CONTINUIDADE DO SERVIÇO ....................... 23
11.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................................... 23
11.2 APURAÇÃO DOS INDICADORES ....................................................................................... 23
11.3 GERENCIAMENTO DO DESEMPENHO ............................................................................. 23
11.4 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS .................................................................................... 24
12 GERENCIAMENTO DOS INDICADORES DE FREQUÊNCIA .................................................. 24
12.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................................... 24
12.2 APURAÇÃO DOS INDICADORES ....................................................................................... 24
12.3 GERENCIAMENTO DO DESEMPENHO ............................................................................. 25
12.4 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS .................................................................................... 25
13 GERENCIAMENTO DOS INDICADORES DE TENSÃO ........................................................... 25

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QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA DA REDE
BÁSICA

13.1 TENSÃO DE ATENDIMENTO EM REGIME PERMANENTE .............................................. 25


13.2 FLUTUAÇÃO, DESEQUILÍBRIO E DISTORÇÃO HARMÔNICA DE TENSÃO ................... 26
13.3 VARIAÇÃO DE TENSÃO DE CURTA DURAÇÃO - VTCD .................................................. 28
14 AVALIAÇÃO DO IMPACTO DE INSTALAÇÃO NÃO LINEAR EM PROCESSO DE ACESSO
OU DE INTEGRAÇÃO À REDE BÁSICA QUANTO A QEE .......................................................... 29

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QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA DA REDE
BÁSICA

1 INTRODUÇÃO

1.1 Este submódulo apresenta os indicadores de desempenho da Rede Básica relacionados à


Qualidade de Energia Elétrica – QEE e os valores limites de referência, nos aspectos global e
individual.
1.2 Apresenta também os processos de gerenciamento dos indicadores – apuração,
acompanhamento do desempenho e divulgação de resultados – bem como o tratamento de
violações e a análise de novos acessos. Além disso, apresenta o gerenciamento dos indicadores
de desempenho das Funções Transmissão – FT.
1.3 O desempenho da Rede Básica quanto à QEE é observado por meio de indicadores
monitorados em barramentos sob responsabilidade de concessionária de transmissão, pontos de
controle e pontos de observação da tensão, nos termos estabelecidos neste submódulo.
1.4 Os módulos e submódulos aqui mencionados são:
(a) Submódulo 3.3 Solicitação de acesso;
(b) Submódulo 12.2 Instalação do sistema de medição para faturamento;
(c) Submódulo 23.3 Diretrizes e critérios para estudos elétricos;
(d) Submódulo 25.5 Indicadores de segurança elétrica;
(e) Submódulo 25.6 Indicadores de frequência e tensão; e
(f) Submódulo 25.8 Indicadores de desempenho de equipamentos e linhas de transmissão e
das funções de transmissão e geração.

2 OBJETIVOS

2.1 O objetivo deste submódulo é atribuir responsabilidades e estabelecer princípios e diretrizes


para o gerenciamento de indicadores de QEE, a fim de:
(a) balizar as ações do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS relativas ao Plano de
Ampliações e Reforços – PAR elaborado pelo ONS com a participação dos agentes;
(b) subsidiar os estudos de planejamento e programação da operação, bem como a própria
operação em tempo real do sistema de transmissão;
(c) subsidiar os usuários conectados ou que requeiram conexão às instalações sob
responsabilidade de concessionária de transmissão com as informações necessárias
sobre a QEE nos pontos de conexão;
(d) subsidiar os agentes de transmissão com as informações sobre a QEE necessárias ao
dimensionamento de suas instalações;
(e) fornecer aos usuários, acessantes e concessionárias de transmissão, informações sobre
os limites relativos aos indicadores de QEE; e
(f) permitir ao ONS a verificação da conformidade do desempenho das FT em relação aos
requisitos mínimos estabelecidos nos Procedimentos de Rede e nos editais de licitação
das instalações de transmissão.

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QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA DA REDE
BÁSICA

3 PRODUTOS

3.1 Os produtos relacionados aos processos descritos neste submódulo são:


(a) Relatório Gerencial dos Indicadores de Continuidade do Serviço;
(b) Relatório Gerencial dos Indicadores de Frequência e de Tensão de Atendimento em
Regime Permanente;
(c) Relatório Gerencial dos Indicadores de Flutuação, Desequilíbrio e Distorção Harmônica de
Tensão;
(d) Relatório Gerencial dos Indicadores de Variação de Tensão de Curta Duração; e
3.1.1 O produto mencionado no item 3.1(a) deste submódulo, a ser emitido em base anual,
apresenta os estudos, análises, recomendações e eventuais ações relacionados aos indicadores
de continuidade do serviço nos pontos estabelecidos neste submódulo.
3.1.2 O produto mencionado no item 3.1(b) deste submódulo, a ser emitido em base anual,
apresenta os principais aspectos relacionados aos indicadores de frequência e de tensão de
atendimento em regime permanente nos pontos estabelecidos neste submódulo.
3.1.3 O produto mencionado no item 3.1(c) deste submódulo, a ser emitido após o encerramento
de cada campanha de medição, apresenta resultados de estudos e medições relacionados aos
indicadores de flutuação, desequilíbrio e distorção harmônica de tensão nos pontos estabelecidos
neste submódulo.
3.1.4 O produto mencionado no item 3.1(d) deste submódulo, a ser emitido em base anual,
apresenta resultados de estudos e medições relacionados aos indicadores de Variação de Tensão
de Curta Duração – VTCD nos pontos estabelecidos neste submódulo.

4 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO

4.1 As alterações neste submódulo consistem de melhoria do texto; de sua adequação ao Módulo
25, que estabelece as formas de apuração de dados para cálculo de indicadores e a periodicidade
de divulgação dos indicadores; da revisão dos prazos para divulgação dos relatórios gerenciais
dos indicadores de QEE e de desempenho das FT, anteriormente tratados no Módulo 25; da
revisão da abrangência do gerenciamento de indicadores de tensão (flutuação, desequilíbrio,
distorção harmônica e VTCD), que passam a ser em barramentos sob responsabilidade de
concessionária de transmissão, e não apenas em barramentos da Rede Básica ou dos
transformadores de fronteira,; da revisão da definição dos termos ponto de controle, para
caracterizar que a medição de grandezas elétricas deve ocorrer na conexão de usuários com as
instalações de transmissão, e não apenas com a Rede Básica ou com barramentos dos
transformadores de fronteira; da alteração dos títulos dos relatórios de divulgação dos indicadores
de desempenho; e da revisão da forma de avaliação do impacto de instalações não lineares para
sua conexão às instalações de transmissão. Realizada ainda a alteração do título do submódulo,
de “Gerenciamento dos indicadores de desempenho da Rede Básica e dos barramentos dos
transformadores de fronteira, e de seus componentes” para “Gerenciamento dos indicadores de
qualidade da energia elétrica da Rede Básica e de desempenho das funções transmissão”,
visando mais bem caracterizar o disposto em seu conteúdo.

5 DIRETRIZES

5.1 Os indicadores apresentados neste submódulo terão seus valores apurados, analisados,
gerenciados e disponibilizados pelo ONS para:

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QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA DA REDE
BÁSICA

(a) avaliar o desempenho da Rede Básica com relação à continuidade do serviço, de forma a
avaliar os impactos, nos usuários da Rede Básica, de eventuais desvios em relação ao
desempenho esperado e propor alternativas de solução para a adequação do desempenho
aos limites estabelecidos;
(b) avaliar o desempenho da Rede Básica quanto à frequência em regime permanente e sob
distúrbio e à tensão de atendimento em regime permanente, de forma a indicar as causas
de violações observadas e recomendar medidas para adequação do desempenho aos
limites estabelecidos;
(c) avaliar o desempenho da Rede Básica quanto à flutuação, ao desequilíbrio e à distorção
harmônica de tensão, recomendando medidas corretivas, no caso de violação dos limites,
ou preventivas, acompanhando sua implantação;
(d) avaliar o desempenho da Rede Básica com relação aos eventos de VTCD; e
(e) verificar a conformidade do desempenho das FT em relação ao estabelecido nos
Procedimentos de Rede e nos editais de licitação das instalações de transmissão.
5.2 Para a avaliação do desempenho da Rede Básica quanto aos fenômenos de flutuação,
desequilíbrio e distorção harmônica de tensão são dois os limites de desempenho global: limite
global inferior e limite global superior. A filosofia para utilização desses limites é apresentada no
item 13.2.3.1 deste submódulo.
5.3 O limite de desempenho individual, no que concerne aos fenômenos mencionados no item 5.2
deste submódulo, corresponde ao valor máximo de perturbação que pode ser causado no sistema
por um único agente.
5.4 Os valores dos indicadores são obtidos a partir dos seguintes meios: registro de interrupções,
medição através de campanha ou de forma contínua, monitoração de eventos e simulação.
5.5 Os fenômenos de flutuação, desequilíbrio e distorção harmônica de tensão têm os valores de
seus indicadores apurados por meio de campanhas de medição realizadas em períodos de 7
(sete) dias consecutivos. Em alguns casos, contudo, em função de análises técnicas e situações
específicas, pode-se adotar medição por período mais longo, ou mesmo medição contínua.
5.6 Os fenômenos que ocorrem de forma intermitente, com ocorrência aleatória, ou que, mesmo
estando presentes todo o tempo, necessitam de avaliação contínua, terão os valores de seus
indicadores apurados por monitoração e/ou supervisão.
5.7 No gerenciamento do desempenho da Rede Básica são utilizados os recursos de medição e
supervisão disponíveis no ONS, como, por exemplo, o Sistema de Medição para Faturamento –
SMF.

6 RESPONSABILIDADES

6.1 Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS


(a) Avaliar o desempenho da Rede Básica, com base nos indicadores e limites estabelecidos
neste submódulo.
(b) Identificar as causas de violações de limites de desempenho dos indicadores de
continuidade do serviço, frequência, tensão de atendimento em regime permanente,
flutuação, desequilíbrio e distorção harmônica de tensão, diferenciando as questões
sistêmicas, para as quais proporá alternativas de solução conforme metodologia em vigor,
das questões individuais, quando solicitará providências aos agentes responsáveis.

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QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA DA REDE
BÁSICA

(c) Levantar, consistir, tratar os dados, analisar e disponibilizar as informações referentes aos
indicadores de QEE.
(d) Especificar, contratar e coordenar os serviços relativos à apuração de indicadores de QEE
tanto sob a forma de medição contínua como através de campanhas de medição.
(e) Emitir, até 31 de março de cada ano, o Relatório Gerencial dos Indicadores de
Continuidade do Serviço.
(f) Emitir, até 31 de março de cada ano, o Relatório Gerencial dos Indicadores de Frequência
e de Tensão de Atendimento em Regime Permanente.
(g) Emitir, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada campanha de medição, o Relatório
Gerencial dos Indicadores de Flutuação, Desequilíbrio e Distorção Harmônica de Tensão.
(h) Emitir, até 31 de março de cada ano, o Relatório Gerencial dos Indicadores de Variação de
Tensão de Curta Duração.
(i) Coordenar, no caso de violação dos limites globais de desempenho, as ações a serem
empreendidas em conjunto com os agentes responsáveis pelos sistemas elétricos
envolvidos, relacionadas aos estudos, análises e medições de grandezas elétricas
necessárias à identificação das causas da violação, bem como à definição da
responsabilidade pelas ações necessárias ao restabelecimento do adequado desempenho.
(j) Recomendar a adoção de medidas corretivas visando ao restabelecimento do adequado
desempenho.
(k) Disponibilizar os dados relativos a configurações e parâmetros elétricos da Rede Básica,
no formato do programa de Análise de redes em regime permanente, necessários à
realização, pelos agentes, dos estudos de desempenho associados a novos acessos.
(l) Acompanhar as medições executadas pelos agentes relativas à apuração dos indicadores
de desempenho no processo de implantação de conexão de agentes consumidores ou
empreendimentos de geração às instalações de transmissão sob responsabilidade de
concessionárias de transmissão ou de instalação de transmissão que tenha equipamentos
com características não lineares ou especiais, tais como compensadores estáticos e
estações retificadoras/conversoras.
(m) Fornecer aos agentes, mediante consulta, os valores dos indicadores apurados.
6.2 Agentes de transmissão, de distribuição, de geração, de importação/exportação e dos
consumidores livres e potencialmente livres
(a) Participar do processo de análise dos indicadores de desempenho, sob a coordenação do
ONS.
(b) Fornecer os dados e parâmetros do sistema elétrico sob sua responsabilidade para que
seja possível a modelagem do sistema e a realização de estudos relativos à avaliação do
desempenho da Rede Básica.
(c) Realizar medições e estudos específicos, quando solicitados pelo ONS, relacionados à
análise de indicadores de desempenho da Rede Básica.
(d) Implementar as ações necessárias nas instalações sob sua responsabilidade com vistas a
atender aos limites dos indicadores de desempenho estabelecidos neste submódulo.
(e) Disponibilizar os dados relativos ao sistema de monitoramento sob sua responsabilidade,
quando solicitado pelo ONS.

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QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA DA REDE
BÁSICA

6.3 Agentes de transmissão


(a) Consolidar os registros das interrupções nos pontos de controle.
(b) Fornecer ao ONS os dados relativos aos valores de tensão em regime permanente e
VTCD coletados sob sua responsabilidade.
(c) Realizar a apuração dos valores dos indicadores de flutuação, desequilíbrio e distorção
harmônica de tensão, por meio de medições contínuas ou campanhas de medição, e
apresentar os resultados segundo formato e prazo estabelecidos pelo ONS.
(d) Manter o desempenho individual de suas instalações de acordo com o estabelecido nos
itens 9.3.3.4 , 9.4.3.4 e 9.5.3.4 deste submódulo, no que se refere aos indicadores de
flutuação, desequilíbrio e distorção harmônica de tensão.
(e) Atender ao estabelecido nos itens 14.6 e 14.7 deste submódulo quanto à necessidade de
realização de estudos prévios e medições, imediatamente antes e depois da integração de
instalações não lineares sob sua responsabilidade à Rede Básica.
(f) Implementar as ações necessárias nas instalações sob sua responsabilidade com vistas a
atender aos indicadores de desempenho estabelecidos neste submódulo.
6.4 Agentes de geração, distribuição e consumidores
(a) Fornecer ao ONS os dados relativos aos valores de tensão em regime permanente e
VTCD coletados sob sua responsabilidade.
(b) Manter o desempenho individual de suas instalações de acordo com o estabelecido nos
subitens 9.3.3.4 , 9.4.3.4 e 9.5.3.4 deste submódulo, no que se refere aos indicadores de
flutuação, desequilíbrio e distorção harmônica de tensão.
(c) Atender ao estabelecido nos itens 14.6 e 14.7 deste submódulo quanto à necessidade de
realização de estudos prévios e medições, imediatamente antes e depois da conexão de
instalações não lineares às instalações sob responsabilidade de concessionária de
transmissão.
(d) Implementar as ações necessárias nas instalações sob sua responsabilidade com vistas a
atender aos indicadores de desempenho estabelecidos neste submódulo.
(e) Realizar a apuração dos valores dos indicadores de flutuação, desequilíbrio e distorção
harmônica de tensão, por meio de medições contínuas ou campanhas de medição, e
apresentar os resultados segundo formato e prazo estabelecidos pelo ONS.
6.5 Consumidores livres e potencialmente livres e dos agentes de importação/exportação
(a) Manter o desempenho individual de suas instalações de acordo com o estabelecido nos
itens 9.3.3.4 , 9.4.3.4 e 9.5.3.4 deste submódulo, no que se refere aos indicadores de
flutuação, desequilíbrio e distorção harmônica de tensão.
(b) Atender ao estabelecido nos itens 14.6 e 14.7 deste submódulo quanto à necessidade de
realização de estudos prévios e medições, imediatamente antes e depois da conexão de
instalações não lineares às instalações sob responsabilidade de concessionária de
transmissão.
(c) Implementar as ações necessárias nas instalações sob sua responsabilidade com vistas a
atender aos indicadores de desempenho estabelecidos neste submódulo.

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BÁSICA

7 INDICADORES DE CONTINUIDADE DO SERVIÇO

7.1 Considerações iniciais


7.1.1 A continuidade do serviço é representada por indicadores monitorados em pontos de
controle.
7.1.2 Entende-se por ponto de controle a instalação ou conjunto de instalações na fronteira entre
as instalações sob responsabilidade de concessionária de transmissão e os ativos de conexão
com os agentes de geração, de distribuição, de importação/exportação e com os consumidores.
7.1.3 Entende-se como interrupção de serviço do ponto de controle a condição em que esse
ponto de controle permanece com tensão nula por um período maior ou igual a 1 (um) minuto, em
decorrência de eventos, locais ou remotos, programados ou não.
7.1.4 A interrupção de serviço do ponto de controle não implica necessariamente em interrupção
de fornecimento a consumidores.

7.2 Definição de indicadores


7.2.1 Para a avaliação da continuidade do serviço são utilizados os seguintes indicadores:
(a) Duração da Interrupção do Ponto de Controle – DIPC;
(b) Frequência da Interrupção do Ponto de Controle – FIPC; e
(c) Duração Máxima da Interrupção do Ponto de Controle – DMIPC.
7.2.2 O indicador DIPC é definido como o somatório das durações das interrupções de serviço do
ponto de controle, no período de apuração.
7.2.3 O indicador FIPC é definido como o número de vezes em que ocorreu interrupção de
serviço do ponto de controle, no período de apuração.
7.2.4 O indicador DMIPC é definido como a maior duração de interrupção de serviço do ponto de
controle, entre aquelas utilizadas no cálculo do indicador DIPC, no período de apuração.
7.2.5 Os indicadores devem ser apurados e agregados por causa e origem do evento, devendo
ser coletadas, em cada ponto de controle, as seguintes informações:
(a) dia do evento;
(b) horário do início do evento;
(c) horário do fim do evento;
(d) origem do evento (interna ou externa às instalações sob responsabilidade de
concessionária de transmissão);
(e) identificação do equipamento associado à origem do evento; e
(f) tipo do evento, segundo o Quadro 1.

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QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA DA REDE
BÁSICA

Quadro 1 - Tipo do evento

Tipo Descrição
Desligamentos programados
P1 Manutenção
P2 Novas conexões, modificações e melhorias
Outros desligamentos
O1 Emergências
O2 Urgências
O3 Fenômenos naturais e ambientais
O4 Acidente
O5 Falha de equipamentos de potência
O6 Falha de equipamentos de proteção e controle
O7 Outros

7.3 Avaliação de desempenho


7.3.1 Os valores de referência dos indicadores de continuidade, que servem de base para o
gerenciamento desse fenômeno, são estabelecidos pelo ONS a partir de cálculos preditivos de
desempenho dos pontos de controle. Nesses cálculos preditivos são considerados diversos
fatores de influência, entre os quais o tipo de arranjo de barramento, o tipo e o número de
instalações conectadas ao ponto de controle, as características da proteção efetivamente
instalada, bem como os valores históricos apurados para os indicadores.
7.3.2 A utilização dos limites de referência, bem como as formas de agregação dos indicadores
de continuidade, tendo em vista o gerenciamento do desempenho da Rede Básica, encontra-se
detalhada no item 11 deste submódulo.

8 INDICADORES DE FREQUÊNCIA

8.1 Considerações iniciais


8.1.1 A avaliação do desempenho da Rede Básica quanto à frequência é representada por meio
de indicadores de desempenho da frequência em regime permanente e durante distúrbios.
8.1.2 Monitorar a frequência do sistema é fundamental para se determinar a qualidade da
operação da Rede Básica, avaliar as condições de estabilidade do sistema elétrico e prevenir a
abertura das interligações entre subsistemas.
8.1.3 Os indicadores de frequência têm entre suas finalidades:
(a) avaliar a capacidade e a eficiência do Sistema Interligado Nacional – SIN em responder a
demandas do sistema elétrico, como variação de carga, variação de geração e mudanças
de topologia da rede elétrica, mantendo a frequência dentro dos limites estabelecidos
neste submódulo;
(b) refletir a qualidade da operação, na coordenação dos recursos de geração do SIN;
(c) avaliar a eficácia da resposta dos sistemas de Controle Automático de Geração – CAG em
operação no período de apuração; e
(d) refletir a qualidade dos diversos programas de operação elaborados pelas áreas de
programação do ONS e agentes, mostrando a eficácia desses programas na previsão das
condições operacionais do sistema.

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QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA DA REDE
BÁSICA

8.2 Definição de indicadores


8.2.1 Para a avaliação da frequência são utilizados os seguintes indicadores:
(a) Desempenho da Frequência em Regime Permanente – DFP;
(b) Desempenho da Frequência em Distúrbios – DFD.
8.2.2 O indicador DFP avalia as variações de frequência ocorridas durante a operação do sistema
elétrico em regime permanente e é assim estabelecido:
DFP = (1 – (n / 1440)) x 100 (%)
Onde:
n = número de vezes em que a integral do módulo do desvio de frequência (A), calculada
para intervalos de 1 (um) minuto, foi superior a 0,1 Hz.min, considerando o total de 1440
intervalos diários.

Cálculo da integral do módulo do desvio da frequência (A):


A =  | f (t) | .dt (Hz.min)
Onde:
A = Integral do módulo do desvio da frequência
f = Desvio da frequência: f – f 0
f = Frequência medida (Hz)
f 0 = Frequência nominal: 60,00 Hz
t = Tempo (minutos)
8.2.3 O indicador DFD avalia as variações de frequência ocorridas durante distúrbios no sistema
elétrico e é estabelecido a partir dos valores absolutos da frequência, sem integralização, para
cada distúrbio.
8.2.4 Em condições normais de variação de carga, em regime permanente, os desvios da
frequência instantânea (valores absolutos sem integralização) em relação ao valor nominal não
poderão exceder a +/- 0,1 Hz.

8.3 Avaliação de desempenho


8.3.1 O indicador DFP deve ser igual ou superior a 99% a cada dia, portanto não deve apresentar
mais que 14 valores da integral do desvio de frequência superior a 0,1 Hz.min a cada dia (1% dos
1440 minutos do dia).
8.3.2 O indicador DFD deve ser contabilizado para o período de 1 (um) ano, e ser inferior ou igual
aos limites apresentados na Tabela 1.

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Tabela 1– Limites para avaliação do desempenho da frequência durante distúrbios

Tempo acumulado máximo de exposição a


DFD
desvios de frequência (seg)
f > 66,0 Hz 0
63,5 Hz  f  66,0 Hz 30,0
62,0 Hz  f  63,5 Hz 150,0
60,5 Hz  f  62,0 Hz 270,0
58,5 Hz  f  59,5 Hz 390,0
57,5 Hz  f  58,5 Hz 45,0
56,5 Hz  f  57,5 Hz 15,0
f < 56,5 Hz 0

9 INDICADORES DE TENSÃO

9.1 Considerações Iniciais


9.1.1 A avaliação do desempenho da Rede Básica quanto à tensão é realizada por meio de
indicadores de:
(a) Tensão de atendimento em regime permanente;
(b) Flutuação de tensão;
(c) Desequilíbrio de tensão;
(d) Distorção harmônica de tensão; e
(e) Variação de Tensão de Curta Duração – VTCD.
9.1.2 São considerados pontos de observação da tensão os pontos onde se localizam o
Sistema de Medição para Faturamento – SMF dos agentes de distribuição, de geração, de
importação/exportação e consumidores, conforme designados nos respectivos Contratos de Uso
do Sistema de Transmissão – CUST.

9.2 Tensão de atendimento em regime permanente


9.2.1 Considerações iniciais
9.2.1.1 A avaliação do desempenho da Rede Básica quanto à tensão em regime permanente será
realizada por meio de valores obtidos pelos sistemas de medição e supervisão do ONS, para os
barramentos sob responsabilidade de concessionárias de transmissão.

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9.2.2 Definição de indicadores


9.2.2.1 O desempenho da tensão de atendimento em regime permanente é quantificado por
indicadores que refletem o percentual de tempo, em base mensal, em que a tensão de leitura - TL,
em relação à tensão contratada - TC, pode ser classificada como adequada, precária ou crítica.
No caso dos pontos de observação da tensão da Rede Básica, TC é igual a tensão nominal - TN
(TC = TN). Para a obtenção de TL são utilizados os valores de tensão eficaz fase-neutro, de cada
fase, integralizados em intervalos de 10 (dez) minutos.
9.2.2.2 Para a avaliação da tensão de atendimento em regime permanente são utilizados os
seguintes indicadores:
(a) Duração Relativa de Violação de Tensão Precária – DRP; e
(b) Duração Relativa de Violação de Tensão Crítica – DRC.
9.2.2.3 O indicador DRP, em cada ponto de observação da tensão, corresponde ao maior valor
dentre os indicadores calculados para cada fase (DRP Fase).
9.2.2.4 O indicador DRC, em cada ponto de observação da tensão, corresponde ao maior valor
dentre os indicadores calculados para cada fase (DRCFase).
9.2.2.5 Os indicadores DRPFase e DRCFase são calculados pelas seguintes expressões, aplicadas
para cada fase do sistema elétrico:
DRPFase (%) = (nlpFase / nFase) x 100
DRCFase (%) = (nlcFase / nFase) x 100
Onde:
nlpFase = número de leituras da fase com tensão de atendimento precária, em base
mensal;
nlcFase = número de leituras da fase com tensão de atendimento crítica, em base mensal;
nFase = número de leituras da fase, em base mensal.
9.2.2.6 O contador nlpFase é incrementado quando a tensão da fase correspondente situa-se na
faixa precária. Da mesma forma, o contador nlcFase é incrementado quando a tensão da fase
correspondente situa-se na faixa crítica. Tais faixas são definidas em função da TN, conforme
mostra a Tabela 2, ilustrada na Figura 1.
Tabela 2 – Classificação da tensão de atendimento em regime permanente, em função da tensão
nominal para barramentos sob responsabilidade de concessionárias de transmissão.
Tensão Nominal Classificação da tensão de atendimento em regime permanente
do ponto de
observação da
Adequada Precária Crítica
tensão (kV)
0,93 TC ≤ TL < 0,95 TC
TL < 0,93 TC
TN ≥ 230 0,95 TC ≤ TL ≤ 1,05 TC ou Ou
1,05 TC < TL ≤ 1,07 TC
TL > 1,07 TC
0,90 TC ≤ TL < 0,95 TC
TL < 0,90 TC
69 ≤ TN < 230 0,95 TC ≤ TL ≤ 1,05 TC ou ou
1,05 TC < TL ≤ 1,07 TC
TL > 1,07 TC
TL < 0,90 TC
1 < TN < 69 0,93 TC ≤ TL ≤ 1,05 TC 0,90 TC ≤ TL < 0,93 TC ou
TL > 1,05 TC
Nota: TC = Tensão contratada (kV); TL = Tensão de leitura (kV); TN = Tensão nominal (kV).
Na fronteira da Rede Básica, TC = TN.
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Crítica Crítica Crítica


1,07
Tensão de Leitura - TL [pu de TC]

Precária Precária
1,05

Adequada Adequada
Adequada
0,95
Precária
Precária
0,93
Precária
0,90
Crítica
Crítica Crítica

0,00
1 kV < TN < 69 kV 69 kV ≤ TN < 230 kV TN ≥ 230 kV
Tensão nominal - TN (kV)

Figura 1 – Classificação da tensão de atendimento em regime permanente, em função da tensão


nominal para barramentos sob responsabilidade de concessionárias de transmissão.
9.2.3 Avaliação de desempenho
9.2.3.1 O desempenho da tensão de atendimento em regime permanente em base mensal é
avaliado a partir da comparação dos indicadores DRP e DRC com os seguintes valores de
referência:
(a) Duração Relativa da Transgressão Máxima de Tensão Precária (DRPM), estabelecida
como 3%; e
(b) Duração Relativa da Transgressão Máxima de Tensão Crítica (DRCM), estabelecida como
0,5%.
9.2.3.2 Deve ser classificado como crítico o desempenho que apresentar, simultaneamente, no
período de observação mensal, valores dos indicadores DRP e DRC superiores aos valores de
referência DRPM e DRCM, respectivamente.

9.3 Flutuação de tensão


9.3.1 Considerações iniciais
9.3.1.1 Flutuação de tensão é a variação aleatória, repetitiva ou esporádica, do valor eficaz da
tensão. De um modo geral, podem-se relacionar as flutuações aleatórias e repetitivas com a
operação de cargas não lineares que apresentem consumo de potência variável no tempo,
enquanto as flutuações esporádicas relacionam-se com manobras de rede ou de carga.
9.3.1.1 As flutuações de tensão podem provocar uma série de distúrbios ao se propagarem
através da rede, mas apenas o distúrbio que causa a cintilação luminosa (flicker) será objeto deste
submódulo.

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9.3.1.2 Cintilação, aplicada a sistemas elétricos, é a impressão visual resultante das variações do
fluxo luminoso nas lâmpadas causada pelas flutuações da tensão de alimentação.
9.3.1.3 A severidade de cintilação é uma representação quantitativa do incômodo visual percebido
pelas pessoas expostas ao fenômeno de cintilação.
9.3.1.4 O desempenho da Rede Básica quanto à flutuação de tensão é quantificado por meio de
indicadores obtidos através de campanha de medição e no ponto de acoplamento comum (PSC)
correspondente da instalação.
9.3.2 Definição de indicadores
9.3.2.1 Os níveis de severidade de cintilação, causados pela flutuação de tensão, são
quantificados pelos indicadores Indicador de Severidade de Cintilação de Curta Duração – Pst e
Indicador de Severidade de Cintilação de Longa Duração – Plt, conforme descrição e
recomendação da Comissão Internacional de Eletrotécnica na Publicação IEC 61000-4-15
(Flickermeter – Functional and design specifications).
9.3.2.2 O indicador Pst representa a severidade dos níveis de cintilação causados pela flutuação
de tensão verificada num período contínuo de 10 (dez) minutos e é calculado a partir dos níveis
instantâneos de sensação de cintilação, conforme a seguinte expressão:

P st
 0,0314 P0,1  0,0525 P1  0,0657 P3  0,28 P10  0,08 P50
Onde:
Pi corresponde ao nível de sensação de cintilação que foi ultrapassado durante
i% do tempo, resultante do histograma de classificação por níveis, calculado
conforme estabelecido na Publicação IEC-61000-4-15.

9.3.2.3 O indicador Plt representa a severidade dos níveis de cintilação causados pela flutuação
de tensão verificada num período contínuo de 2 (duas) horas e é calculado a partir dos valores de
Pst conforme a seguinte expressão:

P lt
 3
1 12

12 i 1
P sti  3

9.3.2.4 Os indicadores de severidade de cintilação, aqui adotados como representativos da


flutuação de tensão, são:
(a) PstD95%: valor do indicador Pst que foi superado em 5% dos registros obtidos no período
de 1 (um) dia (24 horas);
(b) PltS95%: valor do indicador Plt que foi superado em 5% dos registros obtidos no período
de uma semana, ou seja, de 7 (sete) dias completos e consecutivos.
9.3.2.5 A determinação da qualidade da tensão quanto à flutuação de tensão tem por objetivo
avaliar o incômodo provocado pelo efeito da cintilação no consumidor final que tenha seus pontos
de iluminação alimentados pela tensão secundária de distribuição. Caso a tensão secundária de
distribuição de 127 V, seja preponderante entre os agentes conectados a tais barramentos, o
processo de medição deve ser realizado com o medidor ajustado para esse nível de tensão. Caso
a tensão secundária de distribuição de 220 V seja preponderante entre os agentes conectados a
tais barramentos, o processo de medição deve ser realizado com o medidor ajustado para esse
nível de tensão. Quando não for possível caracterizar a preponderância de uma dessas tensões, o

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processo de medição deve ser realizado com o medidor ajustado para a tensão de 220 V, por
corresponder a resultados mais conservadores.
9.3.3 Avaliação de desempenho
9.3.3.1 O desempenho da Rede Básica quanto à flutuação de tensão é avaliado a partir da
comparação dos indicadores PstD95% e PltS95% com os respectivos limites global e individual.
9.3.3.2 Os limites globais, obtidos por meio de campanhas de medição, aplicam-se ao ponto de
acoplamento comum (PAC). Da mesma forma, os limites individuais, determinados por meio de
cálculos específicos para cada instalação que contenha equipamentos com características não
lineares que produzam tais efeitos.
9.3.3.3 Limites globais
(a) Os limites globais inferior e superior, considerados para avaliar a qualidade da tensão
quanto à flutuação de tensão, estão apresentados na Tabela 3. Esses valores são
expressos em função dos limites globais para tensão secundária de distribuição (220 V ou
127 V) e da atenuação esperada quando a flutuação de tensão se propaga para os
barramentos da rede secundária de distribuição.
(b) FT é o fator de transferência aplicável entre o barramento sob responsabilidade de
concessionária de transmissão sob avaliação e o barramento da rede secundária de
distribuição eletricamente mais próximo. FT é calculado pela relação entre o valor do
PltS95% do barramento sob avaliação e o valor do PltS95% do barramento da rede
secundária de distribuição. No caso de os FT entre os barramentos envolvidos não terem
sido medidos, os FT apresentados na Tabela 4 devem ser aplicados para a avaliação da
flutuação de tensão nos barramentos sob responsabilidade de concessionária de
transmissão.
(c) Os limites globais apresentados na Tabela 3 foram estabelecidos com a premissa de que o
limite global inferior para as tensões secundárias nos sistemas de distribuição (220 V ou
127V) é 1 pu. Caso esse limite seja alterado, por determinação da ANEEL, os valores
estabelecidos devem ser revisados.
Tabela 3 – Limites globais para os indicadores de flutuação de tensão

Limite PstD95% PltS95%

Limite global inferior


1 pu 0,8 pu
FT FT
Limite global superior
2 pu 1,6 pu
FT FT
Tabela 4 – Fatores de transferência, em função da tensão nominal de barramento sob
responsabilidade de concessionária de transmissão.
Tensão Nominal do barramento (kV)
Fator de Transferência
Tensão Nominal  230 kV FT = 0,65
69 kV  Tensão Nominal  230 kV FT = 0,8
Tensão Nominal  69 kV FT = 1,0

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9.3.3.4 Limites individuais


(a) Os limites individuais de flutuação de tensão, que consideram um nível de saturação de
80% dos limites globais inferiores estabelecidos na Tabela 3, estão indicados na Tabela 5.
Tabela 5 – Limites individuais para os indicadores de flutuação de tensão

PstD95% PltS95%

0,8 pu 0,6 pu
FT FT

9.4 Desequilíbrio de tensão


9.4.1 Considerações iniciais
9.4.1.1 O desempenho da Rede Básica quanto ao desequilíbrio de tensão é quantificado por meio
de indicador obtidos através de campanha de medição no ponto de acoplamento comum (PAC)
correspondente da instalação.
9.4.1.2 O Fator de Desequilíbrio de Tensão - K corresponde à relação entre as componentes de
sequência negativa - V2 e sequência positiva - V1 da tensão, expresso em termos percentuais da
componente de sequência positiva, da seguinte forma:

V2
K x 100 [%]
V1
9.4.2 Definição de indicador
9.4.2.1 Para a avaliação do desequilíbrio de tensão é utilizado o indicador KS95%, assim obtido:
(a) determina-se o valor que foi superado em 5% dos registros de K obtidos no período de 1
dia (24 horas), considerando os valores das componentes de sequência positiva e negativa
integralizadas em intervalos de 10 (dez) minutos; e
(b) o valor do indicador corresponde ao maior valor entre os sete valores obtidos, em base
diária, ao longo de 7 (sete) dias consecutivos.
9.4.3 Avaliação de desempenho
9.4.3.1 O desempenho da Rede Básica quanto ao desequilíbrio de tensão é avaliado a partir da
comparação do indicador KS95% com os limites global e individual.
9.4.3.2 Os limites globais, obtidos por meio de campanha de medição, aplicam-se ao ponto de
acoplamento comum. Da mesma forma, os limites individuais, determinados por meio de cálculos
específicos para cada instalação que contenha equipamentos com características não lineares
que produzam tais efeitos.
9.4.3.3 Limite global
(a) O limite global é de:
KS95% 2%
9.4.3.4 Limite individual
(a) O limite individual é de:
KS95% 1,5%

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9.4.3.5 Caso as tensões de sequência negativa variem de forma intermitente e repetitiva, é


permitido ultrapassar os limites especificados em até o dobro, desde que a duração cumulativa
das tensões de sequência negativa, acima dos limites contínuos estabelecidos, não ultrapasse 5%
do período de monitoração.

9.5 Distorção harmônica de tensão


9.5.1 Considerações iniciais
9.5.1.1 O desempenho da Rede Básica quanto a harmônicos, em regime permanente, é
observado por meio de indicadores associados à distorção harmônica de tensão, monitorada em
barramentos sob responsabilidade de concessionárias de transmissão e nos pontos de
observação da tensão.
9.5.1.2 A distorção harmônica de tensão não se aplica durante a ocorrência de fenômenos
transitórios ou de curta duração que resultem em injeção de correntes harmônicas, como ocorre,
por exemplo, na energização de transformadores ou em partida de unidades geradoras que
utilizem equipamentos conversores de frequência.
9.5.1.3 A Distorção de Tensão Harmônica Individual – DTHI corresponde ao valor obtido da
relação percentual entre a tensão harmônica de ordem h, Vh, e a tensão à frequência fundamental,
V1, ambas medidas em Volts, sendo expressa por:
vh
DTHIh  100 (em %)
v1
9.5.1.4 A Distorção de Tensão Harmônica Total – DTHT corresponde ao valor obtido da raiz
quadrada do somatório quadrático das DTHI de ordens 2 a 50, sendo expressa por:

DTHT =  DTHI 2
h (em %)

9.5.2 Definição de indicadores


9.5.2.1 Para a avaliação da distorção harmônica de tensão são utilizados os indicadores:
(a) DTHI; e
(b) DTHTS95%.
9.5.2.2 O indicador DTHTS95% é assim obtido:
(a) determina-se o valor que foi superado em 5% dos registros obtidos no período de 1 dia (24
horas), considerando os valores dos indicadores integralizados em intervalos de 10 (dez)
minutos; e
(b) o valor do indicador corresponde ao maior entre os sete valores obtidos, em base diária,
ao longo de 7 (sete) dias consecutivos.
9.5.2.3 No cálculo de cada indicador deve-se utilizar o maior valor dentre os valores de cada fase,
em cada intervalo de integralização.
9.5.3 Avaliação de desempenho
9.5.3.1 O desempenho da Rede Básica quanto à distorção harmônica de tensão é avaliado a
partir da comparação dos indicadores DTHI e DTHTS95% com os respectivos limites global e
individual.
9.5.3.2 Os limites globais, obtidos por meio de campanhas de medição, aplicam-se ao ponto de
acoplamento comum (PAC). Da mesma forma, os limites individuais, determinados por meio de
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cálculos específicos para cada instalação que contenha equipamentos com características não
lineares que produzam tais efeitos..
9.5.3.3 Limites globais
(a) Os limites globais inferiores para os indicadores DTHI e DTHTS95% estão apresentados
na Tabela 6.
(b) Os limites globais superiores são determinados pela multiplicação dos limites globais
inferiores correspondentes pelo fator 4/3. Por exemplo, os limites globais superiores
relativos aos indicadores DTHTS95% para V< 69 kV e V  69 kV são, respectivamente,
8% e 4%.
(c) Para cada ordem harmônica h, a tensão harmônica resultante em qualquer ponto do
sistema é obtida com a combinação dos efeitos provocados por diferentes agentes.
Tabela 6 – Limites globais inferiores para os indicadores DTHI e DTHTS95%
V < 69 kV V  69 kV
DTHI, h ímpar DTHI, h par DTHI, h ímpar DTHI, h par
Ordem Valor (%) Ordem Valor (%) Ordem Valor (%) Ordem Valor (%)
3, 5, 7 5% 3, 5, 7 2%
2, 4, 6 2% 2, 4, 6 1%
9, 11, 13 3% 9, 11, 13 1,5%
8 1% 8 0,5%
15 a 25 2% 15 a 25 1%
27 1% 27 0,5%
DTHTS95% = 6% DTHTS95% = 3%
9.5.3.4 Limites individuais
(a) Os limites individuais para os indicadores DTHI e DTHTS95% estão apresentados na
Tabela 7.
Tabela 7 – Limites individuais para os indicadores DTHI e DTHTS95%
13,8 kV  V  69 kV V  69 kV
DTHI, h ímpar DTHI, h par DTHI, h ímpar DTHI, h par
Ordem Valor (%) Ordem Valor (%) Ordem Valor (%) Ordem Valor (%)
3 a 25 1,5% 3 a 25 0,6%
todos 0,6% todos 0,3%
27 0,7% 27 0,4%
DTHTS95% = 3% DTHTS95% = 1,5%

9.6 Variação de Tensão de Curta Duração – VTCD


9.6.1 Considerações iniciais
9.6.1.1 VTCD é um evento aleatório de tensão caracterizado por desvio significativo, por curto
intervalo de tempo, do valor eficaz da tensão. Calcula-se o valor eficaz da tensão a partir da média
quadrática dos valores instantâneos da tensão, em período mínimo de meio ciclo e máximo de um
ciclo. A VTCD refere-se à tensão fase-neutro e é descrita monofasicamente pelos parâmetros
amplitude e duração.
9.6.1.2 A amplitude da VTCD é definida pelo valor extremo do valor eficaz da tensão, dentre as
três fases, enquanto perdurar o evento.

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9.6.1.3 A duração da VTCD é definida pelo intervalo de tempo decorrido entre o instante em que o
valor eficaz da tensão ultrapassa determinado limite e o instante em que essa variável volta a
cruzar esse limite.
9.6.1.4 A análise do desempenho da Rede Básica quanto à VTCD é feita com base em
indicadores quantificados em barramentos sob responsabilidade de concessionárias de
transmissão e nos pontos de observação da tensão.
9.6.1.5 A partir da duração e amplitude, as VTCD são classificadas de acordo com o Quadro 2.
9.6.1.6 A variação momentânea de tensão compreende os eventos com duração inferior ou igual
a 3 (três) segundos, sendo classificada em interrupção, afundamento e elevação momentâneas de
tensão, em função da amplitude da VTCD.
9.6.1.7 A variação temporária de tensão compreende os eventos com duração superior a 3 (três)
segundos e inferior ou igual a 1 (um) minuto, sendo classificada em interrupção, afundamento e
elevação temporárias de tensão, em função da amplitude da VTCD.
9.6.1.8 Denomina-se Interrupção Momentânea de Tensão (IMT) o evento em que o valor eficaz
da tensão é inferior a 0,1 pu da tensão nominal, durante um intervalo de tempo com duração
inferior ou igual a 3 (três) segundos.
9.6.1.9 Denomina-se Afundamento Momentâneo de Tensão (AMT) o evento em que o valor eficaz
da tensão é igual ou superior a 0,1 e inferior a 0,9 pu da tensão nominal, durante um intervalo de
tempo com duração superior ou igual a um ciclo e inferior ou igual a 3 (três) segundos.
9.6.1.10 Denomina-se Elevação Momentânea de Tensão (EMT) o evento em que o valor eficaz
da tensão é superior a 1,1 pu da tensão nominal, durante um intervalo de tempo com duração
superior ou igual a um ciclo e inferior ou igual a 3 (três) segundos.
9.6.1.11 Denomina-se Interrupção Temporária de Tensão (ITT) o evento em que o valor eficaz da
tensão é inferior a 0,1 pu da tensão nominal, durante um intervalo de tempo com duração superior
a 3 (três) segundos e inferior ou igual a 1 (um) minuto.
9.6.1.12 Denomina-se Afundamento Temporário de Tensão (ATT) o evento em que o valor eficaz
da tensão é igual ou superior a 0,1 e inferior a 0,9 pu da tensão nominal, durante um intervalo de
tempo com duração superior a 3 (três) segundos e inferior ou igual a 1 (um) minuto.
9.6.1.13 Denomina-se Elevação Temporária de Tensão (ETT) o evento em que o valor eficaz da
tensão é superior a 1,1 pu da tensão nominal, durante um intervalo de tempo com duração
superior a 3 (três) segundos e inferior ou igual a 1 (um) minuto.
9.6.1.14 As configurações de disparo dos equipamentos de monitoração das VTCD, para início de
gravação do evento e de reinício de gravação para o mesmo evento, devem ser de 0,90 e 0,92
p.u. para registro de afundamento de tensão e de 1,10 e 1,08 p.u. para registro de elevação de
tensão, respectivamente.

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Quadro 2 - Tipos de variações de tensão de curta duração


Amplitude da VTCD, em
Tipo de VTCD Duração da VTCD
relação à tensão nominal
Interrupção momentânea inferior ou igual a 3 (três)
inferior a 0,1 pu
de tensão – IMT segundos
Afundamento igual ou superior a um ciclo e
igual ou superior a 0,1 e
momentâneo de tensão – inferior ou igual a 3 (três)
inferior a 0,9 pu
AMT segundos
igual ou superior a um ciclo e
Elevação momentânea de
inferior ou igual a 3 (três) superior a 1,1 pu
tensão – EMT
segundos
Interrupção temporária de superior a 3 (três) segundos e
inferior a 0,1 pu
tensão – ITT inferior ou igual a 1 (um) minuto
Afundamento temporário superior a 3 (três) segundos e igual ou superior a 0,1 e
de tensão – ATT inferior ou igual a 1 (um) minuto inferior a 0,9 pu
Elevação temporária de superior a 3 (três) segundos e
superior a 1,1 pu
tensão – ETT inferior ou igual a 1 (um) minuto
9.6.2 Definição de indicadores
9.6.2.1 Além dos parâmetros duração e amplitude já descritos, a severidade da VTCD em cada
fase é também caracterizada pela frequência de ocorrência, que corresponde à quantidade de
vezes que cada combinação dos parâmetros duração e amplitude ocorre por unidade de tempo.
9.6.2.2 Num barramento sob avaliação, uma VTCD é caracterizada a partir da agregação dos
parâmetros amplitude e duração de cada evento. Assim sendo, eventos simultâneos são
primeiramente agregados compondo um mesmo evento no barramento sob avaliação (agregação
de fases) e, em seguida, eventos consecutivos, em um período de 1 (um) minuto, no mesmo
ponto, são agregados compondo um único evento (agregação temporal).
9.6.2.3 Afundamentos e elevações são tratados separadamente, compondo um afundamento e
uma elevação no barramento sob avaliação.
9.6.2.4 A amplitude do evento obtida após o processo de agregação de fases corresponde ao
mínimo valor para afundamento e ao máximo valor para elevação, dentre as três fases.
9.6.2.5 A agregação de fases deve ser feita pelo critério de união das fases, ou seja, a duração do
evento é definida como o intervalo de tempo decorrido entre o instante em que o primeiro dos
eventos de uma fase ultrapassa determinado limite e o instante em que o último dos eventos volta
a cruzar esse limite.
9.6.2.6 Após a agregação de fases, afundamentos consecutivos ou elevações consecutivas
devem ser agregados de forma temporal quando o intervalo de tempo entre o início de eventos
consecutivos for inferior a 1 (um) minuto. O afundamento e a elevação que representa o intervalo
de 1 (um) minuto é o de menor ou maior amplitude, respectivamente.
9.6.2.7 O indicador utilizado para quantificar os eventos de VTCD em um barramento sob
avaliação é a frequência de ocorrência, em base anual.
9.6.2.8 A contabilização das combinações amplitude e duração de afundamentos de tensão deve
ser feita em intervalos discretizados conforme Tabela 8, para cada barramento sob avaliação,
onde a amplitude é quantificada em p.u. da tensão nominal do barramento.

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QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA DA REDE
BÁSICA

Tabela 8 – Contabilização de afundamentos de tensão no barramento sob avaliação, em função


da amplitude e duração do evento.

Duração
Amplitude [pu] [16,67 ms- (300 ms-
(600 ms-1 s] (1 s-3 s] (3 s-1 min]
300 ms] 600 ms]
(0,85 - 0,90]
(0,80 - 0,85]
(0,70 - 0,80]
(0,60 - 0,70]
(0,50 - 0,60]
(0,40 - 0,50]
(0,30 - 0,40]
(0,20 - 0,30]
[0,10 - 0,20]
< 0,10

9.6.2.9 A contabilização das combinações amplitude e duração de elevações de tensão deve ser
feita em intervalos discretizados conforme Tabela 9, para cada barramento sob avaliação, onde a
amplitude é quantificada em p.u. da tensão nominal do barramento.
Tabela 9 – Contabilização de elevações de tensão no barramento sob avaliação, em função da
amplitude e duração do evento.

Duração
Amplitude [pu] [16,67 ms- (300 ms-
(600 ms-1 s] (1s-3 s] (3 s-1 min]
300 ms] 600 ms]
[1,10 - 1,40]
> 1,40

9.6.3 Avaliação de desempenho


9.6.3.1 A esse fenômeno não são atribuídos limites de referência, de acordo com a experiência
internacional. O ONS, através de processo de apuração e gerenciamento, detalhado no item 13.3
deste submódulo, acompanhará e divulgará o desempenho dos pontos de observação da tensão e
dos barramentos sob responsabilidade de concessionária de transmissão com base nos
indicadores supracitados.

10 ETAPAS DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DOS INDICADORES DE QEE

10.1 O processo de gerenciamento dos indicadores do desempenho da Rede Básica sob o ponto
de vista da QEE engloba ações voltadas tanto para a prevenção de violações como para o
restabelecimento do nível adequado de desempenho. Abrange as seguintes etapas:

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BÁSICA

(a) levantamento, através de medições ou simulações, dos valores dos indicadores de


continuidade do serviço, frequência e tensão, conforme disposto nos itens 7 , 8 e 9 deste
submódulo;
(b) avaliação de situações de violação dos limites dos indicadores de continuidade do serviço,
frequência e tensão, com a finalidade de determinar as causas da violação, de forma a
definir as ações necessárias para o restabelecimento do desempenho adequado, e de
identificar as responsabilidades;
(c) avaliação de novas conexões, bem como da implantação de novas instalações não
lineares na Rede Básica, de maneira a quantificar o impacto dessas conexões e
instalações nos valores dos indicadores de desequilíbrio, flutuação e distorção harmônica
de tensão e a prevenir violações dos limites desses indicadores sob o ponto de vista tanto
do desempenho individual de cada instalação quanto do desempenho global da Rede
Básica.

11 GERENCIAMENTO DOS INDICADORES DE CONTINUIDADE DO SERVIÇO

11.1 Considerações iniciais


11.1.1 Os indicadores DIPC, FIPC e DMIPC correspondem, respectivamente, à duração, à
frequência e à duração máxima de interrupção de serviço no ponto de controle, num determinado
período de apuração, conforme definido neste submódulo.
11.1.2 O gerenciamento do indicador tem como objetivo identificar pontos de controle com
desempenho considerado atípico e propor ações corretivas.

11.2 Apuração dos indicadores


11.2.1 Os indicadores de continuidade são coletados de forma contínua pelo ONS e apurados em
base mensal.

11.3 Gerenciamento do desempenho


11.3.1 Cabe ao ONS, a partir dos valores apurados, o gerenciamento dos indicadores de
continuidade.
11.3.2 A avaliação do desempenho de um determinado ponto de controle deve ser realizada
através da comparação dos indicadores de desempenho DIPC histórico e DIPC anual, FIPC
histórico e FIPC anual, DMIPC histórico e DMIPC anual com os valores de DIPC referência, FIPC
referência e DMIPC referência, respectivamente.
11.3.3 Os indicadores DIPC anual e FIPC anual, para cada ponto de controle, correspondem aos
valores de DIPC e FIPC acumulados em um período consecutivo de 12 (doze) meses no ponto de
controle. O indicador DMIPC anual, para cada ponto de controle, corresponde ao maior valor de
DMIPC observado nesse período consecutivo de 12 (doze) meses no ponto de controle. Esses
indicadores avaliam a dinâmica evolutiva de curto prazo do desempenho do ponto de controle.
11.3.4 Os indicadores DIPC histórico e FIPC histórico correspondem à média anualizada dos
valores DIPC e FIPC acumulados ao longo de todo o período de apuração do desempenho do
ponto de controle. O indicador DMIPC histórico corresponde à média anualizada dos maiores
valores de DMIPC observados nesse período de apuração do desempenho do ponto de controle.
Esses indicadores retratam a dinâmica evolutiva de longo prazo do desempenho do ponto de
controle.

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BÁSICA

11.3.5 Os valores de DIPC referência, FIPC referência e DMIPC referência são determinados a
partir de simulação preditiva ou do desempenho histórico do ponto de controle. Na simulação, são
considerados os seguintes parâmetros que influenciam no desempenho do ponto de controle e
são obtidos a partir de dados apurados pelo ONS e/ou fornecidos pelos agentes:
(a) taxa de falha de equipamentos;
(b) configuração de barra; e
(c) tempos de indisponibilidade para manobra e reparo de equipamentos.
11.3.6 Esses indicadores estabelecem o desempenho médio de longo prazo do ponto de controle
e se mantem inalterados até que se altere algum parâmetro utilizado na sua determinação ou
alguma característica da instalação.
11.3.7 Quando da inclusão de novo ponto de controle no processo de gerenciamento, o ONS
deve determinar os valores de referência para esse ponto.
11.3.8 Os valores de DIPC referência, FIPC referência e DMIPC referência, para cada ponto de
controle, devem ser disponibilizados no site do ONS, com a respectiva data de vigência.
11.3.9 O ONS, quando da identificação de um ponto de controle com comportamento atípico,
deve buscar as causas de tal desempenho e propor as ações corretivas cabíveis ao agente
responsável.
11.3.10 O agente ao qual couber alguma ação corretiva deve atender ao compromisso resultante
da notificação.
11.3.11 O ONS deve manter, para sua referência e dos agentes, uma base de dados com o
detalhamento de cada caso estudado, contendo os índices apurados, as causas identificadas, as
recomendações e as ações efetivamente realizadas.

11.4 Divulgação dos resultados


11.4.1 Os indicadores DIPC, FIPC e DMIPC apurados pelo ONS são divulgados conforme
indicado no Submódulo 25.5.

12 GERENCIAMENTO DOS INDICADORES DE FREQUÊNCIA

12.1 Considerações iniciais


12.1.1 Os indicadores de frequência não devem extrapolar, os valores recomendados no item
8.3.2 deste submódulo.

12.2 Apuração dos indicadores


12.2.1 O indicador DFP é coletado de forma contínua pelo ONS, com apuração realizada em base
diária, e o indicador DFD é coletado durante distúrbios, com apuração em base anual.
12.2.2 As variações de frequência durante distúrbios devem ser expurgadas para cálculo do
indicador DFP.
12.2.3 No caso do cálculo do indicador DFP, a integral do módulo do desvio de frequência
calculado no minuto que coincidir com o início do distúrbio não será considerada se nesse
intervalo forem verificados valores absolutos de frequência superiores a +/- 0,5 Hz em relação ao
valor nomial, o que caracteriza um distúrbio no SIN. Nesse caso, o número total diário de
intervalos de um minuto, qual seja, 1440, utilizado na formulação apresentada no item 8.2.1 deste

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submódulo deve ser substituído pelo resultado da expressão 1440 - X, em que X corresponde ao
número de intervalos em que tenham ocorrido distúrbios desse total diário.
12.2.4 Os valores apurados de frequência devem ser armazenados pelo ONS para determinação
dos indicadores DFP e DFD. Tais valores podem ser consultados pelos agentes envolvidos em
cada uma das medições.

12.3 Gerenciamento do desempenho


12.3.1 O gerenciamento do desempenho da frequência deve ser feito com base nos valores dos
indicadores de frequência, nos relatórios de análise emitidos pelo ONS e nos relatórios de
desempenho de CAG emitidos pelos centros de operação do ONS detentores de CAG, com a
identificação das causas dos desvios de frequência.
12.3.2 O gerenciamento do desempenho da frequência deve identificar e recomendar ações que
venham a melhorar o desempenho operacional do SIN.
12.3.3 Havendo violação persistente dos limites dos indicadores de frequência definidos neste
submódulo, devem ser identificadas as causas e propostas ações, incluindo metas e prazos, que
corrijam os problemas identificados e previnam novas ocorrências.
12.3.4 O ONS deve manter, para sua referência e dos agentes, uma base de dados contendo o
detalhamento de cada caso estudado, contendo os índices apurados, as causas identificadas, as
recomendações e as ações efetivamente realizadas.

12.4 Divulgação dos resultados


12.4.1 Os indicadores de frequência apurados pelo ONS são divulgados conforme estabelecido
no Submódulo 25.6.

13 GERENCIAMENTO DOS INDICADORES DE TENSÃO

13.1 Tensão de atendimento em regime permanente


13.1.1 Considerações iniciais
13.1.1.1 O gerenciamento do indicador tem como objetivo identificar o barramento sob
responsabilidade de concessionárias de transmissão com desempenho aquém do estabelecido e
propor ações corretivas
13.1.2 Apuração dos indicadores
13.1.2.1 Os indicadores da tensão de atendimento em regime permanente são apurados em base
mensal.
13.1.2.2 Os valores de tensão em regime permanente utilizados para a obtenção dos indicadores
DRP e DRC para barramentos sob responsabilidade de concessionárias de transmissão devem
ser armazenados pelo ONS, de forma a viabilizar sua consulta pelos agentes envolvidos em cada
uma das medições.
13.1.2.3 Os requisitos dos instrumentos de monitoração de tensão de atendimento em regime
permanente devem seguir adicionalmente o estabelecido no Anexo 1 do Submódulo 12.2.
13.1.3 Gerenciamento do desempenho
13.1.3.1 A avaliação do desempenho da tensão para barramentos sob responsabilidade de
concessionárias de transmissão deve ser realizada com base nos valores dos indicadores DRP e
DRC, conforme estabelecido no item 9.2.2.1 deste submódulo.

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QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA DA REDE
BÁSICA

13.1.3.2 Se o desempenho da tensão do ponto de observação da tensão, no período de 1 (um)


mês, for classificado, de forma persistente, como crítico, o ONS deve analisar as causas da
inadequação do desempenho, juntamente com os agentes que controlam o ponto de observação
da tensão ou são afetados pelo desempenho desse ponto.
13.1.3.3 Se a inadequação do desempenho tiver causa de caráter sistêmico, o ONS deve propor
alternativas de solução para a implantação de reforço ou ampliação das instalações de
transmissão.
13.1.3.4 Se a inadequação do desempenho for causada pela violação do limite individual, por
parte de algum agente, esse agente deve atender às recomendações estabelecidas pelo ONS.
13.1.3.5 O ONS deve manter, para sua referência e dos agentes, uma base de dados contendo o
detalhamento de cada caso estudado, contendo os índices apurados, as causas identificadas, as
recomendações e as ações efetivamente realizadas –.
13.1.4 Divulgação dos resultados
13.1.4.1 Os indicadores de tensão de atendimento em regime permanente são divulgados
conforme estabelecido no Submódulo 25.6.

13.2 Flutuação, desequilíbrio e distorção harmônica de tensão


13.2.1 Considerações iniciais1
13.2.1.1 A flutuação de tensão é caracterizada, conforme estabelecido no item 9.3.2.4 deste
submódulo, pelos indicadores PstD95% e PltS95%, relacionados com o nível de severidade do
fenômeno da cintilação (flicker).
13.2.1.2 O desequilíbrio de tensão é caracterizado, conforme estabelecido no item 9.4 deste
submódulo, pelo indicador KS95%, que exprime a relação entre as componentes da tensão de
sequência negativa (V2) e positiva (V1).
13.2.1.3 A distorção harmônica de tensão é caracterizada, conforme estabelecido no item 9.5.2.1
deste submódulo, pelos indicadores DTHI e DTHTS95%.
13.2.1.4 O gerenciamento dos indicadores de flutuação, desequilíbrio e distorção harmônica de
tensão tem como objetivo identificar barramentos sob responsabilidade de concessionária de
transmissão no ponto de acoplamento comum (PAC) com desempenho aquém do estabelecido e
propor ações corretivas.
13.2.2 Apuração dos indicadores
13.2.2.1 O processo de apuração dos valores desses indicadores será realizado através de
monitoramento contínuo ou de campanhas de medição, a partir de sistema de medição instalado
pelo agente, de acordo com o item 13.2.2.5 deste submódulo.
13.2.2.2 Será realizada medição contínua no ponto de acoplamento (PAC) onde o desempenho
de cargas não lineares ou especiais implique a ocorrência de valores expressivos de flutuação,
desequilíbrio e distorção harmônica de tensão.
13.2.2.3 Os resultados da apuração devem ser apresentados ao ONS, em formato e prazo
estabelecidos pelo ONS.

1
Critérios e Procedimentos para o Atendimento a Consumidores com Cargas Especiais - Revisão 1; Nov/97;
GCOI/SCEL e GCPS/CTST

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13.2.2.4 Uma campanha de medição deve ter duração de 7 (sete) dias consecutivos, de acordo
com protocolo de apuração estabelecido para o indicador em análise, considerando os valores dos
indicadores integralizados em intervalos de 10 (dez) minutos. Entretanto, quando a campanha de
medição for realizada para a conexão de agente de geração, com fonte eólica/solar, esse período
poderá ser estendido, em função de sua característica de operação, conforme estabelecido no
item 14.714.7.6 deste submódulo.
13.2.2.5 O instrumento de medição utilizado no processo de apuração dos indicadores deve ter
desempenho compatível com equipamento classe A da IEC 61000-4-30, bem como nas
publicações listadas a seguir, desempenho esse que deve ser comprovado segundo critérios a
serem estabelecidos pelo ONS:
(a) Flutuação de tensão: IEC 61000-4-15; e
(b) Distorção harmônica de tensão: IEC 61000-4-7.
13.2.2.6 Não obstante o estabelecido no item 13.2.2.5 deste submódulo, a adequação do
desempenho dos equipamentos de medição e transdutores pode ser avaliada, a critério do ONS,
por meio de testes em laboratório.
13.2.3 Gerenciamento do desempenho
13.2.3.1 A avaliação do desempenho global é realizada por meio da comparação dos valores dos
indicadores obtidos através de processo de apuração, por fase, com os valores dos limites globais
inferior e superior desses indicadores, limites esses estabelecidos de acordo com os itens 9.3.3.3
(a) e 9.3.3.3 (b) deste submódulo. Para a avaliação do desempenho, adota-se o seguinte
procedimento:
(a) quando o valor apurado do indicador for menor ou igual ao limite global inferior, o
desempenho é considerado adequado;
(b) quando o valor apurado do indicador encontra-se entre os limites globais inferior e
superior, o desempenho é considerado em estado de observação. Caso se verifiquem
reclamações ou evidências de problemas relativos ao desempenho e/ou à integridade de
alguma instalação, o ONS, em conjunto com os agentes envolvidos, deve buscar
alternativas de soluções e atribuir responsabilidades; e
(c) quando o valor apurado do indicador for maior que o limite global superior, o desempenho
é considerado inadequado. Nesse caso, as ações corretivas ou mitigadoras devem ser
definidas logo após a realização de investigações para a identificação de causas e
responsabilidades.
13.2.3.2 Ocorrendo a violação do desempenho global em determinado barramento sob
responsabilidade de concessionária de transmissão, conforme estabelecido no item 13.2.3.1 deste
submódulo, o ONS, em conjunto com os agentes envolvidos, realizará:
(a) medições adicionais no barramento sob análise e nos sistemas dos agentes a ele
conectado, de maneira a caracterizar o efeito da violação.; e
(b) simulações computacionais para subsidiar o processo de análise e identificação das
causas da violação e de estabelecimento de medidas corretivas ou mitigadoras.
13.2.3.3 Se a inadequação do desempenho tiver causa de caráter sistêmico, o ONS deve propor
alternativas de solução para a implantação de reforço ou ampliação das instalações de
transmissão.
13.2.3.4 Se a inadequação do desempenho for causada pela violação do limite individual por
parte de algum agente, esse agente deve atender às recomendações estabelecidas pelo ONS.

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13.2.3.5 O ONS deve manter, para sua referência e dos agentes, os relatórios contendo o
detalhamento de cada caso estudado, com os índices apurados e as causas identificadas, as
recomendações e as ações efetivamente realizadas.
13.2.4 Divulgação dos resultados
13.2.4.1 Os indicadores de flutuação, desequilíbrio e distorção harmônica de tensão são
divulgados conforme estabelecido no Submódulo 25.6.

13.3 Variação de tensão de curta duração - VTCD


13.3.1 Considerações iniciais
13.3.1.1 Conforme definido no item 9.6.1.1 deste submódulo, uma VTCD é um evento aleatório de
tensão caracterizado por desvio significativo, por curto intervalo de tempo, do valor eficaz da
tensão. Calcula-se o valor eficaz da tensão a partir da média quadrática dos valores instantâneos
da tensão, em período mínimo de meio ciclo e máximo de um ciclo. A VTCD refere-se à tensão
fase-neutro e é descrita monofasicamente pelos parâmetros amplitude e duração.
13.3.1.2 O gerenciamento dos indicadores de VTCD tem como objetivo identificar barramentos
sob responsabilidade de concessionária de transmissão com desempenho crítico, e propor ações
corretivas.
13.3.2 Apuração dos indicadores
13.3.2.1 Os indicadores de VTCD são apurados em base anual.
13.3.2.2 Os agentes envolvidos em cada uma das medições podem consultar os valores
apurados, que são armazenados pelo ONS, para posterior determinação dos indicadores.
13.3.2.3 Os requisitos dos instrumentos de monitoração de VTCD devem seguir o estabelecido no
Anexo 1 do Submódulo 12.2.
13.3.2.4 O arquivo de saída do instrumento deve ser apresentado em formato XML, conforme
especificação conjunta da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE e do ONS.
13.3.2.5 Quando detectada uma VTCD, o instrumento de monitoração deve disponibilizar no
mínimo os seguintes dados: instante de ocorrência do evento, amplitude da tensão
correspondente ao máximo desvio – afundamento e/ou elevação –, duração do evento, e forma de
onda.
13.3.3 Gerenciamento do desempenho
13.3.3.1 Cabe ao ONS, a partir dos valores apurados, gerenciar, a partir dos indicadores, o
desempenho relativo às VTCD.
13.3.3.2 A avaliação do desempenho é realizada por meio da comparação dos valores obtidos
para cada tipo de VTCD com os respectivos valores médios para os demais barramentos de
mesmo tipo.
13.3.4 Se o desempenho, no período de 1 (um) ano, for classificado, de forma persistente, como
crítico, o ONS deve analisar as causas da inadequação do desempenho, juntamente com os
agentes responsáveis pelo barramento sob avaliação e agentes afetados pelo desempenho desse
barramento.
13.3.3.3 O ONS deve manter, para sua referência e dos agentes, a base de dados contendo o
detalhamento de cada caso estudado, com os índices apurados, as causas identificadas, as
recomendações e as ações efetivamente realizadas.
13.3.5 Divulgação dos resultados
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13.3.5.1 Os indicadores de VTCD são divulgados conforme estabelecido no Submódulo 25.6.

14 AVALIAÇÃO DO IMPACTO DE INSTALAÇÃO NÃO LINEAR EM PROCESSO DE ACESSO


OU DE INTEGRAÇÃO À REDE BÁSICA QUANTO A QEE

14.1 Quando ocorrem solicitações de acesso de agentes de geração, de distribuição, de


importação/exportação e de consumidores cujas instalações não lineares possam comprometer o
desempenho da Rede Básica devem ser realizadas análises fundamentadas em indicadores de
QEE. O mesmo tratamento deve ser dado às integrações de novas instalações da Rede Básica
que apresentem característica não linear. Nesses casos, os fenômenos de flutuação, desequilíbrio
e distorção harmônica de tensão são os de maior interesse.
14.2 Os limites de desempenho estabelecidos neste submódulo devem ser obedecidos no ponto
de acoplamento comum (PAC), tanto pelas instalações não lineares dos agentes que se conectam
às instalações sob responsabilidade de concessionária de transmissão como pelas instalações de
transmissão com característica não linear. Tais limites devem ser respeitados em todos os modos
de operação possíveis, ou seja, tanto em operação normal como degradada. Como exemplo de
operação degradada, pode-se citar, no caso de instalações conversoras, a situação em que
alguma ponte conversora do conjunto esteja fora de serviço, seja por manutenção seja por defeito.
Nesse caso, via de regra, perde-se a compensação entre harmônicas resultantes de pontes
alimentadas por tensões com diferentes ângulos de defasamento.
14.3 Para os agentes de distribuição aplicam-se os requisitos de medição estabelecidos no item
14.7 deste submódulo, considerando o seguinte procedimento:
(a) tal requisito terá caráter obrigatório para cada agente de distribuição que se conecte a um
barramento localizado em uma subestação sob responsabilidade de concessionária de
transmissão;
(b) nos demais casos, o ONS deve avaliar, com base nas peculiaridades de cada conexão, se
há necessidade da medição; e
(c) caso as medições indiquem violação dos limites globais, o ONS deverá coordenar
processo para determinação das causas da violação por meio de estudos e/ou medições
adicionais.
14.4 Para os agentes de geração aplicam-se os requisitos de estudo e medição estabelecidos,
respectivamente, nos itens 14.6 e 14.7 deste submódulo, e é adotada a seguinte sistemática:
(a) tais requisitos devem ter caráter obrigatório para instalações de geração que:
(1) tenha unidade geradora do tipo eólica;
(2) tenha excitatriz do tipo estática (brushless); ou
(3) utilize unidade cicloconversora auxiliar para partida da turbina.
(b) Nos demais casos, o ONS deve avaliar, com base nas peculiaridades de cada conexão,
se há necessidade da medição.
14.5 Critérios de individualização de instalação não linear para avaliação de desempenho
14.5.1 As instalações não lineares que se conectam às instalações sob responsabilidade de
concessionária de transmissão, diretamente ou através de um sistema de transmissão de uso
exclusivo, compartilhado ou não, devem ser tratadas de forma individual, no que diz respeito à
avaliação do seu desempenho quanto a QEE, no seu ponto de acoplamento comum (PAC). No
caso de expansão da instalação existente, tanto os estudos como as campanhas de medição

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devem ser atualizados considerando a instalação como um todo, ou seja, a instalação existente
acrescida de sua expansão.
14.5.2 No caso em que centrais de geração eólica/solar tenham obtido junto a ANEEL
autorização para compartilhamento de suas instalações de interesse restrito com outras centrais
geradoras de mesma fonte, tais centrais serão caracterizadas como uma única instalação
individual no que diz respeito à avaliação do seu desempenho quanto a QEE. O mesmo se aplica
a consumidores que venham a compartilhar instalações de interesse restrito, como por exemplo,
subestação abaixadora.
14.6 Estudos para avaliação de desempenho quanto a QEE
14.6.1 Estudos de QEE tratam das avaliações de desempenho quanto à flutuação, desequilíbrio e
distorção harmônica de tensão no PAC. Observa-se que, em função dos resultados obtidos pelos
estudos, podem ser solicitados procedimentos complementares de medição, durante as
campanhas de medição tratadas no item 14.7 deste submódulo.
14.6.2 Os estudos devem ser realizados pelo agente e submetidos à apreciação do ONS, dentro
do prazo estabelecido no Submódulo 3.3, sob a forma de relatório, incluindo informações
detalhadas quanto aos dados, modelos e metodologias utilizadas, bem como os resultados obtidos
e as eventuais ações a serem desenvolvidas no sentido de adequar o desempenho da instalação
aos limites individuais estabelecidos.
14.6.3 No Submódulo 23.3, o ONS apresenta um guia básico para a realização desses estudos,
que deve ser utilizado pelo agente como referência para o desenvolvimento das suas análises.
14.6.4 Após avaliação dos relatórios de estudo, o ONS pode apresentar comentários e
recomendações relacionadas com as metodologias de cálculo utilizadas, atendendo aos
procedimentos estabelecidos no processo de acesso. Os dados utilizados e os resultados obtidos
são de responsabilidade do agente.
14.6.5 O ONS deve repassar ao agente todas as informações disponíveis relativas aos estudos a
serem realizados.
14.7 Campanhas de medição para avaliação de desempenho quanto a QEE
14.7.1 De forma a atender e complementar o processo de conexão de uma instalação não linear
devem ser realizadas campanhas de medição, a cargo do agente.
14.7.2 As campanhas de medição têm por objetivo apurar valores dos indicadores de flutuação,
desequilíbrio e distorção harmônica de tensão no PAC da instalação
14.7.3 As campanhas de medição têm por objetivo apurar valores dos indicadores de flutuação,
desequilíbrio e distorção harmônica de tensão no PAC da instalação. Entretanto, dependendo das
características da instalação e da sua conexão, também devem ser medidos valores de correntes
harmônicas obtidos através de campanha de corrente. Essas correntes harmônicas são obtidas na
saída dos aerogeradores, dos inversores das células fotovoltaicas e na entrada do ramal dos
equipamentos elétricos com características não lineares dos consumidores livres. As campanhas
de corrente e de monitoramento são realizadas posteriormente à campanha pré e antes da
campanha pós tensão, ou seja, no período mais favorável à realização dessas campanhas. As
medições de corrente, especificamente para parques eólicos e solares deverão ser realizadas de
acordo com os requisitos estabelecidos pela IEC 61400-21.
14.7.4 As campanhas de medição devem ser realizadas em dois momentos, quais sejam:
imediatamente antes e após a entrada em operação da instalação.
14.7.5 A campanha de corrente tem por finalidade permitir reavaliar o estudo de desempenho da
instalação quanto à distorção harmônica de tensão.

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BÁSICA

(a) As correntes harmônicas no caso de aerogeradores devem ser medidas por uma unidade
geradora representativa de cada parque;
(b) Para módulos fotovoltaicos a medição é obtida por um conjunto de inversores que define
cada central fotovoltaica.
14.7.6 Os relatórios com os resultados das campanhas de medição de corrente deverão ser
encaminhados ao ONS e a partir da entrada em operação comercial da central geradora.
14.7.7 A campanha a ser realizada imediatamente antes e após a entrada em operação da
instalação deve ser realizada por um período de 7 (sete) dias consecutivos, incluindo a apuração
dos indicadores de tensão listados no item 14.7.2 deste Submódulo.
14.7.8 O período das campanhas de corrente e monitoramento estão condicionados aos objetivos
de cada uma.
14.7.9 As campanhas de medição de QEE são pré-requisitos para a emissão das declarações de
atendimento aos Procedimentos Rede para os acessantes à Rede Básica, que possuem cargas
não lineares (consumidores livres e distribuidores) de acordo com o Módulo 24. O mesmo aplica-
se às instalações de geração que acessam a Rede Básica e possuem dispositivos que ocasionem
injeção de harmônicos nessa rede. A emissão dos termos de liberação para integração de
instalações de transmissão à Rede Básica que possuem componentes não lineares e para
integração de interligações internacionais ao SIN, também está condicionada às campanhas de
medição de QEE.
14.7.10 No caso de instalações não lineares com regime de operação definido, como por
exemplo, mineradoras, siderúrgicas, compensadores estáticos, etc., a campanha de medição deve
atender aos seguintes requisitos:
(a) Ser realizada imediatamente antes e após a entrada em operação da instalação e a cada
implemento no patamar de demanda de carga da instalação por um período de 7 (sete)
dias consecutivos, incluindo a apuração dos indicadores de tensão listados no item 14.7.3
deste submódulo; e
(b) Medir os valores de correntes harmônicas geradas pelos dispositivos não lineares de sua
instalação de maior capacidade, por período que englobe o seu ciclo de operação em
regime de acordo com o item 14.7.3 deste submódulo.
14.7.11 No caso de instalação de geração eólica e solar, tendo em vista que o impacto da sua
operação na QEE do PAC depende do regime de ventos ou da irradiância solar da região onde se
encontra instalada, a campanha a ser realizada após a entrada em operação da instalação deve
atender aos seguintes requisitos:
(a) A data de início da campanha de medição, após entrada em operação do complexo eólico
ou solar, e a sua duração (a priori, mínima será de 7 (sete) dias), poderão ser
postergada/estendida considerando os seguintes fatores:
(1) Pelo menos noventa por cento das unidades geradoras que compõem o complexo
eólico ou solar devem estar em operação ao longo de todo o período de medição;
(2) A produção do complexo eólico ou solar, durante o período de medição, deverá
corresponder, no mínimo, àquela estabelecida pelo seu fator de capacidade.
(b) Os relatórios com os resultados das campanhas de medição a que se referem os itens
(a) e (b) deverão ser encaminhados ao ONS em um prazo máximo de 1 (um) ano
contado a partir da entrada em operação comercial da central geradora.

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BÁSICA

14.7.12 Esclarecimentos adicionais sobre os procedimentos de medição tais como, instrumentos


de medição considerados adequados pelo ONS para a realização das campanhas, local e período
de medição, recomendações práticas, formato de relatório e de arquivo para informação dos
resultados das campanhas de medição, etc. poderão ser obtidos de acordo com o documento
listado no item 15.1.
14.7.13 Caso julgue necessário, o ONS poderá acompanhar a realização da campanha de
medição. Neste sentido, o agente deverá fornecer ao ONS, com antecedência mínima de 60
(sessenta) dias, informações quanto à data de realização de cada campanha de medição, bem
como informações quanto ao tipo de transdutor e instrumento de medição a ser utilizado.
14.8 No caso de nova instalação sob responsabilidade de concessionária de transmissão
(sistemas CCAT, compensadores estáticos, etc.) ou que se conecte às instalações sob
responsabilidade de concessionária de transmissão (parques eólicos, solares, cargas industriais,
etc.) apresente equipamentos com característica elétrica não linear, o agente responsável pela
instalação com característica não linear deverá instalar sistema de medição para monitorar de
forma contínua os indicadores de flutuação, desequilíbrio e distorção harmônica de tensão no
PAC. Os equipamentos e métodos de medição deverão estar de acordo com as diretrizes do ONS.
O agente deverá disponibilizar esses dados ao ONS, quando solicitado.
14.8.1 Para a realização das campanhas de medição deve ser utilizado modelo de transformador
de potencial adequado para a medição de distorção harmônica, cujo erro de relação de
transformação na faixa de 2ª a 50ª ordens harmônicas não seja superior a 5%, conforme
estabelecido no documento IEC/TR 61869-103; alternativamente, poderão ser empregados outros
tipos de transdutores (por exemplo, divisores capacitivos de potencial ou tapes capacitivos de
buchas) desde que o erro máximo de 5% acima mencionado seja respeitado.
14.9 Nos casos onde se identifique a necessidade de instalação de filtros harmônicos, deverá ser
avaliado o desempenho da instalação por meio de estudos na indisponibilidade de cada um
desses filtros, critério (N-1), conforme indicado no submódulo 23.3 para equipamentos tipo HVDC
e Compensadores Estáticos.
14.9.1 No caso de indisponibilidade de qualquer um dos filtros da instalação, o agente poderá
ficar sujeito a restrições operativas.

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