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Prova de avaliação – 9ºano

COLÉGIO VASCO DA GAMA


3º PERÍODO
Data: ___ de ______________ de 200

Objectivos deste teste:


. Avaliar a interpretação – Os Lusíadas (U.T.2), a origem e evolução da Líng. Port. (U.T.3) eo Auto da Barca do Inferno (U.T. 4) Duração:
. Avaliar a formação de palavras (derivação / composição) 45 minutos
. Avaliar a EXPRESSÂO ESCRITA – o comentário
. Avaliar a atenção.

PROVA DE LÍNGUA Observação do professor

PORTUGUESA
Ano: 9º; Turma: ___; nº: __ Professor

Nome: Enc.º de Educação


Data

Esta prova tem 6 páginas, com 4 grupos


grupos de resposta obrigatória,
obrigatória, sendo a p. 6
para rascunho.

Antes de responderes, lê os excertos, já analisados nas aulas, e as perguntas que se seguem.


Não uses corrector. Caso te enganes, passa um traço por cima do engano. Utiliza vocabulário cuidado.
I
Os Lusíadas (excertos)
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Porém já cinco sóis eram passados Assi contava; e, cum medonho choro,
Que dali nos partíramos, cortando Súbito de ante os olhos se apartou.
Os mares nunca de outrem navegados, Desfez-se a nuvem negra, e cum sonoro
Prosperamente os ventos assoprando, Bramido muito longe o mar soou.
Quando hua noite, estando descuidados Eu, levantando as mãos ao santo coro
Na cortadora proa vigiando, Dos Anjos, que tão longe nos guiou,
Hua nuvem, que os ares escurece, A Deus pedi que removesse os duros
Sobre nossas cabeças aparece. Casos, que Adamastor contou futuros.
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Tão temerosa vinha e carregada, Mas, neste passo, assi prontos estando,
Que pôs nos corações um grande medo; Eis o mestre, que olhando os ares anda,
Bramindo, o negro mar de longe brada, O apito toca: acordam despertando,
Como se desse em vão nalgum rochedo. Os marinheiros dhua e doutra banda.
“Ó Potestade (disse) sublimada: E, porque o vento vinha refrescando,
Que ameaço divino ou que segredo Os traquetes das gáveas tomar manda.
Este clima e este mar nos apresenta, “Alerta (disse) estai, que o vento crece
Que mor cousa parece que tormenta?” Daquela nuvem negra que aparece!”
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Não acabava, quando hua figura Os ventos eram tais, que não puderam
Se nos mostra nos ar, robusta e válida, Mostrar mais força do impito cruel,
De disforme e grandíssima estatura; Se pera derribar então vieram
O rosto carregado, a barba esquálida, A fortíssima Torre de Babel.
Os olhos encovados, e a postura Nos altíssimos mares, que creceram,
Medonha e má e a cor terrena pálida; A pequena grandura dum batel
Cheios de terra e crespos os cabelos, Mostra a possante nau, que move espanto,
A boca negra, os dentes amarelos. Vendo que se sustém nas ondas tanto.
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“Eu sou aquele oculto e grande Cabo
Luís de Camões, Os Lusíadas
A quem chamais vós outros Tormentório,
Que nunca a Ptolomeu, Pompónio, Estrabo,
Plínio, e quantos passaram, fui notório.
Aqui toda a Africana costa acabo
Neste meu nunca visto Promontório,
Que pera o Pólo Antárctico se estende,
A que vossa ousadia tanto ofende!

Professor José Manuel Martins Cobrado


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Prova de avaliação – 9ºano
1- As estrofes que acabaste de ler pertencem a dois episódios d’Os Lusíadas, “ Adamastor” e
“Tempestade e Chegada à Índia”.
1.1. Identifica as estrofes correspondentes a cada um, classifica-os (tipo de
episódio) e justifica a tua opção.
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2. Se leres a estrofe 1, verificas que há um acontecimento que vem alterar a atmosfera.


2.1. Indica-o e aponta as transformações operadas nos marinheiros.
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3. Atenta, agora, na estrofe 3.


3.1. Identifica um recurso estilístico utilizado e explica o seu valor expressivo.
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4. Estas estrofes apresentam narrador participante ou ausente? Justifica com elementos do


texto e identifica esse (s) narrador (es).
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5. Presta atenção à estrofe 6 e identifica o tipo de frases proferidas pelo “mestre”, justificando
o seu emprego.
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II
Origem e evolução da Língua Portuguesa
1. Espalhado por todos os continentes, o PORTUGUÊS é falado por cerca de 200 milhões de
pessoas. Na sua origem está o LATIM.
1.1. Indica e explica um dos factores que contribuiu para a evolução da língua
portuguesa.
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1.2. Distingue estrato de superstrato.


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Professor José Manuel Martins Cobrado
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Prova de avaliação – 9ºano
1.3. Os étimos latinos rivu (nome) e rideo (verbo) deram origem ao vocábulo rio. Como
designas estas palavras? E se fosse o contrário (ex. :mater deu origem a mãe e a madre)?
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1.4. Identifica os fenómenos fonéticos.


faze > faz _________________________; assi > assim ____________________________

2. A palavra fidalgo evoluiu da expressão “filho de algo”.

2.1. Como a classificas quanto ao seu processo de formação?


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2.2. Indica o processo de formação das seguintes palavras:


. embarcar : ____________________________ ; diabinho: _____________________________

III
Auto da Barca do Inferno

1. Gil Vicente
1. Recua no tempo e assinala com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações que se seguem:

a) As personagens vicentinas são personagens tipo.


b) As personagens vicentinas são personagens individuais.
c) Gil Vicente pretende apenas fazer rir.
d) Gil Vicente pretende moralizar, fazendo rir.
e) Gil Vicente usa uma linguagem cheia de arcaísmos.
f) No auto da Barca do Inferno surgem três figuras alegóricas.
g) Gil Vicente usa insistentemente a ironia.
h) Personagem tipo não tem dimensão individual, mas simbólica.
i) Como dramaturgo da corte, Gil Vicente não critica a fidalguia.
j) Gil Vicente nasce depois de Camões.
k) O Auto da Barca do Inferno é uma epopeia.
l) O Auto pode ser ainda hoje representado.
m) Eufemismo é afirmar com palavras duras o que é mais suave.
n) As cenas do Auto são independentes, pois têm princípio, meio e fim.
o) Didascálias são as informações do autor (para o encenador e actores)
p) A estrutura externa do modo dramático é composta por actos e cenas.

2. Texto (Excerto)

Começa a declaração e argumento da obra. Primeiramente, no presente auto, se fegura que, no


ponto que acabamos de espirar, chegamos supitamente a um rio, o qual per força havemos de passar
em um de dous batéis que naquele porto estão, scilicet, um deles passa pera o paraíso e o outro pera o
inferno: os quais batéis tem cada um seu arrais na proa: o do paraíso um anjo, e o do inferno um arrais
infernal e um companheiro.
Professor José Manuel Martins Cobrado
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Prova de avaliação – 9ºano

O primeiro intrelocutor é um Fidalgo que chega com um Paje, que lhe leva um rabo mui comprido
e üa cadeira de espaldas. E começa o Arrais do Inferno ante que o Fidalgo venha.

Vem o Fidalgo e, chegando ao batel


DIABO À barca, à barca, houlá! infernal, diz:
que temos gentil maré!
- Ora venha o carro a ré! FIDALGO Esta barca onde vai ora,
COMPANHEIRO Feito, feito! que assi está apercebida?
Bem está! DIABO Vai pera a ilha perdida,
DIABO Vai tu muitieramá, e há-de partir logo ess'ora.
e atesa aquele palanco FIDALGO Pera lá vai a senhora?
e despeja aquele banco, DIABO Senhor, a vosso serviço.
pera a gente que virá. FIDALGO Parece-me isso cortiço...
DIABO Porque a vedes lá de fora.
À barca, à barca, hu-u!
Asinha, que se quer ir! FIDALGO Porém, a que terra passais?
Oh, que tempo de partir, DIABO Pera o inferno, senhor.
louvores a Berzebu! FIDALGO Terra é bem sem-sabor.
- Ora, sus! que fazes tu? DIABO Quê?... E também cá zombais?
Despeja todo esse leito! FIDALGO E passageiros achais
COMPANHEIRO Em boa hora! Feito, pera tal habitação?
feito! DIABO Vejo-vos eu em feição
DIABO Abaixa aramá esse cu! pera ir ao nosso cais...

Faze aquela poja lesta FIDALGO Parece-te a ti assi!...


e alija aquela driça. DIABO Em que esperas ter guarida?
COMPANHEIRO Oh-oh, caça! Oh-oh, FIDALGO Que leixo na outra vida
iça, iça! quem reze sempre por mi.
DIABO Oh, que caravela esta! DIABO Quem reze sempre por ti?!..
Põe bandeiras, que é festa. Hi, hi, hi, hi, hi, hi, hi!...
Verga alta! Âncora a pique! E tu viveste a teu prazer,
- Ó poderoso dom Anrique, cuidando cá guarecer
cá vindes vós?... Que cousa é por que rezam lá por ti?!...
esta?...
Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno (adaptação)

2.1. Sintetiza o argumento exposto na indicação cénica (didascália) inicial.


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2.2. Explicita a simbologia dos elementos cénicos de que se faz acompanhar o Fidalgo e seus
argumentos de defesa.
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2.3. Através de setas, esquematiza o percurso cénico do Fidalgo.

Professor José Manuel Martins Cobrado


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Prova de avaliação – 9ºano
IV
Expressão escrita

Tema
«A história de uma Língua é a história dos seus utentes, pois as palavras nascem,
crescem e morrem.»

«Salário (lat. salarium) significava, na origem, pagamento feito ao soldado para comprar
a sua ração de sal; hoje significa ordenado.»

Comenta as afirmações, tendo em conta o que dissemos nas aulas sobre a origem e
evolução da Língua Portuguesa (não uses menos de 40 palavras)

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Professor José Manuel Martins Cobrado


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Prova de avaliação – 9ºano

BOM TRABALHO E BOA SORTE!!!

Professor José Manuel Martins Cobrado


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