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Técnica Vocal
Canto Coral e
Técnica Vocal
Batatais
Claretiano
2015
© Ação Educacional Claretiana, 2015 – Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição
na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito
do autor e da Ação Educacional Claretiana.
782.5 S581c
ISBN: 978-85-8377-362-7
1. C anto coral . 2. Técnic a voc al. 3. R egênci a coral . 4. Coro inf antil. 5 . Coro de empenho.
6. Coro d e idosos. 7. Grupos vocais. I. Canto co ral e t écnica vocal.
CDD 782.5
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Canto Coral e Técnica Vocal
Versão: dez./2015
Formato: 15x21 cm
Páginas: 154 páginas
SUMÁRIO
Conteúdo Introdutório
1. Introdução.................................................................................................... 9
2. Glossário de Conceitos............................................................................. 12
3. Esquema dos Conceitos-chave................................................................ 15
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 16
5. e-REFERÊNCIAS................................................................................................. 16
Conteúdo
A prática coral como atividade educativa. Desenvolvimento de um traba-
lho preparatório da voz e suas especificidades, envolvendo o conhecimen-
to do aparelho fonador e higiene vocal. A prática da técnica vocal e o estu-
do das possibilidades da voz em diferentes formações vocais. Repertório
coral. Extensão vocal e técnicas para corais infantis e adultos. Corais para a
terceira idade. Corais de empenho. O canto no decorrer da história. Canto
orfeônico. Princípios de regência coral.
Bibliografia Básica
GALON, M. Canto coral e técnica vocal. Batatais: Claretiano, 2014.
GOULART, D.; COOPER, M. Por todo canto: método de técnica vocal. Volume 1: música
popular. Ed. G4, 2004.
PINHO, S. M. R.; JARRUS, M. E.; TSUJI, D. H. Manual de saúde vocal infantil. Rio de
Janeiro: Revinter, 2004.
Bibliografia Complementar
CHAN, T.; CRUZ, T. Divertimentos de corpo e voz: exercícios musicais para crianças. São
Paulo: T. Chan, 2001.
COELHO, H. W. Técnica vocal para coros. São Leopoldo: Sinodal, 1994.
CRUZ, G. Canto, canção, cantoria: como montar um coral infantil. 2. ed. São Paulo:
SESC, 1997.
LECK, H. H. Creating artistry through choral excellence. Hal Leonard, 2009.
MÁRSICO, L. O. A Voz Infantil e o desenvolvimento músico-vocal. Porto Alegre: Rigel, 1979.
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
É importante saber
Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deverá
ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes necessárias
à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os principais conceitos,
os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e o fundamento
ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua origem?) referentes a um campo de
saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente sele-
cionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou disponibilizados em
sites acadêmicos confiáveis. São chamados "Conteúdos Digitais Integradores" por-
que são imprescindíveis para o aprofundamento do Conteúdo Básico de Referên-
cia. Juntos, não apenas privilegiam a convergência de mídias (vídeos complementa-
res) e a leitura de "navegação" (hipertexto), como também garantem a abrangência,
a densidade e a profundidade dos temas estudados. Portanto, são conteúdos de
estudo obrigatórios, para efeito de avaliação.
1. Introdução
Prezado(a) aluno(a), seja bem-vindo(a)!
Iniciaremos o estudo de Canto Coral e Técnica Vocal. Neste
material, você terá a oportunidade de adquirir o conhecimento
necessário para a sua futura prática como educador musical.
Convidamos você a analisar conosco o título deste estudo
e os conceitos nele apresentados. Vamos lá?
A primeira palavra que você lê é “canto”. Vamos juntos
pensar um pouco sobre o canto.
O que é o canto?
Podemos explicar o canto pelo modo como ele se dá em
nosso corpo, ou seja, pela questão biológica que o envolve. Mas,
inicialmente, é importante que você compreenda o canto como
uma forma de expressão própria do ser humano.
Nascemos com uma estrutura biológica que nos possibi-
lita cantar e, com essa possibilidade ao nosso alcance, é o que
fazemos, desde bebês.
Estudos como o de Sloboda (1985) ou o de Hargreaves
(1986) ou, ainda, o de Parizzi (2006) apontam que o bebê já bal-
bucia um tipo de canto espontâneo, e esse canto se desenvolve
na medida em que suas faculdades cognitivas vão se aprimoran-
do. Todo ser humano com um aparelho fonador saudável pode
cantar e o faz naturalmente, pois desenvolve essa atividade de
modo rotineiro. Logo, o bebê inicia o treinamento informal para
o canto no meio social em que vive.
Na Unidade 1, você verá que o instrumento musical mais
antigo é a nossa voz, e foi com ela que se deram as primeiras
O que é coral?
Pense em sua prática musical: você já cantou em um coral?
Como foi essa experiência? Como era a formação musical desse
grupo?
Há vários tipos de atividades musicais envolvendo vozes,
e elas se diferenciam, entre outros aspectos, pelo tipo de agru-
pamento a que se propõem participar. Podemos classificar os
conjuntos a partir do número de integrantes: um grupo vocal de
três pessoas é chamado de trio; quando composto por quatro
pessoas, trata-se de um quarteto; e assim por diante.
O canto coral é a prática do canto coletivo, ou seja, para
que o coro exista, necessitamos de dez ou mais integrantes. Em-
bora pareça simples formar um coro, há muitos afazeres e co-
nhecimentos necessários para que isso seja possível. Um dos
mais importantes é o conhecimento da técnica vocal.
Regência coral
Em música, quando temos um grupo numeroso de instru-
mentistas com o objetivo comum de tocarem juntos, necessita-
mos da presença de um regente.
Em sua atividade como educador musical, você, provavel-
mente, será responsável por grupos instrumentais e, também,
por grupos vocais.
Na Unidade 3, você estudará a regência coral.
Durante o fazer musical, o regente comunica-se com seu
grupo por meio de gestos e, mais do que alguém que se posi-
ciona à frente do coro no momento de uma apresentação, é ele
quem dirige os ensaios. Tal função, portanto, exige uma série de
habilidades e tomadas de decisões.
A referida unidade propiciará a você conhecimentos relati-
vos à prática da regência que possibilitarão o seu trabalho como
dirigente de grupos vocais. Dessa forma, você terá a oportunida-
de de entrar em contato com o gestual básico da regência quan-
to aos compassos e, também, quanto às entradas e finalizações.
Para concluir, na Unidade 4, você conhecerá as possibilida-
des de trabalho com o canto coral nos mais variados contextos.
Está preparado para iniciar os estudos? Vamos lá!
2. Glossário de Conceitos
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida e
precisa das definições conceituais, possibilitando um bom domí-
nio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conheci-
mento dos temas tratados.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AUGUSTIN, K. Os Castrati: visão holística da prática da castração na música. Música e
Linguagem, Espirito Santo, v. 1, n. 1, 2012.
BATISTA, R. Tratado de regência: aplicada à orquestra, à banda de música e ao coro.
S.l.: Irmãos Vitale, 1976.
FERNANDES, A. J.; KAYAMA A. G.; OSTERGREN, E. A. A prática coral na atualidade:
sonoridade, interpretação e técnica vocal. Música Hodie, v. 6, n. 1, p. 51-74, 2006.
FUCCI AMATO, R. O canto coral como prática sócio-cultural e educativo-musical. Opus,
Goiânia, v. 1, n. 1, p. 75-96, jun. 2007
GROUT, D. J.; PALISCA, C. V. História da Música Ocidental. 2. ed. Trad. Ana Luísa Faria.
Lisboa: Gradiva, 2001.
HARGREAVES, D. J. The developmental psychology of music. London: Cambridge Press,
1986.
MANGINI, M. M.; ANDRADA E SILVA, M. A. Classificação vocal: um estudo comparativo
entre as escolas de canto italiana, francesa e alemã. Opus, Porto Alegre, v. 19, n. 2, p.
209-222, dez. 2013.
PARIZZI, M. B. O canto espontâneo da criança de zero a seis anos: dos balbucios às
canções transcendentes. Revista da Abem, Porto Alegre, v. 15, p. 39-48, set. 2006.
SLOBODA, J. The musical mind: the cognitive psychology of music. Oxford: Claredon
Press, 1985.
5. e-REFERÊNCIAS
VILARINHO, S. Poesia Concreta. Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com/
literatura/poesia-concreta.htm>. Acesso em: 18 nov. 2014.
PRIBERAM. Home page. Disponível em: <http://www.priberam.pt>. Acesso em: 18
nov. 2014.
TEOCENTRISMO.COM. Teocentrismo. Disponível em: <http://teocentrismo.com/
teologos_aquino.php>. Acesso em: 18 nov. 2014.
Objetivos
• Conhecer o desenvolvimento do canto no decorrer da história da música
ocidental.
• Estabelecer relações entre o contexto histórico apresentado e as transfor-
mações da música vocal.
• Identificar as principais características da música vocal de cada período
apresentado.
Conteúdos
• O canto dos povos primitivos.
• Idade Média: música cristã.
• Estilo internacional: escola franco-flamenga.
• Renascimento: música vocal polifônica.
• Reforma e contrarreforma.
• Barroco: nascimento da ópera.
• Música protestante: Bach.
• Classicismo: ópera bufa.
• Romantismo: lieder.
• O canto coral nas sinfonias.
• Modernismo: a voz como recurso sonoro.
• Contemporaneidade.
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UNIDADE 1 – O Desenvolvimento da Música Vocal na História
1. INTRODUÇÃO
O canto é de uma vez por todas a linguagem pela qual o homem
se comunica musicalmente... O órgão musical mais antigo, o
mais verdadeiro e o mais belo. É a esse órgão que a música deve
sua existência (WAGNER apud WILLEMS, 1970, p 28).
Canto gregoriano––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Antes de prosseguir com a sua leitura, ouça o canto gregoriano:
THE MONASTIC CHANNEL. Chant – Music for paradise – Music for
the soul – Stift Heiligenkreuz. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=UiRpXsWlZK4>. Acesso em: 5 nov. 2014.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
No século 9, na igreja de Notre-Dame – França (Figura 6),
surgiu o primeiro uso de polifonia. Esse estilo de canto polifôni-
co a duas vozes, desenvolvido por Leonin (Paris, 1135-1201), foi
chamado de organum (Figura 7) e tinha como característica o
uso de duas vozes distintas.
Figura 7 Organum.
Madrigal –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Para que você possa entender essa relação entre música e texto, ouça o madri-
gal Solo e Pensoso de Luca Marenzio (1553-1599), cuja poesia é de Petrarca.
MARENZIO, L. Solo e pensoso i piú deserti campi. Disponível em: <http://www.
youtube.com/watch?v=ZJlj1uy8cSA>. Acesso em: 6 nov. 2014.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
O nascimento da ópera
Você está lembrado das características do madrigal
renascentista?
No Renascimento, havia uma polifonia de vozes indepen-
dentes, mas, no início do Barraco, houve um afastamento da
polifonia renascentista. A música do início do Barroco apresenta
um baixo bem definido e uma voz aguda ornamentada. A mono-
dia acompanhada era um modo de composição que favorecia a
polaridade entre baixo contínuo e soprano. Essa ênfase nas duas
vozes era fortalecida pela cadência Tônica – Dominante – Tônica,
o que levou ao estabelecimento da harmonia tonal. É desse can-
to acompanhado que surge a ópera.
A ópera é um gênero teatral que une música contínua com
cenário, ação, dança e interpretação teatral. O estudo da tragé-
dia grega por um grupo chamado Camerata Bardi mostrou que
a tragédia era cantada e representada. Ele chegou à conclusão,
por meio de seus estudos, de que os gregos tiveram grande êxito
musicalmente porque só utilizavam uma melodia cantada acom-
panhada. Então, iniciaram as composições das monodias acom-
Euridice –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Assista a um trecho de Euridice, de Peri, acessando o vídeo referenciado a
seguir:
PERI, J. L’Euridice. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=WHMJgGE5Doc>. Acesso em: 6 nov. 2014.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Orfeu –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Assista à Ópera de Monteverdi e procure compreender a força dramática e a
musicalidade dessa composição de 1610.
Monteverdi, C. L’Orfeo. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=
bU681o8BlZs>. Acesso em: 6 nov. 2014.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
A ópera se popularizou e passou por algumas mudanças.
Foram divididas as partes solistas em recitativo e ária.
O recitativo, como era um canto falado, ficava restrito aos
diálogos, enquanto as árias, cantos melodiosos, ornamentados e
virtuosos, aparecia nas partes mais dramáticas do canto.
Podemos destacar um segundo momento no período bar-
roco, a partir da metade do século 17, no qual houve a consolida-
ção da ópera. É nesse momento que surge o Bel canto, estilo de
canto melodioso e virtuosístico, dando ênfase à figura do solista.
A ópera espalhou-se por toda a Itália e, também, para outros
países, mas seu centro principal era em Veneza.
A ópera veneziana deste período era cênica e musicalmente
esplêndida. É certo que as intrigas eram um amontoado de
personagens e situações inverossímeis, uma mistura irracial de
Castrati –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Ouça Alessandro Moreschi cantando Ave Maria.
MORESCHI, C. Ave Maria. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=KLjvfqnD0ws>. Acesso em: 6 nov. 2014.
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É possível ter uma ideia da popularidade do drama mu-
sical pelo crescente número de teatros de óperas em Veneza,
chegando, em 1700, a 16. Esse fenômeno transformou a ópera
aristocrática em entretenimento popular.
Música protestante
Desde o nascimento da Igreja protestante, o canto teve um
lugar especial nos cultos e na predominância dos hinos cantados
pela congregação.
Como vimos, o grande gênero vocal do período barroco foi
a ópera; no entanto, a representação não era permitida dentro
da Igreja, fosse católica ou protestante.
Em contrapartida à ópera, surgem o oratório e a cantata.
Esses dois gêneros eram similares à ópera quanto à construção
musical, porém, como estavam ligados à música sacra, não havia
o uso de encenação.
Elementos da ópera, como recitativos, árias e coros, tam-
bém estão presentes nas cantatas e oratórios. O oratório é uma
composição dramática, sacra, na qual havia um texto litúrgico;
era musicado em forma de recitativo, ária, conjunto vocal e ins-
trumental, com a ajuda de um narrador ou um texto.
Também era muito comum a composição de Paixões, ao
estilo do oratório, em que o texto conta os últimos passos de
Cristo até a crucificação.
Lacrymosa –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Ouça Confutatis e Lacrymosa do Requiem em Ré m, de Mozart:
MOZART, W. A. Lacrymosa. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=KWqvjDX1R6o>. Acesso em: 7 nov. 2014.
MOZART, W. A. Requiem. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=78KtEjdAszw>. Acesso em: 7 nov. 2014.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Romantismo
Durante o Romantismo (século 19), a sinfonia continuava
em grande expansão; em contrapartida, o Lied ganhou grande
destaque. O Lied era um estilo de canção alemã baseada em um
Kindertotenlieder –––––––––––––––––––––––––––––––––––
Ouça Kindertotenlieder (1904), de Mahler.
MAHLER, G. Kindertotenlieder. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=COii8sefh88>. Acesso em: 10 nov. 2014.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Nesse período, temos, também, a sinfonia coral, na qual
o canto assume importância igual à da voz (GROUT; PALISCA,
2001).
No Romantismo, graças aos avanços da Medicina, os estu-
dos sobre a voz multiplicam-se, surgindo, assim, uma abordagem
mais científica sobre o tema. Muito disso se deve à invenção do
laringoscópio, que possibilitou estudar a fisiologia da voz.
Também nesse período, a orquestra aumentou seu núme-
ro de instrumentos e os teatros se tornaram maiores, o que exi-
giu mais potência vocal dos cantores, para que eles pudessem se
sobressair em relação à grande gama orquestral. Ao contrário da
leveza da voz das obras clássicas, que permitia a execução das
coloraturas, agora, a exigência era de timbres pesados e densos,
com grande potência vocal. O grande compositor de ópera des-
se período, que trouxe muitas inovações à criação do drama, do
cenário e demais elementos da encenação, foi Richard Wagner.
Wagner entendia a ópera como arte total e, assim, assumia
não só a criação musical, como, também, o libreto e a cenografia.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú-
dos estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Acredita-se que, desde os primórdios dos tempos, o homem se expressa
musicalmente. Como eram essas primeiras manifestações?
a) Utilizando instrumentos musicais.
b) Com instrumentos percussivos.
c) Por meio da voz, provavelmente, de modo coletivo, em ritos tribais.
d) Não há indícios de que o homem se manifestava por meio da música.
c) eram cantores castrados e que, por isso, mantinham a voz aguda, po-
dendo fazer as partes agudas dos cantos litúrgicos e, mais tarde, vie-
ram a ter um papel importante na ópera barroca.
d) era uma técnica vocal utilizada para alcançar as notas agudas.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) c.
2) d.
3) c.
4) b.
5) a.
5. considerações
Chegamos ao final da Unidade 1, na qual você teve a opor-
tunidade de compreender o desenvolvimento da música vocal
no decorrer da história da música ocidental e a sua ligação com
as mudanças sociais de cada período. Além disso, foram apresen-
tadas as principais formas de música vocal de cada período, bem
como os novos recursos descobertos para o desenvolvimento do
canto. Você pôde ver que, a partir do século 17, começou-se a
desenvolver os primeiros conceitos sobre técnica vocal, os quais
foram se aprimorando e, hoje, aplicam-se, não só aos cantores,
mas a todos. No Conteúdo Digital Integrador você pôde ampliar
seus conhecimentos sobre esses assuntos.
Na Unidade 2, você aprenderá mais sobre a técnica empre-
gada no canto e a sua importância para a saúde vocal de modo
geral. Também abordaremos a classificação vocal, o aquecimen-
to vocal etc.
6. e-REFERÊNCIAS
ÁLVARES, S. L. A. 500 anos de educação musical no Brasil: aspectos históricos. In:
ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA,
12, 1999, Salvador. Anais… Salvador: Anppom, 2000. Disponível em: <http://www.
anppom.com.br/anais/anaiscongresso_anppom_1999/ANPPOM%2099/CONFEREN/
SALVARES.PDF>. Acesso em: 10 nov. 2014.
AUGUSTIN, K. Os Castrati: visão holística da prática da castração na música. Revista
Música e Linguagem, v. 1, n. 1, 2012. Disponível em: <http://www.periodicos.ufes.br/
musicaelinguagem/article/view/3601>. Acesso em: 6 nov. 2014.
Lista de figuras
Figura 1 Orfeu e Euridice. Disponível em: <http://feira-das-vaidades-mil.blogspot.com.
br/2011/01/orfeu.html>. Acesso em: 5 nov. 2014.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOULEZ, P. Apontamentos de aprendiz. São Paulo: Perspectiva, 1995.
BUKOFZER, M. F. La Música en la época barroca: de Monteverdi a Bach. Madrid:
Alianza, 1991.
GROUT, D. J.; PALISCA, C. V. História da música ocidental. 2 ed. Trad. Ana Luísa Faria.
Lisboa: Gradiva, 2001.
KOBBÉ, G. O livro completo da ópera. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
MARTINEZ, E. et al. Regência coral: princípios básicos. Curitiba: Dom Bosco, 2000.
WILLEMS, E. As bases psicológicas da educação musical. Bienne: Edições Pro-música,
1970.
SERGL, M. J. Um percurso pela paisagem sonora de Gilberto Mendes. In: ENCONTRO
DE MÚSICA E MÍDIA, 4, 2008. Anais... 2008.
ZANDER, O. Regência coral. Porto Alegre: Movimento, 1979.
Objetivos
• Compreender a importância da técnica vocal para a preservação da saúde
da voz.
• Identificar as principais funções do aparelho fonador.
• Conhecer as especificidades da voz infantil.
• Classificar vozes infantis e adultas.
Conteúdos
• A voz e sua funcionalidade.
• Higiene vocal.
• Respiração.
• Voz adulta.
• Voz infantil.
• Muda vocal.
• Classificações vocais.
• Vocalize.
• Manossolfa.
65
UNIDADE 2 – Técnica vocal
1. INTRODUÇÃO
A emissão sonora por meio da voz, seja na fala ou no canto,
é uma das principais características do ser humano, pois é pela
voz que nos comunicamos. Falamos em grande parte do nosso
dia e nós, músicos, mesmo os que não trabalham com canto co-
ral, cantamos a maior parte do tempo em nossas aulas, demons-
trando o que queremos aos alunos. Esse fazer é tão cotidiano
e automático que não percebemos o quanto utilizamos a nossa
voz, a não ser quando algo acontece com ela. Quando, por algum
motivo, somos impossibilitados de falar, percebemos o quanto a
voz nos faz falta.
A voz é o instrumento de trabalho do educador e, por isso,
é importante conhecer sua funcionalidade e os modos de pre-
servá-la. O conhecimento da técnica vocal nos fornece ferramen-
tas não só para o nosso cuidado com a voz, como também para
ensinar nossos alunos a cantar, de modo a não prejudicar a sua
saúde vocal, além de obter melhor timbre, afinação, potência
vocal e musicalidade ao cantar.
Iniciaremos esta unidade conhecendo como funciona nos-
so aparelho fonador e alguns fundamentos da funcionalidade da
voz. Você também poderá refletir sobre a importância de man-
ter a saúde vocal por meio de exercícios e cuidados específicos.
Aprenderá, também, que, quando nos referimos à voz cantada,
podemos classificá-la como soprano, contralto, tenor e baixo, e
entenderá como se faz essa classificação. Por fim, você conhece-
rá exercícios de canto e como desenvolvê-los em coros adultos e
também infantis.
Vamos iniciar nossos estudos?
Aparelho fonador
A voz é o uso intencional e inteligente dos ruídos e sons
musicais que nosso corpo produz. Definindo a voz a partir da fi-
siologia, podemos dizer que ela é um som produzido pela vibra-
ção das pregas vocais no interior da laringe, tendo como impulso
a respiração, que é amplificado e timbrado nas cavidades de res-
sonância e modelado nos articuladores (COELHO, 2001).
A voz falada e cantada é produzida no aparelho fonador
(Figura 1), que, por sua vez, é formado por outros dois aparelhos,
o digestivo (Quadro 1) e o respiratório (Quadro 2), e é dividido
em cinco partes.
Manter os alimentos na
Lábios Articulação de sons.
boca.
Dentes Triturar os alimentos. Escoamento do som.
Figura 2 Face.
Soprano
PUCCINI, G. O mio babbino caro. Intérprete: Maria Callas. Disponível em:
<http://www.youtube.com/watch?v=l1C8NFDdFYg>. Acesso em: 11 nov. 2014.
Contralto
BACH, J. S. Agnus Dei. Intérprete: Kathleen Ferrier. Disponível em: <http://
www.youtube.com/watch?v=hVH8wmgQkI8>. Acesso em: 11 nov. 2014.
Tenor
PUCCINI, G. Nessun Dorma. Intérprete: Luciano Pavarotti. Disponível em:
<http://www.youtube.com/watch?v=QtlgzFKWZKE>. Acesso em: 11 nov. 2014.
Baixo
MOZART, W. A. Flauta Magica. Intérprete: Hans Sotin. Disponível em: <http://
www.youtube.com/watch?v=3Irk9hmkhtI>. Acesso em: 11 nov. 2014.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
A classificação da voz de um cantor depende de fatores
como o tamanho das pregas vocais, a tessitura vocal, sexo, entre
outros.
O procedimento mais antigo e tradicional, ainda hoje mui-
to utilizado, é a análise da extensão vocal do cantor, observando-
-se a nota mais aguda e a mais grave que o cantor é capaz de
cantar e qual é a região de conforto. No entanto, ao se classificar
uma voz, é importante levar em consideração não só a sua exten-
são total e zona de conforto, mas também o ponto de passagem,
o volume, a estrutura corporal e as características anatômicas da
laringe.
Assim, o profissional que tem a tarefa de classificar uma
voz pode partir da análise de quatro pontos principais:
1) Extensão: as notas que a voz humana é capaz de
executar.
2) Tessitura: conjunto de notas que são executadas com
facilidade, confortavelmente.
3) Timbre: identidade vocal do cantor.
Muda vocal
Quando a criança nasce, suas pregas vocais têm cerca de
3mm; depois de um ano, elas dobram de tamanho e, durante os
próximos anos, vão crescendo lentamente, até chegarem cerca
de 9,5mm antes da puberdade (SADOLIN, 2014).
Durante a puberdade, os adolescentes passam por grandes
mudanças hormonais, o que acarreta o crescimento das pregas
vocais, que passam a ter de 17 a 24mm de extensão (SADOLIN,
2014).
Essas mudanças ocorrem de maneira muito rápida tanto
para meninos quanto para meninas. Nos meninos, essa mudança
de voz é mais perceptível; eles passam a não conseguir controlar
a sua voz, que se torna mais grave. Quando o menino está pas-
sando pela muda vocal, sua voz passa descontroladamente de
um som agudo para o grave, e vice-versa. Nesse período, sua afi-
nação fica prejudicada. Cabe ao professor guiá-lo da melhor ma-
neira possível, no sentido de preservar a sua voz, sem forçá-la, e
encorajá-lo a continuar cantando nas regiões que são possíveis.
Postura
Como você já aprendeu, o instrumento vocal é formado
por todo o corpo. Desse modo, o aquecimento vocal se inicia
com a preparação do corpo, por meio de alongamentos. Deve-
-se priorizar, especialmente, a região das costas, pescoço e face
(figuras 4 e 5).
Figura 4 Alongamento.
Figura 5 Pescoço.
Respiração
Um bom controle da respiração é fundamental para a
qualidade do canto. Respiramos naturalmente, sem perceber o
que estamos fazendo, e esse movimento é algo vital. Quando
crianças, respiramos utilizando a musculatura inferior do tórax e
dos músculos abdominais. No entanto, quando crescemos e nos
tornamos adultos, passamos a realizar uma respiração mais alta,
usando músculos claviculares.
Como você pôde ver quando estudamos o aparelho fona-
dor, a passagem de ar pelas pregas vocais é o que produz a voz.
O controle dessa passagem de ar possibilita que tenhamos uma
melhor afinação e controle do volume da nossa voz. Para con-
quistar esse controle, é preciso exercitar nosso aparelho respi-
ratório, especialmente nosso diafragma e músculos intercostais,
por meio de exercícios específicos, buscando a respiração que
tínhamos quando crianças.
Vamos conhecer alguns exercícios?
Musculatura intercostal
Sentar com as costas eretas, colocar as mãos na altura
do estômago, apertando a musculatura e soltando. Coloque as
mãos na lateral do corpo, sobre as costelas, inspire e busque
abrir as suas costelas lateralmente, sentindo o movimento com
as mãos (Figura 7).
Figura 7 Intercostal.
Diafragma
Em pé, coloque a mão sobre a barriga. Inspire e sinta a bar-
riga inflar. Solte esse ar lentamente com som de “F” ou “S”, man-
tendo o diafragma contraído, sentindo a barriga encolher.
Inspire novamente, sentindo a barriga inflar, mas agora sol-
te o ar rapidamente, de uma só vez, forçando a musculatura do
diafragma (ver Figura 8).
Figura 8 Diafragma.
Vocalize
Vocalizes são escalas, arpejos ou pequenos trechos de mú-
sicas que são usados como exercícios vocais. O vocalize faz parte
do aquecimento da voz e deve ser escolhido de acordo com as
necessidades do coro ou cantor. Por meio de vocalizes, podemos
trabalhar afinação, apoio, dinâmica, extensão vocal, articulação,
harmonia etc. O ideal é que o vocalize antecipe questões que
serão usadas no repertório. Por exemplo, se o coro ou cantor
cantar uma música que utiliza staccato, isso deve ser trabalhado
já no vocalize. É muito importante salientar que o vocalize tam-
bém é uma música e como tal deve ser executado musicalmente.
Seguem alguns exercícios como exemplo de vocalizes.
Utilizando escalas
Figura 9 Escala.
Figura 10 Vocalize 1.
Figura 11 Da maré.
Manossolfa
Na busca por um canto infantil de qualidade, mas basea-
do em vivências criativas e divertidas, a manossolfa (Figura 13)
apresenta-se como um recurso válido e que gera bons resultados.
A manossolfa nada mais é que atribuir um gesto para cada
nota musical. Foi criada por Guido D’Arezzo, na Idade Média, e
utilizada na educação musical pelo compositor e educador mu-
sical Zoltan Kodály.
Figura 13 Manossolfa.
Manossolfa ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Assista ao vídeo e perceba as crianças utilizando manossolfa no contracanto.
DEN JYSKE SANGSKOLE. Solen er så rød mor. Disponível em: <http://www.
youtube.com/watch?v=Qdrxpw4OjAc>. Acesso em: 12 nov. 2014.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú-
dos estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Para todo cantor ou profissional que trabalha com a voz, é importante:
a) Conhecer conceitos de higiene vocal e manter uma rotina de cuidados
com a voz para não desenvolver doenças.
b) Cantar e falar o tempo todo para exercitar a voz.
c) Treinar a potência vocal falando o mais alto possível.
d) Nenhuma das alternativas anteriores.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) a.
2) c.
3) b.
4) c.
5) F; V; F; V.
5. considerações
Chegamos ao final da Unidade 2, na qual você teve a opor-
tunidade de compreender a funcionalidade da voz, o aparelho
fonador e como mantê-lo saudável, já que dependemos da voz
para o desenvolvimento da nossa profissão. Além disso, foram
apresentados os principais conceitos quanto a classificação vo-
cal, respiração e aquecimento vocal, dando ênfase ao modo de
trabalhar com vozes infantis.
Você pôde compreender que, no Brasil, o regente de coro
é, muitas vezes, o responsável por desenvolver esse trabalho
com a voz dos coralistas e, mais do que isso, manter um trabalho
de conscientização quanto à importância de preservar a saúde
vocal dos cantores. O Conteúdo Digital Integrador ampliou seu
conhecimento sobre esses assuntos.
Na Unidade 3, você aprenderá mais sobre a técnica empre-
gada na regência coral, dinâmicas de ensaio, critérios para esco-
lha de repertório e como a figura do líder/regente é importante
na formação de um coro.
6. e-REFERÊNCIAS
Sites consultados
FERNANDES, A. J.; KAYAMA A. G.; ÖSTERGREN, E. A. A prática coral na atualidade:
sonoridade, interpretação e técnica vocal. Música Hodie, v. 6, n. 1, p. 51-74, 2006.
Disponível em: <http://revistas.ufg.br/index.php/musica/article/view/1865>. Acesso
em: 11 nov. 2014.
GRANGEIRO, M. R. Classificação vocal: aspectos anatômicos e fisiológicos. 1999.
Monografia – CEFAC, Salvador, 1999. Disponível em: <http://www.cefac.br/library/tes
es/6711cca4e8c4ef56bf46e6eed2d5a991.pdf>. Acesso em: 11 nov. 2014.
Lista de figuras
Figura 1 Aparelho fonador. Disponível em: <http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/
tutoriais/apresenta_arquiteturas/musica/aparelhofonador.htm>. Acesso em: 10 nov.
2014.
Figura 2 Face. Disponível em: <http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/tutoriais/
apresenta_arquiteturas/musica/aparelhofonador.htm>. Acesso em: 10 nov. 2014.
Figura 3 Pregas vocais. Disponível em: <http://www.auladeanatomia.com/
respiratorio/sistemarespiratorio.htm>. Acesso em: 10 nov. 2014.
Figura 4 Alongamento. Adaptado da imagem disponível em: <http://hiegotenis.
blogspot.com.br/2012/03/importancia-dos-alongamentos-e-do.html>. Acesso em: 11
nov. 2014.
Figura 5 Pescoço. Disponível em: <http://wwwsegurancanotrabalho.blogspot.com.
br/2011/10/exercicios-de-alongamento-e-aquecimento.html>. Acesso em: 13 out.
2014.
Figura 6 Postura coral. Disponível em: <http://emcantando.blogspot.com.br/2012/06/
postura.html>. Acesso em: 11 nov. 2014.
Figura 7 Intercostal. Disponível em: <http://www.reocities.com/sandrafelix.geo/
respiracao.htm>. Acesso em: 11 nov. 2014.
Figura 8 Diafragma. Disponível em: <http://docinzaaocolorido.blogspot.com.
br/2011/01/respiracao-diafragmatica.html> Acesso em: 11 nov. 2014.
Figura 9 Escala. Disponível em: <http://docinzaaocolorido.blogspot.com.br/2011/01/
respiracao-diafragmatica.html> Acesso em: 13 out. 2014.
Figura 10 Vocalise 1. Disponível em: <http://3.bp.blogspot.com/_Tf49eadfAfI/
TUmUMpc38HI/AAAAAAAAACw/0kZSpQdgKj4/s1600/3.gif>. Acesso em: 11 nov. 2014.
Figura 11 Da maré. Disponível em: <http://www.luiztatit.com.br/composicoes/
composicao?id=129/Da-mar%C3%A9.html>. Acesso em: 13 out. 2014.
Figura 13 Manossolfa. Disponível em: <http://carolduraess.wordpress.com/page/3/>.
Acesso em: 12 nov. 2014.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEHLAU, M.; REHDER, M. I. Higiene vocal para o canto coral. Rio de Janeiro: Revinter,
1997.
CHAN, T.; CRUZ, T. Divertimento para corpo e voz. São Paulo: T. Chan, 2001.
COELHO, H. W. Técnica vocal para coros. São Leopoldo: Sinodal, 2001.
MENDONÇA, R. C. Adolescente e canto: definição de repertório e técnica vocal
adequados à fase de mudança vocal. 2011. Dissertação (Mestrado em Música) – Escola
de Música e Artes Cênicas, Universidade Federal de Goiás, 2011.
PINHO, S. M. Manual de higiene vocal para profissionais da voz. Carapicuiba: Pró-
Fono, 1997.
SCHÜNEMANN, R. Atributos de diferenciação vocal. In: FÓRUM DE PESQUISA
CIENTÍFICA EM ARTE, 3, Curitiba, 2005. Anais... Curitiba, 2005, p. 126-131.
Objetivos
• Conhecer os fundamentos da regência musical.
• Exercitar os gestos básicos de marcação de compassos.
• Adquirir critérios para escolha de um local de ensaio adequado ao coro.
• Conhecer procedimentos de dinâmica de ensaio.
• Ampliar as reflexões sobre os critérios de escolha do repertório.
Conteúdos
• Consciência corporal.
• Expressividade do gesto.
• Esquema de regência: binário, ternário e quaternário.
• Rítmica.
• Dinâmicas de ensaio.
101
© Canto Coral e Técnica Vocal
UNIDADE 3 – Introdução à regência coral
1. INTRODUÇÃO
Todo grupo musical necessita de um líder para conduzir os
trabalhos musicais, e isso não é diferente com um coro. A esse
líder damos o nome de regente.
Desde os primórdios da música, temos registros de líderes
musicais responsáveis, especialmente, pelos ensaios e condu-
ção dos grupos. Com o desenvolvimento da música, os peque-
nos grupos transformaram-se, nos séculos 18 e 19, em grandes
orquestras, executando grandes sinfonias. É nesse período que
vemos a presença do maestro assim como conhecemos na atua-
lidade (ZANDER, 1979).
A regência é o ato de transmitir, por meio do gesto, o con-
teúdo rítmico e expressivo da música, para um grupo musical
(BATISTA, 1976). Embora essa seja a definição de regência, o tra-
balho efetivo do regente é muito mais amplo. No caso do regen-
te de coro, cabe a ele preparar vocalmente o grupo, organizar os
coralistas no espaço de ensaio, escolher o repertório apropriado
às necessidades do coro, ser mediador das relações interpesso-
ais e, sobretudo, ser um educador.
Para tanto, o regente de coro precisa conhecer as técnicas
de regência e demais saberes sobre técnica vocal, ter domínio da
partitura musical, percepção apurada, conhecimento de história
da música, gêneros e estilos, harmonia, pedagogia musical, entre
outros.
Nesta unidade, você terá a oportunidade de conhecer al-
guns desses saberes. Tendo em vista que cada grupo vocal que
você encontrar em sua trajetória como educador musical terá di-
ferentes características, o trabalho do regente requer uma busca
constante de aprimoramento dos conhecimentos, a fim de aten-
A postura do regente
O modo como o regente se posiciona corporalmente pe-
rante os coralistas é uma maneira de comunicação muito impor-
tante. Além disso, também há questões de saúde envolvendo a
postura do regente. Se ele mantém tensões musculares ao reger,
com o tempo, poderá desenvolver doenças como a LER (Lesão
por Esforço Repetitivo).
Para ter uma boa postura perante os coralistas e também
não prejudicar sua saúde, o ideal é preservar a coluna ereta,
mantendo o apoio nas pernas e posicionando-se de modo que
possa ver todos os integrantes do coro, e todos os integrantes
possam vê-lo também.
Deve-se manter os joelhos levemente flexionados e os
ombros relaxados. Os braços devem estar dobrados na linha da
cintura e as mãos seguir naturalmente o movimento dos braços,
sem fazerem movimentos extras. O antebraço e as mãos do re-
gente devem se mover para cima, para baixo e para os lados.
É importante que você se exercite em frente a um espelho,
traçando linhas imaginárias, fazendo movimentos em diferentes
direções, mantendo a postura correta, acostumando-se, assim,
ao posicionamento corporal e aos gestos básicos.
Entradas
Ao cantarmos e tocarmos, preocupamo-nos com a nossa
respiração; a respiração do regente também é muito importante,
pois ela funciona como indicação de entradas musicais: é por
meio de sua respiração que o regente indica exatamente o mo-
mento de iniciar a música.
Antes de iniciar uma música, o regente deve manter a mão
um pouco acima do Tempo 1. Sua mão deve se movimentar em
direção ao último tempo (levare), preparando, assim, o Tempo 1,
e, nesse momento, deve respirar de maneira que todos coralis-
tas também respirem junto com ele para dar entrada na música
corretamente.
Por exemplo, em um compasso quaternário, o regente faz
um movimento em direção ao Tempo 4 (levare) respirando e vol-
ta o movimento para o Tempo 1 (batere). Essa regra se aplica a
todos os tipos de compasso.
Cortes
O gestual de corte é muito importante para a finalização
adequada da música. Ele faz com que todo o grupo interrompa o
som ao mesmo tempo.
O corte exige preparação e ensaio para que todos saibam
com antecedência que deverão parar de cantar.
20 minutos Repertório
10 minutos Intervalo
30 minutos Repertório
Tempo Atividade
15 minutos Aquecimento e Técnica vocal
30 minutos Repertório
10 minutos Intervalo
35 minutos Repertório
Dica!
Nos sites CPDL (Choral Public Domain Library), IMSLP (Interna-
tional Music Score Library Project) e Coral infantil, há disponíveis
gratuitamente um grande número de partituras que pode fazer
parte do seu repertório.
CPDL – CHORAL PUBLIC DOMAIN LIBRARY. Home page. Dis-
ponível em: <http://www2.cpdl.org/wiki/index.php/Main_Page>.
Acesso em: 13 nov. 2014.
IMSLP – INTERNATIONAL MUSIC SCORE LIBRARY PRO-
JECT. Biblioteca Musical Petrucci. Disponível em: <http://imslp.
org/wiki/P%C3%A1gina_inicial>. Acesso em: 13 nov. 2014.
CORAL INFANTIL. Partituras. Disponível em: <http://www.cora-
linfantil.com/#!partituras/c1igw>. Acesso em: 13 nov. 2014.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú-
dos estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Sobre as habilidades necessárias para a prática da regência, é importante
destacar:
a) somente o conhecimento do gestual de regência.
b) as técnicas de regência, saberes sobre técnica vocal, domínio da parti-
tura musical, percepção apurada, conhecimento de História da Música,
gêneros e estilos, harmonia, pedagogia musical, entre outros fatores.
c) que não se precisa de muitas habilidades desde que se tenha talento
e bom ouvido.
d) que as habilidades necessárias serão desenvolvidas com a prática; por-
tanto, é necessário ter prática de regência coral.
2) O que é regência?
a) É o ato de transmitir, por meio do gesto, o conteúdo rítmico e expres-
sivo da música para um grupo musical.
b) É o ato de liderar um grupo.
c) É o papel do músico que tem um vasto conhecimento musical.
d) Nenhuma das alternativas.
4) Hoje, com a música cada vez mais presente na educação regular, vemos
crescer o número de coros infantis. O regente de um coro infantil deve ter
em mente que:
a) um coro infantil é como qualquer outro grupo vocal, sendo que o tra-
balho deve ser o mesmo.
b) não deve trabalhar técnica vocal em coro infantil.
c) as crianças não devem trabalhar atividades corporais, pois isso acarre-
tará indisciplina.
d) o trabalho corporal com as crianças deve ser constante, pois a vivência
física da música dá significado a ela.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
a) b.
b) a.
c) c.
d) d.
e) d.
5. considerações
Nesta unidade, você teve a oportunidade de conhecer
mais profundamente o trabalho e as funções do regente coral.
Tendo em vista sua futura prática como educador musical, apre-
sentamos conceitos básicos da técnica de regência, bem como
6. e-REFERÊNCIAS
Site consultado
ROSSBACH, R. F. Aplicando metáforas físicas no repertório coral. Linguagens,
Blumenau, v. 5, n. 2, p. 153-166, maio/ago. 2011. Disponível em: <https://www.
academia.edu/4320202/ROSSBACH_R._F._._Aplicando_Metaforas_Fisicas_
no_Repertorio_Coral._Linguagens_Revista_de_Letras_Artes_e_Comunicacao_
FURB_v._5_p._153-166_2011>. Acesso em: 13 nov. 2014.
Lista de figuras
Figura 1 Esquemas de regência. Disponível em <http://musicaeadoracao.com.
br/28142/a-musica-na-igreja-adventista-parte-2-1/>. Acesso em: 17 out. 2014.
Figura 2 Esquemas de regência binária. Disponível em: <http://www.vitale.com.br/
sistema/produtos/produto.asp?codigo=14632>. Acesso em: 13 nov. 2014.
Figura 3 Esquemas de regência ternária. Disponível em: <http://www.vitale.com.br/
sistema/produtos/produto.asp?codigo=14632>. Acesso em: 13 nov. 2014.
Figura 4 Esquemas de regência quaternária. Disponível em: <http://www.vitale.com.
br/sistema/produtos/produto.asp?codigo=14632>. Acesso em: 13 nov. 2014.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BATISTA, R. Tratado de regência: aplicada à orquestra, à banda de música e ao coro.
São Paulo: Irmãos Vitale, 1976.
CRUZ, G. Canto, canção, cantoria: como montar um coral infantil. 2. ed. São Paulo:
SESC, 1997.
SCHIMITI, L. M. Regendo um coro infantil: reflexões, diretrizes e atividades. Revista
Canto Coral, ano II, n. 1, 2003.
ZANDER, O. Regência coral. Porto Alegre: Movimento, 1979.
Objetivos
• Compreender o contexto em que se desenvolveu o canto coral no Brasil.
• Conhecer os diversos tipos de grupos vocais e suas formações.
• Apresentar as possibilidades de aplicação do canto coral na sociedade.
• Conhecer os campos de atuação do educador que trabalha com o canto
como ferramenta musicalizadora.
Conteúdos
• Canto coral no Brasil.
• Canto orfeônico no Brasil.
• Grupos vocais.
• Canto coral como ferramenta socializadora.
• Coro infantil.
• Coro de idosos.
• Coro empresarial.
123
UNIDADE 4 – O canto coral e sua aplicabilidade em diferentes ambientes
2) Assista aos vídeos propostos, pois eles são fundamentais para o entendi-
mento da unidade.
1. INTRODUÇÃO
Até o presente momento, você pôde ver que o canto coral
é uma prática musical exercida e difundida nas mais diferentes
culturas. Para desenvolvê-la, necessitamos de diversos saberes
estudados nas unidades anteriores.
Como vimos, nascemos carregando um instrumento musi-
cal, que é a nossa voz. Desse modo, todos que tenham um apare-
lho fonador saudável podem cantar – ou seja, fazer música – sem
que precisem comprar um instrumento musical. Isso, por si só,
torna a prática do canto coral acessível, o que motiva empresas,
escolas, centros comunitários e igrejas a escolherem essa prática
para ser desenvolvida em seu meio. Outra questão é que, por
ser um instrumento natural, as pessoas já têm uma familiaridade
com o canto, o que facilita a formação de coros amadores.
Além dessas facilidades, o canto coral é uma ferramenta de
integração, motivação e desenvolvimento de múltiplas habilida-
des e competências.
Nesta quarta e última unidade, você terá a oportunidade
de compreender o canto coral exercendo diferentes papéis, em
diferentes espaços. Verá que temos coros profissionais, mas que
também é uma prática muito utilizada em empresas, escolas
etc., por se apresentar como um trabalho em grupo que não só
desenvolve a capacidade vocal, mas também privilegia a intera-
ção, a convivência, a inclusão social e as relações interpessoais
em um grupo social.
Desse modo, você aprenderá, nesta unidade, sobre as di-
versas possibilidades de grupos vocais e, também, as possibilida-
des de aplicação do canto coral na sociedade.
Canto orfeônico–––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Assista ao vídeo a seguir para saber mais sobre o canto orfeônico utilizado por
Villa-Lobos.
REYES, A.; MÉSCOLI, B. E.; ROMERO; S. Canto a los niños del mundo.
Intérpretes: Programa de Formación de Coros Escolares, Fundación Gran
Cantoría Puerto Cabello, Quadrivium Coro de Cámara e Orquesta Sinfóni-
ca de Carabobo. Carabobo: 2005. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=W79PgOWe-gU>. Acesso em: 14 nov. 2014.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Em 1931, Villa-Lobos iniciou uma turnê pelo Brasil junta-
mente com sua esposa, que era pianista, e diversos amigos mú-
sicos, a fim de divulgar não só a música brasileira, mas os ideais
do canto orfeônico. Também foi feita uma divulgação maciça por
meio de panfletos nas escolas, prospectos lançados por aviões
e, também, divulgação na imprensa. O resultado de toda essa
divulgação foi a realização de um concerto vocal que reuniu mais
Coros –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Assista aos vídeos dos diferentes tipos de coros:
Vozes mistas
AGUIAR, E. Salmo 150. Intérprete: MS Baptist All-State Youth Choir & Orches-
tra. 2009. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=gngvjwa5KbM>.
Acesso em: 17 nov. 2014.
Vozes masculinas
JANEQUIN, C. Le Chant Des Oiseaux. Intérprete: San Beda College Chorale.
2002. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=LPAswUqtG-8>.
Acesso em: 17 nov. 2014.
Vozes femininas
MENDES, G. Vila Socó Meu Amor. Intérprete: Madrigal Ars Viva. Disponível
em: <http://www.youtube.com/watch?v=Umh9H3-yDAs>. Acesso em: 17 nov.
2014.
Vozes infantis
HASSLER, H. L. Ihr Musici, Frisch Auf. Intérprete: Vesna Children’s Choir.
2007. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=RteKz7pI9LU&featu
re=related>. Acesso em: 17 nov. 2014.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
O coro ou grupo vocal também pode ser ligado a algum
tipo de instituição. Normalmente, esses coros não são profissio-
Corais de empenho
São grupos corais que pertencem a instituições que não
exercem como função principal a música. Nessa categoria de co-
ros, estão os grupos, profissionais ou não, ligados a alguma em-
presa e grupos de estabelecimentos educacionais que não sejam
de música especificamente (JUNKER, 1999). Esse é um campo de
atuação que vem crescendo dia após dia.
Hoje, buscando oferecer melhor qualidade de vida aos fun-
cionários, muitas empresas estão oferecendo atividades extras,
com o objetivo de aliviar o estresse causado pelo trabalho. As-
sim, o coro ligado a uma empresa pode servir tanto como peça
de marketing externo da empresa quanto como elemento de
marketing interno, tendo a função de aumentar o envolvimento
Coral de idosos
Na sociedade contemporânea, as pessoas estão vivendo
mais, o que nos leva a presenciar o número crescente da popu-
lação de idosos.
A essa parcela de pessoas com mais de 60 anos damos o
nome de idosos ou de pessoas na terceira idade; a autora Ecléa
Bosi os nomeia simplesmente como velhos (BOSI, 1994).
A autora atribui aos velhos a importante função de manu-
tenção da cultura, por meio de suas memórias e histórias trans-
mitidas aos mais jovens, especialmente às crianças. Ao mesmo
tempo, expõe a problemática da falta de convívio social, isola-
mento e abandono a que muitos dos idosos são expostos, por
não mais estarem inseridos no mercado de trabalho, deixando
de exercer suas antigas funções na sociedade (BOSI, 1994).
Partindo dessa nova realidade de uma população cada
vez mais idosa e compreendendo a importância da população
de terceira idade na sociedade, muito se tem pensado em como
preservar a qualidade de vida dessas pessoas e como promover
um envelhecimento bem-sucedido. Entende-se como “envelhe-
cimento bem-sucedido” o processo no qual os idosos mantêm
o funcionamento efetivo da sua parte física e mental (ROWE;
KAHN, 1999).
Nesse sentido, a educação musical pode contribuir para
um envelhecimento com qualidade de vida, pois possibilita a in-
serção social desses idosos, além de trazer benefícios neurológi-
cos. Aprender algo novo é muito importante para a manutenção
das funções mentais do idoso.
que ele serve; sabe para que serve a sua contribuição pessoal;
não tende a descarregar sobre os outros as suas próprias res-
ponsabilidades. A disciplina provém do empenho pessoal, da
atração exercida pelo líder, da adesão à missão, da dedicação
ao trabalho, da fé, da generosidade, da participação na “brinca-
deira” (DE MASI, 2003, p. 675-6).
O canto em conjunto desvela-se assim como uma extraordi-
nária ferramenta para estabelecer uma densa rede de confi-
gurações sócio-culturais com os elos da valorização da própria
individualidade, da individualidade do outro e do respeito das
relações interpessoais, em um comprometimento de solidarie-
dade e cooperação (FUCCI AMATO, 2007, p. 81).
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú-
dos estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Villa-Lobos foi um importante compositor brasileiro. Quanto à ação edu-
cativa do compositor, assinale a alternativa correta.
a) O compositor somente compôs música instrumental sinfônica, consi-
derando a música popular uma categoria abaixo da música erudita.
b) Foi um grande compositor e deu muito valor à música folclórica brasi-
leira, mas não teve uma ação significativa na educação musical.
c) Implantou no Brasil o canto orfeônico durante o governo Vargas.
d) Nenhuma das alternativas é verdadeira.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) c.
2) d.
3) c.
4) d.
5) a.
5. considerações finais
Finalizamos o estudo da última unidade e esperamos que
você seja capaz de visualizar as possibilidades de aplicação do con-
teúdo aprendido neste material em seu campo de atuação profis-
sional. Mais do que conhecer os campos de atuação, esperamos
que você possa refletir sobre as peculiaridades dos diferentes am-
bientes e as necessidades de cada público com que terá contato
como educador musical atuando na prática do canto coral.
Além disso, é fundamental que você reconheça a impor-
tância da sua atuação futura na educação global dos seres hu-
manos, que poderá levar a processos educativos de conscien-
tização, ou seja, você deve compreender que sua ferramenta
musical é o canto, mas, por meio dela, você poderá atuar como
agente transformador.
Mais uma vez, ressaltamos a importância de um aprofun-
damento dos temas abordados no Conteúdo Digital Integrador
apresentado neste material.
Com isso, finalizamos o estudo de Canto Coral e Técnica
Vocal. Esperamos que você tenha compreendido a importância
dos temas discutidos e como eles estão ligados diretamente com
a sua futura prática como educador musical.
Você tomou conhecimento da evolução do canto no decor-
rer da história, compreendendo, assim, como a prática da música
vocal foi importante para o desenvolvimento da música no de-
correr da história. Nessa trajetória, você pôde analisar gêneros
vocais e a evolução dos grupos.
Buscamos, também, oferecer subsídios sobre os principais
procedimentos de técnica vocal, e mais do que isso, deixar cla-
ra a importância da preservação da saúde vocal. Ainda, visando
6. e-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
JUNKER, D. O movimento do canto coral no Brasil: breve perspectiva administrativa
e histórica. In: ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-
GRADUAÇÃO EM MÚSICA, 12, Salvador, out. 1999. Anais... 1999. Disponível em:
<http://www.anppom.com.br/anais/anaiscongresso_anppom_1999/ANPPOM%20
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Lista de figuras
Figura 1 Villa-Lobos no estádio São Januário. Disponível em: <http://www.
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