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Com relação ao ruído, os limites de tolerância passaram a ser definidos pela NR-15 do Ministério do
Entidades Trabalho e do Emprego, através dos seus Anexos 1 e 2.
Estatísticas / Pesquisas O Anexo 1 apresenta os níveis de tolerância para o ruído contínuo ou intermitente.
Galerias Segundo a NR-15, entende-se por ruído contínuo ou intermitente, para fins de aplicação dos limites de
tolerância apontados na segunda coluna do quadro acima, o ruído que não seja de impacto, cujas
definições estão previstas pelo Anexo 2 da mesma NR-15.
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Ocorrendo, na mesma jornada de trabalho, dois ou mais períodos de exposição a diferentes níveis de
ruído, é preciso calcular os seus efeitos combinados ou a dose de exposição diária.
Embora seja comum, é equivocado calcular essa dose de exposição através de critério aritmético
(somar e dividir). Isso porque para cada nível de ruído há um tempo máximo de exposição definido em
Acidentes do Trabalho lei, como visto na tabela do Anexo 1 da NR-15. Na NR-15 é encontrada a equação para calcular-se a
dose de exposição diária:
Doenças Ocupacionais
Onde:
Empresas & Negócios
Cn =tempo de exposição real
Eventos O resultado da soma destas frações é um número adimensional (número puro) que também pode ser
expresso em porcentagem. Essa será a dose de exposição diária do trabalhador ao ruído.
Geral Se o valor decorrente dessa soma for maior ou igual a 1 (um) ou 100%, significa que exposição ao
ruído está acima do limite de tolerância.
Legal
O citado percentual é estabelecido pela Norma de Higiene Ocupacional - NHO 01, da Fundacentro,
Leia na Edição do Mês através da Tabela 1.
Dose = 2%(> 1)
Portanto, a dose de exposição diária desse trabalhador ultrapassa o limite de tolerância. Superado o
limite de tolerância, resta-nos encontrar o Nível de Exposição.
O cálculo do Nível de Exposição (NE) é definido pela Norma de Higiene Ocupacional (NHO-01), da
FUNDACENTRO, com adaptação do cálculo matemático para fins de comparação com os limites de
exposição diária apresentados pelo Anexo 1 da NR-15. Isso porque o incremento de duplicação de
dose (q) da NHO-01 é diferente do apresentado NR-15. Pela NHO-01 q=3 e pela NR-15 q=5.
Inobstante a divergência acima, para fins previdenciários e trabalhistas, sempre deve ser utilizado o
incremento de duplicação de dose apresentado pela NR-15, pois o resultado da equação do NEN será
comparado com os limites de tolerância apresentados por essa norma.
O log de 2 é 0,301029.
5/0,301029 = 16,60964
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23/01/2018 Ruído e o Nível de Exposição Normalizado (NEN) - Geral - Notícias - Revista Proteção
Onde:
Numa determinada casa de força, um trabalhador expõe-se, diariamente, durante 8 horas, a seguinte
situação: 83 dB (A) por 3 horas; 90 dB (A) por 2 horas; e 95 dB (A) por 3 horas.
NE = 10 log (1 x 2) + 85
NE = 10 log (2) + 85
NE = 1 (2) + 85
Encontrado o NE, passa-se ao cálculo do NEN, Nível de Exposição Normalizado. Para calcular-se o
NEN a jornada de trabalho deve ser convertida para uma jornada-padrão de 8 horas diárias.
Onde:
NEN = 87 + 16,60964 x 1
O que faz a atividade ser considerada insalubre, especificamente no caso do ruído, não é apenas o
nível de pressão sonora informado no LTCAT ou PPP, mas o limite de tolerância de exposição diária.
Segundo a Portaria n.º 3.214/78 do MTE, em sua NR-15, "entende-se por limite de tolerância a
concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a naturezae o tempo de
exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral." (sem
grifo no original)
As disposições da NR-15 devem sim ser utilizadas para fins previdenciários. Isso porque a Lei nº
9.732/98 trouxe nova redação ao art. 58, § 2º, da Lei 8.213/91 e, a partir de sua publicação, as
normas previdenciárias tiveram a autorização para utilizar as leis trabalhistas com a finalidade
de comprovação dos agentes agressivos aos quais o trabalhador se expõe:
§ 1º A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante
formulário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, emitido pela
empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido
por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho nos termos da legislação trabalhista.
Art. 239. A exposição ocupacional a ruído dará ensejo à aposentadoria especial quando os níveis de
pressão sonora estiverem acima de oitenta dB (A), noventa dB (A) ou oitenta e cinco dB (A), conforme
o caso, observado o seguinte:
(...)
De outra banda, como as Normas Regulamentadoras existem desde 08/06/1978, quando aprovada a
Portaria nº 3.214/78, tem-se como autoaplicável a autorização constante na Lei nº 9.732/98, mormente
por tratar de norma definidora de direitos e garantias fundamentais, cuja aplicação, a teor do § 1º do
art. 5º da CRFB/88, é imediata.
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ruído determinados pelo Decreto nº 4.882/2003 foram estabelecidos com base em técnicas mais
modernas e estudos mais consistentes do que os realizados por ocasião da edição do Decreto nº
2.172/97.
Face isso, impõe-se reconhecer que esse último limite de 85 dB (A) fixado pelo Decreto nº 4.882/2003,
prevalece mesmo durante a vigência do Decreto nº 2.172/97, tendo em vista a natureza meramente
declaratória do dispositivo regulamentar, que estabelece o critério de proteção à saúde do segurado, na
forma prevista no § 1º, do art. 201, da CRFB/88:
Para a proteção prevista no dispositivo constitucional, portanto, não teria sentido considerar-se o nível
de ruídos superior a 85 dB (A) e inferior a 90 dB (A) como não prejudicial à saúde no período de
05/03/1997 a 17/11/2003, e a partir de 18/11/2003, considerar-se os níveis de ruído superiores a 85 dB
(A) como prejudiciais.
As disposições do Decreto nº 4.882/03 estão embasadas em técnicas mais modernas, todas visando a
preservação da saúde e integridade física do segurado sujeito a condições especiais de trabalho. Com
a promulgação do diploma normativo de 2003, que reduziu o limite máximo de tolerância do ruído para
85 dB (A), deve ser reconhecido que o limite anterior (90 dB (A)), previsto no Decreto nº 2.172/97 era
impróprio à saúde do trabalhador, sendo absurdo considerar que no período que antecedeu a sua
edição não o fosse.
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Comentários
Ilustrativa!
Att
O NE também deveria estar sendo calculado com fator q=5, não? A NHO-01 comenta que a
fórmula do NE é baseada em q=3.
Ou seja, trocaria o log 10 por log 16,61, e encontraríamos 90dB.
Além disso,mesmo utilizando log 10, o cálculo do NE seria igual a 88dB.
De qualquer maneira, muito bem explicado os cálculos e o exemplo prático.
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