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Aula 00

Contabilidade Geral p/ TCU-2015 - Auditoria Governamental


Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa

08219285621 - Richard Lopes


Contabilidade Geral para TCU - 2015
Teoria e exercícios comentados
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 00

AULA 00: 1 PRINCÍPIOS CONTÁBEIS FUNDAMENTAIS (APROVADOS


PELO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE PELA RESOLUÇÃO CFC
N.º 750/1993, ATUALIZADA PELA RESOLUÇÃO CFC Nº 1.282/2010.

SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................. 1
O CURSO, EDITAL E PROVA .............................................................................................................. 3
CONCEITO DE CONTABILIDADE......................................................................................................... 9
OBJETO DA CONTABILIDADE ............................................................................................................ 9
CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE ..................................................................................... 10
FINALIDADE DA CONTABILIDADE .................................................................................................... 10
RESOLUÇÃO N. 750/93 DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (ATUALIZADA) ............................ 12
CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA ................................................................... 12
CAPÍTULO II - DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO ............................................... 13
SEÇÃO I - O PRINCÍPIO DA ENTIDADE ............................................................................................. 13
SEÇÃO II - O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE .................................................................................... 14
SEÇÃO III - O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE .................................................................................. 15
SEÇÃO IV - O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL ......................................................... 16
SEÇÃO VI - O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA, REGIME DE COMPETÊNCIA X REGIME DE CAIXA ................ 20
SEÇÃO VII - O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA ........................................................................................ 23
PRINCIPAIS ASPECTOS DA RESOLUÇÃO 1.282/2010 DO CFC .............................................................. 23
NOCÕES DE DÉBITO E CRÉDITO...................................................................................................... 23
ATIVO, PASSIVO E PATRIMÔNIO ..................................................................................................... 24
RAZONETE, LANÇAMENTOS A DÉBITO E LANÇAMENTOS A CRÉDITO. ................................................... 25
MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS ............................................................................................... 26
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ............................................................................. 31
QUESTÕES COMENTADAS – PRINCÍPIOS CONTÁBEIS ........................................................................ 34
QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................................................................ 54
GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ..................................................................... 60

APRESENTAÇÃO

Olá, meus amigos. Como estão?!

É com um imenso prazer que estamos aqui, no Estratégia Concursos, o mais


novo e revolucionário site de preparação para concursos públicos, para ministrar
para vocês a disciplina de Contabilidade Geral para o concurso de Auditor
Federal de Controle Externo, do quadro integrante do Tribunal de Contas
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da União.

O Estratégia conta com os melhores professores do Brasil, não tenham dúvidas.


Certamente, estudando pelo material que ofereceremos aqui, em todas as
disciplinas, você não precisará de mais nada para ter uma preparação sólida e
focada para este certame.

O cargo dispensa maiores comentários, posto que o TCU é hoje umas das
melhores instituições públicas para se trabalhar no Brasil. A remuneração
também é excelente, em torno de R$ 14.500,00 iniciais. Isso mesmo, repito,
R$ 14.500,00. Com um salário destes, vive-se bem em qualquer lugar do
Brasil. É o que você precisa para dar de vez aquela qualidade de vida para sua
família, ou, para você que é solteiro, viajar o mundo todo.

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Agora, permita que nos apresentemos:

Meu nome é Gabriel Rabelo, sou Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda


do Estado do Rio de Janeiro, tendo, também, dentre outros, exercido o cargo
de Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado do Espírito Santo.

Sou professor colaborador de direito empresarial e contabilidade no sítio do


Estratégia.

Ministro, também, contabilidade e direito empresarial em cursos presenciais


preparatórios para concursos e, em videoaula, no Eu Vou Passar.

Sou autor dos livros 1.001 Questões Comentadas de Direito Empresarial –


FCC e 1.001 Questões Comentadas de Direito Administrativo – ESAF, este
último em co-autoria com a professora Elaine Marsula, ambos publicados pela
Editora Método.

Meu nome é Luciano Rosa, sou Agente Fiscal de Rendas da Secretaria da


Fazenda do Estado de São Paulo, aprovado no concurso de 2009.
Anteriormente, trabalhei durante 10 anos na Assembléia Legislativa de São
Paulo, aprovado em 1º lugar no concurso de 1999, ocupando os cargos de
Agente Técnico Legislativo Especializado – área de finanças, e, em comissão,
durante 7 anos, o cargo de Diretor Técnico Legislativo do Serviço Técnico de
Programação Financeira. Sou professor de contabilidade para concursos. Autor
de diversos cursos na área de contabilidade.

Sou formado em Administração de Empresas pela Faculdade de Economia e


Administração – FEA – USP. Possuo 17 anos de experiência em empresas
privadas, na área de Controladoria, tendo ocupado os cargos de Assistente de
Auditoria, Analista de Custo, Chefe da Contabilidade Financeira e Controller.

Além disso, lançamos juntos, pela Editora Método, o livro


Contabilidade Avançada Facilitada para Concursos –
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Teoria e questões e mais de 200 questões comentadas. Este


livro é baseado nos Pronunciamentos Contábeis emanados do
Comitê de Pronunciamentos Contábeis e está disponível para
venda no site da editora e nas diversas livrarias.

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O CURSO, EDITAL E PROVA

Edital na praça, pessoal! Que maravilha! Como sempre, o edital é um


prêmio para aqueles que estão bem preparados. Vamos conversar um
pouco sobre o nosso concurso?

O edital foi publicado em 09 de junho de 2015, quase dois anos após a


realização do último concurso.

A nossa banca, mantendo a tradição, será o Centro de Seleção e Promoção


de Eventos – CESPE.

As provas serão realizadas em 16 de agosto de 2015.

Como esperado, temos 66 vagas no certame, sendo 30 para a área de


tecnologia da informação e 36 para a área de auditoria governamental,
assim distribuídas:

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É requisito para ingresso no cargo diploma, devidamente registrado, de


conclusão de curso de graduação de nível superior em qualquer área de
formação, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo
Ministério da Educação (MEC).

As atribuições do cargo de Auditor Federal de Controle Externo englobam


desenvolver atividades de planejamento, de coordenação e de execução
relativas à fiscalização e ao controle externo da arrecadação e aplicação de
recursos da União, bem como da administração desses recursos, examinando a
legalidade, a legitimidade, a economicidade, a eficiência e a efetividade em seus

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aspectos financeiro, orçamentário, contábil, patrimonial e operacional, dos atos
daqueles jurisdicionados ao Tribunal de Contas da União.

O regime de trabalho é de 40 horas semanais, regendo-se o cargo pela Lei


8.112/1990.

As fases do concurso estão descritas no quadro a seguir.

As provas objetivas, de caráter eliminatório e classificatório, valem 200,00


pontos e abrangem os objetos de avaliação constantes do anexo do edital.

As questões são do tipo certo ou errado.

Contabilidade está prevista dentro de conhecimentos específicos, sendo uma


das grandes novidades do último edital de 2013. A cobrança desta matéria era
novidade no edital. E mais. Ela não veio sozinha. Juntamente à contabilidade
geral, tivemos também análise das demonstrações contábeis e contabilidade de
custos. O edital deu uma grande ênfase a estas matérias.

Atente-se, ainda, que o candidato não podia obter, sob pena de eliminação:

a) obtiver nota inferior a 20,00 pontos na prova objetiva de Conhecimentos


Básicos PO1;
b) obtiver nota inferior a 30,00 pontos na prova objetiva de Conhecimentos
Específicos PO2;
c) obtiver nota inferior a 60,00 pontos no conjunto das provas objetivas
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Feitas estas considerações gerais, passemos a falar especificamente da


contabilidade.

Não sabemos ao todo quantas questões teremos na disciplina. Assim, podemos


ter 20, 30, nenhuma ou qualquer outro número. Seria razoável estimar a
quantidade de itens em uma quantidade de 10 a 15.

A ementa é a seguinte:

Contabilidade Geral: 1 Princípios Contábeis Fundamentais (aprovados pelo


Conselho Federal de Contabilidade pela Resolução CFC n.º 750/1993, atualizada
pela Resolução CFC nº 1.282/2010. 2 Deliberação CVM nº 29, de 05/02/86:
estrutura conceitual básica da Contabilidade. 3 Principais grupos usuários das

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demonstrações contábeis. 3.1 As responsabilidades da administração da
entidade e do auditor independente. 3.2 O parecer do auditor independente. 3.3
NBC T 11 – Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis. 4
Diferença entre regime de competência e regime de caixa. 4.1 Informações
sobre origem e aplicação de recursos. 5 Patrimônio. 5.1 Componentes
patrimoniais: Ativo, Passivo e Situação Líquida (ou Patrimônio Líquido). 6
Equação fundamental do Patrimônio. 7 Fatos contábeis e respectivas variações
patrimoniais. 8 Conta: conceito. 8.1 Débito, crédito e saldo. 8.2 Função e
estrutura das contas. 8.3 Contas patrimoniais e de resultado. 9 Balancete de
verificação. 10 Apuração de resultados. 10.1 Controle de estoques e do custo
das vendas. 11 Escrituração. 11.1 Sistema de partidas dobradas. 11.2
Escrituração de operações típicas. 12 Livros de escrituração: Diário e Razão.
12.1 Erros de escrituração e suas correções. 13 Balanço patrimonial:
obrigatoriedade e apresentação. 13.1 Conteúdo dos grupos e subgrupos. 14
Classificação das contas. 14.1 Critérios de avaliação do Ativo e do Passivo. 14.2
Avaliação de investimentos. 14.3 Levantamento do Balanço patrimonial. 15
Demonstração do resultado do exercício: estrutura, características e elaboração.
16 Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados: forma de apresentação.
17 Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido: forma de apresentação.
18 Relatório Anual da Administração. 18.1 Notas explicativas às demonstrações
contábeis. 18.2 Conselho fiscal: competência, deveres e responsabilidades, de
acordo com a Lei nº 6.404/1976. 19 Demonstração de Fluxos de Caixa: métodos
direto e indireto. 20 Aspectos contratuais da Contabilidade. 20.1 Relação Agente
e Principal.

Atenção! O tópico “2 Deliberação CVM nº 29, de 05/02/86: estrutura conceitual


básica da Contabilidade” foi revogado. No concurso de 2013 também cobraram
esta norma da CVM e, posteriormente, a banca alterou o edital.

Já enviamos um email para o CESPE solicitando a alteração, com o seguinte


teor:

“Olá! Gostaria de comunicar que, tal como ocorrido no edital de Auditor Federal
de Controle Externo do Tribunal de Contas da União, publicado em 2013, houve
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a cobrança de norma já revogada na ementa de Contabilidade Geral para o


concurso de Auditor Federal de Controle Externo, do edital publicado hoje, em
09 de junho de 2015.

Trata-se da Deliberação CVM 29/86. É de amplo conhecimento que, com a


adoção das normas internacionais de contabilidade, o CPC 00 - Pronunciamento
Conceitual Básico - passou a figurar no lugar daquela Deliberação, pelo que
solicitamos a alteração do edital.

Tal inconsistência já havia sido detectada no edital de 2013, quando o CESPE,


por meio do Edital nº 3 – TCU, de 23 de agosto de 2013 promoveu o
saneamento da matéria, retificando a ementa.

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Solicitamos, por favor, seja novamente alterado, a fim de que não necessitemos
estudar pontos já ultrapassados da legislação”.
Com efeito, em breve devemos ter uma alteração do conteúdo. De toda a
sorte, a aula sobre princípios de contabilidade permanecerá aqui, como
aula 00, por ser fundamental para o entendimento da disciplina como
um todo! Ok? Voltemos à análise do nosso edital.

É possível, para aqueles que não se preparam para esta disciplina


anteriormente, aprender todo esse conteúdo com o nosso curso?

Nossa resposta é: certamente sim! É claro que, em regra, o candidato, ao


término do curso, não estará apto a trabalhar em um grande escritório de
contabilidade ou dissertar a fundo temas deveras complexos da disciplina. Mas,
acreditem-nos, iremos transmitir aqui o necessário para que vocês possam
realizar uma boa ou excelente prova, mesmo nunca tendo visto antes a
disciplina.

Afirmamos isto porque percebemos, e esta é uma mudança boa para vocês, que
o CESPE, nas últimas provas, está explorando muitas questões teóricas sobre as
novidades contábeis, em detrimento daquelas assertivas de outrora em que se
era apresentado um plano de contas com dezenas de itens, pedindo elaboração
de demonstrações contábeis diversas.

Para ajudá-los, vamos oferecer aqui no Estratégia um curso completo que


começará hoje, nesta aula, terminando bem antes da data da prova, tempo
suficiente para se fazer um bom pente fino!

Enfim, se você procura uma preparação focada, objetiva, consistente, atualizada


e com uma quantidade boa de questões comentadas do CESPE, então venha
estudar conosco.

Para aqueles que nunca estudaram contabilidade, em separado, apresentaremos


um arquivo para nivelamento dos teoricamente “iniciantes”. Há alguns vídeos
que acompanham, explicando o “bê-á-bá” da matéria. 08219285621

Além disso, você terá a vantagem de utilizar somente o material que


disponibilizaremos aqui. Ele será suficiente para resolver grande parte ou todas
as questões da prova!

Cada dia a mais que transcorre é um dia a menos na preparação. Estudar para
este concurso exige foco e preparação. Quem sair à frente certamente terá uma
base mais sólida e forte para concorrer a uma vaga do concurso.

Os principais destaques deste curso que apresentaremos são:

- Conteúdo teórico completo, apresentado com objetividade e de modo fácil.


- Grande acervo de questões comentadas do CESPE.

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- Não há exigência de conhecimento prévio.
- Contato direto com os professores para responder dúvidas.
- Material atualizado de acordo com as mudanças ocorridas na contabilidade
pelas Leis 11.638/07 e 11.941/09, bem como ênfase nos Pronunciamentos
Contábeis tão cobrados pelas bancas.
- Matérias apresentadas de acordo com o edital, específico, de modo que você
terá aqui tudo o que precisa levar para o certame. Nem mais, nem menos.
- Apresentação de um arquivo em separado para nivelamento daquelas que
nunca estudaram a disciplina anteriormente.
- Apresentação de vídeoaulas para ajudar a fixação do conteúdo (Atenção:
pode ser que nem todos os tópicos do edital estejam cobertos pelos
vídeos).

O nosso cronograma de aulas é o seguinte:

CRONOGRAMA
Aula 00 (Disponível). 1 Princípios Contábeis Fundamentais (aprovados pelo
Conselho Federal de Contabilidade pela Resolução CFC n.º 750/1993, atualizada
pela Resolução CFC nº 1.282/2010.
Aula 01 (Disponível). 3 Principais grupos usuários das demonstrações
contábeis. 4 Diferença entre regime de competência e regime de caixa. 4.1
Informações sobre origem e aplicação de recursos. 5 Patrimônio. 5.1
Componentes patrimoniais: Ativo, Passivo e Situação Líquida (ou Patrimônio
Líquido). 6 Equação fundamental do Patrimônio. 7 Fatos contábeis e respectivas
variações patrimoniais. 8 Conta: conceito. 8.1 Débito, crédito e saldo. 8.2
Função e estrutura das contas. 8.3 Contas patrimoniais e de resultado. 9
Balancete de verificação. 11 Escrituração. 11.1 Sistema de partidas dobradas.
11.2 Escrituração de operações típicas. 12 Livros de escrituração: Diário e
Razão. 12.1 Erros de escrituração e suas correções.
Aula 02 (Disponível). 13 Balanço patrimonial: obrigatoriedade e apresentação.
13.1 Conteúdo dos grupos e subgrupos. 14 Classificação das contas. 14.1
Critérios de avaliação do Ativo e do Passivo. 14.2 Avaliação de investimentos.
14.3 Levantamento do Balanço de acordo com a Lei nº 6.404/1976 (Lei das
Sociedades por Ações).
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Aula 03 (Disponível). 13 Balanço patrimonial: obrigatoriedade e apresentação.


13.1 Conteúdo dos grupos e subgrupos. 14 Classificação das contas. 14.1
Critérios de avaliação do Ativo e do Passivo. 14.2 Avaliação de investimentos.
14.3 Levantamento do Balanço de acordo com a Lei nº 6.404/1976 (Lei das
Sociedades por Ações).
Aula 04 (Disponível). 10 Apuração de resultados. 10.1 Controle de estoques e
do custo das vendas. 15 Demonstração do resultado do exercício: estrutura,
características e elaboração de acordo com a Lei nº 6.404/1976.
Aula 05 (Disponível). 16 Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados:
forma de apresentação de acordo com a Lei nº 6.404/1976. 17 Demonstração
de Mutações do Patrimônio Líquido: forma de apresentação de acordo com a Lei
nº 6.404/1976.

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Aula 06 (Disponível). 18 Relatório Anual da Administração. 18.1 Notas
explicativas às demonstrações contábeis. 18.2 Conselho fiscal: competência,
deveres e responsabilidades, de acordo com a Lei nº 6.404/1976. 19
Demonstração de Fluxos de Caixa: métodos direto e indireto. 20 Aspectos
contratuais da Contabilidade. 20.1 Relação Agente e Principal.
Aula 07. (Aguardando) 2 Deliberação CVM nº 29, de 05/02/86: estrutura
conceitual básica da Contabilidade. No lugar, apresentaremos uma aula
atualizada, sobre o CPC 00 (disponível).

Tópicos não abordados no curso: 3.1 As responsabilidades da administração


da entidade e do auditor independente. 3.2 O parecer do auditor independente.
3.3 NBC T 11 – Normas de Auditoria Independente das Demonstrações
Contábeis

Quaisquer dúvidas, por favor, enviem aos dois e-mails, para que ambos
possamos ter ciência do que está se passando no curso.

É isso! Vamos começar a nossa batalha?!

Forte abraço!

Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.

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CONCEITO DE CONTABILIDADE

O primeiro passo para o estudo de qualquer ciência é saber o seu conceito. Na


contabilidade, temos uma definição formal, que foi estatuída no 1º Congresso
Brasileiro de Contabilidade, realizado nos idos de 1924, qual seja:

Contabilidade: é a ciência que estuda a prática e as funções de orientação, de


controle e de registro, relativos aos atos e aos fatos de administração
econômica.

Explique-se. O primeiro ponto a ser entendido desta definição é que a


contabilidade é uma ciência. A ESAF abordou este tema, na prova de Técnico
do Tesouro Nacional, em 1992. Vejam (item incorreto):

(ESAF/Técnico do Tesouro Nacional/Adaptada/1992) Contabilidade é a


metodologia especial concebida para captar, registrar, reunir e interpretar os
fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de
qualquer ente.

Cuidado com questões que a definem como técnica, metodologia, e até


mesmo arte!

Voltando à definição, a contabilidade é a ciência que estuda a prática e as


funções de orientação, controle e registro, relativos aos atos e fatos de uma
administração econômica. Com efeito, através dessa ciência, podemos saber
como contabilizar a compra de estoque de mercadoria de uma empresa, quanto
temos de dívidas com fornecedores, por quanto e quando registraremos os juros
relativos a determinado empréstimo contraído, quanto tivemos de despesas de
salário em determinado mês, e assim por diante.

Portanto, a Contabilidade pode ser conceituada como sendo a ciência que


estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das
entidades com fins lucrativos ou não. 08219285621

OBJETO DA CONTABILIDADE

Pois bem, enquanto ciência a contabilidade possui um objeto. Este objeto é o


patrimônio das entidades.

O patrimônio pode ser entendido como o conjunto de bens, direitos e


obrigações.

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CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE

Neste início do curso, faz-se, ainda, imprescindível saber que a contabilidade se


aplica às aziendas. Como aziendas, devemos entender um patrimônio gerido
de maneira organizada.

A contabilidade se aplica a entidades diversas, quer tenham fins lucrativos


(empresários e sociedades empresárias), quer não (União, Estados, associações,
por exemplo).

A doutrina costuma classificar a azienda, quanto ao fim a que se destina, em


três tipos, a saber:

1) Azienda econômica: Como, por exemplo, as empresas. Objetivo de lucro.


2) Aziendas econômico-sociais: São exemplo as associações, cuja sobra
líquida é destinada a outros fins que não a remuneração do capital empregado.
Por exemplo, a associação de moradores da Barra da Tijuca reverte o dinheiro
que obteve ao término do exercício com a limpeza e o cultivo de árvores na
região.
3) Aziendas sociais: Não possuem escopo lucrativo, tal como a União, Estados,
Municípios.

FINALIDADE DA CONTABILIDADE

Ainda, há que se ressaltar a finalidade precípua da ciência contábil, que é


prover os seus diversos usuários de informações sobre a situação
patrimonial e financeira da entidade. Faz-se essencial a investidores,
credores, fornecedores, governo e até mesmo aos próprios administradores da
entidade que tenham a plena convicção de como anda a “saúde” da empresa
gerenciada.

As demonstrações contábeis são preparadas e apresentadas para usuários


externos em geral, tendo em vista suas finalidades distintas e necessidades
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diversas. Governos, órgãos reguladores ou autoridades fiscais, por exemplo,


podem especificamente determinar exigências para atender a seus próprios fins.
Todavia, as exigências específicas de cada ente não devem afetar a elaboração
das demonstrações contábeis segundo os princípios gerais da contabilidade.
Assim, um exemplo clássico é o cálculo do lucro real, para contribuintes sujeitos
a este tipo de apuração, pela Receita Federal do Brasil. As diversas entidades
não deverão, por exemplo, modificar as demonstrações contábeis para que seja
encontrado tal valor, mas, sim, escriturar outro livro fiscal, o Livro de Apuração
do Lucro Real (LALUR).

Destarte, reprise-se que as demonstrações contábeis devem fornecer


informações que sejam úteis na tomada de decisões e avaliações por parte dos

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usuários em geral, não tendo o propósito de atender finalidade ou necessidade
específica de determinados grupos de usuários.

Os usuários das demonstrações contábeis podem ser externos ou internos,


conforme tenham ou não ligação com a entidade que reporta essas informações.
Vejamos:

- Investidores. Necessitam de informações para ajudá-los a decidir se devem


comprar, manter ou vender investimentos. Os acionistas também estão
interessados em informações que os habilitem a avaliar se a entidade tem
capacidade de pagar dividendos.
- Empregados. Os empregados e seus representantes estão interessados em
informações sobre a estabilidade e a lucratividade de seus empregadores.
Também se interessam por informações que lhes permitam avaliar a capacidade
que tem a entidade de prover sua remuneração, seus benefícios de
aposentadoria e suas oportunidades de emprego.
- Credores por empréstimos. Estes estão interessados em informações que
lhes permitam determinar a capacidade da entidade em pagar seus empréstimos
e os correspondentes juros no vencimento.
- Fornecedores. Os fornecedores e outros credores estão interessados em
informações que lhes permitam avaliar se as importâncias que lhes são devidas
serão pagas nos respectivos vencimentos.
- Clientes. Os clientes têm interesse em informações sobre a continuidade
operacional da entidade, especialmente quando têm um relacionamento a longo-
prazo com ela, ou dela dependem como fornecedor importante.
- Governo e suas agências. Os governos e suas agências estão interessados
na destinação de recursos e, portanto, nas atividades das entidades. Necessitam
também de informações a fim de regulamentar as atividades das entidades,
estabelecer políticas fiscais e servir de base para determinar a renda nacional e
estatísticas semelhantes.
- Público. As entidades afetam o público de diversas maneiras. Elas podem, por
exemplo, fazer contribuição substancial à economia local de vários modos,
inclusive empregando pessoas e utilizando fornecedores locais. As
demonstrações contábeis podem ajudar o público fornecendo informações sobre
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a evolução do desempenho da entidade e os desenvolvimentos recentes.

A partir de agora, passaremos a tecer considerações sobre os princípios de


contabilidade.

A contabilidade pauta-se em princípios. Princípio pode ser definido como a causa


primária, o momento, o local ou trecho em que algo, uma ação ou um
conhecimento, tem origem. E na Contabilidade não é diferente.

Os princípios fundamentais que norteiam a contabilidade (conhecidos como


princípios de contabilidade) estão previstos na Resolução do Conselho
Federal de Contabilidade n. 750/93. Essa Resolução já passou por algumas

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mudanças, contudo, as mais importantes foram sem dúvidas as promovidas pela
Resolução do CFC n. 1.282/10, cujo teor será o objeto de estudo desta aula.

Agora, vamos fazer um pequeno passeio na legislação antes de iniciarmos as


questões.

RESOLUÇÃO N. 750/93 DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE


(ATUALIZADA)

CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA

Art. 1º Constituem Princípios de Contabilidade (PC) os enunciados por esta


Resolução.

§ 1º A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício


da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de
Contabilidade (NBC).

Antes os princípios eram chamados de Princípios Fundamentais da


Contabilidade. Com a mudança, passam a ser tratados como Princípios de
Contabilidade.

Com efeito, se sou contabilista legalmente habilitado, deverei observar sempre a


aplicação dos princípios de contabilidade quando do exercício da profissão.

De igual sorte, quando da elaboração de alguma norma de contabilidade, os


órgãos que a emitir deverá sempre o fazer em consonância com os princípios de
contabilidade.

§ 2º Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas e a


essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. (Redação
dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Como exemplo deste parágrafo temos a seguinte situação: em regra, os bens


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registrados contabilmente na empresa são os de propriedade da empresa.


Contudo, na situação de arrendamento mercantil (leasing) financeiro, embora o
imobilizado não seja de propriedade formal da empresa, por ser muito provável
que a empresa adquirirá o bem ao final do contrato, o registro é feito no
arrendatário, considerando a essência sobre a forma.

Assim, quando ALFA promove o arrendamento de um veículo de BETA e este


arrendamento caracteriza-se, nos termos do CPC 06, como um arrendamento
mercantil financeiro, devemos considera-lo como um ativo (entenda-se ativo por
bens e direitos) de ALFA, mesmo que juridicamente seja uma propriedade de
BETA. Esta é, pois, uma exceção à regra de que na contabilidade devemos
registrar somente os bens, direitos e obrigações da entidade que elabora as
demonstrações contábeis.

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CAPÍTULO II - DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO

Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e


teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento
predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem,
pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é
o patrimônio das entidades. (Redação dada pela Resolução CFC nº.
1.282/10)

A importância deste artigo está em enaltecer a importância dos princípios de


contabilidade, sendo a essência das doutrinas e teorias das ciências contábeis.

Reconhece, ainda, o patrimônio como objeto de estudo da Contabilidade.

Continuemos...

Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC nº.
1.282/10)

1) da Entidade;
2) o da Continuidade;
3) o da Oportunidade
4) o do Registro Pelo Valor Original;
5) da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
6) o da Competência
7) o da Prudência.

Antes das alterações possuíamos sete princípios de Contabilidade. Agora,


restaram-nos somente seis. O princípio da atualização monetária foi
incorporado ao princípio do registro pelo valor original.

SEÇÃO I - O PRINCÍPIO DA ENTIDADE


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Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da


Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com
ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se
confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou
instituição.

Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é


verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não
resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

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Quando A e B celebram contrato para constituir a sociedade Celta LTDA e
entregam para esta entidade cada um o montante de R$ 100.000,00, não
poderão, a seu bel prazer e a qualquer tempo, reaver tal dinheiro em caso de
necessidade. Uma vez constituída Celta LTDA, passa a existir distinção entre a
sociedade e a figura de seus sócios. No direito empresarial, tal distinção é
conhecida como princípio da autonomia patrimonial da pessoa jurídica.
Para nós, na contabilidade, será chamada de princípio da entidade.

O cerne deste princípio está em separar o patrimônio dos sócios do


patrimônio da pessoa jurídica.

É a pessoa jurídica que é objeto de direito, e não os seus sócios. Assim, é a


sociedade que realiza a compra de mercadorias, pertencendo a ela (e não aos
sócios) o produto que fora comprado. As receitas são reconhecidas pela entidade
também e não como patrimônio pessoal dos sócios e assim por diante. Portanto,
peca contabilmente o empresário individual que utiliza do dinheiro da empresa
com a finalidade de efetuar pagamento de contas pessoais.

Acerca do parágrafo único, façamos as considerações pertinentes. O parágrafo


único do artigo 4º propõe que o ”patrimônio pertence à entidade, mas a
recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios
autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza
econômico-contábil”. Imagine-se que uma pessoa jurídica possui um
estabelecimento empresarial. Suponhamos que essa empresa possua um carro.
Ora, este carro pertence à empresa, mas a empresa não pertence a este carro,
de modo que pode o veículo sofrer operações como compra/venda, permuta,
etc, sem que se altere a natureza da empresa. Assim, concluímos que o
patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira.

A segunda parte da norma diz que a soma ou agregação contábil de patrimônios


autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza
econômico-contábil. Por exemplo. Em alguns casos, a legislação manda que
sejam elaboradas demonstrações consolidadas entre determinadas entidades,
como empresas controladas ou coligadas com influência significativa, nos termos
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do CPC 36. Grosso modo, a consolidação das demonstrações contábeis é a união


de demonstrações contábeis de entidade distintas numa só demonstração. Nesta
hipótese não teremos uma nova entidade, mas somente uma unidade de
natureza econômico-contábil, que será evidenciada, por exemplo, pelas
demonstrações consolidadas.

SEÇÃO II - O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE

Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em


operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos
componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada
pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

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A empresa deve ser avaliada e escriturada na suposição de que a


entidade não será extinta, está em funcionamento contínuo.

O princípio da continuidade está diretamente ligado à avaliação dos ativos e


passivos da empresa.

Basicamente, todo o ativo fica registrado por valores de entrada. Por


exemplo, se eu comprei mercadorias por R$ 10.000,00, deverei registrá-las
inicialmente no meu balanço patrimonial por este valor (preço de entrada). As
máquinas e equipamentos ficam registrados pelos valores que a empresa pagou,
menos a depreciação acumulada e eventual ajuste para perdas. Esse critério de
avaliação é válido em função da continuidade esperada da empresa.

Se não houver continuidade (se a empresa for fechar as portas), aí não importa
mais quanto a empresa pagou pelas máquinas; interessa saber por quanto elas
serão vendidas.

Assim, na ausência de continuidade, saímos de uma contabilidade


basicamente a preços de entrada para uma contabilidade a preços de
saída.

No caso do passivo, se a empresa tiver dívidas a longo prazo e houver


descontinuidade, as dívidas passam a ter vencimento antecipado (ninguém vai
ficar com dívidas de uma empresa fechada; se houver falência, os credores irão
se habilitar junto à massa falida, enfim, vão tomar as providências necessárias
para receber a dívida).

SEÇÃO III - O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE

Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e


apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras
e tempestivas.

Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na


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divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por


isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da
informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

A informação contábil necessita ser tempestiva e íntegra (essas são as duas


palavras chaves). A tempestividade ajuda de modo consistente na produção de
informação para a tomada de decisões acertadas. Quanto mais tempestiva
(rápida) uma informação, mais subjetiva ela se torna, uma vez que a rápida
produção de uma informação contábil pode estar desprovida de elementos que
provem sua integridade e confiabilidade, e vice-versa.

Por exemplo, uma S/A anuncia a venda de uma filial no momento em seguida à
realização da venda (logo após fechar o negócio). O anúncio é feito verbalmente

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na imprensa, sem explicar pormenorizadamente a situação. Essa informação foi
tempestiva (até demais), porém, não foi íntegra, pois não se pautou em
documentos, notas, contratos, que são documentos que garantiriam a
fidedignidade da informação contábil. Por isso, deve-se fazer a ponderação
entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.

SEÇÃO IV - O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os


componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores
originais das transações, expressos em moeda nacional.

Os fatos contábeis serão registrados pelo seu valor original. Exemplo: Se


compramos um carro por R$ 30.000,00, esse é o valor que deverá constar no
registro inicial na contabilidade, o chamado custo histórico.

§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos


e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem


pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que
são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados
pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em
algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os
quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações;
e

Exemplifiquemos. Compramos um veículo por R$ 30.000,00. Este é o custo


histórico, pois é o valor pago (em caixa) para aquisição deste ativo. Se
adquirimos mercadorias, por R$ 50.000,00, este é o nosso custo histórico, pois é
o quanto será necessário para liquidar este passivo no curso normal das
operações (o quanto sairá do caixa). Todavia, estes valores podem sofrer
variações. São as chamadas variações do custo histórico a que o CFC 750 alude
no item II a seguir. São variações do custo histórico: custo corrente, valor
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realizável, valor presente, valor justo e atualização monetária.

Atenção! Cada tipo de ativo/passivo estará sujeito a uma ou mais espécies de


variações, mas não necessariamente todas. Isso será estudado com maior
profundidade ao longo do curso. Mas é essencial que fique claro desde já. Por
exemplo, o veículo adquirido acima está sujeito ao teste de recuperabilidade
(previsto no artigo 183, §3º da Lei 6.404/76 e regulamentando no CPC 01). Se,
ao longo da vida útil, percebemos que não recuperaremos com este veículo o
valor pelo qual ele está registrado (valor recuperável), mas somente R$
25.000,00, faremos um ajuste em seu custo histórico, para adequá-lo ao valor
recuperável. Vocês não precisam, neste momento, se preocupar em entender o
valor recuperável propriamente dito. Apenas entender que pode haver uma ou
mais variações do custo histórico. Não trabalhamos, neste caso, com o conceito

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de valor presente, valor justo, atualização monetária e custo corrente. A este
caso aplicou-se tão-somente o ajuste a valor recuperável. É essencial que isso
fique claro.

II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os


componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações
decorrentes dos seguintes fatores:

a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou


equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos
equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações
contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes
de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na
data ou no período das demonstrações contábeis;

O que vem a ser o custo corrente? Vejamos.

Os estoques são contabilizados pelo valor de compra (valor original). Depois,


devem ser avaliados pela regra custo ou mercado, dos dois o menor.
Atualmente, o “valor de mercado” é chamado de “valor justo”. Então agora
temos custo ou valor justo, dos dois o menor.

Pois bem. Imagine-se que uma empresa comprou matéria prima, digamos,
comprou ácido sulfônico para usar em alguns produtos químicos.

Chegado a época de fechar o balanço, a empresa ainda tem ácido sulfônico em


estoque.

O que seria o valor justo para o ácido sulfônico?

Se a empresa não costuma vender esse material, não podemos usar o valor que
a empresa conseguiria numa eventual venda de ácido sulfônico. Se ela não tem
tradição, não fabrica ácido sulfônico, não conhece ou não tem relacionamento
comercial com possíveis compradores desse produto, então o preço que ela
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poderia estimar numa eventual venda não é o valor justo (provavelmente seria
menor que o valor justo).

Assim, para as matérias primas, o valor justo é o valor que a empresa iria
gastar para comprar o produto dos fabricante/vendedores de ácido sulfônico.

Veja o texto da lei 6404/76:

§ 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo:


(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual


possam ser repostos, mediante compra no mercado;

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O que isso tem a ver com o custo corrente?

Veja a definição de custo corrente: os ativos são reconhecidos pelos valores em


caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou
ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações
contábeis.

Ou seja, o custo corrente é o custo de reposição, ou melhor, o valor que a


empresa pagaria hoje pela matéria prima, se fosse comprá-la.

Os estoques destinados à venda (estoques de produtos acabados) só podem


gerar dinheiro (futuros benefícios econômicos) para a empresa com a venda.

No caso de matéria prima, elas podem ser vendidas ou podem ser usadas na
fabricação de produtos acabados.

Vamos voltar ao exemplo do ácido sulfônico: se o valor do estoque for de R$


10.000, e o custo corrente (custo de reposição, o preço que vai custar para
comprar mais ácido sulfônico) cair e for de R$ 9.500, em princípio, deveríamos
reconhecer uma perda (debita “despesa com perda em estoque – resultado” e
credita “ajuste para perdas prováveis em estoque – retificadora do ativo).

Mas se os produtos nos quais o ácido sulfônico não tiver queda de preço, então
não há perda.

É semelhante ao teste de recuperabilidade, temos o valor realizável líquido (no


caso é o custo corrente) e o valor em uso (referente ao uso da matéria prima
para fabricar os produtos acabados).

b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou


equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma
ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de
caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as
correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade;
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Suponha que a empresa Alfa tenha mercadorias registradas por R$ 100,00. O


CPC 16, que trata sobre estoques prescreve:

9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor


de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

O próprio CPC traz uma noção do que diz ser valor realizável:

Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos


negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos
estimados necessários para se concretizar a venda.

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Se, por exemplo, este estoque só puder ser vendido por R$ 90,00, com
despesas de vendas de R$ 5,00, nosso valor realizável líquido será, portanto, de
R$ 85,00.

c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do


fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no
curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor
presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera
seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da
Entidade;

Em lição comezinha, valor presente, como o próprio nome sugere, é quanto vale
hoje um ativo ou passivo pertencente à empresa. O ajuste a valor presente está
previsto na Lei 6.404/76 para ativos e passivos de longo prazo e para os de
curto prazo (estes apenas quando houver efeito relevante) – artigo 183, VIII e
artigo 184, III, do seguinte modo:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:

VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão


ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito
relevante.

Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os


seguintes critérios:

III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não


circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados
quando houver efeito relevante.

Se tenho um ativo de longo prazo, uma duplicata a receber, por exemplo, no


valor de R$ 200.000,00, com juros sobre este valor de R$ 50.000,00. Qual o seu
valor presente? É no valor de R$ 150.000,00. 08219285621

d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo
liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem
favorecimentos; e

Valor justo de um ativo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado entre
partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com
ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que
caracterizem uma transação compulsória. A norma diz a palavra “trocado”.
Lembre-se, contudo, que essa troca do ativo pode ser realizada entre ativo x
dinheiro, o que configuraria uma venda. Geralmente esse valor justo vai
corresponder ao valor de mercado. Uma pessoa quer comprar algo, procura

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alguém que tenha esse algo e tenha também interesse na venda, fecham um
negócio naturalmente, sem influências um sobre o outro. Esse é o valor justo.

Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:

I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em


direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a
longo prazo:
a) pelo seu VALOR JUSTO, quando se tratar de aplicações destinadas à
negociação ou disponíveis para venda;

Por fim, vejamos a atualização monetária:

e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da


moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o
ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.

§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetária:

I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não


representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações
originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim
de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes
patrimoniais e, por conseqüência, o do Patrimônio Líquido; e
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o
ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação
de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder
aquisitivo da moeda nacional em um dado período. (Redação dada pela
Resolução CFC nº. 1.282/10)
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O princípio da atualização monetária continua com o mesmo teor do que


prescrevia a Resolução 750/93 antes do CFC 1.282/10. O que houve foi a
mudança de posicionamento, tornando-se “espécie” do genérico princípio do
Registro pelo Valor Original.

SEÇÃO VI - O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA, REGIME DE COMPETÊNCIA


X REGIME DE CAIXA

Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e


outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,
independentemente do recebimento ou pagamento.

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Pessoal, uma entidade com fins lucrativos, para sobreviver, basicamente,
precisa gerar receitas. E, para que haja prosperidade, essas receitas precisam
suplantar as despesas. Na contabilidade, as receitas (por exemplo, receita de
vendas, receita de alugueis, receita de juros) e as despesas (por exemplo, custo
da mercadoria vendida, despesas com comissão, ICMS sobre vendas) devem ser
reconhecidas segundo o princípio da competência. Vamos explicar através de
um exemplo.

O princípio da competência pressupõe a adoção do regime de competência. Em


contraposição ao regime de caixa, que é o regime contábil que apropria as
receitas e despesas no período de seu recebimento ou pagamento,
respectivamente, independentemente do momento em que são realizadas.

Regime de competência é o que apropria receitas e despesas ao período de


sua realização, independentemente do efetivo recebimento das receitas
ou do pagamento das despesas.

O regime a ser utilizado na contabilidade é o de competência. Assim, se


temos uma conta de luz que vence em janeiro de 2010, referente a janeiro de
2010, devemos lançar este valor como despesa em janeiro de 2010, mesmo se
o pagamento se der, por exemplo, só em março de 2010.

Se anteciparmos o pagamento de um empregado em junho de 2011, por um


serviço que ele prestará somente em março de 2012, a despesa com salário só
será lançada em março de 2012, pois é nesse período que houve a efetiva
despesa. Funciona, resumidamente, deste modo:

Regime de competência (princípio da competência): temos de olhar para o


mês ao qual a conta se refere (o mês da prestação do serviço, o mês em que foi
utilizada a luz, a água, recebida a mercadoria, etc). Não importa a data em que
foi pago/recebido em espécie o valor.

Por exemplo: Recebimento da fatura de luz em dezembro de 2009, referente ao


mês de novembro de 2009, para pagamento em janeiro de 2010. Quando
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lançaremos como despesa de acordo com o regime de competência?

Ora, temos de procurar a quando a prestação, fatura, se refere. Utilizamos a luz


em novembro. Então, em novembro devemos lançar como despesa, pelo
lançamento:

D – Despesa com energia elétrica (Despesa – Resultado)


C – Contas a pagar (Passivo)

Aí, quando do pagamento, vamos fazer o lançamento para dar baixa no passivo,
assim:

D – Contas a pagar XXXXX

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C – Caixa XXXXX

Não se preocupem com os lançamentos, pois serão estudados a partir


da aula seguinte!

Regime de caixa: é o regime contábil que apropria as receitas e despesas no


período de seu recebimento ou pagamento, respectivamente,
independentemente do momento em que são realizadas.

Assim, para o regime de caixa, se o salário foi pago em dezembro, é neste mês
que devemos considerar a despesa como incorrida. Se uma venda teve seu
recebimento em janeiro, independentemente se a entrega das mercadorias for a
posteriori, reconheceremos a receita em janeiro! E assim por diante.

Continuemos o estudo da Resolução 750/93:

Art. 9º. Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a


simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.
(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10).

Assim, quando realizo a venda de uma mercadoria e procedo à sua entrega,


devo reconhecer simultaneamente a receita de vendas e todas as despesas que
correspondam a essa venda.

Atenção: O regime a se utilizar na contabilidade é o da competência, que


contabiliza receitas e despesas quando incorridas. Todavia, as micro e pequenas
empresas podem se utilizar do regime de caixa.

Dispõe a Resolução n. 94 do Comitê Gestor do Simples Nacional que:

Art. 61. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional deverá adotar para os
registros e controles das operações e prestações por ela realizadas: (Lei
Complementar n º 123, de 2006, art. 26, §§ 2 º e 4 º )
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I - Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação


financeira e bancária;

(...)

§ 3 º A apresentação da escrituração contábil, em especial do Livro Diário e do


Livro Razão, dispensa a apresentação do Livro Caixa.

O livro caixa escritura receitas e despesas conforme haja pagamento ou


recebimento. Por seu turno, livros diário e razão coadunam com o princípio da
competência. Portanto, a questão tomou como absoluto algo que comporta uma
pequena exceção.

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SEÇÃO VII - O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA

Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os


componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

O entendimento é o seguinte: quando se apresentem alternativas válidas para


quantificação das mutações patrimoniais que alterem o PL, escolhe-se o menor
valor para o ativo, e maior valor para o passivo. Assim, se é possível que a
conta clientes fique avaliada pelo total de vendas, no montante de R$
100.000,00, mas, se é possível também estimar que 5% desses valores não
serão recebíveis, deveremos fazer a provisão adequada, em homenagem ao
princípio da prudência.

Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de


precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas
condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam
superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo
maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos
componentes patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Neste parágrafo único o princípio da Prudência adverte sobre o cuidado a ser


tomado quando da utilização de valorações de ativos e passivos que envolvam
condições de incerteza, isto é, de subjetividade. Assim, ao mesmo tempo em
que o contabilista reconhece as variações patrimoniais decorrentes, por
exemplo, da ação do tempo, intempéries (como a depreciação), em virtude do
princípio do registro pelo valor original deve ter o zelo necessário para retratar
sempre a realidade existente na empresa.

PRINCIPAIS ASPECTOS DA RESOLUÇÃO 1.282/2010 DO CFC

1 – Mudança de nomenclatura: os princípios não são mais denominados


princípios fundamentais de contabilidade, mas tão-somente princípios de
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contabilidade.
2 – Possuíamos 7 princípios, agora são somente 6, a saber: entidade,
continuidade, oportunidade, registro pelo valor original, competência e
prudência.
3 – O princípio da atualização monetária foi incorporado ao do registro pelo valor
original.

NOCÕES DE DÉBITO E CRÉDITO

Os cursos em PDF certamente representam umas das ferramentas mais


poderosas, eficientes e eficazes para os concurseiros. Dificilmente se lê o
depoimento de algum aprovado que não tenha usado estas apostilas virtuais.

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Contudo, na contabilidade, temos, talvez, o que pode ser um pequeno entrave.
Uma vez que os concursos em que ministramos aulas não exigem, em sua
maioria, formação específica, lecionamos para as mais diversas graduações
possíveis, sejam músicos, engenheiros, administradores, médicos, contadores,
entre outros.

Assim, certamente um contador, economista ou administrador não terá o


mesmo entendimento da matéria que terá um dentista ao ler sobre débitos e
créditos pela primeira vez.

Há, pois, algumas vezes, a diferença do nivelamento por conta da própria


formação.

Para sanar e nivelar todos os nossos alunos, elaboramos este material para
iniciantes. Com efeito, quem nunca estudou contabilidade, ao ler este material,
deverá ter uma facilidade maior para entender o teor do curso.

Reunimos aqui as dúvidas mais básicas de quem começa a estudar


contabilidade. O nosso objetivo é que, ao ler esta parte da aula, você entenda
um pouquinho apenas sobre mecanismo de débito e crédito, método das
partidas dobradas.

Isso é necessário para o acompanhamento das aulas normais do curso. Se você


já estudou contabilidade e já conhece essas noções básicas, não tirará tanto
proveito deste conteúdo.

Se for o seu primeiro contato (ou se você tem dúvidas sobre isso), esperamos
que seja útil e facilite o seu estudo.

Naturalmente, estamos à disposição para eventuais dúvidas. Vamos aos


trabalhos!

ATIVO, PASSIVO E PATRIMÔNIO


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O ativo compreende os bens e direitos da empresa.

Exemplo de contas do ativo: caixa, bancos, duplicatas a receber, estoque,


imóveis, veículos, investimentos, etc.

O passivo compreende as dívidas da empresa, ou seja, o que ela deve pagar


a alguém.

Exemplo de contas: contas a pagar, duplicatas a pagar, impostos a recolher,


empréstimos a pagar, salários a pagar, etc.

Finalmente, o patrimônio líquido representa o dinheiro dos sócios investido


na empresa.

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Principais contas do patrimônio líquido: Capital Social, Reservas de Capital,


Reservas de Lucros, Ajuste de Avaliação Patrimonial.

Observação: Há outras definições de Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido no


pronunciamento técnico CPC 00. Vamos estudá-la posteriormente. Por enquanto,
para efeito de classificação contábil, vamos usar as definições acima.

RAZONETE, LANÇAMENTOS A DÉBITO E LANÇAMENTOS A CRÉDITO.

O Razonete é uma figura usada para auxiliar na contabilização. A seguir


apresentamos um modelo de razonete.

Nome da Conta
Lado do débito Lado do crédito

As contas pertencentes ao ativo possuem natureza devedora. Isto significa


que o seu saldo aumenta com lançamentos a débito e diminui com lançamentos
a crédito.

Por outro lado, as contas do passivo e do patrimônio líquido possuem


natureza credora. Assim, o saldo dessas contas aumenta com lançamentos a
crédito e diminui com lançamentos a débito.

Ativo  natureza devedora  aumenta com lançamentos a débito e


diminui com lançamentos a crédito.
Passivo e PL  natureza credora  aumenta com lançamentos a crédito
e diminui com lançamentos a débito.

Mas o que são os lançamentos a débito e a crédito? Como podemos fazer um ou


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mais lançamentos?

O lançamento é um registro no razonete. Por exemplo, vamos considerar o


seguinte razonete inicial:

Caixa
Lado do débito Lado do crédito
1.000,00

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Trata-se da conta Caixa (conta de Ativo, que representa o dinheiro que a
empresa possui em Caixa), com saldo inicial de R$ 1.000,00. Repare que o
saldo é devedor, o que significa que os valores a débito são maiores que os
valores a crédito, nesta conta.

Vamos supor que a empresa recebeu R$ 400,00 em dinheiro, os quais entraram


no caixa. Com isso, o saldo da conta Caixa deve aumentar. Lembra que contas
do Ativo tem natureza devedora, e por isso o saldo aumenta com lançamentos a
débito?

Pois bem, vamos efetuar um lançamento a débito no razonete da conta Caixa,


no valor de R$ 400,00:

Caixa
Lado do débito Lado do crédito
1.000,00
400,00

Repare que já havia um saldo de R$ 1.000,00 na conta Caixa. Entrou mais R$


400,00 (o que é representado pelo lançamento a débito), restando nessa conta
o saldo final de R$ 1.400,00.

Continuando com esse exemplo, vamos supor que a empresa pagou, em


dinheiro, uma conta de R$ 600,00. Houve uma saída de caixa, a qual diminui o
saldo da conta, e que será representada por um lançamento a crédito:

Caixa
Lado do débito Lado do crédito
1.000,00
400,00 600,00

08219285621

Com esse lançamento, o saldo da conta caixa passa a ser de R$800,00. No


razonete, isso é demonstrado pela soma dos lançamentos a débito menos os
lançamentos a crédito (1000 + 400 – 600).

Esse sistema de lançamentos a débito e a crédito constitui a base da elaboração


da contabilidade. Todos os fatos contábeis são registrados nas contas
adequadas através dos lançamentos.

MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS

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E agora chegamos ao importante método das partidas dobradas. É muito
simples: Para um ou mais lançamentos a débitos corresponde um ou
mais lançamentos a créditos de igual valor.

Assim, quando lançamos o valor de R$ 400,00 a débito da conta Caixa,


precisaríamos obrigatoriamente lançar o mesmo valor a crédito de uma ou mais
contas. Da mesma forma, o lançamento de R$ 600,00 a crédito da conta caixa
deve corresponder a um ou mais lançamentos a débito, do mesmo valor.

Atenção: É só convenção!

Ao se deparar com o método das partidas dobradas, tal como é usado pela
contabilidade atualmente, algumas pessoas tentam encontrar razões lógicas
para o método. Porque o débito fica desse lado, e não do outro, porque as
contas de passivo aumentam através de lançamentos a crédito e diminuem com
lançamentos a débito, e assim por diante.

Há algumas teorias que procuram mostrar razões lógicas para o método


contábil.

Bem, se havia tal razões, já foram há muito esquecidas. Para concurso,


entenda que o método contábil é apenas convenção.

O ativo aumenta através de débito porque os antigos contadores estabeleceram


assim.

Poderia ser o contrário? Sim, perfeitamente. Mas é assim que é feito, por
convenção, embora pudesse ter sido diferente. Quanto antes você aceitar isso e
seguir em frente, mais rápido será o seu progresso.

Importantíssimo: Os lançamentos a débito e os lançamentos a crédito não


devem ser confundidos com as expressões “débito e crédito”.

Por exemplo, dizer que a empresa X tem um débito de R$ 1.000.000 com o


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banco W não significa que a empresa X realizou um lançamento a débito.

Falar que a empresa X tem um débito de 1.000.000 com o banco W significa que
a empresa X deve 1.000.000 para o banco.

Da mesma forma, dizer que a empresa Y tem um crédito de R$ 2.000 com a


empresa Beta significa que a empresa Y tem este valor a receber de Beta.

A contabilização deve ser entendida como realizada pelo terceiro. Por exemplo,
se eu digo que tenho um crédito de 3.000 com o banco W, isso quer dizer que o
banco W me deve 3.000. Nesse caso, ele, banco W, vai realizar na sua
contabilidade um lançamento a crédito, no passivo:

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C – Contas a pagar – Sr. Luciano (Passivo) 3.000

O lançamento acima significa que eu, Luciano, tenho um crédito com o Banco W.
Ou seja, eu tenho que receber dinheiro do banco.

Por outro lado, se eu tenho um débito de 2.000 com a empresa X, eu devo


pagar dinheiro para ela. O que estará lançado na contabilidade da empresa X?

D – Contas a receber – Sr. Luciano 2.000

Assim, não vamos confundir ter um débito (dever algo) ou ter um


crédito (ter o direito de receber algo) com lançamentos a débito e
lançamentos a crédito.

Devemos, pois, fazer discernir, assim, a linguagem contábil da linguagem


jurídica. A questão deverá sempre dar uma indicação neste sentido.

Agora, vamos efetuar alguns lançamentos, para treinar?

Lançamento 1. A empresa KLS foi constituída com a integralização do Capital


Social no valor de R$ 10.000,00 em dinheiro.

Lançamentos:

D – Caixa (Ativo) 10.000


C – Capital Social (PL) 10.000

Observação: esta é outra forma de indicar um lançamento. Há um débito na


conta Caixa, do Ativo, e um crédito na conta Capital Social, do PL, no valor de
R$10.000,00.

Usando razonetes, fica assim:

Caixa (Ativo) 08219285621


Capital Social (PL)

(1) 10.000 10.000 (1)

O número (1) indica que este é o lançamento referente à primeira operação. No


caso de questões com vários lançamentos, com valores repetidos, essa técnica
ajuda na hora de conferir.

Lançamento 2. Comprou mercadorias no valor de R$3.000,00, pagando à


vista, sem incidência de impostos.

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D – Estoque de Mercadorias (Ativo) 3.000


C – Caixa (Ativo) 3.000

Caixa (Ativo) Capital Social (PL)

(1) 10.000 10.000 (1)


3.000 (2)

Estoque de Mercadorias (Ativo)

(2) 3.000

Lançamento 3. Vendeu metade da mercadoria em estoque a prazo, por R$


2.000,00, sem a incidência de impostos.

Agora temos algumas novidades. Vamos lá:

As contas dividem-se em contas patrimoniais e contas de resultado.

As contas patrimoniais são as contas do ativo, passivo e patrimônio líquido.

Já as contas de resultado são as que irão compor a Demonstração do Resultado


do Exercício. São as contas de receita e as de despesa.

São elas: Receita de vendas, Custo da Mercadoria Vendida, Despesas de


Vendas, Despesas Administrativas, Receitas Financeiras, enfim, todas as contas
que afetam o resultado (lucro ou prejuízo) da empresa.
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As contas de receita têm natureza credora (aumentam por lançamentos a


crédito e diminuem por lançamentos a débito) e as contas de despesa têm
natureza devedora (aumentam por lançamentos a débito e diminuem através
de lançamentos a crédito).

As contas do Resultado são classificadas no PL (Patrimônio Líquido) e fazem


parte do balanço. Se as contas do resultado não forem consideradas, os valores
totais a débito e a crédito não batem.

Vamos examinar mais detidamente a operação de venda. A empresa vendeu a


prazo mercadorias por R$ 2.000,00. Devemos registrar o fato nas contas Receita
de Vendas (resultado) e Duplicatas a Receber (ativo).

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Mas essa venda diminuiu o estoque da empresa. Assim, devemos também dar
baixa da mercadoria vendida, e contabilizar o seu custo, pelo valor de
R$1.500,00 (metade do estoque). Fica assim:

1 - Registro da venda:

D – Duplicatas a Receber (Ativo) 2.000


C – Receita de Vendas (Resultado) 2.000

2 - Pela baixa do estoque:

D – Custo da Mercadoria Vendida (Resultado) 1.500


C – Estoque (Ativo) 1.500

Caixa (Ativo) Capital Social (PL)

(1) 10.000 10.000 (1)


3.000 (2)

Custo das Mercadorias Vendidas


Estoque de Mercadorias (Ativo) (Resultado)

(2) 3.000 (4) 1.500


1.500 (4)

Duplicatas a Receber (Ativo) Receita de Vendas (Resultado)

(3) 2.000 08219285621

2.000 (3)

Some as contas de saldos devedores e as com saldos credores, incluindo as


contas de resultado. Devemos encontrar o seguinte:

Saldos devedores: 7000 + 1500 + 1500 + 2000 = 12.000


Saldos credores: 1000 + 2000 = 12.000

O total dos saldos devedores bateu com o total dos saldos credores, o que
demonstra que o método das partidas dobradas foi aplicado corretamente.

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Observação: Pode haver lançamentos em conta errada. Mas para cada
lançamento a débito foi realizado um ou mais lançamentos a crédito no mesmo
valor.

O Balanço Patrimonial é a demonstração que evidencia o Ativo, o Passivo e o


Patrimônio Líquido da empresa. Sua elaboração é relativamente simples, basta
listar as contas de ativo de um lado, e do Passivo e PL do outro.

Falemos agora sobre a demonstração do resultado do exercício...

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Em termos simples, a DRE consiste do seguinte:

Receita de Vendas
(-) Custo da mercadoria vendida
(=) Resultado Bruto ( ou Lucro Bruto)
(-) Despesas
--- de vendas
---- administrativas
---- financeiras
---- Outras Despesas
= Lucro antes do Imposto de Renda e Participações
(-) Provisão para Imposto de Renda
Lucro antes das Participações
(-) Participações
(=) Lucro Líquido

É importante memorizar essa estrutura simplificada da DRE. Veremos, durante o


curso, a estrutura completa.

As contas de Resultado pertencem ao Patrimônio Líquido. Assim, depois


do enceramento do exercício, o valor apurado é transferido para uma conta do
PL, chamada Lucros Acumulados (ou prejuízos Acumulados, a depender da
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situação da empresa).

1 - Vamos ao encerramento do Balanço:

D – Receita de Venda (Resultado) 2.000


C – Resultado do Exercício (resultado) 2.000

D - Resultado do Exercício (resultado) 1.500


C – Custo da Mercadoria Vendida (Resultado) 1.500

Caixa (Ativo) Capital Social (PL)

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(1) 10.000 10.000 (1)
3.000 (2)

Custo das Mercadorias Vendidas


Estoque de Mercadorias (Ativo) (Resultado)

(2) 3.000 (4) 1.500 1.500 (5)


1.500 (4)

Duplicatas a Receber (Ativo) Receita de Vendas (Resultado)

(3) 2.000 2.000 (3)


(5) 2.000

Resultado do Exercício (Resultado)

(5) 1.500
2.000 (5)

Agora, podemos elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício:


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Receita de vendas 2.000


(-) Custo da Mercadoria Vendida (1.500)
(=) Lucro Bruto 500
(-) Despesas ---xx—
(=) Lucro Líquido 500

2 - Vamos transferir o Resultado do Exercício para a conta Lucros Acumulados,


no PL:

Resultado do Exercício (Resultado) Lucros Acumulado (PL)

(5) 1.500

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2.000 (5)
500 (6)
(6) 500

Com o lançamento (2), acima, zeramos a conta Resultado do Exercício (repare


que o saldo é zero, pois a soma dos lançamentos a débito é igual à soma dos
lançamentos a crédito)

E agora, podemos elaborar o Balanço Patrimonial:

Ativo

Caixa 7.000
Duplicatas a Receber 2.000
Estoque 1.500
Total do Ativo 10.500

Patrimônio líquido
Capital Social 10.000
Lucros Acumulados 500
Total Passivo + PL 10.500

Muito bem. Pessoal, esta é somente uma introdução ao assunto. Isso ficará mais
cristalino ao longo do curso, quando explicaremos o tema com mais extensão e
de maneira mais profunda.

Agora, vamos resolver algumas questões.

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QUESTÕES COMENTADAS – PRINCÍPIOS CONTÁBEIS

1. (CESPE/Técnico em Contabilidade/PF/2004) A contabilidade, desde seu


aparecimento como conjunto ordenado de conhecimentos, com objeto e
finalidades definidos, tem sido considerada como arte, como técnica ou como
ciência, de acordo com a orientação seguida pelos doutrinadores ao enquadrá-la
no elenco das espécies do saber humano.

Hilário Franco. Contabilidade geral. São Paulo: Atlas, 1997, p. 19 (com


adaptações).

Tendo o texto acima por referência inicial e considerando o assunto por ele
abordado, julgue o item a seguir.

Cinco são os princípios fundamentais de contabilidade: registro pelo valor


original, competência, atualização monetária, prudência e oportunidade.
Entidade e continuidade são considerados postulados contábeis.

Comentários

Os princípios contábeis hoje existentes, com as modificações provenientes da


Resolução 1.282/2010 do CFC, são: entidade, registro pelo valor original,
continuidade, competência, oportunidade, prudência.

Gabarito  Errado.

2. (CESPE/Fiscal de Tributos Estaduais/AL/2002) Com relação aos


princípios fundamentais de contabilidade, julgue o item a seguir.

Na aplicação dos princípios fundamentais de contabilidade a situações concretas,


a essência das transações deve prevalecer sobre os aspectos formais.
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Comentários

Segundo o artigo 1, §2º, da Resolução n. 750/93 do CFC:

§ 2º Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas e a


essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. (Redação
dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Gabarito  Correto.

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3. (CESPE/Fiscal de Tributos Estaduais/AL/2002) Com relação aos
princípios fundamentais de contabilidade, julgue o item a seguir.

A continuidade ou não da entidade não deve ser necessariamente considerada


quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais quantitativas e
qualitativas.

Comentários

A presunção é sempre a de que a entidade estará em funcionamento contínuo.

O princípio da continuidade está diretamente ligado à avaliação dos ativos e


passivos da empresa.

Basicamente, todo o ativo fica registrado por valores de entrada. Por


exemplo, as máquinas e equipamentos ficam registrados pelos valores que a
empresa pagou, menos a depreciação acumulada e eventual ajuste para perdas.
Esse critério de avaliação é válido em função da continuidade esperada da
empresa.

Se não houver continuidade (se a empresa for fechar as portas), aí não importa
mais quanto a empresa pagou pelas máquinas; interessa saber por quanto elas
serão vendidas.

Assim, na ausência de continuidade, saímos de uma contabilidade


basicamente a preços de entrada para uma contabilidade a preços de
saída.

No caso do passivo, se a empresa tiver dívidas a longo prazo e houver


descontinuidade, as dívidas passam a ter vencimento antecipado (ninguém vai
ficar com dívidas de uma empresa fechada; se houver falência, os credores irão
se habilitar junto à massa falida, enfim , vão tomar as providências necessárias
para receber a dívida). 08219285621

Gabarito  Errado.

4. (CESPE/Fiscal de Tributos Estaduais/AL/2002) Com relação aos


princípios fundamentais de contabilidade, julgue o item a seguir.

A avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores
de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os
agentes externos ou da imposição destes.

Comentários

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Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os
componentes do patrimônio devem ser INICIALMENTE registrados pelos
valores originais das transações, expressos em moeda nacional.

§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos


e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

I – CUSTO HISTÓRICO. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a


serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos
que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são
registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da
obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou
equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no
curso normal das operações.

Com efeito, a avaliação dos componentes patrimoniais se dá, inicialmente, ao


preço de entrada. Este preço de entrada pode advir do consenso com
fornecedores ou pela imposição destes em determinada compra, por exemplo.
Logo, o item está correto.

Gabarito  Correto.

5. (CESPE/Fiscal de Tributos Estaduais/AL/2002) Com relação aos


princípios fundamentais de contabilidade, julgue o item a seguir.

De acordo com o regime de competência, as receitas consideram-se realizadas,


nas transações com terceiros, quando estes efetuam o pagamento.

Comentários

O item está incorreto.

Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e


08219285621

outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,


independentemente do recebimento ou pagamento.

Gabarito  Errado.

6. (CESPE/Fiscal de Tributos Estaduais/AL/2002) Ainda com relação à


contabilidade geral, julgue o item abaixo.

O princípio da prudência impõe a escolha da hipótese de que resulte maior


patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante
dos demais princípios fundamentais de contabilidade.

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Comentários

O item está incorreto. O princípio da prudência impõe a adoção do maior passivo


e menor ativo, consequentemente a opção deve se dar pelo menor patrimônio
líquido.

Gabarito  Errado.

7. (CESPE/Agente de Polícia Federal/2004) Ao avaliar um passivo, no caso


de dúvidas acerca do valor de determinado item patrimonial, a empresa deverá
registrar o maior valor obtido, contrariamente ao que ocorre na avaliação de
ativos, em que deve ser registrado o menor valor obtido.

Comentários

A questão trata de um princípio contábil chamado princípio da prudência.

O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os


componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

O entendimento é o seguinte: quando se apresentem alternativas válidas para


quantificação das mutações patrimoniais que alterem o PL, escolhe-se o menor
valor para o Ativo, e maior valor para o Passivo. Assim, se é possível que a
conta clientes fique avaliada pelo total de vendas, no montante de R$
100.000,00, mas, se é possível também estimar que 5% desses valores não
serão recebíveis, deveremos fazer a provisão adequada, em homenagem ao
princípio da prudência.

Portanto, o item está correto.

Gabarito  Correto. 08219285621

8. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCU/2001) Julgue o item abaixo,


relativo a princípios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de
contabilidade.

A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando, para definição dos


valores relativos às variações patrimoniais, devam ser feitas estimativas que
envolvam incertezas de grau variável.

Comentários

Segundo a Resolução CFC n. 750/93:

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Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

A questão, portanto, está correta. O entendimento é o seguinte: quando se


apresentarem alternativas válidas para quantificação das mutações patrimoniais
que alterem o PL, escolhe-se o menor valor para o ativo e maior valor para
o passivo. Assim, se é possível que a conta clientes fique avaliada pelo total de
vendas, no montante de R$ 100.000,00, e é possível também estimar que 5%
desses valores não serão recebíveis, deveremos fazer a provisão adequada, em
homenagem ao princípio da prudência.

Gabarito  Correto.

9. (CESPE/Agente de Polícia Federal/2012) Julgue o item que se segue, a


respeito dos princípios de contabilidade.

Segundo o princípio da oportunidade, é necessário ponderar a relação entre a


oportunidade e a confiabilidade da informação, pois a falta de integridade e
tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode
ocasionar a perda de sua relevância.

Comentários

Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e


apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras
e tempestivas.

Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na


divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por
isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da
informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
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Este princípio também ganhou nova roupagem, mais enxuta. A informação


contábil necessita ser TEMPESTIVA E ÍNTEGRA (essas são as duas palavras
chaves). A tempestividade ajuda de modo consistente na produção de
informação para a tomada de decisões acertadas. Quanto mais tempestiva
(rápida) uma informação, mais subjetiva ela se torna, uma vez que a rápida
produção de uma informação contábil pode estar desprovida de elementos que
provem sua integridade e confiabilidade, e vice-versa. Por exemplo, uma S/A
anuncia a venda de uma filial no momento em seguida à realização da venda
(logo após fechar o negócio). O anúncio é feito verbalmente na imprensa, sem
explicar pormenorizadamente a situação. Essa informação foi tempestiva (até
demais), porém, não foi íntegra, pois não se pautou em documentos, notas,
contratos, que são documentos que garantiriam a fidedignidade da informação

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contábil. Por isso, deve-se fazer a PONDERAÇÃO entre a oportunidade e a
confiabilidade da informação.

Gabarito  Correto.

10. (CESPE/Agente de Polícia Federal/2012) Julgue o item que se segue, a


respeito dos princípios de contabilidade.

De acordo com o princípio do registro do valor original, a atualização monetária


não representa nova avaliação, mesmo gerando o ajustamento dos valores
originais para determinada data, mediante aplicação de indexadores e outros
elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda.

Comentários

A atualização monetária deixou de ser princípio e passou a ser subprincípio do


registro pelo valor original.

A norma prega que:

e) ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da


moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o
ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.

§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetária:

I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não


representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;

II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações


originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim
de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes
patrimoniais e, por conseqüência, o do Patrimônio Líquido; e
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III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão


somente o ajustamento dos valores originais para determinada data,
mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a
traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado
período. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Gabarito  Correto.

11. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE/ES/2011) Com


referência a conceitos abásicos de contabilidade, julgue o item seguinte.

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A observância do princípio da continuidade é indispensável à correta aplicação
do princípio da competência.

Comentários

O princípio da continuidade é indispensável à correta aplicação do princípio da


competência, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação dos
componentes patrimoniais e à formação do resultado, e de constituir dado
importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado. Assim,
devemos apropriar receitas e despesas no resultado no pressuposto de que a
entidade continuará funcionando.

Gabarito  Correto.

12. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE/RJ/2012) O Conselho


Federal de Contabilidade e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis são
responsáveis pela elaboração das normas contábeis comumente aceitas. Sobre
essas normas, julgue o item que se segue.

De acordo com o princípio da competência, todas as variações patrimoniais


devem ser registradas de imediato e com a extensão correta,
independentemente das causas que as originaram.

Comentários

O item está incorreto, uma vez que se refere ao princípio da oportunidade e não
ao princípio da competência.

Gabarito  Errado.

13. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE/RJ/2012) O Conselho


Federal de Contabilidade e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis são
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responsáveis pela elaboração das normas contábeis comumente aceitas. Sobre


essas normas, julgue o item que se segue.

O princípio do registro pelo valor original deve ser determinante, quando houver
dúvida entre a sua aplicação e a aplicação do princípio da prudência.

Comentários

Nos termos da Resolução n. 750/93, o princípio da prudência determina a


adoção do menor valor para componentes do ativo e maior para o passivo.
Todavia, quando há condições para se aplicar o princípio do registro pelo valor
original, desnecessária resta a aplicação do princípio da prudência.

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Gabarito  Correto.

14. (CESPE/TRE MS/Analista/Contabilidade/2013) No mês de dezembro


de 2012, em uma empresa hipotética, ocorreram os fatos descritos a seguir.

• despesa de janeiro de 2013, paga em dezembro de 2012 = R$ 1.000,00;


• despesa de dezembro de 2012, a ser paga em janeiro de 2013 = R$ 2.000,00;
• despesa de dezembro de 2012, paga em novembro de 2012 = R$ 4.000,00;
• receita de janeiro de 2013, recebida em dezembro de 2012 = R$ 5.000,00;
• receita de dezembro de 2012, a ser recebida em janeiro de 2013 = R$
6.000,00;
• receita de dezembro de 2012, recebida em dezembro de 2012 = R$ 8.000,00.

De acordo com os princípios de contabilidade, na situação hipotética acima


descrita, o resultado da empresa em dezembro de 2012 foi igual a

a) R$ 12.000,00.
b) R$ 14.000,00.
c) R$ 6.000,00.
d) R$ 8.000,00.
e) R$ 10.000,00.

Comentários

De acordo com o princípio da competência, as receitas e despesas devem ser


computadas quando incorridas, independentemente de pagamento ou
recebimento. Assim, para apuração do resultado teremos:

- Receita de dezembro de 2012, a ser recebida em janeiro de 2013 = R$


6.000,00;
- Receita de dezembro de 2012, recebida em dezembro de 2012 = R$ 8.000,00.
- Despesa de dezembro de 2012, a ser paga em janeiro de 2013 = R$ 2.000,00;
- Despesa de dezembro de 2012, paga em novembro de 2012 = R$ 4.000,00;
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Assim, temos: 6.000,00 + 8.000,00 - 2.000,00 - 4.000,00 = 8.000,00.

Gabarito  D.

15. (CESPE/Técnico de atividades de meio ambiente/IBRAM/2009)


Considere a situação em que a administração de determinada entidade contábil
tenha admitido um empregado. Sabendo-se que esse empregado irá trabalhar e
gerar despesas certas, é correto que o seu salário seja registrado no momento
de sua admissão, tendo em vista o princípio da oportunidade.

Comentários

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O item está incorreto. A administração de um empregado é apenas um ato


administrativo, não gera efeito no patrimônio. O reconhecimento de uma
despesa de salário é feito no último dia do mês, segundo o princípio da
competência.

Gabarito  Errado

16. (CESPE/Embasa/2009) O princípio da competência significa que os fatos


devem ser reconhecidos no patrimônio, isto é, registrados contabilmente
independentemente do recebimento ou pagamento.

Comentários

O item está correto. Trata-se da correta sistemática do regime de competência.

Gabarito  Correto.

17. (CESPE/Auditor do Estado/Secont/ES/2009) A fim de atingir seus


objetivos, as demonstrações contábeis devem ser preparadas em conformidade
com o regime de caixa. Segundo esse regime, os efeitos das transações e outros
eventos são reconhecidos quando são recebidos ou pagos.

Comentários

O item está incorreto. O CPC 00 (Estrutura conceitual básica) reza que as


demonstrações contábeis devem ser preparadas sob a égide do regime de
competência. De igual maneira prescreve a Lei 6.404/76, ao dispor:

Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes,


com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios
de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios
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contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo


o regime de competência.

Gabarito  Errado.

18. (CESPE/PC/ES/Perito Criminal/2011) Com respeito aos princípios


contábeis fundamentais, conforme normatizados pelo Conselho Federal de
Contabilidade, julgue os itens a seguir.

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O reconhecimento dos fatos contábeis apenas por ocasião de seu efetivo
recebimento ou pagamento é prática condenável na contabilidade brasileira,
tendo em vista que viola o princípio da competência contábil.

Comentários

O item está incorreto.

O regime a se utilizar na contabilidade é o da competência, que contabiliza


receitas e despesas quando incorridas.

Todavia, as micro e pequenas empresas podem se utilizar do regime de caixa.

Dispõe a Resolução n. 94 do Comitê Gestor do Simples Nacional que:

Art. 61. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional deverá adotar para os
registros e controles das operações e prestações por ela realizadas: (Lei
Complementar n º 123, de 2006, art. 26, §§ 2 º e 4 º )

I - Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação


financeira e bancária;

(...)

§ 3 º A apresentação da escrituração contábil, em especial do Livro Diário e do


Livro Razão, dispensa a apresentação do Livro Caixa.

O livro caixa escritura receitas e despesas conforme haja pagamento ou


recebimento. Por seu turno, livros diário e razão coadunam com o princípio da
competência. Portanto, a questão tomou como absoluto algo que comporta uma
pequena exceção.

Questão confusa, gerou muitos comentários, porém, incorreta.


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Gabarito  Errado.

19. (CESPE/Técnico em Contabilidade/TJ ES/2011) Apesar de sua


relevância, o princípio da competência não prevalece sobre os demais princípios
contábeis.

Comentários

O item está correto. Não há hierarquia entre os princípios contábeis. A


interpretação entre eles deve se dar de maneira harmônica.

Gabarito  Correto.

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20. (CESPE/Analista/MPU/2010) Para o Conselho Federal de Contabilidade


brasileiro, os conceitos de entidade contábil e de continuidade, mais do que
princípios, são postulados, axiomas com base nos quais se constrói a teoria
contábil.

Comentários

O item está incorreto. O CFC, através da Resolução de n. 750/93, apenas põe a


entidade e a continuidade como princípios, não os elevando à categoria de
postulados ou axiomas.

Gabarito  Errado.

21. (CESPE/Analista/TRE/ME/2010) Determinada indústria foi contratada


no mês de janeiro/20X3 para montar um computador de grande porte para
entrega futura. Em março/20X3, o contratante adiantou-lhe 60% do preço do
computador para aquisição de peças e acessórios necessários ao início da
montagem dos acabamentos do equipamento. No final de abril/20X3, a
contratada já estava com o hardware encomendado em fase de testes e
embalagem. No início de junho/20X3, foi feita a entrega do computador ao
encomendante, mediante o recebimento de 10% do preço acordado. Os
restantes 30% foram pagos pelo cliente no mês de agosto/20X3.

Nessa situação, de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade, o


reconhecimento da receita de vendas na referida indústria deve ser
corretamente feito no mês de:

a) janeiro.
b) março.
c) abril.
d) junho. 08219285621

e) agosto.

Comentários

Pelo regime de competência, as receitas e despesas devem ser reconhecidas


quando incorridas. No caso da venda de mercadorias, o reconhecimento da
receita se dá com a tradição, isto é, a entrega da mercadoria ao cliente, quando
há transferência da propriedade. Com efeito, a receita deverá ser reconhecida
em junho.

Gabarito  D.

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22. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TJ/RO/2012) A
observância dos princípios de contabilidade é obrigatória no exercício da
profissão e constitui condição de legitimidade das normas brasileiras de
contabilidade. Nesse sentido, é correto afirmar que o princípio da oportunidade:

a) determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos


nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou
pagamento.
b) estabelece a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior
para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas
para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio
líquido.
c) reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia
patrimonial, a necessidade de diferenciar um patrimônio particular no universo
dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, a
um conjunto de pessoas, a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza
ou finalidade, com ou sem fins lucrativos.
d) refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes
patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
e) pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a
mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio consideram essa
circunstância.

Comentários

Analisemos item a item. A questão quer saber acerca do princípio da


oportunidade. Ele...

a) determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam


reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do
recebimento ou pagamento.

O item está incorreto, já que se refere ao princípio da competência.


08219285621

b) estabelece a adoção do menor valor para os componentes do ativo e


do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas
igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que
alterem o patrimônio líquido.

O item está incorreto, já que se refere ao princípio da prudência.


c) reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a
autonomia patrimonial, a necessidade de diferenciar um patrimônio
particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente
de pertencer a uma pessoa, a um conjunto de pessoas, a uma sociedade
ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins
lucrativos.

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O item está incorreto, já que se refere ao princípio da entidade.

d) refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos


componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e
tempestivas.

Este é o nosso gabarito.

e) pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro e,


portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do
patrimônio consideram essa circunstância.

O item está incorreto, já que se refere ao princípio da continuidade.

Gabarito  D.

23. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TJ RR/2012) Em


conformidade com o princípio contábil da competência, quando determinada
entidade reconhece um ativo circulante em consequência de uma venda a prazo,
supõe-se o reconhecimento das despesas correlatas.

Comentários

O artigo 9º, parágrafo único da Resolução n. 750 prega que deve haver O a
simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.

Assim, e este assunto ficará mais claro no decorrer do curso, quando realizamos
uma venda a prazo, entregando a mercadoria, devemos reconhecer a receita de
venda. Ao mesmo tempo, deve-se dar baixa desta mercadoria na contabilidade
da nossa empresa. Esta baixa é gerada em uma conta de despesa, chamada
“custo da mercadoria vendida”.

Gabarito  Correto. 08219285621

24. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TJ RR/2012) O princípio do


registro pelo valor original determina que os efeitos da alteração do poder
aquisitivo da moeda nacional não sejam reconhecidos nos registros contábeis.

Comentários

Segundo a Resolução de n. 750/93 do CFC:

Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os


componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores
originais das transações, expressos em moeda nacional.

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§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos


e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os


componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações
decorrentes dos seguintes fatores:

e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da


moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis
mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos
componentes patrimoniais.

Gabarito  Errado.

25. (CESPE/Contador/FUB/2011) A partir da NBC T1, que define a estrutura


conceitual para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis,
todas as entidades contábeis devem seguir exclusivamente o regime de
competência.

Comentários

O regime a se utilizar na contabilidade é o da competência, que contabiliza


receitas e despesas quando incorridas.

Todavia, as micro e pequenas empresas podem se utilizar do regime de caixa.

Dispõe a Resolução n. 94 do Comitê Gestor do Simples Nacional que:

Art. 61. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional deverá adotar para os
registros e controles das operações e prestações por ela realizadas: (Lei
Complementar n º 123, de 2006, art. 26, §§ 2 º e 4 º )
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I - Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação


financeira e bancária;

(...)

§ 3 º A apresentação da escrituração contábil, em especial do Livro Diário e do


Livro Razão, dispensa a apresentação do Livro Caixa.

O livro caixa escritura receitas e despesas conforme haja pagamento ou


recebimento. Por seu turno, livros diário e razão coadunam com o princípio da
competência. Portanto, a questão tomou como absoluto algo que comporta uma
pequena exceção.

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Gabarito  Errado.

26. (CESPE/Auditoria governamental/TCU/2008) A estrutura conceitual


para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis da CVM
recomenda que as incertezas que envolvem certos eventos e circunstâncias
sejam tratadas com prudência, não se superestimando ativos e receitas, e não
se subestimando passivos e despesas. O limite da prudência deve ter em conta a
neutralidade, a imparcialidade, de modo a evitar, por exemplo, a formação de
reservas ocultas ou provisões excessivas.

Comentários:

Esta questão versa sob a estrutura antiga do CPC 00. Mas vale a pena comentá-
la, mesmo na égide de uma legislação ultrapassada.

Conforme o texto do pronunciamento CPC 00 (texto revogado):

Prudência

37. Os preparadores de demonstrações contábeis se deparam com incertezas


que inevitavelmente envolvem certos eventos e circunstâncias, tais como a
possibilidade de recebimento de contas a receber de liquidação duvidosa, a vida
útil provável das máquinas e equipamentos e o número de reclamações cobertas
por garantias que possam ocorrer.

Tais incertezas são reconhecidas pela divulgação da sua natureza e extensão e


pelo exercício de prudência na preparação das demonstrações contábeis.

Prudência consiste no emprego de um certo grau de precaução no exercício dos


julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no
sentido de que ativos ou receitas não sejam superestimados e que passivos ou
despesas não sejam subestimados.
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Entretanto, o exercício da prudência não permite, por exemplo, a criação de


reservas ocultas ou provisões excessivas, a subavaliação deliberada de ativos ou
receitas, a superavaliação deliberada de passivos ou despesas, pois as
demonstrações contábeis deixariam de ser neutras e, portanto, não seriam
confiáveis.

Gabarito  Correto.

27. (CESPE/Técnico em Contabilidade/TRE/ES/2011) De acordo com o


princípio da comparabilidade, uma entidade deve aplicar e divulgar determinada
política contábil, visto que esse procedimento contribui para que os usuários
sejam capazes de comparar as demonstrações contábeis que apresentar ao

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longo do tempo e, também, suas demonstrações contábeis com as de diferentes
entidades.

Comentários

Segundo o CPC 00:

QC20. As decisões de usuários implicam escolhas entre alternativas, como, por


exemplo, vender ou manter um investimento, ou investir em uma entidade ou
noutra. Consequentemente, a informação acerca da entidade que reporta
informação será mais útil caso possa ser comparada com informação similar
sobre outras entidades e com informação similar sobre a mesma entidade para
outro período ou para outra data.

QC21. Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os


usuários identifiquem e compreendam similaridades dos itens e
diferenças entre eles.

Gabarito  Correto.

28. (CESPE/Auditor Fiscal do Trabalho/2013) Conforme o princípio contábil


da entidade, a soma ou agregação contábil não resulta em uma nova entidade,
mas em uma unidade de natureza econômico-financeira.

Comentários

O item está correto. Conforme dissemos durante a aula, se duas entidades são
obrigadas a publicar demonstrações consolidadas, não significa que elas se
tornarão um único ente.

Mas o Cespe anulou.

Vejamos o parágrafo único do Princípio da Entidade:08219285621

Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é


verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não
resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

A justificativa da banca para a anulação foi:

“A ausência do termo “patrimônios autônomos” tornou o item incompleto, o que


dificultou sua análise por parte dos candidatos. Por este motivo, opta-se por sua
anulação.”

Gabarito preliminar  Correto.


Gabarito definitivo  Anulado.

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29. (CESPE/SUFRAMA/Técnico de Contabilidade/2014) Com relação aos


princípios de contabilidade aprovados e divulgados pelo Conselho Federal de
Contabilidade, julgue o item subsecutivo.

Dado o princípio do registro pelo valor original, os ativos devem ser inicialmente
registrados pelo valor do desembolso necessário a sua aquisição, podendo,
entretanto, ser mensurados pelo valor justo dos recursos entregues para
adquiri-los.

Comentário:

Conforme o Princípio do Registro pelo Valor Original:

Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os


componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores
originais das transações, expressos em moeda nacional.

§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos


e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem


pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos
recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição.

Gabarito  Correto.

30. (CESPE/SUFRAMA/Técnico de Contabilidade/2014) Com relação aos


princípios de contabilidade aprovados e divulgados pelo Conselho Federal de
Contabilidade, julgue o item subsecutivo.

Em obediência ao princípio contábil da entidade, o conglomerado econômico


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deve elaborar um balanço patrimonial consolidado no qual seu patrimônio seja


representado adequadamente, com as adições e exclusões que o processo de
consolidação exige.

Comentário:

O que determina a consolidação de balanços é a relação de controle entre duas


empresas, e não o Princípio da Entidade.

Vejamos novamente o que diz o referido princípio:

Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da


Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da

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diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com
ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se
confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou
instituição.

Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é


verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não
resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

Gabarito  Errado .

31. (CESPE/SUFRAMA/Técnico de Contabilidade/2014) Com relação aos


princípios de contabilidade aprovados e divulgados pelo Conselho Federal de
Contabilidade, julgue o item subsecutivo.

A relevância está relacionada ao princípio da oportunidade, mas condicionada à


confiabilidade da informação que será divulgada.

Comentário:

Conforme o Princípio da Oportunidade:

Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e


apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras
e tempestivas.

Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na


divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância,
por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a
confiabilidade da informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº.
1.282/10) 08219285621

Gabarito  Correto.

32. (CESPE/TC-DF/ACE/2014) Com relação aos princípios e aos regimes


contábeis e às características qualitativas da informação contábil, julgue o item
a seguir.

A relação entre confiabilidade e oportunidade da informação contábil é a base


principal para a aplicação do princípio do registro pelo valor original.

Comentário:

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A assertiva está errada. “Confiabilidade e oportunidade” referem-se ao princípio
da oportunidade, confira:

Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e


apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras
e tempestivas.
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na
divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por
isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a
confiabilidade da informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº.
1.282/10)

Assim, a referência ao princípio do Registro pelo Valor Original está incorreta.

Gabarito  Errado.

33. (CESPE/Contador/PF/2014) Julgue o seguinte item, tendo como


parâmetro os princípios contábeis do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

De acordo com o princípio da prudência, o contador deve utilizar certo grau de


precaução nos julgamentos com vistas à realização de estimativas em condições
de incerteza, de modo a evitar que ativos e receitas sejam subestimados e que
passivos e despesas sejam superestimados.

Comentários

O item está incorreto.

O princípio da prudência tem o condão de evitar que:

- Ativos e receitas: sejam superestimados.


- Passivos e despesas: sejam subestimados.
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Gabarito  Errado.

34. (CESPE/Analista/MPU/2015) De acordo com a Resolução CFC n.º


750/1993, a observância dos princípios de contabilidade é obrigatória no
exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas
Brasileiras de Contabilidade. A respeito desse assunto, julgue o item a seguir.

Nos casos em que são aplicados indexadores em contas de ativo com a intenção
de representar a variação do poder aquisitivo da moeda corrente, em
determinado período, há observância do princípio do registro pelo valor original.

Comentários

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Segundo a Resolução 750/93, princípio do registro pelo valor original,


subprincípio da atualização monetária:

e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da


moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o
ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.

§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetária:

I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não


representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações
originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim
de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes
patrimoniais e, por conseqüência, o do Patrimônio Líquido; e
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão
somente o ajustamento dos valores originais para determinada data,
mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a
traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado
período. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Gabarito  Correto.

35. (CESPE/Analista/MPU/2015) De acordo com a Resolução CFC n.º


750/1993, a observância dos princípios de contabilidade é obrigatória no
exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas
Brasileiras de Contabilidade. A respeito desse assunto, julgue o item a seguir.

É possível vislumbrar a capacidade futura de geração de caixa de uma empresa


ao se utilizar o princípio da competência como pressuposto para os registros
contábeis.
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Comentários

Como dissemos, as demonstrações contábeis devem ser registradas pelo


princípio da competência. Com efeito, se já tiver ocorrido a entrega de um
produto, ainda que seja uma venda a ser recebida em 12 prestações, devemos
reconhecer a receita integralmente. Desta feita, é plenamente possível
vislumbrar a capacidade futura de geração de caixa, já que, embora reconhecida
a receita, ainda não houve entrada de toda o dinheiro em caixa.

Gabarito  Correto.

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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (CESPE/Técnico em Contabilidade/PF/2004) A contabilidade, desde seu


aparecimento como conjunto ordenado de conhecimentos, com objeto e
finalidades definidos, tem sido considerada como arte, como técnica ou como
ciência, de acordo com a orientação seguida pelos doutrinadores ao enquadrá-la
no elenco das espécies do saber humano.

Hilário Franco. Contabilidade geral. São Paulo: Atlas, 1997, p. 19 (com


adaptações).

Tendo o texto acima por referência inicial e considerando o assunto por ele
abordado, julgue o item a seguir.

Cinco são os princípios fundamentais de contabilidade: registro pelo valor


original, competência, atualização monetária, prudência e oportunidade.
Entidade e continuidade são considerados postulados contábeis.

2. (CESPE/Fiscal de Tributos Estaduais/AL/2002) Com relação aos


princípios fundamentais de contabilidade, julgue o item a seguir.

Na aplicação dos princípios fundamentais de contabilidade a situações concretas,


a essência das transações deve prevalecer sobre os aspectos formais.

3. (CESPE/Fiscal de Tributos Estaduais/AL/2002) Com relação aos


princípios fundamentais de contabilidade, julgue o item a seguir.

A continuidade ou não da entidade não deve ser necessariamente considerada


quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais quantitativas e
qualitativas.

4. (CESPE/Fiscal de Tributos Estaduais/AL/2002) Com relação aos


princípios fundamentais de contabilidade, julgue o item a seguir.
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A avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores
de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os
agentes externos ou da imposição destes.

5. (CESPE/Fiscal de Tributos Estaduais/AL/2002) Com relação aos


princípios fundamentais de contabilidade, julgue o item a seguir.

De acordo com o regime de competência, as receitas consideram-se realizadas,


nas transações com terceiros, quando estes efetuam o pagamento.

6. (CESPE/Fiscal de Tributos Estaduais/AL/2002) Ainda com relação à


contabilidade geral, julgue o item abaixo.

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O princípio da prudência impõe a escolha da hipótese de que resulte maior


patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante
dos demais princípios fundamentais de contabilidade.

7. (CESPE/Agente de Polícia Federal/2004) Ao avaliar um passivo, no caso


de dúvidas acerca do valor de determinado item patrimonial, a empresa deverá
registrar o maior valor obtido, contrariamente ao que ocorre na avaliação de
ativos, em que deve ser registrado o menor valor obtido.

8. (CESPE/Analista de Controle Externo/TCU/2001) Julgue o item abaixo,


relativo a princípios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de
contabilidade.

A aplicação do princípio da prudência ganha ênfase quando, para definição dos


valores relativos às variações patrimoniais, devam ser feitas estimativas que
envolvam incertezas de grau variável.

9. (CESPE/Agente de Polícia Federal/2012) Julgue o item que se segue, a


respeito dos princípios de contabilidade.

Segundo o princípio da oportunidade, é necessário ponderar a relação entre a


oportunidade e a confiabilidade da informação, pois a falta de integridade e
tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode
ocasionar a perda de sua relevância.

10. (CESPE/Agente de Polícia Federal/2012) Julgue o item que se segue, a


respeito dos princípios de contabilidade.

De acordo com o princípio do registro do valor original, a atualização monetária


não representa nova avaliação, mesmo gerando o ajustamento dos valores
originais para determinada data, mediante aplicação de indexadores e outros
elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda.
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11. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE/ES/2011) Com


referência a conceitos abásicos de contabilidade, julgue o item seguinte.

A observância do princípio da continuidade é indispensável à correta aplicação


do princípio da competência.

12. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE/RJ/2012) O Conselho


Federal de Contabilidade e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis são
responsáveis pela elaboração das normas contábeis comumente aceitas. Sobre
essas normas, julgue o item que se segue.

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De acordo com o princípio da competência, todas as variações patrimoniais
devem ser registradas de imediato e com a extensão correta,
independentemente das causas que as originaram.

13. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE/RJ/2012) O Conselho


Federal de Contabilidade e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis são
responsáveis pela elaboração das normas contábeis comumente aceitas. Sobre
essas normas, julgue o item que se segue.

O princípio do registro pelo valor original deve ser determinante, quando houver
dúvida entre a sua aplicação e a aplicação do princípio da prudência.

14. (CESPE/TRE MS/Analista/Contabilidade/2013) No mês de dezembro


de 2012, em uma empresa hipotética, ocorreram os fatos descritos a seguir.

• despesa de janeiro de 2013, paga em dezembro de 2012 = R$ 1.000,00;


• despesa de dezembro de 2012, a ser paga em janeiro de 2013 = R$ 2.000,00;
• despesa de dezembro de 2012, paga em novembro de 2012 = R$ 4.000,00;
• receita de janeiro de 2013, recebida em dezembro de 2012 = R$ 5.000,00;
• receita de dezembro de 2012, a ser recebida em janeiro de 2013 = R$
6.000,00;
• receita de dezembro de 2012, recebida em dezembro de 2012 = R$ 8.000,00.

De acordo com os princípios de contabilidade, na situação hipotética acima


descrita, o resultado da empresa em dezembro de 2012 foi igual a

a) R$ 12.000,00.
b) R$ 14.000,00.
c) R$ 6.000,00.
d) R$ 8.000,00.
e) R$ 10.000,00.

15. (CESPE/Técnico de atividades de meio ambiente/IBRAM/2009)


Considere a situação em que a administração de determinada entidade contábil
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tenha admitido um empregado. Sabendo-se que esse empregado irá trabalhar e


gerar despesas certas, é correto que o seu salário seja registrado no momento
de sua admissão, tendo em vista o princípio da oportunidade.

16. (CESPE/Embasa/2009) O princípio da competência significa que os fatos


devem ser reconhecidos no patrimônio, isto é, registrados contabilmente
independentemente do recebimento ou pagamento.

17. (CESPE/Auditor do Estado/Secont/ES/2009) A fim de atingir seus


objetivos, as demonstrações contábeis devem ser preparadas em conformidade
com o regime de caixa. Segundo esse regime, os efeitos das transações e outros
eventos são reconhecidos quando são recebidos ou pagos.

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18. (CESPE/PC/ES/Perito Criminal/2011) Com respeito aos princípios
contábeis fundamentais, conforme normatizados pelo Conselho Federal de
Contabilidade, julgue os itens a seguir.

O reconhecimento dos fatos contábeis apenas por ocasião de seu efetivo


recebimento ou pagamento é prática condenável na contabilidade brasileira,
tendo em vista que viola o princípio da competência contábil.

19. (CESPE/Técnico em Contabilidade/TJ ES/2011) Apesar de sua


relevância, o princípio da competência não prevalece sobre os demais princípios
contábeis.

20. (CESPE/Analista/MPU/2010) Para o Conselho Federal de Contabilidade


brasileiro, os conceitos de entidade contábil e de continuidade, mais do que
princípios, são postulados, axiomas com base nos quais se constrói a teoria
contábil.

21. (CESPE/Analista/TRE/ME/2010) Determinada indústria foi contratada


no mês de janeiro/20X3 para montar um computador de grande porte para
entrega futura. Em março/20X3, o contratante adiantou-lhe 60% do preço do
computador para aquisição de peças e acessórios necessários ao início da
montagem dos acabamentos do equipamento. No final de abril/20X3, a
contratada já estava com o hardware encomendado em fase de testes e
embalagem. No início de junho/20X3, foi feita a entrega do computador ao
encomendante, mediante o recebimento de 10% do preço acordado. Os
restantes 30% foram pagos pelo cliente no mês de agosto/20X3.

Nessa situação, de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade, o


reconhecimento da receita de vendas na referida indústria deve ser
corretamente feito no mês de:

a) janeiro.
b) março.
c) abril. 08219285621

d) junho.
e) agosto.

22. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TJ/RO/2012) A


observância dos princípios de contabilidade é obrigatória no exercício da
profissão e constitui condição de legitimidade das normas brasileiras de
contabilidade. Nesse sentido, é correto afirmar que o princípio da oportunidade:

a) determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos


nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou
pagamento.
b) estabelece a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior
para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas

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para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio
líquido.
c) reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia
patrimonial, a necessidade de diferenciar um patrimônio particular no universo
dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, a
um conjunto de pessoas, a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza
ou finalidade, com ou sem fins lucrativos.
d) refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes
patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
e) pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a
mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio consideram essa
circunstância.

23. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TJ RR/2012) Em


conformidade com o princípio contábil da competência, quando determinada
entidade reconhece um ativo circulante em consequência de uma venda a prazo,
supõe-se o reconhecimento das despesas correlatas.

24. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TJ RR/2012) O princípio do


registro pelo valor original determina que os efeitos da alteração do poder
aquisitivo da moeda nacional não sejam reconhecidos nos registros contábeis.

25. (CESPE/Contador/FUB/2011) A partir da NBC T1, que define a estrutura


conceitual para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis,
todas as entidades contábeis devem seguir exclusivamente o regime de
competência.

26. (CESPE/Auditoria governamental/TCU/2008) A estrutura conceitual


para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis da CVM
recomenda que as incertezas que envolvem certos eventos e circunstâncias
sejam tratadas com prudência, não se superestimando ativos e receitas, e não
se subestimando passivos e despesas. O limite da prudência deve ter em conta a
neutralidade, a imparcialidade, de modo a evitar, por exemplo, a formação de
reservas ocultas ou provisões excessivas. 08219285621

27. (CESPE/Técnico em Contabilidade/TRE/ES/2011) De acordo com o


princípio da comparabilidade, uma entidade deve aplicar e divulgar determinada
política contábil, visto que esse procedimento contribui para que os usuários
sejam capazes de comparar as demonstrações contábeis que apresentar ao
longo do tempo e, também, suas demonstrações contábeis com as de diferentes
entidades.

28. (CESPE/Auditor Fiscal do Trabalho/2013) Conforme o princípio contábil


da entidade, a soma ou agregação contábil não resulta em uma nova entidade,
mas em uma unidade de natureza econômico-financeira.

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29. (CESPE/SUFRAMA/Técnico de Contabilidade/2014) Com relação aos
princípios de contabilidade aprovados e divulgados pelo Conselho Federal de
Contabilidade, julgue o item subsecutivo.

Dado o princípio do registro pelo valor original, os ativos devem ser inicialmente
registrados pelo valor do desembolso necessário a sua aquisição, podendo,
entretanto, ser mensurados pelo valor justo dos recursos entregues para
adquiri-los.

30. (CESPE/SUFRAMA/Técnico de Contabilidade/2014) Com relação aos


princípios de contabilidade aprovados e divulgados pelo Conselho Federal de
Contabilidade, julgue o item subsecutivo.

Em obediência ao princípio contábil da entidade, o conglomerado econômico


deve elaborar um balanço patrimonial consolidado no qual seu patrimônio seja
representado adequadamente, com as adições e exclusões que o processo de
consolidação exige.

31. (CESPE/SUFRAMA/Técnico de Contabilidade/2014) Com relação aos


princípios de contabilidade aprovados e divulgados pelo Conselho Federal de
Contabilidade, julgue o item subsecutivo.

A relevância está relacionada ao princípio da oportunidade, mas condicionada à


confiabilidade da informação que será divulgada.

32. (CESPE/TC-DF/ACE/2014) Com relação aos princípios e aos regimes


contábeis e às características qualitativas da informação contábil, julgue o item
a seguir.

A relação entre confiabilidade e oportunidade da informação contábil é a base


principal para a aplicação do princípio do registro pelo valor original.

33. (CESPE/Contador/PF/2014) Julgue o seguinte item, tendo como


parâmetro os princípios contábeis do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
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passivos e despesas sejam superestimados.

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de representar a variação do poder aquisitivo da moeda corrente, em
determinado período, há observância do princípio do registro pelo valor original.

35. (CESPE/Analista/MPU/2015) De acordo com a Resolução CFC n.º


750/1993, a observância dos princípios de contabilidade é obrigatória no
exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas
Brasileiras de Contabilidade. A respeito desse assunto, julgue o item a seguir.

É possível vislumbrar a capacidade futura de geração de caixa de uma empresa


ao se utilizar o princípio da competência como pressuposto para os registros
contábeis.

GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

QUESTÃO GABARITO QUESTÃO GABARITO


1 ERRADO 21 D
2 CORRETO 22 D
3 ERRADO 23 CORRETO
4 CORRETO 24 ERRADO
5 ERRADO 25 ERRADO
6 ERRADO 26 CORRETO
7 CORRETO 27 CORRETO
8 CORRETO 28 ANULADO
9 CORRETO 29 CORRETO
10 CORRETO 30 ERRADO
11 CORRETO 31 CORRETO
12 ERRADO 32 ERRADO
13 CORRETO 33 ERRADO
14 D 34 CORRETO
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15 ERRADO 35 CORRETO
16 CORRETO
17 ERRADO
18 ERRADO
19 CORRETO
20 ERRADO

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