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Sobre as emoções

Sentir raiva, tristeza, angústia. Sentir alegria, amor, felicidade. Nós sentimos as dores e as
belezas de sermos quem somos e vivermos a vida que vivemos no nosso mundo. Nossas emoções são
nossas, fazem parte da nossa vida e dizem respeito a ela.

No entanto, vivemos em uma sociedade que as considera uma fragilidade, nos ensinam que não
devemos ser 'reféns' de nossas emoções, como se elas representassem um campo perigoso que devesse
ser combatido, principalmente, as emoções ditas 'negativas'. Para a nossa sociedade, as emoções são
estas que estão relacionadas ao corpo, ao desejo, às paixões, às sensações, à violência. Consideram-
nas ameaçadoras da 'boa vida' e da harmonia, ameaçadoras da felicidade e do convívio.

A felicidade que, atualmente, cumpre o papel de ser fundamental a 'boa saúde' e representa a
maneira de 'como deve ser vivida a vida', quando, no meu ponto de vista, está implicitamente atuando a
favor da ideia de produtividade e eficiência, uma vez que tanto o sofrimento quanto os conflitos são
contraproducentes. Paremos para pensar, quanto tempo temos hoje para chorar e sofrer nossas perdas,
quanto espaço há para lidarmos com nossos medos e inseguranças? Para algumas pessoas, ou em
alguns momentos de nossa existência, a emoção é parte central da própria vida. A vida é - e passa a ser -
sentida e vivida pelo seu colorido emocional. Isso por si só não é um problema, é apenas um modo de ser
e estar no mundo.

Ainda, emoções 'negativas', como a angústia, o sofrimento, a dor, tampouco representam um


'mal a ser banido'. Para Heidegger (filósofo da fenomenologia existencial), a angústia tem um papel
central na nossa existência, pois a partir dela que a existência autêntica se revela.

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