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Emergência Espiritual

A emergência espiritual é um estado incomum de consciência, fruto de uma pulsão


interna que procura manifestar a nossa natureza como um ser espiritual. Nas tradições
místicas de todas as culturas, nossa natureza interna, o ser que existe além dos limites da
psique, é um núcleo consciencial a imagem da Consciência Cósmica que necessita
aflorar para que a unidade se realize.

“O conceito de emergência espiritual integra descobertas de muitas disciplinas,


incluindo-se entre elas a psiquiatria clínica e experimental, a moderna pesquisa da
consciência, as psicoterapias experienciais, os estudos antropológicos, a
parapsicologia, a tanatologia, a religião comparada e a mitologia. As observações
em todos esses campos sugere de modo consistente que as emergências espirituais
têm um potencial positivo, não devendo ser confundidas com enfermidades de
causa biológica que precisam de tratamento médico. Como veremos no livro, essa
abordagem tem total congruência tanto com a sabedoria antiga como com a ciência
moderna.” (Grof. Emergência Espiritual)

Muitos místicos de todas as culturas manifestaram emergências espirituais, que ocorriam


com certa frequência, no ocidente conhecemos os relatos de santa Teresa de Ávila, que em vários
de seus textos nos fala e sua relação com Deus e das vivências que tinha durante estes
momentos.

“O que pretendo explicar é o que a alma sente quando está nessa divina união. Eu
queria explicar, com o favor de Deus, a diferença que há entre união e arroubo, ou
enlevo, ou vôo que chamam de espírito ou arrebatamento, que são uma só coisa.
Digo que estes diferentes nomes se referem a uma só coisa que também se cha
êxtase. (Teresa de Ávila. Vida).

Segundo Grof há uma grande variedade de experiências espirituais que levam a estados
incomuns de consciência que são típicos de emergências espirituais:

1. A crise xamânica;
2. O despertar da Kundalini;
3. Episódios de consciência unitiva ("experiências culminantes");
4. Renovação psicológica por meio do retorno ao centro;
5. A crise de abertura psíquica;
6. Experiências com vidas passadas;
7. Comunicações com espíritos-guia e "canalização";
8. Experiências de proximidade da morte;
9. Experiências de contatos próximos com OVNIs;
10. Estados de possessão.

A experiência denominada canalização ou comunicação com os espíritos-guia, é um fenômeno


comum nas religiões espíritas, principalmente nas sessões espíritas kardecistas, quando um 'médium',
psicografa uma mensagem que diz ser de um espírito desencarnado.
O caso mais importante como relato é sem dúvida o caso do médio Francisco Cândido Xavier,
popularmente conhecido como Chico Xavier (1910-2002).
Chico Xavier nasceu de uma família pobre em Pedro Leopoldo e era filho de Maria João de Deus e
João Cândido Xavier. Educado na fé católica, Chico teve seu primeiro contato com a Doutrina Espírita em
1927 após fenômeno obsessivo verificado com uma de suas irmãs. Passa então a estudar e a desenvolver sua
mediunidade que, como relata em nota no livro Parnaso de Além-Túmulo, somente ganhou maior clareza em
finais de 1931. O seu nome de batismo Francisco de Paula Cândido foi dado em homenagem ao santo do dia
de seu nascimento, substituído pelo nome paterno de Francisco Cândido Xavier logo que rompeu com o
catolicismo e escreveu seus primeiros livros. O mais conhecido dos espíritas brasileiros contribuiu para
expandir o movimento espírita brasileiro e encorajar os espíritas a revelarem sua adesão à doutrina
sistematizada por Allan Kardec. Sua credibilidade serviu de incentivo para que médiuns espíritas e não-
espíritas realizassem trabalhos espirituais abertos ao público.
Segundo biógrafos, a mediunidade de Chico teria se manifestado pela primeira vez aos quatro anos
de idade quando ele respondeu ao pai sobre ciências, durante conversa com uma senhora sobre gravidez. Ele
dizia ver e ouvir os espíritos e conversava com eles. Aos 5 anos conversava com a mãe, já desencarnada. Na
casa da madrinha, foi muito maltratado, chegando a levar garfadas na barriga. Aos sete anos de idade, saiu da
casa da madrinha para voltar a morar com o pai, já casado outra vez. Ele, para ajudar nas despesas da casa
trabalhava e estudava em escola pública. Por consequência, dormia apenas sete horas por dia.

No ano de 1924, termina o curso primário e não voltou a estudar, começando a trabalhar como
auxiliar de cozinha em um restaurante no ano de 1925. No mês de maio de 1927, participou de uma sessão
espírita onde vê o espírito de sua mãe, que lhe aconselha ler as obras de Allan Kardec, em junho ajudou a
fundar o Centro Espírita Luiz Gonzaga, e em julho inicia os trabalhos de psicografia escrevendo 17 páginas.
Em 1928 aos 18 anos, começou a publicar suas primeiras mensagens psicografadas nos jornais O Jornal, do
Rio de Janeiro e Almanaque de Notícias, de Portugal.

Chico Xavier psicografou 451 livros, sendo 39 publicados após a morte. Nunca
admitiu ser o autor de nenhuma dessas obras. Reproduzia apenas o que os espíritos lhe
ditavam. Por esse motivo, não aceitava o dinheiro arrecadado com a venda de seus livros.
Vendeu mais de 50 milhões de exemplares em português, com traduções em inglês,
espanhol, japonês, esperanto, italiano, russo, romeno, mandarim, sueco e braile.
Psicografou cerca de 10 mil cartas de mortos para suas famílias. Cedeu os direitos
autorais para organizações espíritas e instituições de caridade, desde o primeiro livro.

Suas obras são publicadas pelo Centro Espírita União, Casa Editora O Clarim,
Edicel, Federação Espírita Brasileira, Federação Espírita do Estado de São Paulo,
Federação Espírita do Rio Grande do Sul, Fundação Marieta Gaio, Grupo Espírita
Emmanuel s/c Editora, Comunhão Espírita Cristã, Instituto de Difusão Espírita, Instituto de
Divulgação Espírita André Luiz, Livraria Allan Kardec Editora, Editora Pensamento e União
Espírita Mineira.

Mesmo não tendo ensino completo ele escrevia em torno de 6 livros por ano entre eles
livros de romances, contos, filosofia, ensaios, apólogos, crônicas, poesias... É o escritor mais lido da
América Latina. (Ref. Wikipedia).

Sobre as experiências de canalização, Grof escreveu:

“Por vezes, podemos encontrar numa experiência transpessoal um "ser"


que parece revelar interesse numa relação pessoal e assume uma posição de mestre,
de guia, de protetor ou, simplesmente, de fonte conveniente de informações. Esses
seres costumam ser percebidos como seres humanos desencarnados, entidades
sobre-humanas ou divindades de planos de consciência superiores e dotadas de
extraordinária sabedoria.
Eles às vezes têm a forma de uma pessoa, podendo ainda aparecer como
fontes radiantes de luz ou deixar sentir a sua presença. Suas mensagens são
recebidas, de modo geral, como uma transferência direta de pensamento ou outro
processo extra-sensorial. Há casos em que a comunicação envolve mensagens
verbais.
Um fenômeno de particular importância nessa categoria é a "canalização",
que recebeu nos últimos anos uma atenção incomum das pessoas e dos meios de
comunicação. Na canalização, a pessoa transmite mensagens de uma fonte
alegadamente exterior à sua consciência, embora fale em transe, use a escrita
automática ou grave telepaticamente pensamentos recebidos. Essa modalidade tem
tido um importante papel na história da humanidade. Dentre os ensinamentos
espirituais canalizados, estão muitas escrituras de enorme influência cultural, como
os antigos Vedas indianos, o Corão e o Livro dos Mórmons.
A principal razão por que essas experiências podem desencadear uma séria
crise é a natureza e qualidade confiáveis que podem ser recebidas de uma fonte
realmente boa, seja ela o que for. Em certas circunstâncias, a canalização pode
gerar dados consistentemente precisos sobre assuntos a que o receptor jamais
esteve exposto. Nesse caso, o fenômeno é considerado prova inegável da existência
de realidades espirituais e pode levar a uma séria confusão filosófica as pessoas
que antes tinham uma visão de mundo científica convencional.
Outra fonte de problemas é o fato de os espíritos-guia serem vistos, de
modo geral, como seres com um alto nível de desenvolvimento da consciência,
com inteligência superior e extraordinária integridade moral. Isso pode levar, com
certa facilidade, à inflação do ego do receptor, que pode ver a sua escolha para uma
missão especial como prova de sua superioridade. O livro de Jon Klimo,
Channeling, é uma excelente fonte de informações sobre isso. (Grof. Emergência
Espiritual)

Sobre são Francisco de Assis:

SOBRE FRANCISCO, ENQUANTO MÍSTICO

Segundo Bernard McGinn o elemento místico no Cristianismo é aquela


parte da crença e das práticas que preparam e conscientizam o indivíduo para
aquilo que pode ser descrito como a presença imediata e direta de Deus, mas para
Paul Lachance o misticismo pessoal de Francisco, parte tão proeminente de sua
vida, até há pouco tempo vinha sendo estudado quase apenas a partir das biografias
escritas sobre ele e das numerosas lendas criadas a seu respeito, com pouca atenção
ao que ele mesmo expressara em seus escritos ou fora registrado a partir de suas
próprias palavras - até onde é possível considerar a documentação a ele atribuída
como autêntica. Mesmo na tradição cristã que o considera, obviamente, um santo,
poucas vezes ele é descrito como um místico, e esse silêncio também se deve ao
fato de que o estudo de sua experiência interior é extremamente difícil, pois ele
poucas vezes falou diretamente no assunto e seus escritos dão apenas indicações
indiretas. Nisso ele seguiu na contramão da tendência de seu tempo entre as outras
Ordens religiosas, cuja literatura é muito mais abundante e explícita a esse respeito,
e seu modo de ser estava muito mais relacionado com o dos cristãos primitivos, dos
primeiros padres do deserto e dos patriarcas do oriente, para quem as revelações
autobiográficas eram coisa estranha. Um dos documentos que dão uma primeira
ideia sobre sua visão sobre a divindade é a própria Regra Primitiva, o seu primeiro
credo expresso em sua pureza, a qual, embora perdido seu original, crê-se que
sobreviva em fragmentos dispersos entre vários manuscritos. Nesses trechos Deus
é mostrado como criador, redentor e salvador, fonte de todo o bem, e essência e
objetivo último de todo o ser, sendo "uno, sem início e sem fim, imutável,
invisível, indescritível, inefável, incompreensível, insondável, bendito, digno de
louvor, glorioso, exaltado nas alturas, sublime, altíssimo, gentil, amável, deleitável
e totalmente desejável acima de tudo para sempre". Sua atitude diante desse Deus
"onipotente, santíssimo, altíssimo e supremo" era de completa sujeição e entrega,
movidas por um desejo intenso de "amar, honrar, adorar, servir, louvar e bendizer,
glorificar e exaltar, magnificar e agradecer", e essas cadeias de adjetivos
entusiásticos são comuns em todos os seus escritos, e evidenciam que para
Francisco Deus era essencialmente inapreensível e maravilhoso sob todos os
aspectos, e não deixa de ser tocante o esforço que ele fazia para pelo menos em
parte tentar descrever o que não podia ser descrito e menos ainda transmitido a
outrem através de palavras. (FONTE: www.wikipédia.org.br)

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