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Aula 11

Detonando os CPCs - Pronunciamentos Contábeis Esquematizados, Resumidos e


Anotados

Professores: Gilmar Possati, Tiago Lucas


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# Detonando os CPCs: Pronunciamentos Contábeis esquematizados, resumidos e anotados #
Aula 11

Aula 11: CPC 17 (R1) – Contratos de Construção


CPC 20 (R1) - Custos de Empréstimos

Sumário

1. CPC 17 - Contratos de Construção 2


2. CPC 20 – Custos de Empréstimos 24
3. Questões comentadas 38
4. Resumo 41
5. Lista de Questões 45
6. Gabarito 51

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Pessoal, depois de uma pausa em nosso curso decorrente da missão que


recebi da coordenação do Estratégia para assumir os cursos de
Contabilidade Pública, voltamos a nos dedicar ao nosso projeto. Agradeço
a compreensão de todos. Tenha certeza que foi pelo bem de muitos alunos
que tive que aceitar a missão, pois um professor novo, sem conhecimento
da metodologia de ensino à distância aplicada pela nossa equipe de
professores, não conseguiria escrever tudo o que necessitava em tão curto
espaço de tempo. Nesse período, escrevi aproximadamente 20 aulas e
comentei centenas de questões das diversas bancas. Foi meu maior desafio
profissional. E contar com a paciência de todos vocês foi determinante, pois
seria humanamente impossível tocar os dois projetos. Bem... agora que o
“incêndio” foi controlado, podemos voltar a nos dedicar a esse projeto dos
CPCs. Creio que até o momento estamos conseguindo atingir o objetivo
inicialmente previsto. Assim, dando continuidade ao nosso curso, hoje
vamos estudar mais dois Pronunciamentos Contábeis:

CPC 17 (R1) – Contratos de Construção


CPC 20 (R1) – Custos de Empréstimos 01699177899

Bons estudos!
Gilmar Possati
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CPC 17 (R1) – Contratos de Construção

Pessoal, antes de mais nada, cabe destacar que o CPC 17 não é muito
explorado em provas, tendo em vista que sua aplicabilidade é bem restrita,
pois está mais voltado às empresas de construção (civil, naval, etc). Logo,
para não perdermos tempo com algo que possui pouca probabilidade de
ser exigido em prova, nossa abordagem será bem objetiva, ou seja,
filtramos o essencial, aquilo que você realmente deve saber para estar
preparado e detonar eventual exigência do assunto.

ASPECTOS INTRODUTÓRIOS

Objetivo

Galera, o objetivo do CPC 17 – Contratos de Construção é estabelecer o


tratamento contábil das receitas e despesas associadas a contratos
de construção. O CPC 17 explica que por força da natureza da atividade
subjacente aos contratos de construção, as datas de início e término do
contrato caem, geralmente, em períodos contábeis diferentes. Por isso, o
assunto primordial referente à contabilização dos contratos de construção
é a alocação da receita e das despesas correspondentes ao longo
dos períodos de execução da obra nos quais o trabalho de
construção é levado a efeito.

Nesse sentido, o CPC 17 determina o momento em que as receitas do


contrato e as despesas a elas relacionadas devem ser reconhecidas na
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demonstração do resultado. Também proporciona indicação prática sobre


a aplicação desses critérios.

Alcance

O CPC 17 deve ser aplicado na contabilização dos contratos de construção


nas demonstrações contábeis das entidades contratadas (fornecedoras dos
serviços).

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Definições

As definições dos CPCs costumam ser exploradas em provas, logo esse é


um ponto importante no nosso estudo do CPC17.

Contrato de construção  é um contrato especificamente negociado para


a construção de um ativo ou de uma combinação de ativos que estejam
diretamente interrelacionados ou interdependentes em função da sua
concepção, tecnologia e função ou do seu propósito ou uso final.

O CPC 17 destaca que o contrato de construção pode ser negociado para a


construção de um único ativo, tal como uma ponte, um edifício, uma
barragem, um oleoduto, uma estrada, um navio ou um túnel. Mas, também
pode contemplar a construção de diversos ativos que estejam diretamente
interrelacionados ou interdependentes em termos da sua concepção,
tecnologia e função ou do seu propósito ou uso final; entre os exemplos de
tais contratos estão os da construção de refinarias e de outras partes
complexas de plantas industriais ou equipamentos.

Ademais, o CPC 17 ressalta que os contratos de construção incluem:

a) contratos para a prestação de serviços que estejam diretamente


relacionados com a construção do ativo. Exemplos: serviços de arquitetos
e de gestores de projetos; e

b) contratos para a destruição ou restauração de ativos e de recuperação


ambiental após a demolição ou retirada de ativos.

Contrato de preço fixo (fixed price)  é um contrato de construção


01699177899

segundo o qual a entidade contratada (fornecedora dos serviços) concorda


com o preço pré-fixado ou com a taxa pré- fixada, por unidade concluída
que, em alguns casos, está sujeito às cláusulas de custos escalonados (cost
escalation clauses).

Contrato de custo mais margem (cost plus)  é um contrato de


construção segundo o qual a entidade contratada (fornecedora dos
serviços) deve ser reembolsada por custos projetados e aprovados pelas
partes - ou de outra forma definidos – acrescido de percentual sobre tais
custos ou por remuneração fixa pré-determinada.

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Os contratos de construção podem ser elaborados de diversas maneiras.


Porém, para fins de aplicação do Pronunciamento, o CPC 17 determina que
os contratos de construção devem ser classificados como contratos
de preço fixo (fixed price) e contratos de custo mais margem (cost
plus). Alguns contratos de construção podem conter características tanto
de um contrato de preço fixado quanto de um contrato de custo mais
margem, como por exemplo no caso de um contrato de custo mais margem
com um preço máximo acordado. Veremos mais a frente as condições a
serem considerados a fim de determinar quando reconhecer as receitas e
as despesas do contrato.

RECEITA DO CONTRATO

Nos termos do CPC 17, a receita do contrato deve compreender:

a) a quantia inicial da receita estabelecida no contrato; e

b) as variações no trabalho contratado, reivindicações e


pagamentos por incentivos:
(i) até a extensão em que seja provável que resultem em receita; e
(ii) que estejam em condições de serem mensurados com confiabilidade.

O CPC 17 informa que a receita do contrato deve ser mensurada ao


valor justo da contraprestação recebida ou a receber.

Uma variação corresponde a uma instrução dada pelo contratante (cliente)


para uma alteração no trabalho a ser executado, de acordo com o contrato.
Tal variação pode conduzir a um aumento ou a uma diminuição na receita
do contrato. Exemplos: alterações nas especificações ou na concepção do
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ativo; alterações na duração do contrato.

O CPC 17 destaca que uma variação deve ser incluída na receita do contrato
quando:
a) for provável que o contratante (cliente) aprovará a variação e o valor da
receita advinda da variação; e
b) a quantia da receita puder ser mensurada com confiabilidade.

Reivindicação por custos não previstos no contrato é uma quantia que a


entidade contratada (fornecedora dos serviços) procura cobrar do
contratante (cliente) ou de terceiro para reembolso dos custos não incluídos

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no preço originalmente contratado. A reivindicação pode surgir, por


exemplo, de atrasos causados por clientes, de erros nas especificações ou
na concepção e de variações discutidas nos trabalhos objeto do contrato.

O CPC 17 destaca que a mensuração da quantia da receita proveniente de


reivindicações está sujeita a um alto nível de incerteza e depende muitas
vezes do desfecho das negociações. Por isso, as reivindicações somente
devem ser reconhecidas como receitas do contrato quando:
a) as negociações tiverem atingido um estágio avançado tal, que é provável
que o contratante (cliente) aceitará a reivindicação; e
b) a quantia que provavelmente será aceita pelo cliente puder ser
mensurada com confiabilidade.

Os pagamentos de incentivos contratuais são quantias adicionais


pagas à entidade contratada (fornecedora dos serviços) caso os padrões de
desempenho especificados previamente sejam alcançados ou superados.
Por exemplo, o contrato pode permitir pagamento de incentivos à entidade
contratada pela conclusão antecipada do contrato.

Segundo o CPC 17, os pagamentos de incentivos devem ser reconhecidos


como receita do contrato quando:
a) o contrato estiver suficientemente avançado que indique como provável
que os padrões de desempenho especificados serão alcançados ou
superados; e
b) a quantia dos pagamentos de incentivos puder ser mensurada com
confiabilidade.

Esquematicamente, temos:

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A receita do contrato de construção deve ser mensurada ao valor


justo da contraprestação recebida ou a receber e compreende ...

Quantia
inicial

Variações

Reinvindicações

Pagamentos de
incentivos

CUSTOS DO CONTRATO

Nos termos do CPC 17, os custos do contrato devem compreender:

a) os custos que estejam relacionados diretamente com um contrato


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específico;
b) os custos que sejam atribuíveis à atividade do contrato de modo geral e
possam ser alocados ao contrato; e
c) outros custos que sejam especificamente imputáveis ao contratante
(cliente), de acordo com os termos do contrato.

O CPC 17 nos fornece os seguintes exemplos de custos relacionados


diretamente a um contrato específico:

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Custos relacionados diretamente a um contrato específico


Custos de mão de obra no local, incluindo supervisão no local;
Custos de materiais usados na construção;
Depreciação de ativos fixos tangíveis utilizados no contrato;
Custos para levar ou retirar do local os ativos fixos tangíveis e os
materiais necessários à execução da obra;
Custos de aluguel de instalações e equipamentos;
Custos de concepção e de assistência técnica que estejam diretamente
relacionados com o contrato;
Custos estimados de retificação e garantia, incluindo os custos esperados
de prestação de garantia futura;
Reivindicações de terceiros.

O CPC 17 destaca que esses custos podem ser reduzidos por qualquer
receita ocasional que não esteja incluída na receita do contrato, como, por
exemplo, a receita proveniente da venda de sobras de materiais ou da
alienação de instalações e equipamentos ao final do contrato.

Pessoal, não encontrei nenhuma exigência até o momento sobre esse ponto
do CPC 17. No entanto, creio ser um ponto forte, considerando as formas
de exigência dos pronunciamentos mais presentes em prova. Quer ver um
exemplo de como esse ponto pode ser facilmente explorado em prova?
Então se liga nessa questão inédita!

1. (Questão inédita) Nos termos do CPC 17 (R1) – Contratos de


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Construção, os custos do contrato devem compreender os custos que


estejam relacionados diretamente com um contrato específico; os custos
que sejam atribuíveis à atividade do contrato de modo geral e possam ser
alocados ao contrato; e outros custos que sejam especificamente
imputáveis ao contratante (cliente), de acordo com os termos do contrato.
Nesse sentido, são exemplos de custos relacionados diretamente a um
contrato específico, exceto:

a) custos de mão de obra no local, incluindo supervisão no local


b) custos de materiais usados na construção
c) gastos gerais de construção

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d) reivindicações de terceiros
e) custos estimados de retificação e garantia

Com exceção dos gastos gerais de construção (opção “C”), todos as opções
nos fornecem exemplos de custos relacionados diretamente a um contrato
específico.

Os gastos gerais de construção são exemplos de custos que são atribuíveis


à atividade do contrato de modo geral e não diretamente relacionados a
um contrato específico. Os gastos gerais de construção incluem custos tais
como a elaboração e o processamento da folha de salários do pessoal
envolvido com a construção. Estudaremos exemplos de custos gerais na
sequência.

Gabarito: C

Vamos ver outra forma de exigência, agora no estilo Certo/Errado.

2. (Questão inédita) Acerca das disposições estabelecidas no CPC 17 (R1)


– Contratos de Construção, julgue o item a seguir:

Entre os custos relacionados diretamente a um contrato específico, estão


inclusos os custos estimados de retificação e garantia, exceto os custos
esperados de prestação de garantia futura, por ainda não ter ocorrido o
fato gerador.

Segundo o CPC 17, entre os custos relacionados diretamente a um contrato


específico, estão inclusos os custos estimados de retificação e garantia,
incluindo os custos esperados de prestação de garantia futura.
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Veja que essa questão ilustra bem como o examinador pode tornar um item
errado. Trata-se de uma forma clássica que o CESPE utiliza em suas provas.
Ele troca um termo (no caso a expressão “incluindo”) por um termo de
sentido oposto (no caso a expressão “exceto). Além disso, para induzir ao
erro, o examinador insere uma justificativa que parece ser bem razoável,
mas que na verdade é apenas uma “casca de banana”. Nessa questão essa
justificativa está na expressão “por ainda não ter ocorrido o fato gerador”.

Fique alerta em questões desse tipo em se tratando de provas “cespianas”.

Gabarito: Errado

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O CPC 17 nos fornece os seguintes exemplos de custos que podem ser


atribuíveis à atividade do contrato de modo geral e imputados a
contratos específicos:

Custos que podem ser atribuíveis à atividade do contrato de


modo geral e imputados a contratos específicos
Prêmios de apólice de seguro;
Custos de concepção e assistência técnica que não estejam diretamente
relacionados a um contrato específico;
Gastos gerais de construção (overhead);
Custos de Empréstimos

Segundo o CPC 17, tais custos devem ser alocados por meio de métodos
que sejam sistemáticos e racionais e sejam aplicados consistentemente a
todos os custos que tenham características similares. A alocação deve estar
baseada no nível normal da atividade de construção.

Quanto aos custos que são especificamente imputáveis ao


contratante (cliente), de acordo com os termos do contrato, o CPC 17
informa que esses custos podem incluir alguns custos gerais de natureza
administrativa e custos de desenvolvimento para os quais o reembolso
esteja previsto em disposições contratuais específicas.

O CPC 17 destaca que os gastos que não podem ser atribuídos à atividade
do contrato ou não podem ser alocados ao contrato devem ser excluídos
dos custos do contrato de construção. O pronunciamento nos fornece os
seguintes exemplos, os quais são importantes estarmos por dentro, pois é
uma provável fonte de exigência em provas!
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Gastos que não podem ser atribuídos à atividade do contrato


Gastos gerais administrativos para os quais o reembolso não esteja
previsto no contrato;
Despesas de venda;
Despesas com pesquisa e desenvolvimento para os quais o reembolso
não esteja previsto no contrato;
Depreciação de instalações e equipamentos ociosos que não sejam
usados em um contrato em particular.

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RECONHECIMENTO DAS RECEITAS E DAS DESPESAS DO CONTRATO

Pessoal, todas as exigências que encontrei sobre o CPC 17 estão


relacionados a esse ponto do pronunciamento. Logo, preste bastante
atenção a essa parte, ok?

Nos termos do CPC 17, quando a conclusão de um contrato de construção


puder ser estimada com confiabilidade, as receitas e os custos
associados ao contrato de construção devem ser reconhecidos
como receitas e despesas, respectivamente, tomando como
referência o estágio de execução (stage of completion) da atividade
contratual ao término do período de reporte.

A perda esperada com o contrato de construção, por sua vez, deve


ser reconhecida imediatamente como despesa.

O CPC 17 destaca algumas condições a serem satisfeitas para


considerarmos a conclusão do contrato a um nível aceitável de
confiabilidade. Para tanto, o pronunciamento segrega essas condições de
acordo com o tipo de contrato: preço fixo ou custo mais margem.

Elaboramos a tabela abaixo para ficar mais fácil o estudo.

A conclusão do contrato de construção pode ser estimada com


confiabilidade quando todas as condições seguintes estiverem
satisfeitas...
Contrato de preço fixo (fixed price)
 A receita do contrato puder ser mensurada com confiabilidade;
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 For provável que os benefícios econômicos associados ao contrato fluirão para a


entidade;
 Tanto os custos para concluir o contrato quanto o estágio de execução da atividade
contratual puderem ser mensurados com confiabilidade, ao término do período de
reporte;
 Os custos atribuíveis ao contrato puderem ser claramente identificados e mensurados
com confiabilidade de forma tal que os custos atuais incorridos possam ser comparados
com estimativas anteriores.
Custo mais margem (cost plus)
 For provável que os benefícios econômicos associados ao contrato fluirão para a
entidade;
 Os custos atribuíveis ao contrato, quer sejam especificamente reembolsáveis ou não,
puderem ser claramente identificados e mensurados com confiabilidade.

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Método da Percentagem Completada

Segundo o CPC 17, o reconhecimento da receita e das despesas tendo


como referência o estágio de execução do contrato é usualmente
denominado como Método da Percentagem Completada.

Por esse método, a receita contratual é confrontada com os custos


contratuais incorridos à medida que cada estágio de execução do
trabalho é alcançado, fato que resulta na divulgação de receitas,
despesas e lucro que podem ser atribuídos à proporção do trabalho
realizado. Esse método proporciona informação útil sobre a extensão da
atividade e do desempenho contratuais, ao longo do período.

O CPC 17 nos ensina que pelo método da percentagem completada, a


receita do contrato deve ser reconhecida como receita na demonstração do
resultado nos períodos contábeis em que o trabalho for executado. Os
custos do contrato devem ser usualmente reconhecidos como despesa na
demonstração do resultado nos períodos contábeis em que o trabalho a
eles relacionado for executado. Entretanto, qualquer excedente esperado
dos custos contratuais totais sobre o total das receitas contratuais para o
contrato deve ser reconhecido imediatamente como despesa.

Pessoal, reitero que esses tópicos acima estudados sobre o Método


da Percentagem Completada é o que vem sendo exigido em prova.
Foque seu estudo nesse ponto, pois é provável que as futuras
exigências do CPC 17 se concentrem aqui!

É claro que para ver como o assunto vem sendo exigindo, separei uma
questão bem interessante que vai servir como um “exemplo real”! Bora pra
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action!

3. (FBC/Exame de Suficiência do CFC/Bacharel/2015.2) Uma Sociedade


Empresária assina um contrato de longo prazo, para a construção de um
navio. O preço atual do navio é de R$390.000,00, e o custo estimado da
obra é de R$285.000,00.

No primeiro ano, a Sociedade Empresária incorre em custos, no valor de


R$67.500,00, diretamente vinculados à produção do navio.

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Com base nos dados apresentados e considerando-se a NBC TG 30 –


Receitas e a NBC TG 17 – Contratos de Construção, especificamente,
Método da Percentagem Completada, o valor do Lucro Bruto a ser
apresentado pela empresa no primeiro ano é de:
a) R$11.682,69.
b) R$15.986,84.
c) R$24.868,42.
d) R$92.368,42.

Pessoal, o método da percentagem completada consiste basicamente em


confrontar as receitas com os custos incorridos em um determinado período
tomando-se tendo como referência o estágio de execução do contrato.
Assim, para resolver esse tipo de questão, siga os seguintes passos:

Passo 1 – Identificação do percentual de execução do contrato

Custo contratual total estimado = 285.000,00 (100%)


Custo incorrido no primeiro ano = 67.500,00 (23,68%*)
*23,68% = (67.500/285.000)

Passo 2 – Cálculo da receita do período

Para calcular a receita do período (no caso da questão o primeiro ano),


basta multiplicar a receita total estimada pelo percentual de execução do
contrato (passo 1). Assim, temos:

Receita do período = 390.000 x 23,68% = 92.352,00

Passo 3 – Cálculo do Lucro Bruto 01699177899

Para calcular o lucro bruto, basta confrontar a receita do período (passo 2)


com o custo incorrido do período (informado pela questão). Assim, temos:

Lucro Bruto = 92.352,00 – 67.500,00 = 24.852,00

Gabarito: C

E aí, galera! Alguma dificuldade na aplicação do método? Tranquilo, não é


mesmo! Vamos fixar nosso conhecimento por meio de outra questão já

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exigida em concurso! É claro que a FGV não poderia ficar de fora! Pensa
numa banca que gosta dos CPCs!

4. (FGV/Analista/Contabilidade/DPE-MT/2015) Um estaleiro constrói


navios por períodos de longo prazo. Em janeiro de 2013 ele assinou um
contrato para construção de um navio no valor total de R$ 800.000,00.
Para a obra são estimados R$ 500.000,00 de custos totais.

No ano de 2013 a empresa incorreu em R$ 80.000,00 de custos.

Considerando apenas esses fatos, assinale o valor do resultado bruto na


Demonstração do Resultado do Exercício da empresa, em 31/12/2013.
a) -R$ 80.000,00.
b) R$ 30.000,00.
c) R$ 48.000,00.
d) R$ 300.000,00.
e) R$ 720.000,00.

Bora aplicar nosso passo a passo para “detonar” essa questão? Então,
“sigam-me os bons”, como diria o saudoso Chapolim Colorado 

Passo 1 – Identificação do percentual de execução do contrato

Custo contratual total estimado = 500.000,00 (100%)


Custo incorrido em 2013 = 80.000,00 (16%*) 01699177899

*16% = (80.000/500.000)

Passo 2 – Cálculo da receita do período

Para calcular a receita do período (2013), basta multiplicar a receita total


estimada pelo percentual de execução do contrato (passo 1). Assim, temos:

Receita do período = 800.000 x 16% = 128.000,00

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Passo 3 – Cálculo do Lucro Bruto

Para calcular o lucro bruto, basta confrontar a receita do período (passo 2)


com o custo incorrido do período (informado pela questão). Assim, temos:

Lucro Bruto = 128.000,00 – 80.000,00 = 48.000,00

Gabarito: C

Galera, essas duas questões acima estudadas ilustram como o método da


percentagem completada vem sendo exigido em prova. Outra forma de
exigência é claro pode ser teórica. Veja a questão abaixo exigida pela
VUNESP.

5. (VUNESP/Agente/Contábil e Financeiro/CM Jabo/2015) A respeito do


reconhecimento de receita na demonstração financeira de uma entidade,
quando a conclusão de um contrato de construção puder ser estimada com
confiabilidade, as receitas e os custos associados ao contrato de construção
devem ser reconhecidos como receitas e despesas, respectivamente,
tomando como referência
a) na conclusão da obra, quando os custos poderão ser apurados com mais
propriedade.
b) o contrato que o suporta, seguindo as cláusulas contratuais financeiras
(financial clause).
c) a emissão das notas fiscais de serviços.
d) o estágio de execução (stage of completion) da atividade contratual ao
término do período de reporte. 01699177899

e) a ocasião em que for provável que os benefícios econômicos associados


ao contrato fluirão para a entidade

Nos termos do CPC 17, quando a conclusão de um contrato de construção


puder ser estimada com confiabilidade, as receitas e os custos
associados ao contrato de construção devem ser reconhecidos
como receitas e despesas, respectivamente, tomando como
referência o estágio de execução (stage of completion) da atividade
contratual ao término do período de reporte.

Gabarito: D

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O CPC 17 ressalta que a entidade contratada (fornecedora dos serviços)


pode ter incorrido em custos que estejam relacionados com uma atividade
futura do contrato. Referidos custos contratuais devem ser reconhecidos
como ativo, caso seja provável que venham a ser recuperados. Esses custos
representam uma quantia devida pelo contratante (cliente) e muitas vezes
são classificados como trabalho em andamento.

Organizando essa teoria, temos:

Custos que estejam relacionados com uma atividade futura do


contrato

Representam uma quantia devida pelo contratante (cliente)


=
Direito da empresa contratada (fornecedora dos serviços)

Devem ser reconhecidos como ativo

O CPC 17 destaca, ainda, que a conclusão de um contrato de construção


só pode ser estimada com confiabilidade quando for provável que os
benefícios econômicos a ele associados fluirão para a entidade. Entretanto,
quando houver incerteza acerca da realização de quantia incluída na receita
do contrato e já reconhecida como receita na demonstração do resultado,
o montante não realizável ou cuja recuperação deixou de ser
provável deve ser reconhecido como despesa e não como ajuste às
receitas do contrato.

Estimativas Confiáveis 01699177899

Pessoal, conforme já estudamos, quando a conclusão de um contrato de


construção puder ser estimada com confiabilidade, as receitas e os
custos associados ao contrato de construção devem ser reconhecidos como
receitas e despesas, respectivamente, tomando como referência o estágio
de execução da atividade contratual ao término do período de reporte.

Pois bem... o CPC 17 nos informa algumas condições para que a empresa
considere uma estimativa como confiável. Além disso, estabelece alguns
detalhes na determinação do estágio de execução. Vamos estudar agora
esses pontos.

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# Detonando os CPCs: Pronunciamentos Contábeis esquematizados, resumidos e anotados #
Aula 11

Segundo o CPC 17, a entidade geralmente está em condições de fazer


estimativas confiáveis após firmar um contrato que estabeleça:
a) os direitos de cada uma das partes, exercíveis coercitivamente
(enforceable), no que diz respeito ao ativo a ser construído;
b) a contraprestação a ser dada em troca; e
c) a forma e os termos da liquidação.

Para tanto, é usualmente necessário que a entidade possua registros


financeiros e contábeis confiáveis e um sistema orçamentário eficaz. A
entidade deve rever e, quando necessário, revisar as estimativas da receita
e dos custos do contrato na medida em que o trabalho progride. A
necessidade de revisão não significa que a conclusão do contrato não possa
ser estimada com confiabilidade.

Assim, organizando essas condições dispostas no pronunciamento, temos:

Condições para que a empresa possa estimar confiavelmente a


conclusão de um contrato

Contrato deve estabelecer...

 os direitos de cada uma das partes, exercíveis coercitivamente;


 a contraprestação a ser dada em troca;
 a forma e os termos da liquidação

Além disso, é usualmente necessário ...

 registros financeiros;
 sistema orçamentário eficaz.
01699177899

Professor, e se essas condições não estiverem presentes, o que a empresa


deve fazer?

Nesses casos, o CPC 17 nos indica as seguintes orientações:

Quando a conclusão de um contrato de construção não puder ser estimada


com confiabilidade:

 a receita deve ser reconhecida somente na extensão em que seja


provável que os custos do contrato incorridos serão recuperados (1); e

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# Detonando os CPCs: Pronunciamentos Contábeis esquematizados, resumidos e anotados #
Aula 11

 os custos do contrato devem ser reconhecidos [imediatamente] como


despesa no período em que forem incorridos (2).

Além disso, o CPC 17 destaca que a perda esperada em um contrato de


construção deve ser reconhecida imediatamente como despesa.

Veja que o reconhecimento da perda é imediato! Aqui o examinador pode


afirmar que a perda pode ser reconhecida ao longo do tempo de execução
do contrato, de acordo com o estágio de execução induzindo você ao erro...
fique alerta!

O CPC 17 nos explica melhor esses pontos [(1) e (2)],, vamos transcrever
aqui esses itens, pois já foram alvo de exigência em prova, conforme
veremos na sequência.

(1) Durante os estágios iniciais de um contrato, muitas vezes, não é


possível estimar com confiabilidade a sua conclusão. Não obstante, pode
ser provável que a entidade consiga recuperar os custos do contrato
incorridos. Assim, a receita do contrato deve ser reconhecida
somente na extensão dos custos incorridos cuja recuperação seja
esperada. Uma vez que a conclusão do contrato não possa ser estimada
com confiabilidade, nenhum lucro deve ser reconhecido. Entretanto,
mesmo que a conclusão do contrato não possa ser estimada com
confiabilidade, pode ser provável que o total de custos exceda o total
de receitas do contrato. Nesses casos, qualquer excesso esperado
do total de custos sobre o total de receitas do contrato deve ser
reconhecido imediatamente como despesa.

(2) Os custos do contrato, cuja probabilidade de recuperação não seja


provável, devem ser reconhecidos imediatamente como despesa. O CPC 17
01699177899

fornece os seguintes exemplos de circunstâncias em que a recuperação dos


custos de um contrato incorridos pode não ser provável e, portanto, devem
ser reconhecidos imediatamente como despesa:
a) [contratos] que não dispõem de instrumentos de coerção para seu
cumprimento integral, isto é, sua validade pode ser seriamente
questionada;
b) [contratos] cuja conclusão está sujeita ao desfecho de litígio ou de
legislação pendente;
c) [contratos] relacionados com propriedades que tenham a possibilidade
de serem condenadas ou expropriadas;

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# Detonando os CPCs: Pronunciamentos Contábeis esquematizados, resumidos e anotados #
Aula 11

d) [contratos] em que o contratante (cliente) está impossibilitado de


cumprir com as suas obrigações; ou
e) [contratos] em que a entidade contratada (fornecedora dos serviços) é
incapaz de completar o contrato ou de cumprir com as suas obrigações,
nos termos do contrato.

Quando as incertezas, que impedem que a conclusão do contrato seja


estimada com confiabilidade, deixarem de existir, a receita e as despesas
associadas ao contrato de construção devem ser reconhecidas como
receitas e despesas, respectivamente, tomando como referência o estágio
de execução.

6. (FBC/Exame de Suficiência do CFC/Técnico em Contabilidade/2012.1)


Uma empresa industrial assinou um contrato, a preço fixo, de construção
de um bem, para entrega em 26 meses. Antes de iniciar a produção,
percebeu que era provável que os custos totais do contrato superariam a
receita total do contrato. Diante desse fato e com base na NBC TG 17, que
trata dos Contratos de Construção, a perda esperada deverá ser
reconhecida:
a) apenas no término do contrato.
b) imediatamente no resultado.
c) no final do contrato no caso das construtoras.
d) proporcionalmente à execução do contrato.

Segundo o CPC 17 (NBC TG 17), mesmo que a conclusão do contrato não


possa ser estimada com confiabilidade, pode ser provável que o total de
custos exceda o total de receitas do contrato. Nesses casos,
01699177899

qualquer excesso esperado do total de custos sobre o total de


receitas do contrato deve ser reconhecido imediatamente como
despesa (no resultado).

Gabarito: B

Pessoal, não sei se ficou claro que temos duas possibilidades no


reconhecimento das receitas e dos custos incorridos. Para ajudar a
visualizar, que tal esquematizar!

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Reconhecimento das receitas e dos custos incorridos (despesas)


(CPC 17 – Contratos de Construção)

A conclusão do contrato de construção pode ser ESTIMADA


COM CONFIABILIDADE?

SIM NÃO

A receita e as despesas associadas A receita deve ser reconhecida


ao contrato de construção devem ser somente na extensão em que seja
reconhecidas como receitas e provável que os custos do contrato
despesas, respectivamente, tomando incorridos serão recuperados;
como referência o estágio de
execução. Os custos do contrato devem ser
reconhecidos imediatamente como
despesa no período em que forem
incorridos.
Aplicação do Método da
Percentagem Completada
01699177899

Pessoal, essa sistemática de reconhecimento de receitas e despesas e a


aplicação do método da percentagem completada é o ponto central de todo
o CPC 17. Logo, se você entendeu essa lógica terá grande probabilidade de
detonar eventuais exigências sobre o CPC 17.

De qualquer forma, ainda nos restam alguns pontos para finalizar o CPC
17... vamos estudá-los! Moral nessa carcaça!

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# Detonando os CPCs: Pronunciamentos Contábeis esquematizados, resumidos e anotados #
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Como determinar o estágio de execução...

Nos termos do CPC 17, o estágio de execução (stage of completion) de um


contrato pode ser determinado de várias maneiras. A entidade deve usar o
método que mensure com confiabilidade o trabalho executado.

Dependendo da natureza do contrato, os métodos podem contemplar:


a) a proporção dos custos incorridos com o trabalho executado até a data,
vis-à-vis os custos totais estimados do contrato;
b) medição do trabalho executado; ou
c) evolução física do trabalho contratado.

Os pagamentos parcelados e os adiantamentos recebidos dos


clientes não refletem, necessariamente, o trabalho executado e não
devem servir de parâmetro para mensuração da receita.

Pessoal, esses “nãos” destacados são muito explorados pelos


examinadores. Veja como fica fácil elaborar uma questão teórica sobre esse
ponto.

7. (Questão Inédita) Segundo o CPC 17 (R1) – Contratos de Construção,


as receitas e os custos associados ao contrato de construção devem ser
reconhecidos como receitas e despesas, respectivamente, tomando como
referência o estágio de execução (stage of completion) da atividade
contratual ao término do período de reporte. Sobre o assunto, julgue o item
a seguir: 01699177899

Para mensurar com confiabilidade o trabalho executado, a empresa pode


usar como parâmetro os pagamentos parcelados e os adiantamentos
recebidos dos clientes, os quais acabam refletindo o trabalho executado e,
consequentemente, servem de parâmetro para mensuração da receita.

Veja, meus camaradas, que se o(a) candidato(a) não está ligado(a) no


assunto, provavelmente incorra em erro, pois o item parece bem razoável,
não é mesmo? Essa é outra forma clássica de elaboração de questões,
notadamente utilizada pelo CESPE.

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# Detonando os CPCs: Pronunciamentos Contábeis esquematizados, resumidos e anotados #
Aula 11

Conforme estudamos, os pagamentos parcelados e os adiantamentos


recebidos dos clientes não refletem, necessariamente, o trabalho
executado e não devem servir de parâmetro para mensuração da receita.

Gabarito: Errado

Segundo o CPC 17, quando o estágio de execução for determinado com


base nos custos do contrato incorridos até a data, somente aqueles custos
do contrato que reflitam o trabalho executado devem ser incluídos nos
custos incorridos até a data. São exemplos de custos do contrato que
não devem ser considerados como incorridos:

a) custos que se relacionem com as atividades futuras do contrato, tais


como os custos de materiais que tenham sido entregues no local da obra
ou reservados para posterior utilização, mas que não tenham sido
instalados, usados ou aplicados durante a execução do contrato, a menos
que tais materiais tenham sido produzidos especificamente para o contrato;
e
b) pagamentos antecipados a subcontratados por trabalho a ser executado
nos termos de um subcontrato.

RECONHECIMENTO DE PERDA ESPERADA

Galera, aqui nesse ponto basicamente o CPC 17 replica alguns pontos que
estudamos sobre reconhecimento de perda.

Nos termos do CPC 17, quando for provável que os custos totais do
contrato excederão a receita total do contrato, a perda esperada
deve ser reconhecida imediatamente como despesa.
01699177899

Nesse sentido, o montante de tal perda deve ser determinado


independentemente:
a) de ter sido iniciado ou não o trabalho relativo ao contrato;
b) do estágio de execução da atividade do contrato; ou
c) do montante de lucros que se tem a expectativa de advir de outros
contratos, que não são tratados como um contrato de construção único.

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ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS

Segundo o CPC 17, o método da percentagem completada deve ser


aplicado em base cumulativa, em cada período contábil, às
estimativas correntes de receita e de custos do contrato. Por essa
razão, os efeitos de mudança na estimativa da receita e dos custos do
contrato, ou os efeitos de mudança de estimativa na conclusão de um
contrato, devem ser contabilizados como uma mudança de estimativa
contábil, conforme estudaremos no âmbito do CPC 23 – Políticas Contábeis,
Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.

As estimativas alteradas devem ser usadas na determinação do


montante de receitas e despesas reconhecido na demonstração do
resultado, no período em que a mudança for feita e em períodos
subsequentes.
...

Bem... chegamos ao final de mais um Pronunciamento Técnico. Acredito


que com o que vimos acima estamos em totais condições de detonar
eventual exigência sobre o CPC 17. Lembrando que esse pronunciamento
vem sendo pouco exigido em provas, devido talvez à sua restrita
aplicabilidade. De qualquer forma, como o nosso objetivo é detonar
qualquer questão de prova sobre os CPCs, não podemos deixar qualquer
detalhe possível passar. Uma preparação de alto nível requer um maior
esforço, mas a recompensa certamente virá em breve. Vamos nos manter
motivados, pois a hora de estudar é agora. Depois que o edital sair fica
humanamente impossível estudar detalhadamente todos os tópicos
importantes dos Pronunciamentos.
01699177899

P.S. Todas as questões que encontramos sobre o CPC 17 estão na aula.


Caso você encontre mais questões, por favor me envie para que eu
comente e inclua na aula, ok?

Sugiro agora você dar um intervalo no estudo ou estudar outra disciplina


para, então, prosseguir na missão aqui com o estudo do CPC 20 – Custos
de Empréstimos. Agora se você está com “sangue nos olhos”, motivado e
com disposição, é claro que deve aproveitar ao máximo essa disposição.
Keep walking!

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CPC 20 (R1) – Custos dos Empréstimos

ASPECTOS INTRODUTÓRIOS

Objetivo

Galera, o objetivo do CPC 20 é estabelecer procedimentos quanto à


contabilização dos custos de empréstimos.

Alcance (aplicabilidade)

A entidade deve aplicar o CPC 20 na contabilização dos custos de


empréstimos de ativos qualificáveis (em regra), conforme definições abaixo
estudadas.

O Pronunciamento não trata do custo real ou imputado a títulos


patrimoniais (custo do capital próprio), incluindo ações preferenciais
classificadas no patrimônio líquido.

Além disso, o CPC 20 destaca que a entidade não é requerida a aplicar o


Pronunciamento aos custos de empréstimos diretamente atribuíveis à
aquisição, construção ou produção de:

a) ativo qualificável mensurado por valor justo, como, por exemplo, ativos
biológicos;
b) estoques que são manufaturados ou de outro modo produzidos, em larga
escala e em bases repetitivas. 01699177899

Definições

Custos de empréstimos  são juros e outros custos que a entidade


incorre em conexão com o empréstimo de recursos.

Segundo o CPC 20, os custos de empréstimos incluem:

a) encargos financeiros calculados com base no método da taxa efetiva


de juros como descrito nos CPC 08 e CPC 38;

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b) encargos financeiros relativos aos arrendamentos mercantis


financeiros reconhecidos de acordo com o CPC 06 – Operações de
Arrendamento Mercantil; e
c) variações cambiais decorrentes de empréstimos em moeda
estrangeira, na extensão em que elas sejam consideradas como ajuste,
para mais ou para menos, do custo dos juros.

Ativo qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um


período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda
pretendidos.

Dependendo das circunstâncias, um ou mais dos seguintes ativos podem


ser considerados ativos qualificáveis:

a) estoques;
b) plantas industriais para manufatura;
c) usinas de geração de energia;
d) ativos intangíveis;
e) propriedades para investimentos;
f) plantas portadoras.

O CPC 20 destaca que ativos financeiros e estoques que são


manufaturados, ou de outro modo produzidos, ao longo de um curto
período de tempo, não são ativos qualificáveis.

Além disso, os ativos que estão prontos para seu uso ou venda
pretendidos quando adquiridos não são ativos qualificáveis. Exemplo
clássico desses ativos são as mercadorias para revenda.

Pessoal, esses exemplos costumam ser uma boa fonte para exigências em
01699177899

provas. Vamos ver como pode ser exigido na sua prova?

8. (Questão inédita) Segundo o CPC 20 (R1) – Custos de Empréstimos,


ativo qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um período
de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos.
Os ativos que estão prontos para seu uso ou venda pretendidos quando
adquiridos são exemplos de ativos qualificáveis.

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Para fixar! O CPC 20 destaca que ativos financeiros e estoques que são
manufaturados, ou de outro modo produzidos, ao longo de um curto
período de tempo, não são ativos qualificáveis. Além disso, os ativos que
estão prontos para seu uso ou venda pretendidos quando
adquiridos não são ativos qualificáveis.

Gabarito: Errado

Agora vamos ver um “exemplo real” de exigência. Para variar a FCC encheu
a questão de detalhes para acabar com os aventureiros.

9. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-RO/2013) A Cia. Tetra


comercializa equipamentos de informática e, em 01/01/2013, obteve um
empréstimo bancário para compra de mercadorias para revenda no valor
de R$ 105.000,00 para ser pago em 4 prestações mensais de R$ 27.575,49
cada, com vencimento da primeira parcela em 31/01/2013. A empresa
adquiriu mercadorias no valor de R$ 100.000,00 em 01/02/2013, sendo
totalmente revendidas para um único cliente em 31/03/2013 para
recebimento em abril de 2013. Sabendo que a taxa efetiva de juros do
empréstimo é de 2% ao mês, é correto afirmar que a Cia. Tetra
a) deveria capitalizar R$ 2.000,00 de custos dos empréstimos para os
estoques.
b) deveria capitalizar R$ 2.100,00 de custos dos empréstimos para os
estoques.
c) deveria capitalizar R$ 4.040,00 de custos dos empréstimos para os
01699177899

estoques.
d) deveria capitalizar R$ 2.661,28 de custos dos empréstimos para os
estoques.
e) não poderia capitalizar custos dos empréstimos para os estoques.

Veja que nesse caso temos uma aquisição de mercadorias para revenda.
Conforme estudamos, mercadorias para revenda não se enquadram no
conceito de ativo qualificável. Logo, a empresa não pode capitalizar custos
de empréstimos para o estoque dessas mercadorias. Nesse caso, ela deve
apropriar esses custos como despesa no período em que forem incorridos,
conforme veremos na sequência da aula.

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Gabarito: E

RECONHECIMENTO

Segundo o CPC 20, a entidade deve capitalizar os custos de


empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou
produção de ativo qualificável como parte do custo do ativo. A
entidade deve reconhecer os outros custos de empréstimos como
despesa no período em que são incorridos. Assim, temos:

Custos de empréstimos diretamente atribuíveis  reconhecido


como ativo
Outros custos de empréstimos  reconhecido como despesa

O CPC 20 destaca os seguintes requisitos para capitalizar os custos de


empréstimos diretamente atribuíveis como parte do custo do ativo:

 deve ser provável que eles irão resultar em benefícios econômicos


futuros para a entidade; e
 tais custos devem ser mensurados com confiabilidade.

Veja que o CPC 20 apenas aplica aqui os critérios para reconhecimento dos
ativos de um modo geral. Para reconhecer qualquer ativo esses dois
critérios devem ser satisfeitos. Logo, o CPC 20 apenas reforça isso.

Vamos ver mais uma questão teórica sobre o que estudamos até o
momento!

01699177899

10. (FUNCAB/Analista de Contabilidade/PRODAM-AM/2014) Os custos de


empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, à construção ou
à produção de ativo qualificável formam parte do custo de tal ativo. Com
relação aos aspectos relativos aos custos de empréstimos, é correto
afirmar:
a) Dependendo das circunstâncias, uma usina de geração de energia pode
ser considerada um ativo qualificável.
b) Os custos de empréstimos incluem os dividendos pagos em que a
entidade incorre em conexão com o empréstimo de recursos.

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c) Os custos de empréstimos incluem as variações cambiais decorrentes de


empréstimos em moeda estrangeira na medida em que elas são
consideradas como provisões, para mais ou para menos, do custo dos
juros.
d) Os estoques que são manufaturados, ou produzidos, ao longo de um
curto período de tempo, são ativos qualificáveis.
e) Os custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição,
à construção ou à produção de ativo qualificável devem ser capitalizados
como parte do custo do ativo, quando for improvável que eles resultarão
em benefícios econômicos futuros para a entidade e que tais custos possam
ser mensurados com segurança.

Vamos analisar as opções.

a. Certo. Segundo o CPC 20, dependendo das circunstâncias, um ou mais


dos seguintes ativos podem ser considerados ativos qualificáveis:

a) estoques;
b) plantas industriais para manufatura;
c) usinas de geração de energia;
d) ativos intangíveis;
e) propriedades para investimentos;
f) plantas portadoras.

b. Errado. Não há essa previsão no CPC 20. Vale destacar que o CPC 20
não trata do custo real ou imputado a títulos patrimoniais (custo do capital
próprio), incluindo ações preferenciais classificadas no patrimônio líquido.

c. Errado. Segundo o CPC 20, os custos de empréstimos incluem:


[...] 01699177899

c) variações cambiais decorrentes de empréstimos em moeda


estrangeira, na extensão em que elas sejam consideradas como ajuste,
para mais ou para menos, do custo dos juros.

Veja que o examinador alterou a expressão “ajuste” por “provisões”,


tornando a opção errada.

d. Errado. O CPC 20 destaca que ativos financeiros e estoques que são


manufaturados, ou de outro modo produzidos, ao longo de um curto
período de tempo, não são ativos qualificáveis.

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e. Errado. Os custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à


aquisição, à construção ou à produção de ativo qualificável devem ser
capitalizados como parte do custo do ativo, quando for provável que eles
resultarão em benefícios econômicos futuros para a entidade e que tais
custos possam ser mensurados com segurança.

Gabarito: A

Agora, que tal ver uma questão padrão FGV, atualmente a banca mais
temível na exigência dos CPCs!?

11. (FGV/Contador Corporativo/CODEMIG/2015) A Cia. Invest, após


criterioso estudo de demanda e viabilidade, decidiu construir um edifício
empresarial na principal avenida da cidade, com custos estimados em R$ 7
milhões, e prazo de três anos para construção. Como não dispunha do
capital para o investimento, a Cia. Invest recorreu ao crédito bancário. Não
obtendo aprovação integral em nenhum dos bancos, a entidade optou por
aceitar as taxas e condições de três instituições diferentes para levantar os
recursos necessários. Os empréstimos foram obtidos conforme
apresentado no quadro em janeiro de 20x5.

Nas demonstrações contábeis de 20x5, o valor que poderá ser capitalizado


01699177899

como custo de construção do edifício empresarial, de acordo com o CPC 20


(R1) - Custos de Empréstimos é:
a) R$ 901.250,00;
b) R$ 987.500,00;
c) R$ 1.287.500,00;
d) R$ 2.703.750,00;
e) não deverá reconhecer os juros no custo de construção, pois o edifício
empresarial não é um ativo qualificável.

Veja que logo no início a banca nos fornece algumas características que
permitem enquadrar a construção do edifício como um ativo qualificável,

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pois demanda três anos para construção, ou seja, demanda um período de


tempo substancial para ficar pronto para uso. Lembre-se do conceito de
ativo qualificável:

Ativo qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um


período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda
pretendidos.

Com isso já excluímos a opção “E”. Agora vamos ver quanto que poderá
ser capitalizado. Para tanto, vamos calcular os custos dos empréstimos
obtidos:

Banco A  2.500.000,00 x 12,5% = 312.500,00


Banco B  4.500.000,00 x 15% = 675.000,00
Banco C  3.000.000,00 x 10% = 300.000,00
Total dos empréstimos = 1.287.500,00

A banca não deixou claro, mas percebe-se que foram obtidos 10 milhões
de empréstimos, sendo apenas 7 milhões utilizados para a construção do
edifício, ou seja, 70%.

Assim, poderá ser capitalizado 70% de 1.287.500,00, totalizando


901.250,00.

Gabarito: A

CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS ELEGÍVEIS À CAPITALIZAÇÃO

O CPC 20 informa que os custos de empréstimos que são atribuíveis


diretamente à aquisição, construção ou produção de um ativo qualificável
01699177899

são aqueles que seriam evitados se os gastos com o ativo qualificável não
tivessem sido feitos. Quando a entidade toma emprestados recursos
especificamente com o propósito de obter um ativo qualificável particular,
os custos do empréstimo que são diretamente atribuíveis ao ativo
qualificável podem ser prontamente identificados.

Nesse sentido, na extensão em que a entidade toma recursos emprestados


especificamente com o propósito de obter um ativo qualificável, a entidade
deve determinar o montante dos custos dos empréstimos elegíveis
à capitalização como sendo aqueles efetivamente incorridos sobre
tais empréstimos durante o período, menos qualquer receita

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financeira decorrente do investimento temporário de tais


empréstimos (1).

(1) Os contratos financeiros para um ativo qualificável podem resultar em a entidade


obter recursos de empréstimos e incorrer em custos de empréstimos associados antes que
parte ou todos os recursos sejam utilizados para gastos com o ativo qualificável. Nessas
circunstâncias, os recursos são frequentemente investidos até que se incorra em gastos
com o ativo qualificável. Na determinação do montante de custos de empréstimos elegíveis
à capitalização durante o período, quaisquer receitas financeiras ganhas sobre tais
recursos devem ser deduzidas dos custos dos empréstimos incorridos.

Ainda sobre o assunto, o CPC 20 estabelece que à medida que a entidade


toma recursos emprestados sem destinação específica e os utiliza com o
propósito de obter um ativo qualificável, a entidade deve determinar o
montante dos custos dos empréstimos elegíveis à capitalização aplicando
uma taxa de capitalização aos gastos com o ativo. A taxa de
capitalização deve ser a média ponderada dos custos dos
empréstimos aplicáveis aos empréstimos da entidade que
estiveram vigentes durante o período, que não sejam os
empréstimos feitos especificamente com o propósito de obter um
ativo qualificável.

Esse tópico já foi exigido pela FCC, senão vejamos:

12. (FCC/Analista de Controle Externo/Contabilidade/TCE-GO/2014) O


montante dos custos dos empréstimos elegíveis à capitalização que são
tomados sem que a entidade identifique de forma específica para quais
ativos qualificáveis serão utilizados para aquisição deve utilizar como taxa
01699177899

de capitalização
a) a variação da taxa SELIC vigente durante o período dos empréstimos,
que não sejam os empréstimos feitos especificamente com o propósito de
obter um ativo qualificável.
b) o custo total de empréstimos da entidade que estiveram vigentes
durante o período, que não sejam os empréstimos feitos especificamente
com o propósito de obter um ativo qualificável.
c) a média ponderada dos custos dos empréstimos aplicáveis aos
empréstimos da entidade que estiveram vigentes durante o período, que
não sejam os empréstimos feitos especificamente com o propósito de obter
um ativo qualificável.

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Aula 11

d) a variação da TJLP vigente durante o período dos empréstimos, que não


sejam os empréstimos feitos especificamente com o propósito de obter um
ativo qualificável.
e) a média ponderada dos custos do total de empréstimos da entidade que
estiveram vigentes durante o período, que não sejam os empréstimos feitos
especificamente com o propósito de obter um ativo qualificável.

Para fixar! A taxa de capitalização deve ser a média ponderada dos


custos dos empréstimos aplicáveis aos empréstimos da entidade
que estiveram vigentes durante o período, que não sejam os
empréstimos feitos especificamente com o propósito de obter um
ativo qualificável.

Gabarito: C

Além disso, o CPC 20 destaca que o montante dos custos de empréstimos


que a entidade capitaliza durante um período não deve exceder o montante
dos custos de empréstimos incorridos durante esse período. Bem óbvio,
não é mesmo?!

EXCESSO DO VALOR CONTÁBIL DO ATIVO QUALIFICÁVEL SOBRE O MONTANTE


RECUPERÁVEL

Segundo o CPC 20, quando o valor contábil ou o custo final esperado do


ativo qualificável exceder seu montante recuperável ou valor líquido de
realização, o valor contábil deve ser baixado de acordo com requerido no
CPC 01 (Redução ao valor Recuperável de Ativos). Em certas
circunstâncias, o montante da baixa pode ser revertido de acordo com o
CPC 01. 01699177899

INÍCIO DA CAPITALIZAÇÃO

Segundo o CPC 20, a entidade deve iniciar a capitalização dos custos


de empréstimos como parte do custo de um ativo qualificável na data de
início.

Sério? Sacanagem, né pessoal... “a entidade deve iniciar a capitalização na


data de início” rsrsrs

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Mas, fica na paz que o CPC 20 explica o que seria essa data de início rsrsrs

A data de início para a capitalização é a primeira data em que a entidade


satisfaz todas as seguintes condições:

a) incorre em gastos com o ativo;


b) incorre em custos de empréstimos; e
c) inicia as atividades que são necessárias ao preparo do ativo para seu uso
ou venda pretendidos.

Segundo o CPC 20, gastos com o ativo qualificável incluem somente


aqueles gastos que resultam em pagamento em caixa,
transferências de outros ativos ou assunção de passivos onerosos.
Gastos são reduzidos por meio de qualquer recebimento intermediário e
subvenção recebida relacionada ao ativo. O saldo contábil médio do ativo
durante um período, incluindo os custos de empréstimos anteriormente
capitalizados, constitui normalmente uma aproximação razoável dos gastos
sobre os quais a taxa de capitalização deve ser aplicada nesse período.

Finalizando esse tópico, o CPC 20 esclarece que as atividades necessárias


ao preparo do ativo para seu uso ou venda pretendidos abrangem mais do
que a construção física do ativo. Elas incluem trabalho técnico e
administrativo anterior ao início da construção física, tais como atividades
associadas à obtenção de permissões para o início da construção física.
Entretanto, tais atividades excluem a de manter um ativo quando nenhuma
produção ou nenhum desenvolvimento que altere as condições do ativo
estiverem sendo efetuados.

Exemplo: os custos de empréstimos incorridos enquanto um terreno está


em preparação devem ser capitalizados durante o período em que tais
01699177899

atividades relacionadas ao desenvolvimento estiverem sendo executadas.


Entretanto, custos de empréstimos incorridos enquanto o terreno adquirido
para fins de construção for mantido sem nenhuma atividade de preparação
associada não se qualificam para capitalização.

SUSPENÇÃO DA CAPITALIZAÇÃO

A entidade deve suspender a capitalização dos custos de


empréstimos durante períodos extensos em que suspender as
atividades de desenvolvimento de um ativo qualificável.

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Exemplo: uma empresa de construção civil está construindo uma grande


rodovia e, por restrições orçamentárias e financeiras, necessita suspender
suas atividades por 3 meses. Nesse caso, a entidade deve suspender
paralelamente a capitalização dos custos de empréstimos. Mais um item
bem lógico do CPC 20. Veja que o CPC 20 “fala” em “períodos extensos”.
Logo, nesse exemplo, se a obra parasse por uma semana não haveria
necessidade de suspensão da capitalização dos custos de empréstimos.

O CPC 20 explica que a entidade pode incorrer em custos de empréstimos


durante um período extenso em que as atividades necessárias ao preparo
do ativo para seu uso ou venda pretendidos estão suspensas. Tais custos
são custos de se manter os ativos parcialmente concluídos e não se
qualificam para capitalização. Entretanto, a entidade normalmente não
suspende a capitalização dos custos de empréstimos durante um
período em que substancial trabalho técnico e administrativo está
sendo executado.

A entidade também não deve suspender a capitalização de custos


de empréstimos quando um atraso temporário é parte necessária
do processo de concluir o ativo para seu uso ou venda pretendidos.
Por exemplo, a capitalização deve continuar ao longo do período em que o
nível elevado das águas atrasar a construção de uma ponte, se tal nível
elevado das águas for comum durante o período de construção na região
geográfica envolvida.

Pessoal, esses detalhes de suspensão de prazo vislumbro como uma boa


oportunidade para o examinador exigir em prova. Quer um exemplo de
como pode ser exigido na sua prova? Então se liga na questão abaixo:
01699177899

13. (Questão Inédita) A empresa Construtora S.A está em fase de


construção de uma ponte para interligar duas importantes regiões
produtoras de arroz da região da campanha no centro-oeste do Estado do
Rio Grande do Sul. A entidade vem aplicando as disposições presentes no
CPC 20 (R1) – Custos de Empréstimos para capitalizar os custos de
empréstimos diretamente atribuíveis à construção da ponte (ativo
qualificável) como parte do custo do ativo. No entanto, referida região

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historicamente é afetada por fortes chuvas no mês de julho, elevando o


nível de águas da região e consequentemente causando atraso nas obras,
o qual se mostra necessário para o processo de conclusão da ponte. Nesse
sentido, considerando as disposições do CPC 20, assinale a opção que indica
o procedimento correto a ser adotado pela empresa Construtora S.A.

a) a empresa deverá suspender a capitalização de custos de empréstimos


tendo em vista o atraso temporário ocorrido pelo período de chuvas na
região geográfica na qual está sendo realizada a construção da ponte.
b) nesse período de atraso temporário, a empresa deverá considerar os
custos de empréstimos como despesa do período.
c) a empresa não deverá suspender a capitalização de custos de
empréstimos nesse período de atraso temporário das obras apenas se
houver substancial trabalho técnico e administrativo sendo executado.
d) a empresa não deverá suspender a capitalização de custos de
empréstimos tendo em vista que o atraso temporário é necessário para à
conclusão da construção da ponte.
e) a empresa deverá suspender a capitalização de custos de empréstimos
mesmo que nesse período ela aproveite para executar trabalhos técnicos e
administrativos.

Conforme estudamos, segundo o CPC 20, a entidade normalmente não


suspende a capitalização dos custos de empréstimos durante um
período em que substancial trabalho técnico e administrativo está
sendo executado.

A entidade também não deve suspender a capitalização de custos


de empréstimos quando um atraso temporário é parte necessária
do processo de concluir o ativo para seu uso ou venda pretendidos.
01699177899

No caso apresentado pela questão, como o atraso é plenamente justificado


pelo histórico de chuvas da região no período e é necessário para o bom
andamento da obra e da conclusão da construção da ponte, a entidade
deve, portanto, continuar a capitalizar o custo de empréstimos.

Gabarito: D

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CESSAÇÃO DA CAPITALIZAÇÃO

Segundo o CPC 20, a entidade deve cessar a capitalização dos custos


de empréstimos quando substancialmente todas as atividades
necessárias ao preparo do ativo qualificável para seu uso ou venda
pretendidos estiverem concluídas.

Já ouviu aquele ditado “só termina quando acaba!”? Pois é... basicamente
é essa a ideia do CPC 20, só que não! #SQN Rsrsrs

Como assim, professor! Calma... veja os próximos dispositivos do CPC 20.

O CPC 20 informa que um ativo normalmente está pronto para seu uso ou
venda pretendidos quando a construção física do ativo estiver
finalizada, mesmo que trabalho administrativo de rotina possa ainda
continuar.

Veja que se ainda existir rotinas administrativas relacionadas à construção


do ativo, a empresa pode já considerar como pronto para uso ou venda,
conforme o caso.

Além disso, nos termos do CPC 20, se modificações menores, tal como
a decoração da propriedade sob especificações do comprador ou do
usuário, resumirem-se a tudo o que está faltando, isso é indicador
de que substancialmente todas as atividades estão completas.

Assim, chegamos à seguinte conclusão:

01699177899

A entidade deve cessar a capitalização dos custos de empréstimos


quando substancialmente todas as atividades necessárias ao
preparo do ativo qualificável para seu uso ou venda pretendidos
estiverem concluídas.

Atenção! Mesmo se trabalho administrativo de rotina possa ainda


continuar ou, ainda, se modificações menores resumirem-se a tudo
o que está faltando, a empresa deve cessar a capitalização dos
custos de empréstimos.

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Ainda, segundo o CPC 20, quando a entidade completa a construção de um


ativo qualificável em partes e cada parte pode ser utilizada enquanto a
construção de outras partes continua, a entidade deve cessar a
capitalização dos custos de empréstimos quando completar
substancialmente todas as atividades necessárias ao preparo dessa parte
para seu uso ou venda pretendidos.

Assim, a capitalização dos custos de empréstimos pode cessar por


partes, à medida que o ativo for ficando pronto, desde que cada parte
possa ser utilizada enquanto a construção de outras partes continua.

Exemplos (CPC 20):

Um centro de negócios compreendendo diversos edifícios, cada um deles


podendo ser utilizado individualmente, é um exemplo de ativo qualificável
no qual cada parte está em condições de ser utilizada enquanto a
construção das outras partes continua. Um exemplo de ativo qualificável
que precisa estar completo antes de qualquer parte poder ser utilizada é
uma planta industrial que envolve diversos processos que são executados
sequencialmente nas diversas partes da planta no mesmo local, tal como
uma siderúrgica.

DIVULGAÇÃO

Segundo o CPC 20, a entidade deve divulgar:

a) o total de custos de empréstimos capitalizados durante o período; e


b) a taxa de capitalização utilizada na determinação do montante dos
01699177899

custos de empréstimos elegíveis à capitalização.

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Pessoal, conforme já comentamos, todas as questões que encontrei sobre


o CPC 17 estão comentadas na aula. Para o CPC 20, além das questões já
comentadas ao longo da aula, encontrei mais três questões as quais
passamos a analisar a seguir. Caso você tenha encontrado mais alguma
questão sobre o assunto, favor encaminhe para que possamos comentá-la
e editar a nossa aula, se for o caso.

Questões Comentadas

14. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/2011) A empresa Revisa S.A. foi


contratada para ampliar a estrada de ferro Norte Leste. No período de
inverno a região sofre muitos alagamentos, forçando a suspensão das obras
por três meses. Com relação à capitalização dos custos dos empréstimos a
empresa deve
a) suspender a contabilização, em decorrência dos fenômenos naturais.
b) contabilizar somente 50% dos custos dos empréstimos.
c) encerrar a ativação e considerar a partir dessa data como despesa.
d) continuar contabilizando normalmente.
e) registrar somente 25% dos custos dos empréstimos.

Conforme estudamos, a entidade não deve suspender a capitalização


de custos de empréstimos quando um atraso temporário é parte
necessária do processo de concluir o ativo para seu uso ou venda
pretendidos. Por exemplo, a capitalização deve continuar ao longo do
período em que o nível elevado das águas atrasar a construção de uma
01699177899

ponte, se tal nível elevado das águas for comum durante o período de
construção na região geográfica envolvida.

Veja que o caso apresentado na questão se insere dentro do contexto


apresentado no item acima do CPC 20.

Gabarito: D

15. (CESGRANRIO/Profissional Básico/Ciências Contábeis/BNDES/2013)


De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 20(R1), aprovado pela

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Deliberação CVM no 672, de 20 de outubro de 2011, que trata de custos


de empréstimos, um ativo qualificável é aquele que
a) é utilizado de imediato, mas somente como ativo de renda.
b) é financiado integralmente por capitais de terceiros de longo prazo.
c) demora um período substancial para ficar pronto para uso ou venda.
d) fica pronto em curto prazo, sendo financiado por capital de terceiros de
longo prazo.
e) tem prazo curto para ficar pronto, desde que financiado a curto prazo.

Conforme estudamos,

Ativo qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um


período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda
pretendidos.

Gabarito: C

16. (CESPE/Analista Legislativo/Câmara dos Deputados/2014) Julgue os


itens a seguir, relativos aos fundamentos de contabilidade aplicados à
contabilidade empresarial.

A empresa que obtiver um empréstimo de longo prazo para a construção


de um ativo qualificável deve reconhecer os juros desse empréstimo como
despesa do período em que o empréstimo tiver sido autorizado.

Conforme estudamos, a empresa que obtiver um empréstimo de longo


prazo para a construção de um ativo qualificável deve reconhecer os juros
desse empréstimo como parte do custo do ativo desde que seja provável
que esses juros pagos irão resultar em benefícios econômicos futuros para
a entidade e que tais custos possam ser mensurados com confiabilidade.
01699177899

Gabarito: Errado

...

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Feito o carreto! Mais um Pronunciamento “detonado”! De batalha em


batalha vamos vencendo essa guerra! Até a próxima aula!

Bons estudos!
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Resumo da Aula

Contrato de construção  é um contrato especificamente negociado para a construção de um ativo ou de uma


combinação de ativos que estejam diretamente interrelacionados ou interdependentes em função da sua concepção,
tecnologia e função ou do seu propósito ou uso final.

Os contratos de construção devem ser classificados como contratos de preço fixo (fixed price) e contratos de custo
mais margem (cost plus).

Contrato de preço fixo (fixed price)  é um contrato de construção segundo o qual a entidade contratada (fornecedora
dos serviços) concorda com o preço pré-fixado ou com a taxa pré- fixada, por unidade concluída que, em alguns casos,
está sujeito às cláusulas de custos escalonados (cost escalation clauses).

Contrato de custo mais margem (cost plus)  é um contrato de construção segundo o qual a entidade contratada
(fornecedora dos serviços) deve ser reembolsada por custos projetados e aprovados pelas partes - ou de outra forma
definidos acrescido de percentual sobre tais custos ou por remuneração fixa pré-determinada.

A receita do contrato de construção deve ser mensurada ao valor justo da contraprestação recebida ou a receber e
compreende ...
CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO (CPC 17)

Os custos do contrato devem compreender:


a) os custos que estejam relacionados diretamente com um contrato específico;
b) os custos que sejam atribuíveis à atividade do contrato de modo geral e possam ser alocados ao contrato; e
c) outros custos que sejam especificamente imputáveis ao contratante (cliente), de acordo com os termos do contrato.
01699177899

O CPC 17 nos fornece os seguintes exemplos de custos relacionados diretamente a um contrato específico:

Custos relacionados diretamente a um contrato específico


Custos de mão de obra no local, incluindo supervisão no local;
Custos de materiais usados na construção;
Depreciação de ativos fixos tangíveis utilizados no contrato;
Custos para levar ou retirar do local os ativos fixos tangíveis e os materiais necessários à execução da
obra;
Custos de aluguel de instalações e equipamentos;
Custos de concepção e de assistência técnica que estejam diretamente relacionados com o contrato;
Custos estimados de retificação e garantia, incluindo os custos esperados de prestação de garantia
futura;
Reivindicações de terceiros.

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O CPC 17 nos fornece os seguintes exemplos de custos que podem ser atribuíveis à atividade do contrato de modo
geral e imputados a contratos específicos:

Custos que podem ser atribuíveis à atividade do contrato de modo geral e imputados a contratos
específicos
Prêmios de apólice de seguro;
Custos de concepção e assistência técnica que não estejam diretamente relacionados a um contrato
específico;
Gastos gerais de construção (overhead);
Custos de Empréstimos

O CPC 17 destaca que os gastos que não podem ser atribuídos à atividade do contrato ou não podem ser alocados ao
contrato devem ser excluídos dos custos do contrato de construção. O pronunciamento nos fornece os seguintes
exemplos:

Gastos que não podem ser atribuídos à atividade do contrato


Gastos gerais administrativos para os quais o reembolso não esteja previsto no contrato;
Despesas de venda;
CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO (CPC 17)

Despesas com pesquisa e desenvolvimento para os quais o reembolso não esteja previsto no contrato;
Depreciação de instalações e equipamentos ociosos que não sejam usados em um contrato em particular.

Quando a conclusão de um contrato de construção puder ser estimada com confiabilidade, as receitas e os custos
associados ao contrato de construção devem ser reconhecidos como receitas e despesas, respectivamente, tomando
como referência o estágio de execução (stage of completion) da atividade contratual ao término do período de reporte.

A perda esperada com o contrato de construção, por sua vez, deve ser reconhecida imediatamente como despesa.

A conclusão do contrato de construção pode ser estimada com confiabilidade quando todas as condições
seguintes estiverem satisfeitas...
Contrato de preço fixo (fixed price)
 A receita do contrato puder ser mensurada com confiabilidade;
 For provável que os benefícios econômicos associados ao contrato fluirão para a entidade;
 Tanto os custos para concluir o contrato quanto o estágio de execução da atividade contratual puderem
ser mensurados com confiabilidade, ao término do período de reporte;
 Os custos atribuíveis ao contrato puderem ser claramente identificados e mensurados com confiabilidade
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de forma tal que os custos atuais incorridos possam ser comparados com estimativas anteriores.
Custo mais margem (cost plus)
 For provável que os benefícios econômicos associados ao contrato fluirão para a entidade;
 Os custos atribuíveis ao contrato, quer sejam especificamente reembolsáveis ou não, puderem ser
claramente identificados e mensurados com confiabilidade.

Método da Percentagem Completada

Segundo o CPC 17, o reconhecimento da receita e das despesas tendo como referência o estágio de execução do
contrato é usualmente denominado como Método da Percentagem Completada.

Por esse método, a receita contratual é confrontada com os custos contratuais incorridos à medida que cada estágio
de execução do trabalho é alcançado, fato que resulta na divulgação de receitas, despesas e lucro que podem ser
atribuídos à proporção do trabalho realizado.

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Custos que estejam relacionados com uma atividade futura do contrato

Representam uma quantia devida pelo contratante (cliente)


=
Direito da empresa contratada (fornecedora dos serviços)

Devem ser reconhecidos como ativo

Condições para que a empresa possa estimar confiavelmente a conclusão de um contrato

Contrato deve estabelecer...


 os direitos de cada uma das partes, exercíveis coercitivamente;
 a contraprestação a ser dada em troca;
 a forma e os termos da liquidação

Além disso, é usualmente necessário ...


CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO (CPC 17)

 registros financeiros;
 sistema orçamentário eficaz.

01699177899

Quando for provável que os custos totais do contrato excederão a receita total do contrato, a perda esperada deve
ser reconhecida imediatamente como despesa.

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A entidade deve aplicar o CPC 20 na contabilização dos custos de empréstimos de ativos qualificáveis (em regra).

Custos de empréstimos  são juros e outros custos que a entidade incorre em conexão com o empréstimo de recursos.

Ativo qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto
para seu uso ou venda pretendidos.

Ativos financeiros e estoques que são manufaturados, ou de outro modo produzidos, ao longo de um curto período
de tempo, não são ativos qualificáveis. Os ativos que estão prontos para seu uso ou venda pretendidos quando
adquiridos não são ativos qualificáveis. Exemplo clássico desses ativos são as mercadorias para revenda.

Reconhecimento
A entidade deve capitalizar os custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou
produção de ativo qualificável como parte do custo do ativo. A entidade deve reconhecer os outros custos de
empréstimos como despesa no período em que são incorridos. Assim, temos:

Custos de empréstimos diretamente atribuíveis  reconhecido como ativo


Outros custos de empréstimos  reconhecido como despesa

Custos de Empréstimos elegíveis à capitalização


A entidade deve determinar o montante dos custos dos empréstimos elegíveis à capitalização como sendo aqueles
efetivamente incorridos sobre tais empréstimos durante o período, menos qualquer receita financeira decorrente do
CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS (CPC 20)

investimento temporário de tais empréstimos.


A taxa de capitalização deve ser a média ponderada dos custos dos empréstimos aplicáveis aos empréstimos da
entidade que estiveram vigentes durante o período, que não sejam os empréstimos feitos especificamente com o
propósito de obter um ativo qualificável.

Início da Capitalização
A entidade deve iniciar a capitalização dos custos de empréstimos como parte do custo de um ativo qualificável na
data de início , ou seja, a primeira data em que a entidade satisfaz todas as seguintes condições:

a) incorre em gastos com o ativo;


b) incorre em custos de empréstimos; e
c) inicia as atividades que são necessárias ao preparo do ativo para seu uso ou venda pretendidos.
Gastos com o ativo qualificável incluem somente aqueles gastos que resultam em pagamento em caixa,
transferências de outros ativos ou assunção de passivos onerosos.

Suspensão da Capitalização
A entidade deve suspender a capitalização dos custos de empréstimos durante períodos extensos em que suspender
as atividades de desenvolvimento de um ativo qualificável.
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A entidade normalmente não suspende a capitalização dos custos de empréstimos durante um período em que
substancial trabalho técnico e administrativo está sendo executado.

A entidade também não deve suspender a capitalização de custos de empréstimos quando um atraso temporário é
parte necessária do processo de concluir o ativo para seu uso ou venda pretendidos.
Cessação da Capitalização
A entidade deve cessar a capitalização dos custos de empréstimos quando substancialmente todas as atividades
necessárias ao preparo do ativo qualificável para seu uso ou venda pretendidos estiverem concluídas.

Atenção! Mesmo se trabalho administrativo de rotina possa ainda continuar ou, ainda, se modificações menores
resumirem-se a tudo o que está faltando, a empresa deve cessar a capitalização dos custos de empréstimos.

A capitalização dos custos de empréstimos pode cessar por partes, à medida que o ativo for ficando pronto, desde
que cada parte possa ser utilizada enquanto a construção de outras partes continua.

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1. (Questão inédita) Nos termos do CPC 17 (R1) – Contratos de Construção,


os custos do contrato devem compreender os custos que estejam relacionados
diretamente com um contrato específico; os custos que sejam atribuíveis à
atividade do contrato de modo geral e possam ser alocados ao contrato; e outros
custos que sejam especificamente imputáveis ao contratante (cliente), de
acordo com os termos do contrato. Nesse sentido, são exemplos de custos
relacionados diretamente a um contrato específico, exceto:
a) custos de mão de obra no local, incluindo supervisão no local
b) custos de materiais usados na construção
c) gastos gerais de construção
d) reivindicações de terceiros
e) custos estimados de retificação e garantia

2. (Questão inédita) Acerca das disposições estabelecidas no CPC 17 (R1) –


Contratos de Construção, julgue o item a seguir:

Entre os custos relacionados diretamente a um contrato específico, estão


inclusos os custos estimados de retificação e garantia, exceto os custos
esperados de prestação de garantia futura, por ainda não ter ocorrido o fato
gerador.

3. (FBC/Exame de Suficiência do CFC/Bacharel/2015.2) Uma Sociedade


Empresária assina um contrato de longo prazo, para a construção de um navio.
O preço atual do navio é de R$390.000,00, e o custo estimado da obra é de
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R$285.000,00.

No primeiro ano, a Sociedade Empresária incorre em custos, no valor de


R$67.500,00, diretamente vinculados à produção do navio.

Com base nos dados apresentados e considerando-se a NBC TG 30 – Receitas e


a NBC TG 17 – Contratos de Construção, especificamente, Método da
Percentagem Completada, o valor do Lucro Bruto a ser apresentado pela
empresa no primeiro ano é de:
a) R$11.682,69.
b) R$15.986,84.

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c) R$24.868,42.
d) R$92.368,42.

4. (FGV/Analista/Contabilidade/DPE-MT/2015) Um estaleiro constrói navios por


períodos de longo prazo. Em janeiro de 2013 ele assinou um contrato para
construção de um navio no valor total de R$ 800.000,00. Para a obra são
estimados R$ 500.000,00 de custos totais.

No ano de 2013 a empresa incorreu em R$ 80.000,00 de custos.

Considerando apenas esses fatos, assinale o valor do resultado bruto na


Demonstração do Resultado do Exercício da empresa, em 31/12/2013.
a) -R$ 80.000,00.
b) R$ 30.000,00.
c) R$ 48.000,00.
d) R$ 300.000,00.
e) R$ 720.000,00.

5. (VUNESP/Agente/Contábil e Financeiro/CM Jabo/2015) A respeito do


reconhecimento de receita na demonstração financeira de uma entidade,
quando a conclusão de um contrato de construção puder ser estimada com
confiabilidade, as receitas e os custos associados ao contrato de construção
devem ser reconhecidos como receitas e despesas, respectivamente, tomando
como referência
a) na conclusão da obra, quando os custos poderão ser apurados com mais
propriedade.
b) o contrato que o suporta, seguindo as cláusulas contratuais financeiras
(financial clause).
c) a emissão das notas fiscais de serviços.
d) o estágio de execução (stage of completion) da atividade contratual ao
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término do período de reporte.


e) a ocasião em que for provável que os benefícios econômicos associados ao
contrato fluirão para a entidade

6. (FBC/Exame de Suficiência do CFC/Técnico em Contabilidade/2012.1) Uma


empresa industrial assinou um contrato, a preço fixo, de construção de um bem,
para entrega em 26 meses. Antes de iniciar a produção, percebeu que era
provável que os custos totais do contrato superariam a receita total do contrato.
Diante desse fato e com base na NBC TG 17, que trata dos Contratos de
Construção, a perda esperada deverá ser reconhecida:
a) apenas no término do contrato.
b) imediatamente no resultado.

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c) no final do contrato no caso das construtoras.


d) proporcionalmente à execução do contrato.

7. (Questão Inédita) Segundo o CPC 17 (R1) – Contratos de Construção, as


receitas e os custos associados ao contrato de construção devem ser
reconhecidos como receitas e despesas, respectivamente, tomando como
referência o estágio de execução (stage of completion) da atividade contratual
ao término do período de reporte. Sobre o assunto, julgue o item a seguir:

Para mensurar com confiabilidade o trabalho executado, a empresa pode usar


como parâmetro os pagamentos parcelados e os adiantamentos recebidos dos
clientes, os quais acabam refletindo o trabalho executado e, consequentemente,
servem de parâmetro para mensuração da receita.

8. (Questão inédita) Segundo o CPC 20 (R1) – Custos de Empréstimos, ativo


qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo
substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos. Os ativos que
estão prontos para seu uso ou venda pretendidos quando adquiridos são
exemplos de ativos qualificáveis.

9. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-RO/2013) A Cia. Tetra


comercializa equipamentos de informática e, em 01/01/2013, obteve um
empréstimo bancário para compra de mercadorias para revenda no valor de R$
105.000,00 para ser pago em 4 prestações mensais de R$ 27.575,49 cada, com
vencimento da primeira parcela em 31/01/2013. A empresa adquiriu
mercadorias no valor de R$ 100.000,00 em 01/02/2013, sendo totalmente
revendidas para um único cliente em 31/03/2013 para recebimento em abril de
2013. Sabendo que a taxa efetiva de juros do empréstimo é de 2% ao mês, é
correto afirmar que a Cia. Tetra
a) deveria capitalizar R$ 2.000,00 de custos dos empréstimos para os estoques.
b) deveria capitalizar R$ 2.100,00 de custos dos empréstimos para os estoques.
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c) deveria capitalizar R$ 4.040,00 de custos dos empréstimos para os estoques.


d) deveria capitalizar R$ 2.661,28 de custos dos empréstimos para os estoques.
e) não poderia capitalizar custos dos empréstimos para os estoques.

10. (FUNCAB/Analista de Contabilidade/PRODAM-AM/2014) Os custos de


empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, à construção ou à
produção de ativo qualificável formam parte do custo de tal ativo. Com relação
aos aspectos relativos aos custos de empréstimos, é correto afirmar:
a) Dependendo das circunstâncias, uma usina de geração de energia pode ser
considerada um ativo qualificável.

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b) Os custos de empréstimos incluem os dividendos pagos em que a entidade


incorre em conexão com o empréstimo de recursos.
c) Os custos de empréstimos incluem as variações cambiais decorrentes de
empréstimos em moeda estrangeira na medida em que elas são consideradas
como provisões, para mais ou para menos, do custo dos juros.
d) Os estoques que são manufaturados, ou produzidos, ao longo de um curto
período de tempo, são ativos qualificáveis.
e) Os custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, à
construção ou à produção de ativo qualificável devem ser capitalizados como
parte do custo do ativo, quando for improvável que eles resultarão em benefícios
econômicos futuros para a entidade e que tais custos possam ser mensurados
com segurança.

11. (FGV/Contador Corporativo/CODEMIG/2015) A Cia. Invest, após criterioso


estudo de demanda e viabilidade, decidiu construir um edifício empresarial na
principal avenida da cidade, com custos estimados em R$ 7 milhões, e prazo de
três anos para construção. Como não dispunha do capital para o investimento,
a Cia. Invest recorreu ao crédito bancário. Não obtendo aprovação integral em
nenhum dos bancos, a entidade optou por aceitar as taxas e condições de três
instituições diferentes para levantar os recursos necessários. Os empréstimos
foram obtidos conforme apresentado no quadro em janeiro de 20x5.

Nas demonstrações contábeis de 20x5, o valor que poderá ser capitalizado como
custo de construção do edifício empresarial, de acordo com o CPC 20 (R1) -
Custos de Empréstimos é:
a) R$ 901.250,00;
b) R$ 987.500,00; 01699177899

c) R$ 1.287.500,00;
d) R$ 2.703.750,00;
e) não deverá reconhecer os juros no custo de construção, pois o edifício
empresarial não é um ativo qualificável.

12. (FCC/Analista de Controle Externo/Contabilidade/TCE-GO/2014) O


montante dos custos dos empréstimos elegíveis à capitalização que são tomados
sem que a entidade identifique de forma específica para quais ativos
qualificáveis serão utilizados para aquisição deve utilizar como taxa de
capitalização

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a) a variação da taxa SELIC vigente durante o período dos empréstimos, que


não sejam os empréstimos feitos especificamente com o propósito de obter um
ativo qualificável.
b) o custo total de empréstimos da entidade que estiveram vigentes durante o
período, que não sejam os empréstimos feitos especificamente com o propósito
de obter um ativo qualificável.
c) a média ponderada dos custos dos empréstimos aplicáveis aos empréstimos
da entidade que estiveram vigentes durante o período, que não sejam os
empréstimos feitos especificamente com o propósito de obter um ativo
qualificável.
d) a variação da TJLP vigente durante o período dos empréstimos, que não
sejam os empréstimos feitos especificamente com o propósito de obter um ativo
qualificável.
e) a média ponderada dos custos do total de empréstimos da entidade que
estiveram vigentes durante o período, que não sejam os empréstimos feitos
especificamente com o propósito de obter um ativo qualificável.

13. (Questão Inédita) A empresa Construtora S.A está em fase de construção


de uma ponte para interligar duas importantes regiões produtoras de arroz da
região da campanha no centro-oeste do Estado do Rio Grande do Sul. A entidade
vem aplicando as disposições presentes no CPC 20 (R1) – Custos de
Empréstimos para capitalizar os custos de empréstimos diretamente atribuíveis
à construção da ponte (ativo qualificável) como parte do custo do ativo. No
entanto, referida região historicamente é afetada por fortes chuvas no mês de
julho, elevando o nível de águas da região e consequentemente causando atraso
nas obras, o qual se mostra necessário para o processo de conclusão da ponte.
Nesse sentido, considerando as disposições do CPC 20, assinale a opção que
indica o procedimento correto a ser adotado pela empresa Construtora S.A.

a) a empresa deverá suspender a capitalização de custos de empréstimos tendo


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em vista o atraso temporário ocorrido pelo período de chuvas na região


geográfica na qual está sendo realizada a construção da ponte.
b) nesse período de atraso temporário, a empresa deverá considerar os custos
de empréstimos como despesa do período.
c) a empresa não deverá suspender a capitalização de custos de empréstimos
nesse período de atraso temporário das obras apenas se houver substancial
trabalho técnico e administrativo sendo executado.
d) a empresa não deverá suspender a capitalização de custos de empréstimos
tendo em vista que o atraso temporário é necessário para à conclusão da
construção da ponte.

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e) a empresa deverá suspender a capitalização de custos de empréstimos


mesmo que nesse período ela aproveite para executar trabalhos técnicos e
administrativos.

14. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/2011) A empresa Revisa S.A. foi


contratada para ampliar a estrada de ferro Norte Leste. No período de inverno
a região sofre muitos alagamentos, forçando a suspensão das obras por três
meses. Com relação à capitalização dos custos dos empréstimos a empresa deve
a) suspender a contabilização, em decorrência dos fenômenos naturais.
b) contabilizar somente 50% dos custos dos empréstimos.
c) encerrar a ativação e considerar a partir dessa data como despesa.
d) continuar contabilizando normalmente.
e) registrar somente 25% dos custos dos empréstimos.

15. (CESGRANRIO/Profissional Básico/Ciências Contábeis/BNDES/2013) De


acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 20(R1), aprovado pela Deliberação
CVM no 672, de 20 de outubro de 2011, que trata de custos de empréstimos,
um ativo qualificável é aquele que
a) é utilizado de imediato, mas somente como ativo de renda.
b) é financiado integralmente por capitais de terceiros de longo prazo.
c) demora um período substancial para ficar pronto para uso ou venda.
d) fica pronto em curto prazo, sendo financiado por capital de terceiros de longo
prazo.
e) tem prazo curto para ficar pronto, desde que financiado a curto prazo.

16. (CESPE/Analista Legislativo/Câmara dos Deputados/2014) Julgue os itens a


seguir, relativos aos fundamentos de contabilidade aplicados à contabilidade
empresarial.

A empresa que obtiver um empréstimo de longo prazo para a construção de um


ativo qualificável deve reconhecer os juros desse empréstimo como despesa do
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período em que o empréstimo tiver sido autorizado.

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1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
C E C C D B E E
9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16.
E A A C D D C E

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