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4.5.

Agravo de instrumento

Negado trânsito ao especial pelo Presidente do TRE, nasce para o recorrente o direito à
utilização do agravo de instrumento, o qual deverá ser interposto em três dias contados da
ciência da decisão denegatória. (79)

O processamento do agravo de instrumento deverá observar o rito previsto no art. 279 do


Código Eleitoral.

Assim é que deverá o agravante expor, na petição de recurso, as razões de fato e de


direito com o pedido de reforma da decisão agravada, indicando, ademais, as peças que
deverão ser trasladadas para formar o instrumento (Código Eleitoral, art. 279, § 1º), dentre
as quais deverão obrigatoriamente constar a decisão recorrida (80) e a certidão da intimação
(81)
(Código Eleitoral, art. 279, § 2º). Além destas, pode-se acrescentar a procuração
outorgada ao advogado do agravante (CPC, art. 525, inciso I). (82)

Vale observar que as razões do agravo de instrumento não devem se limitar a repisar os
argumentos expendidos no arrazoado do especial, certo que destinam-se esses recursos a
atacar decisões distintas: enquanto o especial busca a reforma do acórdão regional, o
agravo almeja elidir a decisão denegatória do Presidente do TRE.

Finalizada a formação do instrumento, será determinada a oitiva do agravado, o qual, em


contra-razões, poderá indicar outras peças a serem trasladadas. Feito isso, o Presidente
do TRE determinará a remessa dos autos ao Tribunal Superior Eleitoral (Código Eleitoral,
art. 279, §§ 3º e 4º).

Faculta o Código Eleitoral, no art. 279, § 4º, que o Presidente do Tribunal Regional
determine a juntada de peças não indicadas pelo agravante ou pelo agravado. Tal
providência, todavia, deve ser utilizada com boa dose de parcimônia, certo que não cabe
ao Presidente do TRE corrigir as omissões da parte agravante, sobre quem recai o ônus
de zelar pela regular formação do instrumento.

Cabe consignar, outrossim, que o agravo de instrumento não sofre juízo prévio de
admissibilidade na instância a quo; vale dizer, mesmo que ele seja manifestamente
improcedente, esteja irregularmente formado, ou mesmo ressinta-se do vício da
intempestividade, não pode o Presidente do Tribunal local obstar-lhe trânsito, sob pena de
usurpação da competência do TSE (Código Eleitoral, art. 279, § 5º).

Interposto o agravo de instrumento fora do tríduo legal, determina o art. 279, § 6º, do
Código Eleitoral que o TSE imponha ao recorrente multa no valor de um salário mínimo.
Na prática, todavia, essa sanção pecuniária foi aplicada em raras oportunidades pelo TSE.
(83)

Como já afirmado (84), prevê o art. 36, § 3º, do Regimento Interno do TSE a possibilidade de
o Presidente do TRE, à vista dos argumentos expendidos nas razões do agravo de
instrumento, retratar-se do juízo negativo de admissibilidade do especial.
Aportando o agravo de instrumento no TSE, valem as observações feitas para o
julgamento do recurso especial (85), ou seja, poderá o relator, em decisão singular, dar-lhe
ou negar-lhe provimento, com a particularidade de que, em caso positivo, passará ao
exame do próprio especial sem que se determine a subida dos autos que permaneceram
no TRE (Regimento Interno do TSE, art. 36, § 4º).

Por tais razões, pontifica o TSE que "a parte, ao contra-arrazoar o agravo de instrumento,
deve, desde logo, ter em mente a possibilidade de a Corte passar de imediato ao
julgamento do especial e enfrentar as alegações contidas no recurso especial." (ac. nº
2.213-MG, j. 27.3.2001, rel. Min. Fernando Neves, DJU 25.5.2001, p. 50).

Petição - Eleitoral - Agravo de instrumento em face de não


recebimento de recurso especial, sob a alegação de ausência
de violação à lei federal

Assunto

Cartas (2233)

Contratos (3190)

Diversos (466)

Petição (9091)
Administrativo (229)
Ambiental (209)
Civil e processo civil (3596)
Comercial (216)
Constitucional (73)
Consumidor (345)
Eleitoral (53)
Família (473)
Imobiliário (457)
Peça Criminal (69)
Penal (1565)
Previdenciário (218)
Requerimento (4)
Retificação (1)
Sucessões (132)
Trabalhista (1038)
Trânsito (95)
Tributário (318)

Procuração (216)

Total de: 15.196


modelos.

Agravo de instrumento em face de não recebimento de recurso especial, sob a


alegação de ausência de violação à lei federal.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO


TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

A Procuradoria Regional Eleitoral de ........, por intermédio de seu representante


abaixo subscrito, vem, mui respeitosamente, ante Vossa Excelência interpor
AGRAVO DE INSTRUMENTO

em face de

decisão interlocutória de fls...., pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.

DAS RAZÕES RECURSAIS

COLENDA CORTE
EMÉRITOS JULGADORES

DOS FATOS

A Procuradoria Regional Eleitoral de ........ interpôs Recurso Especial contra Acórdão


proferido pelo Tribunal Regional Eleitoral de ........ que, acolhendo preliminar
argüida pelo ora Agravado, anulou a sentença, determinando ao Juízo de .....º grau
a citação do .................... para integrar a lide, na qualidade de litisconsorte
passivo necessário.

O recurso especial, fundado no art. 121, § 4º, I e II da constituição Federal c/c o


art. 276, I, letras "a" e "b" do Código Eleitoral e art. 17, IX do Regimento do TRE,
foi inadmitido, por não vislumbrar o Presidente do Tribunal violação a dispositivo de
lei federal, tampouco dissonância com arestos de Tribunais Regionais Eleitorais, ou
qualquer decisão desse TSE.

Insurge-se o Agravante contra essa decisão, alegando o seguinte:

Entendeu o Presidente do Tribunal não haver o Acórdão violado qualquer dispositivo


legal, porquanto da simples leitura do § 3º do art. 36 da Lei 9.504/97,
considerando o conectivo "e" negritado, depreende-se que, em matéria de
propaganda eleitoral irregular, a multa deve ser aplicada tanto ao partido
responsável pela propaganda como ao beneficiário da mesma, não devendo ser
aplicada isoladamente, razão pela qual, faz-se necessária a citação do Partido para
integrar à lide.

Ocorre que, inexiste o litisconsórcio necessário ventilado pelo prolator da decisão


impugnada.

Com efeito, a questão ora submetida à apreciação desse TSE, origina-se de fato
que infringiu concomitantemente duas normas legais, gerando duas ações
autônomas.

A primeira, proposta pelo Diretório Regional do Partido do Movimento Democrático


Brasileiro - PMDB apenas contra o pré-candidato .................., com base na Lei nº
9.504/97, perante o Juiz Eleitoral, para apreciar a propaganda eleitoral irregular. A
segunda, proposta pela Recorrente contra o Partido Democrático Brasileiro, com
base na Lei nº 9.096/95, perante a Corregedoria Regional Eleitoral, para cassação
do tempo a que teria direito no semestre seguinte, em face do desvio de inserções
estaduais no horário destinado à propaganda partidária.

Em nenhuma das ações o litisconsórcio se impõe. Na verdade, poderia sim, o PMDB


ter incluído como representado a agremiação política responsável pelo programa
em que as inserções foram veiculadas, já que o partido poderia ser punido tanto
pela Lei 9.504/97, como pela Lei 9.096/95.
Contudo, consistindo a propaganda eleitoral irregular em desvio de inserções,
situação expressamente disciplinada pela Lei nº 9.096/95, infere-se que, em face
do princípio da especialidade das normas, a ação a ser proposta contra o partido,
seria, obrigatoriamente, a representação com base nessa lei, o que justifica a
desnecessidade de litisconsórcio em ambas as ações propostas.

Como é sabido, nos termos do art. 47, caput, do CPC, "há litisconsórcio necessário,
quando, por disposição de lei ou pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de
decidir a lide de modo uniforme para todas as partes."

Conforme a jurisprudência do STF, o litisconsórcio necessário " tem lugar se a


decisão da causa pretende acarretar obrigação direta para terceiro, a prejudicá-lo
ou afetar seu direito subjetivo. Do contrário ele não ocorre". No caso dos autos, na
forma como foi proferida, determinada aplicação de multa ao pré-candidato, a
sentença não terá eficácia contra o partido.

Aliás, como lembrado pelo Desembargador José Ivo Guimarães, no voto vencido, a
sentença veio unicamente atacar o pré-candidato, em decorrência, justamente, da
existência de duas leis a regular a matéria. A Lei dos Partidos Políticos - 6.096/95,
com previsão específica para os casos de desvio de inserções partidárias, a qual,
diga-se de passagem não prescreve punição para terceiros; e a Lei das Eleições -
9.504/97, que regula de forma geral a propaganda política - partidária e eleitoral -,
própria para aplicação de penalidades aos beneficiários pela propaganda eleitoral
irregular.

Desse modo, havendo duas normas legais a reger o mesmo fato, uma de natureza
geral outra especial, há de ser aplicada a norma especial (princípio da
especialidade). Assim, o desvio de inserções pelo Partido há de ser apurada,
realmente, pela Lei 9.096/96, porém, perante o Tribunal Regional Eleitoral;
enquanto a propaganda eleitoral irregular praticada por terceiro, há de ser apurada,
como em verdade o foi, pelo Juiz da propaganda Eleitoral, em 1ª Instância, por se
tratar de eleição municipal.

Repita-se aqui tratar-se de ações autônomas, promovidas perante Juízos


diferentes, com punições distintas e independentes. Assim sendo, ao condenar o
beneficiário com a pena de multa, a sentença não atingiu a esfera subjetiva do
partido, ao qual deverá, por certo, ser aplicada pelo TRE a pena de cassação do
tempo que lhe for destinado no semestre seguinte à propaganda partidária.

Desse modo, não há como se justificar a necessidade de litisconsórcio passivo


naquela representação, promovida com base unicamente na Lei nº 9.504/97, sem
que se viole o art. 47 do CPC.

DO DIREITO

No que tange à divergência jurisprudencial, diversamente do ventilado na decisão


contestada, há sim dissonância com arestos de outros julgados de Tribunais, os
quais decidiram pela inexistência de litisconsórcio necessário entre partido e pré-
candidatos, ou vice-versa em questões envolvendo propaganda eleitoral irregular.

O Acórdão do TSE (Agravo Regimental na Representação 434 - Classe 30ª - DF, de


10.09.2002) trazido pela recorrente, embora cuidando de pedido de direito de
resposta por suposta ofensa divulgada em programa destinado ao partido político
em horário gratuito, desacolheu a preliminar de nulidade de citação do candidato
declarando a inexistência de litisconsórcio necessário entre o candidato e o partido.
De igual modo, a decisão do TSE (Ac. nº 15.502 - 17/11/1998), ao julgar
reclamação por propaganda eleitoral irregular praticada por candidato, rejeitou a
preliminar de litisconsórcio necessário levantada pela defesa, por entender que
"(...) O partido Político é solidariamente responsável, mas não é litisconsorte
passivo".

Também no acórdão oriundo do TRE de Santa Catarina (Acórdão 17.261), juntado


aos autos, por unanimidade restou decidido tratar-se de duas ações distintas: a do
candidato, para aplicação da pena de multa, e a do partido, unicamente para a
aplicação da pena por desvio de inserções, pela Corregedoria Regional Eleitoral.

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer a recorrente seja o presente Agravo de Instrumento


conhecido e provido para que o Tribunal Regional Eleitoral de ........ dê seguimento
ao recurso especial, encaminhando-o a esse Tribunal Superior Eleitoral para
julgamento.

Nesses Termos,
Pede Deferimento.

[Local], [dia] de [mês] de [ano].

[Assinatura]

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