Embora a derivada e a diferencial possuam as mesmas regras operacionais, esses dois
operadores têm significados bastante diferentes. As diferenças mais marcantes são:
A derivada tem significado físico e pode gerar novas grandezas físicas, como por exemplo, a velocidade e a aceleração; a diferencial é um operador com propriedades puramente matemáticas; A derivada transforma uma função em outra, mantendo uma correspondência entre os pontos das duas funções (por exemplo, transforma uma função do segundo grau em uma função do primeiro grau); a diferencial é uma variação infinitesimal de uma grandeza; A derivada é uma operação entre duas grandezas; a diferencial é uma operação que envolve uma grandeza; O resultado de uma derivada não contém o infinitésimo em sua estrutura; consequentemente, não existe a integral de uma derivada; a integral só pode ser aplicada a um termo que contenha um diferencial (infinitésimo); Se for feito o quociente entre os dois diferenciais, tem-se: derivada de y / derivada de x em total semelhança com a definição de derivada. A consequência direta desse fato é que a derivada não é o quociente entre duas diferenciais, mas comporta-se como se fosse esse quociente. Isto significa que a partir da relação: derivada de y / derivada de x = f(x) é possível escrever: dy = f(x) x dx que se denomina equação diferencial. Uma das aplicações mais importantes envolvendo derivadas e diferenciais é a obtenção da equação diferencial, etapa fundamental para a introdução do Cálculo Integral.