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RESUMO
Este artigo demonstra a utilização dos recursos do computador como uma ferramenta de
apoio para a leitura e a escrita de alunos com deficiência mental através da aplicação de
atividades educativas na informática. O objetivo principal da pesquisa é constatar de que
forma o uso da informática pode contribuir no processo de ensino aprendizagem de alunos
que apresentam deficiência mental. Essa investigação foi realizada por meio de um
levantamento de pesquisa bibliográfica referente ao assunto da informática para deficientes
mentais e pesquisa de campo realizada com alunos inclusos que apresentam deficiência
mentalda escola Estadual de Educação Básica Yeté do município de Tuparendi RS. Depois de
adquirir essas informações, avaliou-se o desempenho de cada alunos de acordo com as
necessidades e dificuldades e como essa ferramenta contribuiu para a aprendizagem da leitura
e escrita dos mesmos.
ABSTRACT
This article demonstrates use of computer resources as a tool to support reading and writing of
students with learning disabilities through the application of educational games. The main
objective of the research is to see how the use of information technology can contribute to the
learning process of students who have mental disabilities. This research was conducted
through a survey of literature related to the subject of informatics for the mentally
handicapped and field research conducted with students who have disabilities included mental
state school Basic Education Yeté the municipality of Tuparendi/RS. After acquiring this
1
Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão do Curso de Pós-Graduação em AEE – Atendimento
Educacional Especializado, FAISA Faculdades, de Santo Augusto – RS.
2
Pós-graduanda em Atendimento Educacional Especializado, FAISA. E-mail: neila.aimi@terra.com.br
3
Orientadora, Mestre em Educação nas Ciências, Docente e Coordenadora de Extensão da FAISA Faculdades. E-
mail: professoraluciane@faisaceleiro.com.br.
4
Mestre em Agronomia, Profª dos cursos Tecnólogo em Gestão Ambiental - UNIVEL – PR e Técnico em
Química – SEED/PR e Consultora Ambiental. Mara.scheren@yahool.com.
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information, we evaluated the performance of individual students according to the needs and
difficulties and how this tool contributed to the learning of reading and writing them.
Key words: information technology, mental retardation, learning, reading and writing.
INTRODUÇÃO
Nos dias atuais, em grande parte dos espaços de atendimento a alunos com
necessidades educacionais especiais, programas alicerçados na informática se fazem
presentes, visando motivar e valorizar o “saber” destes alunos que por muitos anos foram
discriminados. A Informática na Educação Especial favorece trabalhar na perspectiva de
algumas práticas que concebem os alunos como iguais e não como sujeitos sócio–culturais
com experiências e necessidades diversas.
É fato que por meio do computador é possível associar diversos meios de
comunicação social e demais recursos tecnológicos, portanto, um recurso perfeito para
trabalhar sons, cores, figuras e imagens, sendo bem vindono ambiente educacional. A sua
utilização, com alunos com necessidades especiais, auxilia na aquisição de conhecimentos
pelo aspecto lúdico oferecido. Assim, o professor deverá identificar quais os déficits
cognitivos que a criança possui e suas dificuldades no processo de aprendizagem.
Morellato (2004) destaca que programas do tipo atividades educativas de
computação, desempenham dupla função: a lúdica e a educativa, que educam de maneira
prazerosa e motivadora, pois permitem experimentar um grande número de interações, como
tomada de decisões, escolha de táticas e respeito às regras impostas; além de permitir
desenvolvimento do imaginário do aluno.
Os programas educacionais têm assumido muitos significados dependendo da
visão educacional e da condição pedagógica em que o computador é utilizado. Para Valente
(2001), a informática na educação enfatiza a necessidade de o professor ter conhecimento das
potencialidades educacionais do computador para assim poder diversificar atividades de
ensino e aprendizagem informatizadas e não informatizadas.
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Muitas vezes um mesmo programa pode utilizar mais de uma das modalidades,
sendo que alguns pecam em relação ao aspecto pedagógico, cabendo ao professor considerar a
concepção que o mesmo apresenta na educação. Nesse sentido, se faz importante que o
educador, que irá mediar o uso do programa, tenha conhecimento quanto à escolha, criando
situações e permitindo que as ações dos alunos recriem essas situações, para que estes sejam
capazes de construir conhecimentos.
Passerino (2001) ressalta que:
(...) a utilização do computador para a criação de ambientes de
aprendizagem é uma das muitas possibilidades de uso desta
ferramenta na educação. Mas, para criar ambiente de aprendizagem
centrado no aluno como agente ativo é necessário considerar que o
ambiente deve prever não apenas apresentação de situações de
aprendizagem, mas, também, permitir ao aluno a criação de novas
situações, lembrando que essa resolução pode ser social e não apenas
individual. (2001, p. 176)
Segundo Valente 2001 O uso do computador para deficientes mentais vem como
um meio para a construção de conhecimento, além de aprimorar, complementar, aperfeiçoar e
estimular o ensino dos alunos.
Valente 2001 ressalta que com o passar do tempo pode se dizer que o computador
além de ser um recurso tecnológico, ele pode ser considerado como um recurso flexível
podendo ser adaptado a qualquer individuo diferente. O computador não pode ser visto como
solucionador de problemas na educação especial, mas sim como complemento para auxiliar
no processo de ensino aprendizagem. Para isso é preciso se ter uma preparação dos
educadores e demais componentes da Educação Especial para que eles explorem essa
ferramenta de auxílio, e explorem o potencial que o computador pode oferecer no ensino.
Para Pellanda, Schulünzen & Junior 2005, com o uso do computador o educando
pode explorar a inteligência, capacidade e a coordenação motora dos alunos com deficiência
mental..
Tanto na educação regular, quanto na educação especial devemos sempre estar
buscando novas ferramentas e materiais para melhorar o método de ensino, mas sem fugir dos
objetivos da educação, porque se fugimos não teremos conseguido alcançar o objetivo
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esperado. O uso do computador faz com que qualquer pessoa sendo deficiente ou não
construa o seu próprio conhecimento através da tecnologia, pois é fundamental tomar
consciência de que a atividade lúdica infantil fornece informações elementares a respeito da
criança, seja ela de forma tecnológica ou não.
Os objetivos da Informática educativa são capacitar alunos para o mercado de
trabalho, reforçar e melhorar o aspecto psicopedagógicos, usar a sala de informática como um
ambiente de desenvolvimento de projetos interdisciplinares, aproveitar a informática para o
ensino-aprendizagem com um recurso didático.
Segundo Santorosa, Carneiro, Passerino& Geller 2005, as novas Tecnologias de
Informação e Comunicação vêm ocasionar uma proposta positiva no processo de ensino-
aprendizagem, dando possibilidades novas de acesso ao conhecimento universal e permitindo
uma interessante maneira de produzir conhecimentos na rede digital de comunicação.
Os trabalhos de informática realizados por crianças portadoras da deficiência
mental, indicam um enriquecimento em suas possibilidades, obtendo interações diversas, no
campo afetivo, humano, social, individual e profissional que ajudam no seu desenvolvimento
integral.
Segundo Canal (2004) & Brum (2004) o uso de atividades educativas e a
construção de programas, voltado para portadores da Síndrome de Down e deficiência mental,
é necessário que sigam algumas recomendações como a livre interação, o uso de letras
grandes, textos curtos, letras de forma e maiúsculas semelhantes ao teclado, animações, som,
imagens e cores. Também devemos evitar textos longos.
Os jogos que serão trabalhados com os portadores da Síndrome de Down e
deficiência mental tem como objetivo ensinar de uma forma divertida e contribuir para a
melhoria de sua aprendizagem, sendo eles:
* Aprendendo com as Vogais: Esta atividade propõe uma boa
alfabetização com as vogais e além de ajudar, com a memorização e coordenação motora. O
aluno clica no objeto e arrasta até a vogal que corresponde à letra.. Cada acerto uma voz
sempre o parabeniza. Disponível em: www.atividadeseducativas.com.br .
* Jogo das Letras: Este jogo tem como objetivo ensinar os alunos a ler e ter um
conhecimento sobre o alfabeto. O aluno tem que clicar na letra que corresponde à figura até
formar a palavra. Cada vez que o aluno acertar a palavra, novas palavras surgirão para que ele
possa jogar. Disponível em: www.escolagames.com.br/jogos/pescaLetras .
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METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O uso da tecnologia computacional de modo geral tem permitido que alunos com
necessidades especiais participem de forma concretizada nas atividades acadêmicas,
profissionais, culturais e de lazer, obtendo uma boa interação com o computador.
O objetivo deste estudo de caso foi analisar a importância da informática na
educação, formação e desenvolvimento de crianças com deficiência mentalmostrando como a
informática poderá contribuir no processo de ensino e aprendizagem de deficientes mentais.
O avanço tecnológico cresce a cada momento, como não seria diferente temos que
levar esta tecnologia também para as escolas de ensino regular, com isto o avanço da
tecnologia proporcionará um crescimento cada vez maior e podendo contribuir muito com a
educação de pessoas com deficiência mental para ajudar no processo de ensino e
aprendizagem em especial a leitura e a escrita.
Esse trabalho nos oportunizou ampliar nossos conhecimentos sobre a importância
da informática no processo ensino aprendizagem “ leitura e escrita” da criança com
deficiência mental, isso graças aos aportes teóricos, entrevistas, observações e avaliações
realizadas.
Podemos constatar por meio deste, que a família do aluno em estudo, vai em busca
de tudo o que possa o ajudar em seu desenvolvimento integral do mesmo.
Sabe-se que o aluno tem acompanhamento com profissionais como fonoaudióloga,
psicóloga, Atendimento Educacional Especial na sala de AEE, e que tudo isso é de extrema
importância para o seu desenvolvimento.
Na medida em que os profissionais da educação adquirirem maiores informações
sobre como trabalhar com o aluno com deficiência mental, mais fácil dará o processo de
ensino aprendizagem, pois não é possível se dar o que não tem por isso mais do que nunca
nós enquanto educadores devemosestar em constantes formações para atender com dignidade
os alunos a nós confiados.
Temos que nos preparar sim para atender também aquele aluno especial com
deficiência mental, física ou outras que dificultam e atrasam seu desenvolvimento e suas
aprendizagens. Precisamos ser educadores perseverantes, acreditar na capacidade e na
potencialidade de cada um, auxiliando a superar suas dificuldades e limitações. Enfim, dar
asas para que possam voar sozinhos, ou seja, tornando o aluno de inclusão com deficiência
mental, uma pessoa capaz, responsável, independente e realizado.
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REFERÊNCIAS
CANAL, Ana Paula; BRUM, Carla Gonçalves. Interfaces para um Jogo Multimídia
Direcionado a Portadores de Síndrome de Down. Disponível em:
<http://www.niee.ufrgs.br/cbcomp/cbcomp2004/html/pdf/Forum/t170100167_3.pdf>.
VYGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes Editora Ltda.
1989.