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AULA DEMONSTRATIVA

CARGO-PSICÓLOGO/ SESA-PR

ÉTICA PROFISSIONAL/CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO


PSICÓLOGO

PROFESSORES: Lícia Madureira/ Eliete Portugal

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TÓPICOS DA AULA

APRESENTAÇÃO DOS PROFESSORES ................................. 05

1. ÉTICA............................................................................ 06

1.1 DEONTOLOGIA .......................................................... 09

1.2 BIOÉTICA ................................................................... 09

1.3 ÉTICA PROFISSIONAL ................................................ 22

1.4. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL.............................23

1.5 CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO.....24

2. QUESTÕES COMENTADAS..............................................37

3. QUESTÕES GABARITADAS ............................................ 43

4. GABARITO.....................................................................46

5. REFERÊNCIAS ............................................................... 47

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Olá Pessoal,

O Edital do concurso da Secretaria de Estado da Saúde –SESA/PR acaba de ser


lançado.

A aplicação da prova objetiva está prevista para o dia 25 de setembro de 2016.

A prova de conhecimentos específicos, constará de 20 questões valendo 3,0


pontos cada.

A banca examinadora é a IBFC (Instituto Brasileiro de Formação e


Capacitação). Concursos públicos organizados por essa banca, consistem de
provas objetivas, de múltipla escolha, sendo que cada questão contém 4
alternativas, com uma única resposta correta.

Dessa forma, saia na frente, chegou o momento de iniciar os estudos,


aprofundar os conhecimentos teóricos e resolver questões a fim de
alcançar seu objetivo. Vamos direto ao Ponto.

Nosso curso constará de aulas teóricas e exercícios, onde utilizaremos


questões da IBFC e de outras bancas.

Iniciaremos o curso com a Aula Demonstrativa que aborda: ÉTICA


PROFISSIONAL/CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO

“Quem sabe faz a hora não espera acontecer”!

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APRESENTAÇÃO D0S PROFESSORES

Sou a professora Lícia Madureira

Psicóloga, graduada pela FCS-BA, Especialista em Saúde Mental e Coletiva, com


Formação em Saúde Mental Saberes e Fazeres na Atenção Psicossocial,
Acompanhamento Terapêutico, Atenção Domiciliar e em Psicologia Analítica.
Possuo experiência nas áreas de Psicologia Hospitalar: Paciente com Doença
Renal Crônica no Hospital Roberto Santos, atendimento a pacientes oncológicos
no NASPEC (Núcleo Assistencial a Pacientes Portadores de Câncer) e em
Urgências Subjetivas no Hospital Jorge Valente.
Atuei como psicóloga colaborativa no NASPEC, assim como Psicóloga Clínica no
Ambulatório Cristo é Vida pela Fundação ABM de Pesquisa e Extensão na Área da
Saúde pela FABAMED (Fundação da Associação Bahiana de Medicina). Tive
participação ativa no Projeto de Intervenção para a III Idade no Abrigo Lar Irmã
Maria Luísa. Possuo experiência na área de Psico Oncologia como palestrante,
apresentadora de casos clínicos e Coordenadora de Grupos Informativos para
pacientes com câncer. Atualmente desempenho a função de psicóloga e
psicoterapeuta no Instituto Quatro Estações e como psicóloga psicoterapeuta
colaborativa do GEPEC.

Sou a professora Eliete Portugal

Psicóloga, graduada pela FCS-BA, Especialista em Saúde Mental e Coletiva com


Formação em Saúde Mental Saberes e Fazeres na Atenção Psicossocial,
Acompanhamento Terapêutico, Atenção Domiciliar e em curso na Pós-graduação
em Teoria Cognitiva Comportamental. Obtive experiência nas áreas de Psicologia
Hospitalar: Paciente com Doença Renal Crônica no Hospital Roberto Santos e
aprimoramento no contexto hospitalar pelo Hospital da Cidade. Psicóloga
colaborativa do Núcleo de Atendimento Terapêutico (AMAR) e na Fundação Lar
Harmonia. Atuei como Psicóloga no Ambulatório Cristo é Vida pela Fundação ABM
de Pesquisa e Extensão na Área da Saúde pela FABAMED (Fundação da
Associação Bahiana de Medicina). Participei ativamente do Projeto de Intervenção
para a III Idade no Abrigo Lar Irmã Maria Luísa. Sou professora palestrante na
área, psicóloga e psicoterapeuta no Instituto Quatro Estações.

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1.ÉTICA

A Ética é a ciência normativa dos comportamentos


humanos, mas não é definida por lei. Na verdade,
ética é uma disciplina ou campo de conhecimento
que avalia os comportamentos das pessoas e das
organizações, considerando os valores e a moral da
sociedade ou de agrupamentos sociais particulares.

Filosoficamente ética e moral abarcam significados diferentes. Enquanto a ética


está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o
comportamento humano em sociedade, a moral são os costumes, regras, tabus
e convenções estabelecidas por cada sociedade.

Os termos possuem origem etimológica distinta. A palavra “ética” vem do


Grego“ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”, o termo moral tem origem
no latim morales, cujo significado é “relativo aos costumes”.

Em uma concepção prática, a finalidade da ética e da moral é muito semelhante,


pois são responsáveis pela construção das bases que vão nortear o
comportamento humano, determinando o seu caráter, altruísmo e virtudes, e por
ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade.

(FUNCAB–2015) A ética pode ser definida como:

a) a boa vontade no comportamento do servidor público em quaisquer situações


e em qualquer tempo de seu cotidiano.
b) um conjunto de proibições particularmente respeitantes ao convívio em
família.
c) a conduta do agente público a ser observada apenas no ambiente de trabalho.
d) um conjunto de valores genéticos que são passados de geração em geração.
e) a parte da filosofia que estuda a moral, isto é, responsável pela investigação
dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o
comportamento humano em sociedade.

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A primeira coisa que você precisa aprender sobre


resolução de questões é que seu foco deve estar no
enunciado da questão.
A fim de evitar distrações, leia primeiro o enunciado,
grife o trecho que traz o comando da questão, ou seja,
a frase que diz claramente qual a pergunta que deverá
ser respondida.

Comentários: O foco da questão pede o conhecimento do conceito de ética.


Como ética constitui-se num conjunto de conhecimentos extraídos da
investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de
forma racional, fundamentada, científica e teórica e é uma reflexão sobre a moral,
a alternativa que responde à questão é a assertiva E.

Gabarito: Letra E

Segundo a UNESCO (2015), A moral é uma característica da vida dos seres


humanos, embora haja influência de diferentes fatores culturais como, por
exemplo, a história, as tradições, a educação, as crenças religiosas, etc. A Ética
não cria moral nem comportamentos morais, mas tem um objetivo muito mais
modesto: explorar a natureza da experiência moral, sua universalidade e sua
diversidade.

De acordo com Tugendhat (1999), o comportamento moral e ético consiste


em reconhecer o outro como sujeito de direitos iguais e, dessa forma, as
obrigações que temos em relação ao outro correspondem, por sua vez, a direitos.

CONTINUE NO FOCO!

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(FUNCAB–2014) Os conceitos de ética e moral, embora próximos, não são


idênticos. Uma das distinções possíveis entre tais concepções está fundada na
constatação de que:

a) a ética é o estudo geral do que é bom ou mau, sendo seu objetivo maior o
estabelecimento de regras. A moral, ao contrário, não se vincula a costumes e
hábitos porque guarda correlação com aspectos prescritivos ou impositivos.
b) a moral é um conjunto de normas apreendidas no processo de socialização e
que regula a conduta dos indivíduos em sua convivência. A ética é uma
ponderação teórica sobre a moral cujo objetivo é discutir e fundamentar
reflexivamente as normas morais.
c) a moral incorpora as regras adquiridas para a vida em sociedade, enquanto a
ética reflete sobre as regras morais vigentes sem, contudo, contatar a
conveniência ou a exigibilidade de tais normas.
d) a ética se caracteriza como conjunto de costumes e hábitos de um grupo social,
atuando sobre o comportamento do indivíduo que interage socialmente. Amoral
é um conjunto de valores sociais universo que não se materializam em padrões
de conduta.
e) quando um determinado sujeito reflete sobre uma norma moral e a considera
equivocada ou ultrapassada, faz exercício de sua consciência moral, inexistindo
na hipótese qualquer consideração que se possa vincular ao conceito de ética.

Comentários: Essa questão é bastante interessante, pois nos permite revisar e


identificar esses dois termos, ética e moral, têm significados próximos e, em
geral, referem-se ao conjunto de princípios ou padrões de conduta que regulam
as relações dos seres humanos com o mundo em que vivem. Entretanto, Ética é
um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento
humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada,
científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral. Moral é o conjunto de
regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas
regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos
sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau. No sentido prático,
a finalidade da ética e da moral é muito semelhante. São ambas responsáveis
por construir as bases que vão guiar a conduta do homem, determinando o seu
caráter, altruísmo e virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e de se
comportar em sociedade.

Gabarito: Letra B

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1.1 DEONTOLOGIA

O estudo e o conhecimento da Deontologia (do grego deontos = dever e logos =


tratado) se voltam para a ciência dos deveres, no âmbito de cada profissão. É o
estudo dos direitos, emissão de juízos de valores, compreendendo a ética como
condição essencial para o exercício de qualquer profissão, Oliveira (2012)

Deontologia é uma filosofia que faz parte da filosofia moral contemporânea, que
significa ciência do dever e da obrigação.

O termo deontologia foi criado no ano de 1834, pelo filósofo inglês Jeremy
Bentham, para falar sobre o ramo da ética em que o objeto de estudo é o
fundamento do dever e das normas. A deontologia é ainda conhecida como
"Teoria do Dever".

A Deontologia abraça Ética e Moralidade e fixa os deveres e responsabilidade


requeridos por um determinado ambiente profissional.

A deontologia também pode ser o conjunto de princípios e regras de conduta ou


deveres de uma determinada profissão, ou seja, cada profissional deve ter a sua
deontologia própria para regular o exercício da profissão, e de acordo com o
Código de Ética de sua categoria.

Segundo BRITO,2008, a deontologia profissional procura estabelecer um


conjunto de normas exigíveis a todos os que exercem uma mesma profissão
(BRITO,2008).

1.2 BIOÉTICA

A Bioética objetiva facilitar o enfrentamento de questões


éticas/bioéticas que surgirão na vida profissional. Sem
esses conceitos básicos, dificilmente alguém consegue
enfrentar um dilema, um conflito, e se posicionar diante
dele de maneira ética.

Bioética, do (grego: bios, vida + ethos, relativo à ética) é o


estudo transdisciplinar entre Ciências Biológicas, Ciências da
Saúde, Filosofia (Ética) e Direito (Biodireito) que investiga as condições
necessárias para uma administração responsável da Vida Humana, animal e
ambiental. É a combinação de conhecimentos biológicos e valores humanos.

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O vocábulo "bioética" indica um conjunto de pesquisas e práticas


pluridisciplinares, objetivando esclarecer e refletir acerca das saídas para
questões éticas provocadas principalmente pelo avanço das tecnociências
biomédicas.

Segundo Diniz & Guilhem, "…por ser a bioética um campo disciplinar


compromissado com o conflito moral na área da saúde e da doença dos seres
humanos e dos animais não-humanos, seus temas dizem respeito a situações
de vida que nunca deixaram de estar em pauta na história da humanidade…"
De acordo MEDEIROS (2003),as diretrizes filosóficas dessa área começaram a
consolidar-se após a tragédia do holocausto da Segunda Guerra Mundial, quando
o mundo ocidental, chocado com as práticas abusivas de médicos nazistas em
nome da ciência, cria um código para limitar os estudos relacionados. Formula-
se aí também a ideia que a ciência não é mais importante que o homem.

A figura humana é o foco da bioética.

O termo também foi mencionado em 1971, no livro "Bioética: Ponte para o


Futuro", do bioquímico e oncologista americano Van Rensselaer Potter. Este livro
é o primeiro marco na tentativa de se estabelecer conceitos bioéticos.

De acordo JUNQUEIRA (2011), Van Potter estava preocupado com a dimensão


que os avanços da ciência, principalmente no âmbito da biotecnologia, estavam
adquirindo. Para ele a finalidade da bioética é auxiliar a humanidade no sentido
de participação racional, porém cautelosa no processo da evolução biológica e
cultural. Assim, propôs um novo ramo do conhecimento que ajudasse as
pessoas a pensar nas possíveis implicações (positivas ou negativas) dos
avanços da ciência sobre a vida (humana ou, de maneira mais ampla, de
todos os seres vivos). Ele sugeriu que se estabelecesse uma “ponte” entre duas
culturas, a científica e a humanística, guiado pela seguinte frase: “Nem tudo que
é cientificamente possível é eticamente aceitável”.

“Em Outubro de 2005, a Conferência Geral da UNESCO adotou por aclamação a


Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos. Pela primeira vez na
história da bioética, os Estados-membros comprometeram-se, e à comunidade
internacional, a respeitar e aplicar os princípios fundamentais da bioética
condensados num texto único”.

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Dessa forma, a Conferência Geral da UNESCO ao adotar a Declaração


Universal sobre Bioética e Direitos Humanos, consolidou os princípios
fundamentais da bioética que visam definir e promover um quadro ético
normativo comum que possam ser utilizados para a formulação e implementação
de legislações nacionais.

RECOMENDAMOS A LEITURA NA ÍNTEGRA DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL


SOBRE BIOÉTICA E DIREITOS HUMANOS.

Dentro do campo de aplicação da presente Declaração, os princípios que


se seguem devem ser respeitados por aqueles a que ela se dirige, nas
decisões que tomem ou nas práticas que adoptem.

Artigo 3º Dignidade humana e direitos humanos


1. A dignidade humana, os direitos humanos e as liberdades fundamentais devem
ser plenamente respeitados.
2.Os interesses e o bem-estar do indivíduo devem prevalecer sobre o interesse
exclusivo da ciência ou da sociedade.
Artigo 4º Efeitos benéficos e efeitos nocivos - Na aplicação e no avanço dos
conhecimentos científicos, da prática médica e das tecnologias que lhes estão
associadas, devem ser maximizados os efeitos benéficos directos e indirectos
para os doentes, os participantes em investigações e os outros indivíduos
envolvidos, e deve ser minimizado qualquer efeito nocivo susceptível de afectar
esses indivíduos.
Artigo 5º Autonomia e responsabilidade individual A autonomia das
pessoas no que respeita à tomada de decisões, desde que assumam a respectiva
responsabilidade e respeitem a autonomia dos outros, deve ser respeitada. No
caso das pessoas incapazes de exercer a sua autonomia, devem ser tomadas
medidas especiais para proteger os seus direitos e interesses.

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Artigo 6º Consentimento
1. Qualquer intervenção médica de carácter preventivo, diagnóstico ou
terapêutico só deve ser realizada com o consentimento prévio, livre e esclarecido
da pessoa em causa, com base em informação adequada. Quando apropriado, o
consentimento deve ser expresso e a pessoa em causa pode retirá-lo a qualquer
momento e por qualquer razão, sem que daí resulte para ela qualquer
desvantagem ou prejuízo.
2.Só devem ser realizadas pesquisas científicas com o consentimento prévio, livre
e esclarecido da pessoa em causa. A informação deve ser suficiente, fornecida
em moldes compreensíveis e incluir as modalidades de retirada do
consentimento. A pessoa em causa pode retirar o seu consentimento a qualquer
momento e por qualquer razão, sem que daí resulte para ela qualquer
desvantagem ou prejuízo. Exceções a este princípio só devem ser feitas de acordo
com as normas éticas e jurídicas adoptadas pelos Estados e devem ser
compatíveis com os princípios e disposições enunciados na presente Declaração,
nomeadamente no artigo 27ª, e com o direito internacional relativo aos direitos
humanos.
3.Nos casos relativos a investigações realizadas sobre um grupo de pessoas ou
uma comunidade, pode também ser necessário solicitar o acordo dos
representantes legais do grupo ou da comunidade em causa. Em nenhum caso
deve o acordo colectivo ou o consentimento de um dirigente da comunidade ou
de qualquer outra autoridade substituir-se ao consentimento esclarecido do
indivíduo.
Artigo 7º Pessoas incapazes de exprimir o seu consentimento Em
conformidade com o direito interno, deve ser concedida proteção especial às
pessoas que são incapazes de exprimir o seu consentimento:
(a) a autorização para uma investigação ou uma prática médica deve ser obtida
em conformidade com o superior interesse da pessoa em causa e com o direito
interno. No entanto, a pessoa em causa deve participar o mais possível no
processo de decisão conducente ao consentimento e no conducente à sua
retirada;
(b) a investigação só deve ser realizada tendo em vista o benefício direto da
saúde da pessoa em causa, sob reserva das autorizações e das medidas de
proteção prescritas pela lei e se não houver outra opção de investigação de
eficácia comparável com participantes capazes de exprimir o seu consentimento.
Uma investigação que não permita antever um benefício direto para a saúde só
deve ser realizada a título excepcional, com a máxima contenção e com a
preocupação de expor a pessoa ao mínimo possível de riscos e incômodos e desde

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que a referida investigação seja efetuada no interesse da saúde de outras pessoas


pertencentes à mesma categoria, e sob reserva de ser feita nas condições
previstas pela lei e ser compatível com a proteção dos direitos individuais da
pessoa em causa. Deve ser respeitada a recusa destas pessoas em participar na
investigação.
Artigo 8º Respeito pela vulnerabilidade humana e integridade pessoal.
Na aplicação e no avanço dos conhecimentos científicos, da prática médica e das
tecnologias que lhes estão associadas, deve ser tomada em consideração a
vulnerabilidade humana. Os indivíduos e grupos particularmente vulneráveis
devem ser protegidos, e deve ser respeitada a integridade pessoal dos indivíduos
em causa.
Artigo 9º Vida privada e confidencialidade A vida privada das pessoas em
causa e a confidencialidade das informações que lhes dizem pessoalmente
respeito devem ser respeitadas. Tanto quanto possível, tais informações não
devem ser utilizadas ou difundidas para outros fins que não aqueles para que
foram coligidos ou consentidos, e devem estar em conformidade com o direito
internacional, e nomeadamente com o direito internacional relativo aos direitos
humanos.
Artigo 10º Igualdade, justiça e equidade A igualdade fundamental de todos
os seres humanos em dignidade e em direitos deve ser respeitada para que eles
sejam tratados de forma justa e equitativa.
Artigo 11º Não discriminação e não estigmatização Nenhum indivíduo ou
grupo deve, em circunstância alguma, ser submetido, em violação da dignidade
humana, dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, a uma
discriminação ou a uma estigmatização.
Artigo 12º Respeito pela diversidade cultural e do pluralismo. Deve ser
tomada em devida conta a importância da diversidade cultural e do pluralismo.
Porém, não devem ser invocadas tais considerações para com isso infringir a
dignidade humana, os direitos humanos e as liberdades fundamentais ou os
princípios enunciados na presente Declaração, nem para limitar o seu alcance.
Artigo 13º Solidariedade e cooperação A solidariedade entre os seres
humanos e a cooperação internacional nesse sentido devem ser incentivadas.
Artigo 14º Responsabilidade social e saúde
1. A promoção da saúde e do desenvolvimento social em benefício dos
respectivos povos é um objetivo fundamental dos governos que envolve todos os
sectores da sociedade.

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2.Atendendo a que gozar da melhor saúde que se possa alcançar constitui um


dos direitos fundamentais de qualquer ser humano, sem distinção de raça,
religião, opções políticas e condição económica ou social, o progresso da ciência
e da tecnologia deve fomentar:
(a) o acesso a cuidados de saúde de qualidade e aos medicamentos essenciais,
nomeadamente no interesse da saúde das mulheres e das crianças, porque a
saúde é essencial à própria vida e deve ser considerada um bem social e humano;
(b) o acesso a alimentação e água adequadas;
(c) a melhoria das condições de vida e do meio ambiente;
(d) a eliminação da marginalização e da exclusão, seja qual for o motivo em que
se baseiam;
(e) a redução da pobreza e do analfabetismo.

Um dos conceitos que definem Bioética (“ética da vida”) é que esta é a ciência
“que tem como objetivo indicar os limites e as finalidades da intervenção do
homem sobre a vida, identificar os valores de referência racionalmente
proponíveis, denunciar os riscos das possíveis aplicações” (LEONE; PRIVITERA;
CUNHA, 2001).

O interesse pela análise deste tema se acelerou ainda mais, quando se decifrou
o código genético humano, mostrando novos recursos de manipulação científica
da natureza. Seu estudo vai além da área médica, abarcando psicologia,
direito, biologia, antropologia, sociologia, ecologia, teologia, filosofia
etc, observando as diversas culturas e valores.

Diferentes momentos da Bioética

a) Bioética geral: ocupa-se das funções éticas, é o discurso sobre os valores e


os princípios originários da ética médica e sobre fontes documentais da bioética

b) Bioética especial: analisa os grandes problemas enfrentando-os sempre sob


o perfil geral, tanto no terreno médico quanto no biológico (engenharia genética,
aborto, eutanásia, experiência clínica etc.). São as grandes temáticas da bioética.

c) Bioética clínica (o de decisão): trata da práxis médica e do caso clínico,


quais são os valores em jogo e quais os caminhos corretos de conduta.

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Conceitua-se Bioética como "o estudo sistemático das dimensões morais -


incluindo visão, decisão e normas morais - das ciências da vida e do cuidado com
a saúde, utilizando uma variedade de metodologias éticas num contexto
multidisciplinar."
Refere-se assim, dentre outros assuntos, do direito dos indivíduos à saúde, do
direito dos pacientes, do direito à assistência, das responsabilidades jurídicas dos
pacientes e dos profissionais da saúde, das responsabilidades sobre as ameaças
ã vida no planeta, do direito ambiental, dos direitos com respeito às novas
realidades tecnológicas da medicina e da biologia (incluindo as novas tecnologias
genéticas), etc. Considera questões onde não existe consenso moral como a
fertilização in vitro, o aborto, a clonagem, a eutanásia, os transgênicos e
as pesquisas com células tronco, bem como a responsabilidade moral de
cientistas em suas pesquisas e aplicações.

ASSUNTO BASTANTE COBRADO EM PROVA!

Princípios bioéticos:

1. Princípio da autonomia:

Requer do profissional respeito à vontade, o respeito à crença, o respeito


aos valores morais do sujeito, do paciente, reconhecendo o domínio do
paciente sobre sua própria vida e o respeito à sua intimidade. Este
princípio gera diversas discussões sobre os limites morais da eutanásia, suicídio
assistido, aborto, etc. Exige também definições com respeito à autonomia,
quando a capacidade decisional do sujeito (ou paciente) está comprometida. São
as pessoas ou grupos considerados vulneráveis. Isto ocorre em populações e
comunidades especiais, como menores de idade, indígenas, débeis mentais,
pacientes com dor, militares, etc.

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Com relação à ética em pesquisa, gera o princípio do "termo de


consentimento livre e esclarecido" a ser feito pelo pesquisador e
preenchido pelos sujeitos da pesquisa ou seus representantes legais,
quando os sujeitos estiverem com sua capacidade decisional
comprometida.

A Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012, aprovou as diretrizes e


normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos.

RESOLUÇÃO Nº 466, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012.

O Plenário do Conselho Nacional de Saúde em sua 240a Reunião Ordinária,


realizada nos dias 11 e 12 de dezembro de 2012, no uso de suas competências
regimentais e atribuições conferidas pela Lei nº 8.080, de 19 de setembro de
1990, e pela Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, e

Considerando o respeito pela dignidade humana e pela especial proteção devida


aos participantes das pesquisas científicas envolvendo seres humanos;

Considerando o desenvolvimento e o engajamento ético, que é inerente ao


desenvolvimento científico e tecnológico;

Considerando o progresso da ciência e da tecnologia, que desvendou outra


percepção da vida, dos modos de vida, com reflexos não apenas na concepção e
no prolongamento da vida humana, como nos hábitos, na cultura, no
comportamento do ser humano nos meios reais e virtuais disponíveis e que se
alteram e inovam em ritmo acelerado e contínuo;

Considerando o progresso da ciência e da tecnologia, que deve implicar em


benefícios, atuais e potenciais para o ser humano, para a comunidade na qual
está inserido e para a sociedade, nacional e universal, possibilitando a promoção
do bem-estar e da qualidade de vida e promovendo a defesa e preservação do
meio ambiente, para as presentes e futuras gerações;

Considerando as questões de ordem ética suscitadas pelo progresso e pelo


avanço da ciência e da tecnologia, enraizados em todas as áreas do conhecimento
humano;

Considerando que todo o progresso e seu avanço devem, sempre, respeitar a


dignidade, a liberdade e a autonomia do ser humano;

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Considerando os documentos que constituem os pilares do reconhecimento e da


afirmação da dignidade, da liberdade e da autonomia do ser humano, como o
Código de Nuremberg, de 1947, e a Declaração Universal dos Direitos Humanos,
de 1948;

Considerando os documentos internacionais recentes, reflexo das grandes


descobertas científicas e tecnológicas dos séculos XX e XXI, em especial a
Declaração de Helsinque, adotada em 1964 e suas versões de 1975, 1983, 1989,
1996 e 2000; o Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e
Culturais, de 1966; o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, de
1966; a Declaração Universal sobre o Genoma Humano e os Direitos Humanos,
de 1997; a Declaração Internacional sobre os Dados Genéticos Humanos, de
2003; e a Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos, de 2004;

Considerando a Constituição Federal da República Federativa do Brasil, cujos


objetivos e fundamentos da soberania, da cidadania, da dignidade da pessoa
humana, dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e do pluralismo
político e os objetivos de construir uma sociedade livre, justa e solidária, de
garantir o desenvolvimento nacional, de erradicar a pobreza e a marginalização
e reduzir as desigualdades sociais e regionais e de promover o bem de todos,
sem qualquer tipo de preconceito, ou de discriminação coadunam-se com os
documentos internacionais sobre ética, direitos humanos e desenvolvimento;

Considerando a legislação brasileira correlata e pertinente; e

Considerando o disposto na Resolução nº 196/96, do Conselho Nacional de


Saúde, do Ministério da Saúde, que impõe revisões periódicas a ela, conforme
necessidades nas áreas tecnocientífica e ética.

Recomendamos a leitura sistemática e na


íntegra da Resolução nº 466, de 12 de dezembro
de 2012.

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ATENÇÃO A “REGRA DE OURO”:

Foco no que pede a questão!

(IBFC–2013) Sobre autonomia, um dos princípios da Bioética, assinale a


alternativa correta.

a) É a obrigação de não causar danos, de não prejudicar intencionalmente.


b) É o poder da pessoa para tomar decisões quanto aos assuntos que afetam sua
vida, sua saúde, sua integridade físico–psíquica e suas relações sociais.
c) Entende–se por fazer o bem, cuidar da saúde, favorecer a qualidade de vida,
enfim, dilatar os benefícios e evitar ou, ao menos minorar, os danos.
d) Diz respeito à distribuição igual ou equitativa dos direitos e responsabilidades
na sociedade, incluindo os direitos civis, políticos, sociais e econômicos.

Comentários:

a) “É a obrigação de não causar danos, de não prejudicar intencionalmente”.

A assertiva refere-se ao princípio da não maleficência que assegura que


sejam minorados ou evitados danos físicos aos sujeitos da pesquisa ou pacientes.
Alternativa a incorreta

b)“É o poder da pessoa para tomar decisões quanto aos assuntos que afetam
sua vida, sua saúde, sua integridade físico–psíquica e suas relações sociais”

A assertiva traz o princípio da autonomia, pois evidencia respeito à vontade,


o respeito à crença, o respeito aos valores morais do sujeito, do paciente,
reconhecendo o domínio do paciente sobre sua própria vida e o respeito à sua
intimidade.

Alternativa b correta FOCO da questão

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c)“Entende–se por fazer o bem, cuidar da saúde, favorecer a qualidade de vida,


enfim, dilatar os benefícios e evitar ou, ao menos minorar, os danos.

Assertiva responde ao princípio da beneficência desde quando assegura o


bem-estar das pessoas, evitando danos e garante que sejam atendidos seus
interesses. Trata-se de princípio indissociável ao da autonomia.

Alternativa c incorreta

d) “Diz respeito à distribuição igual ou equitativa dos direitos e responsabilidades


na sociedade, incluindo os direitos civis, políticos, sociais e econômicos”.

Assertiva traz o teor que alicerça o princípio da justiça que exige equidade na
distribuição de bens e benefícios em qualquer setor da ciência, como por
exemplo: medicina, ciências da saúde, ciências da vida, do meio ambiente,enfim
na vida.

Gabarito: B

2. Princípio da beneficência: assegura o bem-estar das


pessoas, evitando danos e garante que sejam atendidos
seus interesses. Trata-se de princípio indissociável ao da
autonomia.

3. Princípio da não maleficência: assegura que sejam


minorados ou evitados danos físicos aos sujeitos da
pesquisa ou pacientes. Riscos da pesquisa são as possibilidades de danos de
dimensão física, psíquica, moral, intelectual, social, cultural ou espiritual do ser
humano, em qualquer fase de uma pesquisa e dela decorrente. Dano associado
ou decorrente da pesquisa é o agravo imediato ou tardio, ao indivíduo ou à
coletividade, com nexo causal comprovado, direto ou indireto, decorrente do
estudo científico.

4. Princípio da justiça: exige equidade na distribuição de bens e benefícios em


qualquer setor da ciência, como por exemplo: medicina, ciências da saúde,
ciências da vida, do meio ambiente, etc.

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19

5. Princípio da proporcionalidade: procura o equilíbrio entre os riscos e


benefícios, visando ao menor mal e ao maior benefício às pessoas. Este princípio
está intimamente relacionado com os riscos da pesquisa, os danos e o princípio
da justiça.

VAMOS PRATICAR!

(ESPP – 2013) O psicólogo que atua como pesquisador, contribuindo para a


produção de conhecimento e desenvolvimento de tecnologias, necessita se
atentar para questões éticas referentes a esta prática sob a ótica do indivíduo e
das coletividades, levando em conta os princípios da bioética, assegurando
direitos e deveres que dizem respeito aos participantes da pesquisa, à
comunidade científica e ao Estado. No processo de elaboração de uma pesquisa
envolvendo seres humanos, os atuais comitês de ética em pesquisa exigem que
seja apresentado a todo participante, o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido, que se trata de um documento:

a) que deve ser rubricado em todas as suas páginas e assinado, ao seu término,
pelo voluntário participante da pesquisa ou por seus responsáveis legais, e pelo
pesquisador responsável.
b) que deve ser elaborado por qualquer pessoa mesmo que não ligada ao estudo.
c) elaborado em uma única via que deve ser arquivada pelo pesquisador junto
dos dados da pesquisa por no mínimo 5 anos.
d) que deverá apresentar apenas os objetivos do estudo a ser realizado, não
cabendo aí a apresentação dos procedimentos que serão utilizados.
e) que deve ser apresentado ao participante ao final do estudo, sempre após a
coleta dos dados ter sido realizada a fim de não comprometê-la.

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20

Comentários:

Oportunidade para lembrar que o Termo de Consentimento Livre e


Esclarecido, trata-se de um documento que estabelece que as pessoas que
serão submetidas a uma pesquisa devem ser capazes de dar consentimento
e devem exercer o livre direito de escolha sem qualquer intervenção.
O Termo de Assentimento, também um documento elaborado em linguagem
acessível para os menores ou para os legalmente incapazes, tem como objetivo
explicitar a anuência deles em participar da pesquisa, sem prejuízo do
consentimento de seus responsáveis legais.
a) “que deve ser rubricado em todas as suas páginas e assinado, ao seu término,
pelo voluntário participante da pesquisa ou por seus responsáveis legais, e pelo
pesquisador responsável. ” Assertiva que responde a questão.
Alternativa a correta

Gabarito: A

REFLITA....

A problemática bioética é numerosa e complexa, envolvendo fortes


reflexos imprimidos na opinião pública sobretudo pelos meios de
comunicação de massa.

TEMAS POLÊMICOS E ALARMADOS:

 Aborto
 Eutanásia
 Transgênicos
 Consentimento informado

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1.3 ÉTICA PROFISSIONAL

Ética profissional é o conjunto de normas éticas que


formam a consciência do profissional e representam
imperativos de sua conduta. Ética é uma palavra de
origem grega (éthos), que significa “propriedade do
caráter”. Ser ético é agir dentro dos padrões
convencionais, é proceder bem, é não prejudicar o
próximo. Ser ético é cumprir os valores estabelecidos
pela sociedade em que se vive.

O embasamento de qualquer profissão se constitui a partir de um manancial de


métodos que visam atender demandas sociais norteadas por normas éticas, bem
como padrões técnicos elevados que asseguram a apropriada relação de cada
profissional com seus pares e a coletividade como um todo. Isso denota que no
exercício profissional, existem regras e atividades codificadas conforme os
princípios dos usos e costumes éticos, formando o Código de Ética, que dá toda
a explicação sobre a moral do profissional.

Segundo Antônio Roberto Oliveira (2012) a ética é ainda indispensável ao


profissional, porque na ação humana “o fazer” e “o agir” estão interligados. O
fazer diz respeito à competência, a eficiência que todo profissional deve possuir
para exercer bem a sua profissão. O agir se refere à conduta do profissional, ao
conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho de sua profissão.

Ética profissional é o conjunto de normas éticas que formam a consciência do


profissional, e representam imperativos de sua conduta. É o conjugado de
atitudes, regras específicas, e maneiras de julgar as condutas morais, que
caracterizam os profissionais como grupo social.

Cada profissão tem o seu próprio código de ética, que pode variar ligeiramente,
graças a diferentes áreas de atuação.

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22

1.4 CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL

O Código de Ética Profissional é o conjunto de normas


éticas, que devem ser seguidas pelos profissionais no
exercício de seu trabalho. Este código é elaborado
pelos Conselhos, que representam e fiscalizam o
exercício da profissão. No caso do psicólogo, seu
trabalho deverá estar alicerçado em afazeres profissionais e sociais, seguindo as
regras do seu Código de Ética, porque é neste que estão agrupadas as
determinações sobre as suas normas e formas de conduta, condições
indispensáveis e necessárias ao relacionamento correto dos psicólogos entre si,
deles com seus pacientes e para com terceiros, interligando-se o saber fazer e o
saber conduzir-se para a integridade harmoniosa de seu procedimento social e
do seu comportamento profissional. Este código de ética configura-se mais em
uma ferramenta de reflexão do que um conjugado de diretrizes a serem seguidas
pelo psicólogo.

RESOLUÇÃO CFP Nº 010/05

Aprova o Código de Ética Profissional do Psicólogo.

O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas atribuições legais e


regimentais, que lhe são conferidas pela Lei no 5.766, de 20 de dezembro de
1971;

CONSIDERANDO o disposto no Art. 6º, letra “e”, da Lei no 5.766 de 20/12/1971,


e o Art. 6º, inciso VII, do Decreto nº 79.822 de 17/6/1977;

CONSIDERANDO o disposto na Constituição Federal de 1988, conhecida como


Constituição Cidadã, que consolida o Estado Democrático de Direito e legislações
dela decorrentes;

CONSIDERANDO decisão deste Plenário em reunião realizada no dia 21 de julho


de 2005;

RESOLVE:

Art. 1º - Aprovar o Código de Ética Profissional do Psicólogo.

Art. 2º - A presente Resolução entrará em vigor no dia 27 de agosto de 2005.

Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Resolução CFP


n º 002/87.

Brasília, 21 de julho de 2005.


Ana Mercês Bahia Bock/Conselheira-Presidente

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23

1.5 CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO

Toda profissão define-se a partir de um corpo de práticas que busca atender


demandas sociais, norteado por elevados padrões técnicos e pela existência de
normas éticas que garantam a adequada relação de cada profissional com seus
pares e com a sociedade como um todo.

Um Código de Ética profissional, ao estabelecer padrões esperados quanto às


práticas referendadas pela respectiva categoria profissional e pela sociedade,
procura fomentar a autorreflexão exigida de cada indivíduo acerca das suas
práxis, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e suas
consequências no exercício profissional. A missão primordial de um código de
ética profissional não é de normatizar a natureza técnica do trabalho, e, sim, a
de assegurar, dentro de valores relevantes para a sociedade e para as práticas
desenvolvidas, um padrão de conduta que fortaleça o reconhecimento social
daquela categoria.

O Código de Ética não prevê todas as


situações em que deverá ser aplicado.
Entretanto, apresenta os princípios que
embasarão a conduta profissional.

Códigos de Ética expressam sempre uma concepção de homem e de sociedade


que determina a direção das relações entre os indivíduos. Traduzem- se em
princípios e normas que devem se pautar pelo respeito ao sujeito humano e seus
direitos fundamentais. Por constituir a expressão de valores universais, tais como
os constantes na Declaração Universal dos Direitos Humanos; socioculturais, que
refletem a realidade do país; e de valores que estruturam uma profissão, um
código de ética não pode ser visto como um conjunto fixo de normas e imutável
no tempo. As sociedades mudam, as profissões transformam-se e isso exige,
também, uma reflexão contínua sobre o próprio código de ética que nos orienta.

Qualquer código de ética é sistematizado


historicamente e o do profissional
psicólogo foi influenciado pela Declaração
Universal dos Direitos Humanos.

A formulação deste Código de Ética, o terceiro da profissão de psicólogo no Brasil,


responde ao contexto organizativo dos psicólogos, ao momento do país e ao
estágio de desenvolvimento da Psicologia enquanto campo científico e
profissional. Este Código de Ética dos Psicólogos é reflexo da necessidade, sentida
pela categoria e suas entidades representativas, de atender à evolução do

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24

contexto institucional-legal do país, marcadamente a partir da promulgação da


denominada Constituição Cidadã, em 1988, e das legislações dela decorrentes.

Consoante com a conjuntura democrática vigente, o presente Código foi


construído a partir de múltiplos espaços de discussão sobre a ética da profissão,
suas responsabilidades e compromissos com a promoção da cidadania. O
processo ocorreu ao longo de três anos, em todo o país, com a participação direta
dos psicólogos e aberto à sociedade.

Este Código de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se mais de um


instrumento de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas pelo
psicólogo. Para tanto, na sua construção buscou-se:

Abaixo a relação dos pressupostos que


orientaram a edificação do nosso Código de
Ética e de suma importância para o
conhecimento do candidato:

a. Valorizar os princípios fundamentais como grandes eixos que devem orientar


a relação do psicólogo com a sociedade, a profissão, as entidades profissionais e
a ciência, pois esses eixos atravessam todas as práticas e estas demandam uma
contínua reflexão sobre o contexto social e institucional.

b. Abrir espaço para a discussão, pelo psicólogo, dos limites e interseções


relativos aos direitos individuais e coletivos, questão crucial para as relações que
estabelece com a sociedade, os colegas de profissão e os usuários ou beneficiários
dos seus serviços.

c. Contemplar a diversidade que configura o exercício da profissão e a crescente


inserção do psicólogo em contextos institucionais e em equipes multiprofissionais.

d. Estimular reflexões que considerem a profissão como um todo e não em suas


práticas particulares, uma vez que os principais dilemas éticos não se restringem
a práticas específicas e surgem em quaisquer contextos de atuação.

Ao aprovar e divulgar o Código de Ética Profissional do Psicólogo, a expectativa


é de que ele seja um instrumento capaz de delinear para a sociedade as
responsabilidades e deveres do psicólogo, oferecer diretrizes para a sua formação
e balizar os julgamentos das suas ações, contribuindo para o fortalecimento e
ampliação do significado social da profissão.

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Finalidades do Código de Ética

a) Delinear para a sociedade as responsabilidades e deveres do


psicólogo;
b) Oferecer diretrizes para a sua formação;
c) Balizar os julgamentos das suas ações;

Contribuir para o fortalecimento e ampliação do significado social


da profissão.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade,


da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores
que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das


pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas
de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

III. O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e


historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.

IV. O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo


aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia
como campo científico de conhecimento e de prática.

V. O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da


população às informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços
e aos padrões éticos da profissão.

VI. O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com
dignidade, rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.

Nessa situação, diante da degradação da


Psicologia presenciada pelo psicólogo, a
obrigatoriedade da ação deve fazer-se
presente.

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26

VII. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e


os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-
se de forma crítica e em consonância com os demais princípios deste Código.

Memorize o VII princípio na íntegra.


Extremamente cobrado em provas.

DAS RESPONSABILIDADES DO PSICÓLOGO

Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos:

a) Conhecer, divulgar, cumprir e fazer cumprir este Código;

b) Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as quais


esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente;

c) Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dignas e


apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, conhecimentos e
técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência psicológica, na ética e na
legislação profissional;

d) Prestar serviços profissionais em situações de calamidade pública ou de


emergência, sem visar benefício pessoal;

Na prática, o psicólogo em situações de


calamidade pública ou de emergência
deve apresentar-se para o exercício da
profissão mesmo que seja sem
remuneração.

e) Estabelecer acordos de prestação de serviços que respeitem os direitos do


usuário ou beneficiário de serviços de Psicologia;

f) Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos,


informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo
profissional;

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27

A “quem de direito” refere-se ao usuário do


serviço e/ou seu responsável.

g) Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de


serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a tomada
de decisões que afetem o usuário ou beneficiário;

h) Orientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados, a partir


da prestação de serviços psicológicos, e fornecer, sempre que solicitado, os
documentos pertinentes ao bom termo do trabalho;

i) Zelar para que a comercialização, aquisição, doação, empréstimo, guarda e


forma de divulgação do material privativo do psicólogo sejam feitas conforme os
princípios deste Código;

j) Ter, para com o trabalho dos psicólogos e de outros profissionais, respeito,


consideração e solidariedade, e, quando solicitado, colaborar com estes, salvo
impedimento por motivo relevante;

”quando solicitado” implica em:

 A pedido de outro profissional responsável


pelo serviço;
 Em caso de emergência ou risco ao
beneficiário;
 Quando o trabalho do outro profissional
estiver encerrado;
 Quando for a metodologia adotada.

k) Sugerir serviços de outros psicólogos, sempre que, por motivos justificáveis,


não puderem ser continuados pelo profissional que os assumiu inicialmente,
fornecendo ao seu substituto as informações necessárias à continuidade do
trabalho;

l) Levar ao conhecimento das instâncias competentes o exercício ilegal ou


irregular da profissão, transgressões a princípios e diretrizes deste Código ou da
legislação profissional.

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Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:

a) Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência,


discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão;

b) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de


orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas
funções profissionais;

c) Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticas


psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de
violência;

d) Acumpliciar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou favoreçam o


exercício ilegal da profissão de psicólogo ou de qualquer outra atividade
profissional;

e) Ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou


contravenções penais praticados por psicólogos na prestação de serviços
profissionais;

f) Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços de atendimento


psicológico cujos procedimentos, técnicas e meios não estejam regulamentados
ou reconhecidos pela profissão;

g) Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnicocientífica;

h) Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas psicológicas,


adulterar seus resultados ou fazer declarações falsas;

i) Induzir qualquer pessoa ou organização a recorrer a seus serviços;

j) Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo com
o atendido, relação que possa interferir negativamente nos objetivos do serviço
prestado;

k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos


pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do
trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação;

l) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando benefício


próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com a qual mantenha
qualquer tipo de vínculo profissional;

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m) Prestar serviços profissionais a organizações concorrentes de modo que


possam resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de
informações privilegiadas;

n) Prolongar, desnecessariamente, a prestação de serviços profissionais;

o) Pleitear ou receber comissões, empréstimos, doações ou vantagens outras de


qualquer espécie, além dos honorários contratados, assim como intermediar
transações financeiras;

p) Receber, pagar remuneração ou porcentagem por encaminhamento de


serviços;

q) Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar resultados de


serviços psicológicos em meios de comunicação, de forma a expor pessoas,
grupos ou organizações.

Releia os Artigos 1º e 2º até a efetiva


memorização, uma vez que os mesmos são
facilmente identificáveis em provas.

Art. 3º – O psicólogo, para ingressar, associar-se ou permanecer em uma


organização, considerará a missão, a filosofia, as políticas, as normas e as
práticas nela vigentes e sua compatibilidade com os princípios e regras deste
Código.

Parágrafo único: Existindo incompatibilidade, cabe ao psicólogo recusar-se a


prestar serviços e, se pertinente, apresentar denúncia ao órgão competente.

Art. 4º – Ao fixar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo:

a) Levará em conta a justa retribuição aos serviços prestados e as condições do


usuário ou beneficiário;

b) Estipulará o valor de acordo com as características da atividade e o comunicará


ao usuário ou beneficiário antes do início do trabalho a ser realizado;

c) Assegurará a qualidade dos serviços oferecidos independentemente do valor


acordado.

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Art. 5º – O psicólogo, quando participar de greves ou paralisações, garantirá


que:

a) As atividades de emergência não sejam interrompidas;

b) Haja prévia comunicação da paralisação aos usuários ou beneficiários dos


serviços atingidos pela mesma.

Art. 6º – O psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos:

a) Encaminhará a profissionais ou entidades habilitados e qualificados demandas


que extrapolem seu campo de atuação;

b) Compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço


prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a
responsabilidade, de quem as receber, de preservar o sigilo.

O psicólogo poderá decidir pela quebra de


sigilo quando a situação visa o menor prejuízo,
ainda assim utilizar exclusivamente
informações necessárias.

Art. 7º – O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que


estejam sendo efetuados por outro profissional, nas seguintes situações:

a) A pedido do profissional responsável pelo serviço;

b) Em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do serviço, quando


dará imediata ciência ao profissional;

c) Quando informado expressamente, por qualquer uma das partes, da


interrupção voluntária e definitiva do serviço;

d) Quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer parte da


metodologia adotada.

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Art. 8º – Para realizar atendimento não eventual de criança, adolescente ou


interdito, o psicólogo deverá obter autorização de ao menos um de seus
responsáveis, observadas as determinações da legislação vigente:

”Ao menos um dos responsáveis” não


necessariamente refere-se aos pais, desde
que esse (avó, tio ou outro), encontre-se
habilitado legalmente para tal.

§1° – No caso de não se apresentar um responsável legal, o atendimento deverá


ser efetuado e comunicado às autoridades competentes;

§2° – O psicólogo responsabilizar-se-á pelos encaminhamentos que se fizerem


necessários para garantir a proteção integral do atendido.

Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger,


por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações,
a que tenha acesso no exercício profissional.

O psicólogo poderá decidir pela quebra de


sigilo quando a situação visa o menor
prejuízo.

Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre as exigências


decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais
deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir
pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.

Parágrafo único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo,


o psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente
necessárias.

Art. 11 – Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá prestar


informações, considerando o previsto neste Código.

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Art. 12 – Nos documentos que embasam as atividades em equipe


multiprofissional, o psicólogo registrará apenas as informações necessárias para
o cumprimento dos objetivos do trabalho.

Art. 13 – No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, deve ser


comunicado aos responsáveis o estritamente essencial para se promoverem
medidas em seu benefício.

Art. 14 – A utilização de quaisquer meios de registro e observação da prática


psicológica obedecerá às normas deste Código e a legislação profissional vigente,
devendo o usuário ou beneficiário, desde o início, ser informado.

Art. 15 – Em caso de interrupção do trabalho do psicólogo, por quaisquer


motivos, ele deverá zelar pelo destino dos seus arquivos confidenciais.

§ 1° – Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deverá repassar todo o


material ao psicólogo que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo para posterior utilização
pelo psicólogo substituto.

§ 2° – Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo responsável


informará ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a destinação dos
arquivos confidenciais.

Art. 16 – O psicólogo, na realização de estudos, pesquisas e atividades voltadas


para a produção de conhecimento e desenvolvimento de tecnologias:

a) Avaliará os riscos envolvidos, tanto pelos procedimentos, como pela


divulgação dos resultados, com o objetivo de proteger as pessoas, grupos,
organizações e comunidades envolvidas;

b) Garantirá o caráter voluntário da participação dos envolvidos, mediante


consentimento livre e esclarecido, salvo nas situações previstas em legislação
específica e respeitando os princípios deste Código;

c) Garantirá o anonimato das pessoas, grupos ou organizações, salvo interesse


manifesto destes;

d) Garantirá o acesso das pessoas, grupos ou organizações aos resultados das


pesquisas ou estudos, após seu encerramento, sempre que assim o desejarem.

Art. 17 – Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar,


orientar e exigir dos estudantes a observância dos princípios e normas contidas
neste Código.

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Art. 18 – O psicólogo não divulgará, ensinará, cederá, emprestará ou venderá a


leigos instrumentos e técnicas psicológicas que permitam ou facilitem o exercício
ilegal da profissão.

Art. 19 – O psicólogo, ao participar de atividade em veículos de comunicação,


zelará para que as informações prestadas disseminem o conhecimento a respeito
das atribuições, da base científica e do papel social da profissão.

Art. 20 – O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por quaisquer


meios, individual ou coletivamente:

a) Informará o seu nome completo, o CRP e seu número de registro;

b) Fará referência apenas a títulos ou qualificações profissionais que possua;

c) Divulgará somente qualificações, atividades e recursos relativos técnicas e


práticas que estejam reconhecidas ou regulamentadas pela profissão;

d) Não utilizará o preço do serviço como forma de propaganda;

e) Não fará previsão taxativa de resultados;

f) Não fará autopromoção em detrimento de outros profissionais;

g) Não proporá atividades que sejam atribuições privativas de outras categorias


profissionais;

h) Não fará divulgação sensacionalista das atividades profissionais.

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 21 – As transgressões dos preceitos deste Código constituem infração


disciplinar com a aplicação das seguintes penalidades, na forma dos dispositivos
legais ou regimentais:

a) Advertência;

b) Multa;

c) Censura pública;

d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad referendum


do Conselho Federal de Psicologia;

e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de


Psicologia.

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Art. 22 – As dúvidas na observância deste Código e os casos omissos serão


resolvidos pelos Conselhos Regionais de Psicologia, adreferendum do Conselho
Federal de Psicologia.

Art. 23 – Competirá ao Conselho Federal de Psicologia firmar jurisprudência


quanto aos casos omissos e fazê-la incorporar a este Código.

Art. 24 – O presente Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de


Psicologia, por iniciativa própria ou da categoria, ouvidos os Conselhos Regionais
de Psicologia.

Art. 25 – Este Código entra em vigor em 27 de agosto de 2005.

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35

Dos Deveres Fundamentais do psicólogo:

 Representar contra exercício ilegal ou irregular da profissão,


transgressões a princípios e diretrizes deste Código ou da legislação
profissional;
 Fornecer informações transmitindo apenas o que for necessário
para tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário;
 Encaminhar quando necessário;
 Atuar em situações de calamidade pública;
 Atuar naquilo que é capacitado, com qualidade e seguindo
princípios fundamentais.

O que é vedado ao psicólogo:

 Ser cúmplice do exercício ilegal da profissão e de psicólogos com


práticas não reconhecidas;
 Praticar atos que caracterizem negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão;
 Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, religiosas, de
orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do
exercício das suas funções profissionais;
 Induzir qualquer pessoa ou organização a recorrer a seus serviços;
 Estabelecer vínculos ou visar benefício próprio seja no atendimento
ou na avaliação psicológica, que prejudiquem a qualidade do trabalho;

Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico científica


ou interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas.

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2. QUESTÕES COMENTADAS

(CESPE–2011) Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deve manter


consigo laudos, relatórios e todo material relativo aos serviços prestados, sendo-
lhe vedado passar esses documentos a seu substituto, visto que este não será o
psicólogo responsável pelo sigilo dessas informações, que cabe apenas ao
psicólogo que as coletou.

a) Certo

b) Errado

Comentários:
A questão cobra do candidato o conhecimento exato do Código de Ética. Em seu
Art.15, o referido código aponta:
Art. 15 – Em caso de interrupção do trabalho do psicólogo, por quaisquer
motivos, ele deverá zelar pelo destino dos seus arquivos confidenciais.

Existem ainda outras situações referentes as responsabilidades do psicólogo que


constam no Código de Ética. São elas:

§ 1° – Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deverá repassar todo o


material ao psicólogo que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo para posterior utilização
pelo psicólogo substituto.

§ 2° – Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo responsável


informará ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a destinação dos
arquivos confidenciais.

Gabarito: b

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37

(FUNRIO-2013) As transgressões dos preceitos do Código de Ética Profissional


do Psicólogo constituem infração disciplinar com a aplicação das seguintes
penalidades, na forma dos dispositivos legais ou regimentais:

I. Advertência
II. Censura pública
III. Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad referendum
do Conselho Federal de Psicologia.
IV. Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de
Psicologia.
V. Prisão por tempo estipulado pelo Presidente do Conselho Federal de Psicologia.
Dentre estas, só se referem ao citado código as seguintes penalidades:

a) I, II, III e IV.

b) I, II, IV e V.

c) I, III, IV e V.

d) II, III, IV e V.

e) I, III e V

Comentários: Ótima oportunidade para abordarmos a questão das:


penalidades disciplinares

O Art. 21 do Código de Ética do Profissional Psicólogo traz algumas


disposições quanto às penalidades e afirma:

Art. 21– As transgressões dos preceitos deste Código constituem infração


disciplinar com a aplicação das seguintes penalidades, na forma dos dispositivos
legais ou regimentais:

a) Advertência;
b) Multa;
c) Censura pública;
d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad referendum
do Conselho Federal de Psicologia;
e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de
Psicologia.

Gabarito: a

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(Quadrix–2012) As transgressões dos preceitos do Código de Ética


Profissional do Psicólogo constituem infração disciplinar com a aplicação das
seguintes penalidades, na forma dos dispositivos legais ou regimentais:

a) Advertência; Multa; Censura pública; Suspensão do exercício profissional, por


até 30 (trinta) dias, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia; Cassação
do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia.

b) Advertência escrita; Multa; Censura pública; Suspensão do exercício


profissional, por até 30 (trinta) dias, ad referendum do Conselho Regional de
Psicologia; Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho
Regional de Psicologia.

c) Advertência; Multa; Censura pública; Suspensão do exercício profissional, por


até 20 (trinta) dias, ad referendum do Conselho Regional de Psicologia; Cassação
do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia.

d) Advertência Verbal; Multa; Censura pública; Suspensão do exercício


profissional, por até 60 (trinta) dias, ad referendum do Conselho Regional de
Psicologia; Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho
Federal de Psicologia.

e) Advertência; Multa; Censura pública; Suspensão do exercício profissional, por


até 10 (trinta) dias, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia; Cassação
do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia.

Comentários: Observe que a banca tenta confundir o candidato em algumas


alternativas afirmando que a suspensão e a cassação ocorrem por meio do
Conselho Regional de Psicologia, quando na verdade é pelo Conselho
Federal de Psicologia.

Revisando:

Art. 27º. As penas aplicáveis por infrações disciplinares são as seguintes:


I- Advertência;
II- Multa;
III- Censura;
IV- Suspensão do exercício profissional, até 30 (trinta) dias;
V- Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal.

Gabarito: a

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39

(FUNIVERSA-2015)

Um código de ética profissional, ao estabelecer padrões esperados quanto às


práticas referendadas pela respectiva categoria profissional e pela sociedade,
procura fomentar a autorreflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis,
de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e suas
consequências no exercício profissional. A missão primordial de um código de
ética profissional não é normatizar a natureza técnica do trabalho, e, sim,
assegurar, dentro de valores relevantes para a sociedade e para as práticas
desenvolvidas, um padrão de conduta que fortaleça o reconhecimento social
daquela categoria.

Código de ética profissional do psicólogo. 2014. p. 5 (com adaptações).

De acordo com o texto, o código de ética profissional do psicólogo tem a


missão de:

a) assegurar a técnica dos trabalhos em psicologia.

b) estabelecer padrões que permitam responsabilizar o psicólogo por ações e


respectivas consequências no exercício profissional.

c) normatizar a natureza técnica do trabalho do psicólogo.

d) fomentar o julgamento acerca da prática de cada profissional.

e) servir como manual prático da profissão.

Comentários:

Essa questão caberia recurso. Diz o código de ética, já na introdução: Este Código
. aproximar-se mais de um instrumento
de Ética pautou-se pelo princípio geral de
de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas pelo psicólogo.

Então, nesse caso a resposta da questão NÃO expressa a missão do código.

Gabarito: b

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(NC-UFPR-2010) A participação do psicólogo em equipes multiprofissionais


requer alguns cuidados para se manter uma postura ética. O atual código de
ética profissional do psicólogo recomenda:

a) o empréstimo de instrumentos da psicologia a outros profissionais da equipe.

b) o registro de relatos dos atendimentos, que devem ser feitos de modo


detalhado e integral.

c) a paralisação de todos os atendimentos, inclusive os serviços emergenciais,


quando o profissional participar de greves.

d) o pagamento de um percentual da remuneração inicial quando o cliente é


encaminhado por profissionais ou instituições externas

e) o arquivamento dos documentos elaborados por um período de pelo menos


cinco anos.

Comentários:

 Art. 4°. A guarda do registro documental é de responsabilidade do psicólogo


e/ou da instituição em que ocorreu o serviço. § 1.° O período de guarda deve
ser de no mínimo 05 anos, podendo ser ampliado nos casos previstos em lei,
por determinação judicial, ou ainda em casos específicos em que seja
necessária a manutenção da guarda por maior tempo.

Gabarito: e

(FUNIVERSA-2010) O registro de atendimentos individuais ou em grupo é


de responsabilidade do psicólogo. Quando se tratar de trabalho em equipe
multiprofissional, o registro deve ser realizado em:

a) prontuário exclusivo para atendimento psicológico, devendo ser registradas


apenas as informações necessárias ao cumprimento do trabalho.

b) prontuário individual, devendo ser registradas todas as informações fornecidas


pelo paciente.

c) prontuário único, devendo ser registradas apenas as informações necessárias


ao cumprimento do trabalho.

d) ficha de acompanhamento, devendo ser registradas apenas as informações


necessárias ao cumprimento do trabalho.

e) relatório de estudo de caso, devendo ser registradas todas as informações


fornecidas pelo paciente e seus familiares.

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41

Comentários: “Resolução CFP Nº 001/2009 Dispõe sobre a obrigatoriedade do


registro documental decorrente da prestação de serviços psicológicos.

Art. 6º. Quando em serviço multiprofissional, o registro deve ser realizado em


prontuário único.

Parágrafo único. Devem ser registradas apenas as informações necessárias ao


cumprimento dos objetivos do trabalho."

Gabarito: c

(FUNIVERSA-2010) De acordo com a Resolução n.º 007/2003 do Conselho


Federal de Psicologia, o psicólogo, ao elaborar um documento decorrente de
um processo de avaliação psicológica, deverá

a) elaborar ficha de acompanhamento, a fim de delimitar seu objeto de estudo.

b) considerar o perfil estático do instrumento, colocando o objeto de estudo em


lugar pré-definido.

c) arrolar os fatores quantitativos que apontam para uma única hipótese


diagnóstica.

d) registrar seu parecer em prontuário único, bem como sua hipótese diagnóstica.

e) considerar a natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada de seu objeto


de estudo.

Comentários:

No item 2.2 (Princípios Técnicos) da Resolução n.º 007/2003 consta:

O processo de avaliação psicológica deve considerar que os objetos


deste procedimento (as questões de ordem psicológica) têm determinações
históricas, sociais, econômicas e políticas, sendo as mesmas, elementos
constitutivos no processo de subjetivação.

O DOCUMENTO, portanto, deve considerar a natureza dinâmica, não


definitiva e não cristalizada do seu objeto de estudo.

Gabarito: e

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3. QUESTÕES GABARITADAS

1. (AOCP-2015) Assinale a alternativa que apresenta as condições


indispensáveis para uma vida ética.

a) Verdade e humildade.

b) Consciência e responsabilidade.

c) Poder e autoridade.

d) Conhecimento e inteligência.

2. (AOCP-2015) A expressão gestão ética passou a ser utilizada com muita


intensidade na administração pública brasileira, com algumas características
básicas que constituem a essência da gestão da ética, que tem por objetivo o
estabelecimento de um padrão ético efetivo. Quais são as características que
compõem um eixo bem definido pelo qual transita a gestão da ética?

a) Valores morais, princípios práticos e imposição legal.

b) Moralidade, impessoalidade e legalidade.

c) Valores éticos, normas de conduta e administração.

d) Eficiência, respeito e publicidade.

e) Valores políticos, práticas administrativas e organização.

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3. (AOCP-2015) Na perspectiva dos valores éticos orientadores da área da


saúde, destacam-se atitudes de dimensões amplas, que, embora tenham uma
relação direta, podem ser divididas didaticamente e trabalhadas em separado.
Ante o exposto, assinale a alternativa que NÃO apresenta uma atitude dentro da
perspectiva da ética.

a) Respeito.

b) Responsabilidade.

c) Solidariedade.

d) Empatia.

e) Autonomia.

4. (AOCP-2015) É importante pautar a atuação profissional seguindo quais


princípios bioéticos?

a) Respeito à autonomia: as pessoas têm o direito de decidir sobre as questões


relacionadas ao seu corpo e à sua vida. Na atenção à saúde, as ações não
necessitam ser autorizadas pelas pessoas.

b) Beneficência: refere-se à obrigação ética de maximizar o prejuízo e minimizar


o benefício.

c) Não maleficência: refere-se à ação que faz o mal: a finalidade é reduzir os


efeitos adversos ou indesejáveis das ações diagnósticas e terapêuticas no ser
humano.

d) Justiça e equidade: todas as pessoas devem ser tratadas com igual


consideração. Por sua vez, as especificidades das pessoas e dos grupos devem
ser levadas em conta, a partir do que os recursos e esforços devem ser
direcionados em maior proporção àqueles que precisam mais ou estão em maior
risco de adoecer/morrer, sem prejuízo da atenção à população como um todo.

e) Consentimento informado: a pessoa faz escolhas com autonomia,


compreendendo o que será realizado, exceto em situação de risco de morte.
Nesta situação, o profissional decide o melhor para os indivíduos.

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5. (IADES-2014) No que se refere à ética e à moral, assinale a alternativa


correta.

a) O exercício de um pensamento crítico e reflexivo acerca dos valores e costumes


vigentes tem início na cultura ocidental, na sociedade moderna.

b) O senso moral e a consciência moral têm como pressuposto fundamental a


ideia de um agente moral, o qual é assumido pelo conjunto da sociedade.

c) A moral resulta da reflexão com relação à ética, que vem do grego ethos, e é
constituída de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento
humano.

d) Tanto a ética quanto a moral são responsáveis por construir as bases que
guiam a conduta do homem.

e) Moral e ética são palavras que têm origens distintas, latim e grego, porém têm
o mesmo significado.

6. (IADES-2011) Assinale a alternativa que estabelece corretamente as


características de moral.

a) A moral resulta do conjunto de leis, costumes e tradições de uma sociedade e


é subordinada a ética comportamental definida em regras constitucionais.

b) Entende-se por moral, um conjunto de regras consideradas válidas para uma


maioria absoluta, que valem-se dela para impor conduta ética aos demais
cidadãos.

c) A moral é mutável e varia de acordo com o desenvolvimento de cada


sociedade. Ela norteia os valores éticos na Administração Pública.

d) A moral é mais flexível do que a lei, por variar de indivíduo para indivíduo, e
afeta diretamente a prestação dos serviços públicos por criar condições para uma
ética flexível no atendimento às necessidades básicas da população.

e) A ética confunde-se com a moral como um dos parâmetros para a avaliação


do grau de desenvolvimento de determinada sociedade e, consequente,
padronização da prestação dos serviços públicos comunitários.

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4.GABARITO

01 02 03 04 05 06

B C E D D C

FOCO, FORÇA, FÉ!

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5. REFERÊNCIAS

BRITTO, José Henrique Silveira. Deontologia e Direitos humanos in: Ordem


dos Enfermeiros. N°31, dez 2008.

Decreto Nº 6.177, de 1º de agosto de 2007.


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2007/decreto/d6177.htm.Acesso em 12/02/2016

HERKENHOFF, João Baptista. Direitos Humanos: uma ideia, muitas vozes. 3.


ed. Aparecida (SP): Editora Santuário, 2001.

OLIVEIRA, Antônio Roberto. Ética profissional


http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos/ifpa/tecnico_metalurgica/etica_profissio
nal.pdf. Acesso em 14/02/2016

UNESCO, Programa Regional de Bioética e Ética da Ciência. Programa de


Educação em Ética, 2015. Disponível
em:http://www.unesco.org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/FIELD/Montevideo/pdf/
Bioet-CoreCurriculum-PT-Parte1.pdf. Acesso em: 10/02/16.

Declaração Universal dos Direitos


Humanos.http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2009/11/declaracao-
universal-dos-direitos-humanos-garante-igualdade-social. Acesso em
15/02/2016.

SILVA, Ariana Kelly Leandra Silva da. Diversidade sexual e de gênero: a


construção do sujeito social. Rev. NUFEN, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 12-25,
2013. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-
25912013000100003&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 15 fev. 2016.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2007/decreto/d6177.htm.Acesso em 12/02/2016 Decreto e Convenção.

Ética e Cidadania-Construindo Valores na Escola e na Sociedade-


Ministério da Educação Secretaria de Educação Básica.
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Etica/liv_etic_cidad.pdf

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MEDEIROS, Marcelo. O que é bioética. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro


, v. 8, n. 1, p. 315-316, 2003 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232003000100025&lng=en&nrm=iso>. Accesso em 01 de março de 2016
on 01 Mar. 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232003000100025.

http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/modulo_bioetica/Aula01.
pdfBioética: conceito, fundamentação e princípios Cilene Rennó Junqueira

http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001461/146180por.pdf Declaração
Universal sobre Bioética e Direitos Humanos acesso em 02 de março de
2016.

http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf RESOLUÇÃO Nº
466, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012.acesso 02 de março de 2016

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Código de Ética Profissional do


Psicólogo. Brasília: CFP, 2005. Disponível em:
<http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/legislacao/codigo_etica>. Acesso em: 22
jan. 2016.

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