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Balança de Pagamentos
Sistema de contas onde se registam todos os fluxos económicos que entram e saem de um país. É um
instrumento de análise económica que permite tirar conclusões sobre a situação económica do país e a sua
maior ou menor dependência do exterior.
mercadorias
serviços (inclui royalties, marcas, franchising, copyrights ou outros ativos não financeiros)
rendimentos
transferências correntes
Transferências de Capital (perdão de dívidas entre países, património que os emigrantes trazem
quando regressam definitivamente, fundos da UE)
aquisição/cedência de ativos não produzidos não financeiros
investimento direto
investimento de carteira
derivados financeiros
outros investimentos
ativos de reserva
Erros e Omissões
Protecionismo
Defende a intervenção do Estado no que respeita à proteção das indústrias nacionais contra a concorrência
externa. Consiste no comércio com obstáculos tendo em vista a proteção da produção nacional. O
protecionismo não é contra a abertura da economia nacional ao exterior, mas adota medidas que levem a
que esse comércio não seja de grande quantidade, com o objetivo de favorecer a economia nacional. A
autarcia é assim uma forma extrema de protecionismo, pois consiste no isolamento voluntário adotado por
países que se pretendem desenvolver sem articulação com outras economias.
Principais instrumentos:
Barreiras alfandegárias (tarifárias ou não tarifárias) - tarifárias - direitos aduaneiros cobrados aos
produtos importados; assim os bens tornam-se mais caros para quem os adquire, fazendo diminuir as
importações (são impostos que tornam os produtos vindos do exterior mais caros) ; as não tarifárias são
a contingentação (que consiste na fixação de limites em quantidade de um bem importado)
Subsídios à exportação - servem para encorajar as empresas exportadores a produzirem mais bens para
o Resto do Mundo (o Estado fornece subsídios aos produtores para tornarem os produtos mais baratos)
Desvalorização da moeda - a moeda nacional passa a valer menos, o que torna os produtos exportados
mais baratos, fazendo aumentar as exportações
Existe ainda o dumping que consiste na venda de produtos a baixo do preço de custo ou a preços
inferiores aos que são praticados em território nacional
O protecionismo é apenas justificável para empresas novas (indústrias nascentes), pois esta ainda não está
preparada para enfrentar a concorrência. Esta protecionismo deve ser sempre temporário, limitado e
exclusivo para que estas empresas se possam adaptar ao mercado. Este protecionismo justifica-se também
pela proteção dos postos de trabalho, pois sem esta proteção inicial existe uma grande probabilidade de
falência de novas empresas. No entanto, o protecionismo tem efeitos perversos, pois as razões alegadas
para a sua implementação (como tornar as indústrias nascentes mais sólidas e competitivas), acabam por se
voltar contra o desenvolvimento. As indústrias que beneficiam desta situação de exceção se acomodem aos
lucros fáceis, devido à ausência de concorrência, e acabam por não tomar medidas para se prepararem para
os mercados e para a concorrência. Assim, o protecionismo, acaba por não estimular a adaptação da
economia à concorrência externa. Foi o que sucedeu com a indústria portuguesa, f ortemente protegida na
década de 50.
Livre-cambismo
Defende que o comércio internacional deve funcionar segundo as leis de mercado, sem intervenção estatal.
Consiste no comércio sem obstáculos nem encargos.
Teoria das vantagens absolutas - cada país deve especializar-se na produção dos bens para os quais é
mais dotado, libertando os outros países para a produção dos outros bens; dar-se-ia uma divisão do
trabalho a nível internacional - Divisão Internacional do Trabalho (DIT) - que beneficiaria todos,
originando bens mais baratos e de melhor qualidade (devido à especialização) e aumentar o comércio e
a produção mundial
Teoria das vantagens comparativas - mesmo se um país conseguir produzir todos os bens com mais
vantagens, ele deverá deixar a produção de alguns bens para outros países; um país deverá especializar-
se na produção do bem para o qual é menos ineficiente
Funções jurídicas:
Legislativa - elaboração de leis (Assembleia da República)
Executiva - concretização de leis, colocando-as em prática (Governo)
Judicial - administração da justiça (Tribunais)
Setor Público Administrativo (SPA) - trata dos assuntos de interesse geral para o país, visando a
satisfação das necessidades coletivas não tendo fins lucrativos; este procede à redistribuição do
rendimento através dos impostos, taxas e contribuições
Setor Empresarial do Estado (SEE) - setor produtivo do Estado; é através deste setor que o Estado
intervém na economia como empresário; incluem-se as empresas públicas, em que o capital é
totalmente do Estado, as empresas mistas, cujos menos de 50% dos capitais são públicos; e as
empresas intervencionadas, que o Estado apoia temporariamente em situações que considera
críticas
Nacionalizações: consiste na transferência de uma empresa (agrícola, industrial, comercial) para o Estado,
com ou sem indemnizações aos antigos proprietários. As razões são:
a grande importância que a empresa tem para o país, pelo que a empresa deve passar para o Estado,
visto que este preserva melhor os interesses da coletividade
a situação de desagregação de algumas empresas, de forma que é previsível a sua falência; esta
deve passar para o Estado de maneira a evitar o desemprego dos trabalhadores
importância da empresa;
situação de desagregação da empresa;
não satisfação das necessidades das populações;
má administração e boicote ao desenvolvimento.
Privatizações: O Estado aliena, totalmente ou em parte, o capital de uma empresa pública, passando este
para a posse de entidades privadas. Estas operações são efetuadas nas Bolsas de Valores.
Após o 25 de Abril de 1974, deu-se um processo maciço de nacionalizações. A partir de 1978, o processo
começou a inverter-se e algumas das empresas nacionalizadas foram devolvidas. Por outro lado, enquanto
se preparava a revisão da Constituição de 1989, o Estado foi privatizando até 49% do capital de algumas
empresas públicas, sendo o limite máximo permitido até então.
Depois da revisão da Constituição, em 1989, passou a ser possível efetuar privatizações de 100% do capital.
Atualmente, a tendência é de reduzir a intervenção do Estado e do seu setor empresarial.
As privatizações mais significativas foram na banca, nos seguros, nos transportes rodoviários, nas
telecomunicações, no petróleo, na siderurgia, nos cimentos, na pasta de papel, na alimentação, nas cervejas
e no tabaco. As receitas obtidas com as privatizações ajudaram a diminuir significativamente a dívida
pública.
Estado liberal - O Estado liberal surge no século XVIII como resultado das revoluções liberais em França e
Inglaterra. Este assenta em pressupostos como a propriedade privada, redução do poder político, ordem
espontânea, igualdade perante a lei e funcionamento livre do mercado. Este posicionamento do Estado
corresponde ao início do capitalismo. O capitalismo, assenta na liberdade de iniciativa (possibilidade de
qualquer indivíduo utilizar os seus meios de produção na atividade produtiva) e na liberdade de
concorrência (qualquer empresa pode competir com as outras, em qualquer ramo de atividade).
Estes tipos de liberdade, aliados à existência de muitas empresas de pequena dimensão, fizeram com que a
esfera económica ficasse reservada às empresas privadas, movidas pelo lucro. Surgiram os monopólios e os
oligopólios, característicos de um mercado de concorrência imperfeita.
Começa a iniciar-se uma crise, devido ao Estado não ser capaz de dar resposta às questões sociais; o
mecanismo de mercado não conseguia resolver todos os problemas através da sua autorregulação. A crise
económica, originada nos EUA (1929) devido a um excesso de produção face à procura, que os produtores
não conseguiam fazer escoar, provocou um aumento dramático do desemprego, que se fez sentir em todo o
mundo. Assim, John Maynard Keynes, economista, defende como resposta à crise, que o Estado deveria
alargar a sua intervenção a determinadas áreas de cariz social. Defende, ainda, que o investimento efetuado
pelo Estado poderia contribuir para criar emprego, e assim, gerar mais rendimento.
Estado intervencionista - Perante esta incapacidade de as leis do mercado regularem a economia, o Estado
foi forçado a intervir. Começou pela nacionalização de vários setores vitais da economia, relacionados com
bens essenciais para a sociedade (eletricidade, gás, carvão). O Estado passou a assumir a responsabilidade
de garantir melhores condições sociais, nomeadamente aos mais necessitados, criando um sistema de
Segurança Social, começando a redistribuir os rendimentos do país e criando subsídios. Assim, o Estado
assume um papel protetor dos cidadãos, garantindo condições de vida condignas.
O planeamento
Permite articular iniciativas públicas e privadas, no sentido de potenciar a capacidade da economia, e assim,
maximizar a eficiência económica da produção garantindo maximizar a satisfação das necessidades
individuais e coletivas, com o mínimo dispêndio de recursos materiais, financeiros e humanos. Fatores que
levam a adotar o planeamento nas economias capitalistas:
a múltipla intervenção do Estado, não só através das empresas públicas mas ainda das suas políticas
económicas, carece de uma previsão e de uma coordenação, a nível nacional, que só o Plano pode
fornecer;
a dimensão de determinadas empresas privadas exige uma organização e um estudo previsional
que só através do Plano é possível;
a correção dos desequilíbrios, nos complicados esquemas nacionais ou internacionais, não se
consegue senão através de uma ação coordenada por um Plano.
Assim, o Plano surge como instrumento importante na condução da atividade económica, que permite
adequar os recursos existentes às necessidades da coletividade. A intervenção do Estado nestas economias
não põe em causa a propriedade privada, sendo:
indicativo para o setor privado - para os objetivos definidos no Plano sejam atingidos, o Estado (já
que não pode obrigar o setor privado a aceitá-los) lança mão de determinadas estratégias (como
políticas fiscais, regulamentação de preços taxas de juro, etc)
imperativo para o setor público - os administradores das empresas públicas são obrigados a cumprir
os objetivos definidos pelo Plano
O Orçamento de Estado
Documento onde são previstas o montante de despesas que o Estado irá efetuar e de receitas que irá obter,
para determinado período de tempo, geralmente um ano. É fundamental pois é a partir deste que é possível
compreender quais as prioridades do Governo para o ano em questão.
Despesas públicas - constituídas pelos gastos do Estado no exercício das suas funções. Podem ser
despesas correntes ou de capital
Receitas públicas - arrecadadas pelo Estado para financiar as suas despesas; são constituídas pelas
receitas patrimoniais ou voluntárias, pelas receitas coativas ou obrigatórias (taxas, impostos,
contribuições para a seg. social) e pelas receitas creditícias
Impostos - principal fonte de receitas do Estado; dividem-se em impostos diretos e indiretos
Saldo orçamental - diferença entre as receitas e as despesas públicas, num determinado ano;
podemos identificar três definições: saldo orçamental corrente, saldo orçamental convencional ou
total e saldo orçamental primário
Dívida pública - contraída pelo Estado devido à existência de défices orçamentais; pode ser interna
ou externa consoante os financiadores sejam residentes ou não residentes; quer o saldo orçamental
em percentagem do PIB, quer a dívida pública em percentagem do PIB, são indicadores utilizados
pela Comissão Europeia a fim de promover a convergência monetária das economias da Zona Euro
Por exemplo, um aumento das despesas públicas com um aumento do rendimento disponível das famílias
(aumentando o salário mínimo ou subsídios) terá uma repercussão positiva na procura (consumo e
investimento), pois vai ter um impacto positivo no consumo das famílias (que terá um maior rendimento
disponível), no consumo público e no investimento das empresas.
Impostos diretos - incidem sobre os rendimentos ou património dos contribuintes (IRS, IRC, imposto
municipal de imóveis)
Impostos indiretos - incidem sobre o consumo ou despesa (IVA, imposto sobre o tabaco)
Saldo orçamental
é constituído pela diferença entre as receitas e as despesas de um determinado ano. Se as receitas
excederam as despesas, o saldo é positivo - superavit - se as receitas forem iguais às despesas, o saldo é nulo
- equilíbrio - e se as receitas forem inferiores às despesas, o saldo é negativo - défice.
estruturais - têm como objetivo a alteração do funcionamento e das estruturas em que assenta a
economia; os efeitos fazem-se sentir a médio/longo prazo; ex:
conjunturais (ou de estabilização) - promovem a estabilização da economia, corrigindo os
desequilíbrios; os seus efeitos fazem-se sentir a curto prazo; ex: política orçamental, fiscal,
monetárias, etc.
Política orçamental: Conjunto de medidas inscritas no Orçamento do Estado que visam a correção
da distribuição primária do rendimento;
- Maior satisfação das necessidades sociais, investindo mais em áreas como a saúde, educação,
defesa, etc.
- A promoção de uma eficiente utilização dos recursos disponíveis, por exemplo, através da
imputação de custos sobre os agentes poluidores, a potenciação do crescimento económico de
modo que o nível de bem-estar da população possa melhorar, etc.
- As opções passam pelo aumento ou pela diminuição da despesa e receita públicas, que se
consubstanciam em estímulos à produção, retratação da procura, maior ou menor rendimento
disponível das famílias, estabilização económica, fomento do crescimento económico, e
agravamento da inflação.
Politica fiscal: Conjunto de medidas de natureza fiscal que se destinam a subsidiar politicas s ociais.
-Neste tipo de politica estão incluídas medidas como a criação ou alteração de impostos e a
aplicação de taxas progressivas que se destinam a promover a justiça social.
-O estado atua a nível da política fiscal quando, por exemplo, decide aumentar ou diminuir um
determinado imposto, podendo este incidir de igual modo sobre todos os cidadãos ou incidir de
forma progressiva de acordo com os diferentes escalões de rendimento.
Política de redistribuição dos rendimentos: Conjunto de medidas relacionadas com o modo como o
Estado opera a redistribuição dos rendimentos, envolvendo a forma como são taxados os impostos,
desde a sua progressividade até à fixação de valores mais altos para bens de consumo menos
essenciais, a fixação dos preços dos fatores de produção (salários mínimos) e de alguns bens de
consumo (bens de primeira necessidade), através da concessão de subsídios nuns casos de aplicação
de impostos noutros casos e orientação das politicas relativas à segurança social e às prestações
sociais.
-Por outro lado, as políticas económicas e sociais podem ser consideradas setoriais, quando
correspondem a medidas de um setor económico concreto. Trata-se de um conjunto de medidas
que se articulam de modo a alcançar objetivos específicos numa determinada área. Podemos referir
como exemplos de políticas setoriais essencialmente económicas a política agrícola, a política
industrial, a política ambiental, a política de emprego, a política de formação profissional, etc.
No tratado na União Europeia, em Maastricht, foram definidos os critérios de convergência nominal que os
países pretendessem aderir à moeda única estariam obrigados a cumprir. Os critérios de convergência
orçamental exigiam que o défice orçamental fosse inferior a 3% do PIB e que a divida pública não excedesse
os 60%. Portugal conseguiu atingir os objetivos e integrar o conjunto de países que aderiram à moeda única.
No entanto, as obrigações dos países da Área do Euro não terminaram no momento em que adquiriram ao
euro. O pacto de estabilidade e crescimento exige que os países mantenham o compromisso da estabilidade
orçamental. Assim, uma das medidas de caracter estrutural que o Estado português deve aplicar é a
consolidação orçamental, procurando a contenção do défice excessivo do país. Outra medida é o reforço da
sustentabilidade de longo prazo das finanças públicas, particularmente devido ao contexto de
envelhecimento populacional que o país vive.
Melhor educação
Valorização da cultura
Trabalho e emprego
Proteção social
Saúde para as pessoas
Famílias e igualdade
Imigração inclusiva
Juventude
Estratégia de crescimento:
Plano tecnológico
Investimento e empresas
Finanças públicas
Administração pública
Conceitos a reter:
Estado liberal
Estado Intervencionista
eficiência
equidade
estabilidade
Fiscal Agrícola
Orçamental
Industrial
Monetária
de Preços Ambiental
de Redistribuição
de Rendimentos ...
de Emprego