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Pomilio
H H
Compensado
r(CCT/RCT
)
No meio da linha iremos testar diferentes tipos de compensação, com capacitores shunt
fixos ou dispositivos controlados, do tipo CCT ou RCT, para ver a sua forma de atuação.
100
50V
0V
-5 0 V
VL
Vm
-
V1
Notar que a magnitude da tensão se reduz no sentido fonte → carga, conforme seria de se
esperar. Pode-se também constatar que a abertura angular entre as tensões nodais aumenta no
mesmo sentido, devido ao carregamento da linha.
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Condicionamento de Energia Elétrica e Dispositivos FACTS S.M.Deckmann e J.A.Pomilio
C=100uF
Ligando-se um capacitor fixo no meio da linha, a tensão nesse ponto tende a subir devido à
sobre-compensação de reativos injetados pelo capacitor. O resultado é mostrado na Figura 9.4.
Observar que o efeito de correção da tensão no meio da linha também se manifesta no terminal da
carga.
200
100
0V
V1 VL
-
Vm
-
40m 60m 80m 100m 120m 140m 160m 180m 200m
Tim
Figura 9.4 Tensões nas barras com capacitor fixo no meio da linha.
C=100uF R3 R4
40 40
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132.93
VL
V1 Vm
-
50m 100m 150m 200m
Tim
10
I(L1
I(L2
-
50m 100m 150m 200m
Tim
Figura 9.6 Tensões nas barras (acima) e correntes nas linhas (abaixo).
C=100uF R3 R4
RCT 40 40
100mH
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As curvas resultantes são mostradas na Figura 9.8. Pode-se notar a entrada do RCT a partir
de aproximadamente t=160ms, restabelecendo a tensão que havia antes da carga sair em t=100ms.
As formas de onda descontínuas da corrente no RCT provocam elevado nível de distorção
harmônica, perceptível até mesmo na tensão.
200
V1 VL
Vm
-
20m 50m 100m 150m 200m 250m Tim 300m
10
I(L1
I(RCT
I(L2
-
20m 50m 100m 150m 200m 250m Tim 300m
Figura 9.8 Tensões e correntes com RCT atuando após t=160ms.
Para ver melhor o que está ocorrendo, a Figura 9.9 mostra detalhes da distorção harmônica
introduzida pelo RCT.
4 .0
I(L 1 I(L 2
I(R C T
-
200
V1
VL
Vm
-
250m 260m 270m 280m 290m 300m
Figura 9.9 Detalhe da distorção introduzida pelo RCT (correntes acima, tensões abaixo).
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R3 R4
RCT 40 40
Filtro 3h
100mH
10
i(RCT
i(L1 i(L2
i(h3
-
200
Vm
VL
V1
-
220m 240m 260m 280m 300m 315m
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K1
-
∆ Pm ∆Pa 1 ∆ω ωo ∆δ
+
- M.s + D s
∆Pg
K4
K2
K5
- -
K3 + Ke +
∆Eq ’
∆Vre f
1+ s.Tdo .K3 1+s.T e
∆Efd -
K6
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∆Vref
+
Ke ∆Efd
1+s.T e
-
∆Pm ∆Pac 1 ωo
+
M.s + D s ∆δ +
- ∆ω KV - KA
∆Pg +
’
X d / Xd
’ ’ lento
1+s.T do.X d / Xd ∆δ
+
A1g A2g ∆E q
’ -
∆θ
rápido
+ +
+ R2g
A3g
+
-
A1g
1 + 1 +
- +
A2e R1g
∆θ A1 g + A1e R2e - R3g
∆P ∆Vt ∆(Q/V)
-
R1e
ativo reativo
Figura 9.13 Modelo de Sensibilidade de Potência para gerador ligado a barra infinita.
ganho
wash-out lead-lag1 lead-lag2
Os valores dos parâmetros devem ser ajustados cuidadosamente para proporcionar a ação
de amortecimento desejada. Em geral Tw é da ordem de 10s, enquanto que T1 e T2 dependem do
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avanço de fase requerido na freqüência de oscilação pela malha de controle de atuação. Para haver
avanço de fase, é necessário que a relação
T1
a = (9.1)
T2
seja maior do que 1 (T1>T2). Nessa condição, o avanço de fase φ será dado por:
a−1
sen φ = (9.2)
a+1
9.2.3 Exemplo: Gerador ligado a barramento infinito
Para mostrar como esses processos de compensação dinâmica são eficazes, vamos utilizar
um sistema simples para simular uma perturbação de torque mecânico em um gerador síncrono de
polos lisos com reatância transitória X'd, ligado a um sistema infinito por meio de uma linha sem
perdas e com reatância Xe.
Vt∠θt V0∠0
jX'd jXe
E'q∠δ
Para uma dada condição de operação, o modelo Heffron-Phillips resulta nos seguintes
parâmetros para simulação no PSpice:
Pm
Pe
Pss
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A figura 9.18 mostra as oscilações de velocidade e ângulo do rotor em relação ao valor de regime.
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Lead-lag1 Lead-lag2
∆ω
>
∆ Pss <
Ganho
W ash-out
∆ Pm ∆ω ∆δ
∆ Pe
∆ Pss
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G raus
∆ Pe / ∆ω
A figura 9.22 mostra a resposta ao degrau com e sem a atuação do PSS. Notar que tanto a
velocidade como a posição angular se estabilizam rapidamente com a ação do PSS.
Esse método de controle é eficiente para as oscilações dos geradores ou seja para os modos
locais. No entanto, existem também modos de oscilação inter-áreas (entre conjuntos de
máquinas). Esses modos em geral são de freqüência ainda mais baixa (0.2-0.5Hz) e para
amortecer esses modos, que envolvem máquinas distantes entre si, é necessário instalar
compensadores nas linhas de interligação sujeitas às oscilações de potência. Essa é uma das
aplicações dos compensadores série controlados.
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I I
C1 Cn
Da mesma forma que no compensador "shunt", os tiristores só podem ser chaveados sob
tensão nula para evitar picos de corrente. Isto restringe a operação desse tipo de compensador a
variações dinâmicas lentas. Por outro lado, modos de oscilação de baixa freqüência podem ser
excitados por esse chaveamento, tais como ressonância sub-síncrona (10-30Hz) e mesmo
oscilações eletromecânicas (1-2Hz).
Uma maneira de se melhorar a resposta de um CSChT é acrescentar um reator em série
com os tiristores. Nessa configuração sabemos que os tiristores podem ser controlados
continuamente na faixa entre 90 e 180°, resultando o compensador série controlado por tiristores
(CSCoT).
C
Figura 9.24 Compensador série controlado por tiristores.
Neste caso pode-se dimensionar o par capacitor/indutor de forma que resulte uma
compensação reativa nos dois quadrantes (indutivo ou capacitivo), dependendo do ângulo de
disparo dos tiristores. Por exemplo, supondo que para disparo em 120° a reatância indutiva
equivalente seja igual à reatância capacitiva, resultará compensação capacitiva para disparos
acima (entre 120 e 180°) e compensação indutiva para disparos abaixo (entre 90 e 120°). Devido
à faixa de controle contínuo, esse tipo de compensador série não apresenta os problemas de
sobretensões e pode amortecer as oscilações de potência na linha.
Por outro lado, são produzidos harmônicos pelo RCT dessa estrutura. Sistemas práticos
mostraram, no entanto, que as indutâncias das linhas e transformadores atuam como filtros,
evitando que tais harmônicos se manifestem em níveis significativos ao longo da rede. Isso torna
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essa estrutura bastante atraente como compensador série reativo controlado em altas potências
devido à já consagrada tecnologia dos tiristores.
XL
Vt∠θt V0∠0
Vt .Vo
Pe = sin ( θ t ) (9.3)
Xe
Com compensador reativo teremos uma variação da reatância série ∆Xe, resultando:
Vt .Vo
Pe = sin ( θ t ) (9.4)
Xe + ∆Xe
onde ∆Xe é a variável de controle usada para amortecer as oscilações de potência através do
CSCT. Como sintetizar esse controle?
Da equação (9.3) podemos obter a relação de sensibilidade entre o fluxo de potência na
linha e a reatância série:
∂Pe Vt .Vo Pe
S PX = =− 2
sin ( θ t ) = − (9.5)
∂Xe Xe Xe
que permite estabelecer uma lei de controle linearizada em torno do ponto de operação, da
seguinte forma:
∆Pe Xe0
∆Xe = − = . ∆Pe (9.7)
S PX Pe0
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isto é, para um ponto de operação específico {Xe0, Pe0}, a correção da reatância série será
proporcional à variação da potência na linha.
O compensador deverá introduzir uma susceptância equivalente que é o inverso de ∆Xe:
1
Bγ = = B( σ ) − B C (9.8)
∆ Xe
onde Bc corresponde a uma parcela fixa de compensação capacitiva série. Portanto, a susceptância
a ser sintetizada pelo compensador vale:
Pe 0 1
B( σ ) = Bγ + B c = . + ωC (9.9)
Xe 0 ∆Pe
1/∆Pemin αmax
Pe0 Bγ Bσ σ Geração α
Função α
1/∆Pe Kγ = dos
Xe0 + linearizadora pulsos
+ α+π
1/∆Pemax αmin
Bc
Esse controle requer uma zona morta para não atuar quando as variações de potência são
muito pequenas. Além disso, devido à função inversa na entrada, é preciso limitar o sinal na
passagem de ∆Pe por zero. Com isso resulta uma característica interessante que é um controle tipo
bang-bang. O controle faz com que o compensador chaveie ±∆Xe até que a oscilação seja
eliminada. Em aplicações práticas se verificou que basta chavear 2 a 3 vezes para amortecer as
oscilações. Além disso, basta uma pequena compensação (∆Xe da ordem de 5%) para obter o
amortecimento necessário.
o s c ila ç ã o d o a n g u lo d o ro to r
0 .1
1 δ- se m c o m p e n sa d o r
0 .0 5 2 δ- c o m c o m p e n sa d o r
1
0
-0 .0 5
-0 .1 2
-0 .1 5
-0 .2
-0 .2 5
0 2 4 6 8 1 0
s e c
Figura 9.27 Oscilações do ângulo do gerador sem/com estabilizador.
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Variável de controle
0.05
Pu
0
∆ Xe (CSC)
-0.05
-0.1
0 2 4 6 8 10
sec
Figura 9.28 Variação da reatância da linha durante estabilização.
Neste exemplo a reatância da linha era Xe = 0,4pu. Da Figura 9.28 se observa que a
variação máxima de ∆Xe foi de 0,02pu, ou seja de 5%. Após 4 chaveamentos a oscilação foi
eliminada. Como o ganho de controle utilizado foi baixo, não ocorreu a ação do limitador.
Ao se utilizar tiristores para chavear elementos reativos na linha, consegue-se praticamente mudar
a reatância equivalente e portanto afetar apenas a abertura angular sem mudar significativamente o
perfil de tensões da linha. Já vimos anteriormente essa situação através dos diagramas vetoriais
das Figuras 5.24a e b.
Detetor de defasagem
Filtro passa-baixas
Carga modulada
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A Figura 9.30 mostra o efeito de modulação da carga sobre a tensão. Essa variação da
amplitude em 1Hz pode provocar o efeito flicker.
A Figura 9.31 mostra as tensões nas duas extremidades da linha sem a compensação série.
A figura 9.32 mostra como evolui a abertura angular antes da compensação e depois. Notar
que desapareceram as oscilações, porém o ângulo de operação mudou. Abertura angular zero
corresponde aproximadamente a 500mV do sinal.
A Figura 9.34 mostra as tensões terminais após a compensação série total. O fato da
abertura angular ter-se reduzido e as magnitude serem quase iguais mostra que de fato houve
compensação total da reatância da linha.
Pode-se modificar o controle para absorver apenas as oscilações da potência, de modo que
a abertura angular média seja mantida constante. O resultado desse controle é mostrado na Figura
9.35.
Notar que a oscilação neste caso particular é de 0.5 Hz. Observando-se o que ocorre com
as tensões terminais da linha, percebe-se que apenas a oscilação angular foi eliminada. Tomando-
se dois casos extremos separados de meio período da oscilação, por exemplo, em 0.5 e 1.5
segundos, percebe-se que a compensação atuou no sentido de manter a abertura angular constante.
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Figura 9.34 Tensões terminais da linha após compensação total da reatância série.
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t=0,5s
Tensão de entrada
Tensão s/ compensação
Tensão c/ compensação
t=1,5s
Tensão de entrada
Tensão s/ compensação
Tensão c/ compensação
[2] Deckmann, S.M. e da Costa, V.F. “Power Sensitivity Model for Eletro-mechanical
Oscillation Studies”. IEEE Trans. Power System, Vol 9, No. 3, May 1994.
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