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RUTH E. NOGUEIRA
1~
CARTOGRAFIA
REPRESENTAÇÃO, COMUNICAÇÃO E
VISUALIZAÇÃO DE DADOS ESPACIAIS
lo
~DITORA
2ª edição revista
~
DA UFSC WUE DID.ITICA
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Este livro é um projeto que se
tornou realidade depois de mais de
vinte anos de expe riência na
produção de mapas e no ensino de
Cartografia e outras disciplinas nas
quai s o mapa representa uma
importante saída de dados, ou
instrumento de análise espacial.
Seu título di z o conteúdo que ele
abrange: como fazer a represen-
tação de dados espacia is e qual o
papel dos mapas como meio de
comunicação e visuali zação de
dados.
Acredita-se que a "facilidade de
construir" mapas com as ferramen-
tas tecnológicas desenvolvidas para
análise de dados espaciais, aliada ao
desconhecimento da representação
cartográfica, são os responsáveis
pela atual prolife ração de mapas
inefi cientes. Tentando reduzir esse
problema, fez-se um esforço pa ra
condensar as teorias da Cartografi a
e procurou-se faze r um livro
completo e atu al na área de
Cartografi a Temática, utilizando-se
uma linguagem clara e didática e
exemplos nacio nais . Com isso ,
espera-se que os estudantes, pes-
qu isadores e profissio nais da
Cartografia, Geografia, Agrimen-
sura e de outras áreas consigam
e nt e nd e r mais fa cilm e nte o
conteúdo dos assuntos tratados e
possam, então, elaborar melhor
seus mapas.
CARTOGRAFIA
REPRESENTAÇÃO, COMUNICAÇÃO E VISUALIZAÇÃO DE
DADOS ESPACIAIS
' l·
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Reitor
Lúcio José Botelho
Vice-Reitor
Ariova/do Bolzan
EDITORA DA UFSC
Diretor Executivo
Alcides Buss
Conselho Editorial
Eunice Sueli Nodari (Presidente)
Cornélio Celso de Brasil Camargo
Carmen Sílvia Ria/
João Hernesto Weber
José Rubens Morato Leite
Maria Cristina Marino Calvo
Ni/céa Lemos Pelandré
Regina Carvalho
Ruth E. Nogueira
CARTOGRAFIA
REPRESENTAÇÃO, COMUNICAÇÃO E VISUALIZAÇÃO
DE DADOS ESPACIAIS
2ª edição revista
Editora da UFSC
Florianópolis
2008
© 2006 Ruth E. Nogueira
Editora da UFSC
Campus Universitário - Trindade
Caixa Postal 476
88010-970 - Florianópolis - SC
Fone (48) 3721-9408, 3721-9605 e 3721-9686
Fax (48) 3721-9680
edufsc@editora. ufsc. br
http://www.editora.ufsc.br
Ficha Catalográfica
(Catalogação na fonte pela Biblioteca Universitária da
Universidade Federal de Santa Catarina)
Inclui bibliografia
/
na Universidade Estadual de Santa Catarina, que, gentilmente, se dispôs a
ler e contribuir com críticas e sugestões ao conteúdo do livro. À Ana Maria
Vasco pela revisão ortográfica e de compreensão textual. Aos meus auxiliares
de digitação e desenho: meus alunos Kênya Naoe de Oliveira, Simone Daniela
Moretti e Luiz Felipe, e meu filho Günter N. Loch. E finalmente, aos meus
alunos que me permitiram usar seus mapas com as devidas adaptações, e
que serviram como alguns dos exemplos ilustrativos.
A todos, o meu muito obrigada!
"Achada maneira de pôr cada uma das terras deste
mundo em seu certíssimo lugar, ficaram muito mais
fáceis todas as navegações antigas, descobriram-se
muitos mares e terras de novo, facilitaram-se todos
os comércios, descobriu-se outro mundo novo, e fica
agora tão fácil dar uma volta ao mundo, como era
antigamente navegar da ltál ia para a África, e
finalmente, com muita facilidade agora se comunica
com todo o mundo e se navega.
E esta é a verdadeira e perfeita Geografia, a qual
principalmente consiste em demarcar terras pela
correspondência que tem cada uma ao céu, com a
devida largura e longura; e desta maneira se pode
pôr em uma breve carta e pintura todo mundo e
qualquer parte, província, reino ou comarca dele
com muita certeza."
(Dom João de Castro,
Da Geografia por modo de Diálogo, e. 1538,
apud Miceli,2002)
SUMÁRIO
PREFÁCIO ............................................................................................................ 25
APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 2 7
/
CAPÍTULO 6- MEDIDAS DAS VARIÁVEIS GEOGRÁFICAS E ABSTRAÇÃO CARTOGRÁFICA ........ 147
6.1 Natureza dos fenômenos geográficos ...................................................... 147
6.1.1 Distribuição discreta ............................................................................ 148
6.1.2 Distribuição contínua ........................................................................... 148
6.1.2.1 Comportamento espacial das distribuições contínuas .......................... 149
6.2 Características qualitativas e quantitativas dos fenômenos geográficos ..... 149
6.3 Medidas das variáveis geográficas ........................................................... 150
6.3.1 Nível de medida nominal ..................................................................... 151
6.3.2 Nível de medida ordinal (hierarquizada) .............................................. 151
6.3.3 Nível de medida intervalar ................................................................... 151
6.3.4 Nível de medida proporcional (classificação) ....................................... 152
6.4 Princípios de seleção e generalização ..................................................... 154
6.4.1 Seleção ................................................................................................ 154
6.4.2Generalização cartográfica ...................................................................... 154
6.4.2.1 Cuidados a serem observados na generalização cartográfica ........... 155
6.4.2.2 Generalização gráfica e conceituai ................................................... 156
6.4.2.3 Generalização manual e automática ................. ~ ............................... 159
6.4.2.3.1 Generalização raster ...................................................................... 159
6.4.2.3.2 Generalização vetorial ................................................................... 160
Figura 5.14 - Variável visual tamanho no modo de implantação pontual ..................... 130
Figura 5 .15 - Variável visual valor mostrando a hierarquia dos dados .......................... 131
Figura 5.16 - Emprego da variável visual orientação .................................................... 132
Figura 5.17 - Mapa coroplético onde foram utilizadas linhas para preencher áreas ...... 133
Figura 5.18 - Exemplo de emprego da variável visual padrão ...................................... 134
Figura 5.19 - Sistema de cor natural ............................................................................ 137
Figura 5.20 - Gráfico triangular do sistema de cor natural mostrando a localização de
sombras, tintas e tons de cinza ............................................................... 138
Figura 5.21 - Diagrama ilustrativo do sistema RGB ...................................................... 139
Figura 5.22 - Diagrama ilustrativo do sistema HSV ...................................................... 141
Figura 5.23 - Círculo das cores .................................................................................... 141
Figura 6.1 - Exemplos de diferenciação de dados pontuais, lineares e zonais,
considerando os quatro níveis de medidas das variáveis geográficas ....... 153
Figura 6.2 - Exemplos de generalização gráfica: (a) suavização, (b) deslocamento,
(e) exagero e (d) seleção e fusão ............................................................. ·157
Figura 6.3 - Exemplos de generalização conceituai: (a) fusão, (b) simbolização, (e)
seleção e (d) realce ................................................................................. 158
Figura 6.4- A imagem (a) mostra o resultado da classificação, e a imagem (b), após
aplicar filtro ............................................................................................ 160
Figura 7.1 - Variável visual valor empregada em mapa climático ............................... 163
Figura 7.2 - Variável padrão ou textura empregada em mapa climático ..................... 163
Figura 7.3 - Mapas primitivos com a representação do relevo .................................... 165
Figura 7.4- Mapa de Tuscany feito por Leonardo da Vinci entre 1502 e 1503 ........... 166
Figura 7.5 - Modelo tridimensional do terreno .......................................................... 169
Figura 7.6- Imagem de intensidade do sensor Laser scanner ..................................... 169
Figura 7.7 - Classes de altitude para toda a Terra baseadas na progressão geométrica ... 172
Figura 7.8- Unidades do relevo brasileiro ................................................................. 177
Figura 7.9 - Mapa exploratório de solos .................................................................... 180
Figura 7.1 O- Mapa esquemático de solos .................................................................... 181
Figura 7.11 - Esquema de cálculo de declividade em cartas com curvas de nível ........ 183
Figura 7.12 - Ilustração da declividade entre duas curvas de nível ............................... 185
Figura 7.13 - Declividade entre duas curvas, obtida com uso de gabarito de distâncias
horizontais .. :.......................................................................................... 1ílS
Figura 7.14 - Mapa de uso e cobertura da terra na APA da Costa Brava, município de
Balneário Camboriú -SC ....................................................................... 191
Figura 7.15 - Legendas de mapas mostrando aplicações da variável visual cor em
mapas da rede hidrográfica para estudos ambientais. Compilado a partir
dos mapas originais coloridos (no mapa original cada nome da cor é
substituído pela própria cor) .................................................................. 193
20 ÚRTOGRAflA - Rfl'RESENTAÇÃO, COMUNICAÇÃO E VISUALIZAÇÃO DE DADOS ESPACIAIS
Figura 11.16 - Gráfico direcional ou polar: número de banhistas nas praias da ilha de Santa
Catarina em 2002 (dados hipotéticos) ..................................................... 282
Figura 11.17 - Gráfico triangular típico ......................................................................... 284
Figura 11.18 - Pirâmide da variação temporal da população urbana e rural no Brasil,
1920 - 2000 .......................................................................................... 285
Figura 11.19 - Gráfico da pirâmide de idades e sexos .................................................... 285
Figura 12.1 - Esfera do potencial cartográfico e o plano geográfico da realidade:
a Ca11ografia na multimídia corresponde ao movimento da esfera .......... 290
LISTA DE QUADROS
Este 1ivro foi pensado e elaborado para ter como leitores os estudantes
de graduação e pós-graduação, que de algum modo precisam fazer mapas;
para tanto, necessariamente precisarão de conhecimentos sobre Cartografia.
Espera-se também que seja útil aos pesquisadores e profissionais das mais
variadas áreas do conhecimento, na medida em que reconhecem o potencial
dos mapas como instrumento de visualização, análise e comunicação de
dados espaciais.
Este livro objetiva diminuir as ambigüidades observadas na
apresentação de mapas, cada vez mais comuns entre a população leiga e
nas diversas áreas do conhecimento. Tem-se observado que os mapas estão
mais acessíveis ao público em geral; no entanto, na maioria das vezes, eles
não cumprem o seu papel. E que papel é esse? A função de um mapa quando
disponível ao público é a de comunicar o conhecimento de poucos para
muitos, por conseguinte ele deve ser elaborado de forma a realmente
comunicar. Acredita-se que a facilidade de "construir" mapas com as
ferramentas tecnológicas desenvolvidas para análise de dados espaciais,
aliadas ao desconhecimento da representação cartográfica são os responsáveis
pela atual proliferação de mapas não eficientes.
Na Cartografia Analógica à construção de mapas era limitada aos
especialistas, como mostra a afirmação de André (1980, p.223) ·"para a
redação correta de um documento cartográfico é necessário conhecer as
técnicas gráficas. [... ] Um cartógrafo é aquele que traduz um tema físico,
humano ou econômico dentro da linguagem gráfica, constituída de signos e
cores, diferente da linguagem falada."
A revolução tecnológica trouxe uma mudança radical para a Cartografia.
Atualmente um usuário de mapas pode se sentir estimulado a ser cartógrafo,
28 (ARTOGRAFIA - REPR[S(NTAÇÃO, COMUNICAÇÃO E VISUALIZAÇÃO rn: DADOS ESPACIAIS
ou seja, pode estar apto para criar seus próprios mapas, pois o ferramental está
disponível, permitindo experimentar novas possibilidades de usar/criar mapas.
O problema que ocorre é que esse usuário geralmente não sabe nada sobre
representação cartográfica, além é lógico, de desconhecer os fatores de
sustentação da Cartografia Contemporânea: a cognição, a comunicação e a
visualização. Todas limitadas pelas ferramentas tecnológicas.
Considerando o exposto, fez-se aqui um esforço para condensar, neste
volume, a teoria básica da Cartografia, para se consiguir sensibilizar e
esclarecer os leigos e estudantes, ajudando-os numa melhor elaboração de
seus mapas. Para tanto, o livro inicia com conceitos básicos de Cartografia,
enquanto o segundo capítulo apresenta a origem dos dados para o
mapeamento e o terceiro aborda a questão da Cartografia de Base, ou seja a
Cartografia Nacional e a Cadastral. Considerou-se necessária a dedicação
de um capítulo no que diz respeito às Projeções Cartográficas, uma vez que
elas foram e ainda continuam sendo um assunto complexo, e, no entanto,
muitas vezes são ignoradas por profissionais que não são da área da
Cartografia.
Outro assunto imprescindível foi relacionar os Sistemas de Informações
Geográficas - SIG à Cartografia. Tratando-os sob o ponto de vista da
Cartografia, discute-se o método cartográfico, isto é, as análises espaciais
por intermédio dos mapas.
Desde o capítulo sexto até o capítulo décimo, trata-se mais
especificamente da Cartografia Temática, com um peso maior para as
representações socioeconômicas, uma vez que estas, por sua natureza
quantitativa, requerem tratamento de dados numéricos e escolha de método
de mapeamento. O alfabeto cartográfico, as variáveis gráficas, a comunicação
cartográfica, a visualização cartográfica e a representação' cartográfica são
assuntos tratados com detalhes e exemplos.
O décimo primeiro capítulo foi dedicado às representações gráficas
denominadas Diagramas ou Gráficos. Assim como os mapas socioeco-
nômicos, os gráficos facilitam a visualização e análise de dados numéricos,
porém neste caso, de forma não espacializada. E para serem úteis, eles devem
ser apresentados de forma a facilitar a comunicação dos dados. Então, muitos
aspectos deverão ser levados em conta para construí-los; isto significa muito
mais que a escolha de um software que execute automaticamente um
comando de construção de um determinado tipo de gráfico.
Finalmente, esboçou-se uma idéia do que vem a ser a Cartografia em
Multimídia, tão em voga atualmente no exterior, e conclui-se o livro
abordando a questão do futuro da Cartografia.
APRfscNTAÇÁO 29
O Baixa
D
•
• Alta
Figura 1.1 - Temperatura média anual ele um lugar - exemplo de representação cartográfica
gerada: a) com objetivo ele comunicação; b) com objetivo ele análise
36 ÚRTOGRAflA- REPRESENTAÇÃO, COMUNlCAÇÃO EVISUALIZAÇÃO DE DADOS ESPACIAIS
1.5.2 ESCALA
CONFORMIDADE
Gemael (1976) considera o vocábulo "projeção" impróprio, porque nem sempre uma
projeção cartográfica se subordina às regras da geometria descritiva; somente os Sistemas
Perspectivos são suscetíveis de definição genérica simples, em concordância com a
Geometria Descritiva. Segundo o autor, não fosse o uso consagrado do vocábulo, ele
poderia ser substituído pelo termo "representação".
40
EQUIVALÊNCIA
EQÜIDISTÂNCIA
...........................
L
~
1-Ft-:::::i~+::>!rt-~-#o/-~~:::----1t.1--~~----iv.-
....
~
3 4
........
~ 5
infinito
Figura 1.4 - Pontos de projeção para sistemas perspectivas
Fo111c: Robinson (1995, p.33)
O sistema Gnomônico é afilático, ou seja, não conserva nem os ãngulos nem as áreas.
44 0.1mx;1WL\ - m1:1<1NTAÇÁO, (().\IU~"CAÇÁO { \15UALIZAÇÁO IX DADOS CSl'AOAIS
1.5. 4 ABSTRAÇÃO
Figura 1.6 - Processo de mapeamento: realidade (foto oblíqua retratando a paisagem), fotografia
aérea vertical (obtenção de dados da realidade) e mapa mostrando a representação da realidade
abstraída
46 ÚRTOGRAflA- REPRESENTAÇÃO, COMUNICAÇÃO E VISUALIZAÇÃO DE DADOS ESPACWS
1.5.5 SIMBOLISMO
+
Mental
+
Tangível
·;
Referência
\
Temático
Virtual
i i
Qualitativo Quantitativo
i
Simples
i
Multivariado
Figura 1.7 - Classificação dos tipos de mapas
Fonte: Dent (1996, p.6)
48 ÚRTOGRMIA - RCPR[S{NTAÇÀO, COMUNlCAÇÃO E VISUALIZAÇÃO DE DADOS ESPACIAIS
LEGENDA
D Mineração
- Urbano
~fü}$. Agropecuária
- Eucalipto
. , . Lagoas Artificiais
Natalidade
2000
Municlpio: São José, SC
Natalidade
- >25
- 21 .25
- •6·20
li . 15
6° IO
·-·-. 0.5
N
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f Of'!C t dOI dfslol i
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Sefcr Ctn..rauo • IBGE 120011
2.2.1 TOPOGRAFIA
4
Oliveira (2002) explica que o desenvolvimento da Fotogrametria pode ser considerado
em três etapas: a fotogrametria analógica que trabalha/manipula fotografias aéreas em
instrumentos ótico-mecânicos; a fotogrametria analítica que a sucedeu, introduzindo os
computadores para a parte de cálculos e restituição, mas ainda trabalhando com as
fotografias analógicas e; fotogrametria digital, na qual as aerofotos são digitalizadas e
todo o processamento fotogramétrico é realizado com auxílio de computador.
5
O mapeamento fotogramétrico é executado por empresas especializadas na produção de
mapas, tendo como clientes, geralmente, os organismos públicos.
CAPÍTULO 2 - DADOS PARA ~W'[,\M(NTO
55
- .
Figura 2.1 - Parte de uma fotografia aérea na escala 1: 8 000
(reduzida aqui)
Fonte: UFSC (2004)
7 Segundo Jonas e Byrne (2003 apud Brandalize 2004), o termo LIDAR é mais utilizado
pelos norte-americanos, enquanto o ALS é empregado nas outras partes do mundo.
0.imx.IW IA - RfrR[S[NTA~ÀO, ((),\\UNICAÇÃO e VISUALIZAÇÃO oc OADOS CSl'ACWS
58
Parte de um modelo digital cio terreno gerado a partir dos pontos Laser
sca nner e a v isua li zação em 30 deste para a v isual ização da situação de
cortes e aterros necessários para a impl antação de urna rodovia é mostrado
na Figura 2.3 .
Tendo como parâmetro as pesqu isas de Ma une et ai. (2001 ), os produtos
gerados pelos sensores a laser normalmente são:
a) Modelo Digital de Elevação - MOE - excl ui a vegetação, feições
artific iais e obté m va lores de elevação a partir de urna grade
regularmente espaçada de pontos .
b) Modelo Digital do Terreno - MDT - semelhante ao MOE, mas os
valores de elevação obtidos são irregu larmente espaçados.
c) Modelo Digital de Superfície-MOS- incorpora valores de elevação
de tod as as feições naturais (vegetação) e artific iai s acima da
superfície nu a do terreno.
(a) (b)
Figura 2.5 - Banda X (a) e banda P (b) do SAR na Floresta Nacional de Tapajós
Fonte: Outra et ai. (2005)
Os primeiros satél ites desenvolvidos cuja final idade era a obtenção ele
informações da superfície terrestre, as quais poderiam ser transformad as em
imagens, foram equipados com sensores suscetíveis à radiação emitida ou
refl etida pelos alvos da superfíc ie terrestre quando iluminados pela energia
62 ÚRl<X.IWL~ - ~ 111' 1 \l'llAÇÁO, CO\IUNlCA(ÁO ! VISUAllZAÇÁO O! DADOS ESPACIAIS
Os saté lites equipados com sensores ati vos, ou seja, que têm uma
fonte de energi a e emitem-na para a superfície terrestre, registrando o sina l
refl etido pelos alvos, foram lançados somen te na década de 1990. O primeiro
a operar de forma comercial no Brasil pelo INPE foi o ERS,8 entretanto existem
outros satélites em operação no mundo como o RADARSAT, IRS 9 e JERS. 10
Todos operam com ondas de radar, por isso imageiam a Terra independen-
temente da duração do dia ou das condi ções meteo ro lógicas (chuva, ventos,
nuvens, etc. ). Foram desenvolvidos principalmente para obter info rmações
de lugares dos quais outros satélites passivos não conseguem obter devido à
cobertura das nuvens, para estuda r áreas permanentemente cobe rtas com
gelo, bem como a superfície do mar.
Qualquer que seja o sistema senso r, será sempre formado pelos
seguintes segmentos:
a) orbital: saté lite em ó rbita terrestre, portando o sistema sensor;
b) estações de controle terrestre: para manter e controlar altitude e
outros parâmetros cio satélite;
e) estações ele receb imento: recebem dados, fazem algumas correções
e transform ações, to rnando a imagem compatíve l com o uso cm
computadores;
d) comercial: representado por empresas govern amentais ou parti-
culares para a venda elas imagens em meio digital ou cm papel e
e) usuári o: form ado pelos diferentes usuários que dispõem ele software
para análise automática de dados ele Sensori amento Remoto (SR),
tendo em vista obter informações temáticas e prod uzir mapas
temáticos.
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y y
._.........._...._......,__.~._..........._.....__..._. X
Figura 2.9 -(a) Representação de uma linha (b) no formato vetorial e (e) formato raster
Normalmente, elas faziam parte do mapa, vinham descritas nos "dados marginais
ou máscara" e em relatórios que as acompanhavam. Atualmente, os dados
geográficos dispostos em meio digital precisam de alguns dispositivos para
fornecer um sumário informativo, incluindo a sua qualidade. Os metadados, ou
seja, "dados sobre dados", são uma forma de se obter informações sobre o
conjunto de dados, as características, qualidade e histórico dos dados.
Muitos softwares de análise de informações geográficas incluem
metadados que vêm numa forma padrão, ajudando a organizar as informações
sobre os dados. Geralmente, incluem um conjunto de elementos que permitem:
a) identificar o dado;
b) identificar o fornecedor e as condições de acesso aos dados;
e) projeção cartográfica e elementos afins;
d) classificação - confidencial, disponível, atualizada;
e) tipo de conteúdo;
f) linhagem e processamento e
g) qual idade dos dados.
Quando não houver esta possibilidade, deve-se acoplar ao projeto em
que se está trabalhando um arquivo no formato de texto, disponibilizando
as informações sobre os dados. Assim, criam-se metadados particulares que
permitirão acesso a qualquer um que necessite de tais informações.
Voltando à questão da qualidade do dado espacial, ou seja, do dado
relacionado a uma localização na Terra, é preciso distinguir o que vem a ser
sua qualidade. Os seguintes aspectos da qualidade ou acurácia devem ser
distinguidos: linhagem, acurácia posicional, acurácia dos atributos (também
denominada de acurácia semântica), consistência lógica e completitude.
Explicando cada um destes termos, é possível verificar que:
LINHAGEM
ACURÁCIA ou EXATIDÃO
(OMPLETITUDE ( COMPLETNESS)
CONSISTÊNCIA LÓGICA
sei- 49•
2
As outras escalas, 1: 500 000 e 1: 250 000, são obtidas a partir da compilação e
generalização destas.
74 CARTOGRAFIA - REPRESENTAÇÃO, COMUNICAÇÃO EVISUALl1.AÇÃO DE DADOS ESPACWS
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Figura 3.2 - Parte das cartas topográficas do mapeamento sistemático brasileiro -à esquerda
escala 1: 50 000, à direita escala 1:100 000 os originais são coloridos
fonte: IBGE (1975)
Desde os tempos remotos, a Terra era mapeada porque ela era e continua
sendo vital para a sobrevivência humana. No que concerne ao meio rural,
conhecer o que se produz, onde isso acontece, quem está produzindo, quanto
de produção gera e outros tantos fatores importantes ligados direta e indiretamente
ao uso da terra são imprescindíveis para evitar conflitos e promover o
desenvolvimento socioeconômico de um país. No caso urbano, o interesse em
conhecer o uso e a ocupação do solo é para a taxação e o ordenamento territorial.
Em ambos os casos, todas as informações a respeito da Terra são atreladas à
parcela da terra, que é a unidade geográfica básica sob responsabilidade de um
proprietário que tem seus direitos e deveres sobre a propriedade garantidos em
lei. O sistema de informação baseado na parcela da terra como unidade
geográfica básica, tendo reconhecido os proprietários legais desta parcela, com
registro público do bem imobiliário é conhecido como Cadastro Técnico.
Um dos principais componentes de um sistema cadastral é a carta
cadastra/, pois, ela mostra os limites que definem a propriedade. Além deles,
as cartas cadastrais, no Brasil, mostram estradas ou ruas, a rede hidrográfica
e as edificações importantes dentro dos limites legais. As parcelas de terra
são identificadas por números que podem ser os das coordenadas ou outro
sistema, os quais possuem 1igação com outros componentes do sistema de
informação cadastral.
CAPITULO 3- ú.RTOGRAFIA or BASE 77
:o
1
D
D
• •
o
Represen tado como Área Representado como
linha
quais são descritos no item 7.2.2 do capítulo 7, mas, as curvas de nível são
mais utilizadas nos mapas topográficos do Brasil.
Para criar uma representação do relevo utilizando um software, necessita-
se de dados do referido relevo, os quais são fornecidos pelo modelo digital do
terreno - MDT. Este é definido por Kraak e Ormeling (1997) como uma
representação numérica das características do modelado terrestre. Entretanto,
quando este se refere somente aos aspectos altimétricos, ele é chamado de
modelo digital de elevação - MOE. A coleta dos dados para a construção do
MDT é feita por intermédio de levantamentos terrestres ou aéreos, conforme
discutido no capítulo 2. Além disto, as representações do relevo podem ser
criadas a partir dos mapas bases existentes na forma analógica por meio da
digitalização das curvas de nível e pontos cotados. No entanto, observa-se
que a qualidade do produto MDT nunca ultrapassará aquela da qual os dados
foram obtidos. Por exemplo, a qualidade do MDT derivado das curvas de
nível digitalizadas de uma carta de escala 1: 50 000 é menor do que a do
MDT obtido por técnicas fotogramétricas para construir curvas de nível numa
carta da mesma escala. Isto porque as curvas são derivadas da interpolação e
ao digitalizá-las haverá uma releitura cujo resultado é a formação de um
conjunto de dados numéricos diferentes daqueles que lhes deram origem.
Nas cartas cadastrais executadas por levantamento aerofotogramétrico,
as curvas de nível são obtidas por processos automáticos. Na maioria das
vezes, o método mais utilizado aplica amostragem sistemática em que o
dado é amostrado em distâncias regulares, construindo uma grade regular
de pontos que pode variar de mais fina a mais grosseira, conforme pré-
determinado. Pontos notáveis podem ser incorporados a essa grade.
Em ambiente SIG, os MDT são utilizados para visualizar a forma da
Terra e podem ser incorporados a ortofotos ou imagens de satélite. Na
Engenharia Civil, os MDT, dentre outras aplicações, são úteis para calcular
os volumes das caixas de empréstimo ou cortes e aterros; nas
telecomunicações, servem para se verificar se há ou não barreiras na
transmissão dos dados das torres de celular e calcular as melhores localizações
para elas. Também se utilizam os MDT para executar análise de superfície
em SIG. Neste caso especial, as formas de grade quadrangular ou triangular
fornecem a declividade e orientação espacial da unidade com respeito ao
Norte, fatores importantes em uma análise de superfície.
Na atualidade, os MDT além de serem construídos a partir dos dados
obtidos por levantamentos no campo, por Fotogrametria ou digitalizados de
outros mapas, podem ser obtidos diretamente pelos sensores laser aerotranspor-
tados, conforme discutido no capítulo 2. Neste caso, as aplicações, ainda em
exploração, deixam expectativas de superar aquelas até agora desenvolvidas.
(APÍTULO 3 - (ARTOCRAFIA DE BASE 85
optou por utilizar a projeção LTM, assim como outras diversas cidades de
menor expressão nacional e que pela primeira vez tiveram seu território
urbano cartografado em escala grande (1: 2 000).
l !
y " MC = 500.000 m
N=N'
10.000.000---+---+--+--+--+--+--+--+--+- - x = Equador
Oe 10.000.000 m
1
-,
1
X.
1:
o•
1
:-
:~
1
n' 1 N = 10.000.000 - Nº
~·
1 1
• - E" 1 E= 500.000
E= 500.000
• + Eº
18 19 21 25
1 1 1 1
1
1
1
1
1
1
1
1
111" 72' 66" 60° M' 411• 42• 36° 311'
4
O que está entre parênteses foi acrescentado pela autora.
5
Dados espaciais são entendidos como dados georreferenciados, podendo ou não estar
dispostos na forma de mapas.
CAPirulo 4 - SISTEMAS DE INroRMAÇAo GcocRAr1cA - SIG eCARTOGRAFIA
97
7
Além das áreas diretamente utilizadas para mineração, identificou-se o uso do solo nos
arredores dessas áreas que possivelmente sofrem os impactos diretos desta atividade.
11
Geralmente os softwares trazem diversos módulos para análises espaciais: análises de
rede, análises de superfícies e análises espaciais do tipo ovelay e buffer.
0.Piruio 4 - SisrrMAS DC INTOR.\IA(ÁO Grcx.RAJu - SIG r CAA1oc;w1..1 99
LEGENDA
D Mineração
- Urbano
}~)$};; Agropecuária
g Eucalipto
. , . Lagoas Artificiais
Figura 4.2 - Resultados da análise espacial efetu ada para detecção das mudanças
temporais em aéreas de mineração
Fonlc: Loch, (2000)
21%
37% 8% 11 %
~~~~~~-H-A_R_D_W~A-R-E~~~~~ TIP OS
·MAPAS
·MAPAS
EXISTENTES · TABELAS
·OBSERVAÇÕES
DE CAMPO
1-,,....-..~ SAIDAS ....
·FIGURAS
PERIFÊRICÓS
- MEIO
-SENSORES
-DIGITALIZA·
@ MAGNÊTICO
~
ÇÃO
·ARQUIVOS
DE TEXTOS
-SCANNERS
SOFTWARE
• ENTRADA DE DADOS
-MEIO
MAGNÊTICO • ESTOCAGEM E MANEJO DE DADOS
· TRANSFORMAÇÃO DE DADOS
• REPRESENTAÇÕES
-SAIDAS
.t&
\ USUÁRIO
\
Figura 4.4 - Componentes que formam um SIG
Sabe-se que no Bras il, os dados d isponíveis na form a digita l são escassos
e, na maioria das vezes, desatuali za dos. A conseqü ênc ia disto são as não
rara s difi cu ldades para se encontrar mapas que integrem os dados de u m
SIG . Na prática, a aqu isição de d ados pa ra SIG é feita aquém do ideal. M u itas
vezes, os dados cartográfi cos são váli dos por tempo d iferenciado; apresentam
distintas reso luções espaciai s; algun s podem ter sido coletados diretamente
n o ca mpo, en qu anto out ros re sultam d e mapas ex istentes qu e foram
genera l izados com magni tude descon hecida; outras vezes são resultantes
de amostras randômicas, outros por levantamento completo, enquanto alguns
arqu ivos p recisariam ser compatibil izados por transformações numéri cas de
p rojeções cartográfi cas, d entre outras.
Numa situação ideal, tod os os dad os, para que pudessem ser
u ti lizados em aná lises espac iais no ambiente SIG, deveri am ser identificados
e medidos na mesma data, com a mesma reso lução espac ial, de aco rdo
com procedi mentos idênti cos e, por conseq üência, usar a entrada no SIG
com o mesmo método (Kraak e Ormeling, 1997). Como a situação ideal
não existe, é preciso interpretar os resultados das análises espaciais com
cuidado. Seria necessário indicar no SIG a qualidade dos dados inseridos
para se decidir sobre a validade dos resultados. Por exemplo, é necessário
ter cuidado ao cruzar_ informações fornecidas por um mapa geológico na
escala 1: 500 000 com aquelas de um mapa do uso e cobertura da terra na
escala 1: 50 000. A precisão de localização do primeiro, salvo outros erros,
é da ordem de 250 metros e a do segundo, de 25 metros (dez vezes maior).
o resultado deste cruzamento deve ser observado tendo em mente este
conhecimento. Não se pode obter a mesma qualidade locacional do mapa
de uso e cobertura da terra.
Além da qualidade geométrica, existe ainda a qualidade temática dos
mapas a qual envolve a questão dos limites corretos de cada classe ou feição
e os atributos destas. Um exemplo de feição polígono poderia ser tipos de
solos aos quais estariam associados atributos como textura, cor, umidade e
profundidade. Outro exemplo é a feição linear- via-onde os atributos a ela
associados poderiam ser: número de faixas, tipos de acostamento, pavimentos,
manutenções, quantidade média de tráfego/dia, número de acidentes/ano
em trechos. É evidente que os atributos das feições mapeadas são
armazenados e gerenciados em arquivos separados da base cartográfica. A
ligação entre eles é feita por registro espacial; assim, seria conveniente saber
a origem, data, técnicas de levantamento empregadas e a acurácia dos dados
que são utilizados como entrada em um SIG. Isto daria maior segurança
para a determinação dos cruzamentos de dados e interpretação dos resultados
de um SIG, além de testar a confiabilidade deste poderoso instrumento.
CAPÍTULO 5
COMUNICAÇÃO, VISUALIZAÇÃO E
FUNDAMENTOS DA REPRESENTAÇÃO
CARTOGRÁFICA
'=._azer _rrmpas com a ajuda dos comp_LJtadg!"es tornou-se mais fáci 1do
que e sua execução por processo manuat. Eles permitem a-experimentação,
o refázeÇsem-grandes prejuízos financeiros. Aceleraram também o processo
de construção do mapa e trazem uma certa padronização para as saídas ou
visualização. Se estas padronizações, adaptadas dos processos manuais,
embutidas nos softwares como caixa preta, estão sendo eficientes para a
construção de mapas temáticos, principalmente os socioeconômicos, são
questões discutíveis, que não cabem neste momento.
Diversos pesquisadores, em nível mundial, estão preocupados com a
introdução dos computadores na Cartografia, ou de outro ponto de vista, da
Cartografia nos computadores. Estas preocupações referem-se ao processo de
confecção e uso de mapas que envolvem a comunicação cartográfica, a dinâmica
dos displays (disposição/apresentação) de mapas e as limitações do instrumental.
Taylor (1994), por exemplo, enfatiza que o processo de comunicação cartográfica
para a confecção e uso dos mapas tradicionais é diferente daquele envolvido
nos mesmos processos para os novos produtos eletrônicos. A percepção do
cérebro humano para imagens eletrônicas não é a mesma daquelas dos produtos
tradicionais. Consideram que as novidades criadas pelas novas tecnologias, como
a interatividade e o som, podem revitalizar a comunicação cartográfica.
lnfonnação de
fonte direta/indireta
percepyão
conhec1memto
experiência
/
\
•
.
I
CARTÓGRAFO
(emissor)
\. :
I
USUÁRIO
(receptor)
~~~~~f \:
Mapa. de " "
Criação da
Mensagem
MAPA
'.
. I
•
(mensagem)
1
A cepção
ma inação
n~ecimento
motivação
8\ L~......... ···' ~
~ri§!J
r-:"~doDodo~
CARTÓGRAFO 4 USUÁRIO
~~~
Figura 5.3 - Modelo de comunicação na cartografia
automatizada
I
Modelo Mental Base de
do Usuário Dados
\ Ação -conJ.de
@ -
Q
Informações
Processo
~ENTRADA~ ~Fluxoda
Informações
Memória Registro
Icónica Sensorial
Memória de Estocagem visual
Curta Duração de curta
(MCD) duração
5.5.1 COGNIÇÃO
visualização interna (Peterson, 1994). Uma imagem mental tanto pode ser
criada a partir do material estocado na memória quanto ser um esboço mental
de coisas nunca vistas. As imagens mentais foram estudadas na Cartografia,
nos anos 1980 e 1990 com os seguintes objetivos:
a) verificar a relação entre imagens e mapas;
b) usar imagens como mapas;
e) estudar imagens mentais derivadas de mapas e
d) estudar como as imagens mentais, em forma de mapas cognitivos,
são usadas para estimar distância e direções.
Comunicação
Visual
Domínio
Público
Comunicação
(novas técnicas de disposição)
Visualização -
~
Formalismo
(novas tecnologias da computação)
alla interatividade
gráfica para )
revelar padrões espaciais
para um individuo
Alta
o
1(1)
baixa interatividade 1~
gráfica na Q)
apresentação e
para o público
\ Baixa
uso do mapa
"'ºº -
c,o~-r-0 p·ublico Privado
_CAPi_·ru_L_o_S-_C_o_MU_NICAÇ_·~~-'-v1s_uM_V_~~-Al_H_ru_ND_M_~N_H_~_1M_Kr_rK1_~_NTA_~_·o_cA_RT_Ol_;RA_ll(_A~~~~~~~~~l23
5. 8. 2 MAPAS TOPOGRÁFICOS
I·~ ~I
Figura 5.9 - Elementos que constituem a gramática
cartográfica
PONTOS
LINHAS
Linhas expressam dados que podem ser interpretados como ocorrência
linear no espaço. Por exemplo, limites, rodovias, fluxo de carros em determinadas
rodovias(Figura 5.11 ); e também podem ser combinadas para representar áreas,
desde que sejam arranjadas e percebidas como um padrão. Podem ainda
representar volume, ou seja, curvas de nível ou hachuras do relevo.
_ÚffTU~_w_5_-_C_OM_u_NICAÇA_..._·o~·-VISU~M_IZAÇA~--º_E_FU_ND_AMCN~T~~M_R_c~_~_N_~~~Á_o_cA_RT_o_cR_Ár_1c_'~~~~~~~~~-125
REDE VIÁRIA
- Federal
Estadual
Municipal
FLUXO DE VEÍCULOS
--
li 2000
ÁREAS
As áreas ou zonas de interesse são simbolizadas com a repetição de
pontos e linhas. O arranjo repetido de linhas ou pontos conduz à percepção
de diferenças qualitativas ou quantitativas (Fig. 5.1 Ob) entre as várias áreas
contíguas, desde que sejam distribuídas adequadamente.
126~~~~~~~~~~~~-(AA_T_~_;AA_r~_-_Rr_~_~_NT~~-Ãl_>,c_u_MU_NICAÇ_·~~º_c_~_~_M_~~~-º-~-ºAOOS~-~-~~ws
5. 9 SEMIOLOGIA GRÁFICA
D ©O O ~ Ô
d) As va ri ações quantitati vas se traduzem pela va ri ação do tamanho
dos sinais
5.1 Ü
ºº D
ººº
V ARIÁVEIS VISUAIS OU VARIÁVEIS GRÁFICAS
Mil ··25
@ --15
--1
•• 5
··1
o
LEGENDA
Alto
D Médio
O eaixo
A cor é uma va ri ável selet iva e fornece uma melhor seleção depois do
tamanho e do va lor, desde que se util ize a i luminação adequada . Por ser
uma va riáve l muito importante e co mplexa, principalmente, devido a sua
intensa apli cação na atuali dade, ela será disc uticléi com mais profund idade
noutro mom ento. A va ri ável cor também permite que se entendam as
diferen tes cores, descr itas pe las suas características corno, azul, amarelo,
verd e, vermelh o, rosa, etc.
132~~~~~~~~~~~-CAA_T_~_w_~--~-f'R(5[~N_M~~--º~·(-~_1u_N~~~-º-EVISU~~-~~~-º-~-ºAOOS~~-~-w_s
6
Os mapas corocromáticos são tratados no item 9.14 do Capítulo 9.
_CAP_IT_UL_oS_-_c_~_uN_CAÇA~·º·~~-U_Au_~ç~~º-c_ru_ND_AMI_N_T~_D_AR_r~_B_cm~~~~º-ª_RT_oc_;RA_'nc_·A~~~~~~~~-133
~A
~ B
~e
~D
8
Um nanômetro - nm - equivale a 10-9 metro.
136 (ARTOGIWIA - RIPR&NTAÇÁO, COMUNlCAÇÃO E VISUAUZAÇÃO OE DADOS ESPACIAIS
et ai. (1995) tem como premissa que nossos olhos atuam como três câmaras
de filtragem. Os receptores separam a luz em componentes de azul, verde e
vermelho, julgando a intensidade de cada um. Estas três cores são
denominadas de fundamentais9 e neste caso apenas um tipo de cone é
excitado pela luz (Bertin, 1986). Elas são transmitidas ao cérebro que recria
as imager,..: mL.li.icores dos objetos de maneira análoga à superposição de
imagens, como fez Maxwell nos anos de 1860, para produzir a primeira
fotografia em cores. Quando dois cones são excitados surgem as cores
primárias ciano, amarelo, e magenta, que são utilizadas para criar toda a
combinatória de impressões coloridas.
Outra teoria conhecida como processo oponente é baseada na premissa
de que, antes dos impulsos óticos serem transmitidos para o cérebro, eles
passam por três separadores de sinal, descritos como BY (Blue-Yelow), GR
(Green-Red) e WBK (White-8/ack). Passa apenas um sinal de cada vez em
cada um destes separadores, por exemplo, vermelho ou verde; eles são
oponentes. Um sinal forte, definido pelo WBK e GR será uma mensagem
verde; um sinal fraco produzirá uma mensagem vermelha. O mesmo acontece
com BYeWBK.
9
Bertin (1996) define o azul, verde e vermelho como cores fundamentais, enquanto o
ciano, amarelo e magenta são cores primárias. Outros autores têm as cores, azul, verde,
e vermelho como primárias, enquanto o ciano, amarelo e magenta são cores secundárias,
pois são geradas pela mistura das primárias.
138 ÚRTOGRAFIA - Rll'RESENTAÇÃO, COMUNICAÇÃO E VISUAUZAÇÃO DE DADOS ESPACIAIS
Laranja
cu
N
e
õ
CD Matiz
"C
U>
e
~
Preto
Figura 5.20 - Gráfico triangular do sistema da cor natural mostrando a
localização de sombras, tintas e tons de cinza
fonte: Robinson et ai. (1995)
SISTEMA RGB
Enquanto o sistema colorido natural é utilizado principalmente por
artistas na indústria e nas atividades comerciais como reprodução cartográfica,
no sistema off-setos modelos desenvolvidos para computadores têm aplicação
para visualização em telas eletrônicas. Como a produção e/ou disposição
final de mapas são comumente efetuadas com a ajuda de computadores, é
importante que o cartógrafo saiba como utilizar os modelos coloridos para
computadores.
O mais conhecido dos sistemas de cores para monitores é o RGB (red,
green and blue) vermelho, verde e azul. Partindo destas três cores primárias,
as combinações possíveis, por adição, são feitas de forma que cada ponto
ocupe uma posição única no espaço. Todo o modelo foi desenvolvido em
um cubo (Figura 5.21) no qual, a partir de uma origem (0,0,0) originam-se as
140~~~~~~~~~~~-C_AA_TOGAAf~-~--~-~-™_Nl~A~~º~·C_OMU~NICAÇÃ~O_E_~s_uM_~~~--º-~-DAOOS~-~-~~IAIS
Cores Quentes
ººº
Cores Frias
\00
roxo
2
Os morros, vales, etc., se representados em terceira dimensão, tornam possíveis a medida
da quantidade de mudanças na topografia ou de altura terrestre, considerando as variações
de um lugar para outro ou as diferentes altitudes, considerando como referencial o nível
médio dos mares.
ÚPiTUto 6 - MEDIDAS DAS VARIÁVUS CWGRÁflCAS [ABSTRAÇÃO CARTOGRÁflCA 149
3
A densidade demográfica é obtida dividindo-se o número de habitantes pela área considerada.
150~~~~~~~~~~~-ÜR_T~_-_w_~--~-~_&_NT~A~_·o~,c_m_1uN_l~-·-·o_EVISU~Af-~~~-º~~ºAOOS~~-~-~-
a) Representações qualitativas
Levam em conta a diversidade dos objetos ou elementos, os quais se
diferenciam pela sua natureza ou tipo. O termo qualitativo é muito amplo e
é comum empregá-lo em oposição ao termo quantitativo.
b) Representações quantitativas
Levam em conta a grandeza dos elementos representados. Evidenciam-
se relações de tamanho ou proporcional idade entre os objetos.
MODO DE IMPLANTAÇÃO
~·.·.·.1
• A R
~
p
e
-'
H
NOM INAL
~ J ~ R
F
e
~
MC'M MMM M
F
1111 Alto
(j)
=
Grande - - - - - Pequeno
ORDINAL
@
@
Médio
Pequeno • • • • • Grande =
[ill;] Baixo
D o - 50
INTERVALAR
-.· .·. ·.~-~~~
....
D 800 51 - 100
........... 500
1~ D
-
101 - 200
........ 200
PROPORCIONAL
> 2001
Figura 6.1 - Exemplos de diferenciação ele dildos pontuais, lineares e zona is, considerando os
quatro níveis de medidas das variáveis geográficas
6.4.1 SELEÇÃO
(a) --.[;}]
••• •• ••• •• ..~'
~ ~
(b)
-e
1 •
••
(e)
/ /
(d)
/,,~
,1
() /
,
,/,I
(./ /
(a) IJ~
Jl;;;
•••
(b)
1····
••••
(e)
-[I
(d)~--~-~
Figura 6.3 - Exemplos de generalização conceituai: (a) fusão, (b)
simbolização, (c) seleção e (d) realce
_ÚPÍTU_._w_6_-_M_m_DAS
__ DAS_~_AA~_~_1s_u_a;_w_K~_·_cM_s1_AA~~Ã_u<_~_~_;AA_ru_·_______________________ 159
(a) (b)
Figura 6.4 - A imagem (a) mostra o resultado ela classificação, e a imagem (b), após aplicar filtro
azui s, no sentido levógiro do círcu lo das cores, para as áreas de mais altas
precipitações. Esse esquema comportaria uma extensão ma ior de classes
que aquele proposto com harmon ia monocromática em az ul. AI iás, o uso
do matiz azu l está associado à água e, neste sentido, esta cor pa rece bastante
adequada para mapas de prec ipitação, umidade relativa do ar, nebul osidade
e tem peratu ras muito baixas.
.Alta
~ Classe 1
[2Ll Classe 2
l!:!J Classe 3
Classe 4
Figura 7.4 - Mapa de Tuscany feito por Leonardo da Vinci entre 1502 e 1503
Fonte: lmhof (1982)
Elevação
{m
9000
8000
7000 (/)
Q)
6000 "C
.a
5000 =
<
Q)
4000 'O
(/J
Q)
~
cu
õ
Figura 7.7 - Classes de altitude para toda a Terra baseadas na progressão geométrica
Fonte: Baseada em lmhof (1982)
_CAPiru_·_~_7_-_R_E~_&_Nt~~ÕES~CAA_l_~_w_ICAS~:MAA_M_r_~_~~~~~~~~~~~~~~~~173
-
c::J 7 Planallos e serras do A1lln1ico leste sudcsle Planfcica
8 8 Planaltos e scnu de Goi&Minu
- 9 Scnu residuais do Alto ParaguaJ m 23 Planfcie do rio Amazanu
Planfcie do rio Araguaia
24
Nllcleos crisulinos arqueados 2S P11nkic e pantanal do rio Gua~
I li 26 Pl1nfcic: e Panianal Mato-grcmcnsc
17/llA 10 Planalto da Borborema CJ27 Planfdc: da lagoa dos Pascs e Mirim
E!§1 11 Planallo sul·rio-grandcnse ~ 28 Plan!cies e: 11bulciros lilorlneos
Os solos são produzidos pela ação dos processos que atuam sobre o
material original, residual ou transportado. A análise de um solo é efetuada
com base: a) na composição física e mineralógica do material; b) no clima
sob o qual o solo ocorre desde a sua acumulação; e) na vida vegetal e animal
sobre e no interior do solo; d) no relevo do terreno; e) na duração do tempo
decorrido, em que as forças formadoras atuaram. Para um solo tornar-se
conhecido a ponto de possibilitar a indicação de seu uso, necessita ser
identificado e classificado. Para tanto, são efetuados levantamentos de solos
os quais resultam em mapas e relatórios. Segundo a EMPRAPA (1979 apud
Resende et ai., 1999), os tipos de mapas de solos refletem o tipo de
levantamento efetuado, o qual atende diferentes objetivos.
e) Mapa exploratório
O mapa exploratório tem a finalidade de mostrar grandes áreas pa ra
uma ava liação genérica do potencia l dos solos de uma determinada região,
envolvendo vários mu nicípios. A esca la do mapa de solo vari a de 1 :1 000
000 a 1: 2 500 000. Este tipo de mapeamento pode ser exemplifi cado por
mapas de solos gerados no proj eto Radam Brasi l (Figura 7.9).
• PI/
Figura 7.9 - Mapa exploratório de solos
Fonle; Brasil (1982)
120
130
140
140
110
100
\\
184~~~~~~~~~~~C_AA_T~_·w~~-_R_r~_rn_NT~AÇÃ_O~,c_OMU_NJCAÇA
___._o_EVISU~M-~~~-º~~DAOOS~~-~-cw_s
IGABARITO
1
. - 1.., Plóshco
Transparenlo
1
120% ~] 1
1
'------------ '
Figura 7.13 - Declividade entre duas curvas, obtida com uso de
gabarito de distâncias horizontais
-----~
~ ---- ,·
{ 1
.\· · . 1
/ · .. 1 o
70Cfl 5
.·.-.. .·i&
·.: ,' o
•• 1 1J
..·. :1 ·º~
. '. . \
7009kmN
739.51(mS 7~0.5
N
1
--
~.:ai
D
i::::::m
LEGENDA
Floresta Ombrofila Densa
Vegetação estágio avançado
Vegetação estágio médio
Vegetação estágio inicial
Praia
Costão
Área edificada
1
1
t o
ESCALA
120
1
1~
Estrada pavimentada de 2000.
Estrada sem pavimentação 1.
Figura 7.14 - Mapa de uso e cobertura da terra na APA da Costa Brava, município de Balneário
Carnboriú - SC
Fonte: Reck (2003)
192~~~~~~~~~~~-CAA_T~_m~~_-R_c~_&_NT~A~_·o_,c_~_ruNIOl
____~_·o_E~_ru_AUZA____,_~_o~~ºAOOS~~-~-~-
azul mais forte. Se optar em utilizar a variável tamanho, devem ser escolhidas
diferentes espessuras para o traçado dos rios. Elas devem ser escolhidas de
forma que o olho do observador consiga hierarquizar a rede hidrográfica
com facilidade. Novamente, a maior espessura deve ser a do rio principal.
Outra aplicação interessante de mapas da rede hidrográfica é na
caracterização visual do grau de contaminação/poluição dos rios. Para tanto,
é muito interessante utilizar a variável visual cor. Um exemplo interessante foi
mostrado por Graciani (2000) para os valores de pH da água em lagos artificiais,
na área de exploração de carvão mineral, no Sul de Santa Catarina. Ele utilizou
classes e cores conforme apresentado na Figura 7.1 S(a).
Também usando a variável visual cor, Fernandes (2000) caracterizou
o tamanho da faixa de preservação necessária para cada rio de uma sub-
bacia hidrográfica em Blumenau, SC. Ficando categorizados conforme
amostrados na Figura 7.1 S(b).
a) b)
Classe de valores de pH Faixa de preservação
Azul claro> ou= 5 Azul claro -ANEA de Sm
Azul escuro 4 - 5 Verde -ANEA de 8m
Lilás 3 - 4 Magenta -ANEA de 12m
Magenta 2 - 3 Azul escuro -ANEA de 16m
Vermelho< 2 Preto - AN EA de 45m
Figura 7.15 - Legendas de mapas mostrando aplicações da variável visual cor em mapas da
rede hidrográfica para estudos ambientais. Compilado a partir dos mapas originais coloridos
(no mapa original cada nome da cor é substituído pela própria cor)
Fonte: Graciani (2000) e Fernandes (2000)
BASE ESTATÍSTICA PARA
REPRESENTAÇÕES TEMÁTICAS
8.2.1 DENSIDADES
y = n º de
ocorrênc.
X
Vai. ocorrênc.
Figura 8.1 - Curva normal
S = ~L)x - X)
2
/ n-1
200~~~~~~~~~~~-C_.AR_«x_;AA_r_1A-_R_1·~_csc_Nr~~-Ao~,c_·~_ruN_~~~-·o_E_~s_uM_~~~-·o_oE_o_m_~-~-PAC~1Ns
8.2.2.3 MEDIANA
A mediana é utilizada para mostrar o elemento que ocupa a posição
central em um conjunto de dados. Para tanto, é necessário arranjar os dados
em ordem crescente. Por exemplo, para um conjunto de valores observados:
15, 17, 18, 20, 24, a mediana será 18, e indicada por
+=18
Para o conjunto 15, 17, 18, 20, 24, 25, a mediana será 19 ou+= 19.
Conclui-se por meio dos exemplos que, quando o número de dados
for ímpar a mediana será obtida por:
+ = n + 1/2, que no caso terá como resultado 3, ou seja, o terceiro
elemento que é 18.
Se o número de dados for Qfil, a mediana será a média entre os
elementos centrais e será dada por:
+ = n/2 e n/2 + 1 no exemplo, 6/2 e 6/2 + 1 = 3 e 4
O número três representa o terceiro dado e o quatro, o quarto dado;
respectivamente os valores 18 e 20. Portanto, a mediana será 19.
8.2.2.4 MODA
A moda é uma das principais medidas de posição e, por definição, é o
valor que ocorre mais freqüentemente na distribuição. Para distribuições
simples, sem agrupamento em classes, a identificação da moda é facilitada
pela observação do elemento que representa maior freqüência (Fonseca;
Martins, 1982). Por exemplo, na seguinte distribuição, a moda será 248 e é
indicado assim: Mo= 248.
Xi 243 245 248 251 307
Fi 7 17 23 20 8
A moda é uma medida estatística apropriada para representações em
que a Escala de medida adotada é nominal. São, por exemplo, aquelas feições
mapeadas segundo a área que ocupam, como: a característica do solo, o
uso da terra e a cobertura vegetal. Nestes casos, as categorias são mapeadas
com base na classe modal predominante, (Robinson et ai., 1995).
Considerando áreas, a classe de área modal é definida como aquela
que ocupa a maior proporção de uma área, não a de maior freqüência de
ocorrência. Épossível, então, que duas ou mais categorias estejam igualmente
compreendidas em uma unidade de área ou que a variação dentro da unidade
de área ocorra para alguma classe em mais que 25% da área.
_c~_rr_uL_o_8-_B_~_r_s~_T~_TK_A_l'A_RA_Rl_1~1_~1_N~~~(C_)rS_H_A~_T1c_~_______________________________ 201
Mo= x =X Mo x X x X Mo
Figura 8.2 -Simetria da curva de distribuição dos dados: a) distribuição simétrica, b) distribuição
assimétrica positiva, e) distribuição assimétrica negativa
2 3
4
4 6 :7
. 8
4
J
.
4 1
.
4
10 11: 12 15 41 53: 82 91 99 14S:
1
. .
Q1 Q2 Q3 Q4
-------1
.1
o !5
1 300 1
1
mediana
1,2
Mortalidade Infantil
~·· · · ·
1,0
Q)
"O
Cl'.l
.·.·.·.-.·.·.·.·.·:.-.·.·.-.·.·.·.·.·.-.·.·.·.·.-.-.·.·.·.·. . . . ... . . . .. .. . . . .... .·.·.·.·.·.·.·.·.-.·.·.-.·.·.·.·.·.·-.-.·.-.·.·.·.·.·.·.-.·.-.·.·.·.·:.·:.·::.·:.. . . . . .. . . . -. .-.·j······· .
~ 0,8
ro
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o .:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::l'''"'"""'
E 0,6
Q)
"O
Q)
u
'õ 0,4
.s
0,2
o
municipios
Classes Freqüência
o - 0, 1 (2 municípios)
O, l - 0,25 (4 municípios)
0,25 - 0,4 (4 municípios)
0,4 - 0,7 (3 municípios)
0,7 - 0,9 (2 municí ias)
0,9-1,0 (3 municí ias)
-
D
- -
26 - 30 D 46 - 70 D 25 - 30
D 31 - 34 D 71 - 100 D 31 - 45
35 - 46 101 - 120 46 - 50
47 - 140 121 - 140 51 - 140
Autores como Erwin Raisz (1962) e Dent (1996) fazem distinção entre
mapas temáticos de escala pequena e cartogramas. Para esses autores, o
Cartograma é um tipo específico de mapa temático. O primeiro autor chamava-
os de "Mapas Diagramáticos'' e o segundo preferiu considerá-los como mapas
que mostram os valores proporcionais às áreas, ou imagens de anamorfose,
ou simplesmente transformações espaciais. Nessa visão, portanto, cartogramas1
são tipos especiais de mapas temáticos que preservam a forma, orientação e
continuidade das unidades em questão como: municípios de um estado, ou
estados de um país e são concebidos de maneira que as áreas destas unidades
sejam proporcionais ao valor do dado representado. Os limites das unidades
são altamente generalizados, mas ainda preservam a forma inicial.
' Os dados a serem mapeados como Cartogramas podem ser absolutos ou derivados e
devido ao método, nenhum dado é perdido ou arredondado.
_ÚPÍTU_._to_9_-_RD'Rf500~-~~oo~CAR_1oc._m_·_~~_:_m_~_1ru_~wos~,_cc_a-a._·_~~~EF~_·_c~~~~~~~~~~~~213
•
representar a morfologia, Históricos Praia
~ ~
mostrando a morfologia da
área, dando uma concepção Rampa Pesca
- Municipal
(b)
Figura 9.2 - (a) Mapa ela rede viária e (b) Mapa de fluxo
_0.Pírut_._o_9_-_REPR&NTAÇ~---'-·a:s~CAR-u_xm_·_K~_=m~~-"u-~W«JS----",_EC_oó~ocx_~c_1oc_l_~~~~~~~~~~~~215
(a)
(b)
Figura 9.5 - (a) Comparação ela influência ela forma na estimativa de tamanho de símbolos
proporcionais e (b) Formas dos símbolos proporcionais
ÚPÍTULO 9 - RDmlNTAÇÔCS CARTOGRÁllCAS: HM.\S l IUl.WUS, CCONÔ\llCOS [ íÍSICOS
219
• 2,3
•e•
formar uma imagem da distribuição quantitativa 3.3
em foco. 5,6
e•
8,f
A facilidade para comparar tamanhos de
símbolos depende sobretudo da forma do símbolo. 12,4
R' = ~nxR 2 /N
220~~~~~~~~~~~-C_AA_T~_·w_~_-_RIPR~&_m~A~_·o~,c_OM_UN_'O.ÇJ..~·-o_E~_~_M_~~~-º-~-OAOOS~-~-~_ws
Em que:
R'= raio procurado;
R = raio do círculo base;
n = valor estatístico do novo círculo e
N = valor estatístico do círculo base
Outra maneira para calcular os valores dos raios ou lados das figuras pro-
porcionais é usar um ÁBACO. Um ábaco é uma matriz confeccionada a partir
do cálculo da raiz quadrada de números inteiros multiplicada por um fator K,
constante, que fornecerá valores distantes de uma origem (vide Figura 9.7).
o o
o
o
Figura 9.8 - Uso impróprio do método de símbolos
proporcionais
Fonte: Dent (1996)
FAMÍLIAS A ASSENTAR
NO BRASIL - 2000
LEGENDA
- - - - -70000
- - - - - 35000
- - - - ·15000 N
----·10000
888 5
-- -- -- -- ·-2
O 300 600 Km
Fnte de dados:
Atlas Fundiário
do INCRA, 2002
25 •
-----~--
• ••
Figura 9.11 - Concepção de um mapa de pontos (desenhado com base em
Dent (1996)
o o
o o o o
o o
o
o
o e
o
o eº o o
Errado Certo
Estações de rádio AM
1999
Número de estações
o 1a 7
RS
e 8a22
LEGENDA
Hab/Km2
D 1-4
D 5-1 5
D 16 -50
D 51 -65
N
1::::::1
-
66 - 100
101 - 325
O 300 600 Km
l
Figura 9. 15 - Exemplo de mapa coroplético: densidade demográfica do Brasil
os de base mate mática, sendo mais difíc il e ncontra r métodos grá ficos para
d ete rmi nar o inte rvalo de classes .
A ca racterística d os d ad os, como homogeneidade o u discrepâncias
acen tuad as, ao lado da forma geométri ca e do ta manho da unidade espacial
são fatores de te rmina ntes pa ra a escol ha do método de determinação do
interva lo d e c lasses . A escolha inad equada pode produ zir mapas ineficazes
o u a p resenta r uma fa lsa idéia de d istribu ição dos dados no espaço geo gráfico
conside rado. Na Figura 9 .1 6, são apresentados três ma pas obtidos a partir
de três métod os dife re ntes de determinação d o inte rva lo en tre as classes,
usa ndo os mesmos dados. Observe que os resu ltados do mapeamento são
difere ntes . Q ua l deles trad uz mais adequa dame nte os va lo res origina is?
- - -
D 26 - 30 D 46 - 70 D 25 - 30
D 31 - 34 D 71 - 100 D 31 - 4 5
35-46 101 -120 46 - 50
47 - 140 121 - 140 5 1 - 140
Figura 9.1 6- Resul tado ele três métodos de escolha do intervalo ele classes
232~~~~~~~~~~~-C_AA_l()(_;AA_F~_-_R_~_BE_NT_A~_·o_,c_~_ruN_la_~_o_c~_su_A_L~_~_o_m_DADOS~-~-~~IAJS
26
23 29
1 33 30
1
30
Figura 9.17 - Interpolação linear entre pontos
valores distantes do ponto 26. Na mesma figura, entre 33 e 29, existe uma
diferença de quatro unidades. Dividindo a linha que une os pontos em quatro
partes, é possível determinar por onde passará a isolinha 30. Este é o
procedimento, no método manual, para todos os pontos até determinar o
desenho final das isolinhas.
No caso dos mapas de isolinhas, os pontos de controle com valores
conhecidos podem ser especificados nas suas posições corretas, ou seja, nas
suas coordenadas. Já para os mapas isopléticos a localização dos pontos é
mais difícil. Geralmente, os dados são selecionados para cada distrito ou
município em estudo, e o valor a ser considerado representará uma média
da magnitude para cada área. Por exemplo, a razão ou proporção que envolve
a área. Então, a localização do ponto dentro da área é o cerne do problema
porque vai afetar a exatidão e aparência de todo o mapa (Dent, 1996).
Se a área apresenta forma regular e a distribuição dentro dela é
considerada como quase uniforme, pode-se escolher o centro geométrico
da área para localizar o ponto de controle. Uma aproximação visual deste é
suficiente. Por outro lado, se for conhecido que a distribuição é concentrada
em cenas específicas, como as urbanas, então o ponto de controle deve ser
localizado no centro desses lugares (Figura 9.19).
+ -Centro Geométrico
i9 - Concentração Urbana
• - População Rural
/ '-'.
t{ '~
(
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. I .
.,. \. ~ .
\
1 1 ..
Figura 9.20 - Mapa ele fluxo: Petróleo na economia Mundial (original colorido)
Fonte: Simiclli (1999)
238~~~~~~~~~~~~C
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~_UM_l~
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ÃO_OC
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lAOOS
~~ -A_
Cw
_s
Para os mapas nos quais a rota deve permanecer con hecida, deve-se
preservar a via de comun icação como rodovias ou ferrov ia s, pois elas
determinam o lugar dos vetores. Este caso de mapeamento é mais raro em
atlas. Mapas desse tipo têm sido observados em revistas e jo rn ais, mostrando
a intensidade do tráfego urbano ou o transporte de mercadorias entre cidades,
ou de algu ns lugares de produção até portos marinhos.
- Ü EFINIÇÃO DA SIMBOLIZAÇÃO
FLUXO DE VEÍCULOS
--
• 2000
- ÜESENHO DA LEGENDA
A Legenda é a chave de codificação e decodificação na Cartografia.
Ela faz a ligação entre o mapa e o leitor; por isto deve ser cuidadosamente
elaborada. As unidades de medida precisam aparecer de modo nítido e do
mesmo modo é necessário saber como foram escaladas as linhas para as
quantidades representadas.
Existem duas formas básicas de representar os valores considerados:
(a) com grande exatidão, especificando um valor para cada linha (Figura
9.22a e 9.22c), e (b) considerando um intervalo de valores, como na
Figura 9.22b.
O desenho final da legenda pode ser apresentado em uma seqüência
de linhas, formando degraus, como na Figura 9.22c, para o caso de fluxo
contínuo e crescente no espaço, segundo uma linha pré-existente, como no
caso de estradas para transporte de mercadorias. Mas, também pode ser
apresentado por linhas separadas, em que a cada uma corresponda um valor
predeterminado, como nas Figuras 9.22a e 9.22b.
(a) (b)
Número de banhistas Migração (familias)
(em mil)
10 0-100
20 100- 500
500-1000
30
1000-1500
40
- >1500
50
(e)
<10
. 10 ~20 30
60<
Palhoça
...... 85
···-··60
85 60 40 15 ·····40
·····15
(a) (b)
População
- Urbana
c:::i Rural
LEGENDA
-Indústria
[=:! Co"'6rdo
ClA~
(d)
LEGEIC>A
- lndú1111a
~ Ccmtrdo
c:::J ""'-""''
Para construir qualquer mapa é preciso saber com clareza para que
ele será utilizado e quem o utilizará. Essas duas preocupações são questões
centrais que determinarão todas as outras a seguir. Éevidente que a confecção
de mapas tem um custo que aumenta de acordo com as exigências do usuário.
Por exemplo, mapas coloridos impressos em papel, ou seja, mapas
permanentes são mais caros que aqueles em arquivos digitais- mapas virtuais.
A escala é outro fator determinante dos custos, pois quanto maior a escala,
maior o custo, haja vista a necessidade de maior detalhamento dos dados. E
o levantamento dos dados exige tempo, equipamentos, pessoal capacitado,
etc., os quais implicam em despesas financeiras.
Sabendo do propósito para o qual o mapa será usado, o público que
vai utilizá-lo e os recursos disponíveis para tal empreendimento, o cartógrafo
poderá tomar as decisões seguintes quanto aos métodos, as técnicas, o
software e quanto à forma de disponibilização ao usuário.
Uma vez di spondo dos dados para a compil ação do rn apa temático,
será preciso definir os procedimentos de produção que têm de leva r em
conta a saída final: se rá um mapa virtua l ou um permanente? Esta decisão
infl uenciará na composição como um todo.
Conforme o tipo de mapa e dos dados disponíveis, é necessári o definir
o software a ser utili zado (CAD ou SIG). Cada tipo terá abordagens bastante
di ferentes para a compi lação. Os limites técnicos de produção são impostos
pelo software implicado na definição do modelo cartográfico digital desejado.
Isto é, a defini ção das linhas, elas cores, dos textos e das sombras. O domín io
do software associado ao grau ele conhecimento do ca rtógrafo também são
fatores que constroem os li m ites técn icos de uma compi lação ele mapa temático.
O cartógrafo prec isará uti l izar mais de um software para conseguir um
mapa perm anente (impresso) de qualidade, e assim, aos poucos, elimi nar ou
soluciona r problemas que um ou outro não permite. Isto pode inc lu ir os CAD,
os SIGs e os de design gráfico. Na rea li dade, os produtos ca rtográficos são
uma mistura de técnicas gráficas e textuais. A eficiência dos mapas está atrelada
a uma aparênc ia visu al agradáve l e ao cumprimento de sua função em
comun ica r o conhecimento sobre algo às pessoas. Esses fatos levam muitos
cartógrafos, exceto no Brasi l, a defin irem-se como especialistas em comu-
248~~~~~~~~~~~-C_AA_T~_JW~~--R_n~_™_N_~~Af_),C_·~_1u_NIC_~~Ão_c_~ill_M_~-~~-º-~-º-AOOS~~-A~Cl~S
(a) (b)
'·,·,
o
.,,"'''"
~-· ?--''
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\ ..,,,<1-
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(e) (d)
TÍTULO TÍTULO
L
E
G
E
N
D
A .____L_E_G_EN
_ o_A_ _.I EJ f
TÍTULO
Figura 10.3 - Esquemas preliminares ele um mapa para testar o balanço visual
____________________________________~251
_c~_·r_uL_o_10_-_A_co_~_EPÇA~·o_o_r~_w_~
10.3.1 TíTULO
10.3.2 LEGENDA
A Legenda é indispensável para a maior parte dos mapas. Ela contém
a chave que propiciará ao usuário do mapa decodificar os símbolos utilizados
na representação cartográfica. Logo, ela deve contar ao usuário o que ele
encontrará ou o que significa algo que ele leu no mapa. Em tese, tudo que
está em um mapa e que não seja auto-explicativo precisa ser explicado na
legenda. Os símbolos do mapa têm que aparecer iguais na legenda, com o
mesmo tamanho, forma ou cor.
O arranjo das partes de uma Legenda, símbolos e textos deve ser
posicionado de forma a conseguir um balanço visual. Geralmente, os
símbolos são agrupados seguindo a gramática cartográfica: pontos, linhas e
áreas. A ordem deles pode ser invertida, dependendo da sua importância.
Por exemplo, em um mapa de uso de terra, as classes de uso, mostradas em
áreas retangulares na legenda, devem vir no topo da mesma, seguidas dos
elementos lineares (estradas, rios, se forem necessários) e dos pontuais
(localidades). Os elementos lineares ou pontuais4 nunca devem ser colocados
presos em retângulos e é muito comum encontrar isto em mapas de revistas,
jornais ou em trabalhos acadêmicos.
Algumas recomendações importantes ao se elaborar uma legenda:
a) Quanto menor a escala, mais simples deverão ser os símbolos pontuais.
b) Pode ser interessante desenhar símbolos de formas complexas; no
entanto, a complexidade da forma pode confundir ou mascarar a
mensagem do símbolo.
4
A única exceção para que pontos possam aparecer presos em caixas é para o caso de
mapas de pontos. Vide item 8.5.1 do Capítulo 8.
_Cm_ru_w_l_O_-A_c_o~_E~PÇA_·o_m_MAP_~--------------------------------------253
1o.3 .4 ESCALA
10.3.5 INSERÇÕES
Figura 10.4 - (a) Mapa de referência reduzido e (b) Mapa básico após a
generalização cartográfica
256~~~~~~~~~~~-C_AA_'TC_x;R_Ar_~-_R_fPR_~_NT~~~~º~·c_o~_1u_NK~~-ÃO_E_v1s_uA_L~~~-·o_~_D_ADOS~~-~~~'s
c) não é possível usar curvas para dispor letras, a menos que isto seja
necessário;
d) jamais devem ser usadas linhas retas para a distribuição de textos
que não são orientados como na regra "b"; sempre usar linha
suavemente curva.
e) o espaçamento entre os nomes deve ser maior que entre as letras
que compõem um nome;
f) no caso de conflitos entre os dados do mapa, como linhas ou limites
e o texto que forma um nome, o dado é o que deve ser interrompido
e nunca o nome; e
g) os textos nunca podem estar dispostos de cima para baixo.
Dentro do mapa, se o texto tem uma função importante (símbolo
nominal), ele deve ser tratado com o mesmo cuidado que os outros elementos,
dando-se atenção para o seu peso visual. Caso contrário, ele deve ser discreto
o suficiente para aparecer como um "fundo" com função de localizar símbolos
- rios, cidades, etc.
A regra geral para texto sobre mapas é utilizar poucos estilos para se
obter uma melhor harmonia, e os tipos simples são os mais indicados. A
legibilidade das letras dependerá do contraste visual entre a letra e o fundo.
Se o fundo é escuro, as letras brancas são as mais legíveis; e letras pretas são
mais legíveis em fundos claros.
A legibilidade também está associada com o "espalhamento" das letras.
Quanto às áreas com extensão regional, diz-se que as letras devem ter um
tamanho e espessura combinados para que se possa distingui-los com
facilidade. As palavras devem ser espaçadas de maneira a cobrir toda a área
que estão nomeando. A orientação ou posição do texto deve acompanhar a
orientação espacial do acidente geográfico.
Por exemplo, Serra Santo Antônio: letras 8~~
maiúsculas, em negrito, espaçadas ao longo ~~
da localização da serra (Figura 10.5).
Mirante. lf+>-0
As feições pontuais como cidades, Faz. Goitacá
portos, aeroportos e outras atividades .Penha -~
localizadas pontualmente devem ter texto
Marfim •LAJES ~
de identificação paralelo à margem inferior, • ~o
perto do ponto, acima e à direita deste,
sempre que possível.
As feições zonais como corpos d' água SERRA DO A l V E 8
- lagos e oceanos- precisam ter seus nomes Figura 1o.s -Alterpativas para localiza-
i ntei ramente dentro d'água. No caso dos çõesregionaisdeacidentesgeográficos
258~~~~~~~~~~~-C_AA_fü(_;AA_r_~-_R_c~_csc_NI~~-ÁO~,c-·~-IUN_la~~-·o_E_VIS_UA_Ll~~~-º-~-º-AOOS~(~-~~IAIS
a) Boa Continuidade
Todos os alinhamentos precisam ser simples e consistentemente espa-
çados. Partes simples de um nome precisam ser vistas também como simples
(, A teoria Gesta/t apareceu em um artigo pela primeira vez em 1912. Wertheimer formulou
a idéia de que a natureza de um todo complexo não pode ser predita pelo simples estudo
das suas partes.
260~~~~~~~~~~~-C_AA_T~_;AA_r_~-_R_rm_E~_NT~AÇ~~~,c_u.._1u_N1a~~~·o_E_vtSU_M_~~~-·o_m_OADOS~-~-~~IAJS
b) Fato comum
Nomes que pertencem a
um símbolo e fluem de maneira
semelhante deverão ser vistos
com parte daquele símbolo.
Exemplos: rios, rodovias, limites
(Figura 10.7).
Figura 10.7 - Exemplos de alinhamento semelhante
e) Similaridade em textos sobre mapas
O texto pode ser usado para classificar feições. Estilo, cor e tamanhos
semelhantes são usados para inferir classificação semelhante. Mudanças no
estilo e na aparência podem ser lidas pelo usuário como uma mudança,
mesmo que o cartógrafo não tenha tido essa intenção (Figura 10.8).
d) Proximidade
A proximidade é uma poderosa ferramenta gráfica para a localização
de textos. Num mapa é essencial que o texto esteja associado à sua localização.
Símbolos pontuais exigem textos muito próximos e suficientemente separados
dos textos que não lhe dizem respeito (10.5).
_c~_ir_ut_o_lO_-_A_co_~_cPÇA~o_o_H_~-~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~261
Verde
7
Outras tecnologias utilizadas são: LED - diodos de emissão de luz; LCD - cristal líquido, etc.
11
O Sistema RGB é formado a partir das cores primárias Red, Green and Blue.
262~~~~~~~~~~~-C_AA_Tlx_;~_r_1A-_R_rr~_~_NT~A(_Ão~,c-~_1u_N~~~-·o_c_~~-M_~_~_o_~_o_AOOS~~-~~ws
.·
1Ü.6.3 PRODUÇÃO DE POUCAS CÓPIAS
J
REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS
Esta visão da utilidade dos gráficos vem do grafismo (graphicacy), um termo usado por Bachin
e Colemam referindo-se à habilidade necessária para a comunicação efetiva de relações que
não podem ser bem comunicadas pelas palavras ou pela matemática (Dent, 1996).
266~~~~~~~~~~~-C_AA_T~_·w~~-_R_c~_cs_ENT~~~~º~·C_"OM_U_NlCAÇA~·-·o_c_~~-Af_~~~-º-m_D_AOOS~~-~~ws
Éneste sentido que este Capítulo foi desenvolvido, já que a maneira como
se constroem gráficos pode ser encontrada em grande parte dos livros estatísticos.
Inclusive, existem softwares de estatística, ou outros, que são habilitados em
construí-los automaticamente. No entanto, negligenciam ou deixam a questão
da apresentação dos gráficos a cargo do fazedor/usuário. As pessoas
desinformadas quanto a essa questão costumam apresentar os gráficos tal qual
o programa produz, fato que, na maioria das vezes, conduz a gráficos ineficientes.
Assim, espera-se que a abordagem da "comunicação através de gráficos" seja
compreendida pelos leitores deste Capítulo e os ajude na apresentação de gráficos
mais eficientes que aqueles gerados automaticamente em algum software.
qualquer tabela, segundo o IBGE (2003) 2 devem ser abertas. Atua lmente, com a
faci lidade de construção de tabelas em computador, é possível cri ar vari ações
de v isualização, colocando fundos coloridos ou com diferentes tonalidades ele
cinza. Esses artefatos podem ser utilizados para melhorar a v isualização cios
dados. No entanto, cuidado com o uso ele muito "enfeite" . Eles podem prejudicar
a v isualização ou serem desnecessários. Caso os dados sejam ex ibidos apenas
em tabelas (sem auxílio ele gráfi cos), é importante tomar cuidado especial na
visualização. Nesse caso, a colocação de "fundo colorido" pode ser um caminho.
Logo abaixo cio corpo da tabela devem vir as in formações a respe ito
da fonte dos dados. Esse luga r, designado como rodapé, pode também ser
usado para esclarecer algo especificamente relativo aos dados da tabe la.
Nesse caso, deve haver um breve relato do fato, usando uma frase curta.
a) Cabeçalho ou Titulo (o que é, onde, quando)
o
~ ~~~~~ru->~~~- ~,~~~'~
8
1--1-1-1---f--l-~
e) Rodapé: Fonte da d ados a
Observações
podem ser aplicados sobre os mapas. Por exemplo, é ineficaz colocar gráficos
de barras ou de setores em cima de cada unidade geográfica 3 de um mapa.
Fazer com que um gráfico seja efetivo exige que seu idealizador formule
questões básicas do tipo: o que quero mostrar? que tipo de gráfico seria mais
apropriado para mostrar isto? como fazer uma representáção que facilite a
visualização e leitura do gráfico? Tais questionamentos poderão ser
respondidos pela própria pessoa se ela tiver os conhecimentos básicos que
serão abordados a seguir.
Existem literaturas que apresentam gráficos sobre mapas com a designação de cartodiagramas.
Entretanto, está comprovada a ineficácia desse tipo de representação para mais de duas catego-
rias. Além disso, hoje em dia, com a facilidade proporcionada pelos computadores em apre-
sentar e modificar mapas, não se justifica fazer uma representação exaustiva e ineficaz. Existem
outras formas mais eficientes e eficazes de representar dados de forma gráfica e geográfica.
4
Também pode ser em palmtops, tela de TV ou projetores multimídia.
270~~~~~~~~~~~~C_AK_rcx_;AA_n_A-_R_r~_c~_NT~A~~··o~,c-~_ru_NICAÇA~·o_E_~_s~_l~_ç~Ao_~~ºAD<-~_~~~-ws
.--------------------1
1 $ TITULO 1
Identificação~
da Variável 1 ~~~~dos
1 .
1
1 4
-Quadro
1
>--~Grade
1 3
marcas
1
1 2
~~~~.-t
i 1
1
1
1
o
Fonte:
L----
1 2 3 4 5
- - - - - - - - - - - - -
6 7 Jºs _ __.J
legenda para indicar o que representa cada nome. Outras vezes, uma legenda
curta indica vários dados no gráfico. Por exemplo, em azul estão os dados
da cidade K, em vermelho os dados da cidade F.
De qualquer maneira, a legenda, se necessária, deve aparecer de forma
discreta. Não há necessidade de escrever a palavra LEGENDA, se ela for
pequena (exemplo, dois símbolos). O lugar da legenda é, preferencialmente,
à direita do gráfico ou logo abaixo dele, dentro do respectivo quadro.
e) Título
O Título é uma parte necessária de cada gráfico, apresentados sozinhos.
Seu lugar é fora da região do gráfico para que não haja interferência na
mensagem do título. Os gráficos que fizerem parte de algum texto, como
monografias acadêmicas, livros, revistas, geralmente não apresentam título na
parte superior do quadro que os contenham. O título aparecerá na chamada
da figura, isto é, na explanação do que a ela mostra, vide Figura 11.2.
d) Fonte de dados
A fonte dos dados não deve ser ignorada na apresentação de um gráfico.
Porém, ela não é necessária caso tenha sido explanada no texto ou na tabela
de dados, ou caso acompanhe ou esteja anexa ao texto. Mas, nada impede
que a fonte de dados seja colocada junto ao gráfico; porém, neste caso,
deverá ser logo embaixo do eixo x.
e) Quadro
Por último, ainda é preciso dizer que um gráfico, quando mostrado
sozinho ou mesmo um conjunto de gráficos no meio de textos, deve ser
separado dele por um quadro ou moldura. Esse artifício conduz o olhar do
leitor a "fechar" sobre o gráfico.
5
Fonseca e Martins (1982) denominam este tipo de gráfico como gráfico em curvas.
a) Apresentação de freqüência acumulada ou porcentagem acumulada
da freqüência (conhecida como ogiva) (Figura 11.3).
b) Apresentação da resposta espectral de alvos diferentes em dados
de sensoriamento remoto, assinatura espectral. No eixo x, são
colocadas as bandas; no eixo y, o valor de brilho ou nível de cinza.
Exemplo na Figura 11.4.
100
90
~ 80
m
'3 70
E
~ 60
m
g 50
"1l
rg. 40
!!?
U; 30
~
20
10
o 10 30 50 70
Valores Observados
90 110 130 150
..••• ......
200
,,.................................,..,.U••••'•~'''""..""
,,,,,,.,,,..
,,..,,.
150 ......·"'
~ :::
100
·--·-·-·-·-·~----·-
.........··..····
Estradas
Rejeito de Carvão
Pastagem
o
Lagoas Artificais
2 3 4 5 6 7
1 40
30
.-.o-
_ o --o-- Nordeste
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20 - .cr.,,.,.. - o - Sul
1O 0:::- ~ --<>-- C-Oeste
O L....(111-llC:Q::==~=;;;;;;;;~;;~t___, Anos
1950 1960 1970 1980 1991
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30 .,.D-
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- o - Sul
Sudeste
•Norte
D Nordeste
o Sudeste
•Sul
o C.Oeste
1
' Alguns autores fazem distinção entre os gráficos de bnrras e de colunas, segundo a
orientação dos retângu los: quando estão na horizontal , são denominados gráficos ele
barras; quando n<i vertical, passam íl ser chamados de gráficos de colunas.
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35
30
25
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[• 1970]
60
50
40
30
20
10
o '-----'-
Figura 11.8 - Gráfico ela Figura 11.7 com nova
proposta de visual izaç5o
Nas pa lavras ele Bertin (1986), um gráfico para se ver e extrair facilmente
as relações ex istentes seri a como o apresentado na Figura 11.8. Construir
vári os gráficos com a ajuda de programas computacionais, hoje em dia,
to rnou-se fácil, o difíc il, como já fo i dito, é saber colocá-los à disposição do
usu ári o de forma simples e ele fácil percepção.
11 .5. 2.1 REGRAS ílÁSICAS PARA DESENHAR GRÁFICOS DE ílARRAS
Exi stem diversas opções pa ra se desenh ar gráficos de barra s e de
colunas: colunas unidas, separadas, coloridas ou não, de fundo co lo rido,
linhas de fundo, etc . A regra fundamental a ser observada é que todas as
barras ou colunas se in ic iem em uma linha de va lor zero, pa ra qu e o leitor
possa estabelecer compa rações e fazer julgamentos.
Percebe-se que pessoas com pouca sensibilidade à percepção do leitor,
para fazer algo d iferente, elimin am a linha zero (eixo x) do gráfico. Isso, ao
contrário cio esperado, serve apenas para confundir as idéias cio leitor.
Se o eixo hori zontal for usado para representar o tempo (anos, meses,
dias, ho ras, etc.) é desej áve l seguir a regra ele d ispô-lo em o rdem sequencial.
Se, em alguma data, não há observações (dados), de forma alguma ela poderá
ser eli minada. O espaço para essa data eleve ser marcado para que haja uma
progressão uniforme.
Exceto o envo lvimento das séri es hi stóri cas neste tipo de gráfico, nos
outros tipos de séri es, os dados devem ser, na med ida do possível, dispostos
em ordem de magnitude, para que assim possam refl etir no tamanho das barras
- da maior para a menor ou vice-versa, como mostrado na Figura 11.9.
• 2 - Gasolina
•3 - Óleo
10000
•4 -
Combus líwl
Nafta
• 5 - Gás de Petróleo
• 6 -Querosene
o
2 3 4 5 6
Observe que a largura das barras deve ser sempre maior que o
espaçamento entre elas, se forem apresentadas sepa radas. Esta regra va le
para qualqu er tipo de dados a ser representado em gráficos de co lunas ou
barras. Igualmente va le a indi cação das linhas dos eixos serem mais grossas
que as de fundo do gráfi co; porém ainda ma is finas do que a linha que
contorna as colunas ou ba rras.
Se preferir colorir as colunas, é melhor deixar branco o fundo do gráfico.
Se deixar as colun as sem co lorir, pode-se usar uma textura de fundo va ri ando
a tonalidade em dégradéda linha de base (zero) pa ra o topo das barras. Esse
artifício conduz o o lhar do leitor a inic iar a leitura na linh a zero e comparar
m ais facilmente a diferença nas magnitudes dos retângul os. Vej a o exemplo
na Figu ra 11 .1 Oa.
Entretan to, es te m es mo artifício, se ap li cado nos ret ângul os
indiscrimin adamente - barras ou colu nas- causa uma ilu são ótica capaz de
co nfundir o leitor, tornando o gráfico ineficaz (Figura 11 .1Ob). As barras são
efici entes para comp arar du as categori as, no máximo, ou dois lugares ou
duas datas, como ilustrado na Figu ra 11 .11.
(a) (b)
Densid ade Demográfi ca da Regi ão Sul Densid ade Demográfica da Região Sul
do Brasil • 1950 a 1991 do Brasil . 1950 a 1991
45 45
40 40
35 35
30 30
~ 25 ~ 25
~ 20 ~ 20
15 15
10 10
5 5
o '1""'1---="--- o t-'--~
1950 1960 1970 1980 1991 1950 1960 1970 1980 1991
Anos Anos
Figura 11. l O-A eficácia cios gráficos ele colunas é definida pela escolha da representação: a)
um gráfico ba lanceado visualmente - colunas sem cor e textura ao fundo; b) um gráfico
confuso - textura nas colunas é ineficaz
o
{! 2
11.5.3 HISTOGRAMA
0,30
~ 0,25
'; 0,20
ü
.§ 0,15
g. 0 ,1 0
e
u. 0,05
o
10000
8000
'g"' 6000
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2000
360° - lotai
xº-parte
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35,8%
Alixes
60.4%
aAlixcs
a tvtiriscos
35,8% •Ostras
o carrorão
5% 13%
10%
19%
37% 11%
Out
90
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8
Segundo Monkhouse e Wilkinson (1971 ), a variação qüinqüenal é a mais usual, mas
pode ser usada outra variação.
POPULAÇÃO DE SANTACATARJNA
URBANA RURAL
2000 -
Mimes deHcb.
4 3 2 o 2
Figu ra 11.18 - Pirâmide ela variação temporal ela população urbana e rural cm Santa Catarina,
1920-2000
---
70. 74 ........................ .
N este último caso, há du as
m aneiras poss íveis em que se
considera a porcentagem tota l
60-64 ...................... . •
50 - 54 .................. - -
el a p opul ação o u, sep arad a-
mente, para cada grupo (mascu- 40.44 ........... - -
1i no e feminino). Um exemplo é
aquele mostrado no Atl as do
IBGE (2002) redesenhado na
Figura 11.1 9. 10 -14 ....
%pop.
64 2 o 24 6
O termo multimídia não era muito utilizado até o início dos anos 1980
e na ciência começou a ser empregado com o advento dos discos a laser e
CD-ROM, ou seja, na metade da década de 1990, (Cartwright, 1999).
Entende-se por multimídia a interação de múltiplas formas de mídias apoiadas
por computador, em que este é ao mesmo tempo uma ferramenta e um meio
de multimídia. A primeira vez que se usou o termo multimídia foi para
designar uma seqüência de visualizações combinadas com um registro de
voz. Com o desenvolvimento da multimídia, novos conceitos surgiram como,
multimídia interativa e hipermídia (Cartwright; Peterson, 1999).
Hipermídia é um meio de comunicação criado pela convergência do
computador e videotecnologias, incluindo o espectro total das novas e
interativas mídias atreladas à telecomunicação: TV a cabo interativa;
videogames e multimídia. A hipermídia incorpora textos, sons e gráficos,
podendo ainda incluir paladar (gosto), odor e sensação tátil (Conklin, 1987
apud Cartwright, 1999). O certo é que, sem meios de criação e distribuição,
a forma atual de multimídia não existiria.
N a Cartografia, a multimídia está envolvida na apresentação de dados
geográficos espac iais em que o processa mento deste ti po ele in form ação
tem tido seu foco princ ipal nos Sisterna s de Info rma ções Geográficas (SIG).
Entretanto, os SIGs representam uma ca rtografia para poucos (orga nismos
do governo, empresas privadas, academ ia e pequenos grupos ele pessoas) .
Ern contrapa rtida, observa-se atualmen te, mais do que nunca, o uso pC1bli co
geral ele mapas como fonte ele inform ações ou como uma ferramenta p ara
encont rar loca li zações específicas. 1 A população é bo mbardeada co m
info rmações espacial izadas na televisão, nos jorna is, nas rev istas e tambérn
em j ogos de entreten imento, na educação e trei narnentos. O resultado é urn
pú blico amplo e não especia lista no uso ele mapas e de uma gama de produtos
que as novas mídias circulam como, irnagens ele satél ite, aerofotos d igitais,
mapas digitais e visuali zações em três clirnensões (3-D).
Para entender a Cartografia na multimíd ia é possível usar a metáfora
do atl as con forme esc larecern Ca rtw ri ght e Peterson (1999) . Um atlas é
entend ido corno uma reun ião de mllpas na forma de urn l ivro, cujo objetivo
é mostrar informações a respeito do mundo. Por muitos séculos, ele abriu
uma janela para o mundo, para milhões ele pessoas, em suas casas, na escola,
nas livrari as. Ele é consultado quando alguém precisa de informação a respeitô
de loca li zação ou de alguma região no mundo. Os atlas formam as bases de
como as pessoas concebem o mundo em que viven1. Seu uso não requer
qu alquer conhecimento especiali zado, nem precisa de motivação espec ial.
Ele é uma forma de Ca rtografi a que convida o usuári o a exp lorar o m undo
por intermédio ele mapas, dentro ele suas limitações.
No atl as impresso a interação é limitada. A com unicação acontece
por cores, símbo los e textos fixos. N ão há mudanças ele esca la ou adição ele
detalhes, como às vezes o usuári o gostari a ele ter. Não há dispositivo para
consul ta r e apresentar algum conjunto ele dados. Não é possível visualizar
anima ções cartográficas para dar idéias a respeito da rn obilidade cio mundo.
Na Ca rtografia ern mu ltimídi a, tudo o que não é perm itido no atl as impresso,
tornou-se possível.
A tecnologia disponível para a elaboração de mapas pode, nos dias
atuais, possibilitar a geração de vári os tipos de mapas e fornecer acesso à
info rmação por diferentes ca minhos ditados pelo usuári o. Neste contexto, é
interessante a abord agem ela Cartografia em multimídi a a seguir.
Os mapas rodoviários e os atlas, por exemplo, são ferramentas que possibilitam às pessoas
encontrarem lugares ou se locali zarem no espaço geográfico.
12.2 Ü POTENCIAL DA ( ARTOGRAFIA EM MULTIMÍDIA
O plano geográfico da rea lidade é restrito por diversos fato res como
hardware, ferramentas de visualização, pelos tipos de informação di sponíveis
- rel ativa ou absol uta, genérica ou restrita - bem como por coisas conhecidas
ou desconhecidas .
O ponto crítico do uso da multimíd ia para a Cartografi a é o ponto de
contato da esfera do potencial ca rtográfi co com o pl ano da rea lidad e
geográfica. São mui tas as possib i lidades para eleger o método ideal de
transferência do conhecimento para qu e o usuário seja capaz de explorar os
produtos ca rtográficos em multimíd ia. A escolha deve ser feita tendo cl aros
os aspectos mostrados na Figura 12.1.
12.4 HIPERMAPAS
De aco rdo com Ca rtwright (1999), Jaurini e M ill ert-Raffort, em 1990,
foram os primeiros estudi osos a usa r o term o " hiperm apa" . Segu ndos esses
autores, os hi permapas representam o cam in ho pa ra se usa r multimídi a
co m os SIGs.
Uma defini ção para hi permapa foi dada por l<raak e Driel (2004):
Hiperm apas são sistemas multimídias georreferenciados que podem estruturar
componentes individ uais um relati va mente ao o utro e ao mapa. E este
condu zirá os usuários a navega rem pelos dados mu ltimídia não somente
por temas, rnas também espacia lmente. O utra definição mais sintéti ca foi
apresentada por Cotton e O I iver (1994 apucl Ca rtwri ght, 1999, p.14): "o
hiperm apa é um m apa interati vo em multimíd ia que permi te aos usuári os
enco ntrar local i zações e visua lizá- las ele fo rm a amp liada usando u m
'hiper/ink ' do tipo dicionári o geográfico" .2
O princíp io de hi perm apas está baseado no pri ncíp io do hi pertexto e
hiperclocumento. Hipertexto é descrito como um conj unto ele nós, que tanto
podem ser textos corno gráficos e que são conectados po r " links'', os qua is
Texto original: the hipermap is an interative, clig itisecl multimeclia map that allows user to
z oom anel finei locations using a hyperlinked gazetteer.
_c~_ru_l_o_12_-_M_urr_~_~~-c_CAR_1_oc._.RAr_1A~~~~~~~~~~~~~~~~~~~293
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• CONFECCIONADO, CONFORME ORIGINNS RECEBIDOS,
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Ili
UNIVERSIDADE FEDERAL OE SANTA CATARINA
SÉRIE DIDÁTICA
9 788532 804143