A Tecnologia GPON aplicada às redes LAN
Marcelo Renato do C. P. Filho, 1Leonardo Gonsioroski da Silva, 2 Rogério
Moreira Lima
Resumo – Este artigo apresenta uma
descrição da tecnologia PON (Passive
Optical Network), especificando uso da
tecnologia GPON como solução viável
para substituição de uma rede LAN
(Local Area Network). Este estudo, dá
início a criação de uma infraestrutura
óptica para atender redes que utilizavam
basicamente cabeamento metálico,
oferecendo aos assinantes banda larga
para serviços de voz, dados e vídeo. Um
comparativo lógico e físico entre as
tecnologias foi realizado a fim de
estabelecer o melhor cenário que atenda
com o melhor custo benefício os usuários
finais. Novas técnicas de cabeamento
estruturado foram implementadas para
utilização de uma rede PON, reduzindo
os diferentes dispositivos de acesso
ativos, com características de banda e
qualidade suficientes para cada tipo de
serviço. Objetiva-se assim, descrever as
vantagens da utilização desta nova rede
_______________________________________________________
1
Professor Doutor em Engenharia de Telecomunicações pela PUC-Rio.
2
Professor Doutor em Engenharia de Telecomunicações pela PUC-Rio.
baseada em GPON e mostrar que a
tecnologia é uma tendência inovadora e
sua evolução é a prova de futuro.
Palavras-chave: redes ópticas passivas
(PON – Passive Optical Network),
cabeamento estruturado, LAN (Local
Area Network).
Abstract - This paper presents a
description of Passive Optical Network
(PON) technology, specifying the use of
GPON technology as a viable solution
for the replacement of a Local Area
Network (LAN). This study began the
creation of an optical infrastructure to
serve networks that basically used
metallic cabling, offering broadband
subscribers for voice, data and video
services. A logical and physical
comparison between the technologies
was carried out in order to establish the
best scenario that meets the most cost
effective benefit of the end users. New
A Tecnologia GPON aplicada às redes LAN
structured cabling techniques
implemented to use a PON network,
reducing different active access devices
with sufficient bandwidth and quality
characteristics for each type of service.
The aim is to describe the advantages of
using this new network based on GPON
and show that technology
innovative trend and its evolution is
future proof.
Keywords: PON – Passive Optical
Network, Structured cabling, LAN
(Local Area Network).
I. INTRODUÇÃO
Na arquitetura de uma rede local
(LAN), uma topologia física
constituída geralmente em
hierárquicos, distribuindo switches e
roteadores em 3 níveis: núcleo (core),
distribuição e acesso. Os elementos
ativos nas redes são conectados da
seguinte forma, os computadores estão
interligados a hubs ou switches de nível
de acesso, no nível intermediário ou de
distribuição os switches de
capacidade e performance
interligados aos switches do nível de
acesso. Na camada de nível 3 ou núcleo,
da rede os roteadores ou mesmo switches
roteáveis interligam os elementos do
nível de distribuição à backbones de
2
were transmissão de alta capacidade e largura
de banda.
Os cabos que interligam estas
redes locais, geralmente são cabos
metálicos (UTP) de várias categorias,
sendo os mais utilizados CAT5 e CAT6,
atualmente. A características destas
transmissões exigem sinais em alta
frequência. A evolução da largura de
is an
banda para estes cabos seguem a
seguinte crescente 10Mbps, 100Mbps e
1000Mbps.
Fatores limitantes à esta
topologia de rede em grande parte se
deve à interferência eletromagnética
entre os pares de fios e as frequências
utilizadas para transmissão de dados. Os
fabricantes no intuito de diminuir esta
interferência vêm utilizando cada vez
é
mais plástico na produção destes cabos
níveis
metálicos, como consequência, o
aumento no volume destes cabos
dificultam ampliações na rede, pois há a
necessidade de mais espaço para o
cabeamento e o desempenho dos dados
ficam sujeitos às taxas de erro ou mesmo
perda de pacotes. Além disso, os cabos
necessitam de produtos com construções
alta
mais sofisticadas aumentando os custos
estão
de produção.
O aumento no custo do projeto de
uma rede LAN, com limitações no
cabeamento estruturado, na distribuição
vertical e horizontal, temos que incluir
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quadros de telecomunicações separados a compatibilidade com redes SDH. O

de quadros elétricos. OLT utiliza dois caminhos em uma única
fibra bidirecional, sendo downlink em
II. TECNOLOGIA DE ACESSO
uma taxa de 2,488 Gbit/s e no downlink
GPON
uma taxa de 1,244 Gbit/s. O hardware e
A tecnologia de rede GPON
software embarcado em um terminal
(Gigabit Passive Optical) é uma solução
óptico de linha (OLT) atende até 128
de arquitetura baseada nos serviços de
terminais ópticos de usuários (ONTs)
rede em banda larga, a convergência dos
através da divisão de sinais em splitters.
serviços de telefonia e dados hoje é uma
O comprimento de onda do canal em
realidade e a tecnologia GPON consegue
downlink é de 1.490nm e o comprimento
agregar em uma única rede os três
de onda do canal em uplink é de
serviços essenciais em uma rede LAN:
1.310nm.
voz, vídeo e dados que bé mais
conhecido como “triple play”. Para
atender aos requisitos de convergência, o
GPON técnicas para o acesso em banda
larga, conexões e serviços de última
geração, otimizando e alocando recursos
através de elementos ativos chamados de
OLT (s) terminais de linha óticos e ONT
(s) para acesso do usuário final, a Figura 1 – Tecnologia de acesso TDM GPON.
interconexão entres estes elementos se
dá através de fibras monomodos que
III . TECNOLOGIA GPON
distribuem o sinal através de splitter (s).
APLICADA A UMA REDE LAN.
As vantagens desta tecnologia
são inúmeras, pois pode garantir altas A tecnologia GPON é uma
taxas de transmissão, qualidade e tecnologia baseada em uma rede de
garantia de banda para atender a rede elementos ativos e passivos, amplamente
local (LAN). utilizada nas redes de acesso para atender

Um aspecto que torna esta tecnologia um usuários finais, foi concebida

avanço na migração de uma rede legada inicialmente para atender os conceitos

baseada em sistemas TDM, utilizado FTTH (Fiber-to-the-Home), para a

pelas operadoras de telecomunicações, é entrega de serviços tripleplay (dados,

3
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voz e vídeo) a assinantes residenciais via ODN (Optical Distribution Network) é

fibra óptica desde a central onde está o formada por fibras ópticas, do tipo
agregador (OLT) até as residências dos monomodo, e pelos splitters ópticos, que
usuários. nada mais são do que divisores de sinais
ópticos. Os splitters são elementos
As vantagens das redes GPON
passivos, ou seja, não possuem
provenientes das redes FTTH, criaram
alimentação AC/DC, e que tem por
oportunidades para esta mesma
finalidade dividir o sinal óptico de
tecnologia ser aplicada nas redes LAN.
entrada, advindo de uma porta gpon do
A proposta desta solução é, com base na
OLT, em múltiplas saídas para as fibras
tecnologia GPON, entregar todas
que se conectarão às ONTs dos usuários
informações de uma rede de área local
finais. Os splitters são construídos em
(LAN) com o uso de splitters e fibras
diferentes razões de divisão do sinal
ópticas.
(2,4,8,16,64 e 128), ocupam pequenos
O processo de transmissão dos espaços, devido as pequenas dimensões
dados inicia do elemento ativo OLT, e podem ser instalados em diferentes
localizado na sala de telecomunicações posições na topologia de distribuição de
seguindo através de fibras ópticas uma rede LAN.
monomodo até os ONT(s), que fornecem
conectividade a partir de cabos metálicos
CAT6 a quaisquer dispositivos finais
10/100/1000BaseT Ethernet da rede,
tais como notebooks, desktops,
telefones voip, impressoras, pontos de
acesso, câmeras Ip, entre outros Figura 2 – Tecnologia de acesso GPON FTTH
elementos de uma rede LAN. Uma outra
funcionalidade da rede GPON é interagir
com uma rede legada de IV. INFRAESTRUTURA GPON
telecomunicações que utiliza padrões APLICADA ÀS REDES LAN
PDH, SDH e TDM, como por exemplo
os serviços de telefonia analógica e vídeo
A infraestrutura de redes locais (LAN) é
analógico.
hierarquizada dividida em camadas e
A rede intermediária que geralmente em 2 ou 3 níveis. A rede de
distribui o sinal óptico é conhecida como acesso compreende elementos ativos
4
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(switches), a rede de distribuição
compreende switches de alta
performance geralmente denominados
layer 3. Já no núcleo temos roteadores e
switches de alta capacidade conectados à
um provedor de serviços.
Na infraestrutura de uma rede LAN
tradicional grande parte do cabeamento
utilizado é o metálico. A informação que
trafega nestes cabos sofre grande
atenuação devido aos sinais de alta
frequência entre os elementos ativos da
rede hubs, switches, roteadores e os
dispositivos finais. Ao distribuir a
informação para múltiplos switches
finais, as solicitações de retorno
acumulam-se em switches de um nível
mais alto na topologia da rede com a
função de agregar, em links de alta
capacidade a informação a ser enviada
para um provedor de dados, geralmente
estão localizados em uma sala de
comunicação principal.
A evolução dos cabos metálicos
possui relação direta com a demanda
cada vez maior de dados.
A taxa de transmissão em cabos
UTP iniciou de 10Mbps para até
1000Mbps (1 Gbps). Uma desvantagem
do uso do cabo UTP é a interferência
crosstalk que um canal de transmissão
causa em outro. Para que não haja
interferência entre os pares de fios
5
metálicos utiliza-se cada vez mais
material isolante. Além disso, há a
necessidade de mais espaço para o
cabeamento, para as salas técnicas
intermediárias e principais. Além disso,
temos que incluir quadros de
telecomunicações separados de quadros
elétricos.
V. ANÁLISE COMPARATIVA ÀS
TECNOLOGIAS DE REDES
A nível de camadas temos
utilizando uma rede GPON apenas três
divisões, e uma distância de alcance de
aproximadamente 20km bem superior 90
metros em média de alcance máximo de
uma rede LAN que utiliza cabos UTP.
As camadas de núcleo e distribuição
estão presentes nas duas tecnologias. As
camadas de agregação e acesso já não
fazem parte da tecnologia GPON,
reduzindo cabeamento metálico e
diminuindo os volumes de cabos nas
canaletas de uma rede LAN. Uma outra
vantagem na utilização da tecnologia
GPON aplicadas às redes é o baixo custo
de energia, pois os elementos de uma
rede GPON nas camadas de acesso e
distribuição são totalmente passivos,
enquanto na rede LAN, estas camadas
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são essencialmente compostas por
elementos ativos.
O gerenciamento de uma rede
LAN geralmente é realizado de maneira
local, muito trabalhosa devido a grande
quantidade de equipamentos, às vezes de
fabricantes diversos, o que dificulta uma
centralização do monitoramento desta
rede. A tecnologia GPON, por utilizar
apenas o OLT que agrega toda
informação da rede, torna fácil o
gerenciamento, pois toda configuração é
realizada neste equipamento.
Figura 3 – Relação entre camadas de
topologia de rede LAN e GPON.
VI. ARQUITEURA E TOPOLOGIA
DE UMA REDE GPON
A topologia em árvore ou
arquitetura ponto-multiponto, através da
multiplexação por divisão de tempo
(TDM) possui vantagem de compartilhar
o sinal de forma otimizada, dividindo a
banda de maneira equacionada entre os
6
usuários. A infraestrutura neste tipo de
tecnologia é compartilhada entre todos
os usuários, possuindo assim uma
importante redução nos custos de
implementação e manutenção na rede de
acesso. Esta arquitetura é uma das mais
difundidas nos estudos relacionados à
Rede PON.
Figura 4 – Topologia em árvore de uma rede
GPON
VII. CÁLCULO DA LARGURA
DE BANDA DE UMA
REDE GPON
Na rede GPON os serviços
agregados de dados usualmente
utilizados são: Dados (Internet, email,
downloads, uploads), telefonia IP
(VOIP), videoconferência e TV em alta
definição. Utilizando como referência o
gráfico da EFM Alliance, podemos
dimensionar alguns serviços de dados
que serão oferecidos o usuário.
Uma porta PON de um OLT possui
largura de banda de 2,5 Gbit/s.
Utilizando o fracionamento dos
divisores ópticos 1:4, dividimos o
tráfego por 4 e assim sucessivamente.
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utilizadas, maior a largura de banda, no

entanto a saída WAN de dados deve ser
dimensionada de modo a atender a
necessidade local.

VIII. NOVAS TÉCNICAS DE

Gráfico 1 – Largura de banda por tipo de
CABEAMENTO
serviço, EFM Alliance ESTRUTURADO
UTILIZANDO GPON
A Largura de banda, após cada
divisor passivo 1:4, é de 625 Mbit/s, pois
uma porta PON possui capacidade de 2,5 Sala de equipamentos
Gbps:

2500000000 / 4 = 625 Mbit/s a) Os splitters devem ficar na sala de

equipamentos ou na sala/armário de
telecomunicações.
Utilizando fracionamento em
novo divisor óptico 1:16 para b) O local deve ser exclusivo às
atendimento a usuários finais de funções de telecomunicações e
terminação ONT e partindo do facilidades de suporte.
pressuposto que todos os usuários de
cada ONT estarão conectados, c) Os equipamentos ativos estão
apresenta-se uma largura de banda presentes nesta sala, ao contrário dos
máxima por terminal de: armários/salas de telecomunicações,
a sala de equipamentos necessita de
uma infraestrutura mais segura e
625000000 / 16 = 39,06 Mbit/s avançada com sistemas avançados
de refrigeração, energia estabilizada,
nobreaks, controle de temperatura,
A taxa calculada pode atender na
de umidade etc.
prática todos os serviços disponíveis
envolvendo voz, dados e vídeo. A
d) Os equipamentos e sistemas de
largura de banda é dinâmica e podem ser
proteção, monitoramento e alarmes
aplicados políticas de QoS (Quality of
devem ser locados em ambientes
service). Quanto mais portas Pon

7
A Tecnologia GPON aplicada às redes LAN
distintos na sala de equipamentos,
adequados para cada finalidade.
Backbone Vertical
a) Para evitar a perda ou degradação do
sinal, apenas dois conectores físicos
são permitidos na passagem das
fibras no sentido do OLT à ONU.
b) Recomenda-se utilizar
apropriados em prédios para facilitar
os caminhos do backbone, pois
apresentam segurança para os cabos.
Não é recomendável manter o acesso
ao caminho de backbone aberto se
não houver um técnico responsável
junto.
c) Os cabos ópticos apropriados a este
backbone devem ser classificados
quanto sua característica
retardância à chama, o que implica
diretamente nos locais onde a sua
instalação é permitida por norma,
como segue:
Cog - utilizado em instalações
horizontais e verticais,
instalações com alto volume de
ocupação, em locais com pouca
ventilação.
8
Riser - utilizado em instalações
verticais em shafts apropriados em
prédios ou instalações superiores a
mais de um andar, em locais com
pouca ventilação.
Sala ou armário de telecomunicações
a) Recomenda-se o
shafts dimensionamento do armário de
telecomunicações em cada
pavimento do prédio, facilitando
a passagem do cabeamento de
óptico que poderá estar próximo
de cabos de energia, desde que
permita boa administração dos
volumes cabeados.
b) Havendo necessidade de uma
sala de telecomunicações
de dedicada, deve-se utilizar pelo
menos 10 m² de espaço útil para
adequar equipamentos com
espaço suficiente para realizar
manutenção.
c) O sistema de iluminação deve
prover ótima visibilidade aos
em
equipamentos com pelo menos
540 lux, medido a 1 metro acima
do piso acabado.
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d) O sistema de aterramento dos
armários devem estar disponíveis
e vinculados ao sistema de
aterramento do prédio.
e) A passagem e organização dos
cordões ópticos de manobra,
devem respeitar limites de raios
de curvatura e os esforços
mecânicos a que estes produtos
podem ser submetidos.
Cabeamento horizontal
a) Recomenda-se adotar sobras
inferiores a 2 metros de
comprimentos de cabos
horizontais e cordões ópticos de
conexão, utilizando medidas
apropriadas para cada local, sem
deixar muitas sobras.
b) É vedada a utilização de splitters
no cabeamento horizontal.
c) Recomenda-se utilizar cabos
com capa lszh (low smoke zero
halogen) para ambientes
internos, os quais são retardantes
à chama e não emitem gases
tóxicos.
Área de trabalho
a) Os splitters não devem ser
utilizados na área de trabalho.
b) Reserva ou voltas de cabos
ópticos são necessárias para
9
facilitar manutenções e
adequações nos pontos terminais.
c) Cuidados e atenção na manobra
de cabos ópticos devem ser
considerados, respeitando
sempre os raios mínimos de
curvatura das fibras ópticas antes
e após a instalação, conforme a
especificação técnica de cada
produto.
d) Equipamentos ativos de rede não
devem ser instalados sob o piso
elevado.
Figura 5 – cabeamento vertical e
horizontal GPON.
A hierarquia de uma rede GPON
aplicada à LAN pode ser montada em
três níveis: Acesso, Distribuição e
Núcleo (Core). Uma solução proposta
pode ser realizada com a interligação
direta com um backbone DWDM,
interligando filiais de uma instituição ou
corporação. A facilidade de provê
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serviços triple play, grande alcance de
link de dados e aplicação
redundância, tornam a solução GPON
uma tendência viável e de baixo custo.
Figura 6 – Topologia GPON aplicada à
rede LAN
VIII. CONCLUSÃO
A aplicação da tecnologia GPON
LAN (ou GPOL - Passive Optical LAN)
é uma solução recente, que vem
transformando-se em uma tendência
inovadora cada vez mais utilizada
principalmente em instituições
corporações.
A tecnologia GPON
LAN funciona através uma plataforma
gerenciável, com um concentrador OLT
com interfaces elétricas/ópticas com
portas PON de 2,5 G até 10 Gbps que
10
executam funções de um comutador de
de pacotes, switch LAN, além de redes
ópticas passivas que interligam terminais
de usuário por meio de elementos ativos
denominados (ONUs). A solução integra
serviços de dados, vídeo, voip, sistema
de segurança, sistema de automação,
entre outros, tudo em uma única rede
óptica passiva.
VANTAGENS DAS REDES GPON LAN
Redução de custos.
Redução de despesas de CAPEX
(despesas de capital, ou de
desenvolvimento e fornecimento de
partes não-consumíveis do sistema) e
OPEX (despesas operacionais, ou preços
contínuos para o desenvolvimento do
sistema). Garantem uma infraestrutura
de alta disponibilidade, com ótima
relação custo-benefício, arquitetura de
rede com fácil gerenciamento e que
suporta a unificação de serviços de
dados, vídeo e voz com utilização do
sistema TDM.
e Baixo consumo de energia, em
razão da utilização de uma grande rede
passiva e da alimentação de apenas
poucos elementos concentradores e
terminais ativos, além de uma
significativa redução da infraestrutura de
refrigeração.
A Tecnologia GPON aplicada às redes LAN
Implementação simples
A tecnologia GPON LAN, em
comparação às redes de cabeamento
metálico, são muito mais simples e ágeis,
com menos elementos ativos e com
maior alcance, tornando a sua
implementação ser menos complexa e
sua manutenção mais eficaz, mesmo
com recursos bastante avançados.
Segurança
A criptografia nativa presente na
tecnologia, técnicas de correção de erros
e técnicas de acesso aos serviços mais
modernas tornam este sistema muito
mais seguro do que redes que utilizam
redes LAN que necessitam de elementos
físico ou virtuais adicionais para prover
confiabilidade.
Infraestrutura
A necessidade de poucos
elementos ativos na rede GPON
LAN eliminam a necessidade de grande
número de armários e racks de
telecomunicações, isto reflete em
pouquíssimo investimento de
infraestrutura de cabeamento metálico,
utilizados para atender o usuário final
com cabos menores e mais baratos.
A passagem do cabeamento
vertical e horizontal de uma rede GPON
LAN ocupam até 90% menos espaço
nos datacenters. Além de prover maior
alcance se comparada a uma rede de
cabeamento metálico. Uma rede GPON
LAN suporta distâncias muito maiores.
Uma rede LAN tradicional não
ultrapassa os 100 metros por ponto de
acesso final, enquanto uma rede GPON
11
LAN pode chegar até 20 km, sem
utilização de equipamentos ativos, o que
faz com que o sinal não sofra perdas e
degradação.
A tecnologia GPON LAN é
imune a interferências devido à grande
parte de sua rede ser compostas por
fibras ópticas, que possuem esta
característica física.
Sistemas de refrigeração e
sistemas de alimentação, capacidade de
potência de nobreaks tornam-se menos
complexos nos Datacenters, ou sala de
equipamentos
Evolução
A constante evolução e estudos
em torno das Redes PON LAN, fazem
com que esta tecnologia possua
flexibilidade e escalabilidade para a
implantação de mais serviços e mais
banda, conforme necessidade do projeto.
A velocidade de transmissão da
tecnologia atual GPON é de 1.2Gbit/s
ou 2.4Gbit/s no sentido upstream e de
2.4Gbit/s no sentido de downstream.
Estudos e pesquisas já iniciados pelo
ITU apontam para as soluções NG‐
PON1 e NG‐PON2. Estes estudos de
novas soluções PON, se subdividem em
duas etapas para que seja possível a
adequação do cenário atual com o
cenário futuro num mesmo ODN. A
capacidade aumentada para de 10
Gbit/s no sentido downstream já é uma
realidade e, dependendo da fase de
transição, as capacidades oferecidas no
sentido upstream serão de 2,5 Gbit/s
(XG-PON1) ou de 10Gbit/s (XG-
PON2).
A Tecnologia GPON aplicada às redes LAN

REFERÊNCIAS [11] IEEE Std. 802: Local Area Networks

(LANs) and Metropolitan Area Networks
(MANs).
[1] Fiber-Optic Communication Systems, [12] Home Page do Projeto GIGA. no link
Govind P. Agrawal – Wiley Interscience 3nd http://www.giga.org.br.
edição.
[2] Comunicações Ópticas, José Antonio
Justino Ribeiro, editora Érica, 4ª. Edição.
[3] ITU TELECOMMUNICATION
STANDARDIZATION SECTOR
(ITU-T) G.984.1: General Characteristics of
Gigabit-capable Passive Optical Networks
(GPON), 2003a.
[4] ITU TELECOMMUNICATION
STANDARDIZATION SECTOR
(ITU-T) G.984.2: Gigabit-capable Passive
Optical Networks (GPON): Physical Media
Dependent (PMD) layer specification,
2003b.
[5] ITU TELECOMMUNICATION
STANDARDIZATION SECTOR
(ITU-T) G.984.3: Gigabit-capable
Passive Optical Networks (GPON):
Transmission convergence layer
specification, 2004a.
[6] ITU TELECOMMUNICATION
STANDARDIZATION SECTOR
(ITU-T) G.984.4: Gigabit-capable Passive
Optical Networks (GPON): ONT
management and control interface
specification, 2004b.
[7] IEEE Std. P802.3ah-2004: Ethernet in
the First Mile Task Force.
[8] IEEE Std. P902.3av-2009: 10Gb/s
Ethernet Passive Optical Network Task
Force.
[9] CAUVIN, A.; “FSAN Common
Technical specification on a GPON
System: first decision”. FSAN, 2005.
Disponível em: <www.fsanweb.org > .
Acesso em: 2 mar. 2007.
[10] SHINOHARA, H. “FTTH Market –
Growth and Expansion in Japan.
Proceedings of the Optical Fiber
Communications Conference”, 2006.

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