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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

FACULDADE DE GEOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ESTRATIGRAFIA E PALEONTOLOGIA – DEPA

Paleontologia da Bacia do Araripe

Estudantes:

Joventine Lúcia Decol

Bárbara Cristina Lisboa Santos Pessanha

Rio de Janeiro, Janeiro de 2016.


Índice

1. Introdução ............................................................................................................................. 3
2. Grupos fósseis encontrados na bacia do Araripe .................................................................. 5
2.1. Aves, peixes, crocodilos e dinossauros. ........................................................................ 5
2.2. Invertebrados ................................................................................................................ 6
2.3. Microfósseis .................................................................................................................. 7
2.4. Plantas fósseis ............................................................................................................... 7
Bibliografia .................................................................................................................................... 9

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1. Introdução
A Bacia do Araripe é a mais extensa das bacias interiores do Nordeste do Brasil (Figura
1). Sua área de ocorrência não se limita à Chapada do Araripe, estendendo-se também
pelo Vale do Cariri, num total de aproximadamente 9.000 km2. Possui uma das maiores
jazidas fossíliferas do período Cretáceo do Brasil e do mundo, o permite conhecer a
espetacular biodiversidade que se desenvolveu entre 120 a 100 milhões de anos.
Durante a evolução da Bacia do Araripe existiram condições que propiciaram a
conservação de diversos fósseis. Destacam-se microfósseis, âmbar, vegetais, além de
animais moluscos e artrópodes (insetos, crustáceos, aracnídeos, etc.); e espécimes
vertebrados como tubarões, raias e enorme variedade de outros peixes, bem como
anuros e répteis (MAISEY, 1991; MARTILL, 1993; MARTILL, 2006) encontrados em
excelente estado de preservação, principalmente nas camadas da Formação Santana.
No solo calcário do local – formado por rochas muito finas compostas de carbonato de
cálcio –, os fósseis têm condições de preservação inigualáveis.

Figura 1: Mapa mostrando a localização da Bacia do Araripe


(MARIO L. ASSINE, 1992).

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Os fósseis da Bacia do Araripe vêm sendo estudados desde a época do Brasil Colônia,
quando, em 1800, João da Silva Feijó descreveu, em relatório ao governador da
Capitania do Ceará, a ocorrência de petrificações de peixes e anfíbios com tecidos
moles preservados, provenientes da região do Cariri. O trabalho pioneiro sobre sua
geologia é o de Small (1913), que subdividiu o registro sedimentar em quatro unidades
(conglomerado basal, arenito inferior, calcário Santana e arenito superior). Mais tarde,
Beurlen (1962, 1963) redefiniu as unidades estabelecidas por Small, denominando-as
de formações Cariri, Missão Velha, Santana e Exu (Figura 2).

Figura 2: Carta estratigráfica da Bacia do Araripe mostrando


quatro sequências sedimentares separadas por discordâncias e
depositadas acima do embasamento cristalino (de Hessel,
Bruno & Neves, em Dos Santos, Tese de doutorado, 2009).

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2. Grupos fósseis encontrados na bacia do Araripe

2.1. Aves, peixes, crocodilos e dinossauros.


Archosauria é um grupo que inclui aves, crocodiliformes (Figura 3A), dinossauros
(Figura 3B), Pterossaurus e alguns subgrupos restritos ao Mesozóico (BRUSATTE et al.,
2010). Arcossaurus fósseis estão presentes em vários depósitos sedimentares do Brasil,
principalmente nos de períodos Triássico e Cretáceo. No entanto, é no Cretáceo da
Bacia do Araripe, especialmente na Formação Santana, aonde se encontra o maior
número de seus representantes em área sedimentar no país. É raro o registro fóssil de
aves mesozoicas no Brasil e não é exceção para o Cretáceo do Araripe. Até hoje são
desconhecidos esqueletos ou espécimes mais completos de uma ave que permitam
nomeação ou atribuição a uma espécie. Os peixes estão associados a concreções
calcárias, geralmente.

Figura 3: (A) Holótipo de Susisuchus anatoceps (crocodiloforme); (B) Holótipo de


Irritator challengeri (Dinossauro). Modificado de Campos, 2011.

Figura 4: Concreções calcárias da Formação Romualdo com


espécimes de: (a) Rhacolepis buccalis; (b) Vinctifer comptoni.

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Fotografias de Maria Helena Hessel em Dos Santos, 2009; barra
indica 1 cm.

2.2. Invertebrados
Dentre os invertebrados tipicamente marinhos relatados como ocorrentes na Bacia do
Araripe, encontram-se equinodermas (Figuras 5), moluscos (Figuras 6) e artrópodes
(Figura 7), relacionados tanto às Formações Crato como à Formação Santana.

Figura 5: Exemplar do equinóide Pygurus araripensis do membro Romualdo


da Formação Santana. Fotografias de Cleide Moura, em Dos Santos, 2009.
Barra indica 1 cm.

Figura 6: Exemplares dos bivalves (a) Barbatia sp. e (b) Malletia sp. da
Formação Crato. Fotografia de José Antônio Barbosa, em Dos Santos, 2009.
Barra indica 1 cm.

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Figura 7: Insetos fósseis procedentes do Membro Crato, Formação
Santana.

2.3. Microfósseis
Dentre os microfósseis relatados estão os foraminíferos, ostracodes e dinoflagelados
(Figura 8). Os foraminíferos indicam que as formações são marinhas.

Figura 8: Microfósseis da Bacia do Araripe. (a) Bythocyprissp.; (b) ostracodes da Formação


Crato (ilustrações de Silva, 1972); (c) dinoflagelado do membro Romualdo da Formação
Santana (ilustração de Lima, 1977).

2.4. Plantas fósseis


As rochas sedimentares do Membro Romualdo (Formação Santana, Aptiano-Albiano)
da Bacia do Araripe (nordeste do Brasil) constituem um dos principais depósitos
fossilíferos do país. São encontradas uma grande quantidade e diversidade de peixes
(tubarões, raias, etc...), répteis (quelônios, crocodilomorfos, dinossauros,
pterossauros), além de invertebrados (moluscos, crustáceos) e plantas (troncos, folhas
e frutificações).

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Figura 9: (A) Trata-se de uma planta do período Cretáceo inferior que ainda
possui representantes atuais na encosta da Chapada do Araripe, conhecida
popularmente como Japecanga, da família da Smilacaceae. (B) Fotografia
de planta fóssil com 100 milhões de anos da Bacia do Araripe. Fonte:
modificado da internet.

Figura 10: Vegetais e plantas do Membro Crato da Formação Santana. (A)


Gimnosperma BrachyphyllumBrongniart e (B) Angiosperma (flor indeterminada).
Esses espécimes pertencem à coleção de fósseis da Universidade Federal de
Pernambuco. As barras em cada foto correspondem a 1 cm.

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Bibliografia
1 – ASSINE, Mario L. Análise Estratigráfica da Bacia Do Araripe, NORDESTE DO BRASIL, REVISTA
BRASILEIRA DE GEOCIENCIAS, 1992.

2 – VIANA, M.S.S; NEUMANN, V.V.H.L. Membro Crato Da Formação Santana, Chapada Do


Araripe, CE Riquíssimo Registro De Fauna E Flora Do Cretáceo. SÍTIOS GEOLÓGICOS E
PALEONTOLÓGICOS DO BRASIL DA CPRM.

3 – CAMPO, Hebert Bruno. Arcossauros da Bacia do Araripe: Uma Revisão. Ano II – Vol.1 -
Número 02. CAMPINA GRANDE. Março de 2011.

4 – PALEONTOLOGIA da Bacia do Araripe. Disponível em:


<http://geoparkararipe.org.br/paleontologia-da-bacia-do-araripe/>. Acesso em: 17 jan. 2015.

5 – MAIS PALEONTOLOGIA na telinha. Disponível em:


<http://scienceblogs.com.br/colecionadores/category/bacia-do-araripe/>. Acesso em: 17 jan.
2015.

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