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FACULDADE DE GEOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ESTRATIGRAFIA E PALEONTOLOGIA – DEPA
Estudantes:
1. Introdução ............................................................................................................................. 3
2. Grupos fósseis encontrados na bacia do Araripe .................................................................. 5
2.1. Aves, peixes, crocodilos e dinossauros. ........................................................................ 5
2.2. Invertebrados ................................................................................................................ 6
2.3. Microfósseis .................................................................................................................. 7
2.4. Plantas fósseis ............................................................................................................... 7
Bibliografia .................................................................................................................................... 9
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1. Introdução
A Bacia do Araripe é a mais extensa das bacias interiores do Nordeste do Brasil (Figura
1). Sua área de ocorrência não se limita à Chapada do Araripe, estendendo-se também
pelo Vale do Cariri, num total de aproximadamente 9.000 km2. Possui uma das maiores
jazidas fossíliferas do período Cretáceo do Brasil e do mundo, o permite conhecer a
espetacular biodiversidade que se desenvolveu entre 120 a 100 milhões de anos.
Durante a evolução da Bacia do Araripe existiram condições que propiciaram a
conservação de diversos fósseis. Destacam-se microfósseis, âmbar, vegetais, além de
animais moluscos e artrópodes (insetos, crustáceos, aracnídeos, etc.); e espécimes
vertebrados como tubarões, raias e enorme variedade de outros peixes, bem como
anuros e répteis (MAISEY, 1991; MARTILL, 1993; MARTILL, 2006) encontrados em
excelente estado de preservação, principalmente nas camadas da Formação Santana.
No solo calcário do local – formado por rochas muito finas compostas de carbonato de
cálcio –, os fósseis têm condições de preservação inigualáveis.
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Os fósseis da Bacia do Araripe vêm sendo estudados desde a época do Brasil Colônia,
quando, em 1800, João da Silva Feijó descreveu, em relatório ao governador da
Capitania do Ceará, a ocorrência de petrificações de peixes e anfíbios com tecidos
moles preservados, provenientes da região do Cariri. O trabalho pioneiro sobre sua
geologia é o de Small (1913), que subdividiu o registro sedimentar em quatro unidades
(conglomerado basal, arenito inferior, calcário Santana e arenito superior). Mais tarde,
Beurlen (1962, 1963) redefiniu as unidades estabelecidas por Small, denominando-as
de formações Cariri, Missão Velha, Santana e Exu (Figura 2).
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2. Grupos fósseis encontrados na bacia do Araripe
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Fotografias de Maria Helena Hessel em Dos Santos, 2009; barra
indica 1 cm.
2.2. Invertebrados
Dentre os invertebrados tipicamente marinhos relatados como ocorrentes na Bacia do
Araripe, encontram-se equinodermas (Figuras 5), moluscos (Figuras 6) e artrópodes
(Figura 7), relacionados tanto às Formações Crato como à Formação Santana.
Figura 6: Exemplares dos bivalves (a) Barbatia sp. e (b) Malletia sp. da
Formação Crato. Fotografia de José Antônio Barbosa, em Dos Santos, 2009.
Barra indica 1 cm.
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Figura 7: Insetos fósseis procedentes do Membro Crato, Formação
Santana.
2.3. Microfósseis
Dentre os microfósseis relatados estão os foraminíferos, ostracodes e dinoflagelados
(Figura 8). Os foraminíferos indicam que as formações são marinhas.
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Figura 9: (A) Trata-se de uma planta do período Cretáceo inferior que ainda
possui representantes atuais na encosta da Chapada do Araripe, conhecida
popularmente como Japecanga, da família da Smilacaceae. (B) Fotografia
de planta fóssil com 100 milhões de anos da Bacia do Araripe. Fonte:
modificado da internet.
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Bibliografia
1 – ASSINE, Mario L. Análise Estratigráfica da Bacia Do Araripe, NORDESTE DO BRASIL, REVISTA
BRASILEIRA DE GEOCIENCIAS, 1992.
3 – CAMPO, Hebert Bruno. Arcossauros da Bacia do Araripe: Uma Revisão. Ano II – Vol.1 -
Número 02. CAMPINA GRANDE. Março de 2011.