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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DIRETOR/SUPERINTENDENTE DO DEPARTAMENTO

ESTADUAL DE TRÂNSITO DO CEARÁ

Defesa Previa

Eu, Maria Danielle Lima, Brasileira, Solteira, portador RG, 2005014038511, CPF
905.109.843-04, residente no Sitio Descanso, Nº 36, Zona Rural, Ibicuitinga, Ceará, vem com
base na lei 9.503, apresentar tempestivamente defesa previa, sobre o irresponsável Auto de
Infração, Sa01855080, aplicado ao veiculo Honda BIZ 125 ES, placa OSS 9502, pelas as razoes
e fatos a seguir;

Preliminarmente

Da Nulidade Absoluta

Requer a nulidade absoluta da infração, considerando que o Código de Transito


Brasileiro em seu Art. 24, atribui competência exclusiva ao município para fiscalizar e aplicas
as devidas sanções aos condutores, no caso em tela, ocorre uma flagrante usurpação de
competência;

Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos


Municípios, no âmbito de sua circunscrição: (Redação dada pela Lei nº
13.154, de 2015)

I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito,


no âmbito de suas atribuições;

II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de


veículos, de pedestres e de animais, e promover o desenvolvimento da
circulação e da segurança de ciclistas;

III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os


dispositivos e os equipamentos de controle viário;

IV - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre os


acidentes de trânsito e suas causas;

V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de polícia ostensiva


de trânsito, as diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito;

VI - executar a fiscalização de trânsito em vias terrestres, edificações


de uso público e edificações privadas de uso coletivo, autuar e aplicar as
medidas administrativas cabíveis e as penalidades de advertência por escrito e
multa, por infrações de circulação, estacionamento e parada previstas neste
Código, no exercício regular do poder de polícia de trânsito, notificando os
infratores e arrecadando as multas que aplicar, exercendo iguais atribuições
no âmbito de edificações privadas de uso coletivo, somente para infrações de
uso de vagas reservadas em estacionamentos; {...}.
Da Inexistência da Conduta

Conforme, os dados informados na notificação, a infração ocorreu no dia 13/02/2017 as


19h33min, na Rua Samuel Ferreira Nobre, Nº 391,1 na cidade Ibicuitinga, fato que não existiu,
tendo em vista que nesta referida data e hora o referido veiculo não esteve nesse local, bem
como o referido endereço é inexistente, no citado logradouro não existe o numero do imóvel
referido no auto de infração.

Tal conduta é de total desconhecimento e de tamanha irresponsabilidade.

No Código de Processo Penal, que pode ser aplicado subsidiariamente ao caso em


questão, o juiz é obrigado a absorver o Réu sumariamente quando preenchidos os requisitos do
Art . 386:
CPP - Decreto Lei nº 3.689 de 03 de Outubro de 1941
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que
reconheça:
I - estar provada a inexistência do fato;
II - não haver prova da existência do fato;
III - não constituir o fato infração penal;
IV - estar provado que o réu não concorreu para a infração penal; (Redação dada pela
Lei nº 11.690, de 2008)
V - não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal; (Redação dada pela
Lei nº 11.690, de 2008)
VI - existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20,
21, 22, 23, 26 e § 1o do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada
dúvida sobre sua existência; (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
VII - não existir prova suficiente para a condenação. (Incluído pela Lei nº 11.690, de
2008)
Parágrafo único. Na sentença absolutória, o juiz:
I - mandará, se for o caso, pôr o réu em liberdade;
II - ordenará a cessação das medidas cautelares e provisoriamente aplicadas; (Redação
dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
III - aplicará medida de segurança, se cabível.

Dos Fatos

A lide em questão trata sobre uma possível infração, ocorrida no dia 13/02/2017 as
19h33min, na Rua Samuel Ferreira Nobre, Nº 391,1 na cidade Ibicuitinga, sob a alegação de
infração aos Art. 244, I, CTB, Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor sem capacete de
segurança.

Do Direito

A presente infração foi autuado por agente de fiscalização do DETRAN-CE, órgão


autuador 106100, de forma irresponsável e ilegal, haja vista o mesmo não esta investido pela a
função estatal, facilmente pode ser aferida tal alegativa ao verificar o horário da autuação,
comprovando que não estavam no horário de seu expediente, não estava em função, não estava
uniformizado, não estava em nenhuma ação de fiscalização extraordinária elementos essencial
para exercer função de fiscalização, já que o objetivo legal da atividade fiscalizatória do Estado
não é a arrecadação e sim o bem esta da sociedade.
Essa conduta é preconizada no próprio Código de Transito Brasileiro no paragrafo 4º do
Art. 280;

§ 4º O agente da autoridade de trânsito competente para lavrar o auto de


infração poderá ser servidor civil, estatutário ou celetista ou, ainda,
policial militar designado pela autoridade de trânsito com jurisdição
sobre a via no âmbito de sua competência.

Isso se deve ao fato de o servidor não agir em nome próprio. A prévia


designação para a atividade fiscalizatória é condição para que possa o agente de trânsito
lavrar autos de infração (parágrafo quarto, art. 280, CTB), e, obviamente, essa
designação se manifesta também com a indicação do tempo devido para o exercício da
função mediante fixação do horário de expediente, escala de serviço etc. Ao estabelecer
o horário de labor do seu agente a autoridade de trânsito define a condição temporal de
validade para o exercício da função, pois fixa o período de tempo em que o agente
estará efetivamente atuando em seu nome.

Ademais, considerando que o exercício de uma competência administrativa não


é uma faculdade do servidor público, mas sim um dever, se abraçarmos a tese de que,
independente de estar em serviço ou não, o agente de trânsito tem competência para
lavrar autuações, estaremos, na verdade, impondo-lhe a obrigação de agir sempre que
presenciasse uma infração administrativa de trânsito, mesmo fora do seu expediente
normal, o que, além de contrariar a regulamentação vigente, provocaria reflexos nas
órbitas penal e trabalhista (por exemplo: prevaricação, caso deixasse de agir ainda que
fora do serviço, horas extras etc.).

Por outro lado, mirando a questão de estar, ou não, o agente público


efetivamente em serviço para que se possa conferir validade a sua atuação, Paulo
Euclides Marques assevera:

(...) o agente tem que estar devidamente designado, e isso


inclui a verificação de suas suspeições e impedimentos, segundo
Celso Antônio Bandeira de Mello, o que retira a competência de
agentes afastados da função, por qualquer motivo: folga, licença,
férias, etc. A função administrativa exige investidura plena, não
sendo dever do agente agir quando não estiver em exercício pleno
de suas funções.

Em que pese toda essa discussão, o fato é que com a edição do Manual
Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, aprovado pela Resolução nº 371/10 do Contran,
qualquer linha de raciocínio que defenda a possibilidade da lavratura de auto de infração
por um agente de trânsito que não esteja efetivamente no exercício de sua função colide
diretamente com o comando contido no referido texto normativo.

Com efeito, o item 4 do MBFT, Volume I, é categórico ao preconizar que


“para que possa exercer suas atribuições como agente da autoridade de trânsito, o
servidor ou policial militar deverá ser credenciado, estar devidamente uniformizado,
conforme padrão da instituição, e no regular exercício de suas funções” (grifamos).
Ainda, vale salientar, que em Ibicuitinga está acontecendo uma explosão de
lavramento de autos de infração, em praticamente duas ruas: Samuel Ferreira Nobre e
Edval Maia da Silva que são paralelas, e praticamente nos mesmo horários, entre
19h00Min e 20H00Min, fato que causa estranheza e alerta que estes atos podem estar
eivados de ilegalidade.

Destaco ainda, que essas diligências de aplicação de multas estão sendo


aplicadas de formas camufladas e descaracterizada, que impossibilitam a identificação
da equipe de fiscalização ou do agente de fiscalização, fato totalmente ilegal, tendo em
vista que essa não é a missão do Estado, a aplicação de penalidade arrecadatória deve
ser a ultima imposição, tendo em vista que a politica de transito em missão de educar a
sociedade e não de arrecada através de meio escusos imposto a população.

Dos Pedidos

A) O recebimento tempestivo da presente defesa e reconhecimento absoluto da


nulidade do presente auto de infração.

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