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a UD * oO DO D . * * s s 2 Ms « * e . ° e * . Md . co C2 * ~ cf ° e cS ° e . . * C x Le e * * ci s J o Universidade de Sao Paulo Escola de Engenharia de Sao Carlos — Departamento de Engenharia de Estruturas “Acao do Vento nas Etificagdes” José Jairo de Sales Maximiliano Malite Roberto Martins Goncalves Hesecr Rosser 2n0teo eng. civ | ANO mL Sao Carlos, maio de 1999 reimpressio CCCe cK CCccccc ¢ ( ( CCCCOCCCOE CEC CCC CC CEC CCC COCO COKE APRESENTACAO © tema "Ago do Vento nas Edificagdes", abordado nesta Publicacio, est baseado nos preceitos da Norma Brasileira NBR 6123 "Forgas Devidas ao Vento em EdificagSes", junho de 1988. Esta publicagdo destina-se aos alunos de graduagdo em Engenharia Civil e tem como objetivo: introduzir os conceitos D&sicos sobre a formagiio do vente, ai forgas por ele geradas em edificagSes correntes, alguns aspectos complementares sobre o tema e alguns exemplos de acidentes causados pela ago do vento, Este tema & abordado na disciplina Sistemas Estruturais, porém seré utilizado nas disciplinas de projeto nas Sreas de Estruturas Met&licas, Concreto e Madeiras, o que j& demonstra a necessidade do conhecimento deste assunto pelos alunos. Sugerimos a resolugic de todos os exercicios propostos que encontram-se no final desta publicagio. So Carlos, janeiro de 1994 José Jairo de Sdles Maximiliano Malite Roberto Martins Goncalves COCECELCCCECECCCCCCC €CCECECCECCECCCCE € cCcce ccccccce ¢ SUMARIO I - ASPECTOS GERAIS. I.1+ Origem do vento pe 1.2- 0s efeitos do. vento I.3- O.vento.nas edificades asset ea gapuainvin’ - VELOCIDADE DO VENTO II.1- Intreduglio s2-msace 2 sods ace ee II.2- Velecidade basica do vento II.3- Velocidade caracteristica II.3.1- Pator topografico apglg . T1,3.2- Fator Sy Rugosidade do terreno & Aipenktes oi? 11.3.3- Fator Estatistico + a 23 I1,3.4~ Comentarios gerais 1.3.5- Exemplos da determinaciio da velocidade caracteristica TT - COEPICIENTES AERODINAMICOS E AGKO ESTATICA DO VENTO ITI.1- Breve fundamentagao teérica a III.1.1- Teorema da conservagao da massa III.1.2- Teorema de Bernoulli III.1.3- Pressfo estética III.2- Coeficiente de pressdo % III.2.1- Coeficiente de pressfio externa III.2.2- Coeficiente de pressiio interna III.2.3- Coeficiente de pressao ITI.3- Exemplos 2 TIT.4 Coeficiente de forga II1.4.1- Forga de arraste aa III.4.1.1- Coeficientes de arrasto para edificacho de segSo conatante e planta retangular a eS: [il.4,1.2- Coeficiente de arrasto para estruturas reticulares creaeeneee se penn bp hae Thee III.4.1.3- Coeficiente de arrasto para torres treligadas ee ee 69 III.4.2- Exemplos de Secerninanecy da forga de arrasto peters Peewee ID III.4.3- Coeficientes de forga - iiicas prisméticas, muros, placas e coberturas sem fechamentos laterais e frontais IV - ASPECTOS COMPLEMENTARES SOBRE A ACKO DO VENTO IV.1- Introdugao IV.2- Interagao * Vee eeee IV.2.1- Deflexao vertical do vento IV.2.2- Turbuléncia de IV.2.3- Efeito venturi RR sf IV.3 Conforto de transeuntes e usudérios das edi ticactes 82 IV.3.1- Conforto de transeuntes . IV.3.2- Conforte de usuarios das edificagdes . IV.4- Ag&o din&mica do vento IV.4.1- Despreendimento de vértices sense 87 IV.4.2- Galope 88 IV.4.3- Efeito de golpe 89 IV.4.4- Energia de rajada 89 IV.4.5- Drapejamento M: 90 IV.5- Consideragdes gerais sobre a oes dinamica do vente em ediffcios altos Pee a 22290 IV.5.1- Aspectos gerais ! ARs +++90 IV.5.2- Velocidade de projeto e perma para a anélise dinfmica = ........, AMOS, sieved) IV.5.3- Resposta din@mica na direcdo do vento ...... s1 - ACIDENTES DEVIDO A acKo Do VENTO V.i- Preliminares 194 V.2- Aspectos Aerodindmicos dos saetaetitiee devido a aglic do vento wee V.2.1- Preliminares COCECCEECECCEC CECE COCO CEE! cececocececaececccccces V.2.2- Comentérios gerais Faeitaaaisteage so enbsinie ocean SS v.3- Aspectos estruturais des acidentes devido @ ag&o do vento V.3.1- Preliminares se y.3.2- Comentarios gerais v.4- Exemplos de acidentes ‘vI - EXERCECIOs PROPOSTOS VII - BIBLIOGRAFIA CCCCCCECCCCCCCCCccce c COCKE CECCCCOECECCCOCCLEECLC« € € CAPITULO 1 AGKO DO VENTO NOS EDIFICIOS - ASPECTOS GERAIS T.1+ Origem do vento: Pode-se, de maneira simplificada, definir o vento como © movimento das massas de ar decorrente das diferengas de pressSes na atmosfera. & um conceito quase que intuitivo que o ar, sendo um fluido e estando em movimento, ao encontrar um ebstSculo exerceré uma alo sobre este obstculo. Na engenharia civil, o exame do vento é ent&o norteado, numa primeira anflise, na consideragéo de qual serf o efeito destas forgas sobre as edificacdes. Pode-se também definixr o vento como um fluxo de ar médio sobreposto a flutuagSes de fluxo, estas flutuacdes denominam-se rajadas ou tuburléncias. As rajadas apresentam, portanto, um valor da velocidade do ar superior a média e sd responsdveis pelas “forgas" que irlio atuar nas edificagSes, Cabe salientar também o caréter aleatério do vento na sua intensidade, duraglio e direglic, que dever& ser consideradc na determinagdo das forgas que irfo solicitar as edificagées. Nao € objeto deste texto a discuss%o aprofundada dos agpectos metereolégicos do vento, porém é interessante comentar: @) Circulag&o global: - o aquecimento diferenciado entre a regido equatorial e os pélos ( Fig I.1a) faz com que massas de ar frio (mais densas) desloquem-se em diregio ao equador (Fig I.1b), pois o ar desta regiSo (menos denso) sobe. Associada a rotag&o da Terra que, evidentemente, influiré na movimentagao destas massas de ar, teremos entéo o que se classifica como circulag&o global( Fig I.1¢) PIGURA'I.1- Esquema Simplificado da Circulagiio Global do Ar b) Frente fria: resumidamente, pode-se dizer que é a movimentagao da massa de ar frio sob a de o ar quente. Este deslocamento earacteriza-se por fortes zonas de instabilidade provocando chuvas na regido de superficie frontal. O vento neste tipo de movimentagllo, pode atingir até 30m/s (108km/h) AR SUPERFICI QUENTE Frontal PIGURA I.2 - Esquema de uma Prente Fria ( Cc ( COCCOCCOCCCECCCCCE « Cecccc « « c) Frente Quente: resumidamente, pode-se dizer que 6 o movimento da masa de ar quente sobre a dé ar frio, Este deslocamento é mais estdvel que a frente fria e a velocidade do vento tem uma intensidade menor. ERENT ERQUENT | AR QUENTE FIGURA 1.3 - Eequema de uma Frente Quente qd) Tempestade tropical: Caracteriza-se pela formagio de uma célula (nuvem) convectiva (Fig. I.4a), seguida do seu desen- volvimento através da entrada de umidade e calor (Fig. 1.4b). Apés isto, processa-se o crescimento vertical, com sua altura podendo atingir 12km, seguido do movimento externo da masea de ar frio e¢ iniciando assim a precipitaglo (Fig. 1.4.c). © colapse do topo da nuvem associado a seu deslocamento, dependendo das condigSes de pressio e temperatura, pode produzir velecidades do ar superior a 30m/s (108 km/h) (Fig. 1.4.4), 1.4a - Pormagéo da Nuvem I.4b - Desenvolvimento I.4c - Crescimento Vertical 1.44 - Desabamento do Topo da Nuvem FIGURA 1.4 - Esquema de uma Tempestade Tropical Este breve relato da formag’c do vento e de alguns aspectos metereclégicos sto importantes como introdugdo a0 estudo do efeito do vento nas edificactes. I.2- Os efeitos do vento A sensibilidade de cada pessoa quanto a natureza que nos cerca j4 permite dizer que a velocidade do vento é reeponsével por vérios efeitos danosos em edificacSes. Portanto, os ventes fortes séo os de maior interesse na engenharia de estruturas e a rugosidade do terreno, og obstdculos naturais @ artificiais ser’o objeto de consideraglio para determinar tal velocidade. & até comum a ruina parcial ou total de edificacées, (casas, torres, silos, caixilhos, etc), devido a agi do vento. Muitas vézes somos surpreendidos por noticias de tais eventos. A surpresa talvez seja decorrente da pouca aten¢&io que o ser humano dedica acs vérios aspectos da natureza e em particular ao ar. As fotes 1 e 2 ilustram danos causados pela a¢do do vento. Foto 1- Destruig&o de uma cober- Foto 2 - Destelhamento tura em arco - Estrutura execu- de um telhado tipo duas tada, provavelmente, sem projeto Sguas de madeira estrutural. Observar a perda de estabilidade do banzo Varios acidentes, devidos ao vento, sao dignos de nota; talvez o maior deles tenha sido a rufna da ponte Tacoma Narrows, nos Estados Unidos; ocorreu num dia de ventos constantes, que devido a sua frequéncia ‘estar préxima da’ frequéncia caracteristica da ponte, provocou grandes oscilagdes. A ruina ocorreu aproximadamente seis horas apSs 0 inicio das oscilagdes, péde ser filmada ¢ celebrizou mundialmente este acidente. Uma das dificuldades do ser humano 6 quantificar a velocidade do vento. @:razoavelmente dif{cil para as pessoas e, em particular aos engenheiros, ter esta sensibilidade, A escala de Beaufort classifica a velocidade do vento em graus crescentes em fun¢éo dos efeites causados. A Tabela I.1 reproduz esta escala, procurando assim permitir uma idéia da velocidade do vento apés a avaliagao dos danos causados. 10 a 12 9,8-12,4 12,4-15,2 15,2-18,2 18,2-21,5 21,5-25,5 25,5-29,0 29,0 e mais TABELA 1.1 - Esc calmaria aura, sopro brisa leve brisa fraca 20 brisa mo- derada 30 risa viva 40 ibrisa forte so ventania fraca 60 ventania moderada 70 ventania de Beaufort A fumaga sobe pratica- mente na vertical Sente-se o vento nas faces IMovem-se as folhas das frvores Movem-se pequenos ramos vento extende as bandeir: Movem-se ramos maiores Movem-se os arbustos Plexionam-se galhos fortes @ vento 6 ouvido em edi- ficios. piffcil caminhar, galhos quebram-se, 0 tronco das arvores oscilam. lObjetos. leves sdo deslo- cados, partem-se arbus- tos e galhos grossos, avarias em chaminés Arvores sio arrancadas, quebram-se os postes Avarias sever Avarias desastrosas, calamidades ® CCCOCOECCCECOECCCCCCCCOCEOCOCOCOCCECCOEOOCOCOECECL CCOCCOCCCECE I.3- © vento nas edificagSes A aglio do vento em edificacSes depende necessariamente de dois aspectos: aerodindmicos e metereolégicos : Os aspectcs metereolégicos serio responsdveis pela primeira pergunta a qual temos que responder: Qual é a velocidade do vente a considerar no projeto de uma dada edificagiio? Bata velocidade serd avaliada a partir de consideragSes tais como: ~ lecal da edificagio; - tipo de terreno (plano, aclive, morro, etc); - altura da edificagiic; + Tugosidade do terreno’ (tipo © altura dos obstéculos a Passagem de vento); = tipo de ccupagao. Fica evidente que esta velocidade deveré considerar todos estes aspectos bem como as dimensSes da edificaglio e as condigdes dos locais em que seré construida. Estes fatores tém influéncia na ago do vento sobre as edificagdes. Outro aspecto a ser considerade é a aleatoriedade do vento que exige, nfo s6 a necessidade de realizar medicdes do vento natural, como também adotar simplificacSes para poder considerar seus efeitos. A variag&o da velocidade do vento coma altura é outro aspecto importante a ser observado e Davenport! propés uma variag&o exponencial. A Figura I.5. dlustra os perfies da velocidade média propostos para trés tipos de terreno: 4) regido com grandes obstrugées - centros de grandes cidades b) regides com obstrugSes uniformes com obstAculos com altura média de 10m; SubGrbios de grandes cidades e cidades pequenas. €) regillc com pouces obstdculoe - campo aberto, fazendas. a - DAVENPORT, A.G. The relationship of wind structure to wind loading. In: Wind Effects on Buildings and Structures 16, » 1963, p.53-102. PERFIL VELOCIDADE MEDIA (km/h) FIGURA 1.5 - perfil da Velocidade Média Proposto por Davenport: A observagio dos perfie de yelocidade média, apresen- Eidos nec Pigeda® 1-8) hepermice’ concluir> a existéncia» de ums velocidade limite, denominads yelocidade- gradients: Bata € cesostnda: ‘a°uma: axturegesdsente: S6+5s da--qual -ndo) ocorreréo alteragdessignificativas da velocidade. Salienta-sem também que, para) ag -edigicagies, ‘ests sitive @ sufictentemente elevada¢ varia em funglo da rugosidade do terreno: poe. outer tudo" oshombatere2ocelse40 do vento ¢ 08 efeitos das rajadas’ serio 0s responsiveia pela velocidade do 9* que atingen una dada’ edificacso- pode-se dizer que num dado instante a velectdade”pods ser expreass port Vv, imct) * V(t) Ye onde: Vig) svetoctaade num dado instante & Vin)” Wetocisade média do fluxo de ar neste instante; AV gy" variagdo da velocidade média - o efeito de raja- da ou turbuléncia. cccce € coe A turbuléncia (ou rajada) é tratada de varias maneiras, porém um critérie de avaliaglo simples ede facil. visualizacio 6 jmaginar que pode-se associar a rajada a um grande turbilhdo, em forma de um tubo ddealizado, que deveré envolver toda a edificac’o para que esta seja totalmente solicitada. A Figura 1.6 exemplifica este turbilhdo e estabelece as dimensSes a serem consideradas. O tempo de rajada est4 associado a@ passagem deste tubo idealizado sobre a edificagéo, o que ja permite concluir que a! dimensdes da edificagéo serdo responséveis pelo tempo de rajada’ a ser considerado. frajese FIGURA-I.6 - Bequema para a Determinagdo do Tempo de Rajada 2 hae eames } NBR €123 estabelece intervalos de tempo para o cdlculo da velocidade bésica de 3,5 ¢ 10: Estag rajadas entdo definem trés classes de edificagies em fungéo das dimensdes frontais. A Figura 1.7 dlustra a influéncia da dimenso da edificacao no tempo de rajada a ser considerado. FIGURA 1.7 - Tempo de Rajada em Punglio da Dimene&io da EdificagSo Deve-se salientar que necessfrio definir incia para uma dada Primeiramente uma velocidade de ref situagdo de tempo de rajada, rugosidade e altura, e a partir dat considerar as particularidades de cada edificacao. Por outro lado, a andlise da edificagio e da sua forma definem © outro aspecto importante na andlise do vento, ou seja, © asrodinaimico, A forma da edificag&o tem um papel importante para a determinagao da forca devida ao ao vento que a solicitaré. & Possivel fazer um avilo com motor de um automével. até para chamar a atengio vale a pergunta: Porque o avido voa e o automével nao? A reaposta desta questo consiste exatamente nas diferentes formas aerodin&micas adotadas para o automével e para @ avifo. © vente ao incidir sobre uma edificacio terk, evidentemente, um comportamento diferente em funglic da sua forma. Intuitivamente, € possivel imaginar que o vente ao 20 CCCCCC CEE COCCCE COCCECCKC COCO COCe COCR eC C « incidir sobre um telhado tipo duas 4guas, um arco ou um edificio de andares miltiplos tera sua “trajet6ria" alterada em fun¢lio da forma diferenciada destas edificactes, A visualizagdo da alterag&io do ar pode ser feita através das linhas de fluxo. A Figura 1.8 ilustra as linhas de fluxe sobre um edificio com telhado tipo duas Aguas. PIGURA:I.8- Linhss de Fluxo para um Edificio com Cobertura Tipo Duas Aguas a caP{TULO II VELOCIDADE DO VENTO II.1- Intredugio Neste item serdo definidas as condigdes gerais que permitem determinar a velocidade que atuaré em uma detexminada edificacao. A primeira consideraclo sobre este aspecto € que regiées diferentes da terra estdo sujeitas & diferentes situacdes da velocidade do vento. Como exemplo, sabe-se que ocorrem furactes nos Batados Unidos, no Brasil eles praticamente ndo ocorrem, Conclusdo: 6 quase intuitive que este aspecto deverd ser considerado. vma outra consideracio importante € qué @ veloecidade do vento, para wna dada regido, & obtida através de medicdes (anemdmetros ou anenégrafos), porém nfo deve ser eaquecide que 08 resultados destas medicSes mo poderio” ser adotades como referénciainiéial sem as devidas consideracies de sua variabilidade ao longo do tempo. A vida Stil de uma edificac&o corrente 6 normalizada em 50 anos fazendo com que a andlise do vento devs considerar esté aspecto. Bm outras palavri @ ‘necess@ric determinar qual 4 velocidade mAxima neste perfode de tempo, o que j& nos permite antever a necessidade de nao 86 obter informagSes sobre a velocidade em varios locais, como também considerar estatisticamente estas informagdes. 12 ( cccce « ccc? ¢ II.2- Velocidade Baésica do Vento 0 conceite de velocidade basica do vento estd diretamente associado As condicSes em que sao efetuadas as medidas desta velocidade para o vento natural. Os equipamentos destinades a leitura da velocidade do vento so padronizados assim como as condicSes de inastalacdo (altura, localizagio e rugosidade do terreno). Estas condigdes sic: - Lecalizagéo dos anemémetros ou anemégrafos em terrenos planos sem obstrugao; - Posicionades a 10m de altura; - Inexisténcia de obstrugSes que possam interferir diretamente na elocidade do vento. Define-se, assim, um padrio que ser& utilizado como padraéo de comparagdo. Sabe-se que nem sempre as edificagdes tem 10m de altura ou estdo situadas em terrenos planos. Estabelece-se a velocidade padr&’o e a partir dai deverfo ser feitas as devidas corregSes para cada caso particular da edificacio. A. NBR-6123 estabelece para) a. velocidadebdsica um grafico de jisopletas, Figura II.1, baseado nas sequintes condigées - velocidade basica para uma rajada de trés segundos. - perfodo de retorno de 50 anos; - probabilidade de 63¥ “de” ser “excedida pelo menos uma vez’ no perfodo de retorno de 50 ‘anod; - altura de 10m - tervene plano, em campo aberto © sem obstrucdes. As velocidades médias m4ximas, apresentadas no grafico da Figura II.1, foram obtidas através de informagses de vari: estacdes metereolégicas (a maiéria situada nos aeroportes) e com © devido tratamento estatistico. A NBR 6123 aprésenta em um de seus anexos as estagSes consideradas, sua localizagao e altitude. a3 da Velocidade B&sica. FIGURA, I1.1 - Isoplet: 11.3- Velocidade Caracteristica como pode ser observado, a velocidade bésica praticamente um padréo de referéncia a partir do qual é necessério determinar a velocidade que atuaré em uma dada edificag&o, ou seja, a velocidade caracteristica. Esta velocidade caracteristica deveré considerar o# aspectos particulares da edifica¢&o, entre estes podemos citar: - Topografia do. local: condigSes particulares podem alterar consideravelmente a velocidade do vento. Por exemplo, uma edificagio sobre um aclive. - Rugosidade do terreno: a presenga ou néo de obstdculos, sua altura e disposicfo altera, como j4 foi visto, © perfil da velocidade do vento; - Altura da edificago: o préprio perfil de velocidade justifica te item; 14 CcCCCccce c Coc ¢ - Dimensdes da edificagio: o tempo de rajada ser4 proporcional as dimensdes da edificacio; - Tipo de ocupag&ic ¢ risco de vida: deve-se estabelecer critérios que possam considerar os riscos de vida envolvides em caso de rufna da edificaciio. Portanto,. a NBR 6123. prevé que a velocidade caracterfetica seré obtida por Vy = Vy 8/983 83 2 onde Vo, - velocidade basica S, - fator topografico 8, - fator rugosidade do terreno (dimenedec @ altura da edi- S, - fator estatistico II.3.1- Fator Topograéfico 0 fator “topogrdfico 8, considera os efeitos das variagdes do relevo do terreno onde a edificag&o ser4 construfda. “Este fator considera, portanto,, Oo aumento ou 4 diminui¢o da velocidade b&sica devide a topografia do terreno. A aproximagdo ou afastamento das linhas de fluxo é a maneira em que se pode visualizar estas condicSes. A norma brasileira considera ‘basicamente trés situagSes: terreno plano ou pouco ondulado, talude e morros, ¢ vales profundes protegides do vento. A Figura II.2 ilustra estes aspectos. FIGURA. II.2- Aspectos da Altera¢&o das Linhas de Fluxo em Fungo da Topografia as Ponto A - Terreno plano Ponto B - Aclive com aumento da velocidade Ponto C- Vale protegido com diminui¢ac da velocidade Valores de 8,: a) Terrenos Planos com poucas ondulagSes S, = 1,0 b) Vales protegidos do vento em todas as diregSes S, = 0,9 c) Taludes e@ morros: a corregio da velocidade bésica serd realizada a partir do Angulo de inclinag&o do talude ou do morro e a Figura I1.3 ilustra os valores prescritos. 71 4) TALUDE b) MORRO FIGURA IT.3- Pator $, Taludes e Morros 16 ce € « COCCCECCECE € COoCcCce cce « cc € « -~/No/ponte B [8;€ uma fungaio $)(z)) : ° 63 Sy tzy 21,0 6? SY 8) (zy #1, 0° 4" (2, 5~ SP tg(e-3%) 2 ¥ 4 a 45° 8,(z) = 2,0 + (2,5- 5 )0,32 4 = (2) = 2,0 + (2,5- 0, . (Interpolar Linearmente para 3°<@<6° 2 17°<#<45°) sendo: 2 -- altura medida a partir da superficie do terreno no ponte considerado; d -- diferenca de nivel entre a base e o topo do talude ou morro. 6 -- inclinagaio média do talude ow encosta‘do morro. Entre A ¢ Be entre Be C © fator S, é obtido por interpolagao linear. TI.3.2- FATOR 8,- Rugosidade do terreno « dimensSes da edificagic © fator 8, considera as particularidades de uma dada edificagio no que se refere as suas dimensSes, bem como a rugosidade média geral do terreno no qual a edificagio’ séré construfda. A discussiio da influéncia de cada um destes fatores na velocidade caracter{stica est4 apresentada a seguir: a) Rugosidade do terreno: Esté diretamente associada ao perfil de velocidade que o vento apresenta quando interposto por cbstdculos naturais ou artificiais. & quase intuitive que num terrenc plano, aberto e sem obstrugSes o vento tera uma velocidade superior ao que ocorre no centro de uma cidade como Sio Paulo, densamente ocupada, onde os obstdculos fazem com que a velocidade média do vento seja menor. Fs A Pigura IT.4 ilustra novamente o perfil da velocidade do vento para trés tipes de terreno. A altura do perfil esté apresentada até a altura gradiente, altura esta a partir da qual a alteraclo da velocidade € praticamente desprezivel. PERFIL VELOCIDADE MEDIA (km/h) PIGURA I1.4- Perfil da Velocidade do Vento A NBR-6123 estabelece cinco categorias de terreno (I a Vv) em funglic de sua rugosidade, transcritas a seguir: CATEGORIA I: Superficies lieas de grandes dimensdes, com mais de Skm de extenséo, medida na direglio e sentido do vento incidente. Exemplos: -mar calmo; -lagos e rios; ~pfintanos sem vegetaciio. CATEGORIA II: Terrenos abertos em nivel ou aproximadamente em nivel, com poucos obstdculos isolados, tais como 4rvores e edificacdes baixas. Exemplos: -zonas costeiras planas; -pantanos com vegetacao rala; -campos de aviacio; 18 CcCcccecccce « ¢ ccececcecccecceccececccce CC ECCKCEEE € C -pradarias e charnecas; -fazendas sem sebes ou muros. A cota média do topo dos obstdculos é considerada inferior ou igual a 1,om. CATEGORIA III: Terrenos planos.ou ondulados com obstdculos, tais como sebes € muros, poucos quebra-ventos de Arvores, edificagdes baixas e esparsas. Exemplos: -granjas e casas de campo, com exce¢&o das partes com matos; -fazendas com sebes e/ou muros; -subirbios a considerdvel distancia do centro, com casas baixas e esparsas. A cota média do topo dos obstéiculos é considerada igual a4 3,0m. CATEGORIA IV: Terrencs cobertos por obstdculos numerosos e pouco espacados, em zona florestal, industrial ou urbanizada. Exemplos: -zonas de parques ¢ bosques com muitas 4rvores; -cidades pequenas ¢ seus arredores; -subGrbios densamente construides de grandes cidades; -Greas industriais plena ou parcialmente desenvolvidas. A cota média do topo dos obstdculos é considerada igual a 1m. Esta Categoria também inclui© zonas com obst&culos maieres e que ainda nfio possam ser consideradas na Categoria V. CATEGORIA Terrence cobertes por obsticulos numerosos, grandes, altos @ pouco espagades. Exemplos: -florestas com drvores altas de copas isoladas; -centros de grandes cidades; -complexos industriais bem desenvolvidos. A cota média do topo dos obst4culos é considerada igual ou superior a 25m. 19 & necessfrio ent&o adotar uma categoria para a defini¢&o do fator 8, para uma edificacao. b) Dimensdes da edificagao: As dimensSes da edificaclo esto relacionadas diretamente como turbilhdo (rajada) que deveré envolver toda a edificacio. Quanto maior 6 a edificagdo maior deve ser © turbilhlio que envolver& a edificag&o e por consequéncia menor a velocidade média. Uma maneira de compreender este efeito @ como se pudessemos materializar a rajada do vento como um grande tube que envolveré a edificacio. © tempo que este tubo ira dispender para ultrapassf-lo seré entéo considerado © tempo de rajada. & evidente que quanto maior a edificagio maiores deverfic ser as dimensdes do tubo. A norma brasileira define trés classes de edificagdes e seus elementos; considerando os intervalos de tempo de 3,5 ¢ 108 para as rajadas. As classes estio transcritas abaixo: "CLASSE A: todas as unidades de vedago, seus elementos de fixagdo e pegas individuais de estruturas sem vedagao. Toda edificagfio ou parte da edificagdo na qual a maior dimensdo horizontal ou vertical da superficie frontal no exceda 20 metros. CLASSE B: toda edificacio ou parte da edificagdo para a qual a maior dimensBo horizontal ou vertical da superficie frontal esteja entre 20 ¢ 50 metros. CLASSE C: toda edificagao ou parte da edificagéo para a qual 4 maior dimens’o horizontal ou vertical da superficie frontal exceda 50 metros." © cfleulo de S, pode ser obtido através da expressio Levtic 20 € cCcce ¢ onde: 2 z- @ @ altura acima do terreno (limitado a altura gradiente) F_- fator de rajada correspondente &@ classe categoria II b - par€metro de correglio da classe da edificagao p - parmetro metereolégico. Os pardmetros FL, estado apresentados na Tabela IT.1. ‘TABELA II.1 - Parametros Metereclégicos para o Fator 5, 22d 0,065 b F. P olor) or A Tabela II.2 apresenta os valores de 5, para algumas alturas das edificagdes. 2 8, = bP, (2/20)? (17.2) b e p adotados pela norma brasileira TABELA II.2 - FATOR S, Widosaivs C cccce cCCcccce CCOCCCC CCC ce Cccececcce ce € « I1.3.3- Pator Estatistico s, © fator estatistico $, esté relacionado com a seguranca da edificacdo considerando, para isto, conceitos probabil{sticos e 0 tipo de ocupagfo. Para tanto a NBR-6123 estabelece como vida Gril da edificaglio o perfodo de 50 anos e¢ uma probabilidade de 63% da velocidade basica ser excedida pelo menos uma vez neste periodo. A Tabela IT.3 apresenta os valores sugeridos pela norma brasileira. TABELA II.3 - Valores Minimos para o Fator S, GRUPO. DESCRIGAO Edificagio cuja ruina total ov parcial pode afetar a seguranca ou possibilidade de so- 1 corre a pessoas apés uma tempestade destru- 1,10 tiva (hespitais, quartéis de bombeiros e de forgas de seguranca, centrais de comunica- gic, etc) EdificagSes para hotéis e residéncias. Edi- ficagdes para comércic e inddstria com alto fator de ocupagao. Edificacdes e instalacdes industriais com baixo fator de ocupagao (depésitos, silos, construgdes rurais, etc) Vedagdes (telhas, vidros, painéis de. veda- gio, ete) Edificactes temporarias. Estruturas dos Grupos 1 a 3 durante a constru¢ao. A expressio I1.2 permite a adoglo de outros pardmetros estatisticos na determinag&o do fator estatistico $,. (1-P, 70,157 7] t a 8S, = 0,54 [- (11.2) onde: 23 B, - Probabilidade considerada m = perfodo de retorno adotado Na Tabela II.4 & possivel obter alguns valores para determinades pericdos de retorno e var: probabilidades de ecorréncia do vente. TABELA I1.4- Valores de S, para Diferentes Perfodos de Retorno @ Probabilidades 200 200 II,3,4- Comentérios Geraia A determinagio dos fatores S,, 8, © $, deverd ser sempre adequada as caracteristicas da edificagéo e do terreno, procurando reproduzir estas condi¢ées. & interessante salientar que a determinaclo da velocidade caracteristica, isto 6, a velocidade na qual estard adequada uma dada situaglio do edificio e do terreno, nada mais é do que a corregiio de uma velocidade padro (V,) para estas condigSes particulares. A NBR-6123 estabelece duas outras condigdes que deverao ser consideradas: a) Transigio de categorias de rugosidade, b) correg&ic do tempo de rajada para edificagdes com superficies frontais superiores a 80m. Estas consideragSes estéo apresentadas na norma brasileira e ir’o corrigir o fator S,. 24 ceccct c ¢ ccc te cce COCECCEECCE c « ECCiEK « II.3.5- Exemplos da Determinacgiic da velocidade Caracteristica A) Velocidade caracteristica do vento para um edificio industrial (dimensées ma Figura 11.6) a ser construfdo na cidade de Sdo Carlos em terreno plane, zona industrial. + 3) 8 shoe CORTE aE ea «coms EM = fine FIGURA II.6 -DimensSes do Edificio Exemplo Vv, = 40m/s (isopleta de velocidade - Figura I1.1) Fator Sj: 8, = 1,0 (terreno plano) Fator 53: S, = 1,0 (alto fater de ocupacio) Pator 82: Direcde ae Vento 90° Direpéo do Vente O° Heise Heise o: > DIMENSEO FRONTAL DIMENSAO FRONTAL som 30m cLasse “c* CLASSE “8* cATEGORIA Tr CATEGORIA TE ov. 5, 0,83 Sy * 0. as Nygow Vy SpoByty Vy oy 740: 2,00, 8302/0 Vg.2 7 40. 2,0 0,88 1,0 Vy y= 33, 20m/e Vg,2 * 35.20 m/s K,2 Conclusdo: Duas velocidades caracteristicas em fun¢do da diregiio do vento (D.v) B) Velocidade caracterfstica do vento para um edificio habitacional e suas esquadrias, situado na cidade de Americana (dimensSes na Figura II:7), Regigo categoria Iv. LE a Figura II.7 - Dimensdes da edificagao Para o caso de edificios com grande altura 6 possivel dividi-los em varias partes e, a partir dai, calcular a velocidade caracterfstica para estas partes, tomando como altura de referéncia a cota superior de cada trecho. Este conceito seré extendido também para as forcas que atuam nas edificacdes, assunto a ser apresentado posteriormente. 26 Dados Gerais: - Categoria IV - Classe B - Divisdo da altura em 5 partes B.1) Velocidade caracteristica para a edifica¢do: Vv, = 45m/e (Isopletas de velocidade Figura 11.1) 0 8, = 1,0 (Terreno plano) 8, = 1,0 (ediffcio habitacional - alto fator de ocupagas) . S, = determinado por’ trechos: Resultado de V, para cada trecho. 27 Resultado de V, 37,35 5.2) Caixilhos e elementos de vedac4o: Para este elementos a NBR-6123 recomenda adotar altura maxima: Vy = 45m/e Ss, = 1,0 S, = 1,02 (h = 50m, classe A) S, = 0,88 (elemento: de vedagdo) = 45 11,02 0,88 —» Vy = 40,39 m/s CAPITULO III CORPICIENTES AERODINAMICOS B ACAO ESTATICA DO VENTO III.1- Breve Fundamentagio Teérica III.1.1- Teorema da Conservagao da Massa De maneira bastante simplificada pode-se dizer que para um fluido incompressivel e num regime de escoamento permanente, o volume que passa em qualquer seco de um tubo de corrente 6 constante. A Figura III.1 ilustra um tubo de corrente para um flufdo. FIGURA III.1 - Teorema da Conservaglo da Massa 29 Baseado na Figura III.1 e admitindo a hipétese de incompressibilidade do ar (hip6t! vélida para velocidades menores que 300km/h) pode-se escrever: Py Ay ey AQMy como. 6, = P, (£lufdo incomprs (IIZ.2) A tae A partir do teorema acima exposte 4 possivel afirmar que particulas de um fluido de mesma velocidade descrevem a mesma trajetoria, sendo esta a definicg&o das linhas de fluxo. Sabe-se também que a aproximaclo das linhas de fluxo indicaré aumento de velocidade; & seu afastamento, diminui¢ado. Este conceite & extremamente importante para compreender os aspectos fisicos que sero apresentados a seguir. A Pigura III.2 ilustra) esquematicamente; as linhas de fluxo num edificio tipo duas dguas. FIGURA III.2 + Linhas de Fluxe para Telhado Duas Aguas III.1.2- Teorema de Bernoulli Apresenta-se) de maneira suscinta, uma recordag&o do teorema de Bernoulli. Para um fluidé incompressivel e um fluxo em regime permanente pode-se dizer que a soma das presses estdtica, din&mica e piezométrica 6 constante. A equaco 111.2 ilustra este teorema. 30 CcCccc?¢ ce ¢ FeV + P+ pg z= constante (111.2) onde Pressio estética Velocidade aceleragao da gravidade = massa especifica do ar = cota do ponte considerado. ee) Bete teorema é vlido para uma mesma linha de fluxo se © escoamento & rotacional e entre dois pontes se o escoamento & irrotacional. No caso da apao do vento em edificagSes & possivel desprezar a press&o piezométrica, Pode-se ent&o dizer que: Pressio dindémica + Pressio estética = constante, ou seja: + ov + P = constante (111.3) III.1.3- Pressio Estética Podemos aplicar o Tecrema de Bernoulli para a situacio esquematizada na Figura III.3. PIGURA III.3 - Teorema de Bernoulli 3a Ponto (1) @ (2) oye Ee pvt =p, + ot como ve 0 obtenos eS z evi ou seja ops pvi=g © ponte 2°tem a particularidade da velocidade ser nula & © déromintamos’ de porto de estagnagio. Define-se, com isto, o parametro gq, pressio de obstrucéo que nada mais & do que a pressdo obtida tum dado Ponto onde s6 existe pressiic estatica, sendo este ponte particularnente interessante nas aplicagées da engenharia civil. Sabendo que a velocidade V, nada mais & do que a velocidade caracteristica do vento para uma edificag&o, obtemos entao a presséo de obstrugiio. a-+eu (111.4) Substituinde o valor de p = massa espectfica do ar obtemos: p= $2,982 = 2,06 mela a= 0,623 vi una) ou. (111.5) a <0,0633 vi gt /n®) Cabe salientar a importfncia da presséo de obstru¢do, poig ser utilizada como um padrdo para todos os demais pontos onde deseja-se determinar a pressdo estética total, enfatizando que esta pressio & perpendicular A superficie da estrutura. 32 III.2- Coeficiente de Pressio TII.2.1- Coeficiente de Pressio Externa Para definirmos o coeficiente de pressiio externa ie) aplicaremos o teorema de Bernoulli entre os Pontos 1 (velecidade caracteristica) @ o ponte 3 (onde existe pressic dindmica), ilustrados na Figura 11.3. Portanto: onde AP = P, - P, ,ou seja, a diferenca de pregs&o estatica, Como Vi =¥, , reescrevendo: Be 2 3 a= boot a - co ) (11.6) Substituindo TII.4 em III.6 obtemos 4 ap = q(1- ) % Define-se c, como: Cos bod ATEE.7) Ca A andlise da expressic do coeficiente de presséo externa permite observar que, se for possivel medir a velocidade no ponte verificade « a velocidade caracteristica, determina-se 33

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