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Introdução.................................................................................................................................. 3
Categorias de Segurança........................................................................................................ 5
Categoria B........................................................................................................................... 6
Categoria 1............................................................................................................................ 7
Categoria 2............................................................................................................................ 8
Categoria 3............................................................................................................................ 9
Categoria 4.......................................................................................................................... 10
Soluções................................................................................................................................... 12
Relé de Monitoramento de Parada de Motor............................................................... 12
Chave de Segurança Eletromecânica com Trapped Key........................................... 13
Pre-Reset............................................................................................................................ 14
Redução de Resolução..................................................................................................... 15
Muting Dinâmico............................................................................................................... 16
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INTRODUÇÃO
A NR12 é uma norma regulamentadora nacional publicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE) pela primeira vez em 1978. Em 2010 tornou-se mais conhecida e trouxe uma obrigatorie-
dade mais forte para as empresas com o objetivo de garantir a segurança dos trabalhadores em
máquinas e equipamentos. Além disso, diferente de normas técnicas, as Normas Regulamenta-
doras têm peso de Lei, portanto todas as empresas têm obrigação de cumprir com a segurança,
sendo fabricantes ou usuários finais de máquinas e equipamentos novos ou usados. Outro ponto
importante é a obrigatoriedade da adequação em todas as fases de utilização, seja no trans-
porte, montagem, instalação, ajuste, operação, limpeza, manutenção, inspeção, desativação e
desmonte da máquina ou equipamento. Além da NR12, normas técnicas devem ser consultadas
para complementar os conceitos de segurança. Essas normas são divididas em normas do tipo
A, B e C, sendo:
Normas do Tipo B: normas que abordam aspectos gerais, componentes e categorias de seguran-
ça. Exemplo: ABNT NBR 14153.
Normas do Tipo C: normas dedicadas para conceitos de segurança em cada tipo de máquina
(Prensas, Injetoras, etc.). Exemplo: ABNT NBR 13536:2016.
O processo de adequação à NR12 inicia-se pelo inventário e análise de risco. O inventário serve
para pontuar quais máquinas ou equipamentos do pátio fabril oferecem maior risco. Neste do-
cumento são colocadas diversas informações como: fabricante, data de fabricação, tipo de má-
quina, operadores envolvidos, produtividade, etc. Já a análise de risco indica quais são os riscos
em que os trabalhadores estão expostos e quais medidas devem ser tomadas para executar a
adequação. É nesta fase que são indicadas as Categorias de Segurança e quais dispositivos de
proteção devem ser instalados. A análise de risco deve ser feita por um Engenheiro de Seguran-
ça que possui registro no CREA, o qual o habilita para colhimento da A.R.T (Anotação de Respon-
sabilidade Técnica) após validado o projeto de adequação. Tanto o inventário como a análise de
risco estão previstas na NR12 e tem caráter obrigatório. Salvo a exceção quanto ao inventário
para as empresas de pequeno porte e microempresas que, de acordo com a atualização da NR12
de 25/06/2015, não é mais obrigatório.
Além da obrigatoriedade, fazer a análise de risco é de suma importância, não apenas no ponto de
vista da segurança, mas também no ponto de vista técnico e financeiro. Obviamente a segurança
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deve estar em primeiro lugar e exatamente por isso que a análise de risco deve ser feita, para
nos fazer enxergar os riscos que até então não tínhamos conhecimento, ao ponto de corrigi-los
de forma adequada e preventiva. E quando falamos da correção de forma adequada, envolvemos
o aspecto técnico e financeiro, pois sem uma análise de risco prévia podemos subestimar ou
superestimar a solução. Isso significa que podemos estar pagando a mais pelo que não seria
necessário, comprando equipamentos com performance superior, aumentando o tempo de pro-
jeto e instalação, ou não atingir o nível de segurança ideal, o que seria mais grave. Por exemplo,
aplicar uma solução Categoria 2 onde deveria ser Categoria 4.
Quanto às Categorias de Segurança, hoje no Brasil nos referenciamos pela Norma ABNT NBR
14153 que define o nível de segurança para máquinas e equipamentos como B, 1, 2, 3 e 4, sendo
B o nível com menor risco e 4 com maior risco. Como mencionado anteriormente, é a análise
de risco que determina qual Categoria de Segurança deve ser atingida. Tipicamente, o custo da
adequação aumenta conforme o nível de risco indicado, uma solução Categoria 2 tem um custo
menor que uma solução Categoria 4. Por isso é importante que a análise de risco seja feita por
profissionais com conhecimento sobre as normas e com experiência prévia, para que não se
eleve o custo da adequação de forma desnecessária.
Outro fator bastante relevante no processo de adequação, e que é uma grande preocupação das
indústrias, é o receio do impacto da segurança na produtividade. Com os avanços tecnológicos e
exigências do mercado, hoje é possível encontrar diversas soluções que permitem a flexibilidade
do processo sem comprometer a segurança e a produtividade.
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CATEGORIAS DE SEGURANÇA
As categorias de segurança indicam o nível de risco que uma máquina ou equipamento oferece
ao trabalhador. Para definir as categorias atualmente utilizamos como base a norma NBR 14153.
Esta norma foi baseada na norma internacional EN 954-1:1996 e que fora do Brasil está em de-
suso. Hoje internacionalmente é utilizado a norma ISO 13849-1 e há uma grande tendência para
também ser utilizada no Brasil, mas ainda é um assunto em discussão entre as comissões de
estudo das normas.
Na análise de risco é utilizado o conceito abaixo para determinar a categoria de acordo com as
características do local avaliado. Existem 5 categorias de segurança: B, 1, 2 ,3 e 4, partindo da
performance de segurança mais baixa para a mais alta, respectivamente. De acordo com o nível
da gravidade do ferimento, frequência de exposição do operador na máquina ou equipamento e
da possibilidade de evitar o perigo caso ocorra uma falha, chega-se à categoria ideal.
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Categoria B
Não exige nenhuma função especial de segurança, apenas o mínimo esperado para que a função
básica de segurança seja cumprida e não há exigência de uso de componentes de segurança
específicos. No exemplo abaixo temos um CLP de Automação convencional que processa o sinal
de um botão comum, desarmando um motor através de um contator também comum.
CLP
Botão
Motor
Contador
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Categoria 1
CLP
Botão de Emergência
Motor
Contador
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Categoria 2
Relé de
Segurança
Botão de
Emergência
Motor
Contador
de Segurança
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Categoria 3
A partir da Categoria 3 é exigido a redundância do sistema para que uma única falha não compro-
meta a função de segurança. Se seguirmos os exemplos anteriores, significa então que precisa-
remos ter dois contatos no botão de emergência passando pelo duplo canal do relé de seguran-
ça, desarmando dois contatores de segurança ligados em série. Caso um dos canais ou contatos
entre em falha o sistema deve detectar.
Relé de
Segurança
Botão de
Emergência
Contadores de
Segurança em Série Motor
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Categoria 4
Exige que o acúmulo de falhas não comprometa a função de segurança. Isso significa que o
sistema deve monitorar as falhas individuais de cada componente sem que sejam ocultadas.
Por este motivo não é recomendado utilizar componentes em série ligados em um único relé de
segurança sem que haja monitoramento individual.
Relé de Segurança
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Para garantir maior segurança, a diversida-
Chave Magnética
de exige que sejam instaladas duas chaves
de segurança de modelos diferentes ou em
posições diferentes, para que uma mes-
ma falha não aconteça nas duas chaves. O
exemplo abaixo mostra o monitoramento de
abertura de uma porta com uma chave de
segurança eletromecânica e outra magné-
tica. As chaves são monitoradas individual-
mente por um CLP de Segurança, neste caso
atingimos a Categoria 4.
Relé de
Segurança
Figura 07:
Porta abertura de porta com chave de segurança
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SOLUÇÕES
O relé de monitoramento de parada de motor é utilizado para evitar que um operador entre na
célula de trabalho enquanto houver um movimento rotativo perigoso. Para aplicar essa solução
basta ligar as fases do motor diretamente no relé de monitoramento de parada que fará a verifi-
cação se há o movimento rotativo. Essa solução baseia-se no princípio da força eletromotriz, que
é a tensão contrária gerada pelo motor quando é desligado e está em movimento de inércia. Após
verificar que o motor está totalmente parado e não há mais o movimento rotativo perigoso, o relé
de monitoramento de parada libera um sinal elétrico para uma chave eletromecânica instalada
na porta da célula de trabalho, assim o operador pode acessar a máquina de modo seguro.
Motor
Chave de
Segurança
Eletromagnética
Relé de
Monitoramento de
Parada de Motor
Relé de Contador
Segurança
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Chave de Segurança Eletromecânica com Trapped Key
Alguns casos de acidentes podem ser ocasionados por intervenção de terceiros. Isso pode ocor-
rer, por exemplo, em células onde é possível um operador acessar internamente e não ser visto, a
ponto de um outro operador apertar o botão de “start” e a máquina entrar em funcionamento com
um operador dentro da célula. Para evitar esse tipo de situação, podemos aplicar uma solução
com chave de segurança eletromecânica e trapped key. A trapped key é uma chave de intertrava-
mento que libera o atuador da chave de segurança eletromecânica, que consequentemente pos-
sibilita a abertura da porta da máquina. Após ser enviado um sinal elétrico para a chave eletro-
mecânica, o operador deve girar a trapped key e removê-la da chave eletromecânica. Após isso,
o operador tem acesso para abrir a porta da máquina, estando com a trapped key em sua posse.
Para complementar a solução, podemos utilizar um acessório mecânico, como uma espécie de
maçaneta para aumentar a segurança. Essa maçaneta possui uma aba de bloqueio que impede
o fechamento da porta antes do esperado. Nessa aba é possível colocar um cadeado, assim im-
pede-se mecanicamente a intervenção de terceiros. Além do trapped key, o operador que está
dentro da célula também fica em posse da chave do cadeado.
Mesmo com toda essa segurança, caso ocorra alguma burla ocasionada por um operador fora
da célula, o operador que está no lado de dentro tem acesso à um botão de emergência embutido
na chave eletromecânica e consegue abrir a porta através de uma alavanca interna.
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Pre-Reset
Em algumas aplicações, é necessário monitorar a presença do operador dentro da célula para im-
pedir seu funcionamento enquanto este operador está exercendo algum trabalho. Porém, mesmo
com a utilização de scanners ou tapetes de segurança, ainda há locais onde fica extremamente
difícil fazer o monitoramento. Neste caso, é necessário aplicar algumas medidas administrativas
e intertravamentos por botões de confirmação de acesso.
Quando um operador acessa a área de perigo, a cortina de luz detecta sua entrada e envia um
sinal para a parada do sistema. Para reiniciar o sistema, o operador deve apertar um botão “Pre-
-Reset” dentro da célula, sair da zona de perigo e então apertar o botão de “Reset” do sistema.
Somente após esse procedimento a máquina pode voltar a operar. Isso evita que um terceiro
consiga reiniciar o sistema com um operador ainda dentro da célula.
A lógica apresentada abaixo pode ser feita em um CLP de Segurança ou até mesmo na própria
cortina de luz, onde é possível configurar o tempo entre o botão Pre-reset e a saída da zona de
perigo e a quantidade de vezes que o operador pode passar pela cortina de luz.
Zona de perigo
Operador
Cortina de Luz
2.
3.
1.
Botão Reset
Botão Pre-Reset
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Redução de Resolução
Essa é uma função da cortina de luz que traz flexibilidade para o processo de produção. Habili-
tando essa função é possível alimentar um robô de paletização com um transportador sem parar
o processo e mantendo a produtividade. O transportador pode ocupar até 3 feixes da cortina de
luz, caso um operador tente acessar a zona de perigo, seu pé ou tornozelo irá ocupar mais que 3
feixes e então o sistema irá par, garantindo a segurança.
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Muting Dinâmico
A função de “muting” de uma cortina de luz consiste em desabilitar uma quantidade de feixes
da cortina para liberar a passagem de um produto sem que seja necessário para o sistema. Para
detectar a passagem do produto são utilizados sensores fotoelétricos que enviam o sinal para a
cortina iniciar a função de muting.
Utilizando a função de muting dinâmico é possível absorver variações de altura dos produtos,
onde uma função de muting convencional não atenderia e geraria paradas de máquina inespera-
da. Após detectada a passagem do produto a cortina utiliza os primeiros instantes para a leitura
da altura do produto e referencia-se. Isso é feito a cada ciclo sem que haja parada inesperada.
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OMRON DO BRASIL LTDA.
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