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Artigo 1º - Para efeito desta Resolução, considera-se impacto ambiental qualquer alteração
das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer
forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou
indiretamente, afetam:
Como já apresentado anteriormente, e aqui reiterado, Impacto Ambiental pode ser tanto
negativo como positivo, como pode-se concluir também a partir do artigo acima aludido. Não há
menção alguma em ser Impacto Ambiental alguma alteração negativa, fala-se apenas alteração.
Quanto ao termo “afetam” utilizado, este não tem conotação de malefício e sim de amplitude.
Desta forma, um Impacto Ambiental positivo também irá afetar (atingir, chegar) até as atividades
econômicas por exemplo, melhorando-as.
Nestes termos, fica aqui reforçada a ideia de que Impacto Ambiental pode ser tanto
negativo como positivo.
O artigo 2º faz referência ao Estudo de Impacto Ambiental e seu Relatório de Impacto
Ambiental (EIA/RIMA), ambos instrumentos integrantes da Avaliação de Impactos Ambientais,
como atividade obrigatória a determinados empreendimentos listados exemplificativamente pela
lei.
Tendo como vista o Princípio da Prevenção e o Princípio da Precaução em matéria
ambiental, apesar de algumas atividades não constarem em normas como sendo obrigatória a
realização de alguma avaliação de impacto ambientai para a concessão da licença para seu
funcionamento, tal avaliação deverá ser feita. Acontece que a legislação e as normas ambientais
são exemplificativas, devendo as demais não previstas serem analisadas e adequadas às
necessidades e exigências para a concessão de suas licenças de funcionamento.
É o que ocorre com o artigo 2º da Resolução em tela. O rol é meramente exemplificativo,
podendo outras atividades e empreendimentos serem obrigados a realizar o EIA/RIMA para que
sejam licenciados.
A Resolução 001/1986 do CONAMA apresentou grande avanço em matéria ambiental,
todavia ela se restringiu apenas a regulamentar assunto referente ao Estudo de Impacto Ambiental
e o seu decorrente Relatório de Impacto Ambiental, fazendo com que muitos profissionais do meio
e pessoas em geral acreditassem ser Avaliação de Impacto Ambiental sinônimo de Estudo de
Impacto Ambiental.
Todavia, o que importa crer no que tange à presente resolução é que, a partir de sua
vigência, toda e qualquer atividade que de alguma forma pudessem modificar o meio ambiente
passou a ser obrigada e submissa à realização do Estudo de Impactos Ambientais e seu relatório
(RIMA), como pode ser observado:
Art. 7º: Compete ao CONAMA: (Redação dada pelo Decreto nº 3.942, de 2001)
§ 1º Caberá ao Conama fixar os critérios básicos, segundo os quais serão exigidos estudos
de impacto ambiental para fins de licenciamento, contendo, entre outros, os seguintes
itens:
Apesar de algumas alterações, o CONAMA teve mantida sua competência para regular
matéria a respeito dos critérios básicos ao EIA com vistas ao licenciamento de atividades ou
empreendimentos.
g) RESOLUÇÃO CONAMA 237/97
A presente resolução tem como papel dar maior e melhor organicidade ao Licenciamento
Ambiental no Brasil.
Logo no seu artigo primeiro, a norma deixa claro que a Avaliação de Impacto Ambiental,
tratada por ela como Estudos Ambientais, é gênero, de que são espécies todos os tipos de estudos
relativos aos aspectos ambientais apresentados como subsídio para a análise da Licença
Ambiental, tais como: Relatório Ambiental, Plano de Manejo, Plano de Recuperação de Área
Degradada, etc.
Consagra-se também que a AIA não pode ser reduzida a uma modalidade, esto é, ao
EIA/RIMA. Em outro modo de dizer, deixa claro que o EIA é espécie do gênero “Estudos
Ambientais”, ou, da “Avaliação de Impactos Ambientais. Também, que é exigível somente quando
houver risco de significativa degradação ambiental, risco esse presumível, salvo prova em
contrário, para as atividades relacionadas no Art. 2º da Resolução 001/86 do CONAMA.