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VANESSA CELLA
VANESSA CELLA
Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade pelo
aporte ideológico conferido ao presente trabalho, isentando a Universidade do
Vale do Itajaí, a coordenação do Curso de Especialização em Direito Penal e
Processual Penal e o Orientador de toda e qualquer responsabilidade acerca do
mesmo.
Vanessa Cella
Aluna
PÁGINA DE APROVAÇÃO
RESUMO ............................................................................................ X
ABSTRACT ....................................................................................... XI
INTRODUÇÃO ................................................................................... 1
CAPÍTULO 1 ...................................................................................... 4
CAPÍTULO 2 .................................................................................... 26
CAPÍTULO 3 .................................................................................... 61
CONCLUSÃO................................................................................... 81
ANEXOS........................................................................................... 95
RESUMO
Garantismo Penal.
entre este e o Estado, tendo em vista que, mesmo em tempos menos remotos da
História, ou seja, em Roma durante o Império e na Grécia após a instalação da
democracia ateniense, dificilmente a situação do homem do povo que não
constituía a classe dominante tenha se alterado, de forma que o Estado passasse
a se preocupar com a garantia de seus direitos de cidadania e liberdade individual
(SAUWEN FILHO, 1999, p. 18).
[...] Não será difícil acreditar que, no Egito dos faraós, ainda que
não houvesse propriamente um Ministério Público organizado nos
moldes dos atuais, muitas das funções inerentes ao ofício do
Parquet eram desenvolvidas pelo governo, através de funcionários
investidos de poderes para tanto, conforme textos legais.
Com efeito, qualquer que seja a opinião que se possa ter quanto à
anterioridade de funcionários governamentais em outros estados
exercendo funções que hoje são confiadas aos Parquets, é certo
que, como instituição, o Ministério Público surgiu na França, tendo
inclusive até data precisa, 25 de março de 1302, quando Felipe, o
Belo, através de sua conhecida ordonnance, reuniu tanto seus
procuradores, encarregados da administração de seus bens
pessoais, quanto seus advogados, que lhe defendiam os
interesses privados em Juízo e que, em conjunto, eram
conhecidos pelo nome genérico de les gens du roi, numa única
instituição.
Neste sentido:
(2006, p. 137):
1
MUÑOZ CONDE, Francisco. Edmund Mezger y el derecho penal de su tiempo: los orígenes
ideológicos de la polémica entre causalismo y finalismo. Tirant lo Blanch: Valencia, 2000.
29
2
HASSEMER, Winfried, (1994), “História das idéias penais na Alemanha do Pós-Guerra”, em
Revista Brasileira de Ciências Criminais, n. 06, Abril-Junho de 1994, p. 36-71, trad. de Carlos
Eduardo Vasconcelos, Editora Revista dos Tribunais, São Paulo, p. 38.
33
Salienta-se:
Complementa-se:
exposto o Direito penal moderno a inúmeras crises, que têm provocado a sua
quase saturação, perdendo a sua característica de instrumento de última
intervenção e o perfil de formalização e certeza, o que o transforma em um
recurso meramente simbólico, desprovido de efetividade (BUSATO, 2002).
Ressalta-se:
2.2.1.1 A fragmentariedade
vida, pela saúde e pelo patrimônio do indivíduo. Busato (2002) explica que isso
ocorre porque “ao contrário do clássico perfil de critério negativo, limitador da
intervenção estatal, o bem jurídico ‘se converteu em critério positivo para justificar
decisões criminalizadoras’3”.
3
Assim em HASSEMER, Winfried, (1999), Persona, mundo y responsabilidad, trad. de
Francisco Muñoz Conde e María del Mar Díaz Pita, Tirant lo Blanch, Velencia, p. 47.
43
2.2.1.2 A subsidiariedade
acordo com as nuances de cada momento histórico social. Ocorre é que sob o
prisma positivista as adversidades eram simplesmente ignoradas (BUSATO,
2002).
minimalista, que se opõe ao Direito penal máximo, não devendo ser confundido,
contudo, com o garantismo penal, embora ambos apresentem basicamente os
mesmos ideais, sendo, portanto, indissociáveis.
requisito daquelas.
esta, por sua vez, exige que os seus defensores busquem a consecução dos
objetivos que realmente lhe interessam.
existente entre as instituições que envolvem a esfera criminal; estas devem unir
forças no sentido de auxiliarem umas as outras, visando tão somente o objetivo
comum de repressão ao crime, que deve ser entendido sob a ótica garantista que
direcionou a realização de toda a presente pesquisa, orientada à defesa do
regime democrático de direito e dos direitos garantidos pela Carta Magna.
É oportuno citar:
4
RADBRUCH, Gustav (1979, 6. ed.), Filosofia do Direito. Trad. por L. Cabral de Moncada,
Armênio Amado Editor, Coimbra, p. 324.
76
2002).
[...] O Direito penal não existe para proteger bens jurídicos, mas
sim, para reafirmar o conteúdo comunicativo da norma O Direito
penal existe para cumprir uma função de tutela das normas,
independentemente do seu conteúdo. [...] De qualquer modo, a
concepção de delito que encontra maior ressonância
constitucional e maior afinidade com o tipo de Estado
democraticamente consagrado que adotamos é a que considera o
delito como uma ofensa intolerável ao bem jurídico, protegido pela
norma penal e, ao mesmo tempo, objetivamente imputável ao
risco proibido criado. Isso é o que estamos denominando de teoria
constitucionalista do delito (ou do fato punível), cujas bases
teóricas encontram forte ressonância na teoria funcionalista de
Roxin [...].
78
Tem gente que acha que minhas posições não têm a ver com
Direito. Acham que é poesia, é romantismo. Eu acho que não. A
meu ver o jurista tem que ter várias qualidades e uma delas é a
sensibilidade. Ele não está julgando pedras nem números. Está
julgando pessoas, seres humanos, que têm altos e baixos,
alegrias e tristezas, conflitos. Não entendo que um juiz possa ser
insensível. Tem que ter sensibilidade. [...] O jurista tradicional só
vê as coisas pelo lado legal. Não é capaz de ter uma visão mais
79
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Thomson, 2006.
Anexo 1
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Não há crime A lei deve ser A lei anterior Lei anterior Lei anterior Lei anterior,
sem lei anterior deve ser escrita escrita e estrita escrita, estrita e escrita, estrita,
certa certa e
necessária