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Aula 1

Tema:

1. Economia e o processo de globalização

Os problemas econômicos estão presentes a todo instante de nossas vidas, desde


questões mais rotineiras como assuntos de real complexidade, como por exemplo:

1. A propaganda cria necessidades ou apenas informa sobre as características dos bens e


serviços?
2. Por que a alta no preço do cafezinho reduz a demanda de açúcar?
3. Por que estudar engenharia quando o lazer é mais atraente?

O objetivo do estudo da Ciência Econômica é o de analisar os problemas econômicos e


formular soluções para resolvê-los, de forma a melhorar nossa qualidade de vida.

A. CONCEITO DE ECONOMIA

A palavra economia deriva do grego oikosnomos (de oikos, casa; nomos, lei) que significa a
administração de uma casa, ou do Estado.

Economia é a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem empregar
recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as
várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas.

B. A LEI DA ESCASSEZ

Pode-se dizer que o objeto de estudo da ciência econômica é a questão da escassez, ou


seja, como “economizar” recursos.

A escassez surge em virtude das necessidades humanas ilimitadas e da restrição física de


recursos.
C. PROBLEMAS ECONÔMICOS BÁSICOS

O QUE e QUANTO produzir? - Isto significa quais os produtos deverão ser produzidos
(carros, cigarros, café, vestuários etc.) e em que quantidades deverão ser colocados à
disposição dos consumidores.

COMO produzir? - Isto é, por quem serão os bens e serviços produzidos, com que recursos
e de que maneira ou processo técnico.

PARA QUEM produzir? - Ou seja, para quem se destinará a produção, fatalmente para os
que têm renda.

Resumindo,

D. SISTEMAS ECONÔMICOS

Como as sociedades resolvem os problemas econômicos fundamentais: o que e quanto,


como e para quem produzir? A resposta depende da forma de organização econômica.

Existem duas formas principais de organização econômica:

• economia de mercado (ou descentralizada): é aquela regida pelas forças de mercado,


predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção.

• economia planificada (ou centralizada): é aquele em que as questões econômicas


fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a
propriedade pública dos fatores de produção.

Todavia, hoje em dia praticamente todos os países possuem algum tipo de economia
de mercado. Assim, poderíamos dizer que a organização econômica é realizada a partir de
algum sistema intermediário entre essas duas formas, combinando a atuação do mercado
com a intervenção do governo.

E. CURVA (OU FRONTEIRA) DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO -O CONCEITO DE CUSTOS


DE OPORTUNIDADE

A Fronteira ou Curva de Possibilidades de Produção (CPP), também chamada de Curva


de Transformação, é a fronteira máxima que a economia pode produzir, dados os recursos
produtivos limitados e a tecnologia.

EXEMPLO:
Custo de oportunidade é o valor econômico da melhor alternativa sacrificada ao se
optar pela produção de um determinado bem ou serviço. Assim, no exemplo anterior:

Deslocamento da Curva de Possibilidades de Produção para a direita indica que o país está
crescendo. Isso pode ocorrer fundamentalmente tanto em função do aumento da quantidade
física de fatores de produção quanto em função de melhor aproveitamento dos recursos já
existentes, o que pode ocorrer com o progresso tecnológico, maior eficiência produtiva e
organizacional das empresas e melhoria no grau de qualificação da mão-de-obra.

F. FUNCIONAMENTO DE UMA ECONOMIA DE MERCADO: FLUXOS REAIS E MONETÁRIOS

Suponha uma economia de mercado que não tenha interferência do governo e não tenha
transações com o exterior (economia fechada).

Suporemos uma economia estacionária.

Os agentes econômicos são as famílias e as empresas.


As famílias são proprietárias dos fatores de produção e os fornecem às empresas através
do mercado dos fatores de produção.

As empresas, através da combinação dos fatores de produção, produzem bens e serviços e


os fornecem às famílias por meio do mercado de bem e serviços.

O fluxo real da economia:

O fluxo real da economia só se torna possível com a presença da moeda, que é utilizada
para remunerar os fatores de produção e para o pagamento dos bens e serviços.

Unindo os fluxos real e monetário da economia temos o chamado fluxo circular de


renda.
G. DEFINIÇÃO DE BENS DE CAPITAL, BENS DE CONSUMO, BENS INTERMEDIÁRIOS E FATORES
DE PRODUÇÃO

Os bens de capital são aqueles utilizados na fabricação de outros bens, mas que não se
desgastam totalmente no processo produtivo. É o caso, por exemplo, de máquinas e
equipamentos e instalações.

Os bens de consumo destinam-se diretamente ao atendimento das necessidades


humanas. De acordo com sua durabilidade, podem ser classificados como duráveis (por
exemplo, geladeiras, fogões, automóveis) ou como não-duráveis (alimentos, produtos de
limpeza etc.).

Os bens intermediários são aqueles que são transformados na produção de outros bens
e que são consumidos totalmente no processo produtivo (insumos, matérias-primas e
componentes).

Os bens finais são vendidos para consumo ou utilização final. Os bens de capital, como
não são "consumidos" no processo produtivo, são também bens finais.

A cada fator de produção corresponde uma remuneração, a saber:

H. ARGUMENTOS POSITIVOS VERSUS ARGUMENTOS NORMATIVOS

A teoria econômica utiliza-se de argumentos positivos (economia positiva) e


argumentos normativos (economia normativa).

A economia normativa contém um juízo de valor, subjetivo, e a economia positiva


é o conjunto de conhecimentos objetivos, que respeita todos os cânones científicos.

Por exemplo, quando dizemos que deveria ocorrer uma melhoria na distribuição de
renda, expressamos um juízo de valor em que acreditamos, isto é, se é uma coisa boa ou
má. Esse é um argumento da economia normativa. Já a economia positiva ajudará a
escolher o instrumento de política econômica mais adequado para diminuir a concentração
de renda (política salarial, política tributária etc.), procurando avaliar quais os aspectos
positivos e negativos dessa política (impacto sobre gastos públicos etc.).

I. DIVISÃO DO ESTUDO ECONÔMICO

A teoria econômica representa um só corpo de conhecimento, mas, como os


objetivos e métodos de abordagem podem diferir, de acordo com a área de interesse do
estudo, costuma-se dividi-la da forma a seguir:

Microeconomia ou Teoria microeconômica: estuda o comportamento das unidades


econômicas básicas: consumidores e produtores e o mercado no qual interagem. Preocupa-
se com a determinação dos preços e quantidades em mercados específicos.
Macroeconomia ou Teoria macroeconômica: estuda a determinação e o
comportamento dos grandes agregados, como PIB, consumo nacional, investimento
agregado, exportação, nível geral dos preços etc., com o objetivo de delinear uma política
econômica. Por um lado, tem um enfoque conjuntural, isto é, preocupa-se com a resolução
de questões como inflação e desemprego, a curto prazo.

Desenvolvimento Econômico: preocupam-se com a melhoria padrão de vida (bem-


estar) da coletividade ao longo do tempo.

O instrumental básico desenvolvido na micro e na macroeconomia permite analisar


as grandes questões econômicas de nosso tempo, como, por exemplo, os fluxos comerciais
e financeiros entre os países (Economia Internacional), as relações entre capital e trabalho
(Economia do Trabalho), o comportamento dos vários setores de atividade etc.

J. A INTERNACIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA: GLOBALIZAÇÃO PRODUTIVA E FINANCEIRA

Uma característica marcante das últimas décadas é a crescente integração


econômica mundial em diversos aspectos: comercial, produtivo, financeiro.

Deve-se notar que este processo é antigo, tendo sofrido alguns interregnos. No
final do século XIX, por exemplo, já se discutia a questão do imperialismo; após a Segunda
Guerra ganha destaque a questão das multinacionais; nos anos 60 e 70 assiste-se à
emergência e ao crescimento do Euromercado, nos anos 80 o crescimento dos Tigres
Asiáticos. Enfim, é uma sucessão de fatos que mostram a crescente internacionalização da
economia, culminando na chamada globalização.

Vantagens:

O crescimento notável das tecnologias de informação (telecomunicações e


microeletrônica) e a difusão de novas tecnologias criou novos produtos e novas oportunidades
mercantis, e gerou maior eficiência produtiva e maiores condições de competitividade para
aqueles que têm acesso a tais inovações.

A globalização vem certamente contribuindo para uma melhoria do padrão de


vida em escala mundial. Particularmente os chamados “tigres asiáticos” beneficiaram-se
largamente desse processo, passando de países essencialmente agrícolas para exportadores
de bens manufaturados de alta tecnologia (automóveis, computadores, eletrônicos em
geral).

Consequências:

O aumento do desemprego estrutural em muitos países (já que o novo paradigma


tecnológico requer mão-de-obra mais qualificada, marginalizando uma parcela significativa
de trabalhadores), a tendência de desnacionalização do setor produtivo, principalmente
nos países emergentes, além da concentração da produção e mesmo do comércio em
grandes empresas, em sua maioria multinacionais, o que tem levado à tendência de
desnacionalização do setor produtivo, principalmente nos países menos desenvolvidos.

Entende-se por globalização produtiva a produção e a distribuição de valores dentro


de redes em escala mundial, com o acirramento da concorrência entre grandes grupos
multinacionais. Enquanto que, a globalização financeira, tem como característica inovações
financeiras, como a securitização de títulos, proteção contra riscos (hedge), e a proliferação
dos chamados derivativos (mercados futuros, opções e swaps).
Esses fluxos financeiros são afetados por expectativas e políticas cambiais e
monetárias das diferentes economias. Quando as taxas de juros de um país forem
superiores às taxas de juros de outro país, pode-se esperar um fluxo positivo de recursos.

Associados ao alto grau de informatização atual, esses capitais são transferidos de


um dia para o outro para países que apresentem condições financeiras mais atrativas.
Assim, a instabilidade em um dado mercado repercute rapidamente nos outros, o que
hoje em dia é denominado “efeito contágio”. São capitais especulativos de curto prazo,
aplicados em Bolsas de Valores e no mercado financeiro local.

Embora a relativa abundância de capitais financeiros internacionais represente,


principalmente para os países emergentes, um recurso importante para complementar sua
poupança interna e promover o crescimento econômico, a excessiva liberdade desses
capitais tornam esses países extremamente dependentes de alterações da política
econômica dos países desenvolvidos (principalmente dos Estados Unidos), das oscilações das
taxas de juros no mercado internacional e das crises políticas (Oriente Médio). Na verdade, o
ideal é crescimento econômico deveria ser financiado preferencialmente com capitais de
mais longo prazo, associados a investimentos diretos no país: que gera empregos e
contribui para a expansão das possibilidades de crescimento econômico.

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