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01.

A gente não sabemos escolher presidente


A gente não sabemos tomar conta da gente
A gente não sabemos nem escovar os dentes
Tem gringo pensando que nóis é indigente
Inútil... A gente somos inútil. MOREIRA, R. Inútil. 1983 (fragmento).
O fragmento integra a letra de uma canção gravada em momento de intensa mobilização
política. A canção foi censurada por estar associada:
a) ao rock nacional, que sofreu limitações desde o início da ditadura militar.
b) a uma crítica ao regime ditatorial que, mesmo em sua fase final, impedia a escolha popular
do presidente.
c) à falta de conteúdo relevante, pois o Estado buscava, naquele contexto, a conscientização
da sociedade por meio da música.
d) à dominação cultural dos Estados Unidos da América sobre a sociedade brasileira, que o
regime militar pretendia esconder.
e) à alusão à baixa escolaridade e à falta de consciência política do povo brasileiro.

02. O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é
manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais
clemente do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao
assassínio e ao roubo. MAQUIAVEL, N. O Príncipe, São Paulo: Martin Claret, 2009.
No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a Monarquia e a função do
governante. A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na:
a) inércia do julgamento de crimes polêmicos.
b) bondade em relação ao comportamento dos mercenários.
c) compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas.
d) neutralidade diante da condenação dos servos.
e) conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe.

03. A lei não nasce da natureza, junto das fontes frequentadas pelos primeiros pastores: a lei
nasce das batalhas reais, das vitórias, dos massacres, das conquistas que têm sua data e seus
heróis de horror: a lei nasce das cidades incendiadas, das terras devastadas; ela nasce com os
famosos inocentes que agonizam no dia que está amanhecendo.
FOUCAULT. M. Aula de 14 de janeiro de 1976. In. Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins
Fontes. 1999
O filósofo Michel Foucault (séc. X) inova ao pensar a política e a lei em relação ao poder e à
organização social. Com base na reflexão de Foucault, a finalidade das leis na organização das
sociedades modernas é:
a) combater ações violentas na guerra entre as nações.
b) coagir e servir para refrear a agressividade humana.
c) criar limites entre a guerra e a paz praticadas entre os indivíduos de uma mesma nação.
d) estabelecer princípios éticos que regulamentam as ações bélicas entre países inimigos.
e) organizar as relações de poder na sociedade e entre os Estados.

04. A política foi, inicialmente, a arte de impedir as pessoas de se ocuparem do que lhes diz
respeito. Posteriormente, passou a ser a arte de compelir as pessoas a decidirem sobre aquilo
de que nada entendem.
VALÉRY, P. Cadernos. Apud BENEVIDES, M. V. M.
A cidadania ativa. São Paulo: Ática, 1996.
Nessa definição, o autor entende que a história da política está dividida em dois momentos
principais: um primeiro, marcado pelo autoritarismo excludente, e um segundo, caracterizado
por uma democracia incompleta.
Considerando o texto, qual é o elemento comum a esses dois momentos da história política?
a) A distribuição equilibrada do poder.
b) O impedimento da participação popular.
c) O controle das decisões por uma minoria.
d) A valorização das opiniões mais competentes.
e) A sistematização dos processos decisórios.

05. A definição de eleitor foi tema de artigos nas Constituições brasileiras de 1891 e de 1934.
Diz a Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1891:
Art. 70. São eleitores os cidadãos maiores de 21 anos que se alistarem na forma da lei.
A Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1934, por sua vez, estabelece que:
Art. 180. São eleitores os brasileiros de um e de outro sexo, maiores de 18 anos, que se
Alistarem na forma da lei.
Ao se comparar os dois artigos, no que diz respeito ao gênero dos eleitores, depreendem-se
que:
a) a Constituição de 1934 avançou ao reduzir a idade mínima para votar.
b) a Constituição de 1891, ao se referir a cidadãos, referia-se também às mulheres.
c) os textos de ambas as Cartas permitiam que qualquer cidadão fosse eleitor.
d) o texto da carta de 1891 já permitia o voto feminino.
e) a Constituição de 1891 considerava eleitores apenas indivíduos do sexo masculino.

06. TEXTO I - A ação democrática consiste em todos tomarem parte do processo decisório
sobre aquilo que terá consequência na vida de toda coletividade. GALLO, S. et al. Ética e
Cidadania. Caminhos da Filosofia. Campinas: Papirus, 1997 (adaptado).
TEXTO II - É necessário que haja liberdade de expressão, fiscalização sobre órgãos
governamentais e acesso por parte da população às informações trazidas a público pela
imprensa. Disponível em: http://www.observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 24 abr.
2010.
Partindo da perspectiva de democracia apresentada no Texto I, os meios de comunicação, de
acordo com o Texto II, assumem um papel relevante na sociedade por:
a) orientarem os cidadãos na compra dos bens necessários à sua sobrevivência e bem-estar.
b) fornecerem informações que fomentam o debate político na esfera pública.
c) apresentarem aos cidadãos a versão oficial dos fatos.
d) propiciarem o entretenimento, aspecto relevante para conscientização política.
e) promoverem a unidade cultural, por meio das transmissões esportivas.

07. Na democracia estadunidense, os cidadãos são incluídos na sociedade pelo exercício pleno
dos direitos políticos e também pela ideia geral de direito de propriedade. Compete ao
governo garantir que esse direito não seja violado. Como consequência, mesmo aqueles que
possuem uma pequena propriedade sentem-se cidadãos de pleno direito. Na tradição política
dos EUA, uma forma de incluir socialmente os cidadãos é:
a) submeter o indivíduo à proteção do governo.
b) hierarquizar os indivíduos segundo suas posses.
c) estimular a formação de propriedades comunais.
d) vincular democracia e possibilidades econômicas individuais.
e) defender a obrigação de que todos os indivíduos tenham propriedades.

13. Na década de 30 do século XIX, Tocqueville escreveu as seguintes linhas a respeito da


moralidade nos EUA: “A opinião pública norte-americana é particularmente dura com a falta
de moral, pois esta desvia a atenção frente à busca do bem-estar e prejudica a harmonia
doméstica, que é tão essencial ao sucesso dos negócios. Nesse sentido, pode-se dizer que ser
casto é uma questão de honra”. TOCQUEVILLE, A. Democracy in America. Chicago:
Encyclopædia Britannica, Inc., Great Books 44, 1990 (adaptado).
Do trecho, infere-se que, para Tocqueville, os norte-americanos do seu tempo:
a) buscavam o êxito, descurando as virtudes cívicas.
b) tinham na vida moral uma garantia de enriquecimento rápido.
c) valorizavam um conceito de honra dissociado do comportamento ético.
d) relacionavam a conduta moral dos indivíduos com o progresso econômico.
e) acreditavam que o comportamento casto perturbava a harmonia doméstica.

14. TEXTO I – O que vemos no país é uma espécie de espraiamento e a manifestação da


agressividade através da violência. Isso se desdobra de maneira evidente na criminalidade, que
está presente em todos os redutos — seja nas áreas abandonadas pelo poder público, seja na
política ou no futebol. O brasileiro não é mais violento do que outros povos, mas a fragilidade
do exercício e do reconhecimento da cidadania e a ausência do Estado em vários territórios do
país se impõem como um caldo de cultura no qual a agressividade e a violência fincam suas
raízes.
Entrevista com Joel Birman. A Corrupção é um crime sem rosto. IstoÉ. Edição 2099; 3 fev. 2010
TEXTO II – Nenhuma sociedade pode sobreviver sem canalizar as pulsões e emoções do
indivíduo, sem um controle muito específico de seu comportamento. Nenhum controle desse
tipo é possível sem que as pessoas anteponham limitações umas às outras, e todas as
limitações são convertidas, na pessoa a quem são impostas, em medo de um ou outro tipo.
ELIAS, N. O Processo Civilizador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.
Considerando-se a dinâmica do processo civilizador, tal como descrito no Texto II, o
argumento do Texto I acerca da violência e agressividade na sociedade brasileira expressa a:
a) incompatibilidade entre os modos democráticos de convívio social e a presença de aparatos
de controle policial.
b) manutenção de práticas repressivas herdadas dos períodos ditatoriais sob a forma de leis e
atos administrativos.
c) inabilidade das forças militares em conter a violência decorrente das ondas migratórias nas
grandes cidades brasileiras.
d) dificuldade histórica da sociedade brasileira em institucionalizar formas de controle social
compatíveis com valores democráticos.
e) incapacidade das instituições político-legislativas em formular mecanismos de controle
social específicos à realidade social brasileira.
1. (Unesp 2016) Sob o ponto de vista individual, a corrupção pode ser vista
como uma escolha racional, baseada em uma ponderação dos custos e dos
benefícios dos comportamentos honesto e corrupto. No tocante às empresas,
punir apenas as pessoas, ignorando as entidades, implica adotar, nesse
âmbito, a teoria da maçã podre, como se a corrupção fosse um vício dos
indivíduos que as praticaram no seio empresarial. O que constatamos é bem
diferente disso. A corrupção era, para as empresas envolvidas na operação
Lava Jato, um modelo de negócio que majorava o lucro em benefício de todos.
(Entrevista com Deltan Martinazzo Dallagnol [procurador público].O Estado de S.Paulo, 18.03.2015. Adaptado.)

A corrupção é abordada no texto como um problema que pode ser explicado


sob um ponto de vista
a) ético, devido ao comportamento irracionalista que é assumido pelos indivíduos.
b) moral, pois o fenômeno é abordado como resultado de comportamentos
desregrados.
c) pragmático, pois é considerada, sobretudo, a avaliação dos efeitos práticos das
ações.
d) jurídico, pois é necessária uma legislação mais rigorosa para coibir o fenômeno
e) materialista, pois suas causas relacionam-se com a estrutura do sistema
capitalista.

2. (Udesc 2015) Visualize com atenção a imagem do chargista Latuff, e analise as


proposições.

I. A igualdade de forças entre os dois personagens da imagem está bem demarcada


pela enxada na mão da mulher e a arma de fogo apontada pelo jagunço.
II. A presença da balança na mão do atirador representa de que lado a justiça pende
diante dos confrontos entre latifundiários e movimentos sociais de luta pela terra.
III. A presença feminina, na charge, faz jus à histórica participação das mulheres nos
movimentos sociais de ocupação pela terra.
IV. A justiça está representada com uma venda no olho, indicando sua imparcialidade
diante dos problemas de disputas de terra no Brasil; ela atua sempre do lado da
legalidade, nesse caso, a favor da concentração de riqueza e de propriedade nas
mãos de uns poucos.
V. O chapéu representando o latifúndio simboliza os movimentos sociais que incluíram
a questão da terra como pauta de luta.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
b) Todas as afirmativas são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas II, III e V são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas I, II e V são verdadeiras.

3. (Uem 2014) “O Brasil tem uma trajetória singular no enfrentamento do


legado de violações de direitos humanos nos governos militares entre 1964 e
1985. Apenas agora, 27 anos após o retorno do poder aos civis, está sendo
criada a Comissão Nacional da Verdade, que nos próximos dois anos colherá
depoimentos de vítimas da repressão política e de agentes do Estado acusados
de crimes e, ao cabo do trabalho, publicará um relatório narrando
oficialmente as circunstâncias das violações e propondo ações para que não
voltem a acontecer. A experiência brasileira é singular sob duas perspectivas.
De um lado, trata-se da mais tardia das comissões criadas por cerca de 40
países nas últimas décadas para apurar crimes praticados durante ditaduras.
De outro, o Brasil é um exemplo incomum de país que tomou diversas
iniciativas para reparar crimes, como as indenizações a famílias de mortos
pela ditadura e a perseguição dos políticos, mas deixou a apuração dos fatos
para mais tarde”
(MARQUES, F. O parto da memória. Pesquisa Fapesp, n.º 196, junho de 2012, p. 67).

A partir do texto citado e dos conhecimentos sobre o assunto, assinale o que


for correto.
01) A Comissão da Verdade foi estabelecida sobre o princípio de que a memória sobre o
período da Ditadura Militar (1964-1984) deve ser revisitada para o esclarecimento
de muitos conflitos sociais, ideológicos e políticos relacionados ao nosso passado
recente.
02) O Brasil foi o único país no mundo a constituir uma comissão para avaliar crimes
cometidos durante um período de ditadura.
04) A Comissão da Verdade é uma iniciativa do Estado brasileiro, pautada em demandas
civis e políticas de setores da população, partidos e movimentos organizados.
08) Sempre que uma ditadura é derrubada, o novo governo adota medidas para apurar
os crimes cometidos durante aquele período.
16) O julgamento dos nazistas no Tribunal de Nüremberg, a Comissão da Verdade, a
Reconciliação da África do Sul e a investigação dos crimes cometidos durante o
governo do presidente Augusto Pinochet no Chile, apesar de distintos da iniciativa
brasileira, são expressões dos esforços de setores da sociedade, do Estado e de
organismos internacionais em favor do aprimoramento dos elos sociais e das
instituições democráticas.

4. (Uel 2011) Observe a charge.


A charge remete à prática política recorrente no Brasil, a qual vem sendo
combatida pelo Supremo Tribunal Federal.
A prática central assinalada na charge é definida como:
a) Clientelismo, uma vez que remete ao voto de cabresto do candidato em relação ao
eleitor.
b) Fisiologismo, isto é, a mudança de partido realizada pelo candidato, a cada eleição.
c) Populismo, resultante da presença, na cena pública, de líder carismático e
conservador.
d) Nepotismo, por tratar do uso da máquina pública para empregar parentes.
e) Solidarismo, por reforçar a necessidade de todos se ajudarem em defesa da
cidadania plena.

5. (Unesp 2012) O psicólogo Drew Westen mostrou que, na política, emoções


falam mais alto que a lógica. Ele monitorou os cérebros de militantes
partidários enquanto viam seus candidatos favoritos caindo em contradição.
Como previsto, eles não tiveram dificuldade para perceber a incongruência do
“inimigo”, mas foram bem menos críticos em relação ao “aliado”. Segundo
Westen, quando confrontados com informações ameaçadoras às nossas
convicções políticas, redes de neurônios associadas ao estresse são ativadas.
O cérebro percebe o conflito e tenta desligar a emoção negativa. Circuitos
encarregados de regular emoções recrutam, então, crenças capazes de
eliminar o estresse. A contradição é apenas fracamente percebida.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 07.02.2012.)

A tese exposta no texto expõe uma dificuldade em compreender a contradição


entre convicções pessoais e fatos objetivos. De acordo com o texto, essa
contradição está relacionada
a) à capacidade da razão de prevalecer sobre interferências de natureza emocional.
b) às fortes tendências de manipulação do noticiário político pelos meios de
comunicação.
c) a estados patológicos que dificultam a tarefa de compreensão racional da realidade.
d) a mecanismos neurológicos de proteção contra ideias e emoções ameaçadoras.
e) à defasagem entre valores éticos e interesses pessoais no campo político e
partidário.

6. (Unisc 2012) Em 2006, o IBOPE divulgou uma pesquisa acerca da opinião do


eleitor brasileiro sobre corrupção e ética, com o objetivo de tentar entender
se os problemas éticos enfrentados pela sociedade brasileira estão
concentrados nos “políticos” ou se há uma cultura na sociedade que avaliza a
corrupção. Foram apresentados aos pesquisados 13 atos de corrupção,
incluindo: dar uma “gorjeta” para se livrar de uma multa, sonegar impostos,
receber benefícios do governo sabendo que não tem direito a eles, adquirir
documentos falsos para obter algum tipo de vantagem, pedir mais de um
recibo por um mesmo procedimento médico para obter mais reembolso do
plano de saúde, comprar produtos que copiam os originais de marcas famosas,
sabendo que são piratas ou falsificados, fazer ligação clandestina ou “gato” de
TV a cabo do vizinho, entre outros. Os resultados mostraram que 69% dos
eleitores brasileiros já transgrediram alguma lei ou descumpriram alguma
regra contratual de forma consciente e intencional, para adquirir ganhos
materiais, sendo que 75% afirmaram que cometeriam algum dos 13 atos de
corrupção avaliados pelo estudo se tivessem oportunidade.
Fonte: http://reinehr.org/sociedade/saude-dasociedade/corrupcao-na-politica-eleitor-vitima-ou-cumplice

Indique a alternativa que está amparada no texto acima.


a) São as oportunidades proporcionadas pelos cargos públicos que levam o político a
se corromper.
b) Os políticos são os responsáveis pela corrupção ao estimular a sonegação de
impostos.
c) A concordância de muitos cidadãos com atos de corrupção dificulta o combate à
corrupção política.
d) As pessoas corruptas já nascem corruptas.
e) Os políticos corruptos já nascem corruptos.

7. (Uema 2012) A questão da corrupção está em evidência e aumenta o


desencanto com a política. Considerada como um dos maiores males da
democracia, suas consequências são nefastas. Shakespeare, em “Medida por
medida”, destacou essa problemática, conforme o fragmento abaixo: Uma
coisa é ser tentado e outra coisa é cair em tentação. Não posso negar que não
se encontre num júri, examinando a vida de um prisioneiro, um ou dois
ladrões, entre os jurados, mais culpados do que o próprio homem que estão
julgando. A Justiça só se apodera daquilo que descobre. Que importa as leis
que ladrões condenem ladrões?
SHAKESPEARE, W. Comédias e sonetos. São Paulo: Círculo do Livro, 1994.

Assinale a alternativa que expressa o sentido da corrupção política.


a) Uso do poder público para proveito, promoção ou prestígio particular, ou em
benefício de um grupo ou classe, constituindo violação da lei ou de padrões de
elevada conduta moral.
b) Utilização da violência nua para impor autoridade e auferir benefícios particulares.
As vantagens obtidas se apoiam no poder dos dominantes e no uso da
arbitrariedade.
c) Fenômeno político baseado na capacidade simbólica de exercer ascendência sobre
os outros, utilizando expressivamente a coação.
d) Fenômeno que coloca todos em nível de igualdade – vendedores e compradores –
com a finalidade de promover a troca de bens serve de elemento regulador das
relações entre os indivíduos.
e) Fenômeno político que induz a um benefício ou direito desfrutado por indivíduos,
partilhado pela generalidade das pessoas.

8. (Unesp 2012) A convite da Confederação Nacional de Seguros, instituição


privada, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), do STJ (Superior
Tribunal de Justiça) e do TST (Tribunal Superior do Trabalho) participaram
de seminário em hotel de luxo no Guarujá (SP), no início de outubro. O evento,
que aconteceu num hotel cinco estrelas, começou numa quinta-feira e
prolongou-se até domingo. No período, as diárias variavam de R$ 688,00 a R$
8.668,00. Além dos ministros, desembargadores e juízes de tribunais
estaduais participaram do seminário. Foram discutidos assuntos de interesse
dos anfitriões, como o julgamento de processos sobre previdência
complementar e a boa-fé nos contratos de seguros.
(Folha de S.Paulo, 14.11.2011. Adaptado.)

A relevância jornalística do fato retratado pode ser relacionada a questões


a) técnicas, associadas aos processos jurídicos em questão.
b) éticas, associadas ao comprometimento da neutralidade jurídica.
c) políticas, que envolvem a escolha da cidade do Guarujá.
d) econômicas, derivadas da diferença de preço entre as diárias.
e) burocráticas, na relação entre o estado e o capital privado.

9. (Unisc 2012) No fragmento de texto abaixo, um importante jornalista da


atualidade no Brasil, Luis Nassif, comenta, em seu blog, a relação entre dois
fenômenos importantes que explicam, em muito, as situações que resultam
em atraso do desenvolvimento brasileiro e controle político por parte das
elites nacionais. Para fins de interpretação, resta comentar que o autor tece,
na passagem, uma crítica direta a um meio de comunicação presente em
muitos dos estados brasileiros. Vejamos:

“No discurso, seus analistas ignoram completamente as limitações do


federalismo brasileiro, a política de alianças – que garante a governabilidade –
, a necessidade de pragmatismo político. Dividem o Brasil entre o supostamente
país moderno (dos quais ELES são porta-vozes) e o Brasil anacrônico, dos
Sarneys e companhia. Aliás, é um contraponto salutar, para reduzir o poder de
influência dos coronéis .... De onde emana o poder político dos coronéis
regionais? Em grande parte, do controle da mídia local. E esse poder deriva
fundamentalmente da política de alianças com as redes nacionais de rádio e
TV.”
Fonte: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif acessado em 29/09/2011.

A crítica do jornalista se contextualiza em dois fenômenos importantes para


compreender a situação de poder no Brasil e no mundo de hoje. É importante
ressaltar que esse poder deriva da aproximação e da aliança direta entre
grupos que estão no centro desses dois fenômenos, que são, segundo o
fragmento de texto apresentado,
a) a força dos políticos e o controle da imprensa.
b) o poder político dos “coronéis” e dos órgãos de comunicação.
c) o controle das verbas públicas e a propaganda política.
d) o poder do discurso e das alianças entre os políticos.
e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.

10. (Uenp 2011) “Costumava-se dizer que "as câmaras não mentem". De fato,
um dos motivos do entusiasmo pela fotografia na época de sua invenção foi
exatamente a sua objetividade. No século 19 a fotografia era considerada o
produto do "lápis da natureza", pois os próprios objetos deixam traços na
chapa fotográfica quando ela é exposta à luz, sem outras intervenções da parte
do fotógrafo. Desde aquela época, a objetividade da fotografia tem sido muito
criticada. Lewis Hine, um norte-americano famoso por sua "fotografia social"
de trabalhadores imigrantes e cortiços, disse que, "embora as fotografias não
possam mentir, os mentirosos podem fotografar".”
Peter Burke in Como confiar em fotografias.

I. Um caso famoso de manipulação de imagens é um filme feito pelos socialistas alemães


que “mostra” o kaiser Guilherme conversando com Krupp, o maior fabricante de
armas da época, para demonstrar a ligação entre o capitalismo e o militarismo
alemão na época da Primeira Guerra Mundial.
II. O retrato de determinado fato pode estimular posições político-ideológicas distintas.
Por exemplo, convencer o público a ver determinada guerra como gloriosa,
enfatizando a coragem e as vitórias; ou terrível, mostrando crianças vietnamitas
nuas fugindo de um ataque de napalm.
III. É possível haver interferência nas cenas sociais que se desejam registrar,
arranjando-as para que pareçam mais autênticas.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões):


a) Nenhuma.
b) Todas.
c) Apenas a I.
d) Apenas a II.
e) Apenas a III.

11. (Uel 2009) Observe a charge a seguir.


De acordo com a charge:
a) Populações menos desenvolvidas intelectual e culturalmente são mais felizes
quando dominadas por aqueles com maior poderio militar.
b) Indivíduos de países socialmente atrasados temem a ingerência estrangeira em seus
territórios por não compreenderem o seu caráter civilizador e humanitário.
c) Os novos mecanismos de dominação de um país sobre o outro combinam violência
com consentimento, pelo uso, também, de diversos instrumentos ideológicos.
d) As intervenções militares representam o melhor caminho para a garantia da
liberdade de pensamento e o princípio de autodeterminação dos povos.
e) É inviável, no mundo moderno, a implantação de regimes democráticos sem o uso
da força bruta, praticada, em geral, com moderação, por parte da nação que se
apossa de determinado território.

12. (Uel 2011) Neste trabalho de Aguillar, em meio a rostos sem face, temos
todo um time que se identifica, tão somente, pela camisa da seleção. Não
sabemos, entretanto, quem “veste a camisa” brasileira naquele momento da
realidade do País.
(Adaptado de: <http://www.universia.com.br/cultura+/materia.jsp?materia=11244>. Acesso em 18 maio 2010.)

Antes mesmo do início das obras de reforma ou construção de novos estádios


para a Copa de 2014, já ganhou evidência na mídia o questionamento ético
acerca da correta destinação dos recursos públicos e privados para esse fim.
Sobre a relação entre ética e corrupção, considere as afirmativas a seguir.

I. O compromisso ético transcende a esfera estatal e atinge também as empresas


privadas envolvidas em licitações públicas.
II. As empresas privadas que atuam de acordo com a legalidade no mercado, em busca
do lucro, estão isentas de compromisso ético.
III. A lógica da corrupção está assentada na sobreposição dos interesses privados aos
interesses públicos.
IV. Política, economia e ética são esferas com atuação diferenciada e que estabelecem
correlações entre si.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas II e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.

13. (Uel 2009) De acordo com alguns analistas políticos, o populismo


ressurgiu na América Latina, nos anos 2000, com as eleições de Hugo Chaves,
na Venezuela, e Evo Morales, na Bolívia. O mesmo tipo de argumento foi
utilizado por ocasião da realização do segundo turno das eleições para
Prefeito em Londrina. Segundo o jornalista: “Londrina reelege [um prefeito]
pela quarta vez, após uma depuração surpreendente na Câmara Municipal em
aberta simetria com a pressão da sociedade, o que apresenta um contraponto,
mas não é. Populistas viscerais têm uma resistência surpreendente”.
(Folha de Londrina, 28 out. 2008, p. 4.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema populismo, assinale a


alternativa correta.
a) O discurso populista se apoia, efetivamente, em uma elaboração teórica orgânica e
sistemática, direcionado às elites locais, que formam sua base de existência.
b) É fundamental para a prática populista clássica resgatar a compreensão, no eleitor,
de que a sociedade está dividida em classes sociais e, portanto, o conflito entre elas
inevitável.
c) O populismo é a forma mais avançada de realização da política partidária, uma vez
que mobiliza as massas, infundindo-lhes clareza de consciência sobre o que é o
fundo público.
d) Diferentemente das práticas nazistas e fascistas, o populismo encontra no povo um
elemento real para a efetivação do combate contra os interesses defendidos pelas
elites locais.
e) Dois princípios fundamentais das práticas populistas são a ideia de supremacia da
vontade do povo e a existência de uma relação direta entre este e o líder.

14. (Fgvrj 2013) A fria letra da lei tem sentido para o mundo racional das
instituições do Estado, mas não necessariamente para o cidadão que seria por
ela beneficiado. A começar pelo fato de que o Estado brasileiro, por várias
razões, não é um Estado onipresente. O fiscal ocasional das relações de
trabalho será substituído na sequência da fiscalização pelo arbítrio do
fazendeiro e até pela força de seus pistoleiros e jagunços. Na crua realidade
cotidiana de trabalhadores que vivem no limiar da civilização, a vida é
organizada segundo os preceitos do poder pessoal e da violência costumeira.
Há alguns anos, houve o caso de um desses trabalhadores, no Mato Grosso,
que, fugindo da fazenda de seu cativeiro, teve que caminhar 400 km por
dentro da mata até achar uma pequena cidade onde, no fim das contas, não
havia nenhum representante da Justiça do Trabalho. Acabou empurrado de
um lado para outro na busca do abrigo da lei que, afinal, não encontrou.
José de Sousa Martins, O direito ao não direito. Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,direito-ao-
nao-direito,911448,0.htm

Assinale a alternativa que interpreta corretamente os argumentos do texto.


a) As iniciativas governamentais de combate ao trabalho em condições degradantes
são destinadas ao fracasso, já que o Estado não é capaz de fiscalizar as relações de
trabalho.
b) Não basta apenas promulgar leis que ampliem os direitos dos trabalhadores; é
preciso que o Estado garanta as condições para que essas leis sejam cumpridas.
c) A recusa dos direitos sociais inscritos na lei é comum em sociedades arcaicas, nas
quais o povo não é afetado pelas condições degradantes de trabalho.
d) No Brasil contemporâneo, as instituições do Estado se impõem sobre as relações
tradicionais baseadas no poder pessoal.
e) Em sociedades modernas, tais como a brasileira, o Estado não deve intervir para
assegurar o cumprimento dos direitos sociais da população.

15. (Unimontes 2012)

“Ame-o ou deixe-o. Nós amamos”.


Anúncio da petroleira Texaco em comemoração ao Dia da Pátria de 1970, com o
lema do governo militar.
Disponível em: http://blogs.estadao. com.br/reclames-do-estadao/2010/09/07/ ame-o-ou-deixe-o/> Acesso em: agosto de
2011.

No início dos anos 70, no Brasil, quando estava havendo uma intensa
repressão a movimentos sociais, partidos e grupos políticos, armados ou não,
o governo Médici, utilizando-se da campanha vitoriosa do tricampeonato de
futebol e de uma política econômica momentaneamente favorável, conseguiu,
durante algum tempo, manter a imagem de que o país era uma maravilha, que
a maioria da população pensava a mesma coisa (“noventa milhões em ação”),
incutindo a ideia de que aqueles que não estivessem contentes deveriam ir
embora do país.
(“Brasil – ame-o ou deixe-o”). (TOMAZI, Nelson D. Sociologia da Educação. São Paulo: Cortez, 1997. Adaptado.)

Considerando o texto e seus conhecimentos sobre as relações Estado,


sociedade e democracia no Brasil, julgue as afirmativas a seguir:
I. Por meio de uma intensa propaganda ideológica, foi possível, por algum tempo,
manter os brasileiros em geral convencidos de que viviam num país excepcional e
que grande parte da população vivia bem.
II. Nas escolas, foram introduzidas disciplinas cujos conteúdos procuraram inculcar
determinados conteúdos, valores e normas que visavam disciplinar e despolitizar o
estudante, impossibilitando-o de ter uma visão crítica da realidade em que vivia.
III. A classe política dirigente nessa época propunha, no discurso e nas ideias, um
empenho de toda a sociedade em direção à modernização do país, ao mesmo tempo
em que se esforçava para a despolitização e desmobilização da sociedade.
IV. O lema da ditadura militar, "Brasil: ame-o ou deixe-o", propunha que qualquer um
que criticasse o governo militar deveria sair ou ser retirado do país. Esse slogan
ajudou a justificar prisões ilegais, torturas e extradições.

Estão corretas as afirmativas


a) I, II e III, apenas.
b) I, III e IV, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) I, II, III e IV.

UNESP 2012

Cada cultura tem suas virtudes, seus vícios, seus conhecimentos, seus modos de vida, seus
erros, suas ilusões. Na nossa atual era planetária, o mais importante é cada nação aspirar a
integrar aquilo que as outras têm de melhor, e a buscar a simbiose do melhor de todas as
culturas. A França deve ser considerada em sua história não somente segundo os ideais de
Liberdade-Igualdade-Fraternidade promulgados por sua Revolução, mas também segundo o
comportamento de uma potência que, como seus vizinhos europeus, praticou durante séculos
a escravidão em massa, e em sua colonização oprimiu povos e negou suas aspirações à
emancipação. Há uma barbárie europeia cuja cultura produziu o colonialismo e os
totalitarismos fascistas, nazistas, comunistas. Devemos considerar uma cultura não somente
segundo seus nobres ideais, mas também segundo sua maneira de camuflar sua barbárie sob
esses ideais.
(Edgard Morin. Le Monde, 08.02.2012. Adaptado.)
No texto citado, o pensador contemporâneo Edgard Morin desenvolve

a.reflexões elogiosas acerca das consequências do etnocentrismo ocidental sobre outras


culturas.
b.um ponto de vista idealista sobre a expansão dos ideais da Revolução Francesa na história.
c.argumentos que defendem o isolamento como forma de proteção dos valores culturais.
d.uma reflexão crítica acerca do contato entre a cultura ocidental e outras culturas na história.
e.uma defesa do caráter absoluto dos valores culturais da Revolução Francesa.

ENEM 2014

Compreende-se assim o alcance de uma reivindicação que surge desde o nascimento da cidade
na Grécia antiga: a redação das leis. Ao escrevê-las, não se faz mais que assegurar-lhes
permanência e fixidez. As leis tornam-se bem comum, regra geral, suscetível de ser aplicada a
todos da mesma maneira.
VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1992
(adaptado).
Para o autor, a reivindicação atendida na Grécia antiga, ainda vigente no mundo
contemporâneo, buscava garantir o seguinte princípio:
a.Isonomia – igualdade de tratamento aos cidadãos.
b.Transparência – acesso às informações governamentais.
c.Tripartição – separação entre os poderes políticos estatais.
d.Equiparação – igualdade de gênero na participação política.
e.Elegibilidade – permissão para candidatura aos cargos públicos.

UNIOESTE 2013

Segundo a filosofia política clássica, mesmo considerando a diversidade de concepções de


contrato partilhada por seus principais representantes (Hobbes, Locke e Rousseau), a
constituição do estado civil ou sociedade política marcaria uma ruptura profunda no
ordenamento da sociedade humana. Com base na ideia de contrato defendida por estes
autores, é correto afirmar que a constituição do estado civil ou sociedade política
representaria
a.a superação do estado de natureza.
b.a redenção teológica da humanidade.
c.um retorno à idílica Idade de Ouro da história humana.
d.uma regressão da vida em sociedade ao estado de selvageria.
e.a superação da exploração do homem pelo homem e o fim da propriedade privada dos
meios de produção.

UNICENTRO 2011

O termo política vem do grego polítikós, adjetivo derivado da palavra polis, que se relaciona a
tudo referente à vida na cidade-estado grega. Segundo o sociólogo Norberto Bobbio, hoje o
termo indica toda atividade relacionada com o que é urbano, civil, público e até mesmo social.
Sobre o conceito de política, é correto afirmar:
a.Seu objeto de análise é o Estado, no que se refere às discussões sobre o voto, a participação
na vida de um partido e a busca de uma clientela eleitoral.
b.O terrorismo, o aquecimento global, a melhoria da qualidade de vida dos idosos e das
crianças não configuram participação política.
c.O poder político só pode ser exercido nas relações estatais, jamais em associações, como a
Igreja, que não têm função política.
d.A política é uma ciência prática e, enquanto práxis humana, está intimamente relacionada à
tomada de decisões.
e.O poder, objeto de estudo da política, pode apenas ser estudado onde se materializa, nas
relações estatais.

UEL 2005

Em O Príncipe, Maquiavel (1469-1527) formulou ideias e conceitos que firmaram a sua


reputação de o fundador da Ciência Política moderna. Dentre elas, pode-se citar os aspectos
relacionados às ações políticas dos governantes e à dominação das massas. Para ele, a política
deveria ser compreendida pelo governante como uma esfera independente dos pressupostos
religiosos que até então a impregnavam. Ao propor a autonomia da política (esfera da vida
pública e da ação dos dirigentes políticos) sobre a ética (esfera da vida privada e da conduta
moral dos indivíduos), é legítimo afirmar que Maquiavel não deixou, entretanto, de
reconhecer e valorizar a religião como uma importante dimensão da vida em sociedade.
Segundo Maquiavel, a religião dos súditos deveria ser objeto de análise atenta por parte do
governante. Sobre a relação entre política e religião, de acordo com Maquiavel, é correto
afirmar:
a.A religião deve ser cultivada pelo governante para garantir que ele seja mais amado do que
temido.
b.Por se constituírem em personagens importantes na vida política de uma comunidade, os
líderes religiosos devem formular as ações a serem executadas pelos príncipes.
c.O sentimento religioso dos súditos é um valor moral e, portanto, deverá ser combatido pelo
príncipe, uma vez que conduz ao fanatismo e prejudica a estabilidade do Estado.
d.A religião dos súditos é sempre um instrumento útil nas mãos do Príncipe, o qual deve
aparentar ser virtuoso em matéria religiosa.
e.O dirigente político deve se esforçar para tornar-se, também, o dirigente religioso de seu
povo, rompendo, assim, com o preceito do Estado laico.

UNICAMP 2015

A igualdade, a universalidade e o caráter natural dos direitos humanos ganharam uma


expressão política direta pela primeira vez na Declaração da Independência americana de 1776
e na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789. Embora se referisse aos
“antigos direitos e liberdades” estabelecidos pela lei inglesa e derivados da história inglesa, a
Bill of Rights inglesa de 1689 não declarava a igualdade, a universalidade ou o caráter natural
dos direitos. Os direitos são humanos não apenas por se oporem a direitos divinos ou de
animais, mas por serem os direitos de humanos em relação uns aos outros.
HUNT, Lynn. A invenção dos direitos humanos: uma história. São Paulo: Companhia das Letras,
2009, p. 19. (Adaptado)
Assinale a alternativa correta.

a.A prática jurídica da igualdade foi expressa na Declaração de Independência dos EUA e
assegurada nos países independentes do continente americano após 1776.
b.A lei inglesa, ao referir-se aos antigos direitos, preservava a hierarquia, os privilégios
exclusivos da nobreza sobre a propriedade e os castigos corporais como procedimento
jurídico.
c.No contexto da Revolução Francesa, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
significou o fim do Antigo Regime, ainda que tenham sido mantidos os direitos tradicionais da
nobreza.
d.Os direitos do homem, por serem direitos dos humanos em relação uns aos outros,
significam que não pode haver privilégios, nem direitos divinos, mas devem prevalecer os
princípios da igualdade e universalidade dos direitos entre os humanos.

UEL 2007

O trecho abaixo, de autoria de Victor Nunes Leal, encontra-se no clássico Coronelismo, Enxada
e Voto, publicado em 1949.
“E assim nos parece este aspecto importantíssimo do ‘coronelismo’, que é o sistema de
reciprocidade: de um lado, os chefes municipais e os ‘ coronéis’, que conduzem magotes de
eleitores como quem toca tropa de burros; de outro, a situação política dominante no Estado,
que dispõe do erário, dos empregos, dos favores e da força policial, que possui, em suma, o
cofre das graças e o poder da desgraça. É claro, portanto, que os dois aspectos – o prestígio
próprio dos ‘coronéis’ e o prestígio de empréstimo que o poder público lhes outorga – são
mutuamente dependentes e funcionam ao mesmo tempo como determinantes e
determinados. Sem a licença do ‘coronel’ – firmada na estrutura agrária do país –, o governo
não se sentiria obrigado a um tratamento de reciprocidade, e sem essa reciprocidade a
liderança do ‘coronel’ ficaria sensivelmente diminuída”.
Fonte: LEAL, V. N., Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Omega, 1986, 5ª ed., p. 43.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a situação social e política do país, no período
em questão, assinale a alternativa correta a respeito das eleições e do sistema representativo
no Brasil:

a.A troca de favores entre chefes locais e poder público é algo completamente superado pela
democracia que se instaurou no Brasil nos últimos 20 anos.
b.Independentemente da estrutura social e política, a prática da troca de favores entre chefes
locais e poder público continua sendo o mecanismo primordial de relacionamento político no
Brasil.
c.A troca de favores entre chefes políticos locais e poder público ocorria graças aos “votos de
cabresto”.
d.A troca de favores entre chefes políticos locais e poder público só acontecia porque os
cidadãos lutavam por seus direitos.
e.A troca de favores entre os chefes políticos e o poder público foi a maneira encontrada por
ambos para defender os interesses públicos e republicanos.

ENEM 2011

TEXTO I
A ação democrática consiste em todos tomarem parte do processo decisório sobre aquilo que
terá consequência na vida de toda coletividade.
GALLO, S. et al. Ética e Cidadania. Caminhos da Filosofia. Campinas: Papirus, 1997 (adaptado).

TEXTO II

É necessário que haja liberdade de expressão, fiscalização sobre órgãos governamentais e


acesso por parte da população às informações trazidas a público pela imprensa.
Disponível em: http://www.observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 24 abr. 2010.

Partindo da perspectiva de democracia apresentada no Texto I, os meios de comunicação, de


acordo com o Texto II, assumem um papel relevante na sociedade por

a.orientarem os cidadãos na compra dos bens necessários à sua sobrevivência e bem-estar.


b.fornecerem informações que fomentam o debate político na esfera pública.
c.apresentarem aos cidadãos a versão oficial dos fatos.
d.propiciarem o entretenimento, aspecto relevante para conscientização política.
e.promoverem a unidade cultural, por meio das transmissões esportivas.

UENP 2011

Amy Gutmann e Dennis Thompson em texto intitulado “Why Deliberative Democracy?”


conceituam democracia deliberativa como: “uma forma de governo na qual cidadãos livres e
iguais (e seus representantes) justificam suas decisões, em um processo no qual apresentam
uns aos outros motivos que são mutuamente aceitos e geralmente acessíveis, com o objetivo
de atingir conclusões que vinculem no presente todos os cidadãos, mas que possibilitam uma
discussão futura.”
GUTMANN, Amy; THOMPSON, Dennis. O que significa democracia deliberativa. Revista
Brasileira de Estudos Constitucionais – RBEC. Belo Horizonte: Editora Fórum. jan./mar. 2007, v.
1., p. 23
Sobre o conceito de democracia, analise as afirmativas.
I. A democracia é a forma de organização do estado que assegura maior participação formal
dos cidadãos por meio da possibilidade periódica de aprovação ou reprovação dos governos.
II. A democracia assegura a possibilidade de expressão do pensamento sem quaisquer limites.
III. Governos democráticos não são pautados por regras e submetem todas as suas ações à
deliberação pública.

Está(ão) incorreta(s) a(s) afirmação(ões):

a.apenas I.
b.apenas I e II.
c.apenas I e III.
d.apenas II e III.
e.todas.

ENEM 2013

Tenho 44 anos e presenciei uma transformação impressionante na condição de homens e


mulheres gays nos Estados Unidos. Quando nasci, relações homossexuais eram ilegais em
todos os Estados Unidos, menos Illinois. Gays e lésbicas não podiam trabalhar no governo
federal. Não havia nenhum político abertamente gay. Alguns homossexuais não assumidos
ocupavam posições de poder, mas a tendência era eles tornarem as coisas ainda piores para
seus semelhantes.
ROSS, A. “Na máquina do tempo”. Época, ed. 766, 28 jan. 2013.
A dimensão política da transformação sugerida no texto teve como condição necessária a

a.ampliação da noção de cidadania.


b.reformulação de concepções religiosas.
c.manutenção de ideologias conservadoras.
d.implantação de cotas nas listas partidárias.
e.alteração da composição étnica da população.

UEL 2005

Em sua obra Leviatã, o filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679) descreveu uma sociedade
marcada pela ausência de uma liderança que se mostrasse capaz de reunir os indivíduos sob
um comando soberano. Hobbes constatou a falência do Estado monárquico absolutista e
reconheceu que da anarquia da guerra civil deveria se erguer uma sociedade de normas,
regida por leis comuns, e sob a liderança de uma autoridade soberana que não conheceria
limites para o exercício de seu poder. A vantagem evidente da passagem do estado de
natureza ao estado civil, segundo Thomas Hobbes, estava no fato de que a nova ordem
pública, a ser instituída por meio de um contrato social (entre todos os indivíduos) e por um
pacto político (entre os indivíduos e o governante), levaria à completa superação de aspectos
peculiares à vida precária no estado de natureza como, por exemplo, a morte prematura e
violenta.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar que a nova forma de
representação do poder político proposta por Hobbes:

a.Critica o absolutismo de direito civil e propõe em seu lugar uma democracia forte, lançando,
assim, as bases do liberalismo clássico.
b.Indica que o contrato social hobbesiano é democrático, pois busca preservar o direito dos
súditos em detrimento do poder absoluto do soberano.
c.Sugere que o contratualismo proposto por ele levaria à constituição de um regime político
autoritário, já que as leis emanam da vontade exclusiva do governante.
d.Revela que seu pensamento é incompatível com a defesa de formas autoritárias do exercício
do poder, porque sua proposta se firma na soberania do povo.
e.Aponta que, se não fosse o risco da morte prematura e violenta, o estado de natureza
dispensaria a necessidade do estado civil.

UEL 2007

Leia o texto a seguir:


“Em Locke, o contrato social é um pacto de consentimento em que os homens concordam
livremente em formar a sociedade civil para preservar e consolidar ainda mais os direitos que
possuíam originalmente no estado de natureza. No estado civil os direitos naturais inalienáveis
do ser humano à vida, à liberdade e aos bens estão melhor protegidos sob o amparo da lei, do
árbitro e da força comum de um corpo político unitário.”
Fonte: MELLO, L. I. A. “John Locke e o individualismo liberal.” In: WEFFORT, F. C. (Org.). Os
Clássicos da Política. 3ª ed. São Paulo: Ática, 1991, p. 86.

Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre a filosofia política de Locke, assinale a
afirmativa correta:

a.O contrato social se justifica, para Locke, tendo em vista as adversidades do estado de
natureza, entendido como fundamentado no estado de guerra.
b.Para Locke, o pacto social exige que os indivíduos cedam seu poder à direção suprema da
vontade geral.
c.Para justificar o direito à propriedade privada, Locke parte da definição do direito natural
como direito à vida, à liberdade e aos bens necessários para a conservação de ambas. Esses
bens são adquiridos pelo trabalho.
d.Na teoria do contrato social de Locke, o pacto é firmado apenas entre os súditos, não
fazendo parte dele o soberano.
e.Segundo o contratualismo de Locke, os homens, ao fazerem o pacto, transferem a um
terceiro(homem ou assembleia) a força coercitiva da comunidade, trocando voluntariamente
sua liberdade pela segurança garantida pelo Estado.

UFFS 2011

Quando estudamos o Estado, verificamos que temos diferentes conceitos, como o citado
abaixo:
Indica, nas teorias políticas dos séculos XVII e XVIII, a condição dos homens antes de estipular
um tipo qualquer de contrato social, na qual os indivíduos viviam isolados uns dos outros, sem
organização formal do estado.
Esse conceito está relacionado a que tipo de Estado?
a.Estado Civil.
b.Estado Político.
c.Estado de Origem.
d.Estado de Natureza.
e.Estado de Liberdade.

ENEM 2015

Não nos resta a menor dúvida de que a principal contribuição dos diferentes tipos de
movimentos sociais brasileiros nos últimos vinte anos foi no plano da reconstrução do
processo de democratização do país. E não se trata apenas da reconstrução do regime político,
da retomada da democracia e do fim do Regime Militar. Trata-se da reconstrução ou
construção de novos rumos para a cultura do país, do preenchimento de vazios na condução
da luta pela redemocratização, constituindo-se como agentes interlocutores que dialogam
diretamente com a população e com o Estado.
GOHN, M. G. M. Os sem-terras, ONGs e cidadania. São Paulo: Cortez, 2003 (adaptado).

No processo da redemocratização brasileira, os novos movimentos sociais contribuíram para

a.diminuir a legitimidade dos novos partidos políticos então criados.


b.tornar a democracia um valor social que ultrapassa os momentos eleitorais.
c.difundir a democracia representativa como objetivo fundamental da luta política.
d.ampliar as disputas pela hegemonia das entidades de trabalhadores com os sindicatos.
e.fragmentar as lutas políticas dos diversos atores sociais frente ao Estado.

ENEM 2014

Em 1879, cerca de cinco mil pessoas reuniram-se para solicitar a D. Pedro II, a revogação de
uma taxa de 20 réis, um vintém, sobre o transporte urbano. O vintém era a moeda de menor
valor da época. A polícia não permitiu que a multidão se aproximasse do palácio. Ao grito de
“Fora o vintém!", os manifestantes espancaram condutores, esfaquearam mulas, viraram
bondes e arrancaram trilhos. Um oficial ordenou fogo contra a multidão. As estatísticas de
mortos e feridos são imprecisas. Muitos interesses se fundiram nessa revolta, de grandes e de
políticos, de gente miúda e de simples cidadãos. Desmoralizado, o ministério caiu. Uma grande
explosão social, detonada por um pobre vintém.
Disponível em: www.revistadehistoria.com.br. Acesso em: 4 de abril 2014 (adaptado)
A leitura do trecho indica que a coibição violenta das manifestações representou uma
tentativa de

a.capturar os ativistas radicais.


b.proteger o patrimônio privado.
c.salvaguardar o espaço público.
d.conservar o exercício do poder.
e.sustentar o regime democrático.

ENEM 2014

Existe uma cultura política que domina o sistema e é fundamental para entender o
conservadorismo brasileiro. Há um argumento, partilhado pela direita e pela esquerda, de que
a sociedade brasileira é conservadora. Isso legitimou o conservadorismo do sistema político:
existiriam limites para transformar o país, porque a sociedade é conservadora. Isso legitimou o
conservadorismo do sistema político: existiriam limites para transformar o país, porque a
sociedade é conservadora, não aceita mudanças bruscas. Isso justifica o caráter vagaroso da
redemocratização e da redistribuição da renda. Mas não é assim. A sociedade é muito mais
avançada que o sistema político. Ele se mantém porque consegue convencer a sociedade de
que é a expressão dela, de seu conservadorismo.
NOBRE, M. Dois Ismos que não rimam. Disponível em: www.unicamp.br Acesso em 28 mar
2014 (adaptado)
A característica do sistema político brasileiro, ressaltada no texto, obtém sua legitimidade da:

a.dispersão regional do poder econômico.


b.polarização acentuada da disputa partidária.
c.orientação radical dos movimentos populares.
d.condução eficiente das ações administrativas.
e.sustentação ideológica das desigualdades existentes.

ENEM 2014

Estatuto da Frente Negra Brasileira (FNB)


Art.1.º- Fica fundada nesta cidade de São Paulo, para se irradiar por todo o Brasil, a Frente
Negra Brasileira, união política e social da Gente Negra Nacional, para a afirmação dos direitos
históricos da mesma, em virtude da sua atividade material e moral no passado e para
reivindicação de seus direitos sociais e políticos, atuais, na Comunhão Brasileira.
Diário Oficial do Estado de São Paulo, 4 nov. 1931.

Quando foi fechada pela ditadura do Estado Novo, em 1937, a FNB caracterizava-se como uma
organização.

a.política, engajada na luta por direitos sociais para a população negra no Brasil.
b.beneficente, dedicada ao auxílio dos negros pobres brasileiros depois da abolição.
c.paramilitar, voltada para ao alistamento de negros na luta contra as oligarquias regionais.
d.democrático-liberal, envolvida na Revolução Constitucionalista conduzida a partir de São
Paulo.
e.internacionalista, ligada à exaltação da identidade das populações africanas em situação de
diáspora.

ENEM 2014

TEXTO I
Olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus
próprios interesses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões
públicas por nós mesmos na crença de que não é o debate que é empecilho à ação, e sim o
fato de não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação.
TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 1987 (adaptado).
TEXTO II
Um cidadão integral pode ser definido nada menos que pelo direito de administrar justiça e
exercer funções públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo de exercício,
de tal modo que não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes pela mesma pessoa, ou
somente podem sê-lo depois de certos intervalos de tempo prefixados.
ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985.

Comparando os textos I e II, tanto para Tucídides (no século V a.C.) quanto para Aristóteles (no
século IV a.C.), a cidadania era definida pelo(a):

a.prestígio social.
b.acúmulo de riqueza.
c.participação política.
d.local de nascimento.
e.grupo de parentesco.

ENEM 2013
Tendo encarado a besta do passado olho no olho, tendo pedido e recebido perdão e tendo
feito correções, viremos agora a página — não para esquecê-lo, mas para não deixá-lo
aprisionar-nos para sempre. Avancemos em direção a um futuro glorioso de uma nova
sociedade sul-africana, em que as pessoas valham não em razão de irrelevâncias biológicas ou
de outros estranhos atributos, mas porque são pessoas de valor infinito criadas à imagem de
Deus.
Desmond Tutu, no encerramento da Comissão da Verdade na África do Sul. Disponível em:
http://td.camara.leg.br. Acesso em: 17 dez. 2012 (adaptado).

No texto, relaciona-se a consolidação da democracia na África do Sul à superação de um


legado
a.populista, que favorecia a cooptação de dissidentes políticos.
b.totalitarista, que bloqueava o diálogo com os movimentos sociais.
c.segregacionista, que impedia a universalização da cidadania.
d.estagnacionista, que disseminava a pauperização social.
e.fundamentalista, que engendrava conflitos religiosos.

ENEM 2013

Tenho 44 anos e presenciei uma transformação impressionante na condição de homens e


mulheres gays nos Estados Unidos. Quando nasci, relações homossexuais eram ilegais em
todos os Estados Unidos, menos Illinois. Gays e lésbicas não podiam trabalhar no governo
federal. Não havia nenhum político abertamente gay. Alguns homossexuais não assumidos
ocupavam posições de poder, mas a tendência era eles tornarem as coisas ainda piores para
seus semelhantes.
ROSS, A. Na máquina do tempo. Época, ed. 766, 28 jan. 2013.
A dimensão política da transformação sugerida no texto teve como condição necessária a

a.ampliação da noção de cidadania.


b.reformulação de concepções religiosas.
c.manutenção de ideologias conservadoras.
d.implantação de cotas nas listas partidárias.
e.alteração da composição étnica da população.

ENEM 2013

Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado.
Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito
mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens
se pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos
de lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a
vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega,
revoltam-se.
MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.
A partir da análise histórica do comportamento humano em suas relações sociais e políticas,
Maquiavel define o homem como um ser

a.munido de virtude, com disposição nata a praticar o bem a si e aos outros.


b.possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para alcançar êxito na política.
c.guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e inconstantes.
d.naturalmente racional, vivendo em um estado pré-social e portando seus direitos naturais.
e.sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus pares.
ENEM 2015

A Justiça Eleitoral foi criada em 1932, como parte de uma ampla reforma no processo eleitoral
incentivada pela Revolução de 1930. Sua criação foi um grande avanço institucional,
garantindo que as eleições tivessem o aval de um órgão teoricamente imune à influência dos
mandatários.

TAYLOR, M. Justiça Eleitoral. In: AVRITZER, L.; ANASTASIA, F. Reforma política no Brasil. Belo
Horizonte: UFMG, 2006 (adaptado).
Em relação ao regime democrático no país, a instituição analisada teve o seguinte papel:
a.
Implementou o voto direto para presidente.
b.
Combateu as fraudes sistemáticas nas apurações.
c.
Alterou as regras para as candidaturas na ditadura.
d.
Impulsionou as denúncias de corrupção administrativa.
e.
Expandiu a participação com o fim do critério censitário.

ENEM 2016

O coronelismo era fruto de alteração na relação de forças entre os proprietários rurais e o


governo, e significava o fortalecimento do poder do Estado antes que o predomínio do
coronel. Nessa concepção, o coronelismo é, então, um sistema político nacional, com base em
barganhas entre o governo e os coronéis. O coronel tem o controle dos cargos públicos, desde
o delegado de policia até a professora primária. O coronel hipoteca seu apoio ao governo,
sobretudo na forma de voto.
CARVALHO, J. M. Pontos e bordados: escritos de história política. Belo Horizonte. Editora
UFMG, 1998 (adaptado)

No contexto da Primeira República no Brasil, as relações políticas descritas baseavam-se na

a.coação das milícias locais


b.estagnação da dinâmica urbana
c.valorização do proselitismo partidário
d.disseminação de práticas clientelistas
e.centralização de decisões administrativas.

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