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POLÍTICA FISCAL

Este é o principal instrumento de política econômica do setor público.


Resumidamente, a política fiscal pode ser definida como o planejamento
orçamentário do Estado. O orçamento nada mais é que a diferença entre as
receitas e despesas em um período. Quando as receitas são maiores que os gastos,
tem-se um superávit e quando as receitas são menores, um déficit. A receita é
obtida através da arrecadação de impostos, enquanto as despesas são mais
variadas, contabilizando os gastos com pagamentos de funcionários, construção e
manutenção de escolas, hospitais, pagamentos de juros da dívida, etc.
As alterações de receita e gastos podem ser feitas em inúmeros segmentos
da economia. Pode-se diminuir a tributação para setores específicos da indústria de
forma a incentivar o investimento daquele segmento, pode-se aumentar os gastos
com infraestrutura (rodovias, portos, sistema de transmissão de energia, etc), e
assim por diante.
E a dinâmica da política fiscal é mais ou menos a seguinte. Quando se tem
um superávit, existe a sinalização de que as contas estão sendo pagas e de que
está sobrando dinheiro, que pode ser utilizado para reduzir o estoque da dívida
pública, por exemplo. Além disso, o setor público teria uma folga para investir em
áreas precisam de impulso, ou então para reduzir impostos e estimular a economia.
Com a redução de impostos, sobra mais dinheiro para os agentes consumirem ou
investirem, o que aumenta o Produto Interno Bruto (PIB)1 – soma de tudo que foi
produzido no país. Da mesma forma que o aumento de investimento direto por parte
do governo tem a tendência de promover crescimento do PIB.
Porém, o crescimento do PIB pode resultar em pressões inflacionárias,
principalmente se for puxado pelo crescimento do consumo, pois o aumento da
demanda (procura) por produtos leva a um aumento do nível de preços (inflação).
Por isso, é necessária uma boa percepção da dinâmica econômica para entender o
que cada movimento do mercado ou do governo pode ocasionar.

POLÍTICA MONETÁRIA

É o conjunto de medidas que o governo adota para controlar a oferta de


moeda conforme os interesses econômicos do país. Entende-se como oferta de
moeda a liquidez do ativo, a facilidade com que ele pode ser convertido em dinheiro.
Alguns tipos de investimentos financeiros têm datas pré-estabelecidas para se retirar
a aplicação, tornando a sua liquidez menor. Uma liquidez menor ainda vale para
imóveis, por exemplo, que demandam maior tempo para venda, tornando mais
demorado o processo de ter aquela quantidade de dinheiro correspondente ao valor

1
O Produto Interno Bruto (ou apenas “PIB”) é a soma de todos os bens e serviços produzidos em
uma economia durante um certo período. Portanto, o PIB nos ajuda a avaliar se a economia está
crescendo e se o padrão de vida está melhorando.
do imóvel em mãos.
O que o governo faz é controlar a quantidade de dinheiro circulando de forma
“mais líquida” na economia. O Banco Central (BACEN), uma autarquia federal,
vinculada ao Ministério da Fazenda, é o responsável por esse controle. A famosa
Selic, que frequentemente aparece nos noticiários, é a taxa básica de juros. O Bacen
ao alterar a Selic2 altera a meta de taxa de juros que deseja alcançar, e para isso,
utiliza de alguns mecanismos para alterar os meios de pagamentos (oferta de
moeda). Na teoria, menor oferta de moeda circulando significa que esse ativo está
ficando mais escasso, consequentemente a demanda por empréstimos sobe e
então, as instituições financeiras aumentam os juros por estarem oferecendo um
produto que está sendo mais procurado pelo mercado (o empréstimo). Vale a
mesma regra para o processo inverso.
Como dito anteriormente, existem algumas ferramentas utilizadas pelo
BACEN no controle de oferta de moeda, que são: operações de mercado aberto
(open market), depósitos compulsórios, redescontos bancários e controle e seleção
de crédito. Não se faz necessário detalhar cada instrumento, pois seria material para
um novo texto, mas o importante aqui é perceber que a oferta de moeda controlada
pelo banco central altera a taxa de juros para próximo da meta Selic.
Os juros por sua vez, influenciam na atividade econômica e na inflação. Aqui
no Brasil, aplica-se o sistema de metas de inflação, em que o governo promove
esforços para atingir uma meta para a inflação anual. A taxa de juros tem papel
importante nesse sistema. Um aumento dessa taxa afeta as decisões de
investimento do empresariado e de consumo das famílias. Com taxas maiores para
se tomar empréstimos e arcar com custos de “carregar” seu estoque, o empresário
diminui seu investimento. As famílias, por sua vez, têm uma tendência de preferir a
poupança ao invés do consumo, uma vez que está mais caro parcelar suas compras
e pode estar sendo mais vantajoso deixar seu dinheiro aplicado rendendo a juros
altos (aplicações vinculadas aos juros são mais atrativas quando estes estão altos,
pois o retorno no futuro será maior).
A combinação de redução de investimentos e de consumo ocasiona uma
redução da atividade econômica do mercado. Com a redução da demanda, os
preços caem e a inflação, que é o índice geral de preços, também cai.
Portanto, esse é um mecanismo que controla o nível de preços para que fique
dentro da meta. Porém, taxas de juros elevadas por um longo período podem deixar
de elevar o crescimento econômico (redução do crescimento do PIB devido à

2
A taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é um índice que orienta os bancos
e outras instituições financeiras em relação à cobrança de juros. Juros são a remuneração que
alguém recebe ao emprestar dinheiro por certo período de tempo. É por isso que a Selic é chamada
taxa básica de juros: é uma referência para o resto do mercado.
Primariamente, ela é usada em empréstimos interbancários (entre bancos) e nas aplicações
de instituições financeiras em títulos públicos federais. Mas ela acaba refletindo também em todos os
produtos financeiros disponíveis para o consumidor. Empréstimos, financiamentos e aplicações
financeiras todas têm como referência básica da Selic.
redução da atividade econômica). O Estado, por sua vez, sofre com o aumento do
custo de rolagem da dívida, pois os juros altos aumentam o saldo devedor da dívida
interna ao longo do tempo, aumentando os gastos do governo – moderados pela
política fiscal – e pressionando o déficit público.
Para controlar a oferta de moeda, o BACEN pode também emitir papel
moeda. Mas essa não é uma prática utilizada, pois tende a aumentar a inflação, já
que não existiria um crescimento da oferta de produtos e serviços que justificasse
um aumento da oferta de moeda. Em outras palavras, como não existiu um aumento
da riqueza do país, não há motivo para que se emita moeda.

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