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Este documento discute a proposta de Sérgio Miceli de usar a Revolução de 1930 como marco para entender a formação do Estado nacional brasileiro e a história dos intelectuais. Analisa como os discursos políticos construíram a memória dos vencedores da revolução. Tem como objetivo avaliar em que medida interpretações posteriores, como as de Antonio Candido, se referem a este marco para caracterizar agentes históricos.
Este documento discute a proposta de Sérgio Miceli de usar a Revolução de 1930 como marco para entender a formação do Estado nacional brasileiro e a história dos intelectuais. Analisa como os discursos políticos construíram a memória dos vencedores da revolução. Tem como objetivo avaliar em que medida interpretações posteriores, como as de Antonio Candido, se referem a este marco para caracterizar agentes históricos.
Este documento discute a proposta de Sérgio Miceli de usar a Revolução de 1930 como marco para entender a formação do Estado nacional brasileiro e a história dos intelectuais. Analisa como os discursos políticos construíram a memória dos vencedores da revolução. Tem como objetivo avaliar em que medida interpretações posteriores, como as de Antonio Candido, se referem a este marco para caracterizar agentes históricos.
A Revolução do Vencedor Revisitada: Aspectos da periodização da Revolução de 1930
na história dos intelectuais proposta por Sérgio Miceli
Thales Biguinatti Carias
Orientadora: Thaís Leão Vieira
Na sua pesquisa a respeito das relações entre os intelectuais modernistas e as classes
dirigentes, Sérgio Miceli propõe uma periodização histórica que concebe a formação do Estado nacional como resultado de um influxo cujo marco é claramente identificado com o que se chamou “Revolução de 1930”. Com efeito, o artigo “A Revolução do Vencedor”, creditado a Carlos Alberto Vesentini e Edgar De Decca, apoia-se na análise de discursos políticos para mostrar como o ato político do discurso é um ato do “fazer-se” da memória e da história. Neste sentido, uma leitura cruzada entre as indicações de Vesentini e De Decca com a proposição de uma “história dos intelectuais” de Miceli, cujo projeto magno encontra-se na coletânea por ele organizada em dois volumes e intitulada de “História das Ciências Sociais no Brasil”, nos levou a postular que a chave de interpretação de Miceli se nutre dos pressupostos do discurso político que, justamente, De decca e Vesentini classificaram como um ato de memória que é, a posteriori, um “fazer-se” da história dos vencedores. A partir desta sugestão, nos dispomos a fazer uma leitura da tese de Miceli, “Intelectuais e Classe Dirigente no Brasil (1920-1945)”, em contraponto com outras obras por ele coordenadas (como o caso da já mencionada “História das Ciências Sociais no Brasil”) e/ou que se remetem à sua tese para reiterar a Revolução de 1930 como marco para o processo de “concreção histórica” do Estado nacional, bem como de “nossa modernidade”. Esse esforço tem como objetivo aferir em que grau interpretações mais particularizadas (no caso de nosso interesse, interpretações sobre a obra de Antonio Candido) se referem a esse marco periodizador como componente básico para as caracterizações dos agentes históricos, estando estes mais ou menos divididos de acordo com esse influxo temporal que é, em si, um constructo do que, mais tarde, Vesentini viria a chamar como a “memória vencedora”, posto que já triunfante e descarnada dos sujeitos que a enunciaram.