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Reforma Trabalhista

Pensamento Inicial. O trabalho, a ascensão do capitalismo e a reforma trabalhista.

A definição do trabalho em Marx é a atividade física com mental que gera bens e/ou
serviços.

Os bens precisam dos meios de produção para serem fabricados.

Toda a mercadoria tem um valor agregado, tal valor é o valor do trabalho.

Partindo dessas definições podemos compreender que os negros escravizados não


recebiam pelo valor do trabalho, sendo que tanto o valor do trabalho, os meios de
produção e os bens produzidos pertenciam ás elites brancas dominantes e á
metrópole, ou seja, os negros escravizados tinham seu valor de trabalho roubado.

A metrópole que controlava o Brasil era Portugal que tinha estreitas relações
econômicas com a Inglaterra.

Conquistada e colonizada pelos portugueses, O Brasil exerce um papel decisivo no


desenvolvimento capitalista ocidental, especialmente com o crescente e volumoso
comércio transatlântico e, mais tarde, entre o norte e o sul do próprio continente
americano.

O final da mão-de-obra escrava no final do século XIX se dá pela pressão inglesa


para que ocorresse a mudança do modo de produção escravocrata para o
capitalista. Sendo assim, o projeto de formação social e do trabalho no Brasil exclui
os negros a partir do momento que o valor do trabalho destes começa a ter que ser
remunerado, além de que este grupo de pessoas não possuía capital para adquirir
produtos industrializados, ficaram excluídos deste novo modelo de sistema.

Os negros não possuindo meios de produção e, portanto não possuindo bens


produzidos se encontra marginalizado nesta mudança do sistema escravocrata para
o sistema capitalista.

A questão primordial neste momento é que a libertação dos negros no Brasil não se
deu de maneira uniforme e consensual. A elite brasileira não queria que o sistema
escravocrata acabasse porque seria perda de capital, aonde o homem escravizado
passaria a ter que se remunerado. Isso era inadmissível.

A questão cultural entra fortemente, pois o racismo é um fenômeno social que


justificou por muitos anos a exploração do homem negro pelo homem branco e se
enraizará na cultura nacional.
O capitalismo se aproveita de um fenômeno social denominado RACISMO para
condicionar a população negra aos piores cargos e salários.

O trabalho remunerado do negro no Brasil nunca ocorreu em sua eficiência.


Historicamente o negro no Brasil não é remunerado em primeiro momento e em
um segundo momento é remunerado de maneira inferior produzindo o mesmo
trabalho que pessoas não negras.

A mudança do sistema escravocrata para o sistema capitalista não trouxe mudanças


efetivas na condição dos negros no Brasil.

O grupo branco terá a remuneração do valor do seu trabalho muito mais condizente
do que a remuneração do grupo negro. Além de outras oportunidades como
oportunidade de qualificação profissional e oportunidade de almejar altos cargos.

A divisão social do trabalho também define a remuneração do valor do trabalho,


por exemplo, os trabalhos manuais (limpeza, construção, etc) que tem menos valor
do trabalho agregado estão colocados para o grupo negro, os trabalhos intelectuais
(cargos de chefias, educador etc) e tecnológicos estão socialmente colocados para
a população branca.

Outra maneira de afastar o negro da remuneração aceitável pelo valor de seu


trabalho é afastá-lo dos conhecimentos convencionais como escolas, universidades
e outros.

Quando é negada á população o direito ao estudo é no intuito de que este grupo


não possua a oportunidade de mobilizar-se socialmente e se colocar em condições
análogas á escravidão.

A estrutura racista nasce no sistema escravocrata e se perpetua no sistema


capitalista.
“A partir da inacreditável convicção de que seria a legislação trabalhista a
responsável pelo desemprego por oprimir o capital de tal forma que impediria
novos investimentos, o relator concentra sua artilharia em desmontar o direito do
trabalho. Nada mais que justificativas ideológicas para ampliar a exploração. Em
momentos de crise econômica, o capital busca preservar sua remuneração se
apropriando da renda do trabalho e da renda pública. Trata-se de um ataque sem
precedentes ao direito coletivo e às relações coletivas de trabalho.

A relação individual do trabalhador com a empresa passa a ser preponderante


frente aos acordos coletivos e à própria lei. Os contratos temporários, por meses ou
horas, como também o trabalho intermitente, serão disseminados para a maioria
dos trabalhadores. Sabe-se que nestes tipos de contratação, o empregado perde as
férias, a gestante sua estabilidade e outros direitos próprios da relação de trabalho
sem prazo. Este trabalhador não terá mais acesso ao seguro-desemprego. A
terceirização total é o objeto último, no qual o aluguel de trabalhadores passa a ser
a regra das relações contratuais, impossibilitando a identidade comum dos que
trabalham em um mesmo local e fragilizando a organização sindical. O que se busca
aqui é impor e aprofundar um segundo ciclo de redução salarial para além da crise
que enfrentamos nos últimos anos.

A jornada de trabalho passa a ser definida preponderantemente de forma individual


prevalecendo sobre a convenção e os acordos coletivos. Fica destruída a jornada de
oito horas diárias e 44 semanais. As exceções viram a regra. Do trabalho
intermitente, ao trabalho em casa (sem controle da jornada), do banco de horas
estendido, às férias repartidas em até três vezes, o que se busca é um trabalhador
disponível 24 horas por dia, ao menor custo. Pagamento de horas-extras fará parte
do passado. O resultado desta reforma será uma enorme desorganização familiar e
social dos trabalhadores brasileiros.

O projeto enfraquece os sindicatos quando os afasta das empresas e, ao mesmo


tempo, afasta os trabalhadores do sindicato. Isto porque exclui os sindicatos de
todo o processo de escolha e acompanhamento dos representantes dos
empregados nas empresas, estimulando o conflito entre esta representação e os
sindicatos por conta das competências apresentadas. Afasta os trabalhadores
quando elimina a obrigatoriedade de rescisão contratual no sindicato para aqueles
com mais de um ano de empresa, obrigatoriedade esta que permite a correta
orientação sobre a qualidade da rescisão e dos valores e direitos devidos, corrigindo
eventuais erros e evitando a judicialização destes processos."

(Miguel Rossetto é ex-ministro do Trabalho e Previdência Social e ex-vice governador


do Rio Grande do Sul) – Portal Vermelho

Desemprego fecha 2016 com taxa média de subutilização de 20,9%, diz IBGE

“Na desagregação por cor ou raça - dado que o IBGE divulga hoje pela primeira vez
- as taxas de desocupação das pessoas de cor preta (termo usado pelo IBGE) foi
(14,4%) e parda (14,1%) ficaram acima da média nacional a dos brancos que ficou em
9,5%.”

“Para protestar contra as medidas defendidas e aprovadas pelo governo


Temer, organizações e coletivos do movimento negro em São Paulo vão às ruas no
próximo sábado (1º), na Marcha Negra contra as Reformas Racistas de Temer. Os
alvos dos protestos são as reformas da Previdência e trabalhista, que tramitam no
Congresso Nacional, e a terceirização irrestrita e o congelamento dos investimentos
sociais por 20 anos, já aprovados e que, segundo os movimentos, atingem ainda
mais diretamente a população negra.
O movimento também denuncia o aumento da repressão policial e a "destruição"
de politicas afirmativas, como a gradual redução do Fies e do Prouni, além da
inexistência de política de cotas raciais em universidades estaduais paulistas, como
a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp).
O manifesto convocatório lembra que o povo negro é "alvo histórico" de
desigualdade, consequência dos séculos de escravidão, e que jamais usufruiu de
efetiva cidadania. Mesmo os direitos civis, sociais e trabalhistas, conquistados
através da luta dos trabalhadores, foram a eles negados, segundo o documento.
"A população negra será, sem nenhuma dúvida, a parcela mais afetada com o fim
das aposentadorias, com o desmonte dos direitos trabalhistas, com o
congelamento de investimentos sociais e com o aumento da repressão, alvo
naturalizado que somos, das leis punitivas e da ação violenta das polícias",
afirma Douglas Belchior, liderança do movimento negro e fundador da Uneafro-
Brasil. Integram a marcha entidades como a Frente Alternativa Preta, Uneafro-
Brasil, Círculo Palmarino, Mães de Maio, Coletivo Negro Vozes, Instituto Luis
Gama, Cooperifa, dentre outros.

A Marcha Negra contra as Reformas Racistas de Temer será realizada no sábado a


partir das 13h, no Largo São Francisco, centro de São Paulo. De lá, a marcha segue
até a Avenida Paulista, onde se encontra com o Cordão da Mentira, que celebra o 1º
de Abril de maneira crítica e bem humorada. “

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