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Entre os gregos existiam três acepções fundamentais acerca do Belo:

O Belo em termos estéticos - Inseparável da medida e contenção, onde a qualidade dos elementos,
como os sons e as cores agradáveis, a regularidade das figuras geométricas e das formas abstratas -
como simetria e proporções definidas, de maneira harmoniosa e adequada aos sentidos - seria tudo
aquilo que é agradável à vista e aos ouvidos; sentidos estes de natureza intelectual, mais próximos
da verdadeira essência da alma, que assim é afetada moderadamente.
O prazer estético de ordem superior, se contrapondo ao prazer físico, que sendo ilimitado leva ao
desequilíbrio e insatisfação permanentes.
O Belo em termos moral - Diz respeito às almas equilibradas, em perfeita harmonia, ocupando o meio
termo entre a virtude e o vício, a real medida do Belo.
O Belo em termos espirituais - a verdade alcançada através do conhecimento teórico, que uma vez
conquistada possui a própria Beleza, a própria essência do Belo.

As Artes estariam dentro da concepção do Belo estético, subordinada, portanto, às outras duas
concepções de beleza; a moral e a intelectual.
A beleza estética acalmando as paixões criam uma predisposição para a prática das virtudes,
favorecendo o objetivo moral da Beleza, que seria a moderação e a prática das belas ações, que levam
ao belo espiritual, a forma mais elevada de beleza.
Somente uma alma capaz de realizar belas ações, dedicada à vida contemplativa pode ascender à
verdadeira beleza do Ser.

Na obra "O Banquete", Platão descreve o percurso do amor em direção à Beleza ética e moral, um
meio pelo qual podemos chegar ao Bem e ao Belo e demais virtudes.
Somente depois de ultrapassarmos o amor primário e vil é que nos tornamos aptos para amar as almas
e não os corpos e assim, atingimos o Belo supremo, a verdadeira Beleza.
Sócrates afirmava que nada escapa às imperfeições. Para que o artista reproduzisse coisas belas,
próximas do ideal de Belo, teria que recorrer à reunião de várias belezas espalhadas na Natureza.
A Beleza ideal como a reunião dos fragmentos que compõem a Natureza caminhando no sentido da
desordem para a ordem. Para que encontremos a Beleza é necessário caminhar pela estrada do
conhecimento.

Para os filósofos gregos, a poesia, a pintura, a escultura e até mesmo a música eram consideradas Artes
miméticas.

A mimese em Sócrates foi objeto de reflexão, documentada por Xenofonte, durante uma rápida
conversa com o pintor Parrásio e o escultor Cleito.
Ele conclui que quando o pintor e escultor reproduzem a aparência exterior dos corpos será preciso
que o artista reúna as partes belas de vários objetos da mesma espécie para que forme então, algo
perfeito.
Se o artista pode reconhecer as coisas que são belas, associando as partes entre si num modelo ideal,
isso prova que já existe em sua mente a ideia de Beleza, e na verdade, o pintor e escultor não imitam
o modelo, mas sim, o idealizam.

Para Platão, o pintor e escultor imitam as coisas do mundo, que por sua vez já são cópias do mundo
supra sensível, sendo assim, inconsistentes e ilusórias as suas obras. As Artes apenas imitam as coisas
do mundo sensível, reproduzindo não mais do que apenas a aparência, uma simulação de uma
realidade que não possuem.

Em relação à música, Platão relaciona determinados modos harmônicos com sentimentos específicos,
qualificando os ritmos com uma escala de atitudes. Existem ritmos que imitam a baixeza e
desregramento, assim como harmonias que são patéticas, melancólicas, outras ainda, entusiásticas,
energéticas e marciais.
A música exteriorizando afetos e sentimentos humanos. Uma imitação de um conteúdo psíquico e
moral, através das combinações de sons.

Para Aristóteles não haveria nenhum sentido a simples cópia ou duplicação de uma imagem de um
ser individual.
A mímese artística seria um prolongamento de uma tendência à imitação, natural aos homens e
animais, decorrente da necessidade de adquirir experiência, de aprender e conhecer, que pressupõe o
uso do intelecto, uma vez que para imitar é necessário imaginar e comparar.

Assim, o artista não deve reproduzir traço a traço todas as peculiaridades do que está representando,
mas sim, as características gerais, inclusive acrescentando tudo que falte à coisa para que esta seja o
exemplar de sua espécie ou categoria.
Assim, o artista não imita o individual ou as coisas como são, mas como devem ser, conforme os fins
que a Natureza se propõe a alcançar.

Aristóteles usa o termo Verossimilhança, aceitando a aparência não como algo completamente real,
nem como ilusão. Se a Natureza tem falhas, imperfeições e deficiências, a Arte tem condições
de eliminar e corrigir esses erros.
O prazer proporcionado pela imitação se deve à semelhança da obra com a realidade, assim como,
pela beleza intrínseca da obra, resultado da maestria com a qual foi concebida e executada.

Para Aristóteles, a "mimesìs" seria a representação obtida de acordo com as regras da adequação. Se
um retrato for idêntico ao modelo, é verdadeiro, pois é adequado.
O prazer estético se deve ao fato de que a obra de arte nos leva a um raciocínio , onde fazemos
comparações do retrato com o modelo - independente desse modelo representado ser belo ou feio; o
que nos importe é o reconhecimento intelectual desta relação mimética.

A imitação também se estende às coisas desagradáveis à vista, repelentes e ameaçadoras, que através
da Arte sofrem uma transfiguração em seu aspecto natural, tornando-se atraentes. É que o Belo na
Arte não coincide com a beleza exterior dos objetos representados, mas sim, com a maneira de
representar as coisas ou ações, a natureza e o homem.

Em sua poética Aristóteles diz que a epopeia a tragédia, a comédia e certas espécies de música
instrumental e de canto, a dança e a pintura têm por essência comum imitar a realidade natural e
humana.
As representações imitativas na poesia retratam, com palavras e por intermédio de atores, homens em
ação, sendo que a tragédia ocupa-se dos bons e nobres e a comédia dos maus e vis. A epopeia imita
utilizando-se da narrativa.
O efeito catártico da tragédia estende sua influência ao plano moral da vida, neutralizando os
sentimentos excessivos, estabelecendo um novo sentimento harmonioso e equilibrado.

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