Sie sind auf Seite 1von 91

ESTRUTURAS DE

ALVENARIA ESTRUTURAL
CONTENÇÃO

Emil de Souza Sánchez filho


D. Sc. 1
ARRIMO DE ESCAVAÇÕES
O comportamento das contenções de escavações apresenta três
condições:
1) escoramento em balanço com ficha engastada no solo;

A rotação da contenção é
devida à atuação do
empuxo ativo no seu
tardoz, sendo resistida pela
ficha (engaste no solo).
A ficha é da ordem de 1,5 a
2,0 a dimensão do balanço
(altura a ser arrimada).
ARRIMO DE ESCAVAÇÕES
2) escoramento com uma linha de travamento e com ficha
engastada no solo;

A rotação da contenção é devida à atuação do empuxo ativo,


sendo resistida pelo empuxo passivo atuante ao longo da ficha.
ARRIMO DE ESCAVAÇÕES
3) escoramento com duas ou mais linhas de travamento e
ficha engastada no solo.

É possível ocorrer a
translação da contenção.
Esse tipo de ruptura está
relacionada à falhas no
escoramento horizontal de
travamento.
ARRIMO DE ESCAVAÇÕES
Teoria de empuxos de Rankine
1) Coeficiente e empuxo ativo:
 
K a  tg2  45 0  
 2
Ea  qKa  2c k a  Pefet k a   águahágua
2) Coeficiente e empuxo passivo:
 0 
Kp  tg  45  
2

 2
Ep  qKp  2c k p  Pefet k p   águahágua

φ=ângulo de atrito interno do solo; γágua=10 kN/m3; c=coesão do solo;

q=sobrecarga externa; Pefet= γsub.h (kN/m2); h=altura hidráulica (m).


ARRIMO DE ESCAVAÇÕES
Escoramento em balanço com ficha engastada no solo
A estabilidade da contenção é verificada em
cada etapa de execução, verificando-se
as condições de segurança para a
rotação e translação.
O fator de segurança deve ser:
1) obras provisórias: F.S.>1,5;
2) obras definitivas: F.S.>2,0.

R1=resultante dos empuxos ativos;


R2=resultante dos empuxos passivos.

Considerando-se o ponto de giro o ponto inferior do arrimo tem-se:


1) verificação à rotação 2) verificação à translação
R d R
F.S.  2 2 F.S.  2
R 1d1 R1
ARRIMO DE ESCAVAÇÕES
Escoramento com uma linha de travamento e com ficha engastada no solo

O ponto de gira passa a ser o


ponto onde é executado o
travamento horizontal.
Devem ser efetuadas duas
verificações à rotação:
1) no ponto de giro
R 2d´2
F.S. 
R 1d´1
2) no ponto inferior do arrimo
R 2d2  x.F
F.S. 
R2  F R 1d1
Verificação à translação: F.S. 
R1 F= reação no escoramento.
O fator de segurança deve ser: 1) obras provisórias: F.S.>1,5; 2) obras
definitivas: F.S.>2,0.
ARRIMO DE ESCAVAÇÕES
Escoramento com duas ou mais linhas de travamento e ficha engastada
no solo
A contenção é calculada como uma
viga contínua engastada na base e
vários apoios simples.
Com as reações nos apoios
dimensionam-se as linhas de
travamento, em geral, executadas
com perfis metálicos.
No caso de subsolos as estruturas
de concreto desses pavimentos
devem ser verificadas para essas
forças.
Os F.S. são os mesmos dos caso
anteriores.
PERFIS COM PRANCHADA
Cortina de perfis atirantados
Cortina de perfis atirantados.
com pranchas de madeira.

Os perfis metálicos estruturais (laminados ou soldados) são


cravados por um bate-estacas de queda livre.
PERFIS COM PRANCHADA
Metodologia executiva:
1) escavação junto às edificações vizinhas com colocação
simultânea de pranchas e escoramento;
2) os perfis podem ser usadas também como fundações para
apoio das lajes do perímetro da edificação;
3) espessura final do arrimo de aproximadamente 35 cm.
PERFIS COM PRANCHADA
Esse tipo de contenção é usado para a implantação de subsolos em
edifício urbanos. Em geral, trata-se de obra provisória, daí não se
considerar a redução da seção do perfil para considerar a ação da
corrosão.
Wx  0,90fy
Mmáx  momento máximo resistido pelo
perfil.
1,4
fy=tensão de escoamento do aço do perfil;
Wx=momento resistente da seção (cm3).
Material Mmáx (kN.m)
Wx (cm3)
Aço ASTM 572 0,214Wx
(Gerdau Aço Minas)
Aço A36 (CSN) 0,150Wx
Trilho usado 0,100Wx
PERFIS COM PRANCHADA
Perfis metálicos para contenções

Peso Wx
Perfil Alma linear (cm3)
(kg/m)
I 8´´X4´´ 1ª alma 27,3 236
CSN
soldado I 10´´X4 5/8´´ 1ª alma 37,7 405
I 12´´X5 1/8´´ 1ª alma 60,6 734

W 310X32,7 32,7 420


Gerdau
Açominas W 250X32,7 32,7 383

W 250X38,5 38,5 462

W 310X38,7 38,7 554


PERFIS COM PRANCHADA
As pranchas podem ser de madeira, placas de concreto pré-
moldado ou lajes pré-moldadas treliçada.
Se o solo for coesivo é possível escavar “cachimbos” cortados a
prumo entre os perfis, o que possibilita a execução da cortina
definitiva em uma única etapa
Os perfis são fornecidos em comprimento de 12 m.
RUPTURA DE CONTEÇÃO COM
ESTRONCAS
a) contenção com
estroncas está estável;
b) tem-se o início a
deformação das
estroncas;
c) o solo movimenta-se e
as estroncas se
deformam;
d) fase posterior à ruptura
da contenção.
PROFUNDIDADE CRÍTICA DA
ESCAVAÇÃO
Fórmula de Fröhlich:
π  pi
Hcrit Hcrít  pi  c  cot 
 π 
γ  cot      
 2 
c=coesão; γ= peso específico;φ=ângulo de atrito interno

a) solo não coesivos: as areias escoam para dentro da escavação.


pi  0  Hcrít  0
b) solo coesivos:
π c
  0  Hcrít 
γ
Para as argilas muito mole tem-se Hcrít~2,00 m, e para as argilas rijas tem-
se Hcrit~19,00 m.
PROFUNDIDADE CRÍTICA DA
ESCAVAÇÃO
Argila pura

Escavação superficial corrida: σR  5,7  c

Pondo-se F.S.=1 tem-se:


5,7 5,7
1  Hcrít 
 2   2 
γ   c   Hcrít γ   c 
 B   B 
 

Fórmula de Finn: B
c
Hcrít  10 válida para
γ
3B
PROFUNDIDADE CRÍTICA DA
ESCAVAÇÃO
Fórmula de Bjerrum e Eide:
c
Hcrít  Nc 
γ
Essa formulação considera a forma
e as dimensões da escavação. O
coeficiente Nc é retirado do gráfico.

Coesão das argilas:


a) médias a rijas: c  0,10 MPa
b) moles: c  0,05 MPa
c) muito mole: c  0,01 MPa
ESTABILIDADE DO FUNDO DA
ESCAVAÇÃO
B B
2 B 2 Formulação de Terzaghi.
Admite uma superfície de
deslizamento de diretriz circular
com centro no ponto extremo da
z B
H  γ escavação, e em concordância
2
H com uma reta formando 450 com
a horizontal e que passa pelo
H c ponto extremo simétrico.
σz

450 450 Forças atuantes:


B
B a) peso próprio H  γ ;
2 2
b) resistência ao cisalhamento
(vertical) H c .
ESTABILIDADE DO FUNDO DA
ESCAVAÇÃO
Equação de equilíbrio:
B
 Fz  0  V
2
H γ - H c

V H
 H γ - c
B B
2 2
 2 

σz   γ -  c   H tensão vertical.
 B 

σR
Fator de segurança à ruptura: F.S.   1,5
σz
σR=capacidade de carga do solo do fundo da escavação (teoria de
Terzaghi).
ESTABILIDADE DO FUNDO DA
ESCAVAÇÃO
A ruptura do fundo da escavação pode ocorrer por pressões de
percolação.

Condição de estabilidade:
N.A. B
H
σ e  σiNq
2
z
Nq= fator de capacidade de
carga (Terzaghi).

σi σe D

Percolação da água
ESTACAS PRANCHAS
As estacas pranchas são usadas em
obras temporárias como valas para
redes de água, esgoto e galerias, ou
obras definitivas como contenções,
arrimos de ponte e viadutos, canais à
céu aberto, tapamentos e passagens
urbanas rebaixadas.

São constituídas de perfis que


permitem o auto-acoplamento de
várias peças sucessivas por meio de
encaixes tipo "macho-fêmea“.

São fornecidas em comprimento


variável e apresentam maior rigidez e
desempenho na cravação quando
apresentam ondas ou saliências
enrijecidas.
ESTACAS PRANCHAS
Podem ser combinadas com outras
técnicas de contenção.
Vantagens:
1) elevado reaproveitamento;
2) obtenção de contenções
impermeáveis;
3) execução rápida;
4) atingem grandes profundidades.

Desvantagens:
1) difícil cravação em locais com
interferências no subsolo;
2) difícil transporte e levantamento em
áreas urbanas congestionadas;
3) causam barulho e trepidação devido à
cravação;
4) necessidade de proteção anticorrosiva.
ESTACAS PRANCHAS

Obra provisória Obra definitiva


ESTACAS PRANCHAS
Existem várias seções
transversais de perfis, nas
extremidades das quais se tem
dobramentos especiais para
permitir a junção entre as peças.

A forma do perfil é que lhe


confere rigidez. As tabelas dos
fornecedores fornecem os dados
relativos a cada perfil (geometria
das massas).
ESTACAS PRANCHAS
No topo dos perfis
existem furos que
permitem o seu
levantamento pelo
equipamento de
cravação.
Os perfis devem ser
armazenados de forma
adequada, de maneira a não
permitir que se tenha
deformações que inviabilizam
a sua cravação ou modifiquem
a sua geometria inicial
considerada no
dimensionamento.
ESTACAS PRANCHAS

Cravação dos perfis metálicos


MUROS DE CONTENÇÃO
MUROS DE CONTENÇÃO
TIPOS DE RUPTURA

Deslizamento Momento de tombamento

Ruptura do solo na base Cunha de deslizamento


MUROS DE CONTENÇÃO
MUROS DE ARRIMO DE
GRAVIDADE
O muro de arrimo resiste ao empuxo somente pelo seu peso G.
O cálculo é efetuado por comprimento unitário do muro (por metro).
Pressão horizontal ao
α nível da base:
p  γ soloh
Empuxo:
θ
h E 1
G E  γ soloKh2
2
A β h/3
K= coeficiente de
p empuxo ativo.

sen2 β   
K
 sen   α   sen    1   2
sen β  sen β   1  1 
2 2

 sen β  1  sen β  α  
MUROS DE ARRIMO DE
GRAVIDADE
Ângulos:
α=ângulo de inclinação do solo adjacente;
θ=ângulo de inclinação do paramento interno do muro com a vertical;
β=900- θ;
φ=ângulo de atrito interno;
φ1=ângulo de atrito entre o solo e o tardoz (ângulo de rugosidade do
muro).
φ1 Superfície do tardoz
00 Liso ou pintado com
impermeabilizante
0,5 φ Parcialmente
rugoso
φ 1= φ Rugoso
MUROS DE ARRIMO DE
GRAVIDADE
Pré-dimensionamento: muro de concreto ciclópico

b0  0,14h
h
b  b0 
3
Essas expressões são aplicáveis ao
muros em gabiões.
No caso de crib-walls a modificação
principal é o peso específico do
material de enchimento.
MUROS DE ARRIMO DE
GRAVIDADE
Muro com sobrecarga
q (kN/m2) As sobrecargas são devidas
ao tráfego de veículos,
construções vizinhas,
α multidões, etc.
Adota-se o Princípio da
θ Superposição dos efeitos
h
G + para considerar o empuxo
devido ao solo e a parcela
A β devida à sobrecarga.
p ps
ps
h0
A sobrecarga é considerada como
uma altura de solo equivalente: h ou H=h+h0
pi pi
MUROS DE ARRIMO DE
GRAVIDADE
Muro com sobrecarga

h0 
q ps  γ soloKh0 pi  γ soloKH
γ solo

h  2h0  H  ponto de aplicação do


1

E  γ soloK  H2  h20
2
 y   
3  h0  H 
 empuxo (baricentro
do diagrama de
pressão).
Componentes do empuxo:

EH  E  cos δ EV  E  sen δ δ  1  θ direção do empuxo.

OBS: quando h0=0 tem-se o caso de sobrecarga nula.


MUROS DE ARRIMO DE
GRAVIDADE
Equilíbrio estático

As equações ΣN=0 e ΣT=0 representam o equilíbrio de translação


(deslizamento).
A equação ΣM=0 representa o equilíbrio de rotação (tombamento).
MUROS DE ARRIMO DE
GRAVIDADE
N
Equilibro de translação: F.S.  μ  1,5
T
μ=coeficiente de atrito; N=componente normal da resultante;
T=componente tangencial da resultante.

Valores de μ:
1) alvenaria−alvenaria: 0,70 a 0,75;
2) alvenaria −solo seco ou concreto−solo seco: 0,50 a 0,55;
3) alvenaria −solo saturado ou concreto−solo saturado :0,30;
4) alvenaria −concreto:0,55.
MUROS DE ARRIMO DE
GRAVIDADE
MG
Equilibro a rotação: F.S.   1,5
ME
MG=momento do peso G em torno do ponto A (momento de
equilibrante); ME= momento devido ao empuxo em relação ao ponto A
(momento de tombamento).
MUROS DE ARRIMO DE
GRAVIDADE

Equilibro elástico da fundação

Trata-se da verificação da
estabilidade elástica da fundação,
em função das tensões atuantes
na base do muro.
A tensão admissível do solo é
calculada de modo análogo ao
cálculo das sapatas.
MUROS DE ARRIMO DE
GRAVIDADE
Para excentricidade:

1) e=0 tem-se compressão


centrada (diagrama retangular
para as tensões);

2) e>k=b/6 surgem tensões de


tração numa borda da
fundação (diagrama bi-
triangular);

3) e<k=b/6 tem-se apenas tensões


de compressão (diagrama em
forma de trapézio).
MUROS DE ARRIMO DE
GRAVIDADE
Se a resistência à tração do material
do muro for ultrapassada ocorrerá
um trinca no mesmo, diminuindo a
área comprimida da base do muro
considerada nos cálculos.
A redução da largura de b para b0
leva a um acréscimo da tensão de
compressão na base Δσ1.
Então a linha neutra se desloca
ficando σmáx =σ1+Δσ1 que deve ser
verificada face à tensão admissível
do material do muro.
MUROS DE ARRIMO DE
GRAVIDADE
A nova posição da LN é dada por:

J0 db30 db20
v0  J0  Z0 
Z0 3 2
2
b0  u  v 0  u  b0
3
b0  3u força aplicada no
limite do núcleo
central de inércia.
2N 2N 2N
σmáx   
S0 d.b 0 3d.u
N 3
σmáx   σ adm material do
d.u 2 muro.
MUROS DE ARRIMO DE
GRAVIDADE
Essas considerações são válidas
também para a interface solo-sapata.

N 3
σmáx   σ adm no solo.
d.u 2

O pré-dimensionamento do muro deve ser criteriosamente realizado


de modo a evitar tensões de tração no solo.
MUROS DE ARRIMO DE
GRAVIDADE
GABIÕES
Problema
A margem do rio nos períodos de inverno tem sua vazão drasticamente
aumentada.

Esse rio tem um leito estreito e o material do fundo em alguns trechos é


rochoso e em outros arenoso, e as margens são formadas por cascalho
que em períodos de cheia podem erodir com facilidade.

Esse problema danificou um pátio de estacionamento de uma empresa


em áreas que margeiam o rio.
O dimensionamento dos gabiões
segue a mesma sistemática dos
muros de arrimos de gravidade.
Os cestos de arame são
padronizados pelo fornecedor.
GABIÕES
Solução
A solução adotada foi a construção de proteções longitudinais em
gabiões caixa nos pontos críticos com problemas de erosão.

Essa solução foi especialmente vantajosa devido à economia gerada e


devido à rapidez construtiva que possibilitou sua execução em época
de chuvas.
GABIÕES
Dados para projetos
Coeficiente de atrito entre os gabiões: μ=0,75.
Peso específico da pedra de enchimento: 18 a 24 kN/m3.
Volume de vazios: 20%.
Coeficiente de atrito entre os gabiões e o solo: μ=0,7.
Tensão mínima admissível para o solo: 0,25 MPa.
O peso específico do muro é igual ao da pedra de enchimento.
 
B  0,5 1 H em metros
CRIB-WALL
São elementos empilhados por encaixe (engradado) de concreto pré-moldado,
aço ou madeira.
No interior da fogueira é feito um preenchimento com terra, solo-cimento,
pedras ou entulho.
Trata-se de uma contenção cujo comportamento estrutural é análogo ao do
muro de gravidade e ao dos gabiões, sendo viável para taludes até 20 m.
É usado em aterros e encostas íngremes e em locais instáveis, pois é
insensível a movimentações e recalques.
CONTENÇÕES COM PRÉ-
MOLDADOS INTERTRAVADOS
É um sistema construtivo de muros de
contenção composto pela
montagem de blocos pré-fabricados
por meio de encaixe a seco, sem
nenhum tipo de argamassa ou
concreto durante a execução da
obra.

Este sistema é possível graças ao


formato dos blocos, que se
encaixam por meio de saliências
sem necessidade de pinos ou
conectores.

Os blocos são fabricados por meio de


prensagem e vibração, resultando
em estruturas resistentes e duráveis.
CONTENÇÕES COM PRÉ-
MOLDADOS INTERTRAVADOS
Seqüência de execução
CONTENÇÕES COM PRÉ-
MOLDADOS INTERTRAVADOS
Seqüência de execução
CONTENÇÕES COM PRÉ-
MOLDADOS INTERTRAVADOS
A primeira fiada de blocos deve
ser assentada sobre uma
camada de areia compacta ou
argamassa.

Junto ao tardoz do muro deve-se


executar um dreno de areia
média lavada.

O aterro arrimado deve ser


compactado em camadas com
espessura de 20 cm.
CONTENÇÕES COM PRÉ-
MOLDADOS INTERTRAVADOS
O formato e o peso dos blocos permitem o
seu fácil transporte na obra por operários,
além de sua montagem manual com extrema
rapidez.

Uma vez montados, formam muros de


contenção com floreiras para o plantio de
vegetação ou com face ondulada, resultando
em obras de alto valor estético e que não
agridem o meio ambiente.

Para muros de alturas grandes ou submetidos


a sobrecargas, o sistema utiliza a técnica de
solo reforçado, onde elementos de reforço
são inseridos no aterro (geogrelhas de
poliéster ou PVA) permitindo a construção de
muros de contenção com praticamente
qualquer altura.
MUROS DE ARRIMO DE
CONCRETO ARMADO
Os muros de arrimos de concreto armado são dimensionados do mesmo
modo que os muros de gravidade, acrescentando-se apenas o cálculo das
armaduras.
O cálculo do empuxo, a verificação ao tombamento, a verificação ao
deslizamento, e a verificação das tensões na base do muro seguem a mesma
sistemática usada para os muros de gravidade.
O cálculo das armaduras deve ser efetuado tal
como nas estruturas de concreto armado.
Empuxo Empuxo+sobrecarga
MUROS DE ARRIMO DE
CONCRETO ARMADO

As principais características dos muros de arrimos de concreto


armado (muros de flexão) são:
1) têm, em geral, seção em L ou T invertido;
2) estruturas esbeltas;
3) podem ser executados para conter aterros, reateros, taludes e
proteção de encostas;
4) têm volume menor do que os muros de gravidade;
5) são anti-econômicos para alturas superiores a 5 m.
MUROS DE ARRIMO DE
CONCRETO ARMADO
Fundações em sapatas e em estacas inclinadas
MUROS DE ARRIMO DE
CONCRETO ARMADO
Fundações em estacas verticais
MUROS DE ARRIMO DE
CONCRETO ARMADO
Fixação das dimensões
1) Empuxo
O cálculo é igual ao dos muros de gravidade.

2) Equilíbrio
O cálculo do equilíbrio estático (rotação e translação), e do equilíbrio
elástico são iguais aos dos muros de gravidade.

3) Pré-dimensionamento

altura útil da sapata do muro (mm) d  32 Mk di  d  3 cm


Mk=momento solicitante característico (KN.m).
MUROS DE ARRIMO DE
CONCRETO ARMADO
Fixação das dimensões
Largura do topo do muro:
d0≥15 cm

Largura da sapata:
bs≥0,5h

r=h/6

t=bs- (r+di)
Para garantir que haja engastamento
entre o muro e a base deve-se ter: ds>di
MUROS DE ARRIMO DE
CONCRETO ARMADO

Verificação contra o escorregamento:


1
E0  K 0 γ soloz 20 empuxo passivo
2
 0   coeficiente de empuxo
K 0  tg  45  
2

 2  passivo
Componente tangencial considerando o empuxo passivo:
T  E - E0
N
Equilibro de translação: F.S.  μ  1,5
T
MUROS DE ARRIMO DE
CONCRETO ARMADO
Muro de arrimo de concreto armado com contrafortes

Os muros de arrimo de concreto


armado com contrafortes (ou
gigantes) espaçados de alguns
metros, são considerados como
engastados nas bases.
A largura da base é de cerca de 40%
da altura arrimada.
Deve ser efetuada a verificação
estabilidade quanto à translação
MUROS DE ARRIMO DE
CONCRETO ARMADO
Os muros de arrimo de concreto armado com contrafortes são
adotados quando a capacidade resistente do solo exigir o emprego
de estacas ou tubulões, porém, para alturas entre 4 m e 7 m podem
ser obtidas soluções economicamente viáveis como fundação em
sapata.
A resistência mínima do solo deve ser 0,20 MPa, em caso contrário
deve-se adotar uma outra solução (fundações sobre estacas ou
cortinas atirantadas).
Os contrafortes são elementos estruturais cuja finalidade é
transmitir as cargas proveniente das lajes da cortina (lajes verticais)
à sapata (laje da fundação), donde devem ficar perfeitamente
solidarizadas com a cortina e sapata.
MUROS DE ARRIMO DE
ALVENARIA ESTRUTURAL
A sistemática de dimensionamento dos
muros de arrimo alvenaria estrutural
armada é análoga à dos muros de concreto
armado, porém, algumas precauções
adicionais devem ser adotadas.
A 1ª fiada e 2a fiada não devem ter juntas
alinhadas na vertical, e a espessura das
juntas de ser no máximo igual a 10 mm.
O bloco deve ser estrutural, preenchidos
com grout nos locais onde forem colocadas
a armaduras.
Deve ser verificada a tensão tangencial na
interface parede-fundação, e dimensionada
a armadura de costura nessa junção.
CORTINAS ATIRANTADAS
Talude com altura acentuada
que leva à opção por uma
contenção em cortina com
tirantes.
A escavação da base levaria ao
deslizamento do talude.

Construção de cortina com


tirantes, com a parte superior da
contenção já executada, faltando
apenas uma um trecho da parte
inferior (execução de cima para
baixo).
CORTINAS ATIRANTADAS
Vantagens
1) As cortinas atirantadas eliminam a
necessidade de estroncas em subsolos.
2) As fundações desse tipo de contenção
são simples;
3) Impedem o deslocamento inicial do
arrimo por meio da protensão.

Desvantagens e limitações de uso


1) Devem penetrar no mínimo 8 m no solo vizinho ao arrimo.
2) Ocorre um levantamento da superfície do solo quando esses são
argilosos.
3) Corrosão dos tirantes.
4) Trata-se de um serviço especializado e a relação custo-benefício deve
ser bem avaliada.
CORTINAS ATIRANTADAS
A comparação entre um muro de arrimo de concreto armado e uma
cortina com tirantes, mostra as vantagens desse último sistema de
contenção em relação ao aspecto construtivo.
CORTINAS ATIRANTADAS
Aplicações
CORTINAS ATIRANTADAS
Fases de execução
1) Perfuração com revestimento
até o final do furo.
2) Lavagem do furo com água e
limpeza com ar comprimido.
3) Preenchimento do furo com
nata de cimento por meio de
mangueira (a/c=0,5).
4) Introdução do tirante.
5) Instalação da cabeça de
injeção e acoplamento para
iniciar a injeção.
6) Injeção da nata de cimento
por meio de pressão, com a
retirada simultânea do
revestimento.
CORTINAS ATIRANTADAS
Tirantes O custo da perfuração é
cerca de 62% do custo
Atirantamento em áreas de corte total do tirante.

O custo da protensão é
aproximadamente 2% do
custo total do tirante.

O dimensionamento e
execução desse tipo de
cortina são meticulosos.

O desempenho dessas
cortinas, se possível,
deve ser monitorado,
pois os tirantes rompem
sem aviso prévio.
CORTINAS ATIRANTADAS
Tipos de rupturas
CORTINAS ATIRANTADAS
Tipos de rupturas
CORTINAS ATIRANTADAS
Os tirantes monobarra da Dwidag são
compostos de barras maciças de
aço ST 42/50, ST 50/55 e ST 85/105.

Força Limite (kN)


Aço Φ Designação
Ruptura Teste Obra Obra
(mm)
permanente provisória
ST 42/50 32 Gewi duplo 400 240 170 200
filetado
ST 50/55 32 440 280 200 240
15 Dywi duplo 180 105 75 90
filetado
ST 85/105
19 Dywi barra lisa 290 170 120 140
32 Dywi duplo 840 490 350 410
filetado
CORTINAS ATIRANTADAS
Os tirantes de fios e de cordoalhas são montados com espaçadores
e tubos manchetes.
O arranjo dos fios ou cordoalhas gera um tirante de maior
capacidade do que o tirante mono-barra da Dywidag.
CORTINAS ATIRANTADAS
Tirantes de cordoalhas
CORTINAS ATIRANTADAS
Tirantes de fios ou de cordoalhas

Aço Fios Tipo de força Quantidade de fios ou cordoalhas


CP ou
cordoalhas 4 6 8 10 12
Ruptura 30 45 60 75 90
Fios
Teste 20 28 38 48 57
150 RB 8 mm
Permanente 14 20 27 34 41

Provisório 12 24 33 40 48

Ruptura 75 112 150 187 224


Cordoalhas
Teste 49 71 97 120 144
190 RB 12,5 mm
Permanente 35 51 69 86 103

Provisório 40 60 80 100 120


TERRA ARMADA
Aplicações em rodovias e acesso de pontes
TERRA ARMADA
Aplicações em acesso de pontes em canais
TERRA ARMADA
Essa solução tem um princípio de funcionamento semelhante ao dos
blocos pré-moldados intertravados, mas diferem quanto à resistência ao
empuxo ativo.

As placas pré-moldadas de concreto armado são encaixadas e da sua


face interna saem fitas metálicas que resistem ao empuxo ativo por meio
de tensões de aderência.
TERRA ARMADA
A aderência entre as tiras de aço com o solo garantem a estabilidade das placas
pré-moldadas.

As tiras podem ser metálicas, fibras, madeira ou plásticos, que devem satisfazer
os seguintes itens: 1) ter razoável resistência à tração; 2) ser resistente à
corrosão; 3) ter bom coeficiente de atrito e ser capaz de desenvolver razoável
aderência com o solo.

O aterro entre o tardoz junto às placas do muro e o talude deve ter um controle
tecnológico rigoroso
TERRA ARMADA
O aterro com material arenoso é mais
adequado, pois permite uma melhor
drenagem com alívio das pressões
laterais.

As tiras devem ser prolongadas além


da superfície de ruptura do aterro
arrimado.

A área da tira devem ser dimensionada


em função da sua resistência à tração.

As tiras devem ser suficientemente


flexíveis para desenvolverem a
resistência por aderência, e devem ter
Adotar δ=200 para o ângulo de deslocamentos compatíveis com as
atrito entre o solo e a tira de aço. deformações do solo.
TERRA ARMADA
Formulação teórica
TERRA ARMADA
Formulação teórica

1 1 1
F1  γk a 1,5  ΔH F2  γk a 2,5  ΔH  F1 F3  γk a 3,5  ΔH  F2
2 2 2

2 2 2
2
1  1  1
Fn  γk a  n   ΔH  Fn-1  Fn-2 F1 Fi  γk a i.Δ    Fn
2

2  2  2
SOLO GRAMPEADO
Histórico
A técnica de solo grampeado foi concebida na França, sendo a
aplicada a primeira na retenção de paredes permanentes em rocha
mole no ano de 1961. Os tirantes eram barras de aço sem a
aplicação do concreto projetado.
Em 1972 em Versailles essa técnica foi aprimorada para taludes de
18 m e usando-se concreto projetado.
A essência dessa técnica é aproveitar ao máximo a resistência dos
solos, e no caso da resistência à tração utilizar um elemento de
reforço, que é o tirante.
A sucesso do solo grampeado está na qualidade das investigações
geotécnicas e no acompanhamento e avaliação do desempenho da
contenção executada.
SOLO GRAMPEADO
Vantagens:
1) adaptação à face do talude;
2) equipamentos flexíveis que ocupam menor espaço;
3) rapidez de execução;
4) menor distúrbio na vizinhança devido ao menor ruído e
vibração por impacto;
5) é mais econômico do que a cortina com tirantes.

A execução é realizada de
cima para baixo.
SOLO GRAMPEADO
Restrições:

1) não pode ser aplicado em taludes que não suportam bancadas de 1 m;

2) não pode ser usado em argilas moles;

3) não pode ser usado em solos com coesão c<4 kPa.

Bancada de 1 m.
SOLO GRAMPEADO
As propriedades geotécnicas, resistência ao cisalhamento dos solos
e a resistência de aderência dos grampos aos solos, são
fundamentais para o dimensionamento dos espaçamentos verticais e
horizontais, assim como da profundidade dos grampos.
O desempenho dos grampos é determinado por meio de ensaios de
campo.
SOLO GRAMPEADO
Aplicações em taludes naturais e em cortes
SOLO GRAMPEADO
Solo grampeado com face em Solo grampeado com face em
concreto projetado grama
SOLO GRAMPEADO

Escavação: os taludes, manualmente


ou mecanicamente, seguindo a
geometria e seqüência prescritas
pelo projeto.

Instalação dos grampos: os taludes são


perfurados, os grampos são preparados
e instalados minuciosamente nos furos
para posterior injeção.
Os espaçamentos vertical e horizontal
são definidos em função da resistência
dos solos.
SOLO GRAMPEADO

Concreto projetado: a superfície do


talude recebe um jateamento de um
concreto
(água+cimento+pedrisco+areia+fibra), e
executa-se uma acabamento na
superfície assim formada. Em seguida é
iniciada uma nova frente de escavação.
SOLO GRAMPEADO
Cabeça de grampo com
Cabeça de grampo com dobra rosca, placa e porca, para
barras com Φ>22 mm.

Das könnte Ihnen auch gefallen