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repugnante e era realmente isso que ela queria fazer e considera um livro meninil, é uma
pornografia para crianças – pensar em português é uma coisa horrível , e espera ser uma bela
escritora pornografa pq não adianta ser considerada uma esxelente excritora e perguntar pra
alguém vc já leu e a pessoa responder que não, ela comenta que ria muito lendo , escrevendo,
relendo embora outras pessoas se sintam mal , até pq no Brasil não é permitido uma mulher
fazer , escrita, pornografia
Literatura erótica tenha a mente BEM aberta ao pegar o livro temas como: homossexualidade,
tabus como incesto, complexo de Édipo, entre outras coisas. É um livro BEM direto, sem
rodeios. Cartas de um sedutor (1991) Conhecida como poetisa, muito da produção hilstiana,
no ambito da ficção e do texto dramático ainda encontram-se inexplorados,
Essas histórias, bem como a vida dos anti-narradores hilstianos e dos escritores personagens,
são escritas em discursos confessionais do tipo ars erótica. Segundo Foucault (1977, p. 56),
nessa arte “a verdade é extraída do próprio prazer, encarado como prática e recolhido como
experiência” (conmentar)
A partir dessa descoberta, muitas leituras se sucederam de tal forma que um embrião das
idéias sobre a produção ficcional hilstiana tomou corpus de um artigo que pretende trabalhar
a questão da relação criador, escritor e Deus, com a criatura, a criação literária bem como
outros elementos ligados a paródia, a intertextualidade, a carnavalização e ao grotesco do
discurso hilstiano, que abrem perspectivas para adentrarmos ao universo da criação literária
dessacralizante da ficção contemporanea, que no caso da ficcionista estudada funciona como
um desabafo de seus personagens como ocorre no romance Cartas de um sedutor e o conto
“Bestera”.
s a trama do livro tem como proposta a história d alguém que escreve para alguém tentado
seduzi-lo para que seu texto não apenas seja lido, mas que ele possa ser uma ponte entre ele
criador e a criatura. Assim a obra, que se converte para Hilda Hilst em um ato litúrgico de
encontrar-se com Deus.
ma escritora que tentou escrever uma literatura pornográfica com o intuito de atender o
mercado editorial, mas que não obteve êxito, pois continuaram dizendo que seus textos eram
difíceis.
Assim ao ler e analisar essa obra é possível ao leitor abandonar o ponto de vista de que a
literatura hilstiana seja tão hermética que mesmo ao escrever textos pornográficos, a escritora
não conseguiu atingir o seu público, pois uma leitura livre de preconceitos acadêmicos, leva-
nos a ver em Hilda Hilst uma forma de experimentar a visão do outro.
"Bestera" pág 39
Cansei-me de leituras, conceitos e dados. De ser austera e triste como consequência de ver
frivolidades levadas a sério e crueldades imagináveis tratadas com irrelevância, admiração ou
absoluto desprezo. (39)
Claro que a ação impiedosa do tempo não a marcou apenas no físico, mas cumulou-a de
experiências negativas a ponto de expressar um desencanto radical com a vida: “sei tudo sobre
crueldade, conheço Deus.” (40)
A vida só é tolerável pelo grau de mistificação que se coloca nela – Emil Michel Cioran
Como não poderia deixar de ser, as referências alusivas à literatura estão presentes.
principalmente a Chesterton que tem uma frase citada pela narradora “Se a tua cabeça te
ofende, corta-a fora” dentro de um contexto bem expressivo: “Foi o que aconteceu com a
minha, porque para mim depois de todas as reflexões sobre a sordidez, a ignomínia, a
canalhice da humanidade, prefiro esquecer que um Chesterton existiu.” (CS, p. 102) É por
sentir-se ofendida que Leocádia corta a própria cabeça, escondendo-a com uma fronha de
pelo deslocamento e pelo distanciamento em que o velho é mantido. Tal fato justifica o
pensamento de Leocádia:
2.4 Triste
do comércio dos homens, diz sempre coisas sem nexo quando encontra outra pessoa na
rua, está sempre com um maço de papéis em branco nas mãos, sempre reclamando da
homem começa a gritar – quero fudê! A linguagem chula quebra o pacto de convivência.
Soa não com a naturalidade de um desejo represado por longo tempo, mas parece
absoluto. É ele quem determina agora o rumo, quem decide quando parar e quem dá o
mote para o próximo passo. “eu paro aqui. No oco das astúcias” (CS, p. 115). E a próxima
Ficções - SP: Quíron, 1977. (Prêmio APCA/ Associação Paulista dos Críticos de Arte. Melhor
livro do ano.)
A Possessa - 1967.
O visitante - 1968