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A Lei da Inovação (Lei nº. 10.973, de 2/12/2004) chama atenção porque consiste num
conjunto de medidas essencialmente voltadas para conectar a pesquisa e o setor
produtivo. Um aspecto, bastante destacado, é o fato dela incentivar centros de pesquisa
e empresas a compartilhar recursos humanos, financeiros e materiais, incluindo
laboratórios científicos.
Por outro lado, a consolidação das capacidades da empresa de integrar suas próprias
atividades de pesquisa e produção é indiscutivelmente um fator importante de
desenvolvimento de um processo de inovação contínuo. Uma das importantes
potencialidades desta visão é a geração de empregos para os milhares de novos
pesquisadores formados anualmente e disponíveis no mercado brasileiro.
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Artigo publicado no Rio de Janeiro (Brasil) em 11/09/2010.
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André Yves Cribb é pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro-RJ),
Engenheiro-Agrônomo especializado em economia rural com Mestrado em Desenvolvimento Agrícola e
Doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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Concentrar os debates pró-inovação na oposição dessas duas visões não ajuda na
procura de estratégias de inovação. Tanto a aproximação quanto a fixação do
pesquisador em relação à empresa constitui caminho razoável em direção à inovação. A
adoção de uma ou outra dessas alternativas pode levar a resultados satisfatórios.
Portanto, é preciso deslocar o epicentro das trocas de idéias.
Em 2006, o Brasil atingiu a meta de formar cerca de 10 mil doutores ao ano. Segundo o
Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG 2005-2010/Ministério da Educação), o
objetivo é formar 16 mil doutores por ano a partir de 2010. Portanto, o País deve estar
preparado para inserção desses profissionais no mercado de trabalho. Contentar-se
apenas com a interação entre organização de pesquisa e empresa não é aconselhável. É
preciso agir nas duas frentes, abrindo espaço para inserção de doutores também nas
empresas.