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Esta nova coletânea traz como novidade a apresentação

2004 O Projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso no Sebrae


dos casos por área temática, visando facilitar a consulta teve sua origem em 2002 com o objetivo de disseminar
e melhor entendimento do conteúdo. 2004 as melhores práticas vivenciadas por empreendedores
e empresários de diversos segmentos e setores,
O primeiro volume da nova edição descreve casos participantes dos programas e projetos do Sebrae
vinculados aos temas de artesanato, turismo e cultura, em vários Estados do Brasil.
empreendedorismo social e cidadania. O segundo relata
histórias sobre agronegócios e extrativismo, indústria, A primeira fase do projeto, estruturada para escrever estudos
comércio e serviços. E o terceiro aborda exclusivamente de caso sobre empreendedorismo coletivo, publicou em
casos com foco em inovação tecnológica. 2003 a coletânea Histórias de Sucesso – Experiências

Os resultados obtidos com o projeto Desenvolvendo


Histórias de Sucesso Empreendedoras, em três livros integrados de 1.200
páginas, que contou 80 casos desenvolvidos em
Casos de Sucesso, desde sua concepção e implantação, Experiências Empreendedoras diferentes localidades e vários setores, abrangendo as
têm estimulado a elaboração de novos estudos sobre cinco regiões: Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e
histórias de empreendedorismo coletivo e individual, e, Nordeste. Participaram 90 escritores, provenientes do
conseqüentemente, têm fortalecido o processo de Gestão quadro técnico interno ou externo do Sebrae.

Histórias de Sucesso
do Conhecimento Institucional. Contribui-se assim, de forma
significativa, para levar ao meio acadêmico e empresarial Esta segunda edição da coletânea Histórias de Sucesso –
o conhecimento acerca de pequenos negócios bem- Experiências Empreendedoras – 2004, composta de três
sucedidos, visando potencializar novas experiências volumes que totalizam cerca de 1.100 páginas, contou com
que possam ser adotadas e implementadas no Brasil. a participação de 89 escritores e vários profissionais de
todos os Estados brasileiros, que escreveram os 76 casos.
Para ampliar o acesso dos leitores interessados em utilizar
os estudos de caso, o Sebrae desenvolveu em seu portal A continuidade do projeto reitera a importância da
(www.sebrae.com.br) o site Casos de Sucesso, onde o disseminação das melhores práticas observadas no âmbito
usuário pode acessar na íntegra todos os 156 estudos de atuação do Sistema Sebrae e de sua multiplicação para
das duas coletâneas por tema, região ou projeto, bem o público interno, rede de parceiros, consultores, professores
como fotos, vídeos e reportagens. e meio empresarial.

Todos os casos do projeto foram desenvolvidos sob a orientação


de professores tutores, atuantes no meio acadêmico e em
diversas instituições brasileiras, que auxiliaram os autores
a pesquisar dados, entrevistar pessoas e escrever os casos,
de acordo com a metodologia elaborada pelo Sebrae.

Foto do site do Sebrae. Casos de Sucesso.

Esperamos que essas histórias de sucesso possam


produzir novos conhecimentos e contribuir para fortalecer
os pequenos negócios e demonstrar sua importância
econômica no País.
Série Histórias
Boa leitura e aprendizado! de Sucesso.
Primeira edição 2003.
COPYRIGHT © 2004, SEBRAE – SERVIÇO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – É permitida a reprodução total ou parcial, de qualquer


forma ou por qualquer meio, desde que divulgadas as fontes.

SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas


Presidente do Conselho Deliberativo Nacional
Armando Monteiro Neto
Diretor-Presidente
Silvano Gianni
Diretor de Administração e Finanças
Paulo Tarciso Okamotto
Diretor Técnico
Luiz Carlos Barboza
Gerente da Unidade de Estratégias e Diretrizes
Gustavo Henrique de Faria Morelli
Gerente da Unidade de Inovação e Acesso à Tecnologia
Paulo César Rezende de Carvalho Alvim
Coordenação do Projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso
Renata Barbosa de Araújo Duarte
Comitê Gestor do Projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso
Cezar Kirszenblatt, SEBRAE/RJ; Daniela Almeida Teixeira, SEBRAE/MG; Mara Regina Veit, SEBRAE/MG;
Renata Maurício Macedo Cabral, SEBRAE/RJ; Rosana Carla de Figueiredo Lima, SEBRAE Nacional
Orientação Metodológica
Daniela Abrantes Serpa – M.Sc., Sandra Regina H. Mariano – D.Sc., Verônica Feder Mayer – M.Sc.
Diagramação
Adesign
Produção Editorial
Buscato Informação Corporativa

D812h Histórias de sucesso: experiências empreendedoras / Organizado


por Renata Barbosa de Araújo Duarte – Brasília: Sebrae, 2004.

292 p. : il. – (Casos de Sucesso, v.3)

Publicação originada do projeto Desenvolvendo Casos de


Sucesso do Sistema Sebrae.
ISBN 85-7333-387-1
1. Empreendedorismo 2. Estudo de caso 3. Tecnologia
4. Inovação I. Duarte, Renata Barbosa de Araújo II. Série

CDU 65.016:001.87

BRASÍLIA
SEPN – Quadra 515, Bloco C, Loja 32 – Asa Norte
70.770-900 – Brasília
Tel.: (61) 348-7100 – Fax: (61) 347-4120
www.sebrae.com.br
PROJETO DESENVOLVENDO CASOS DE SUCESSO

OBJETIVO
O Projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso foi concebido em 2002 a partir das prioridades
estratégicas do Sistema SEBRAE com a finalidade de disseminar na própria organização, nas
instituições de ensino e na sociedade as melhores práticas de empreendedorismo individual e
coletivo observadas no âmbito de atuação do SEBRAE e de seus parceiros, estimulando sua
multiplicação e fortalecendo a Gestão do Conhecimento do SEBRAE.

METODOLOGIA “DESENVOLVENDO CASOS DE SUCESSO”


A metodologia adotada pelo projeto é uma adaptação do consagrado método de estudos
de caso aplicado em Babson College e Harvard Business School, que se baseia na história
real de um protagonista, que, em dado contexto, se encontra diante de um problema ou de
um dilema que precisa ser solucionado. Esse método estimula o empreendedor, o aluno ou a
instituição parceira a vivenciar uma situação real, convidando-o a assumir a perspectiva do
protagonista.

O LIVRO HISTÓRIAS DE SUCESSO – Edição 2004


Esse trabalho é o resultado de uma das ações do projeto Desenvolvendo Casos de Su-
cesso, elaborado por colaboradores do Sistema SEBRAE, consultores e professores de ins-
tituições de ensino parceiras. Esta edição é composta por três volumes, em que se
descrevem 76 estudos de casos de empreendedorismo, divididos por área temática:
• Volume 1 – Artesanato, Turismo e Cultura, Empreendedorismo Social e Cidadania.
• Volume 2 – Agronegócios e Extrativismo, Indústria, Comércio e Serviço.
• Volume 3 – Difusão Tecnológica, Soluções Tecnológicas, Inovação, Empreendedorismo e
Inovação.

DISSEMINAÇÃO DOS CASOS DE SUCESSO DO SEBRAE


O site Casos de Sucesso do SEBRAE (www.casosdesucesso.sebrae.com.br) visa divulgar as
experiências geradas a partir das diversas situações apresentadas nos casos, bem como suas
soluções, tornando-as ao alcance dos meios empresariais e acadêmicos.
O site apresenta todos os estudos de caso das edições 2003 e 2004, organizados por área de
conhecimento, região, municípios, palavras-chave e contém, ainda, vídeos, fotos, artigos de
jornal, que ajudam a compreender o cenário onde os casos se passam. Oferece também um
manual com orientações para instrutores, professores e alunos de como utilizar o estudo de caso
na sala de aula.
As experiências relatadas ilustram iniciativas criativas e empreendedoras no enfrentamento
de problemas tipicamente brasileiros, podendo inspirar a disseminação e aplicação dessas
soluções em contextos similares. Esses estudos estão em sintonia com a crescente importância
que os pequenos negócios vêm adquirindo como promotores do desenvolvimento e da geração
de emprego e renda no Brasil.
Boa leitura e aprendizado!

Gustavo Morelli
Gerente da Unidade de Estratégias e Diretrizes
Renata Barbosa de Araújo Duarte
Coordenadora do Projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso

HISTÓRIAS DE SUCESSO – EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2004


ATIVIDADE MOVELEIRA: TRANSFERÊNCIA
TECNOLÓGICA PARA O DESENVOLVIMENTO
MARANHÃO
MUNICÍPIO: IMPERATRIZ

INTRODUÇÃO

A cidade de Imperatriz, a sudoeste do Maranhão, possui uma situação


geográfica privilegiada. Está localizada no centro produtor do agro-
negócio regional e próximo aos centros consumidores, eqüidistante das
capitais dos Estados do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste. Possui uma
moderna infra-estrutura multimodal de transportes de alta capacidade.
Essas condições favoráveis têm sido determinantes para seu desenvolvi-
mento econômico.
Um dos setores mais estimulados por essas potencialidades foi a ati-
vidade moveleira, em virtude da proximidade das reservas de madeira e
da localização estratégica. O crescimento e a consolidação dessa indús-
tria acabaram por contribuir significativamente para o desenvolvimento
da região.
Na década de 1960, alguns empresários estabeleceram as movelarias
da região, explorando as vantagens de montar empresas próximas da
fonte de matéria-prima, um importante fator competitivo nesse tipo de
negócio. Com isso, instalaram-se as primeiras unidades fabris no
Maranhão, que passaram a explorar o mercado local concorrendo com
os produtores artesanais. Desde então, e ainda mais em anos recentes,
as vendas de móveis da região vêm aumentando.
As vantagens comparativas da região e a tradição da indústria de
móveis despertaram a atenção dos empresários para o potencial do pólo
moveleiro1. Em 2003, Dimas da Silva, juntamente com mais cinco empre-
sários da região de Imperatriz, percebeu que poderia inserir-se em novos
mercados e ultrapassar em muito os limites do setor. Porém, necessitavam
melhorar em uma série de aspectos. Apesar da crescente demanda e das
vantagens competitivas, a produção enfrentava graves problemas: elevado

Fernanda Guimarães, técnica da Unidade de Projetos Especiais do SEBRAE/MA, elaborou o estudo


de caso sob a orientação da professora Sandra Regina Holanda Mariano, da Universidade Federal
Fluminense (UFF), integrando as atividades do Projeto Desenvolvendo Casos de Sucesso do SEBRAE.
1
Embora a região já tivesse tradição e participação expressiva no Estado por meio da atividade
moveleira, ainda não constituía um pólo no País, em virtude de sua pequena representatividade
quando comparada à indústria de móveis nacional.

HISTÓRIAS DE SUCESSO – EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2004 1


Acervo SEBRAE/MA

DEPÓSITO DE MADEIRA SECA


Acervo SEBRAE/MA

CHÃO DE FÁBRICA
ATIVIDADE MOVELEIRA: TRANSFERÊNCIA TECNOLÓGICA PARA O DESENVOLVIMENTO – SEBRAE/MA

desperdício de matéria-prima, perda de ferramentas de corte durante a


afiação, falhas no tratamento da madeira. Conseqüentemente, o produto
final tinha pouca qualidade e baixa aceitação no mercado nacional.
Como adequar-se às normas e tornar-se mais competitivo perante o
mercado? Eis o grande desafio que Dimas e seu grupo deveriam superar.

VOCAÇÃO NATURAL

S egundo dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e


Social (BNDES)2, a indústria brasileira de móveis é constituída por
aproximadamente 13.500 micro, pequenas e médias empresas, que em-
pregam cerca de 185 mil pessoas. A Associação Brasileira das Indústrias
do Mobiliário (Abimóvel)3 estima, no entanto, que, entre empresas for-
mais e informais, existam atualmente no País mais de 50 mil unidades
produtoras de móveis, formadas em sua maioria por empresas familiares
tradicionais.
Entre os principais fatores positivos que marcaram o desenvolvimento
do setor de móveis, podem ser destacadas a estabilização da economia
e a ampliação do mercado interno, o que incorporou novos consumi-
dores, antes excluídos do mercado.
Em 1999, a política cambial vigente levou a uma contração na produ-
ção de móveis. Em 2000, com uma taxa de câmbio mais estável e uma
recuperação econômica geral, o setor voltou a apresentar um bom cres-
cimento. A Figura 1, a seguir, apresenta a estimativa de faturamento
realizada anualmente pela Abimóvel, em levantamento feito pelas asso-
ciações regionais e/ou locais.
As unidades industriais localizavam-se, em sua maioria, na região
centro-sul do Brasil e respondiam por 90% da produção nacional e 70%
da mão-de-obra empregada pelo setor. Em alguns Estados consolidaram-
se importantes pólos moveleiros, como os de Bento Gonçalves (Rio
Grande do Sul), São Bento do Sul (Santa Catarina), Arapongas (Paraná),
Mirassol, Votuporanga e São Paulo (São Paulo), Ubá (Minas Gerais) e
Linhares (Espírito Santo).

2
BRASIL. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os novos desafios para a
indústria moveleira do Brasil, 2002. Disponível em: http://www.bndes.gov.br. Acesso em: 2 ago. 2004.
3
BRASIL. Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimovel). Disponível em: http://www.
abimovel.org.br. Acesso em: 2 ago. 2004.

HISTÓRIAS DE SUCESSO – EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2004 3


SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS

FIGURA 1: FATURAMENTO DA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE MÓVEIS (1994-2001)


em bilhões de reais

12
9,7
10
8
7,3
6,2 8,8
6 7,4
3,9 6,2
4
3,7
2
0
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001

Fonte: Abimóvel.

Além desses tradicionais pólos, existiam alguns outros menores, em


municípios próximos a eles, e também em outros Estados, onde dezenas
ou centenas de pequenas empresas estavam constituídas sem que essas
regiões fossem caracterizadas formalmente como “pólos moveleiros”. A
Tabela 1 mostra a distribuição dos pólos moveleiros e potenciais do Brasil.
O sudoeste do Estado do Maranhão apresenta vocação natural para o
desenvolvimento da atividade moveleira. Essa atividade teve início na
década de 1960, com a exploração extrativa de diversas variedades de
madeira, que posteriormente eram exportadas para as regiões fabri-
cantes de móveis. A proximidade das reservas de matéria-prima e a faci-
lidade para o escoamento da produção, permitindo uma significativa
redução de custos com aquisição de madeira e transporte, favoreceram
a instalação das primeiras unidades fabris na região, tornando-se a cida-
de de Imperatriz o maior centro madeireiro do Estado.
As indústrias presentes na cidade de Imperatriz eram, em sua grande
maioria, de pequeno e médio porte. De acordo com estudo realizado pelo
SEBRAE/MA4 em 2002 nas empresas localizadas na região, a atividade
obteve um faturamento de US$ 27 milhões. Desse montante, 8% originou-
se de microempresas, 52% de pequenas, 32% de médias empresas e 8%
de grandes empresas, gerando 2.135 empregos diretos e 10.675 indiretos.

4
Diagnóstico do arranjo produtivo de madeira e móveis, realizado pelo consultor Júlio César
Barbosa Bezerra, SEBRAE, ago. 2002.

4 EDIÇÃO 2004 HISTÓRIAS DE SUCESSO – EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS


ATIVIDADE MOVELEIRA: TRANSFERÊNCIA TECNOLÓGICA PARA O DESENVOLVIMENTO – SEBRAE/MA

TABELA 1: PÓLOS MOVELEIROS CONSOLIDADOS E POTENCIAIS NO BRASIL


Paraná Arapongas Espírito Santo Linhares
Curitiba Colatina
Londrina Vitória
Cascavel Minas Gerais Ubá
Francisco Beltrão Bom Despacho
Santa Catarina São Bento do Sul Martinho Campos
Rio Negrinho Uberaba
Coronel Freitas Uberlândia
Pinhalzinho Governador Valadaresa
São Lourenço d’Oeste Vale do Jequitinhonhaa
Rio Grande do Sul Bento Gonçalves Carmo do Cajuru
Caxias do Sul São Paulo Votuporanga
Restinga Seca Mirassol
Santa Maria São Paulo
Erechim Bálsamo
Lagoa Vermelha Jaci
Passo Fundo Neves Paulista
Canela Rio de Janeiro Nova Iguaçu*
Flores da Cunha Duque de Caxias*
Gramado Bahia Salvador*
Amazonas Manaus* Pernambuco Recife*
Maranhão Imperatriz* Ceará Fortaleza*

Fonte: Movergs.
* Potenciais pólos moveleiros

Imperatriz é a segunda maior cidade do Maranhão e uma das cem


mais populosas do Brasil, apresentando em 2000 um Índice de Desen-
volvimento Humano (IDH) de 0,722 5. É denominada regionalmente
como a “metrópole da integração nacional”, em virtude dos diversos
modais de transporte existentes: aeroportuário, ferroviário, rodoviário
e hidroviário. Possui relativa eqüidistância em relação às capitais
dos Estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, fato que
influenciou o surgimento de um grande número de empresas de trans-
porte. Em razão do volume de negócios, também foi classificada como
a “capital econômica do interior maranhense”. Segundo o Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2000, Imperatriz apresentava
um Produto Interno Bruto (PIB) anual de R$ 442.582,41, dos quais 11,32%
representam o setor industrial.

5
BRASIL. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Disponível em: http://www.ipea.gov.br.
Acesso em: 2 ago. 2004.

HISTÓRIAS DE SUCESSO – EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2004 5


SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS

FIGURA 1: PRINCIPAIS VIAS DE ACESSO DO MARANHÃO

Fonte: Ministério dos Transportes. Disponível em: <http://www.transportes.gov.br/bit/estados/port/ma.htm>.

A infra-estrutura do município é apropriada para receber investimentos


fabris no setor de móveis. As condições geográficas, econômicas e popu-
lacionais agregaram a Imperatriz fatores comparativos e competitivos que
proporcionaram à cidade um cenário com boas condições estratégicas em
termos de desenvolvimento, o que lhe possibilitou ficar sob o olhar de
investidores privados e de planejadores públicos.
As indústrias do setor instaladas na região estavam próximas às
grandes reservas de madeiras nobres e seminobres, localizadas no
Maranhão e no Estado vizinho do Pará. Segundo levantamento feito
pelo SEBRAE em 20026, a região possui disponibilidade de matéria-
prima a baixo custo, suficiente para suprir a indústria por muito tempo.
6
Diagnóstico do arranjo produtivo de madeira e móveis, realizado pelo consultor Júlio César
Barbosa Bezerra, SEBRAE, ago. 2002.

6 EDIÇÃO 2004 HISTÓRIAS DE SUCESSO – EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS


ATIVIDADE MOVELEIRA: TRANSFERÊNCIA TECNOLÓGICA PARA O DESENVOLVIMENTO – SEBRAE/MA

O sistema produtivo das indústrias de móveis caracterizava-se por


diversos processos, de acordo com os materiais com que os móveis
eram confeccionados – madeira, metal e outros – e dos usos a que se
destinavam – em especial móveis para residência e para escritório. A
maior parte dos fabricantes utilizava um processo artesanal de pro-
dução, feita por encomenda; apenas as empresas maiores trabalhavam
com produção em série. Além disso, devido a aspectos técnicos e
mercadológicos, as empresas, em geral, eram especializadas em um ou
dois tipos de móveis, como, por exemplo, de cozinha e de banheiro,
estofados, entre outros.
A região produzia os mais variados tipos de móveis, em sua maioria
confeccionados em madeira maciça. O portfólio incluía produtos de
diversas categorias, desde móveis populares até os mais sofisticados.
Segundo a Abimóvel, no Brasil, os móveis residenciais participam
com 60% da produção total do setor, e os 40% restantes dividem-se em
móveis para escritório (25%) e móveis institucionais para escolas, con-
sultórios médicos, hospitais, restaurantes, hotéis e similares (15%).
No que diz respeito ao design dos produtos confeccionados, as em-
presas não possuíam um diferencial. Em geral, copiavam modelos de
revistas, seja por iniciativa da empresa, seja a pedido dos clientes, po-
rém sem uma linha própria que marcasse seu estilo.
Do ponto de vista da produção, o processo se caracterizava pelo
baixo nível de tecnificação, com predomínio de técnicas tradicionais
e ultrapassadas de fabricação. Além disso, a mão-de-obra era de
baixa qualificação. Isso acarretava uma série de problemas: perdas de
ferramentas de corte em decorrência do mau uso, falhas no trata-
mento da madeira e, conseqüentemente, produtos de baixa qualidade
e acabamento, altos índices de desperdício de matéria-prima, energia
elétrica etc., problemas de planejamento da produção, cálculos
errados quanto à necessidade de matéria-prima, resultando em dimi-
nuição da produtividade, aumento dos custos e insatisfação dos
clientes. Além disso, o layout das empresas era construído de ma-
neira intuitiva, e os controles eram muitas vezes precários, ocasio-
nando processos de produção demorados e induzindo ainda mais a
ineficiência na produção.
Diante dessas dificuldades, o setor moveleiro da região se restringia
quase que 100% ao mercado local, com participação inexistente em
outras regiões.

HISTÓRIAS DE SUCESSO – EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2004 7


SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS

A situação de Dimas da Silva não era diferente. Dentro de sua


pequena empresa, tinha dificuldade na preparação da matéria-prima
devido às falhas no processo de secagem da madeira, o que resultava
em produtos de baixa qualidade e pouca durabilidade, além do des-
perdício de energia elétrica com o tempo gasto para secagem. Suas
peças apresentavam manchas, rachaduras e empenamentos e, conse-
qüentemente, tinham seu valor de venda depreciado e baixa acei-
tação perante os clientes, acarretando prejuízo para a empresa. E
ainda enfrentava problemas de perda de ferramentas, que possuíam
pouca durabilidade do fio e baixa vida útil devido ao uso incorreto
de técnicas, também comprometendo o acabamento dos móveis, que
adquiriam durante o processo de feitura falhas grosseiras e rebarbas.
Como se não bastasse, sua empresa costumava atrasar a produção
por causa da falta de planejamento, problema comum nas empresas
da região.
Consciente de suas deficiências, em janeiro de 2003, Dimas da Silva
uniu-se a um grupo de cinco empresários, através do Sindicato das
Indústrias de Madeira e Móveis de Imperatriz e Região (Sindimmir),
para iniciar um processo de mudança rumo à qualidade. Com isso,
iniciaram uma longa caminhada com destino ao desenvolvimento e
sustentabilidade de sua empresa.

A CAMINHO DA PRODUÇÃO EFICIENTE

D urante o período de 2001/2002, por meio do projeto Competir, o


SEBRAE realizou ações direcionadas ao setor moveleiro com o intuito
de diagnosticar a situação do setor e sensibilizar os empresários para a
necessidade de se adequarem às exigências do mercado. Essas ações con-
templaram capacitações empresariais por meio de consultorias, cursos e
treinamentos, implantação de programas de gestão, disseminação tecno-
lógica, acesso a mercado, busca de novos canais de comercialização e
estímulo à cooperação.
Diante das necessidades do setor, o SEBRAE, em parceria com
instituições como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(Senai) e o Sindimmir, iniciou ações com o intuito de estruturar e for-
talecer o setor moveleiro da região, dando suporte tecnológico a esse
arranjo produtivo por meio de projetos específicos, como os Progra-

8 EDIÇÃO 2004 HISTÓRIAS DE SUCESSO – EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS


ATIVIDADE MOVELEIRA: TRANSFERÊNCIA TECNOLÓGICA PARA O DESENVOLVIMENTO – SEBRAE/MA

mas SEBRAE de Consultoria Tecnológica (Sebraetec), Eficiência Ener-


gética, Competir, Comércio Exterior, entre outros.
Sabedores das ações do SEBRAE, Senai e Sindimmir, Dimas da Silva
e seu grupo buscaram apoio com o intuito de implantar melhorias em
seus processos e produtos. Afinal, as propostas das instituições vinham
bem ao encontro de suas preocupações.

DIAGNOSTICANDO E IMPLANTANDO NOVOS PROCESSOS


PRODUTIVOS

O trabalho iniciou-se com um diagnóstico realizado na empresa de


Dimas da Silva e de outros cinco empresários na mesma situação.
Contou com o apoio do Senai/SC, que ajudou a detectar as necessidades
e problemas produtivos enfrentados. Com isso, foi dada a largada para
promover o desenvolvimento de todo o setor moveleiro da região.
De posse do diagnóstico, deu-se início ao processo de mudança a fim
de desenvolver a gestão do conhecimento através de transferência de
tecnologia e consultoria para atualização, capacitação e implementação
de tecnologias de processos nas empresas. Essa ação foi implementada
com o apoio do Sebraetec, um programa de consultoria tecnológica que
permite às micro e pequenas empresas e empreendedores incorporarem
conhecimentos tecnológicos e promoverem a inovação por meio de sub-
sídio aos custos dos serviços de consultoria tecnológica.
Embora as possibilidades de êxito fossem muitas, fez-se necessário
traçar uma estratégia de ação para que as mudanças no processo produtivo
resultassem em maior produtividade e se ampliassem as oportunidades de
mercado, trazendo ganhos para os empreendedores e para a população
em geral. As soluções foram implementadas em quatro áreas: Secagem de
Madeira; Afiação de Ferramentas de Corte de Madeira; Planejamento;
Programação e Controle da Produção e Gerenciamento Visual.
A primeira área atendida pelo programa foi a preparação da matéria-
prima. A secagem da madeira é uma etapa muito importante para a
indústria moveleira, pois a umidade influi diretamente na qualidade das
operações de usinagem, colagem, lixamento, montagem e acabamento
final, e constitui uma das fases mais importantes do processamento da
matéria-prima destinada à fabricação do móvel. Durante a fase de seca-
gem define-se a qualidade final da madeira.

HISTÓRIAS DE SUCESSO – EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2004 9


SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS

Para solucionar os problemas foram realizados treinamentos opera-


cionais sobre a secagem de madeira. Durante essa etapa, os empresários e
funcionários tiveram como meta conhecer e aferir instrumentos de corte
da madeira, bem como fazer cálculos técnicos para dimensionamento de
estufas, desenvolvimento de programas de secagem, e a implementação
de procedimentos e fluxogramas. As tecnologias utilizadas foram:
a) estudo da matéria-prima;
b) treinamento operacional;
c) implantação dos procedimentos;
d) diagnóstico e aferição dos instrumentos;
e) acompanhamento do pré-corte da madeira;
f) desenvolvimento de programas de secagem;
g) classificação para pré-corte de madeira;
h) programa de manutenção;
i) avaliação de resultados.
As consultorias e treinamentos realizados facilitaram a introdução de
novos métodos, técnicas e processos, como os programas e melhoramen-
tos na secagem, possibilitando várias melhorias, entre as quais podem ser
citadas: redução nos defeitos de secagem, a conscientização e aplicação
das normas de segurança e o uso correto de equipamentos de proteção
individual para secagem e processos de produção, a redução da área para
estocagem de madeira, a diminuição do tempo de secagem com
economia de energia elétrica e maior controle do processo de secagem.
A organização do setor de secagem possibilitou simplificar as ativi-
dades de secagem, proporcionando a utilização de fundamentos teóri-
cos, o que gerou maior produtividade e melhor qualidade dos produtos
secados.
A segunda ação relacionava-se com a atividade de afiação de ferra-
mentas de corte para madeira. Nessa etapa, foram repassados conhe-
cimentos teóricos e práticos em máquinas, ferramentas e abrasivos
utilizados durante a afiação. Foram empregadas técnicas de geometria
de corte das ferramentas e cálculos para repotenciamento, observando
as normas de higiene e segurança do trabalho.
As tecnologias transferidas durante essa etapa possibilitaram aos
envolvidos no processo produtivo conhecer melhor os diferentes ma-
teriais e tipos de ferramentas de corte para madeira, além de pro-
porcionarem a prática operacional e a higiene e segurança durante o
processo de afiação.

10 EDIÇÃO 2004 HISTÓRIAS DE SUCESSO – EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS


ATIVIDADE MOVELEIRA: TRANSFERÊNCIA TECNOLÓGICA PARA O DESENVOLVIMENTO – SEBRAE/MA

Com as novas técnicas de afiação, as empresas obtiveram melhor


acabamento nas peças, melhor colagem e redução do uso de lixas para
acabamento final, além de conseguir maior economia com ferramentas,
serras e fresas e rolamentos das máquinas.
A terceira etapa teve por objetivo despertar os empresários e funcio-
nários quanto à importância do planejamento, programação e controle
da produção. Durante essa fase foram realizados consultorias, treina-
mentos, trabalhos em grupo para planejamento e controle de proces-
sos produtivos. As consultorias buscaram implantar os conceitos de
gestão de organização por processos e busca da melhoria contínua,
utilizando a seqüência “conhecer, identificar e agir”, com o intuito de
guiar o processo produtivo e coordená-lo com os setores adminis-
trativos das empresas.
A utilização da metodologia de planejamento, programação e controle
da produção trouxe maior segurança às tomadas de decisões das empre-
sas. Buscava-se melhor produtividade dos setores de produção, respei-
tando prazos, quantidades e qualidade. As ações eram direcionadas à
garantia dos prazos de entrega, à satisfação dos clientes, à garantia da
qualidade dos produtos e à otimização da produção e mão-de-obra.
Com a implantação do sistema do Planejamento, Programação e
Controle da Produção (PPCP), os diferentes setores de produção come-
çaram a melhorar sua comunicação, passando a requerer o material
específico a cada lote de produção. A administração por processo
começou a alcançar as metas planejadas, além de facilitar o supervisio-
namento da produção.
Os empresários puderam aprender que o planejamento é uma boa
ferramenta para que eles possam conseguir tempos mínimos ociosos, agi-
lizando a entrega dos produtos na data prevista. Além disso, perceberam
que para se conseguir um bom resultado é necessário manter um
minucioso controle do estoque para obter uma situação de equilíbrio.
Durante essa etapa também foram realizadas alterações no layout a
fim de proporcionar uma otimização na movimentação durante o pro-
cesso produtivo, diminuindo os custos com movimentação e usina-
mento de peças.
Por fim, foram implementadas ações visando ao gerenciamento
visual, em que se mostrou como a visibilidade da gestão facilita e
apóia a implantação de ferramentas administrativas. Nessa etapa, abor-
dou-se a necessidade de os envolvidos nos processos produtivos se

HISTÓRIAS DE SUCESSO – EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2004 11


SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS

comprometerem com a informação e seus resultados. Com isso, as em-


presas puderam melhorar a visualização da produção e das células de
trabalho, proporcionando maior produtividade, além de permitir que
clientes, visitantes e fornecedores se situassem melhor dentro das
indústrias. As medidas adotadas para a implantação das melhorias
visuais foram:
a) uso de placas indicativas, lembretes, avisos, indicações, exposições,
sinalizações e quadros;
b) adequação de espaços e melhoramento de postos de trabalho.
Ao término dos trabalhos e após a implantação das sugestões, os
empresários puderam observar várias melhorias, como: melhoria da
qualidade dos produtos e serviços; melhoria da qualificação da mão-
de-obra; atendimento à legislação específica; melhoria na segurança e
saúde no trabalho e maior preocupação com a satisfação do cliente.
As ações de consultoria e transferência de tecnologia realizadas pro-
porcionaram redução nos custos e significativa melhoria nos resultados.
As empresas passaram a fazer o uso racional da matéria-prima e ferra-
mentas, oferecendo melhores condições de trabalho. A utilização de
gerenciamento de processos, racionalização e gerenciamento visual tor-
nou-se uma realidade, o que proporcionou excelentes frutos, como
melhor aceitação de seus produtos perante os clientes, melhoria da quali-
ficação da mão-de-obra, melhoria da posição no mercado, redução no
tempo de produção, melhoria nas condições de trabalho, diminuição de
desperdícios, melhoria na segurança e saúde no trabalho.
Diante do sucesso dessa iniciativa, outros empresários do setor
moveleiro da região se motivaram para incorporar tecnologias seme-
lhantes, expandindo suas ações para os pólos de Açailândia e
Buriticupu. Também se observou maior união dos microempreendi-
mentos para, juntos, buscarem as melhorias em seus processos, o que
criou um ambiente favorável para o desenvolvimento e amadure-
cimento do setor.

12 EDIÇÃO 2004 HISTÓRIAS DE SUCESSO – EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS


ATIVIDADE MOVELEIRA: TRANSFERÊNCIA TECNOLÓGICA PARA O DESENVOLVIMENTO – SEBRAE/MA

CONCLUSÃO

A s parcerias realizadas e a motivação dos empresários foram fatores


essenciais para a superação das dificuldades. Mesmo com as ações
implementadas, as empresas ainda tinham muitos passos a percorrer para
garantir o crescimento no mercado. As ações de continuidade devem con-
duzir à consolidação das empresas.
Há um longo caminho a percorrer. Muitas são as fragilidades da
pequena empresa, especialmente a timidez para enfrentar mercados
mais desenvolvidos e a acomodação em se tornarem simplesmente
executoras de projetos e idéias importadas.
Os esforços empreendidos pelo grupo de empresários, visando su-
perar as limitações existentes, demonstram que as iniciativas são acer-
tadas, embora haja muito trabalho ainda a ser feito para garantir o
diferencial e a sustentabilidade das empresas.
Nesse tocante, o desafio será criar condições para que as ações
planejadas possam ser colocadas em prática e buscar novos caminhos
para garantir a sustentabilidade das empresas em um mercado compe-
titivo. Um dos fatores que precisa ser levado em consideração diz
respeito à utilização de madeira certificada, assegurando a preservação
do meio ambiente e a inserção do design nos produtos como diferencial.
O design tem sido considerado o ponto mais vulnerável da indústria
moveleira nacional. Deve ser aprimorado não só pelo fato de se pre-
tender expandir as exportações, mas sobretudo para atender a uma par-
cela considerável do mercado brasileiro de maior poder aquisitivo. Esse
mercado é exigente, mas está disposto a pagar preços razoavelmente
maiores por produtos que considere elegantes, funcionais e resistentes.
Uma das dificuldades encontradas reside na falta de estrutura de
ensino superior na região onde a atividade moveleira está situada. A
formação de mão-de-obra especializada constitui um importante fator
para a promoção do design no setor moveleiro, fazendo-se necessários
a criação de novas escolas técnicas e um melhor aproveitamento das
existentes. Outro aspecto relevante diz respeito ao levantamento con-
tinuado de informações sobre as preferências de mercado, tornando-se
necessária uma interação entre cliente e produtor, a fim de obter um
maior resultado quanto à inserção de design nos produtos. Não basta
apenas ter a capacidade de inovar, é preciso buscar inovações
continuamente, para manter a competitividade do setor.

HISTÓRIAS DE SUCESSO – EXPERIÊNCIAS EMPREENDEDORAS EDIÇÃO 2004 13


SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO:

• Como se articularia e se manteria uma rede de parceiros capazes de


dar sustentabilidade e continuidade às melhorias implantadas?

• Após as melhorias consolidadas, quais seriam os principais desafios


que os empresários enfrentariam para a solidificação da atividade?

• Como essa experiência poderia ser multiplicada para outros pólos?

AGRADECIMENTOS

Diretoria Executiva do SEBRAE/MA: Ana Maria Ramos Cavalcante, Hélio da Silva Maia Filho, João
Vicente de Abreu Neto.

Coordenação Técnica: Keila Maria Pontes da Silva, gerente da Unidade de Projetos Especiais.

Colaboração: Hildenê da Silva Maia, da Unidade de Projetos Especiais; Laurene Maia Leite, da
Unidade de Comunicação e Marketing.

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