Aula2 Lógica

Lógica Aplicada à Computação
Lógica aplicada à Computação

Engenharia de Software
Prof.ª: Clarissa Avelino Xavier de Camargo
1. Introdução
2. Argumentos
3. Proposições Válidas
4. Alfabeto da Lógica Proposicional
5. Fórmulas da Lógica Proposicional
6. Tabelas-Verdade dos Conectivos
Engenharia de Software – UniRV 1

Um caipira encontra um professor com um livro debaixo do braço.

Pergunta, então:
-O que é isso, moço?
-É um livro de Lógica!, reponde o professor.
-Lógica? Pra quê serve isso?
-Lógica é uma coisa que ajuda a gente a raciocinar, a tirar conclusões. Por
exemplo, você tem cachorro em casa? Pergunta o professor.
-Tenho, sim senhor.
-Então, quando você chega em casa, ele faz festa.
-Faz, sim senhor.
-E daí traz seu chinelo na boca.
-Traz, sim senhor.
-Então você não tem chulé!
-É verdade! Qui maravilha, sô!
-Viu? É assim que funciona a Lógica.
O caipira, empolgado com o que aprendera, compra o

livro de lógica e vai mostrar a um amigo:
-Cumpadre, veja que trem bão é a Lógica!
-Lógica? Que é isso?
-Deixa eu mostrar procê: Ocê tem cachorro em casa?
-Não, responde o amigo.
-Então ocê tem um chulé brabo, cumpadre! Não é
verdade?

“Lógica, linguagem, argumentação, são palavras

extremamente interligadas, visto que nos fazemos
entender, defendemos nossos pontos de vista,
justificamos teorias através do recurso à linguagem, oral
ou escrita.”

“O lógico, contudo, se ocupa da coerência do discurso

sem levar em conta o tema sobre o qual esse versa. O
ponto central desta questão está na distinção entre
verdade lógica e verdade factual.”
Oferecer o embasamento
conceitual e teórico da área
Apresentações
da lógica computacional.
Aplicar os conhecimentos
no desenvolvimento de
sistemas e analisar
criticamente os desafios
envolvidos na área.

Áreas
Sistemas Digitais:
Para que um computador
Apresentações
possa armazenar dados,

tomar decisões sobre
dados de entrada e gerar
uma saída, é preciso de
Lógica Matemática: redução do circuito certos recursos: hardware
Áreas
Inteligência Artificial:
Sistemas Especialistas
Apresentações
Programas de computador
que procuram atingir
soluções de determinados
problemas do mesmo modo
que especialistas humanos;

Áreas
Inteligência Artificial:
Sistemas Especialistas
Apresentações
Lógica aplicada que seja

capaz de tomar certas
decisões analisando seu Akinator, o Gênio da Internet
conjunto de regras.
 Aplicações práticas: desenvolvimento de máquinas em

computação, especificação de sistemas, inteligência
artificial, programação de computadores, linguagens de
programação e em outras áreas da ciência da
computação, bem como outros campos de estudo.

 Para justificar ou provar algo, o que fazemos é

raciocinar.
 Técnicas de Lógica podem ser aplicadas para

compreendermos nosso raciocínio, a nossa prova.
 Objetivo da Lógica é proporcionar uma capacidade

crítica.
 As regras lógicas nos dão um significado preciso para

sentenças matemáticas. Tais regras são usadas para
distinguir entre argumentos válidos e inválidos.
 Objetivo desta aula: Reconhecer argumentos válidos e

construir fórmulas da linguagem proposicional.

 É tarefa da Lógica investigar o fator determinante da

coerência do discurso e das argumentações;
 Para tanto, linguagens artificiais foram determinadas
para realizar a abstração do conteúdo dos discursos e
colocar em evidência a forma destes para investigação,
livres da ambiguidade da língua falada;
 As linguagens artificiais construídas com esse fim são
usualmente chamadas de linguagens formais.

 Lógica...
◦ Tem como objeto de estudo e investigação a validade de
argumentos.
 Argumento...
◦ Explicitação de um raciocínio em alguma linguagem.
◦ Para explicitar um raciocínio é usual ter uma ou mais
proposições para justificar outra proposição.
◦ Esta explicitação é chamada argumento, que é constituído de
sentenças, dentre as quais, uma delas é chamada conclusão e as
demais, premissas.
 A proposição “João será campeão” é expressa pela

respectiva conclusão:
◦ Se João vencer o último jogo, então será campeão.
◦ João venceu o último jogo.
◦ Logo, João será campeão.

 É necessário distinguir as sentenças das proposições,

pois duas sentenças que constituem orações distintas
(consistem de diferentes palavras, dispostas de modo
diferente), podem ter o mesmo significado:
◦ A fábrica foi invadida pelos operários;
◦ Os operários invadiram a fábrica.
 É importante saber que a mesma sentença pode ser a
premissa de um dado argumento e a conclusão de outro
argumento.
 A conclusão pode vir precedida de uma palavra

conclusiva:
◦ A condição necessária para que João seja admitido na empresa é
que ele obtenha média superior a sete no concurso, porém sua
média foi inferior a sete. Logo, ele não foi admitido.
 Também pode vir depois de uma palavra explicativa:
◦ Eu não fui viajar, pois só iria caso meu salário tivesse sido
aumentado, mas isso não aconteceu.

 Os argumentos válidos são aqueles em que a verdade

das premissas garante a verdade da conclusão:
◦ Eu não fui viajar, pois só iria caso meu salário tivesse sido
aumentado, porém isso não aconteceu;
◦ A condição necessária para que João seja admitido na empresa é
que ele obtenha média superior a sete no concurso, porém sua
média foi inferior a sete. Logo, ele não foi admitido.
 Argumento inválido:
◦ Maria vai à missa apenas aos domingos. Hoje é domingo. Logo,
Maria foi à missa hoje.
 É possível que seja domingo, contudo Maria não tenha ido à missa.
 É um argumento inválido que parece válido.
 Mostra-se que um argumento é falacioso, mostrando

que é possível, ou provável, que suas premissas sejam
verdadeiras, porém sua conclusão seja falsa.
◦ Apenas homens casados têm filhos.
◦ João é um homem casado.
◦ Logo, João tem filhos.

 Conceito de Proposição:
◦ Todo o conjunto de palavras ou símbolos que exprimem um

pensamento de sentido completo.
◦ Afirmam fatos ou exprimem juízos.

 Proposições (Átomos)
 Sentença declarativa (isto é, uma sentença que declara

um fato), que pode ser verdadeira ou falsa, mas não
ambas.
 Os fatos do mundo real são representados por

sentenças
 Princípio da Não-Contradição: uma proposição

não pode ser verdadeira ou falsa ao mesmo
tempo;
 Princípio do Terceiro Excluído: Toda a

proposição ou é verdadeira ou é falsa, isto é,
verifica-se sempre um destes casos e nunca um
terceiro.

 Simples ou atômicas: a, b, c;
 Compostas ou moleculares: A, B, C;
 Conectivos: palavras que se usam para formar

novas proposições.
Proposições (Átomos)
Proposições Validade na Lógica

Proposicional
Dez é menor do que sete
Como você está?
Como ela é talentosa!
Existe vida em outros planetas

◦ Na língua portuguesa temos sentenças do tipo:

imperativa, interrogativa e declarativa.
◦ Ex.:
 Imperativa: “Beba água!”
 Interrogativa: “Você levantou cedo?”
 Declarativa: “Eu vi José com uma luneta.”
“Eu vi José com uma luneta.”
Ambiguidade!

◦ As sentenças a seguir são proposições válidas. Verifique

se são verdadeiras ou falsas?
a) Brasília é a capital do Brasil.

b) Buenos Aires é a capital da Venezuela.
c) 1+1=2, sendo conjunto dos número inteiros.
d) 2+2=3, sendo conjunto dos número inteiros.
◦ As sentenças a seguir são proposições válidas. Verifique

se são verdadeiras ou falsas?
a) Brasília é a capital do Brasil. V

b) Buenos Aires é a capital da Venezuela. F
c) 1+1=2, sendo conjunto dos número inteiros. V
d) 2+2=3, sendo conjunto dos número inteiros. F

◦ As sentenças a seguir são proposições válidas? Se forem

válidas, quais são verdadeiras e falsas?
a) Que horas são?
b) Leia isto cuidadosamente.
c) x+1=2
d) x +y=z
◦ As sentenças a seguir são proposições válidas? Se forem

válidas, quais são verdadeiras e falsas?
a) Que horas são?
b) Leia isto cuidadosamente. imperativa
V ou F, se
c) x + 1 = 2 (Não são proposições, nem V nem F)
atribuirmos
d) x + y = z (Não são proposições, nem V nem F) valores para
as variáveis

• A área da lógica que se preocupa com as proposições

é chamada de cálculo proposicional ou lógica
proposicional;
• Foi desenvolvida sistematicamente a primeira vez por

Aristóteles;
• Mas para fazermos os cálculos temos que conhecer a

linguagem.

 LS ou Lógica Proposicional:
◦ Questões concernentes a sentenças e combinação de sentenças
com as partículas: ‘não’, ‘e’, ‘ou’, ‘se...então’ e ‘se e somente
se’;
 Não esqueça:
◦ Sentenças são expressões de uma dada linguagem que são
verdadeiras ou falsas de maneira exclusiva em um dado
contexto.
 Proposição:
◦ Informação expressa por uma sentença;
 Simples ou Atômicas:
◦ Não há ocorrência de nenhum dos cinco conectivos;
 Compostas ou Moleculares:
◦ Possui ocorrência de pelo menos um conectivo.

• Qualquer forma de raciocínio tem a representação da

informação em uma linguagem adequada.
• Na Língua Portuguesa:
 Alfabeto = a, ..., z, A, ..., Z

 Gramática estabelece regras para a formação de
palavras/sentenças
◦ Ex.:
 d+e → forma a palavra “de”
 e+d → não forma uma palavra
 Constituído por 4 tipos de símbolos:
◦ Símbolos proposicionais;
◦ Símbolos de verdade;
◦ Conectivos proposicionais;
◦ Símbolos de pontuação.

 Símbolos proposicionais:
◦ Usamos letras para indicar as variáveis proposicionais (ou

variáveis declarativas);
◦ Similar ao que fazemos com as variáveis numéricas: 2x=4.
◦ Um conjunto infinito e contável de símbolos proposicionais,

também chamados de átomos, ou de variáveis proposicionais
◦ Convencionaremos: p, q, r, t, p1, q1, ...

Proposições Símbolo Lógica

Proposicional
Dez é maior do que sete p
Buenos Aires é a capital da Venezuela q
 Símbolo de verdade:
◦ Valor verdade de uma proposição é verdadeiro e indicado

por V, se for uma proposição verdadeira = 1;
◦ Valor verdade de uma proposição é falsa e indicado por F, se

for uma proposição falsa = 0;

 Símbolo de verdade:
Proposições Símbolo Lógica Valor Verdade

Proposicional
Dez é maior do que sete p V
Buenos Aires é a capital q F

da Venezuela
 Conectivos Lógicos:
◦ São operadores lógicos que conectam

proposições gerando como resultado novas
proposições

 Conectivos Lógicos Negação ¬, (lê-se: Não):
 - Unário:
◦ Envolve apenas o símbolo proposicional, ¬p;
◦ Definição: Seja p uma proposição. A negação de p, indicada

por ¬p é a sentença: “Não p”.
◦ O valor-verdade da negação de p, ¬p, é o oposto do valor-

verdade de p.

 Exemplo:
◦ p: Dez é menor do que sete.
◦ ¬p : Dez não é menor do que sete.
 Conectivos Lógicos Conjunção ^ (lê-se: E)
 Binário:
◦ Envolve dois símbolos proposicionais, p ^ q

 Conectivos Lógicos Conjunção ^ (lê-se: E):
◦ Definição: Sejam p e q proposições. A conjunção de p e q,

indicada por p ^ q é verdadeira quando ambas são
verdadeiras, e falsa caso contrário.
◦ “Ideia de Multiplicação”
 Conectivos Lógicos Conjunção ^ (lê-se: E):
 Exemplo:
◦ p: Dez é menor do que sete.
◦ q: Existe vida em outros planetas do universo.
◦ p Ʌ q : Dez é menor do que sete e

existe vida em outros planetas do universo.

 Conectivos Lógicos Disjunção V (Lê-se OU):
 Binário:
◦ Envolve dois símbolos proposicionais, p V q
◦ Definição: Sejam p e q proposições. A disjunção de p

e q, indicada por p V q é falsa quando ambas são
falsas, e verdadeira caso contrário.
◦ “Ideia de Soma”

 Exemplo:
 p: Dez é menor do que sete.
 q: Existe vida em outros planetas do universo.
 p V q : Dez é menor do que sete ou

 Conectivos Lógicos Condicionais – Implicação →

(Leia: se então):
 Binário:
◦ Envolve dois símbolos proposicionais, p → q


(Leia: se então):
◦ Definição: Sejam p e q proposições. A implicação de p e

q, indicada por p → q é falsa quando p é verdadeira e q é
falsa, e verdadeira em qualquer outro caso.
◦ p → q , p é a hipótese (antecedente ou premissa) e q é a

conclusão (ou consequência ou consequente)

(Leia: se então)
 Exemplo: “Se eu for eleito, diminuirei os
impostos” Se o político não
for eleito, os
Se ele for eleito e diminuir os imposto = T eleitores não
Se ele for eleito e não diminuir os impostos = F terão nenhuma
Se ele não for eleito e diminuir os impostos = T expectativa sobre
Se ele não for eleito e não diminuir os impostos = T o que tal político
fará com os
impostos.


(Leia: se então)
 Exemplo:
 p → q : Se Dez é menor do que sete então

 Conectivos Lógicos Condicionais – Bi-

implicação ↔ (Leia: se somente se)
 Binário:
◦ Envolve dois símbolos proposicionais, p ↔ q

 Conectivos Lógicos Condicionais – Bi-

implicação ↔ (Leia: se somente se)
◦ Definição: Sejam p e q proposições. A bi-implicação de p

e q, indicada por p ↔ q é verdadeira sempre que p e q
têm o mesmo valor-verdade, e falsa caso contrário. Bi-
implicações também são conhecidas como bicondicionais
 Conectivos Lógicos Condicionais – Bi-implicação

↔ (Leia: se somente se)
 Exemplo:
 p ↔ q : Dez é menor do que sete se e somente se


 As expressões gramaticalmente bem construídas da

linguagem da LP são chamadas de fórmulas (atômicas
ou moleculares).
 Essas cadeias de símbolos do alfabeto são construídas a

partir de 3 regras.
 Símbolos de pontuação
◦ São elementos de pontuação que permitem

estabelecer prioridade de cálculo na fórmula;
◦ “(“e “)”

 Gramática dita regras de como concatenar símbolos;
 Fórmulas são formadas pela concatenação de

símbolos da linguagem proposicional;
 Não é qualquer concatenação de símbolos que gera

uma fórmula

 Definição: As fórmulas da Linguagem da Lógica

Proposicional são construídas de forma indutiva, a
partir dos símbolos do alfabeto.
 É definido como sendo o menor Conjunto das

conjunto, satisfazendo as fórmulas
seguintes regras de formação: proposicionais
 Caso básico: Todo os símbolos proposicionais estão
em LLP; ou seja, P  LLP . Os símbolos proposicionais são
chamados de fórmulas atômicas, ou átomos.
 Caso indutivo 1: Se A LLP , então A LLP .
 Caso indutivo 2: Se A, B  LLP , então ( A  B)  LLP ,
( A  B )  LLP , ( A  B)  LLP , ( A  B )  LLP

 Todo símbolo de verdade é uma fórmula;

 Todo símbolo proposicional é uma fórmula;
 Se H é uma fórmula, então (¬H) é uma fórmula, a negação
de H é uma fórmula;
 Se H e G são fórmulas, então a disjunção de H e G, dada
por (H ˅ G) é uma fórmula;
 Se H e G são fórmulas, então a conjunção de H e G, dada
por: (H ^ G) é uma fórmula;
 Se H e G são fórmulas, então a implicação de H em G,
dada por: (H →G) é uma fórmula;
 Se H e G são fórmulas, então a bi implicação de H e G,
dada por: (H ↔G) é uma fórmula.
 Considere os símbolos p, q e o valor lógico V.

Eles são fórmulas?
 (p ˅ q) é fórmula?
 (p ˅ q) → V é fórmula?
 (rV →) é fórmula?

 Considere os símbolos p, q e true. Eles são

fórmulas?
 (p ˅ q) é fórmula?
 (p ˅ q) → T é fórmula?
 (rT →) é fórmula?
Não é possível obter a fórmula pela definição apresentada anteriormente
 Parênteses e Ordem de Precedência
◦ Parênteses removem interpretações dúbias e provém

clareza
◦ Na matemática: (3 + 5) x 4  3 + (5x4)

 Ordem de precedência:
¬
^˅
→
↔

 De acordo com a definição de fórmula, o uso de
parênteses é obrigatório ao se utilizar conectivos.
Porém, iremos estabelecer algumas abreviações que
serão permitidas


◦ De acordo com a definição de fórmula, o uso de parênteses é
obrigatório ao se utilizar conectivos. Porém, iremos
estabelecer algumas abreviações que serão permitidas



 Tamanho de uma Fórmula
 O tamanho, comprimento ou complexidade de uma

fórmula A, representado por |Aj| é um número inteiro
positivo, também definido por indução estrutural
sobre uma fórmula:
 1. |p| = 1 para toda fórmula atômica p ϵ P
 2. |¬R| = 1 + |R|
 3. |P о Q| = 1 + |P| + |Q|, para о ϵ {˅,˄,→,↔}

 Exemplo: Calcule o tamanho da fórmula
A=(p ˅¬q) →(r˄¬q)

◦ A=(p ˅¬q) →(r˄¬q)
◦ 1. |A| = 1 + |p ˅¬q|+ |r˄¬q|


◦ A=(p ˅¬q) →(r˄¬q)
◦ 1. |A| = 1 + |p ˅¬q|+ |r˄¬q|
◦ 2. |A| = 3 + |p|+| ¬q|+ |r|+| ¬q |

◦ A=(p ˅¬q) →(r˄¬q)
◦ 1. |A| = 1 + |p ˅¬q|+ |r˄¬q|
◦ 2. |A| = 3 + |p|+| ¬q|+ |r|+| ¬q |
◦ 3. |A| = 5 + |p| + |q|+ |r|+|q|


◦ A=(p ˅¬q) →(r˄¬q)
◦ 1. |A| = 1 + |p ˅¬q|+ |r˄¬q|
◦ 2. |A| = 3 + |p|+| ¬q|+ |r|+| ¬q |
◦ 3. |A| = 5 + |p| + |q|+ |r|+|q|
◦ 4. |A|=9
 Subfórmulas
 Seja H uma fórmula da Lógica Proposicional, então:

• H é uma subfórmula de H;
• Se H é uma fórmula do tipo (G), então G é uma
subfórmula de H;
• Se H é uma fórmula do tipo: (G  E), (G  E), (G  E)
ou (G  E), então G e E são subfórmulas de H;
• Se G é subfórmula de H, então toda subfórmula de
G é subfórmula de H.

 Subfórmulas
 Conceito definido por indução sobre estrutura das

fórmulas:
1. Caso: Básico A = p. Subf (p) ={p}, para toda fórmula
atômica p ϵ P
2. Caso: A = ¬B. Subf (¬B) = {¬B} U Subf(B)
3. Caso: Para о ϵ {˅,˄,→,↔}, se A=B о C, então Subf(A) =
{A} U Subf(B) U Subf(C)
 Subfórmulas
 Exemplo:
 Qual o conjunto de subfórmulas de A=((P ˅ S) ˄ Q) ↔R?
◦ ((P ˅ S) ˄ Q) ↔R
◦ ((P ˅ S) ˄ Q) R
◦ (P ˅ S) Q
◦ P S

 Princípio do terceiro excluído: valor lógico V ou F para

proposição p;
O valor lógico de qualquer proposição composta depende

unicamente dos valores lógicos da proposições simples
componentes;

 Tabela de duas proposições: arranjos binários;

 Tabela de três proposições: arranjos ternários;
 Negação;
 Conjunção;
 Disjunção;
 Condicional;
 Bicondicional.
 Tabela-verdade figura todos os possíveis valores

lógicos da proposição composta;
 No caso de uma proposição composta cujas

proposições simples componentes sejam p e q,
atribui-se todos os possíveis valores lógicos para p
e para q;

 Nº de linhas da tabela-verdade de proposição composta

depende do nº de proposições simples que a compõe;
 “A tabela-verdade de uma proposição composta com n

proposições simples componentes contém 2n linhas.”
 Notação:
◦ O valor lógico de uma proposição simples p indica-se
por V(p).
◦ Exprime-se que p é verdadeira (V), escrevendo V(p) = V.
◦ Obs.: pode ser usado o valor T (true) para valor lógico
verdadeiro;

 Se:
◦ p: O Sol é verde
◦ q: Um hexágono tem 9 diagonais
◦ r: 2 é raiz da equação x² + 3x – 4 = 0
 Tem-se:
◦ V(p) = F, V(q) = V, V(r) = F
 Igualdades:
◦ ¬V = F
p ¬p
◦ ¬F = V
V F
F V  Ex.:
◦ r: Roma é a capital da França
◦ ¬r: Roma não é a capital da França

 Igualdades:
p q p^q
◦ V ^ V = V;
◦ V ^ F = F, F ^ V = F, F ^ F = F
V V V
 Ex.:
V F F ◦ p: a neve é branca
◦ q: 2 < 5
F V F
◦ V(p ^ q) = V
F F F ◦ p: o enxofre é verde
◦ q: 7 é um número primo
◦ V(p ^ q) = F
 Igualdades:
p q p ˅q
◦ V ˅ V = V, V ˅ F = V, F ˅ V = V;
◦ F˅F=F
V V V
 Ex.:
V F V ◦ p: Paris é a capital da França
◦ q: 9 – 4 = 2
F V V
◦ V(p ˅ q) = V
F F F ◦ p: a Terra é quadrada
◦ q: 2 é um número ímpar
◦ V(p ˅ q) = F

 Igualdades:
p q p →q
◦ V → V = V, F → V = V, F → F = V;
◦ V→F=F
V V V
 Ex.:
V F F ◦ p: o mês de Maio tem 31 dias
◦ q: o ano tem 12 meses
F V V
◦ V(p → q) = V
F F V ◦ p: a Terra é redonda
◦ q: Santos Dumont nasceu no Ceará
◦ V(p → q) = F
 Igualdades:
p q p ↔q
◦ V ↔ V = V, F ↔ F = V;
◦ V ↔ F = F, F ↔ V = F
V V V
 Ex.:
V F F ◦ p: Roma fica na Europa
◦ q: a neve é branca
F V F
◦ V(p ↔ q) = V
F F V ◦ p: Vasco da Gama descobriu o Brasil
◦ q: Tiradentes foi enforcado
◦ V(p ↔ q) = F

Aula2 Lógica

Hochgeladen von

Dokumentinformationen

Originaltitel

Copyright

Verfügbare Formate

Dieses Dokument teilen

Dokument teilen oder einbetten

Freigabeoptionen

Stufen Sie dieses Dokument als nützlich ein?

Sind diese Inhalte unangemessen?

Copyright:

Verfügbare Formate

Aula2 Lógica

Hochgeladen von

Copyright:

Verfügbare Formate

Lógica Aplicada à Computação

Lógica aplicada à Computação

Engenharia de Software – UniRV 1

Um caipira encontra um professor com um livro debaixo do braço.

O caipira, empolgado com o que aprendera, compra o

Engenharia de Software – UniRV 2

“Lógica, linguagem, argumentação, são palavras

Engenharia de Software – UniRV 3

“O lógico, contudo, se ocupa da coerência do discurso

Engenharia de Software – UniRV 4

possa armazenar dados,

Engenharia de Software – UniRV 5

Lógica aplicada que seja

 Aplicações práticas: desenvolvimento de máquinas em

Engenharia de Software – UniRV 6

 Para justificar ou provar algo, o que fazemos é

 Técnicas de Lógica podem ser aplicadas para

 Objetivo da Lógica é proporcionar uma capacidade

 As regras lógicas nos dão um significado preciso para

 Objetivo desta aula: Reconhecer argumentos válidos e

Engenharia de Software – UniRV 7

 É tarefa da Lógica investigar o fator determinante da

Engenharia de Software – UniRV 8

 A proposição “João será campeão” é expressa pela

Engenharia de Software – UniRV 9

 É necessário distinguir as sentenças das proposições,

 A conclusão pode vir precedida de uma palavra

Engenharia de Software – UniRV 10

 Os argumentos válidos são aqueles em que a verdade

 É um argumento inválido que parece válido.

 Mostra-se que um argumento é falacioso, mostrando

Engenharia de Software – UniRV 11

◦ Todo o conjunto de palavras ou símbolos que exprimem um

◦ Afirmam fatos ou exprimem juízos.

Engenharia de Software – UniRV 12

 Sentença declarativa (isto é, uma sentença que declara

 Os fatos do mundo real são representados por

 Princípio da Não-Contradição: uma proposição

 Princípio do Terceiro Excluído: Toda a

Engenharia de Software – UniRV 13

 Conectivos: palavras que se usam para formar

Proposições Validade na Lógica

Dez é menor do que sete

Como você está?

Como ela é talentosa!

Existe vida em outros planetas

Engenharia de Software – UniRV 14

◦ Na língua portuguesa temos sentenças do tipo:

“Eu vi José com uma luneta.”

Engenharia de Software – UniRV 15

◦ As sentenças a seguir são proposições válidas. Verifique

a) Brasília é a capital do Brasil.

◦ As sentenças a seguir são proposições válidas. Verifique

a) Brasília é a capital do Brasil. V

Engenharia de Software – UniRV 16

◦ As sentenças a seguir são proposições válidas? Se forem

◦ As sentenças a seguir são proposições válidas? Se forem

Engenharia de Software – UniRV 17

• A área da lógica que se preocupa com as proposições

• Foi desenvolvida sistematicamente a primeira vez por

• Mas para fazermos os cálculos temos que conhecer a

Engenharia de Software – UniRV 18

Engenharia de Software – UniRV 19