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Devry | Unifavip

Fundamentos da Bioclimatologia e Sustentabilidade

A edificação e o Meio Ambiente:


Cartas Bioclimáticas
Por Larissa Tollstadius

2017.1
Givoni, descobriu que pessoas que moram
em edifícios sem acondicionamento artificial
costumam aceitar uma maior variação de
temperatura e velocidade do ar.

São clientes menos exigentes...


Ou usando os termos mais adequados: são
pessoas que tem maior capacidade aclimatação.
Então Givoni, desenvolveu uma carta
bioclimática para países em desenvolvimento.
Essa carta também varia de acordo com a
temperatura e a umidade do ar.
1. Zona de conforto 6. Zona de umidificação
2. Zona de ventilação 7. Zona de massa térmica para
3. Zona de resfriamento aquecimento
evaporativo 8. Zona de aquecimento solar
4. Zona de massa térmica para passivo
resfriamento 9. Zona de aquecimento
5. Zona de ar-condicionado artificial
Bioclimatologia no Brasil
Ter noção das características principais dos climas
brasileiros não é suficiente para traçarmos as
estratégias bioclimáticas.

Ano Climático de Referência


Bioclimatologia no Brasil
Uma vez que tenhamos os dados do Ano Climático de
Referência, com valores diários de temperatura e
umidade relativa, iremos sobrepô-los a carta
bioclimática.

Assim é possível identificar as estratégias adequadas


para cada período do ano.
Carta Bioclimática de Recife
Em Recife, na maior parte
do tempo, a temperatura
varia entre 20°C e 26°C

A umidade relativa
costuma ser maior do que
60%
Carta Bioclimática de Recife

1. Zona de conforto 6. Zona de umidificação


2. Zona de ventilação 7. Zona de massa térmica para
3. Zona de resfriamento aquecimento
evaporativo 8. Zona de aquecimento solar
4. Zona de massa térmica para passivo
resfriamento 9. Zona de aquecimento
5. Zona de ar-condicionado artificial
Carta Bioclimática de Recife
O conforto térmico atinge 31,6% das horas.

Já o desconforto térmico, sempre provocado pelo calor, é


presente em 68,3% das horas do ano.

As estratégias recomendadas são:

- Ventilação para 60,8% do tempo


- Ventilação, massa para resfriamento e resfriamento
evaporativo em 7,1% do tempo.
Carta Bioclimática de Recife

Recomenda-se portanto:

Aproveitar o máximo a ventilação e projetar


aberturas (generosas) com proteções solares
adequadas.
Estratégias bioclimáticas
Zonas de atuação
1. Zona de conforto

Temperatura entre
18ºC e 29°C.

Umidade relativa entre


20 e 80%
1. Zona de conforto
Quando no espaço
interno a temperatura
for próxima a 18ºC
deve-se evitar o
impacto do vento.

Já quando a
temperatura estiver
próxima aos 29ºC,
deve-se controlar a
radiação solar.
1. Zona de conforto
O conforto na
temperatura de 29ºC
só é factível se as
pessoas estiverem
vestindo roupas leves
e submetidas à
pequena ventilação.
2. Zona de ventilação

Se a temperatura do
interior ultrapassar os 29ºC
ou a umidade relativa for
superior a 80%, a
ventilação pode melhorar a
sensação térmica.
2. Zona de ventilação

No clima quente e úmido, a


melhor estratégia é a
ventilação cruzada.
2. Zona de ventilação
A ventilação no interior da
edificação, numa
velocidade de no máximo
2m/s é desejável até os
32ºC

De toda forma é preferível que os espaços


externos sejam amplos, livres de obstáculos
para o movimento do ar
2. Zona de ventilação
Em regiões áridas - temp. diurna é
de 30ºC a 36ºC e noturna de 20ºC.

O princípio bioclimático se resume a


controlar a ventilação durante o dia
para reduzir o ingresso de ar quente
e incrementar a ventilação noturna.

Soluções arquitetônicas: ventilação


da cobertura, ventilação cruzada,
ventilação sob a casa e o uso de
captadores de vento.
Os captadores de vento são utilizados há vários
séculos em regiões com clima quente e seco, no
Oriente Médio.

São torres verticais com aberturas na sua parte


superior e inferior.
Captadores de vento na arquitetura tradicional árabe
Têm a função de captar os ventos numa altura em
que eles se encontram com uma carga menor de
poeira, a temperatura é menor e a velocidade é
mais acentuada; redirecionando-os para os
ambientes interiores a fim de aumentar o
movimento de ar nesses locais
Seção de edifícios com captadores de vento na cidade de Yazd, Irã.
Fonte: Fathy apud Bittencourt (2001).
Aproveitamento da ventilação natural pela
adaptação de caixas d’água. Fonte: Adaptado de
Lôbo; Bittencourt, 2001.
Sarah Brasília Lago Norte, galpão para esportes náuticos, Brasília DF
Foto Nelson Kon [LIMA, João Filgueiras (Lelé). "Arquitetura - uma
experiência na área da saúde"]
3. Zona de resfriamento evaporativo

A evaporação da água
pode reduzir a
temperatura e
simultaneamente
aumentar a umidade
relativa de um ambiente.

Soluções: vegetação
(evapotranspiração do
vegetal), fontes de água,
chafariz.
Espelho d’água no Palácio da Alvorada - DF
Praça Afonso Pena, Rio de Janeiro
4. Zona de massa térmica de resfriamento
O uso de inércia térmica de
uma edificação pode
diminuir a amplitude da
temperatura interior em
relação à exterior, evitando
os picos.

Soluções: Fechamentos, piso em


terra, materiais isolantes
Arquitetura de terra
Os espessos muros de terra são
uma eficiente proteção contra os
excessos climáticos externos,
contribuindo com a regulagem
térmica natural e garantindo
economia energética. Além do
baixo custo, o alto rendimento
térmico proporciona
temperaturas internas entre 20 e
25°C o ano todo,
independente das temperaturas
externas.
Argila, Água, Barro e Areia são
os quatro ingredientes que
foram utilizados para construir
os primeiros arranha-céus do
mundo. A primeira cidade de
arranha-céus e chamada assim
desde o século
XVI: Shibam (Yemen) é um dos
exemplos mais antigos e um dos
melhores planejamentos
urbanos baseado no princípio da
construção vertical.
5. Zona de ar condicionado

Aplica-se a climas severos,


que ultrapassam os limites
de temperatura e
umidade relativa para
soluções passivas.

Nesses casos a
temperatura está acima
dos 44°C 44ºC
5. Zona de ar condicionado

Vale frisar que o ar-


condicionado pode ser usado
nas situações anteriores, mas
como uma solução
complementar às outras
soluções arquitetônicas.
44ºC
5. Zona de ar condicionado

O resfriamento natural da
edificação leva a um
trabalho menos intenso
do ar-condicionado e por
isso favorece a economia
de energia.

44ºC
6. Zona de umidificação

Quando a umidade relativa do


ar for muito baixa e a
temperatura inferior a 27ºC,
haverá desconforto térmico
devido à secura do ar.

Solução: Utilização de
recipientes com água e
aberturas herméticas que
ajudam a preservar o vapor
interno das edificações.
7. Zona de massa térmica para aquecimento

Região situada entre


14ºC e 20ºC, pode-se
utilizar a massa
térmica junto ao
aquecimento solar
passivo ou o
aquecimento solar
passivo com
isolamento térmico.
'Nave Tierra': a casa autossustentável de
Michael Reynolds na Argentina
A residência está sendo construída por mais de 60 pessoas
através da reciclagem de 333 pneus, 3000 latas de
alumínio, 5000 garrafas plásticas e 3000 garrafas de vidro.
A obra consiste em dois volumes cilíndricos de 50 m² que

permitem que a casa mantenha uma temperatura

constante de 18°C a 22°C, economizando, assim,


energia.
Os construtores contam que a sustentabilidade do projeto se
define com base no resfriamento e aquecimento através da

massa térmica (evitando a utilização de combustíveis


fósseis) e na construção com materiais naturais e reciclados,
além de integrar a coleta, filtragem e limpeza da água da
chuva, tratamento das águas residuais, produção de frutas e
verduras, e o abastecimento energético por meio de energia
eólica e solar.
8. Zona de aquecimento solar passivo
Entre 10,5ºC e 14ºC.

Recomenda-se o isolamento
térmico do edifício de forma
mais rigorosa, pois as perdas
de calor tenderão a ser muito
grandes.

Soluções: Superfícies
envidraçadas orientadas ao
sol, aberturas reduzidas nas
orientações menos favoráveis.
Clarabóia
9. Zona de aquecimento artificial

Em locais muito frios,


com temperaturas
normalmente inferiores
a 10,5ºC, o aquecimento
solar passivo pode não
ser suficiente para
conforto.
Interseções entre as estratégias
Entre as zonas de ventilação (2), de resfriamento
evaporativo (3) e de massa térmica para
resfriamento (4).

Nesses casos, as
estratégias também se
sobrepõem.
Seminário: Arquitetos e o Clima
• Em dupla

• Apresentação em power- point (1,0) e trabalho escrito (2,0)

• Critérios: conteúdo, estrutura e layout, clareza na


apresentação, domínio do tema, referências bibliográficas,
relação com os conteúdos trabalhados na disciplina
Seminário: Arquitetos e o Clima
TEMAS:
1. Le Corbusier
2. Oscar Niemeyer
3. João Figueiras Lima
4. Severiano Porto
Cronograma:
5. Lúcio Costa
6. Michel Reynolds 12/09 – Levantamento Bibliográfico

7. Escritório Elemental 19/09 – Trabalho escrito


8. Renzo Piano
26/09 – Assessoramento apresentação
9. BIG
03/10 - Seminário
10. Francis Kéré

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