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GestioàVista I

VICENTEFALCONI I

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Quantoo cliente querpagar?


Nosúltimosanos,asempresas
parecemcadavezmaisoptarpelo
A "busca pela satisfação do cliente" ou "transformar o
cliente em rei" são expressões que não devem ser enca-
radas do ponto de vista romântico. Entendo o foco no clien-
cortedecustosemprejuízodasatisfação te sempre do ponto de vista financeiro - ou seja. qualquer
dosclientes.A teoriadeque"o cliente ação que se traduz na preferência em relação a um produto
ou serviço de detenmnada companhia e, logo, no aumento
é o rei" nãopodeseraplicadanaprática? de suas vendas. Só vale entregar ao cliente aquilo que ele
Comogarantirqueosexecutivosdotopo valoriza (e pelo que ele está disposto a pagar). Nada mais.
As demais características, que não ajudam a fechar vendas
dascompanhias continuemseguindo extras, representam apenas custos que oneram a operação
a velhamáxima? e devem ser eliminadas. A clareza a respeito do que traz
clientes e do que os afasta deve estar no topo das priOlidades
Valdoir Stramondinolli, de São Paulo de urna empresa. O cliente deve ser tratado como rei - no

16 de Junho de 2010 1125


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GestãoàVista
sentido de que é a partir dele que você deve projetar tudo o
que você faz. Mas é preciso atender às necessidades do rei
o clientedevesertratado
na medida em que ele está disposto a pagar por elas.
Em alguns casos, é muito simples, quase intuitivo, des-
comorei, masé precisoatender
cobrir o que o cliente valoriza. Mas existem também técni- as necessidadesdesserei na
cas específicas para isso. A mais utilizada delas é a análise
de valor, que pode ser aplicada em qualquer tipo de empre- medidaemqueele esteja
sa e serve para identificar as preferências dos clientes e sua
disposição de pagar por essa ou por aquela característica de dispostoa pagarporelas
um produto ou serviço. (É um conceito que pode ser apli-
cado até mesmo em hospitais - trata-~e,inclusive,de um sumo e observar padrões de comportamento que possam
caso que estou acompanhando de perto neste momento.) levar a conclusões aplicáveis ao negócio.
Em linhas gerais, a análise de valor consiste em ir até o Não nos enganemos: o foco no cliente deve ser analisado
cliente e perguntar do que ele realmente precisa. Sem esse sempre com a métrica financeira. E para isso não acredito
cuidado, uma companhia pode oferecer uma função fantás- que seja necessário lançar mão de softwares sofisticados.
tica num automóvel, por exemplo, mas que custa tanto a Lembro-me do caso de uma pequena empresa varejista que
ponto de ninguém perceber um valor compatível com o investia sua verba de propaganda numas dez iniciativas. Um
preço - e o produto tende a encalhar nas lojas. Nem sem- dia, o diretor decidiu pedir ao caixa das lojas que fizesse uma
pre é fácil obter a resposta, porque algumas vezes nem mes- pesquisa para medir qual delas o cliente lembrava ter visto.
mo o cliente sabe de maneira consciente - ou consegue Sabe o que aconteceu? O executivo eliminou nove iniciativas
expressar com todas as letras - o limite entre o que é de- - das quais ninguém se recordava - e se concentrou em
sejável e o que ele está de fato disposto a pagar. Nesses alardear em outdoor a mais lembrada. Foco no cliente pode
casos, é preciso estudar profundamente os hábitos de con- se originar de iniciativas simples.
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Trabalhonaadministração pública das prioridadesda estrutura pública.


'- háumano.Embuscadamelhoria Comoreverteressasituação?
deresultados,vejoqueficamosamarrados Frallzé Chaves, do Piauí
pelosentravesburocráticos e pela
ineficiênciadosetor.Ocliente,ouseja, S e tem uma coisa que descobri em minha vida é que
quando se fala sobre melhorias no gerenciamento não
todososcidadãos,parecedistantedemais existe diferença entre setor público e privado. Como o ge-
renciarnento depende somente do ser humano, e sendo ele
igual nas duas áreas citadas, não há mesmo por que ser
diferente. Para haver melhorias em qualquer organização,
basta que haja liderança. É necessário que haja urna distri-
buição de metas benfeita, ensino do método a todas as pes-

t 11 soas, recrutamento, desenvolvimento e treinamento de uma


boa equipe e, finalmente, urna condução dos trabalhos que
alinhe os valores de cada um com os valores do Estado.
Tenho encontrado áreas públicas que são até mais fáceis de
1 trabalhar que algumas empresas. Procure sempre trabalhar
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t com bons líderes ou procure ser, você mesmo, um deles. O
1 resto é foco, análise e execução dedicada. Não espere por
ninguém. Tome a iniciativa. .
.,
VICENTE FAlCONI é um dos mais renomados especialistas em gestão
do Brasil e cofundador da consultoria INDG. Envie suas perguntas por e-mail
...- para esta coluna mensal: falconi@abril.com.br

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