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Resumo
1. Introdução
De acordo com Cardoso (2004), quando o derivado de petróleo vem da refinaria, ele é
armazenado nas distribuidoras secundárias em diferentes tipos de tanques. Para cada tipo de
derivado armazenado, são realizados diferentes ensaios para a verificação da qualidade, devido à
densidade, a coloração e outros fatores dos mesmos serem diferentes.
Um tanque de armazenamento ou de armazenagem é um recipiente destinado a
armazenar fluidos à pressão atmosférica e a pressões superiores à atmosférica. Estes tanques
podem ter dimensões variadas, indo desde 2m de diâmetro até 50m ou mais. A sua construção
pode ser feita com teto fixo ou flutuante, interno ou externo, dependendo sempre das
características e o tipo de produto a armazenar. É de extrema importância realizar-se, de forma
regular e periódica, a verificação e limpeza das estruturas e equipamentos utilizados para
armazenar os produtos. Os tanques armazenam os diversos produtos envolvidos na produção em
uma unidade de processo, da pressão atmosférica até baixas pressões (aproximadamente 15
psig). Os vários tipos de Tanques existentes em distribuidoras de derivados de petróleo
demonstram que as diversificações nos ensaios realizados em tanques, são realizadas de acordo
com o produto a ser armazenado, pois eles previnem o risco de vazamento, evitando a
contaminação ambiental e as perdas (Guia – 9 Inspeção De Tanques De Armazenamento-IBP
1970).
Segundo Ballou (2001) a missão da logística é disponibilizar o produto ou serviço certo,
no lugar certo, no tempo certo e com as condições combinadas. Na indústria do petróleo, são
inúmeras as situações logísticas onde a armazenagem de petróleo e de seus derivados faz-se
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Pós-graduandas em Engenharia do Petróleo junto ao Centro Universitário do Norte (UNINORTE/LAUREATE).
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Orientador, Geólogo, Mestre em Geociências e Docente no curso de Engenharia do Petróleo do Uninorte/Laureate.
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necessária, seja para cumprimento de planejamentos e programações de refinarias – seja para sua
estocagem em terminais e bases de distribuição até o transporte para outras instalações (por
dutos, navios ou caminhões).
Desta forma, a capacidade de armazenamento das unidades operacionais passa a ser uma
característica fundamental do funcionamento de todo o sistema logístico este tipicamente
desempenhado por equipamentos industriais denominados: tanques de armazenamento
(CARDOSO 2004).
Esses tanques são construídos em diferentes tipos, formas, tamanhos e com variados tipos
de materiais. Os tanques podem ser de aço ou de outros materiais não combustíveis adequados,
devem ser de material compatível com o líquido a ser armazenado. As características do líquido
armazenado, tais como volatilidade, inflamabilidade, temperatura e pressão de armazenamento
são importantes fatores na seleção do tipo de tanques a ser utilizado (NBR 17505-2-2006).
Segundo Cardoso (2004), os tanques são classificados de acordo com a finalidade a que
se destinam, como: Tanques de armazenamento, tanques de recebimento, tanques de resíduo e
tanques de mistura, quanto ao tipo, quanto ao fundo, ao costado e ao teto. Neles são estocadas:
Matérias-primas, produtos intermediários e produtos finais.
Tanques de armazenamento inicialmente parece tratarem-se de um equipamento simples
e fácil de lidar. Porém os riscos que envolvem estes equipamentos: como a corrosão, que é a
deterioração de um corpo sólido por meio de uma ação química ou eletroquímica provocada pelo
meio ambiente, exige atenção e práticas direcionadas desde a fase de projeto até a sua
desativação e conseqüente retirada do local onde foi instalado, existindo normas e procedimentos
para toda atividade relacionada (PETROBRÁS 1984).
A partir de uma visita realizada em uma distribuidora secundária, localizada na cidade de
Manaus, foi possível identificar os tipos de tanques e os ensaios realizados nos produtos
recebidos das distribuidoras primárias.
De acordo com o roteiro de inspeções em tanques do IBAMA (2007), os serviços de
inspeção em tanque de armazenamento incluem alguns parâmetros a serem analisados, como a
densidade, quantidade, cor, viscosidade, massa específica, etc.
2. Logística
Segundo Cardoso (2004) logística é o planejamento, organização e controle de processos
relacionados à produção, armazenagem, transporte e distribuição de bens e serviços.
Uma base de distribuição é a instalação com facilidades necessárias ao recebimento de
combustíveis, ao armazenamento, mistura embalagem e distribuição, em uma dada área de
mercado. As bases de distribuição representam os centros de distribuição de combustíveis, e
assume o papel da armazenagem de produtos das distribuidoras. (BALLOU2001).
Segundo Ballou (2001), a distinção entre Bases Primárias e Secundárias está no ponto de
origem do produto. Caso a fonte supridora seja uma Refinaria ou Terminal, a base é classificada
como Primária. Se a fonte de suprimento for uma Base Primária da Distribuidora, a base é
classificada como Secundária. Geralmente as Bases Primárias estão localizadas perto das fontes
supridoras diretas, ou seja, as Refinarias ou Terminais. A função das Bases Secundárias é atender
mercados distantes dos pontos de oferta, de maneira a atender ao mercado ao menor custo. As
distribuidoras são agentes fundamentais na cadeia de suprimento de combustíveis, uma vez que
atuam na aquisição, armazenamento, transporte, comercialização e o controle da qualidade dos
combustíveis líquidos.
3. Tipos de Tanques
De acordo com Cardoso (2004), tanques são equipamentos destinados ao armazenamento
de combustíveis líquidos, podendo ser construídos de diversas formas e materiais a depender das
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3.1.4 Flutuante
Neste tipo de tanque o teto flutua sobre o produto que está armazenado (Figura 5). A
cobertura movimenta-se de acordo com o esvaziamento ou enchimento. A razão principal pela
qual são utilizados é por reduzirem as perdas do produto em conseqüência da evaporação. Estes
tanques devem possuir um sistema de selagem, visto que o seu teto flutuante move-se
internamente em relação ao costado (SIQUEIRA, 2010).
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Intervalos Produtos
6. Causas de deterioração
A corrosão é a causa principal da deterioração das chapas de aço carbono de um tanque
de armazenamento, por isso a localização, e medição são as razões principais da inspeção de um
tanque. Existem 2 tipos de corrosões: a interna e a externa. (JAMBO, 2008)
Corrosão Interna: A corrosão interna dos tanques de armazenamento depende das
características do líquido armazenado e do material de que é construído o tanque. Assim como a
eficiência do sistema de proteção contra corrosão (Guia – 9 Inspeção De Tanques De
Armazenamento-IBP 1970).
A corrosão mais severa ocorre em tanques que armazenam produtos químicos corrosivos
ou produtos de petróleo contendo compostos corrosivos. Em muitos casos é necessário o uso de
revestimento, os quais são mais resistentes às propriedades corrosivas do produto armazenado do
que o material de que é feito o tanque (aço), (Guia – 9 Inspeção De Tanques De
Armazenamento-IBP 1970).
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houver vazamento através do fundo, o produto pode acumular-se entre a base e o fundo e corroer
sua superfície externa (PETROBRÁS 2002).
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NORMA DE
ITEM DESCRIÇÃO ACEITAÇÃO
REFERÊNCIA
Espessura mínima de
Medições de espessura por ensaio acordo com a norma de Asme – Seção V API std
1
de ultra-som (espessura mínima) fabricação, no mínimo 653 ASME B 31.3
3,0 mm
Inspeção visual do equipamento
Máx. 15 mm em 1000 Norma NBR 7821 ou
2 para avaliação de deformações no
mm API 650
Costado
3 Inspeção Dimensional
1/200 X H (H = Altura
Norma NBR 7821 ou
3.1 Avaliação da Verticalidade do
API 650
Tanque)
Norma NBR 7821 ou
3.2 Avaliação da Circularidade Conforme Norma
API 650
Norma NBR 7821
Inspeção visual do equipamento / Norma NBR 7821/83 e
4 ASME
tubulação API 650
B 31.3
ASME – Seção VIII Norma NBR 7821/83
5 Ensaio por Líquido Penetrante ASME Norma API 650 ASME –
B 31.3 Seção V
ASME – Seção VIII Norma NBR 7821/83
Ensaio Radiográfico ou Ensaio de
6 ASME Norma API 650 ASME –
Ultra-Som
B 31.3 Seção V
Tabela 2: Critérios de aceitação
Fonte: roteiro para inspeção de tanques – IBAMA 2007
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A partir da emissão dos relatórios de inspeção (RI, RNC, CLM e/ou CRM) através do
sistema de gestão e controle de inspeção da Petrobras –INSPETRO são calculados os Índices de
Rejeição do Fornecedor - IR relativos à inspeção de fabricação (IBAMA 2007).
Os índices de rejeição estão divididos em quatro graus: leves, médios, graves ou
gravíssimos.
Índice de
Característica Peso Exemplos
Rejeição
a) Identificação de necessidade uma simples revisão de
documentos internos; b) Identificação de vazamentos na
bancada de testes do fornecedor que inviabilize
Não-conformidade identificada
momentaneamente, o testemunho do evento contratual. c)
pelo responsável pela inspeção
Pendência de aprovação de desenhos ou documentos
da Petrobras, em relação ao
gerados por exigência contratual, cuja não conformidade
Sistema da Qualidade do
Leve 0,125 não venha acarretar em problemas relacionados à
fornecedor, cuja implicação
segurança e/ou funcionalidade do bem. d) Sistemática de
não afete o desempenho do
rastreabilidade feita de forma prática aceitável, mas sem a
equipamento, nem o prazo
elaboração de procedimento respectivos bem como seus
contratual, ou em nova visita.
registros;e) Ausência de ensaio ou ensaio executado em
desacordo com as especificações, porém repetido com
testemunho da inspeção, com resultados satisfatórios.
a) Evento identificado pela Inspeção/Petrobras que gere
Não-conformidade no uma RNC e parecer técnico do fornecedor, face estar fora
equipamento, detectada pelo da norma contratual e aceito pelo responsável pela
responsável pela inspeção da
Médio 0,25 Inspeção de Fabricação da Petrobras, sem necessidade de
Petrobras, com possibilidade de parecer da unidade requisitante.
correção, sem implicação em b) Não conformidade dimensional passível de correção.
prazo, ou em nova visita. c) Falta de atendimento à completeza dos certificados de
materiais.
a) Curva de performance fora de norma, mesmo com aceite
da unidade requisitante do equipamento. b) Falta de
certificados de conformidade para equipamentos elétricos
(Classificação de área). c) Evento acordado no Plano de
Inspeção como testemunhado, porém realizado sem a
Não conformidade no
presença da Inspeção/Petrobras e sem possibilidade de
equipamento, detectada pelo
nova execução. d) Problemas técnicos documentais durante
responsável pela inspeção da
a realização dos testes que impeçam a realização dos
Petrobras, sem condições de
Grave 0,50 mesmos.e) Utilização de profissional não atendendo aos
correção, com implicação em
requisitos de qualificação exigido.f) Falta de atendimento
prazo, em nova visita, mesmo
aos procedimentos e/ou exigências de processos especiais,
que haja a aceitação pelo
previamente aprovados pela Petrobras: Ex. Soldagem, TT.
cliente.
g) Falta e/ou ensaio executado em desacordo com
especificações, quando o teste não possa ser repetido.h)
Não atendimento à NR-13 para vasos de pressão e decretos
para área classificada.Substituição inadequada de
componentes e/ou materiais.
Não conformidade detectada
pelo responsável pela inspeção
da Petrobras relacionada à
a) Adulteração de certificados;
Gravíssimo atitude de má fé, adulteração de 1
b) Fraudes
documentos e/ou identificação
de componentes pelo
fornecedor.
Tabela-3: Índices de Rejeição
Fonte: ABC da Inspeção de Fabricação (PETROBRÁS 2002)
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Referências
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<http://www.abnt.org.br/>, acesso em 25 de Abril de 2014, às 15:30 horas.
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Petróleo,Derivados e Biocombustíveis / Luiz Felipe Fontes Lopes Alves. – 2013
Apostila ABC da Inspeção. Disponível em
<http://sites.petrobras.com.br/CanalFornecedor/portugues/requisitocontratacao/requisito_abcdain
specao.asp> Acesso em 29 de Nov. 2014, 9:15.
ApostilaControle de Qualidade – Disponível
em<http://www.portosdoparana.pr.gov.br/arquivos/File/chamamento/Controles_de_Qualidade.p
df> acesso em30 de Nov. 2014, 22:15.
Apostila Curso de Formação de Operadores de Refinaria Química Aplicada– Corrosão. / Luiz
Antonio Ferreira [et al.]. – Curitiba : PETROBRAS : UnicenP, 2002. Disponível em
<http://www.tecnicodepetroleo.ufpr.br/apostilas/petrobras/corrosao.pdf> acesso em 29 de Nov.
2014, 8:25.
Apostila PUC-Rio –Disponível em <http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/9226/9226_6.PDF>
acesso em 20 de Out. 2014, 20:25.
ApostilaRoteiro para Inspeção de Tanques Aéreos de Armazenamento de Combustíveis e suas
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p?download=5279:termo-de-referncia-roteiro-para-inspeo-de-tanques-areos-de-armazenamento-
de-combustveis-e-suas-tubulaes> acesso em 26 de Abr. 2014, 22:00.
Apostila Tanques – Disponível em
<http://fabioferrazdr.files.wordpress.com/2008/08/3tanques.pdf > acesso em 25 de Out. 2014,
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BALLOU, R.H (2001). Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. Bookman. 1ª Edição. São
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BARROS, E. M. "Tanques de Armazenamento", Apostila PETROBRÁS, 1984 – Disponível em
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CARDOSO, Luiz Cláudio dos Santos. Logística do Petróleo: Transporte e armazenagem.
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GRUPO REGIONAL DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE - Guia N°-9 –
IBP - Inspeção de Tanques de Armazenamento – Disponível em
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfL6UAI/guia-inspeção-taques-rev?part=7>acesso em
Out. 2014,23:00.
JAMBO, Hermano Cezar Medaber; Fofano, Socrátes, Corrosão – Fundamentos, Monitoração e
Controle, Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda, 2008
NBR 7821 - Tanques soldados para armazenamento de petróleo e derivados. Disponível
em<file:///C:/Users/usuario/Downloads/NBR%207821%20NB%2089%20%20Tanques%20sold
ados%20para%20armazenamento%20de%20petroleo%20e%20derivados%20.pdf> acesso em
20 de Ago.2014, 22:00.
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ANEXOS
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