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Cerca de 40% das pessoas com idade acima de 65 anos têm algum tipo de problema de
memória, e a prevalência aumenta rapidamente com o aumento da idade.
A memória é um dos processos cognitivos existentes que tem sustentação na aquisição e na
evocação de conhecimentos adquiridos, assim como das experiências, das informações.
É o processo dinâmico que consiste na codificação, armazenamento e recuperação
(reutilização) de conteúdos amnésicos ou de informação.
O que é a amnésia:
Amnésia é a perda de memória que pode ser total ou parcial, constante ou episódica,
temporária ou permanente dependendo das causas.
Tipos de amnésia:
Amnésia Global Transitória;
Amnésia Psicogênica;
Síndrome de Korsakoff;
Amenésia Alcoólica;
Amnésia Retrógada;
Amnésia Anterógrada.
Amnésia anterógrada:
Este tipo de amnésia pode ocorrer por diversos tipos de traumas, podendo ser emocionais ou
físicos. Após o trauma, o indivíduo que apresenta amnésia anterógrada não consegue fixar
mais na sua memória novas informações: a memória pode até ser formada, mas não é
consolidada, não sendo as memórias anteriores ao evento traumático afetadas.
Este tipo de amnésia é ainda considerada uma doença misteriosa, pois não se sabe
exatamente, como este trauma afeta diretamente o processo de memorização e consolidação
da memória.
Sendo esta uma doença que não apresenta cura, são necessárias técnicas específicas para que
os pacientes tenham um melhor direcionamento das suas rotinas.
O tempo de memoria que o individuo apresenta varia de paciente para paciente, havendo
pacientes que apenas se lembram de uma informação por escassos segundos, e outros
lembram-se por horas.
Este tipo de amnésia está associada a uma lesão no Hipocampo, afetando a memória a curto
prazo.
Sintomas:
Os sintomas de perda de memória que ocorrem, podem ocorrer de repente e sem aviso, entre
aqueles que experimentam o início de amnésia (medicação), ou pode ocorrer quando
recuperam a consciência após um acidente.
Sente-se confuso/a;
Dificuldade em reter novas informações;
Diagnóstico:
Caso verídico:
Caso de Michelle Philpots
A inglesa Michelle Philpots, em 1985, sofreu um acidente de moto e, cinco anos depois, foi
vítima de um acidente de carro, batendo com a cabeça das duas vezes. Em 1994, ela foi
diagnosticada com epilepsia como resultado de seus ferimentos na cabeça . Sua condição
rapidamente se deteriorou: não só Philpots sofreu convulsões frequentes como teve uma série
de derrames que danificaram seu hipocampo e, consequentemente, perdeu a capacidade de
armazenar a memória recente. Ela passou a ser incapaz de reter as memórias adquiridas
durante o dia. Ela perdeu o emprego no escritório quando copiou o mesmo documento
repetidamente durante uma mudança de trabalho. Ela consegue se lembrar de tudo o que
aconteceu até o ano de 1994, mas desde então tudo o que acontece em um dia é esquecido no
próximo. A condição rara de Philpots é o resultado de um acidente de moto em 1985, agravado
por um grave acidente de carro cinco anos depois. Em 1994, ela foi diagnosticada com
epilepsia como resultado de seus ferimentos na cabeça.
A mulher acorda todas as manhãs a pensar que está em 1994 e não consegue lembrar-se de
absolutamente nada do que se passou nos últimos anos. Ela volta ao mesmo dia, ao mesmo
dia, ao mesmo dia...
Michelle precisa de ser lembrada diariamente pelo marido que os dois se casaram em 1997.
Ian tem que mostrar o álbum de casamento para provar que não está a mentir. Os dois vivem
em Spalding (Inglaterra).
A situação também faz com que a inglesa ria da mesma piada há 24 anos, exatamente porque
não se pode lembrar dela. Michelle também volta a ver filmes e programas na TV como se
fossem inéditos. Revistas de há anos atrás parecem recentíssimas!
Para lidar com a situação, Michelle usa dezenas de mensagens em post-its e alarmes no seu
telemóvel para se lembrar do que tem que fazer a cada dia. Como não se lembra dos
caminhos, a mulher quase não sai de casa sozinha. Michelle já passou por procedimentos
cirúrgicos, mas parece que o problema com a memória não vai ser solucionado. Uma cirurgia
de 2005 para extrair células cerebrais mortas e danificadas melhorou seu lote - as convulsões
pararam em grande parte.
O caso de Michelle não deixa de ser interessante, tanto que inspirou o filme “como se fosse a
primeira vez”, em que a personagem de Drew Barrymore (Lucy) sofre um traumatismo
craniano e o veterinário vivido por Adam Sandler (Henry) precisa conquistá-la a cada dia, pois
ela tem problemas de memória (a curto prazo) e não o reconhece. Tal problema resultou de
um acidente de viação em que Lucy bateu com a cabeça. Após este desfecho, Lucy passou a ser
incapaz de reter informações, pelo que todos os dias de manhã não se recorda do que
aconteceu no dia anterior, pensando estar no dia do acidente, o dia do aniversário do seu pai.
Assim, todos os dias tem a mesma rotina, organizando uma festa de aniversario para o seu pai.
Importância da memória:
A memória, principalmente a recente, é uma função biológica importante, pois condiciona
muito o nosso futuro, uma vez que são elas que um dia mais tarde se tornarão memórias
antigas e serão a nossa identidade, dado que as memórias são as nossas representações
sociais, e consequentemente as nossas representações são as perceções do meio onde
estamos inseridos. Se modificarmos as nossas representações, a nossa perceção do mundo vai
ser completamente diferente da realidade, criando assim uma realidade imaginária,
inexistente, ilusória.
Tal acontece a diversos problemas que afetam a nossa memória que leva ao sentimento de
perda de identidade do individuo que passa pelo processo de perda de memoria.
Tratamentos:
É uma doença que não apresenta cura, tratamento.
No entanto tem se tentado um desenvolvimento tecnológico para o tratamento deste
problema.
A tecnologia destinada a tratar esse tipo de amnésia foi desenvolvida com fundos do
programa Brain Research Through Advancing Innovative Neurotechnologies (BRAIN ),
aprovado pelo governo dos EUA em 2013, com o objetivo de estimular a pesquisas sobre o
funcionamento cerebral, suas doenças e tratamentos.
A equipa ficou responsável por tentar desenvolver pequenos aparelhos que conseguissem
identificar padrões de atividade cerebral e responder a eles com estímulos em tempo real.
Soluções:
O apoio da família;
Agenda digital: como o telemóvel: mesmo com perda de memória severa com esta
ajuda os pacientes podem se tornar bastante competentes com as tarefas do dia a dia;
Post its
Conclusão:
Assim, podemos concluir que sendo esta uma doença sem tratamento, e
independentemente do grau da doença, é crucial o apoio e o acompanhamento dos
pacientes para melhor saberem lidar com esta doença e aceitarem a nova realidade .