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FERNANDO PESTANA. A gramática para concursos públicos, 2013, p. 473.

Capítulo 12 –Verbo

VERBO

Do ponto de vista semântico  o verbo normalmente indica uma ação ou um processo,


mas pode indicar estado, mudança de estado ou fenômeno natural – sempre dentro de uma
perspectiva temporal. Pode indicar também a noção de existência, volição (desejo),
necessidade, etc.
Ex.: – O aluno estudou muito. (ação/passado)
– A aluna está feliz. (estado/presente)
– A aluna virou professora. (mudança de estado/passado)
– Amanhã choverá muito na cidade do Rio de Janeiro. (fenômeno natural/futuro)
– Há dois amores na minha vida. (existência/presente)
– Queria o Pestana ao meu lado no dia da prova. (volição/passado)
– Precisarei de sua ajuda no próximo capítulo. (necessidade/futuro)

Obs. frisa-se acima a “perspectiva temporal”, porque substantivos (e adjetivos) podem


indicar ação, estado, fenômeno natural, etc.: plantação (ato de plantar), morte (estado),
chuva (fenômeno natural), satisfeito (estado). Essas palavras não podem ser verbos, pois
não indicam tempo em si mesmas, tampouco podem ser conjugadas.

Do ponto de vista morfológico  o verbo varia na conjugação verbal para atender à


necessidade dos falantes (flexões verbais - modo, tempo, número e pessoa).
 Variação verbal  um verbo varia quando ele “sai” de sua forma nominal infinitiva
(terminada em –ar (amar), -er (vender), -ir (partir)).

Do ponto de vista sintático  sem o verbo (explícito ou implícito) não há orações, pois o
verbo é o núcleo do predicado.
 O único caso em que o verbo não é o núcleo do predicado, segundo a gramática
tradicional, é quando há predicado nominal, mas mesmo assim ele está presente.

Exemplo  frase: Toda vez que eu penso em você, sinto uma coisa diferente.
Note que os vocábulos penso e sinto:
1) indicam uma ideia de ação e percepção (sensação ou experimentação);
2) variaram em modo, tempo, número, pessoa “saindo” de sua forma nominal (pensar e
sentir); ambos os verbos estão na primeira pessoa do singular do presente do indicativo.
3) funcionam como núcleo do predicado verbal, como núcleo das orações.

Obs. note que, sem os verbos, nada faz sentido, porque a estrutura sintática fica
comprometida, não refletindo o uso adequado da língua: Toda vez que eu ( ) em você, ( )
uma coisa diferente. (???)

Verbos frequentes em concursos: ser, ir, vir (e derivados), ver (e derivados), pôr (e
derivados), ter (e derivados), caber, valer, adequar, haver, reaver, precaver-se,
requerer, prover, viger, preterir, eleger, impugnar, trazer, os terminados em -ear, -iar,
-uar.
IDENTIFICAÇÃO

O verbo é uma palavra que termina em -ar (levantar), -er (beber), -ir (cair) e que pode ser
conjugada, normalmente por meio de pronomes pessoais retos (eu levanto, tu levantas, ele
levanta, nós levantamos, vós levantais, eles levantam... eu bebi, tu bebeste, ele bebeu, nós
bebemos, vós bebestes, eles beberam... eu cairei, tu cairás, ele cairá, nós cairemos, vós
caireis, eles cairão...).

Conjugação  é a flexão do verbo em modo, tempo, número, pessoa (e, para alguns
gramáticos, voz).

Obs. A única forma verbal que não apresenta noção temporal é a forma nominal infinitiva
(falar, crer, insistir).
 Por exemplo: Ser, estar e ficar são comumente verbos de ligação. Note que as
palavras ser, estar e ficar servem para nomear um verbo, logo não indicam tempo,
pois são verdadeiros substantivos nesse contexto. Se houver algum determinante
antes de tais formas, novamente serão substantivos: O Ser, o estar e o ficar são
comumente verbos de ligação. Não confunda verbo com substantivo, pois o
infinitivo pode realmente ser um verbo no contexto: Estudo para passar na prova.
Note que passar indica ação, mas a noção de tempo é atemporal.

Conjugações erradas: Conjugações corretas;


1) As crianças se entreteram durante bom tempo 1) As crianças se entretiveram durante bom
no parque. tempo no parque.
2) Depois que o assessor interviu, os políticos 2) Depois que o assessor interveio, os políticos
ficaram tranquilos. ficaram tranquilos.
3) Quando nós propormos uma sugestão, aceite-a. 3) Quando nós propusermos uma sugestão,
4) Sempre se precavenha de maus negócios. aceite-a.
4) Sempre se resguarde de maus negócios.

Sobre 1: O verbo entreter é derivado do verbo ter, logo se conjuga como o verbo ter.
Sobre 2: O verbo intervir é derivado do verbo vir, logo se conjuga como o verbo vir.
Sobre 3: O verbo propor é derivado do verbo pôr, logo se conjuga como o verbo pôr.
Sobre 4: O verbo precaver não se conjuga no presente do subjuntivo, logo usei um
sinônimo.

FLEXÕES DOS VERBOS (VARIAÇÕES VERBAIS)

MODO  é a maneira/ forma como o verbo se apresenta na frase para indicar uma atitude
da pessoa que o usou.

INDICATIVO SUBJUNTIVO IMPERATIVO


Forma que indica certeza, Forma que expressa duvida, Modo da ordem, do pedido,
afirmação, convicção e suposição, incerteza, possibilidade da sugestão, da exortação, da
constatação. (hipótese). advertência, da súplica.
Ex. quando gostamos de
hambúrguer, exclamamos: Ex. Você vê uma pessoa comendo Ex. “Coma este
“Nossa” Como isso aqui está com vontade e diz: “Espero que esteja hambúrguer”.
gostoso!” gostoso mesmo.”
TEMPO

PASSADO PRESENTE (momento real) FUTURO

Indicativo  Existem 3 tempos no modo indicativo, mas só o passado e o futuro


apresentam subdivisões:
1) presente;
2) passado;
2.1) pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito;
3) futuro;
3.1) futuro do presente e do pretérito.

Subjuntivo  no subjuntivo são 3 tempos:


1) presente;
2) pretérito imperfeito;
3) futuro.

NÚMERO  divide-se em singular e plural.


Ex. eu amo, mas nós amamos; tu amas, mas vós amais; ele ama, mas eles amam.

PESSOA  1a pessoa (eu amei, nós amamos); 2a pessoa (tu amaste, vós amastes); 3a
pessoa (ele amou, eles amaram).

ESTRUTURA VERBAL

Na conjugação de um verbo, normalmente ocorre a combinação de alguns elementos,


conhecidos como: radical, vogal temática (VT), tema, desinência modo-temporal
(DMT) e desinência número-pessoal (DNP).
Esses elementos verbais podem sofrer algumas mudanças na forma, chamadas
tecnicamente de “alomorfias”.

RADICAL

O radical é a base do verbo - sem este morfema, o verbo não existe.


Ex. – Não posso deixar que isso ocorra.
 Note que poss-, deix- e ocorr- são os radicais dos verbos poder, deixar e ocorrer.
 Deles, só o radical de poder (pod-) sofreu modificação (poss-), chamada de
alomorfia (se dá por uma questão de eufonia – bom som da língua).
 Verbos que sofrem alomorfia no radical – irregulares.

Obs.: Importante saber sobre radical:


Formas rizotônicas: sílaba tônica do verbo se localiza dentro do radical: Eu amo muito
minha esposa.
Formas arrizotônicas: a sílaba tônica do verbo se localiza fora do radical: Eu amava
muito minha esposa.
VOGAL TEMÁTICA (VTs verbais)
A vogal temática vem imediatamente após o radical por motivo eufônico (boa pronúncia)
e/ou para ligá-lo às desinências, formando o tema.

Não há VT na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e em nenhuma flexão do


presente do subjuntivo (em “Eu amo.”, o -o é DNP; em “Espero que ele volte.” ou “Espero
que ele beba.”, o -e e o -a são DMTs).

Vejamos as VTs verbais:

* amar: Eu amei, tu amaste, ele amou, nós amamos, vós amastes, eles amaram. (pretérito perfeito do
indicativo)
 Esta VT sofreu alomorfia na 1ª e na 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo –
em todos os demais tempos, a vogal temática não muda, é sempre –a.

* comer: Eu comia, tu comias, ele comia, nós comíamos, vós comíeis, eles comiam (pretérito
imperfeito do indicativo) / Eu havia comido. (particípio)

 esta VT sofreu alomorfia em toda a conjugação do pretérito imperfeito do indicativo e no


particípio. Em todos os demais tempos, a vogal temática não muda, é sempre -e.

* PARTIR: Eu parto, tu partes, ele parte, nós partimos, vós partis, eles partem. (presente do
indicativo)

 esta VT sofreu alomorfia na 2ª pessoa do singular e na 3ª do singular e do plural do presente


do indicativo. Em todos os demais tempos, a vogal temática não muda, é sempre -i.

* verbo pôr e seus derivados são de 2ª conjugação, ou seja, vogal temática -e, uma vez que pôr vem
do latim poer (a vogal temática aparece logo na 2ª pessoa do singular do presente do indicativo: eu
ponho, tu pões, ele põe...).

DESINÊNCIAS VERBAIS

Existem as desinências modo-temporais (DMTs) e as desinências número-pessoais


(DNPs).

 DMTs - marcam a flexão do verbo para indicar as noções de certeza, fato (modo
indicativo) e incerteza, hipótese (modo subjuntivo), tempo passado (pretérito
perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito), presente e futuro (do presente e do
pretérito).
Não há DMTs em todos os tempos e modos – algumas desinências alomórficas do
modo indicativo estão entre parênteses.

Tempo Modo Indicativo Modo Subjuntivo Formas Nominais


Presente (1ª conj.) - e Infinitivo
Presente (2ª e 3ª - a 𝑟2
conj.)
perfeito - -
Imperfeito (1ª va (ve) sse Gerúndio
conj.)
Imperfeito (2ª e 3ª a (e) sse ndo
conj.)
Mais-que-perfeito ra (re) (átono) -
Futuro do presente ra (re) (tônico) - particípio
Futuro do pretérito ria (rie) - (a/i) 𝑑𝑜1
Futuro do 𝑟2
subjuntivo

As DMTs dos verbos no modo imperativo são iguais às dos subjuntivo (e/a),
aparecendo na 3ª pessoa do singular, na 1ª pessoa do plural e na 3ª pessoa do plural.

Obs.: Para muitos gramáticos, o a e o i do particípio são vogais temáticas; a


desinência de particípio (-do) pode sofrer alomorfia, dependendo do verbo
(exemplo: pôr > posto; imprimir > impresso).

Não confunda verbo no infinitivo com futuro do subjuntivo, só porque a terminação


é igual: Para eu vencer, preciso de você. / Enquanto eu vencer, precisarei de você.
O verbo no futuro do subjuntivo vem antecedido de conjunção, normalmente, e o
verbo no infinitivo vem antecedido de preposição, normalmente. Esse é o
termômetro para a distinção.

 DNPs - marcam a flexão do verbo para indicar as noções de quantidade (número) e


emissor (1ª pessoa), receptor (2ª pessoa), referente (3ª pessoa). Vêm após as DMTs.
Não há DNPs em todos os tempos e modos.

Tempo Singular Plural


Presente do indicativo 1ª p.: o 1ª p.: mos
2ª p.: s 2ª p.: is
3ª p.: m
Pretérito perfeito do 1ª p.: i 1ª p.: mos
indicativo 2ª p.: ste / 2ª p.: stes
3ª p.: u 3ª p.: ram
Futuro do presente do 1ª p.: i 1ª p.: mos
indicativo 2ª p.: s 2ª p.: is
3ª p.:o
Futuro do subjuntivo e 2ª p.: es 1ª p.: mos
infinitivo flexionado 2ª p.: des
3ª p.: em
Imperativo afirmativo - 1ª p.: mos
2ª p.: i, de

Obs.: Os tempos que aqui não foram mencionados (pretérito imperfeito, mais-que-
perfeito, futuro do pretérito, presente do subjuntivo e pretérito imperfeito do
subjuntivo) seguem um modelo (paradigma) de desinências, que é:
2ª pessoa do singular: -s,
1ª pessoa do plural: -mos,
2ª pessoa do plural: -is e
3ª pessoa do plural: -m.
Um detalhe importante: alguns estudiosos chamam as DNPs do pretérito perfeito do
indicativo de “cumulativas”, pois elas acumulam a função de marcar não só o
número e a pessoa mas também o modo e o tempo, como se fossem DMTs. Eu falei
“como se fossem”.

FCC – TRE/CE – Analista Judiciário – 2012


... e ele pretendia fazer o terceiro filme seguido lá...
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:
a) Houve um tempo em que eu...
b) ... o sucesso crítico e financeiro de Match Point deu origem a outras
possibilidades.
c) ... mas você gostaria de fazer alguma observação?
d) ... estava ligado em comédia...
e) Mas não sinto mais a mesma coisa.

Comentário: O gabarito é a letra d) porque pretendia e estava estão no pretérito


imperfeito do indicativo.
Isso fica visível com as DMTs “a” (em pretendia) e “va” (em estava). Sobre as
demais:
a) não há DNP na 1ª pessoa do verbo haver (bem-vindo às exceções), está no
pretérito perfeito do indicativo;
b) pretérito perfeito do indicativo, fica claro pela DNP “u”;
c) “ria” é a DMT do futuro do pretérito do indicativo;
e) “o” é DNP de 1ª p. s. do presente do indicativo.

LOCUÇÃO VERBAL (OU PERÍFRASE VERBAL)

Grupo de verbos que tem uma só unidade de sentido, como se fosse um só verbo.
 a locução verbal representa uma só oração na análise sintática.
 Formada por  verbo auxiliar + verbo principal (sempre no gerúndio, no
infinitivo ou no particípio)
 Cuidado: há falsas locuções verbais – para ser locução verbal os verbos têm de se
referir ao mesmo sujeito (ex. “vou estudar” – quem vai? Eu).

Verbo auxiliar  concorda em numero e pessoa com o sujeito. Só o verbo auxiliar varia
com o sujeito, o principal nunca varia – os verbos auxiliares carregam aspectos ou
durações diversas no processo verbal ampliando o sentido do verbo principal.

Verbo principal  carrega consigo o significado principal da locução e a noção de


predição verbal (verbo de ligação, intransitivo, transitivo direto, transitivo indireto,
transitivo direto e indireto).
Verbos auxiliares:

1) Auxiliares de voz  formam a voz passiva


ser, estar, ficar, viver, andar, ir, vir + particípio

Obs. o verbo principal no particípio concorda em gênero e numero com o


sujeito.
Exemplos:
– Fomos vistos por ela.
– Estive vencido pelo cansaço, mas agora é diferente.
– O mestre ficou rodeado de alunos.
– Josete e Albertina vivem cercadas de estudantes.
– Toda a vizinhança anda aterrorizada pelos assaltantes.
– O preso ia escoltado pelos guardas.
– O carro vinha pilotado por um profissional.

2) Auxiliares de tempo composto  formam o tempo composto dos verbos


ter / haver + particípio

Exemplos:
– Espero que tenha/haja começado o jogo.
– Se nós tivéssemos/houvéssemos vibrado mais, talvez conquistaríamos a
Copa.

Obs. Às vezes, esta construção vem com o verbo ser no particípio indicando
passividade, entre o primeiro auxiliar e o principal. Isso mesmo, é possível
haver mais de dois verbos na locução verbal, em que só o último será analisado
como principal. Exemplo: “O cidadão tinha sido advertido pelo guarda duas
vezes.”.
Toda a estrutura em negrito é uma locução verbal, em que tinha sido são dois
verbos auxiliares e advertido, o verbo principal. Esta construção é típica de voz
passiva.

3) Auxiliares de aspecto (acurativos) – precisam o momento em que a ação verbal se realiza.


– Passou/Começou/Pôs-se a estudar. (início)
– Estou para (por) estudar. (iminência)
– Fiquei/Ando/Estou (a) escrever/escrevendo. Venho/Vou escrevendo.
(continuidade)
– Tornamos/Voltamos a estudar. Costumamos escrever. (repetição)
– Acabaram/Deixaram/Cessaram/Pararam de estudar. (cessação)
– Continuo/Permaneço estudando. (permansivo)

Obs. Estar a escrever é construção própria do português de Portugal, análoga a


estar escrevendo, própria do português brasileiro. O verbo auxiliar pode se
ligar ao principal por meio de preposição.

4) Auxiliares de modo (modais) – precisam o modelo como a ação verbal se realiza ou deixa de se
realizar – os valores semânticos dos verbos variam no contexto.

– Tinha/Havia de estudar. Preciso (de) estudar. (obrigação, necessidade, dever)


– Posso estudar. (possibilidade, capacidade, permissão)
– Você pode começar a pagar a dívida, senão vai preso! (obrigação/imposição)
– Não pode estudar aqui. (imposição)
– Quero/Desejo estudar. Hei de passar! (vontade, volição, intenção, confiança)
– Pretendo/Tento estudar. (tentativa, esforço)
– Devo estudar. (probabilidade, obrigação, necessidade, dever)
– Consegui estudar. (resultado, consecução)
– Ele parece estudar. (aparência, dúvida)
– Vou estudar. (intenção, movimento futuro)

Cuidado  informações importantes sobre locuções verbais:

1) Os valores semânticos dos verbos modais dependerão do contexto.

23. Aponte o enunciado em que o verbo poder NÃO indica possibilidade.


a) De outro lado, a elaboração pessoal dos dados e a sua crítica poderão sofrer com a falta de um
diálogo sustentado (...).
b) Poderemos ter especialistas cada vez mais peritos (...).
c) Estes, por definição, são bens cujo usufruto é necessariamente coletivo e não podem ser
apropriados exclusivamente por ninguém em particular. (Gabarito!)
d) Quanto ao grau de abrangência, os bens públicos podem ser classificados em locais, nacionais
ou universais.
e) As tecnologias podem ser “engenheiradas”, transformando-se em produtos de mercado, (...).

Comentários: Em “São bens cujo usufruto é necessariamente coletivo e não


podem ser apropriados...”, o verbo poder indica obrigatoriedade, imposição
(mesmo valor de dever: São bens cujo usufruto é necessariamente coletivo e não
devem ser apropriados.).

2) A locução verbal pode ser constituída de mais de 2 verbos, em que os primeiros são
auxiliares, e o ultimo, o principal. Ex. sorria! Você está sendo filmado. / O jogador tem
sido comparado pelo olheiro ao Romário. / A dívida deve começar a ser paga antes que
sejas preso.

3) cuidado com o gerundismo – Ex. “vamos estar aplicando amanhã”.


 Possenti (UNICAMP) e outros(as) linguistas não veem problema algum nessa
locução verbal, mas isso já foi questão de prova – em que o gerundismo foi
condenado (Formas Nominais do Verbo – Gerúndio).

4) os verbos poder, dever e costumar, quando acompanhados de partícula apassivadora


pode constituir uma locução verbal ou não.

 Ex. “Pode/Deve/Costuma-se fazer isso”, podemos encarar “Pode/Deve/Costuma-se


fazer” como uma locução verbal ou como 2 verbos (daí que não há mais locução),
em que o verbo no infinitivo é sempre o sujeito dos verbos auxiliares poder, dever e
costumar.
 Frase: Quando se pretende avaliar os efeitos de uma decisão, devem-se avaliar
primeiramente os motivos dessa decisão.
Note que o verbo dever está no plural para concordar com o sujeito “os motivos
dessa decisão” (= os motivos dessa decisão devem ser avaliados). Neste caso, há
locução verbal, pois o verbo auxiliar sempre concorda com o sujeito em número e
pessoa. Se o verbo estivesse no singular (... deve-se avaliar...), inferiríamos que o
sujeito é oracional, isto é, o sujeito é o verbo no infinitivo: “...avaliar
primeiramente os motivos dessa decisão deve-se.”. Neste caso, não há locução
verbal, há 2 verbos.

p. 489-604

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