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Carta à mulher amada e companheira... e que não quero perder!

E eu só queria te guardar
Onde eu pudesse ter sempre que eu sentisse medo
Tudo então seria pra dizer
Que o teu amor sem fim já mudou a minha vida

Ah! Ah! Ah!


Quem diria que seria tão bonito assim viver?
Tão bonito assim olhar alguém?
(Vanguart)

Do que me pergunta, o remorso vem todo dia (senão a todo o instante me atormentar!)
tentando me dizer o quanto sou uma pessoa ruim. Digo a você, eu não sou! As coisas
aconteceram sem a consciência efetiva de que hoje tenho... Foi o impulso desnecessário que
resultou num ato inconsequente, de uma mistura de curiosidade e egocentrismo da minha
parte, de deixar ser levado por uma palavra num momento em que eu não escutava palavras
que realmente eu deveria escutar ou deveria dizer. Palavras a pessoa que merecia tudo, palavras
direcionadas a você.

Causei danos, não medi as consequências de um momento. Arrastou-se por muito pelo receio
de perder o que, já no primeiro momento, havia perdido e não me dei conta. A ausência de
consciência, de clareza inicial somado ao desespero de perceber os desdobramentos de atitudes
equivocadas, sem sentido, trouxeram-me aqui e fizeram da minha vida esse sofrimento. Não
sou ruim, volto a dizer!

Não ponderei os prós e contras, falei mais do que devia. Arrisquei em ser alvo de conversas,
vinganças... alvo das mais diferentes reações. O arrependimento veio no instante seguinte.
Senti-me tão vulnerável, tão desprotegido e sem motivo. Refém... talvez foi dessa maneira que
me senti, refém de algo que eu mesmo, num ato impensado, fiz comigo mesmo.

Às vezes, parece não importar o que eu digo. Parece que você tomou a decisão de não estar
mais comigo e precisa encontrar um motivo.

Não é feliz comigo... não quer ser feliz comigo? Pensei que estávamos bem. E agora... tudo
parece conspirar contra mim, tudo! O que está acontecendo?

Eu não mereço tudo, assim, desta maneira. Eu admiti o meu erro... e esse me acompanha todos
os dias num remorso que talvez nunca supere.

Quanto a contar um segredo... afirmo a você que não tinha nem tive nenhuma intenção. A
ingenuidade me fez contar o que não deveria. A fala envolvente talvez me tenha feito cair nessa
situação, que logo tão imediatamente me arrependi e me culpo até hoje. Deveria, hoje tenho
isso bem claro, me auto preservado... o que evitaria tudo um sofrimento que nunca procurei.
Fui envolvido por uma fala de reclamação de uma situação, junto com palavras bonitas, que me
inflaram o ego, mas que me conduziram ao arrependimento profundo de tudo o que deixei
público. Arrisquei minha vida... pus tudo a perder. Senti-me muito mal.

O que leva alguém a dizer algo tão íntimo? Acaba sendo inexplicável... embora ninguém
entenda, ache que deva existir a necessidade de uma resposta lógica, mas não há... às vezes
somos muito dispersos e inconsequentes a partir de um estado de espírito que se acredita estar;
estado de espírito que se acredita estar sozinho, precisando preencher lacunas em sua vida,
ausências que acreditou existir (e, da forma mais cruel, percebe-se o quanto se enganou), mas
que após um ato desse, automaticamente se coloca literalmente os pés no chão e aquela ficção
criada construída em uma conversa o faz ter a certeza do erro que cometeu. E admitir isso é
muito difícil. Admitir que se deixou levar por um instante por uma sensação que nunca existiu,
sensação irreal, ilusória, nos faz ficar com vergonha de continuarmos a caminhar.

Escrevo isso, mas confesso o quanto estou me sentindo mal. O quanto cheguei no fundo do
posso sem visualizar se quer uma possibilidade de sair. O que me não me deixou chegar a isso
antes foi acreditar que estávamos sendo felizes, (re)construindo algo que de suas palavras
acreditei... um mundo possível que de seus lábios me mostraram ser real.

Não sei o que pretende, nem se o que escrevo é o bastante. Mas, dê-me a oportunidade de me
redimir de tudo. Isso eu já te pedi. Permita que eu possa mostrar a você o quanto a amo e quero
ser feliz com você. Não quero que a nossa família acabe assim.

O que precisarei dizer a você? Parece a primeira música que fiz para você e cantei para que todos
ouvissem naquele ano de 2000.

E o que eu devo dizer p'ra não magoar você,


Não fala assim, não faz assim.

E o que arde em mim,


Parece que não vê
Talvez não acredite em nada que eu diga.

E o que meus olhos dizem,


E quando meus lábios sedentos beijam,
Será que não os sente?
Talvez eu não consiga expressar.

Me responda, eu peço,
Não me venha com olhares, ou receios.

Eu peço escuto:
o que há de errado em tudo?
Às vezes é frio:
onde está o sol?
Me perco, me guia:
Chove, eu caio, me ajuda a levantar.
Não me faça chorar.

E que eu possa em teus olhos me encontrar...

Essa música para mim é tão atual... mostra o quanto eu preciso de você e o quanto significa a
nossa vida juntos. Como eu queria que fosse possível encontrar-me em teus olhos. Lembra outra
música que fiz para você e que diz: “olhos que em olhos se olham/ o tempo é frio, mas te sinto
aqui/ Aqui te tenho/ Guardo e quero comigo...” Tantos momentos cantei você. Num dos últimos
textos que escrevi para você, eu digo:

Digo, com a certeza daquele que sofreu: "sim, o amor... o


verdadeiro e único amor,
o amor que nasce,
que se constrói aos poucos,
com cada grão de areia que ali se deposita,
com cada gesto, cada ação,
cada momento,
por mais mínimo e insignificante que, aos olhos de muitos,
possa parecer..."

Por que não acreditarmos nisso. Como também lamentei tudo dizendo que

a dor da inconsequência é grande e não sou mais


nada...
perdi vontades, perdi minha vida...
e destruído, mesmo que tudo mostre ao
contrário,
ainda espero que
ao amanhecer tudo possa ser diferente...

Como gostaria que lembrasse o que escrevi a você no dia 23/11 onde eu digo

Eu peço a você...
Eu vou pisar
Nos pedais e fugir
E eu vou andar
A cidade e chegar
Até as tuas mãos
[...]
Vamos pisar
Nos pedais e fugir
Vamos amar
Como nunca ninguém
Jamais amou
(Vanguart)

Permita que sejamos felizes!

Todas as noites mal dormidas,


Todas as lágrimas que mancharam nossa alma,
A falta que tivemos
A ausência...

Para onde podemos ir...


Para onde vamos?

Nosso caminho está a nossa espera:


É isso que vejo, sinto...

Seu sorriso me conduz


A um lugar que sempre foi e será nosso...
As portas fechadas para tudo que nos faz triste!
- “Temos tanto para falar,
Coisas para esquecer,
Lugares que eu quero te levar”

Para nada morrer, para tudo ser eterno.

Para você, Maria:


Aquela que se um dia eu ficar sem ver não mais terei vida.

Temos muito a dizer e muito para viver. Quero ver você feliz. Quero fazer você feliz e ser feliz a
seu lado. Sei que temos muito a dizer...

Peço que leia e compreenda minhas palavras. Peço que acredite em mim, não duvide, por mais
que seu coração magoado possa não me querer mais.

Do seu eterno amor...

William

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