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Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica

Regison Rafael Dias Silva

Promoção e incentivo ao aleitamento materno em um


centro de saúde no município de São Luís - MA

São Luís
Abril/2017
Resumo

Introdução: Por volta da década de 1980 surgiram os primeiros estudos


comprovando os benefícios do aleitamento materno para a redução da
morbidade e mortalidade infantil. Apesar de todos esses benefícios
comprovados, o aleitamento artificial adquiriu uma importância
significativamente maior. Nesse contexto são necessárias ações de promoção
e incentivo do aleitamento materno nas comunidades, a fim de atingir as taxas
recomendadas pela OMS. Problema: As mães conhecem os benefícios da
amamentação para a sua saúde e para a saúde dos seus filhos? Elas
conhecem a técnica adequada de amamentação? Foram apresentadas a elas
alternativas para a manutenção do aleitamento após seu retorno ao mercado
de trabalho? Objetivo: Educar as mães da comunidade da Vila Lobão a
respeito da importância da amamentação para a sua saúde e de seus filhos,
demonstrando as técnicas adequadas de fazê-lo. Metodologia: A intervenção
será realizada em duas etapas: a primeira delas será realizada com palestras
para as lactantes e as gestantes da comunidade. A segunda etapa será
realizada através de visitas domiciliares com as puérperas. Resultados
esperados: Com a realização desta intervenção espera-se alcançar na
população da comunidade da Vila Lobão uma maior conscientização a respeito
da importância do aleitamento materno, visando desta forma um aumento na
média de tempo de aleitamento nessa população.

Palavras-chave: Aleitamento. Amamentação. Palestra.


Sumário

1 Introdução ........................................................................................................... 04

2 Problema .............................................................................................................06

3 Justificativa .......................................................................................................... 07

4 Objetivos ............................................................................................................. 08

4.1 Objetivo geral ....................................................................................... 08

4.2 Objetivos específicos ............................................................................ 08

5 Revisão de Literatura .......................................................................................... 09

6 Metodologia ........................................................................................................ 10

7 Cronograma ........................................................................................................11

8 Recursos necessários .......................................................................................... 12

9 Resultados esperados ......................................................................................... 13

10 Referências bibliográficas ................................................................................. 14


1 Introdução

Por volta da década de 1980 foram publicados os primeiros estudos


comprovando os benefícios do aleitamento materno de forma exclusiva para a
redução da morbidade e mortalidade infantil. Esses estudos formaram as bases para
reformulações nas políticas internacionais, particularmente as da Organização
Mundial de Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF),
que passaram a recomendar que as crianças sejam amamentadas de forma
exclusiva até os seis meses de idade e que, após esse período, se inicie
gradativamente a alimentação complementar, sendo mantida a amamentação até os
dois anos de idade (TOMA & REA, 2008).

Dentre os benefícios comprovados da amamentação, vários trabalho apontam


para redução da mortalidade neonatal, diminuição da morbimortalidade por diarreia,
infecções de ouvido, pneumonia e bronquiolite, além dos benefícios à saúde
materna como proteção contra o câncer de mama e alguns tipos de câncer epiteliais
do ovário, método contraceptivo e aumento do tempo entre as gestações, perda
mais rápida de peso na vigência de amamentação exclusiva e provável benefício na
diminuição da depleção óssea/fratura patológica/osteoporose (REA, 2004).

Apesar de todos esses benefícios comprovados, a partir do século XX e


principalmente após a II Guerra Mundial, o aleitamento artificial adquiriu uma
importância significativamente maior. Diversos fatores contribuíram para esse fato. A
industrialização e o aperfeiçoamento das técnicas de esterilização do leite de vaca
propiciaram a produção em larga escala de leites em pó. As indústrias produtoras
desses leites, assessoradas por intensa e agressiva publicidade procuraram fazer
com que o leite em pó fosse caracterizado como um substituto satisfatório para o
leite materno devido à sua praticidade, condições adequadas de higiene e
suprimento completo de todas as necessidades nutricionais do lactente, uma vez
que a maioria deles reforçava o fato de serem enriquecidos com variadas vitaminas,
o que os tornava até superiores ao leite materno (ESCOBAR et al, 2002).

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Vários sãos os fatores que, na atualidade, levam ao desmame precoce. Dentre
eles podemos citar a idade materna, o baixo nível socioeconômico e de instrução,
condições de trabalho maternas, situação conjugal, presença do pai e de outras
pessoas significantes para a mãe, paridade materna e experiências anteriores, seu
conhecimento sobre a técnica e a presença de acompanhamento com profissional
de saúde. Os estudos mostram que a média de aleitamento exclusivo no Brasil ficam
em torno de três meses, bem abaixo do recomendado pela OMS. (FALLEIROS et al,
2006)

Nesse contexto são necessárias ações de promoção e incentivo do aleitamento


materno nas comunidades, a fim de demonstrar a importância do aleitamento
materno para a saúde da criança e da mãe — além da conexão afetiva gerada
através desse ato – demonstrações sobre a técnica adequada e opções para
manutenção do aleitamento após o reingresso da mãe no mercado de trabalho.

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2 Problema

O aleitamento materno exclusivo realizado segundo as orientações da OMS


sabidamente traz benefícios para a saúde da mãe e do bebê, como a redução da
morbimortalidade geral e por causas específicas como diarreia e infecções
respiratórias. Ainda assim observa-se uma média de aleitamento materno muito
abaixo daquela preconizada pela OMS, sendo ainda menores nas comunidades de
baixa renda. Nesse sentido, questiona-se: as mães conhecem os benefícios da
amamentação para a sua saúde e para a saúde dos seus filhos? Elas conhecem a
técnica adequada de amamentação? Foram apresentadas a elas alternativas para a
manutenção do aleitamento após seu retorno ao mercado de trabalho?

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3 Justificativa

Desde a década de 80 vários estudos têm mostrado a importância do


aleitamento materno para a saúde materno-infantil e para o espaçamento das
gestações. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a prática da
amamentação é responsável por salvar a vida de seis milhões de crianças a cada
ano, prevenindo diarreia e infecções respiratórias agudas e sendo responsável por
cerca de um terço da diminuição da fertilidade observada nas últimas décadas.

Apesar dos comprovados benefícios do aleitamento materno, programas


governamentais no Brasil não conseguiram atingir as recomendações da OMS. A
análise dos dados da década de 70 e 80 mostrou que a média, que era de 2,5
meses em 1975, passou para 5,5 meses em 1989 e para 7 meses em 1996.

Assim sendo, faz-se necessário o desenvolvimento de atividades que


promovam o aleitamento materno, desde as últimas etapas da gestação, preparando
e informando a mãe sobre a técnica correta e a importância do aleitamento, até o
suporte àquelas mães que precisam voltar ao mercado de trabalho.

7
4 Objetivos

2.1 Objetivo geral

Educar as mães da comunidade da Vila Lobão a respeito da importância da


amamentação para a sua saúde e de seus filhos, demonstrando as técnicas
adequadas de fazê-lo.

2.2 Objetivo específico

- Aumentar o conhecimento das mães da comunidade da Vila Lobão a respeito dos


benefícios do aleitamento materno.

- Capacitar as mães da comunidade da Vila Lobão sobre as técnicas mais


adequadas de pega e posição para amamentação.

- Aumentar a média de tempo de aleitamento materno na comunidade da Vila


Lobão.

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5 Revisão de Literatura

O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto,


proteção e nutrição para a criança e constitui a mais sensível, econômica e eficaz
intervenção para redução da morbimortalidade infantil.

O aleitamento pode ser classificado como exclusivo (quando a criança recebe


somente leite materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra
fonte), predominante (quando a criança recebe, além do leite materno, água ou
bebidas à base de água), complementado (quando a criança recebe, além do leite
materno, qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade de complementá-
lo, e não de substituí-lo) ou misto (quando a criança recebe leite materno e outros
tipos de leite). (MINISTERIO DA SAÚDE, 2009)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam


aleitamento materno exclusivo por seis meses e complementado até os dois anos ou
mais (MINISTERIO DA SAÚDE, 2009).

Como vantagens do aleitamento a UNICEF cita em seu manual a prevenção de


infecções gastrointestinais, respiratórias e urinárias, efeito protetor sobre alergias,
notadamente àquelas à proteína do leite de vaca, prevenção de diabetes e linfoma a
longo prazo, entre outras (LEVY & BERTOLO, 2008).

A UNICEF descreve ainda as técnicas corretas para propiciar uma


amamentação de sucesso. Na pega correta a boca do bebê deve apanhar a maior
parte da aréola, o queixo deve tocar a mama, a boca deve estar bem aberta, o lábio
inferior deve estar virado para fora e pode se ver mais aréola acima da boca do bebê
(LEVY & BERTOLO, 2008).

Por fim, a implementação das ações de proteção e promoção do aleitamento


materno e da adequada alimentação complementar depende de esforços coletivos
intersetoriais e constitui enorme desafio para o sistema de saúde, numa perspectiva
de abordagem integral e humanizada (MINISTERIO DA SAÚDE, 2009).

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6 Metodologia

A intervenção será realizada em duas etapas:

A primeira delas será realizada na Unidade Básica de Saúde, com palestras


mostrando em linguagem simples e clara os benefícios do aleitamento materno, as
técnicas de pega e posições adequadas para a amamentação, mitos e verdades a
respeito do aleitamento materno e opções para manutenção do aleitamento durante
o turno de trabalho. Essa etapa envolverá as lactantes e as gestantes da
comunidade.

A segunda etapa será realizada através de visitas domiciliares com as


puérperas. Nas visitas serão reforçados os benefícios da amamentação, além de
verificar a técnica que está sendo usada para amamentação, a fim de ajustá-la se
necessário. Serão visitadas ainda as lactantes que manifestem dificuldades para a
manutenção da amamentação. Essas lactantes serão rastreadas pelos Agentes
Comunitários de Saúde.

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7 Cronograma

Atividades/ Jun/16 Jul/16 Ago/16 Set/16 Out/16 Nov/16 Dez/16 Jan/17 Fev/17 Març/17 Abr/17
Mês

Levantamento X X X X X X X X X X
Bibliográfico

Produção do X X
Material

Orientação X X
dos
Profissionais

Realização das X X X X X X X X
itnervenções

Produção do X X
Relatório

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8 Recursos necessários

Item Especificações Quant. Unidade Valor unitário Total

1. Papel A4 01 Pacote 15,00 15,00

2. Canetas 05 01 1,00 5,00

3. Cartucho para impressora 01 01 18,00 18,00

4. Aparelho de Data Show 01 01 184,00 184,00

5. Manequins para 02 01 58,00 116,00


demonstração

TOTAL 338,00

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9 Resultados esperados

Com a realização desta intervenção espera-se alcançar na população da


comunidade da Vila Lobão uma maior conscientização a respeito da importância do
aleitamento materno realizado de acordo com as recomendações da OMS para a
saúde materno-infantil, desfazendo mitos criados em torno deste hábito e mostrando
as técnicas mais eficazes de fazê-lo, além de oferecer possibilidades para que as
mães consigam manter o aleitamento mesmo após a sua reintrodução no mercado
de trabalho, visando desta forma um aumento na média de tempo de aleitamento
nessa população.

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Referências

DE ARAÚJO, Olívia Dias et al. Aleitamento materno: fatores que levam ao


desmame precoce. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 61, n. 4, p. 488-492,
2008.

ESCOBAR, Ana Maria de Ulhôa et al. Aleitamento materno e condições


socioeconômico-culturais: fatores que levam ao desmame precoce. Revista
brasileira de saúde materno-infantil, v. 2, n. 3, p. 253-261, 2002.

FALEIROS, Francisca Teresa Veneziano; TREZZA, Ercília Maria Carone;


CARANDINA, Luana. Aleitamento materno: fatores de influência na sua decisão
e duração. Revista de Nutrição, p. 623-630, 2006.

LEVY, Leonor; BÉRTOLO, Helena. Manual de aleitamento materno. Lisboa:


Comité Português para a UNICEF, 2008.

REA, Marina F. Os benefícios da amamentação para a saúde da mulher. Jornal


de Pediatria. Rio de Janeiro, 2004. v. 80, n. 5. p. S142-6.

Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica – Ministério da


Saúde. SAÚDE DA CRIANÇA: Nutrição Infantil Aleitamento Materno e
Alimentação Complementar. Série A. Normas e Manuais Técnicos Cadernos de
Atenção Básica – n.º 23, Ed. MS. Distrito Federal, 2009.

TOMA, Tereza Setsuko; REA, Marina Ferreira. Benefícios da amamentação para a


saúde da mulher e da criança: um ensaio sobre as evidências. Caderno de
Saúde Pública, v. 24, p. S235-46, 2008.

VENANCIO, Sonia Isoyama et al. Freqüência e determinantes do aleitamento


materno em municípios do Estado de São Paulo. Revista de Saúde Pública, v.
36, n. 3, p. 313-318, 2002.

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