Sie sind auf Seite 1von 243

TERRAPLANAGEM

Este curso tem por objetivo


fornecer ao aluno os elementos
básicos de terraplanagem, de
forma a lhes permitir organizar e
executar tais serviços segundo um
critério lógico, procurando
ampliar sua visão técnica para
futuros aperfeiçoamentos, que
terão a obrigação, como
engenheiros, de criar.
Não tenho a pretensão de ensinar:
limito-me a indicar aos futuros
engenheiros a direção em que
devem concentrar sua atenção.
Livros melhores que este trabalho
são citados sempre que deles
extraio algum conceito, tabela ou
mesmo parágrafos inteiros. Não
há intenção de plágio: a intenção é
fornecer ao aluno o resumo das
aulas de um curso com a duração
de trinta horas, e a indicação da
bibliografia a ser consultada.
Agradecerei suas sugestões,
críticas e correções a erros
cometidos enviadas para
HYPERLINK
"mailto:gil.almeida@ufjf.edu.br"
gil.almeida@ufjf.edu.br
Sumário dos tópicos de
Terraplanagem
T01- Introdução
T02- Seleção dos equipamentos
de transporte
T03 - Serviços preliminares:
Instalação do canteiro,
topografia, desmatamento
T04 - Utilização dos
equipamentos - tratores e
scrapers
T05 - Utilização dos
equipamentos de carga
T06 - Preparando para a
compactação: espalhamento,
homogeneização, secagem e
umidificação
T07 - Execução e estabilidade de
aterros
T08 - Compactação:
equipamentos e execução
T09- Especificações e controle de
compactação
Capítulo 1 -
CONSIDERAÇÕES INICIAIS:
Desde o orçamento até a
aprovação final de uma obra ou
trecho de obra, o empreiteiro deve
concentrar sua atenção em certos
fatores que causam lucros ou
prejuízos, sob um ponto de vista
técnico. Eis alguns dos pontos
onde se deve concentrar a
atenção:
Fatores de conversão de volumes:
nas medições de terraplanagem,
os volumes são considerados,
geralmente, no corte ou no aterro.
Só raramente são medidos nos
veículos de transporte. Para uma
mesma massa de material, os
volumes variam inversamente
com as densidades. Tomando
como referência o estado natural,
no corte, durante o transporte o
material tem uma densidade
aparente menor, e volume maior,
fenômeno denominado
EMPOLAMENTO. Ao ser
compactado, tem diminuído seu
índice de vazios, apresentando
densidade aparente maior, e o
volume reduz-se.
Fator de eficiência das máquinas:
já estudado anteriormente, em
Construção de Estradas I, tem
como parâmetros: qualidade,
atenção e condições do operador,
paradas por motivos diversos
(inclusive recepção de ordens),
uso correto de marchas e
velocidades, estado da máquina,
etc.
Tempo de ciclo: Seu estudo é
dividido em "tempos fixos" e
"tempos variáveis". Fixos são os
tempos gastos em carregar,
manobrar (ou fazer volta) ,
acelerar e reduzir. Variáveis são
os tempos de transportar e voltar
vazio, variando com a distância de
transporte e velocidade de
locomoção.
Custos: Existem dois tipos de
engenheiros, segundo Ciro
Nogueira: os que entendem de
juros compostos, e os que não
entendem de juros compostos. Os
primeiros conhecem o custo por
3
m , horário e mensal de cada
serviço ou equipamento
(trabalhando e parado), os juros
que paga ou pagaria por máquina
e instalações (custos de capital), o
preço final da mão de obra (por
hora, semana ou mês, encargos
sociais, etc.), custos de
manutenção e combustíveis,
custos eventuais, etc. Os outros...
Segurança e Meio ambiente: não é
admissível que o engenheiro,
apenas em função do lucro, olvide
ser humano. A preocupação com a
segurança no trabalho, e com a
segurança da obra, durante a
execução e após seu término, é
obrigatória. O engenheiro é
responsável pela vida e pela
integridade de quem está em sua
área de trabalho. Também a
agressão ao meio ambiente, tem
que ser diminuída ao máximo, por
ser questão de sobrevivência da
própria espécie humana.
Seqüência: a construção de
uma estrada começa pelo
planejamento. Seguem-se a
programação, o projeto, a
implantação (terraplanagem,
construção da infra-estrutura), e
seguindo-se a ela a pavimentação
(construção da superestrutura) . A
seguir, começa a operação, com a
conseqüente conservação.
Trataremos aqui da implantação
da estrada.
TERRAPLANAGEM OU
TERRAPLENAGEM ?
No português de Portugal existe
apenas o termo terraplanagem.
Realmente, terraplenar significa
"encher com terra", mas no Brasil
as duas expressões são utilizadas
com o mesmo significado: È a
arte de mudar intencionalmente a
configuração de um terreno. É um
serviço complexo e especializado,
e de execução agradável. Dentre
os que a exercem, alguns
prosperam extraordinariamente,
enquanto outros tem prejuízos.
Embora não haja um fator único
que estabeleça tal diferença, o
conhecimento e a aplicação dos
princípios básicos de
terraplanagem é de importância
capital .
Em terraplanagem, o ponto
primordial não é a natureza do
material, mas suas propriedades
físicas. O que interessa ao
empreiteiro é saber o modo mais
fácil e econômico de escavar,
mover, carregar, transportar e
dispor o material. Ao fiscal, que a
qualidade final do serviço atenda
as especificações de projeto.
Há registros históricos e pré-
históricos desta atividade mas
preferimos tomar como ponto
inicial da terraplanagem moderna
a invenção do trator de esteiras,
em 1904 . Não nos deteremos
muito nas máquinas ou em sua
evolução, que o aluno já conhece
desde que cursou a disciplina
Construção de Estradas I .
Recordação : Seções típicas, no
que se refere à plataforma
projetada:
CORTE :
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/01CE2_1.
gif" \* MERGEFORMATINET
ATERRO :
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/01CE2_4.
gif" \* MERGEFORMATINET
SEÇÃO MISTA : plataforma
parte abaixo, parte acima do
terreno natural.
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/01CE2_3.
gif" \* MERGEFORMATINET
No sentido longitudinal da
estrada, o diagrama de Bruckner,
estudado na disciplina "Estradas",
ajuda a otimizar a distribuição
entre cortes e aterros .
Exercícios de Fixação:
Os exercícios do tipo (A) são uma
preparação para outros maiores.
São de pequena dificuldade em
relação aos assinalados por (B),
que visam preparar aqueles que
efetivamente irão trabalhar na
construção de estradas.
A1) Calcule a faixa de ocupação,
detalhando Xe e Xd, em função de
2L, da cota vermelha H, α c, α a,
e da inclinação média ( i ) do
terreno, nos três casos típicos.
Encontre também fórmulas para
determinar a cota dos off-sets em
relação à da plataforma. Lembre-
se que - na seção mista - pode
haver corte ou aterro no eixo...
B1) Transforme a resolução do
problema (A1) em um programa
de computador ou uma planilha
de cálculo que além do que foi
pedido, avalie as áreas de corte e
de aterro. Esses valores serão
utilizados no cálculo dos volumes
de corte e de aterro (cubagem).
O resultado dos dois exercícios
encontra-se mais adiante, em
outro capítulo...
Referencias bibliográficas:
Ricardo ,Hélio de Souza e
Catalani , Guilherme - Manual
Prático de Escavação, Pini
Editora
Senso, Wlastermiler de -
Terraplenagem – EP USP, 1975
?? - Princípios Básicos de
Terraplanagem – Caterpillar
Brasil
Pacheco, Luiz Cesar Duarte -
Apostila de Construção de
Estradas I
Capítulo 2
SELEÇÃO DOS
EQUIPAMENTOS DE
TRANSPORTE EM
TERRAPLANAGEM :
FATORES QUE INFLUEM
Fatores naturais:
topografia ( mais ou menos
acidentada ) ; altitude ; natureza
dos solos, presença de lençol
freático, regime de chuvas .
Fatores do projeto:
volume a ser movido, distâncias
de transporte, rampas, dimensões
das plataformas .
Fatores econômicos :
3
custo unitário ( por m
movimentado ).
Princípios básicos do critério
econômico :
redução ao máximo, do capital
empatado; equilíbrio de trabalho
para rendimento máximo por
unidade mecanizada ; o custo
unitário deve ser sempre menor
que o custo da maquina ou de
algum método de trabalho
alternativo
FATORES NATURAIS
Natureza do solo :
Granulometria , resistência ao
rolamento , capacidade de suporte
à ação de cargas , umidade natural
, aderência...
Exemplos: baixa capacidade de
suporte ou alta resistência ao
rolamento pode descartar
possibilidade de usar equipamento
de pneus , como pá carregadeira
sobre pneus, em geral mais
econômica, ser substituída por
shovel, retro-escavadeira ou
draga, de custo horário maior.
Motivos: excesso de umidade ,
solo argiloso com matéria
orgânica , turfas, interferência de
lençol freático.
A resistência ao rolamento não
afeta equipamentos de esteiras.
Topografia :
Terrenos acidentados implicam
rampas mais fortes. (Declives e
aclives maiores). Então surge
necessidade de maior potência e
problemas de aderência nos
aclives, bem como problemas de
segurança nos declives.
Regime de chuvas : Exemplos
citados por Ricardo e Catalani,
relativos ao estado de S. Paulo:
Precipitações até 5 mm, em 10
dias por mês acarretam 50 %
paralisação.
No inverno (estação de seca ) -
média de 15 % paralisação .
Na estação chuvosa : em regiões
com mais de 3 000 mm/ano é
desaconselhável o uso de
equipamento com pneus
(exemplo: Serra do Mar).
FATORES DE PROJETO
Volume a ser movido, peso,
empolamento, compactabilidade
O volume geralmente é contratado
medido no corte, em obras
rodoviárias. Ao ser escavado,
ocorre o empolamento (aumento
de volume), e o novo volume é
que será transportado. Quando
compactado em um aterro, o
volume reduz-se novamente,
tendo seu peso específico aparente
aumentado. Ao dimensionar
aterros, é necessário conhecer a %
de redução volumétrica. Verificar
também a capacidade de carga
(em peso) do equipamento de
transporte . Conforme a densidade
do material transportado, não se
deve coroar a carga (carregamento
máximo) de caminhões ou
scrapers (por exemplo), para não
reduzir sua vida útil.
CARACTERÍSTICAS
APROXIMADAS DE ALGUNS
MATERIAIS:
Empo Fator
lame de
MAT Kg/m Kg/m
3 nto conve 3
ERIA
(CORTE) (mult rsão (SOLTO)
L
iplica (peso
r) )
Argil 1720 1,4 0,72 1140
a
Argil 1780 1,4 0,72 1300
a c/
pedre
gulho
, seca
Argil 2200 1,4 9,72 1580
a c/
pedre
gulho
,
molh
ada
Carvã 1450 1,35 0,74 1070
o–
antra
cítico
Carvã 1280 1,35 0,74 950
o–
betu
mino
so
Terra 1550 1,25 0,8 1250
comu
m,
seca
Terra 2000 1,25 0.8 1600
comu
m,
molh
ada
Pedre 2000 1,12 0,89 1780
gulho
(1-5
cm),
molh
ado
Pedre 1840 1,12 0,89 1640
gulho
(1-5
cm),
seco
Hema 3180 1,18 0,85 2700
tita
Magn 3280 1,18 0,85 2780
etita
Calcá 2620 1,67 0,6 1570
reo
Areia 1780 1,12 0,89 1580
seca,
solta
Areia 2100 1,12 0,89 1870
molh
ada,
comp
acta
Areni 2410 1,54 0,65 1570
to
Escór 1600 1,23 0,81 1300
ia de
fundi
ção
Peso, empolamento e fc variam
com tamanho das partículas,
componentes, conteúdo de
umidade, grau de compacidade,
etc. Testar.
SE GRANDE VOLUME :
Mais e melhores máquinas -
grande investimento inicial,
grande lucro bruto.
Necessário maior planejamento,
controles mais rígidos.
SE PEQUENO VOLUME:
Máquinas menores em menor
número, menor investimento
inicial, menor faturamento.
Em certas obras, como na
construção de barragens, o
volume pode ser medido e pago
por material compactado. Para
pequenos volumes, uma primeira
aproximação é feita considerando-
se 25 % de redução em relação ao
volume de corte . Para um bom
orçamento, há que testar, fazendo
(por exemplo) aterro
experimental.
Custos envolvidos :
Preço dás máquinas, transporte
para a obra, instalação da obra,
alojamentos (e afins), mão de obra
( direta e indireta ) ; segurança,
instalações de pronto socorro,
CIPA (controle interno de
prevenção de acidentes) , lazer,
transporte de pessoal,
manutenção, controles da
produção e qualidade, serviços
sociais , posto de abastecimento
com lavagem e lubrificação, etc.
Distância de transporte : dt
tempos e custos de carga ,
descarga , manobras ( pequenos ,
quase fixos , quando comparados
aos de transporte em distâncias
médias e longas ) .
CUSTO DE UM SERVIÇO :
C = ΣCh / ΣQh
Onde : Σ Ch é o custo global e Σ
Q h a produção global da equipe.
A produção de cada máquina é
inversamente proporcional ao
tempo de ciclo :
Q=f(1/tc)
Se dt cresce ◊ tempo de ciclo
cresce ◊€ Qh diminui ◊€ C cresce
Critério de custo em função da
distância de transporte : ( primeira
aproximação, mas não o único
critério)
DISTÃNCIA (m)
EQUIPAMENTO0501002003004
00750900+ de 900Trator de
esteiras Scraper rebocado por
trator de
esteiras Motoscraper
convencional de 1
eixo Motoscraper grande
(twin) Unidades de
transporte + unidades de
carga O critério de CUSTOS
pela distancia de transporte é o
primeiro a ser considerado, mas
não é determinante: outros
fatores devem ser analisados.
Alguns fatores técnicos (rampa,
afundamento, material
transportado, etc.) PROÍBEM o
uso de alguns dos equipamentos.
A estimativa da produção
provável para o cumprimento de
prazos, análise da topografia do
conjunto da obra , necessidade de
serviços* paralelos , manutenção,
são alguns dos muitos outros
parâmetros a serem analisados
na escolha quantitativa da equipe
.
O estudo e o controle do tempo de
ciclo, que deverá ser o mínimo
possível, é uma, se não a maior,
diferença entre o empreiteiro que
tem lucros para o que tem
prejuízos ... Os principais
instrumentos para isso são:
cronômetro, papel, lápis e bom
senso. Voltaremos ao assunto
mais adiante.
SELEÇÃO DAS UNIDADES
DE TRANSPORTE:
PRINCIPAIS TIPOS DE
UNIDADES DE
TRANSPORTE :
CM - caminhões ( caçamba
comuns ou fora-de-estrada )
VG F - vagões com descarga
pelo fundo (botton-dump)
VGL - vagões com descarga
lateral
VG T - vagões com descarga
traseira (rear-dump) e
UNIDADES
ESCAVOTRANSPORTADOR
AS ( SCRAPERS )
CONV 1 scraper
convencional
CONV 2 scraper
convencional c / rebocador de 2
eixos
EL scraper com esteira
elevatória
PP push-pull
MT-TR motor traseiro ,
tração em todas as rodas
SR scraper rebocado
por trator de esteiras
Conforme a natureza do
material transportado:
Todos os equipamentos
mencionados podem transportar
argila, areia, pedregulho miúdo e
graúdo. Mas os scrapers EL, PP e
os vagões VGF não são indicados
para o uso com rocha escarificada
ou dinamitada. (desgaste). Analise
e discuta os problemas de carga e
descarga de um scraper
transportando rocha dinamitada.
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T02CE22.
gif" \* MERGEFORMATINET
Seleçao conforme o
afundamento dos pneus e a
resistência ao rolamento:
Causas de resistência ao
rolamento: atrito interno, atrito
roda x piso, afundamento causa
subida permanente.
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/Image3.gi
f" \* MERGEFORMATINET
Para afundamento de pneus na
pista de trabalho até 10 cm, ou
resistência ao rolamento até 85
kg/ tonelada, qualquer dos
equipamentos pode ser usado.
Se o afundamento for maior que
25 cm, ou a resistência a
rolamento maior que 183 kg/ t ,
apenas o SR apresenta
rendimento. Até esse último
limite, recomenda-se PP e MT-
TR. Afundamentos entre 10 e 15
cm ou resistências ao rolamento
de 85 a 117 kg/t indicam o uso de
scrapers convencionais (1 e 2).
Caminhões e vagões não devem
ser usados quando se observa
afundamentos superiores a 10 cm.
Ver gráfico seguinte.
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/02CE2_3.
gif" \* MERGEFORMATINET
RESISTÊNCIAS MÉDIAS
AO ROLAMENTO, EM
QUILOS POR
TONELADA (EQUIP. DE
PNEUS)
Estrada dura e compactada,
que não cede sob peso
( concreto ou macadame
betuminoso)............................
................20
Estrada firme que cede
levemnte sob peso
(pavimento com macadame
comum) .................................
............30
Estrada de terra, estabilizada,
que cede sob peso
(penetração aproximada dos
pneus, 2 a 3
cm) ................................50
Estrada de terra não
estabilizada
(penetração dos pneus, 10 a
15
cm) ........................................
...... 75
Estrada de terra, solta,
barrenta ou
arenosa ................................1
00 a 200

Fonte: Introdução à
Terraplanagem (Caterpillar
do Brasil)
Capacidade de vencer rampas:
Caminhões e vagões : até 15 %
CM fora-de-estrada até 25 %
Scrapers de dois eixos com pouco
peso nas rodas motrizes : até 10 %
Scrapers de um eixo : até 15 %
Scrapers TR e PP :
aproximadamente até 30 %
Scrapers SR ( rebocados por
Trator de esteiras) : até 40 %
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/02CE2_4.
gif" \* MERGEFORMATINET
RESISTÊNCIA TOTAL AO
MOVIMENTO DE UM
EQUIPAMENTO
A resistência total pode ser
decomposta em:
resistência ao rolamento;
resistência de rampa;
resistência de inércia; (pequena e
difícil de dimensionar );
resistência do ar – atrito e pressão
frontal (desprezível na
terraplanagem ).
A resistência de inércia surge
quando o veículo sofre variação
na velocidade (freada ou
aceleração) . Para reduzi-lo, o
modo mais prático é reduzir as
causas, suavizando o trajeto dos
equipamentos (principalmente
veículos de transporte).
Detalhando a resistência de
rampa:
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/02CE2_5.
gif" \* MERGEFORMATINET
R rampa = P cos (α) :
simplificamos o cálculo
expressando α em porcentagem e
fazendo
R (em Kg) = 10 x P (em
toneladas) x ( aclive em
porcentagem )
P. exemplo: se α = ang
tg( 15/100) , aclive % = 15/100 =
0,15
R = 10 x P x 0,15
A resistência total ao movimento
será expressa por
RT = R rolamento + R rampa
(desprezamos os outros fatores,
muito pequenos)
É costume calcular separadamente
o peso P2 sobre o eixo trator, para
facilitar o cálculo da aderência
( semelhante ao atrito ).
Conhecido o coeficiente de
aderência A e o peso P2 do trator,
calculamos a força de aderência
Fa = P2 x A.
Se RT > Fa , as rodas tratoras
patinam e o veículo não se move.
Ver mais detalhes adiante, em
POTÊNCIA.
Facilidade de Escavação com
scrapers em terreno natural:
Terrenos muito compactos : use
scraper SR ou TR, com pusher.
Menos compactos :
convencionais. Os
"cavalos"(tratores) de pior
desempenho quando há pouca
aderência são os de dois eixos.
Sobre os tratores de rodas
puxando scraper:
Como ambos se deslocam sobre
rodas, há que considerar o peso do
trator e o do scraper, vazio ou
carregado. Calcular resistência ao
rolamento, resistência/assistência
de rampa, distribuição do peso ,
aderência.
A resistência ao rolamento não
afeta os tratores de esteiras ...
Resumo:
CONV1- INCLUDEPI
Motoscraper CTURE
convencional "http://www.
, rebocador ce2.ufjf.br/Im
(cavalo) de 1 age5.gif" \*
eixo: MERGEFOR
Para distâncias MATINET
médias e
curtas,
terrenos de
compacidade
média ou
baixa, rampas
< 15 %,
terrenos com
bom suporte e
pouco
afundamento
(baixa
resistência ao
rolamento.
CONV2 -
INCLUDEPI Motoscraper
CTURE convencional
"http://www. , rebocador
ce2.ufjf.br/Im (cavalo) de 2
age1.gif" \* eixos:
MERGEFOR Distâncias
MATINET médias e
grandes,
terreno
compacidade
média ou
baixa, rampas
até 10 %,
terrenos bom
suporte e
afundamento
< 15% (baixa
resistência ao
rolamento).
EL - INCLUDEPI
Motoscraper CTURE
com "http://www.c
elevatório: e2.ufjf.br/Ima
Distâncias ge6.gif" \*
curtas e MERGEFOR
médias,
terrenos pouco
compactos,
solo solto,
rampas
pequenas (<10
MATINET
%) , terrenos
com bom
suporte e
pouco
afundamento
(baixa RR)
MT-
INCLUDEPI Motoscraper
CTURE (twin) :
"http://www.
Distâncias
médias,
terrenos
compactos,
ce2.ufjf.br/Im rampas < 30
age7.gif" \* % (médias e
MERGEFOR fortes),
MATINET terrenos de
baixa cap. De
suporte e alta
resistência ao
rolamento.
Scraper INCLUDEPI
rebocado SR CTURE
por trator de "http://www.
esteiras:
Distâncias
curtas,
terrenos
compactos,
fortes rampas ce2.ufjf.br/Im
(> 30 %), age2.gif" \*
terrenos de MERGEFOR
baixa MATINET
capacidade de
suporte e alta
resistência ao
rolamento.
CONSIDERAÇÕES SOBRE
CARGA, TRANSPORTE E
ESPALHAMENTO:
Carregamento mais caro: vagões e
caminhões (tempo de carga muito
maior que dos scrapers).
Carregamento mais barato: TR e
EL quando terreno dispensa uso
de pusher, porem menor
velocidade acarreta transporte
mais caro. Os EL , invertendo o
sentido da esteira, tem a descarga
mais regular, adiantando o
espalhamento.
Caminhões e vagões tem
transporte com custo menor,
porém espalhamento após
descarga mais caro ( é preciso
usar trator de lâminas e
motoniveladoras).
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T02CE21.
gif" \* MERGEFORMATINET
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T02CE22.
jpg" \* MERGEFORMATINET
VAGÃO
FORA-DE-ESTRADA
COMPARAÇÕES
ALTERNATIVAS
Os fatores que mais influem no
desempenho de equipamentos
escavotransportadores são:
distância de transporte e
resistências ao movimento das
máquinas. O gráfico a seguir
orienta uma seleção baseada
nesses fatores.
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/02CE2_7.
gif" \* MERGEFORMATINET
(gráfico baseado em Ricardo e
Catalani: Manual Prático de
Escavação)
Algumas vezes as máquinas são
usadas em condições diferentes
das mais favoráveis segundo esse
gráfico. Fatores teoricamente
menos importantes podem
predominar em condições
especiais, conforme análise de
produção e custo, não
disponibilidade momentânea de
um recurso, trabalhos de curta
duração, etc.

Referencias bibliográficas:
Ricardo ,Hélio de Souza e
Catalani , Guilherme - Manual
Prático de Escavação, Pini
Editora
Senso, Wlastermiler de -
Terraplenagem – EP USP, 1975
?? - Princípios Básicos de
Terraplanagem – Caterpillar
Brasil
Pacheco, Luiz Cesar Duarte -
Apostila de Construção de
Estradas I
Capítulo 3
Veja a continuação do assunto em
HYPERLINK
"http://www.ce2.ufjf.br/T02CE2A
_POTENCIA.htm" \t "direito"
POTÊNCIA
POTÊNCIA: NECESSÁRIA,
DISPONÍVEL e USÁVEL:
Potência é energia em ação,
trabalho realizado por uma força
em um determinado temo.
DISPONÍVEL é a da máquina.
USÁVEL é a limitada pelas
condições de trabalho.
A POTÊNCIA NECESSÁRIA é
determinada pela resistência ao
rolamento(devida à fricção
interna, flexibilidade, desenho e
pressão dos pneus, penetração na
superfície do solo) e de rampa. A
potência disponível é informada
pelos fabricantes, pela força na
barra de tração (tratores de
esteiras) ou pelo esforço trator nas
rodas motrizes(trator de rodas) e
varia com a marcha e a
velocidade. Mas tal informação é
válida para condições ideais.
A POTÊNCIA USÁVEL é um
valor menor, limitado pela
ADERÊNCIA das esteiras ou
pneus com o solo, e pela
ALTITUDE, que reduz a potência
dos motores de aspiração natural.
ADERÊNCIA( ~ atrito) é função
do peso atuante no conjunto
propulsor, e de um coeficiente de
aderência ( ~ coeficiente de atrito)
devido ao tipo de terreno.
Tomando como exemplo o
conjunto trator + scraper :
Trator de esteira rebocando
scraper de dois eixos: considerar o
peso total do trator.
Trator de pneus, dois eixos,
rebocando scraper de um eixo:
considerar 40% do peso do
conjunto trator + scraper , tanto
carregado quanto descarregado.
Trator de pneus, um eixo,
rebocando scraper de um eixo:
considerar 60 % do conjunto
trator + scraper, nas duas
condições de carga.
COEFICIENTES DE
ADERÊNCIA PARA
TRATORES
MATERI PNEUS ESTEIR
AIS AS
Concreto 0,90 0,45
Terreno 0,55 0,90
argiloso
seco
Terreno 0,45 0,70
argiloso
molhado
Argila(est 0,40 0,70
rada mal
conserva
da)
Areia 0,20 0,30
solta seca
Areia 0,40 0,50
solta
úmida
Material 0,65 0,55
de praça
de
pedreira
Estrada 0,35 0,50
encascalh
ada (não
compacta
da)
Terra 0,55 0,90
firme
Terra 0,45 0,60
solta
EFEITOS DA ALTITUDE :
AL 0 750 150 225 300 375
TIT a a 0 0 0 0
UD 750 150 a a a a
E 0 225 300 375 450
(me 0 0 0 0
tros
)
TIP EFI
O CIÊ
DE NC
EQ IA
UIP EM
AM %
EN
TO
(C
AT)
769 100 100 92 85 79 73
666 100 100 95 87 81 75
,
657
660 100 100 93 86 79 73
,
651
,
650
,
641
631 100 100 98 90 84 76
,
630
619 100 92 85 78 72 66
PS
D9 100 100 100 100 93 86
G
D8 100 100 100 97 90 83
H
P.S.
D8 100 100 100 92 85 79
H
D.D
.
D7 100 100 94 86 80 74
E
D.D
.&
P.S.
Par
a
mot
ores
de
aspi
raçã
o
nat
ural
,
dev
e-se
ded
uzir
1%
da
pot
ênci
a
esp
ecif
icad
a
par
a
cad
a
100
ma
part
ir
de
100
0m
de
altit
ude.
Est
a
tab
ela
é
inc
om
plet
a,
trat
and
o-
se
ape
nas
de
um
exe
mpl
o.
Ca
da
fab
rica
nte
for
nec
e
seu
s
pró
pri
os
ma
nua
is
de
utili
zaç
ão
Os índices de eficiência em
função da altitude devem corrigir
a Eficiência previamente
calculada, como já estudado.
Lembre-se que a força tratora
NECESSÁRIA continua a mesma
em qualquer altitude. É a força
tratora DISPONÍVEL que diminui
com o aumento da altitude.
Em resumo:
Potência necessária = resistência
ao rolamento + resistência de
rampa
Potência disponível : consultar
manual da máquina combinando
força tratora e velocidade. Então
combinar potência necessária com
disponível, para escolher a
marcha mais alta possível.
Potência usável: função da
aderência do terreno. . Se altitude
elevada, fazer quadro de perda de
potência, corrigindo a marcha a
ser usada.
Referencias bibliográficas:
Ricardo ,Hélio de Souza e
Catalani , Guilherme - Manual
Prático de Escavação, Pini
Editora
Senso, Wlastermiler de -
Terraplenagem – EP USP, 1975
?? - Princípios Básicos de
Terraplanagem – Caterpillar
Brasil
Pacheco, Luiz Cesar Duarte -
Apostila de Construção de
Estradas I
Capítulo 4
` HTMLCONTROL
MARQUEE.MarqueeCtrl.1
EXECUÇÃO DA
TERRAPLANAGEM -
SERVIÇOS PRELIMINARES
"Há sempre um equipamento que
se adapta melhor às condições
vigentes, e executa a tarefa de
forma mais simples e econômica."
1
A esta citação do livro texto,
acrescento:
Qualquer tarefa pode ser feita de
modo ainda mais simples e
econômico. A função do
engenheiro na produção de uma
terraplanagem é engenhar,
descobrir esse modo. Estudamos
aqui soluções e sugestões
consagradas pela prática, mas que
sempre poderão ser melhoradas.
SERVIÇOS PRELIMINARES
1. Instalação do canteiro de
obras:
Regra geral: localizar perto do
centro de gravidade (área em
planta) dos serviços. As
construções devem ser
econômicas e reaproveitáveis
após a desmontagem do
acampamento. Parâmetros que
podem alterar a regra geral:
dimensão da obra, proximidade de
centro urbano, tempo de execução
da obra, facilidades locais de
energia elétrica e água potável,
etc. Um canteiro deverá conter:
ESCRITÓRIO: prestando os
seguintes serviços gerais:
apropriação (coleta de
dados, classificação, ordenação e
cálculo de despesas por
categorias); comunicação entre o
canteiro de serviço e a gerência;
comunicação entre o canteiro e
terceiros; ponto; pagamento de
pessoal; organização, distribuição
e pagamento de contas e sua
contabilização em livro próprio;
escrituração do livro "caixa" da
obra; arquivamento de
correspondência, fichário de
máquinas , material de consumo,
etc.
ALMOXARIFADO: responsável
pela compra e distribuição de
materiais, que se classificam em :
materiais de consumo
(combustíveis, óleos, graxas,
alimentos, peças sobressalentes,
etc.) , materiais de aplicação
(cimento, cal, pedra, areia, etc.) e
materiais permanentes (máquinas,
móveis, grandes ferramentas,
etc.).
OFICINAS DE
MANUTENÇÃO: para reparos
ligeiros, pinturas, manutenção
preventiva(revisão quinzenal de
peças de alto desgaste, revisão de
motores segundo especificações
dos fabricantes). Como indicação,
2
deve ter 36 m por máquina em
serviço. Fazem também o controle
de utilização das máquinas,
anotando horas trabalhadas,
paradas para reparos e por chuva,
para análises que podem ser
anuais, mensais ou até diárias.
ARRANCHAMENTO:
alojamentos, refeitórios. Evitar
alojar pessoal nos centros urbanos
próximos, causa de perda de
tempo, problemas com
comportamento e desempenho no
trabalho. Pessoal bem alimentado
trabalha com mais prazer, e
melhor.
TRANSPORTES: podem ser
feitos em caminhões cobertos,
com bancos, respeitada a
legislação vigente, com todas as
regras de segurança respeitadas e
sempre gratuito; o transporte de
pessoal graduado normalmente é
feito em veículos menores, como
utilitários ou automóveis. Ao
menos um veículo sempre deverá
estar disponível, para urgências,
inclusive hospitalares.
COMUNICAÇÕES:
Em obras de grande porte,
comunicações internas podem
utilizar sistema de telefonia com
PBX, walk-talkies, e até
celulares. Comunicações
externas , tradicionalmente feitas
em horários preestabelecidos por
transmissor – receptor, serão
brevemente substituídas por fax
ou pela Internet (ou coisa melhor).
GUARITAS: um acampamento
é um quartel e não a casa da Mãe
Joana. Há que definir quem pode
entrar e quando...
RECREAÇÃO: cinema,
biblioteca, jogos de salão, futebol,
basquete, etc. Quando o porte da
obra é muito grande, como no
caso da construção de
hidrelétricas, clube com piscina e
salão de festas não chega a ser
exagero.
2. Mobilização ou Transporte
dos equipamentos:
Raramente decorrem mais de
trinta dias entre o resultado de
uma concorrência e o início das
obras. No caso de grandes
distâncias, o custo de mobilização
pode ser elevado e não pode ser
omitido no orçamento da obra. O
trajeto (rota) deve ser o menor
possível.
Máquinas de esteira são
transportadas sobre carretas, as de
pneus necessitam autorização dos
órgãos rodoviários para trafegar
nas estradas, ainda assim com
sinalização apropriada.
Um critério para a organização
de comboios, é grupar
equipamentos que podem se
deslocar a velocidades iguais. Por
exemplo: carretas transportando
tratores e motoscrapers deslocam-
se a velocidades em torno de 60
km/h. Já os tratores sobre pneus,
35 km/h. Motoniveladoras tem
velocidade variável, em torno de
45 km/h. Pás carregadeiras, por
terem sistema de direção traseiro,
devem ser transportadas.
Com a seleção dos
equipamentos que serão
deslocados fica parcialmente
definido o efetivo humano, já que,
em muitas firmas, alguns
operadores são "casados" com
suas máquinas. As equipes são
complementadas pelos chefes de
campo, mecânicos etc.
Grandes escavadeiras podem
superar 120 toneladas de peso,
tendo de ser desmontadas para o
transporte em carretas, bem como
instalações de britagem, usinas de
asfalto, etc. As equipes de
construção de acampamentos
geralmente viajam na retaguarda
dos comboios, porque é difícil
instalar o arranchamento antes da
chegada das máquinas , que são
revisadas tão logo sejam
descarregadas.
O responsável por um comboio,
geralmente engenheiro, define
velocidade entre pontos do trajeto,
pontos de parada, e tudo o que
não pode ser previsto.
3. Construção de estradas de
serviço e obras de arte
provisórias:
Em geral, no caso de obra
rodoviária, obras de baixo custo,
com plataformas de 4 a 5 metros.
Procurar suavizar rampas de
inclinação muito forte. Pequenos
aterros, drenados, nas baixadas e
onde houver solos de má
qualidade. Bueiros para evitar
inundações. Nas grandes obras,
estradas de serviço podem
necessitar plataformas maiores,
com boa conservação e suporte,
para que o equipamento de
transporte sempre possa trafegar
na velocidade máxima de
segurança.
4. Consolidação do terreno de
fundação dos aterros:
Executados sempre que, devido à
baixa capacidade de suporte do
sub-leito possa ocorrer recalque
exagerado ou escorregamento
lateral. No caso de estradas de
serviço, não tem o requinte que
será visto em "construção de
aterros", mas devem ter boa
capacidade de suporte e drenagem
suficiente.

5. Locação topográfica:
O órgão rodoviário (DNER,
DER/xx, RFFSA ) fornece o eixo
da estrada locado e piqueteado a
cada 20 m, incluindo a marcação
dos PC(pontos de curva),
PT(ponto de tangência) e PI
(ponto onde o prolongamento das
retas se interceptam), devendo o
empreiteiro acompanhar a
execução desse trabalho a fim de
esclarecer dúvidas. A partir do
eixo locado, cabe ao empreiteiro a
marcação dos pontos de off-set,
garantindo sua conservação, pois
as estacas do eixo vão desaparecer
durante a terraplanagem.
Recordando:
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T03CE21.
gif" \* MERGEFORMATINET
A marcação correta dos pontos de
off-set é importante porque a
correção de erros é muito onerosa.
O erro máximo admissível na
altura do off-set de corte é 10 cm.
Superfícies côncavas ou convexas
nos taludes de corte, ou nos de
aterro, não são permitidas, nem
são pagas modificações nos
volumes previstos no projeto.
Para a marcação dos off-sets são
necessários:
Nota de serviço, com indicação
da cota vermelha H (altura de
corte ou aterro, no eixo); largura
da plataforma; angulo de talude
de corte (aC) e angulo de talude de
aterro(aa) .
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T03CE22.
gif" \* MERGEFORMATINET
A inclinação transversal do
terreno ( i ) é determinada no
local, quando irregularidades do
terreno não o impedem. (Nesse
último caso, os off-sets são
determinados por nivelamento
geométrico e por tentativas). Veja
também : " controle de ângulo de
talude", pag. 27
Locação topográfica para o
corte em caixão:
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T03C
E23.gif" \*
MERGEFORMATINET
Xe = (H + L) / (tg a - tg i)
Xd = (H +
L) / (tg a + tg i)
Para o controle topográfico da
execução dos cortes, as cotas
dos off-sets são:
He = (Xe – L) tg a e
Hd = ( Xd – L ) tg a
Locação topográfica dos
aterros: INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T03C
E24.gif" \*
MERGEFORMATINET
X’e = ( H + L tg a ) / ( tg a +
tg i ) X’e = ( H + L tg
a ) / ( tg a - tg i )
Clique aqui HYPERLINK
"http://www.ce2.ufjf.br/OFF
_SETS.zip" para o download
de uma planilha de cálculo
(didática) para a locação dos
off-sets, com o cálculo das
distâncias ao eixo e cotas, que
também avalia as áreas das
seções de corte e aterro, para
o cálculo dos volumes
(cubagem).
Limpeza da faixa de ocupação ,
desmatamento e destocamento
Fatores que influem nas operações
de limpeza:
1. Porte e tamanho das árvores:
Para efeito de desmatamento, a
vegetação pode ser classificada
em:
campo: vegetação rasteira
capoeira: arbustos e pequenas
árvores (tronco diâmetro de 10 a
20 cm)
mata: muitas árvores, e grandes
(diâmetro do tronco > 20 cm)
2. Uso final da terra:
Estradas, barragens,
reflorestamento, uso agrícola –
exigências são diferentes em cada
tipo de obra.
3. Condições do solo:
Espessura da camada de terra
vegetal, matéria orgânica,
umidade, presença de matacões e
blocos de rocha , influem na
escolha dos equipamentos a serem
usados.
4. Topografia: grandes rampas,
valetas, áreas pantanosas e de
baixo suporte, formações rochosas
– alteram a operação de alguns
equipamentos.
5. Especificações da obra :
tamanho da obra, prazo,
disposição de entulho, exigências
de conservação ambiental e dos
solos
Equipamentos usados na
limpeza:
a) TRATORES DE ESTEIRA
(Bull-dozer)
Cortando, limpando,
empurrando, acertando e alisando
superfícies para melhorar o
tráfego.
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T03CE
212.jpg" \*
MERGEFORMATINET
No desmatamento, utilizar tratores
da maior potência possível.
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T03CE
25.gif" \*
MERGEFORMATINET
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T03CE26.
gif" \* MERGEFORMATINET
O entulho é removido para fora da
faixa de ocupação, e, em geral,
queimado, para reduzir o volume
de material a ser transportado para
bota-foras.
Derrubada:
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T03CE
27.gif" \*
MERGEFORMATINET
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T03CE
27.gif" \*
MERGEFORMATINET
Destocamento:
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T03CE
28.gif" \*
MERGEFORMATINET
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T03CE
29.gif" \*
MERGEFORMATINET
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T03CE
210.gif" \*
MERGEFORMATINET

IMPLEMENTOS PARA
LIMPEZA
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T03CE
211.gif" \*
MERGEFORMATINET
Ancinho INCLU INCLU
(brushra DEPICT DEPICT
ke) URE URE
INCLUD "http://w "http://w
EPICTU ww.ce2.u ww.ce2.u
RE
"http://w
fjf.br/T03 fjf.br/T0
ww.ce2.u
CE32.gif 3CE31.gi
fjf.br/T0
" \* f" \*
3CE30.gi
MERGE MERGE
f" \*
FORMA FORMA
MERGE
TINET TINET
FORMA
TINET
Estimativa de tempo de derrubada
de árvores:
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/Image9.gi
f" \* MERGEFORMATINET
Fonte da figura: Métodos de
desbravamento - Komatsu Brasil
Referencias bibliográficas:
Ricardo ,Hélio de Souza e
Catalani , Guilherme - Manual
Prático de Escavação, Pini
Editora
Senso, Wlastermiler de -
Terraplenagem – EP USP, 1975
Silveira, Araken – Terraplenagem
– Universudade de S. Carlos ,
1971
?? - Princípios Básicos de
Terraplanagem – Caterpillar
Brasil
?? – Mobilização, o primeiro
passo – Revista Engenheiro
Moderno, janeiro 1969- pp. 27-33
Capítulo 5
HTMLCONTROL
MARQUEE.MarqueeCtrl.1
UTILIZAÇÃO DOS
EQUIPAMENTOS NA
EXECUÇÃO DE
TERRAPLANAGEM
BULL-DOZER (Trator de esteira
com lâmina):
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T03CE21
3.jpg" \* MERGEFORMATINET
É o "bom-bril" da
terraplanagem, com mil e uma
utilidades. Sem exagero,
podemos considerar a invenção do
trator de esteiras (1904) como o
marco de início da terraplanagem
moderna. É a máquina mais
usada, e praticamente obrigatória
em qualquer trabalho de
movimentação de terra.
Tracionando ou empurrando, o
bull- dozer tem enorme utilização
em obras de grande, médio ou
pequeno porte.
Posições básicas da Lâmina:
quanto à
inclinação
horizontal:
INCLUDEPI INCLUDEPI
CTURE CTURE
"http://www.c "http://www.c
e2.ufjf.br/T03 e2.ufjf.br/T03
CE214.gif" \* CE215.gif" \*
MERGEFOR MERGEFOR
MATINET MATINET
posição reta angle-dozer
quanto à
inclinação
vertical:
INCLUDEPI INCLUDEPI
CTURE CTURE
"http://www.c "http://www.c
e2.ufjf.br/T03 e2.ufjf.br/T03
CE216.gif" \*
CE217.gif" \*
MERGEFOR
MERGEFOR
MATINET
MATINET
plana
tilt-dozer
(horizontal)
Principais atividades do bull-
dozer:
Preparo de cortes e aterros, praças
de manobra para motoscrapers no
corte e no aterro, atenuar rampas
para uso do equipamento de
pneus, espalhamento de terra em
ponta de aterro, escarificação em
materiais de 1ª categoria que
sejam muito compactos,
escarificação em materiais de 2ª
categoria (com escarificadores
reforçados). Pusher (mais
indicados os tratores com servo-
transmissão tipo "power-shift").
Primeiro espalhamento nos
aterros. Desmatamento.
Empurrar e puxar. Movimentar
materiais em pequenas distâncias.
INCLUDEPI Se a
CTURE inclinação do
"http://www.c terreno for
e2.ufjf.br/T03 muito forte, é
CE218.gif" \* preciso
MERGEFOR começar cortes
com o
"embocamento
"
MATINET (geralmente
lâmina na
posição plana
e reta)
Operações
com a lâmina
em "angle-
dozer":exempl
o: corte em
meia encosta
INCLUDEPI INCLUDEPI
CTURE CTURE
"http://www.c "http://www.c
e2.ufjf.br/T03 e2.ufjf.br/T03
CE219.gif" \* CE220.gif" \*
MERGEFOR MERGEFOR
MATINET MATINET
em terreno em terreno
pouco muito
inclinado inclinado
INCLUDEPI
CTURE
"http://www.c
e2.ufjf.br/T03
CE221.gif" \*
MERGEFOR
MATINET
taludamento
INCLUDEPI
CTURE
"http://www.c
e2.ufjf.br/T03
CE222.gif" \*
MERGEFOR
MATINET
Execução de
valetas, com
lâmina em tilt-
dozer, na falta
de retro-
escavadeira
Unidades escavo-
transportadoras:
SCRAPERS E
MOTOSCRAPERS
Uso em distâncias médias e
longas, com alta produtividade.
Principais elementos de um
scraper ou motoscraper:
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T04CE22
3.jpg" \* MERGEFORMATINET
Já vimos anteriormente que os
cavalos ou tratores podem ser de
esteiras ou rodas, e os de rodas
podem ter um ou dois eixos. Os
motoscrapers podem ter motores
apenas no cavalo ou serem "push-
pull", com tração em todas as
rodas.
Principais elementos da caçamba:
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T04CE22
4.jpg" \* MERGEFORMATINET
Existem também equipamentos de
pequeno porte, apelidados
"caixotes", com os mesmos
princípios de trabalho, cuja
descarga é executada por um
grande giro da caçamba, não
existindo o ejetor. Um exemplo
destes são os scrapers Madal, com
capacidade da caçamba na ordem
de 3 a 4 m3. Em geral são
agrupados (dois) e rebocados por
um trator agrícola, onde ficam os
controles.
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T04CE21.
gif" \* MERGEFORMATINET
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T04CE22.
gif" \* MERGEFORMATINET
TRATOR AGRÍCOLA
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T04CE24.
gif" \* MERGEFORMATINET
Posições dos principais elementos
de um motoscraper, nas seguintes
situações:
Transporte :
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T04CE22
5.gif" \* MERGEFORMATINET
caçamba elevada, ejetor recuado,
avental abaixado
HTMLCONTROL
MARQUEE.MarqueeCtrl.1
Carregamento:
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T04CE22
6.gif" \* MERGEFORMATINET
(ejetor recuado, avental elevado,
caçamba abaixada)
Descarga:
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T04CE22
7.gif" \* MERGEFORMATINET
ejetor em movimento para a
frente, caçamba elevada, avental
elevado
Carregamento com pusher : (do
inglês pusher: que empurra)
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T04CE22
8.gif" \* MERGEFORMATINET
Carregamento em push-pull :
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T04CE22
9.gif" \* MERGEFORMATINET
Carregamento em push-pull duplo
(geralmente o peão o
chama push-pull triplo):
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T04CE
230.gif" \*
MERGEFORMATINET
Técnicas de carregamento:
. Usar pusher sempre que
3
scrapers tenham mais de 10 m .
Equipamento com potência
adequada, no auxílio do
carregamento, paga-se por si
mesmo;
. evitar congestionamento no
corte. Área ampla. É preferível
excesso de pusher que atrasos;
. escavar no sentido do
transporte, rampas inclinadas
nesse sentido (descendo) ;
. começar corte sem o pusher,
até patinar. (reduz até 40% do
tempo de carga);
. cortar em faixas alternadas;
. não usar velocidades elevadas
no transporte: segurança;
. sempre que possível, atacar
dois aterros (e/ou cortes) ao
mesmo tempo, para evitar
retornos e manobras; ver
"combinação de ciclos" mais
adiante, em "transporte";
. aproveitar ociosidade do
pusher, escarificando
(principalmente com material
argiloso) ou fazendo a
manutenção do piso da área de
carregamento;
. coroar (encher até o limite
máximo) o motoscraper não
significa aumentar a
produtividade, pelo tempo que
gasta (principalmente se outro
motoscraper já estiver à espera do
pusher);
. espessura de corte: por
experimentação, verificar com
qual o tempo de carregamento é
mais breve;
. em terrenos muito compactos,
deixar o motoscraper no neutro, e
a força para o pusher.
. só fazer o pusher em linha
reta, jamais em curva;
. ao final da carga, elevar
lentamente a caçamba, para evitar
degraus;
. conferir o tempo ótimo de
carregamento em toda mudança
de condição do trabalho.
Transporte:
é o mais importante, pois os
tempos gastos no transporte são
os maiores do ciclo.
. As pistas devem ter largura
suficiente (três vezes a largura da
maior máquina) e serem bem
conservadas (com
motoniveladoras, e tratores,
quando necessário) , sem
irregularidades e bem drenadas
(fazer caimento de 1 a 2%).
Senão, perde-se na velocidade, e o
choques e impactos reduzem a
vida útil das maquinas, pneus,
etc., além de aumentar o desgaste
dos operadores, que passam a
produzir menos. As pistas devem
também ter boa capacidade de
suporte e pequeno afundamento.
. Se a poeira começar a
incomodar, "apagá-la" com
caminhões pipa; além de
segurança, é item de conservação
do equipamento e evita perda de
produção; água com cloreto de
cálcio também ajuda, por reter a
umidade natural;
. Evitar curvas fechadas e/ou de
baixa visibilidade: provocam
redução de velocidade e
acidentes. Não sendo possível,
alocar sinalizadores.
. Treinar operadores para
utilizarem marcha mais elevada
possível, dentro da segurança
(maior velocidade) , e acionar o
retardador nos longos declives.
. Respeitar acima de tudo a
segurança. .Projetar com cuidado
as pistas e os ciclos, se possível
combinando ciclos individuais
para eliminar manobras e balões.
COMBINAÇÃO DE CICLOS:
Ciclos individuais : (Exemplo
simples)
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T04CE
231.gif" \*
MERGEFORMATINET
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T04CE
232.gif" \*
MERGEFORMATINET
Ciclo combinado:
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T04CE
233.gif" \*
MERGEFORMATINET
Um exemplo de como o "olho do
engenheiro " engorda os lucros
em terraplanagem:
Ao notar que operadores
paravam motoscrapers para
satisfazer necessidades urgentes,
no mato, na construção de uma
grande usina hidrelétrica, o
engenheiro instalou posto de
serviço com café, água, banheiro,
e um operador de reserva, em
local e altura apropriados.
Quando necessário, o operador
parava e era substituído pelo
reserva, com desprezível perda de
tempo. O aumento de eficiência
dos operadores e a redução do
tempo de ciclo gerou significativo
lucro para a empreiteira.
Descarga:
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T04CE
234.gif" \*
MERGEFORMATINET
. Não se admite qualquer atraso
na descarga efetuada por
motoscrapers.
. Na execução de um aterro, é
obrigatório que as unidades de
espalhamento, além espalhar o
material na espessura de projeto,
mantenham a área de descarga em
condições exemplares de
nivelamento e drenagem.
. A área de manobras deve ser
ampla para que não haja perda de
tempo para o início do retorno.
. Deve ser providenciado
número suficiente de praças de
trabalho de forma que sempre
haja onde descarregar, e
encarregados de aterro indicam
por sinais aos operadores, os
locais onde deve ser feita a
descarga.
. Mesmo no caso de "bota-fora",
tratores devem manter todo o
trajeto das unidades de transporte
em perfeitas condições.
ESCAVAÇÃO COM
TRANSPORTE À LONGAS
DISTÂNCIAS:
- É o assunto da próxima aula -
Quando a distância de transporte é
grande, utilizam-se unidades
escavocarregadeiras
independentes das unidades de
transporte.
As principais unidades
escavocarregadeiras são as
escavadeiras com caçamba
shovel, escavadeiras com
caçamba de arrasto (drag-line),
escavadeiras com caçamba de
mandíbula (clam-shell),
retroescavadeiras (shovel),
carregadeiras de esteiras,
carregadeiras de pneus,
carregadeiras contínuas com
esteira transportadora para o
carregamento.
As principais unidades de
transporte são os caminhões fora
de estrada, caminhões
basculantes, vagões rebocados por
cavalos de caminhões "fora de
estrada" .
Como o equipamento já foi
estudado em "Construção de
Estradas I", iremos concentrar a
atenção no planejamento do
trabalho e soluções que visem a
otimização da produção.
Referencias bibliográficas:
Ricardo ,Hélio de Souza e
Catalani , Guilherme - Manual
Prático de Escavação, Pini
Editora
Senso, Wlastermiler de -
Terraplenagem – EP USP, 1975
Silveira, Araken – Terraplenagem
– Universudade de S. Carlos ,
1971
?? - Princípios Básicos de
Terraplanagem – Caterpillar
Brasil
?? – Mobilização, o primeiro
passo – Revista Engenheiro
Moderno, janeiro 1969- pp. 27-33
Capítulo 6
HTMLCONTROL
MARQUEE.MarqueeCtrl.1
PRINCIPAIS
EQUIPAMENTOS DE
ESCAVAÇÃO E CARGA:
ESCAVAÇÃO COM
TRANSPORTE À LONGAS
DISTÂNCIAS:
Quando a distância de transporte é
grande, utilizam-se unidades
escavocarregadeiras
independentes das unidades de
transporte. As principais unidades
escavocarregadeiras são as
escavadeiras com caçamba
shovel, escavadeiras com
caçamba de arrasto (drag-line),
escavadeiras com caçamba de
mandíbula (clam-shell),
retroescavadeiras (shovel),
carregadeiras de esteiras,
carregadeiras de pneus,
carregadeiras contínuas com
esteira transportadora para o
carregamento. As principais
unidades de transporte são os
vagões rebocados por cavalos de
caminhões "fora de estrada",
caminhões fora de estrada,
caminhões basculantes.
Lembre-se que o primeiro
dimensionamento para os
equipamentos usados em uma
terraplanagem é feito para o
TRANSPORTE. Apenas depois
de definida a frota de transporte, e
em função dela, definem-se os
tipos e quantidades dos
equipamentos de carga,
espalhamento, etc.
Mas toda regra tem exceção.
Alguns materiais a serem
transportados, ou as condições de
carga podem exigir equipamentos
específicos de carga, que excluem
o uso de alguns equipamentos de
transporte. Por exemplo, um
terreno mole alagado poderia
exigir carga com escavadeiras de
arrasto, que poderia sugerir
transporte por caminhões, ainda
que a distância de transporte
indicasse uso de scrapers.
Drenar o terreno antes do corte e
usar scrapers ou usar dragas e
caminhões ? A dimensão da
obra, a topografia ou o perfil
geológico do terreno permite a
adoção sucessiva das duas
opções ? Ou devo procurar
outra alternativa ? Embora rocha
dinamitada possa ser transportada
por scrapers (carregados por
shovel ou carregadeiras), o
desgaste pode ser excessivo, e
haver problemas na descarga. A
administração desse tipo de
conflitos, é uma das funções do
engenheiro, que deverá estar
atento para os aspectos técnicos e
econômicos (sem falar nos
parâmetros ambientais, sociais e
até mesmo políticos, conforme o
impacto marginal da obra).
Como o equipamento já foi
estudado em "Construção de
Estradas I", iremos fazer uma
recordação superficial, mas
concentrar a atenção no
planejamento do trabalho e
soluções que visem a otimização
da produção.
ESCAVAÇÃO E CARGA:
1. Escavadeiras com caçamba
"shovel":
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/Image1
0.gif" \*
MERGEFORMATINET
Utilizadas para corte acima do
nível da máquina. Se o terreno
tem baixa capacidade de suporte,
apoiá-la sobre estivas
(plataformas de madeira).
Trabalham qualquer tipo de
material, exceto rocha , aceitando
até rocha fragmentada, mas tem
grande produção com material de
primeira categoria. A caçamba
deve ser cheia com um
movimento único, sem aprofundar
demais.
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/Image11.
gif" \* MERGEFORMATINET
Quando a altura de corte
ultrapassa o alcance do shovel,
trabalha-se em terraços, com
alturas de ataque de no mínimo,
1,50 m por degrau. Os terraços
devem ser abertos de cima para
baixo, com distâncias entre
frentes de ataque de, no mínimo,
100 m. Ao se atingir o greide, na
plataforma mais inferior, deve-se
forçar o trajeto das unidades de
transporte por ele, contribuindo
para a compactação do subleito.
As equipes em terraços diferentes
devem ser independentes, com as
unidades de transporte nunca
servindo a mais de uma
carregadeira.
As mais rápidas tem comando
hidráulico, concorrendo com as
carregadeiras de esteira e pneus.
Devem ser dimensionadas de
modo a atender, no limite
mínimo, a duas unidades de
transporte, de forma que quando
uma acabe de ser carregada, outra
tenha acabado de se posicionar.
Nunca deve escavar enquanto
gira. Deve-se procurar trabalhar
em cortes largos, de preferência
com duas saídas para os
basculantes.
Bulldozers podem auxiliar ,
principalmente no caso de cortes
altas ("fazendo terra").
Nenhuma escavadeira deve se
movimentar durante a carga.
2. Escavadeiras de arrasto , ou
dragas (drag-line):
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/Image12.
gif" \* MERGEFORMATINET
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T05CE24.
gif" \* MERGEFORMATINET
Usada em terrenos abaixo do
nível da máquina, principalmente
de pouca consistência. Podem
levantar a carga enquanto giram.
Usos :
Remoção de solos moles, que
impeçam o tráfego até de tratores
de esteiras. É comum a
necessidade de estivas. Para a
chegada das unidades de
transporte pode ser necessário
construir estradas de serviço com
solos de melhor qualidade, com
espessuras a partir de 1,00 m.;
Abertura de grandes valas sem
escoramento;
Abertura de canais de drenagem,
corta-rios, limpeza de cursos
d’água, etc. No último caso, usar
caçambas com aberturas que
permitam o escoamento da água.
(carga da caçamba pode perder
70%, i.é. pegar apenas 30% do
volume). Esteiras em posição
perpendicular ao movimento de
arrasto, contrapesos na traseira da
máquina, para prevenir
desequilíbrio.
Escavadeiras de mandíbulas
(clam-shell)
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/Image46.
gif" \* MERGEFORMATINET
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T05CE
32.gif" \*
MERGEFORMATINET
Mesma utilização das dragas,
alcance mais reduzido,
profundidades maiores. Podem
levantar a carga enquanto
giram.
4. Retroescavadeiras :
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/Image1
3.gif" \*
MERGEFORMATINET
INCLUDEPI INCLUDEPI
CTURE CTURE
"http://www. "http://www.
ce2.ufjf.br/T0 ce2.ufjf.br/T0
5CE22.jpg" \ 5CE28.jpg" \
* *
MERGEFOR MERGEFOR
MATINET MATINET
Como as dragas e as
escavadeiras de mandíbula, são
usadas para escavação abaixo
do nível da máquina. Não tem o
alcance da draga nem escavam
na vertical , como as clam-
shell, mas são eficientes na
abertura de valas de largura
reduzida (que devem ser
posteriormente escoradas).
Usadas na abertura de canais,
remoção de solos ruins, etc.
Carga mais eficiente se em
nível superior ao do
equipamento de transporte. As
de acionamento hidráulico
permitem mais precisão de
trabalho.
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T05CE
30.gif" \*
MERGEFORMATINET
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T05CE
29.jpg" \*
MERGEFORMATINET
(foto capturada no site de
geotecnia da UFSC)
5. Carregadeiras (de esteira ou
de pneus):
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/Image1
4.gif" \*
MERGEFORMATINET
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T05CE
31.jpg" \*
MERGEFORMATINET
Muito versáteis, usadas
principalmente quando as
distâncias de transporte forem
longas. Caçambas de grande
capacidade, altura ótima de
corte não afeta tanto quando no
caso das escavadeiras shovel.
Vantagem de poder deslocar-se
até as unidades de
transporte.
Isto reduz tempo de espera e
posicionamento, aumentando a
produção.As de pneus só
podem ser usadas em terreno
firme, e na carga de materiais
de fácil desagregação.
Carregamentos não
convencionais:
6. Escavadeiras Rotativas:
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/Image1
5.gif" \*
MERGEFORMATINET
(Usina Hidrelétrica de
Marimbondo-1972)
Usadas na escavação de materiais
de primeira categoria, quando há
necessidade de altíssimos índices
de produção, com volumes da
ordem de milhões de m3.
Escavam bancadas com nível e
largura constantes, com caçambas
fixas em uma roda giratória que
descarrega o material escavado
em uma esteira elevatória que faz
a carga contínua nas unidades de
transporte. A possibilidade de
alterar a umidade do material
enquanto na esteira , e a de
alternar os pontos de saída da
esteira – "by-pass" - (que reduz à
quase zero o tempo entre o fim da
carga de uma unidade de
transporte e o inicio da carga de
outra) , tornam a velocidade de
carregamento praticamente
insuperável.
Exigem terrenos com topografia
favorável, possibilidade de cortes
longitudinais longos, conservação
perfeita das bancadas e da área de
corte, e geralmente sua alta
produção pede equipamentos de
transporte de grande capacidade.
Devido ao alto preço, exigem que
a obra tenha prazos de execução
superiores a 10000 h, ou cinco
anos, para completa amortização
da compra.
Alto desgaste nas caçambas
exigem 8h de manutenção para 30
h de trabalho, o que obriga a se ter
pelo menos três, duas trabalhando
e uma em manutenção preventiva.
7. Trator e bica, ou
carregadeira e bica:
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T05CE
22.gif" \*
MERGEFORMATINET
É um modo de carregamento de
emergência, não convencional,
mas que já foi muito utilizado. É
construída uma plataforma
(geralmente de madeira), com
alçapão , em plena caixa de
empréstimo. Os basculantes
colocam-se sob o alçapão, e a
carga é feita geralmente por um
bulldozer. (o dozer não anda sobre
a armação de madeira).
8. Equipamentos escavo-
elevadores:
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T05CE23.
jpg" \* MERGEFORMATINET
Variante dos
escavotransportadores(scrapers)
com esteira elevatória, mas com
produção contínua e conseqüente
produção maior que a dos
scrapers. Também podem ser
encarados - do ponto de vista
operacional - como um
equipamento de carga da família
das escavadeiras rotativas.
Pode ser rebocado por trator de
esteiras (de cuja potência depende
a produção) ou ter autopropulsão.
Uso limitado por exigir sempre
topografia favorável, com terrenos
planos ou pouco inclinados, como
as escavadeiras rotativas.
Referencias bibliográficas:
Pacheco, Luiz Cezar Duarte,
Apostila de Construção de
Estradas - cd-rom
Ricardo ,Hélio de Souza e
Catalani , Guilherme - Manual
Prático de Escavação, Pini
Editora
Senso, Wlastermiler de -
Terraplenagem – EP USP, 1975
Silveira, Araken – Terraplenagem
– Universudade de S. Carlos ,
1971
HYPERLINK
"http://www.ce2.ufjf.br/T05CE
2_CARGA.htm" HYPERLINK
"http://www.ce2.ufjf.br/T05CE2_
CARGA.htm" volta ao topo
ESCARIFICAÇÃO
:

INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T05CE27.
jpg" \* MERGEFORMATINET
Escarificador (ripper)
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/Image18.
gif" \* MERGEFORMATINET
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T05CE31.
gif" \* MERGEFORMATINET
ESQUEMA DO DENTE DO
ESCARIFICADOR
A escarificação é recordada aqui,
por ser uma operação de preparo
de carga.
Os escarificadores já foram
estudados anteriormente. São
acoplados na traseira de tratores e
(menores) à frente da lamina de
motoniveladoras. Dentes de
muitos tipos e tamanhos, curtas
para material duro, longas para
material solto mas abrasivo.
Usados na escavação de materiais
de segunda categoria, em rochas
brandas, abrandando materiais de
primeira categoria, etc.
São mais eficientes nos materiais
muito consistentes que nos
materiais brandos. Os de
comando hidráulico são mais
precisos porém sofrem maior
desgaste.
Técnicas de operação:
escarificar sempre em primeira
marcha, e baixa velocidade ;
se possível, morro abaixo;
se o material apresentar camadas
inclinadas, na direção da
inclinação;
quando usado na carga por
scraper, na direção de carga;
escarificar em profundidade
uniforme;
colocar os porta dentes simétricos
em relação ao centro da barra de
ripper.
OUTROS EQUIPAMENTOS:
Valetadeiras, máquinas para fazer
meio-fio, guindastes móveis,
grandes equipamentos para
perfuração de túneis, carretas para
transporte de máquinas, tratores,
ônibus, veículos leves para
transporte de pessoas, aviões de
carga , carroças de tração animal ,
carrinhos de mão, ferramentas
manuais, não serão aqui
estudadas, por economia de
espaço. Nem elefantes ou
carneiros, ainda que estes últimos
tenham tido, no passado, grande
aplicação em compactação.
Referencias bibliográficas:
Ricardo ,Hélio de Souza e
Catalani , Guilherme - Manual
Prático de Escavação, Pini
Editora
Senso, Wlastermiler de -
Terraplenagem – EP USP, 1975
Silveira, Araken – Terraplenagem
– Universudade de S. Carlos ,
1971
Capítulo 7
HTMLCONTROL
MARQUEE.MarqueeCtrl.1
EXECUÇÃO DE ATERROS
O trabalho começa com o
desmatamento, quando
necessário, e a marcação dos off-
sets de aterro, como já visto. As
estacas são colocadas à 5 m das
cruzetas de marcação, que
indicam alturas da plataforma em
relação ao pé do aterro.
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE
23.gif" \*
MERGEFORMATINET
No caso de aterros de grande
altura, as cruzetas devem ser
escalonadas, até atingir a cota do
greide da plataforma. O eixo é
remarcado pela equipe de
topografia varias vezes, e o
controle das rampas pode ser feito
por gabaritos de madeira, como
no caso de corte. É bom conferir
sempre, com a equipe de
topografia, pois a correção de
erros na inclinação dos taludes é
sempre onerosa.
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE
24.gif" \*
MERGEFORMATINET
Conferindo o
ângulo do
talude de
INCLUDEPI aterro e
CTURE acertando o
"http://www.c talude com
e2.ufjf.br/T08 uma
CE25.gif" \* motonivelador
MERGEFOR a . Onde a
MATINET motonivelador
a não alcança,
o acerto é feito
manualmente.
ESTABILIDADE DOS
ATERROS –
CONSOLIDAÇÃO DAS
FUNDAÇÕES
Fundação e compactação: Ainda
que a compactação de um aterro
seja excelente, se o mesmo for
construído sobre um subleito
fraco, poderá apresentar recalques
excessivos ou rupturas.
Principais tipos de ocorrências
indesejáveis:
a) Recalque por adensamento:
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE
26.gif" \*
MERGEFORMATINET
Resultante das pressões devidas
ao peso próprio e das cargas
móveis trafegando sobre o aterro,
o adensamento é conseqüência do
escoamento de água, expulsa dos
vazios do solo, quando estes
diminuem.
SEMPRE EXISTIRÁ
ADENSAMENTO E
RECALQUE, mas este deverá ser
previsto e mantido sob controle.
b) Ruptura por afundamento :
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE
27.gif" \*
MERGEFORMATINET
Quando uma camada subjacente
ao aterro for de capacidade de
suporte muito baixa e de grande
espessura, pode afundar por igual,
expulsando lateralmente o
material ruim, e formando bulbos.
c) Ruptura por
escorregamento:
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE
28.gif" \*
MERGEFORMATINET
Quando uma camada mole, de
baixa resistência ao cisalhamento,
sobre outra mais dura, tem seu
teor de umidade aumentado e
tornando ainda mais baixa tal
resistência. Da Mecânica dos
Solos, sabe-se que no limite de
liquidez, por exemplo, ela é
2
baixíssima, da ordem de 25 g/cm .
Quando esse tipo de acidente
acontece, a forma do
escorregamento quase sempre é
lenticular (tem forma semelhante
à de uma lente).
SOLUÇÕES:
Quando o sub-leito é fraco, como
por exemplo um brejo, podemos
tentar estabiliza-lo ou removê-lo,
com substituição do solo por
outro mais adequado. Sempre
adotamos a solução mais
econômica.
REMOÇÃO DO SOLO RUIM
E SUBSTITUIÇÃO POR
MELHOR:
Geralmente a remoção é feita por
dragas, com imediata substituição
por material arenoso. Uma boa
técnica é a operação por faixas
alternadas, com esgotamento da
água que se acumula no fundo
através de bombas de sucção ou
se a topografia permitir, por valas
de escoamento. Após o
esgotamento da água, o lodo
remanescente tem de ser retirado,
e imediatamente aterrado com
material arenoso (para permitir
fluxo de água, e evitar
capilaridade). Nas primeiras
camadas não se toma muito
cuidado com o grau de
compactação, no caso de brejos,
pois a velocidade é
imprescindível. O material ruim é
disposto em "bota-fora". No caso
de "minas d’água" de grande
vazão, podem ser colocadas
manilhas verticais com constante
bombeamento enquanto se
procede ao aterro provisório.
Após ser atingida uma altura
suficiente, é fechada e
compactada rapidamente (em caso
de barragens, pode até ser
colocado um tampão em
concreto).
DESLOCAMENTO DO
MATERIAL INSTÁVEL:
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE
29.gif" \*
MERGEFORMATINET
Um procedimento utiliza o
próprio peso do aterro para
deslocar o material original,
quando este é muito mole. O
aterro é feito aos poucos, em
setores, e o material mole vai
sendo expulso à medida que a
altura do aterro cresce. Será viável
se a camada ruim não for muito
alta, e houver um horizonte de
material firme subjacente, mas
não é possível um bom controle
da homogeneidade das
camadas(bolsões de material mole
podem prejudicar a estabilidade).
Entretanto é o mais usado em
obras provisórias, como na
construção de ensecadeiras que
devam durar um tempo fixo,
apenas enquanto as obras
principais de uma barragem são
executadas. A execução em
"ponta de aterro", esquematizada
em seguida, é uma das opções
desta técnica.
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE
210.gif" \*
MERGEFORMATINET
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE
211.gif" \*
MERGEFORMATINET
EMPREGO DE EXPLOSIVOS:
Quando a camada mole (vista no
caso anterior ) resiste ao
deslocamento pelo peso próprio
do aterro, e for profunda, pode ser
cogitado o uso de explosivos. Ao
início, executa-se uma série de
explosões superficiais visando
segregação entre fases sólida e
líquida, e remoção do entrelaçado
de raízes. Depois se aterra com
espessura maior que a de projeto,
e executa-se a primeira linha de
furos (principal) para a colocação
das cargas, espaçada de 3 m., e
em profundidade capaz de atingir
a metade da camada mole.
Também com espaçamento de 3
m. em relação à primeira linha,
executar a segunda linha de furos,
e quantas mais forem necessárias
em função da largura da
plataforma. O fogo é dado na
primeira linha, em seguida na
segunda, etc. Dentre os
explosivos, um dos mais usados é
a gelatina, resistente à água, no
3
consumo de 150 a 200 g por m de
material a ser deslocado.
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE21
2.gif" \* MERGEFORMATINET
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE21
3.gif" \* MERGEFORMATINET
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE
214.gif" \*
MERGEFORMATINET
DRENOS VERTICAIS DE
AREIA, COM COLCHÃO DE
AREIA, para acelerar o
adensamento :
Como o adensamento é um
fenômeno lento, pode ser
acelerado para encaixar-se ao
tempo da construção, fazendo-se
furos (sonda rotativa ou cravação
de tubos drenantes), com o
conteúdo lavado por jatos d’água
e preenchido com areia. Uma
camada de areia (colchão) é
lançada sobre o topo dos drenos,
para que a água drenada possa
sair, quando pressionada pelo
aterro em execução. O
dimensionamento dos drenos é
função dos coeficientes de
percolação da água, estudados em
Mecânica dos Solos. Os diâmetros
variam de 20 a 60 cm, com
espaçamento da ordem de dez
vezes o valor do diâmetro (2 a 6
m).
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE
215.gif" \*
MERGEFORMATINET
OUTROS PROCESSOS:
Remoção (e/ou aterramento) de
solos lodosos com dragas de
sucção. Usada com solos
extremamente moles, geralmente
de origem recente. No caso de
aterro, é chamado ATERRO
HIDRÁULICO. Muito usado no
litoral, tem como exemplos mais
conhecidos os desaterros de argila
marinha na baixada santista e no
morro do Castelo(Rio de Janeiro).
Emprego de BERMAS DE
EQUILÍBRIO:
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE
216.gif" \*
MERGEFORMATINET
Bermas evitam a formação de
bulbos e o deslocamento do
material instável.
EMPREGO DE
SOBRECARGAS: fazer o aterro
com cota excessiva, para que o
peso acelere o recalque com a
expulsão do material sem
capacidade de suporte. Evitar
ruptura do solo instável e
afundamento do solo de aterro.
Depois de tempo suficiente,
quando não se observam mais
recalques, remover o excesso, que
pode ser reutilizado.
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE
217.gif" \*
MERGEFORMATINET
EXECUÇÃO E
COMPACTAÇÃO DE
ATERROS
Maior preocupação: obter as
massas específicas indicadas pelas
Especificações da Obra.
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE
218.gif" \*
MERGEFORMATINET
REGRAS BÁSICAS NO
SERVIÇO:
Iniciar o aterro nas cotas mais
baixas, em camadas horizontais;
prever caimento lateral, para
rápido escoamento de água de
chuva;
escalonar ou zonear praças de
trabalho, onde as três etapas do
trabalho de aterro não se
atrapalhem : enquanto em uma
praça é feito o descarregamento
de material, em outra está sendo
espalhado na espessura prevista
para compactação, outra está
sendo compactada.
Não significa que haja apenas
três praças: outras podem estar
já com seu grau de compactação
aprovado pela fiscalização, sendo
gradeadas para execução da
próxima camada, ou terem
repetições, como alternativa para
algum acúmulo momentâneo de
equipamentos ou de serviços. O
aleatório, em uma obra, é
completamente previsível: uma
máquina que quebra, chuva
imprevista, devem conduzir à
ações alternativas para as quais
os encarregados estejam
previamente treinados;
d. a situação mais sensível à um
chuva é quando o material está
espalhado e pulverizado, antes da
compactação, pois uma pancada
de chuva poderia transformá-lo
num mar de lama. Na
possibilidade desta ocorrência, a
camada deverá ser "SELADA",
isto é, ser rapidamente
compactada com rolos lisos ou
equipamento de pneus para que
seu topo seja adensado e tornado
impermeável. Uma vez que a
camada já possui um caimento, a
água de chuva escorre sem
penetrar na camada, e a secagem
posterior é rápida, por
escarificação e gradeamento. Se
não, a camada encharcada deverá
ser totalmente removido para
bota-fora antes do prosseguimento
dos serviços.

e. durante a INCLUDEPI
execução do CTURE
aterro, as "http://www.c
beiradas e2.ufjf.br/T08
devem ser
mantidas mais CE219.gif" \*
altas, o que MERGEFOR
aumenta a MATINET
segurança. Isto
parece
contradizer o
exposto nos
itens (b) e (d),
mas tais
beiradas
podem ser
rapidamente
removidas
com tratores e
motonivelador
as. Essas
beiradas
sempre devem
ser removidas
ao final da
jornada de
trabalho;
f. os trajetos dos equipamentos
de transporte sobre o aterro
devem permitir uma descarga
segura e boa compactação, com o
mínimo de resistência ao
rolamento, que poderia provocar a
paralisação de uma unidade
transportadora. Assim, esses
trajetos devem ser continuamente
reajustados de modo a nunca
passarem por uma praça de
compactação ou espalhamento,
por exemplo.

g. os taludes INCLUDEPI
dos aterros, CTURE
principalmente "http://www.c
os de grande e2.ufjf.br/T08
altura, CE220.gif" \*
geralmente MERGEFOR
ficam mal MATINET
compactados,
pois os rolos
compactadores
não atuam
bem nas
beiradas, ou
estas recebem
menos
passadas. Fica
então uma
faixa lateral
mal
compactada de
30 a 50 cm,
que poderia
produzir uma
superfície de
escorregament
o, com
conseqüente
ruptura.
Embora seja
um serviço
difícil, é
preciso
compactar a
superfície da
saia de aterro,
após o acerto
final. Isto
pode ser
conseguido
com pequenos
rolos
compactadores
tracionados
por guincho
acoplado à
tratores.
h. Nunca executar uma
compactação em umidade
diferente da ótima. O
empreiteiro que o faz, perde por
consumir combustível em
excesso, além de arriscar-se a ter
a camada recusada, e ser obrigado
a: arrancar, corrigir a umidade,
homogeneizar, espalhar e
compactar novamente , sem ser
pago por isso.
As raras exceções a esta regra
serão mencionadas adiante (no
assunto "compactação" apenas
com o objetivo de chamar a
atenção do futuro engenheiro para
a necessidade de manter sua
mente aberta, e estar sempre
pronto à ousar experimentar,
atualizar-se sempre em sua
profissão e criar novas técnicas.
Principalmente, a função do
engenheiro é engenhar soluções
para problemas, criar técnicas e
rotinas, executar e construir e
melhorar o mundo e as condições
de vida.
`
Capítulo 8
HTMLCONTROL
MARQUEE.MarqueeCtrl.1
PREPARO PARA A
COMPACTAÇÃO:
ESPALHAMENTO,
HOMOGENEIZAÇÃO E
SECAGEM,
UMEDECIMENTO
ESPALHAMENTO:
Geralmente é feito um primeiro
espalhamento com tratores de
lâmina, completado com
motoniveladoras, ou apenas com
motoniveladoras
APLAINAMENTO
Motoniveladoras: ( plaina ou
"patrol" )
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T06CE
21.jpg" \*
MERGEFORMATINET
INCLUDEPI
INCLUDEPI
CTURE
CTURE
"http://www.
"http://www.c
ce2.ufjf.br/T0
e2.ufjf.br/T05
6CE231.jpg"
CE21.gif" \*
\*
MERGEFOR
MERGEFOR
MATINET
MATINET
INCLUDEPI
INCLUDEPI CTURE
CTURE "http://www.c
"http://www.c e2.ufjf.br/T05
e2.ufjf.br/T06 CE26.jpg" \*
CE22.jpg" \* MERGEFOR
MERGEFOR MATINET
MATINET implementos
alternativos
As motoniveladoras são as
máquinas mais versáteis na
terraplanagem. Para acabamento,
trabalham por raspagem, fazendo
pequenos cortes e espalhamento,
conformando as cotas finas,
acerto de taludes, manutenção de
estradas de terra , pequenas
valetas, escarificação e trabalho
final de limpeza da faixa.
Algumas, como as "Ray-go
Giant" , podem ser extremamente
grandes e com motores de alta
potência, para grandes
espalhamentos de material. Nesse
caso, fazem um trabalho que se
assemelha mais ao dos grandes
tratores de lâmina do que ao de
suas irmãs menores(que
continuam a ser necessárias, para
o acabamento mais fino do
espalhamento). Na foto abaixo,
note um "fusca" entre a lâmina e o
eixo dianteiro, para se ter uma
noção das dimensões desta
máquina.
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T05CE26.
gif" \* MERGEFORMATINET
Controle do ângulo de talude:
Aplicar o esquadro a cada 3 m de
execução de talude, com muito
cuidado, pois correções são
extremamente caras se
ultrapassada a altura em que se
possa utilizar motoniveladora.
Depois é feita nova conferencia
com a equipe de topografia.
Quando não há condições para
uso de motoniveladora, o acerto
do talude é manual.
INCLUDEPI INCLUDEPI
CTURE CTURE
"http://www.c "http://www.c
e2.ufjf.br/T05 e2.ufjf.br/T05
CE27.gif" \* CE29.gif" \*
MERGEFOR MERGEFOR
MATINET MATINET
No exemplo, o ângulo 3:2 , muito
comum em corte ( sem escala) .
GRADEAMENTO:
INCLUDEPI
CTURE INCLUDEPIC
TURE
"http://www.c "http://www.c
e2.ufjf.br/T06 e2.ufjf.br/grad
CE23.jpg" \* e1.jpg" \*
MERGEFOR MERGEFOR
MATINET MATINET
(arado) ( grade )
As grades são rebocadas, em
geral, por tratores agrícolas, e são
usadas em mistura de solos,
secagem do solo antes da
compactação, homogeneização de
camadas, etc. Eventualmente
arados de disco agrícolas
executam a mesma função.
INCLUDEPI INCLUDEPI
CTURE CTURE
"http://www.c "http://www.c
e2.ufjf.br/T06 e2.ufjf.br/T06
CE25.gif" \* CE26.gif" \*
MERGEFOR MERGEFOR
MATINET MATINET
Tratores agrícolas
As grades também são usadas na
construção de barragens, após a
compactação de uma camada, e
antes do espalhamento do material
para a seguinte, para arranhar a
superfície da camada compactada
e garantir uma perfeita aderência
com a camada superior.
CARROS TANQUE:
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T06CE
27.jpg" \*
MERGEFORMATINET
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T06CE
28.jpg" \*
MERGEFORMATINET
Usados no transporte de água, em
terraplanagem são munidos de um
registro e uma barra de aspersão,
que permite a regulagem da
vazão. Esta, conjugada à
velocidade do veículo, permite
que , com razoável precisão, seja
espalhada no solo a quantidade de
água necessária para colocá-lo na
umidade desejada. O teor de
umidade final é geralmente
controlado com o "Speedy
Moisture Test", e conferido após a
compactação em combinação
com ensaios de determinação da
massa específica aparente .
Usos: umidificação ou
umedecimento de aterros antes de
compactação, controle de poeira
no ambiente de trabalho,
transporte de água.
Cuidados: não permitir
velocidade excessiva quando o
tanque estiver pouco cheio.
Referencias bibliográficas:
Ricardo ,Hélio de Souza e
Catalani , Guilherme - Manual
Prático de Escavação, Pini
Editora
Senso, Wlastermiler de -
Terraplenagem – USP., 1975
Silveira, Araken – Terraplenagem
– Universidade de S. Carlos ,
1971
Capítulo 9
HTMLCONTROL
MARQUEE.MarqueeCtrl.1
COMPACTAÇÃO
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE30.
gif" \* MERGEFORMATINET
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE22
5.gif" \* MERGEFORMATINET
Compactação é o processo pelo
qual se obtém mecanicamente o
aumento de resistência do solo.
Os solos são geralmente divididos
em três grupos: granulares,
coesivos e orgânicos. Para fins de
compactação, consideraremos
separadamente os granulares e os
coesivos. Em qualquer deles,
apenas no teor de umidade ótimo
se atinge o máximo peso
específico seco, que corresponde
à maior resistência do solo. São
raras as exceções, principalmente
com argilas muito plásticas, que
adensadas com rolos médios ou
leves, um pouco acima da
umidade ótima, atingem
resultados comparáveis aos
obtidos com rolos pesados na
umidade ótima. Nesses casos,
apenas testes em pistas
experimentais permitem
argumentação. Também nos solos
muito arenosos o efeito de
variações no teor de umidade real
na compactação é menos sensível,
e pequenas variações não chegam
a causar densidade real abaixo das
especificações de projeto.Para o
adensamento de areias e materiais
granulares, é preferível o efeito
dinâmico da vibração. Até
pressões de 0,5 a 1 kg/cm2 (na
profundidade mais desfavorável),
aplicadas com placas vibratórias,
são suficientes, trabalhando em
camadas de até 50 cm.
Nos solos argilosos, a
compactação é obtida
principalmente pelo efeito da
compressão e cisalhamento, com
a vibração exercendo pouco efeito
sobre o aumento de densidade,
tanto menor quanto maior for a
coesão do material. Vale dizer que
quanto maior a coesão do solo,
maior deverá ser a pressão
aplicada pelo rolo . Estas variam,
2
geralmente, de 3 a 5 kg/cm na
profundidade mais desfavorável
da camada. O equipamento ideal
de compactação é o rolo pé-de-
carneiro, de elevado peso próprio,
que produz efeito de amassamento
aliado à grande pressão estática.
Nestes solos, uma compactação
feita fora da umidade ótima é
desastrosa.
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE22
2.gif" \* MERGEFORMATINET
Rolo pé-de-carneiro
Nos solos misturados, ou misturas
de solos, é mais difícil prever com
segurança qual o equipamento de
compactação que dará os
melhores resultados. Os rolos
combinados, como pés-de-
carneiro vibratórios,
autopropelidos e de grande peso
atingem ampla faixa de solos,
como os argilo-siltosos, siltosos,
silto-arenosos, etc., o mesmo
acontecendo com os rolos de
pneus pesados, e com grande
pressão nos pneus, ou os rolos
mais leves com pneus oscilantes
(estes últimos são melhores
quando predomina a areia nas
misturas).
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE22
3.gif" \* MERGEFORMATINET
Rolo pneumático (oscilante)
Por essa razão se executam
PISTAS EXPERIMENTAIS para
testar o equipamento ideal para
cada solo, e obter os outros
parâmetros que influem no
processo, como ESPESSURA DA
CAMADA SOLTA, NÚMERO
DE PASSADAS, VELOCIDADE
DO EQUIPAMENTO,
UMIDADE, PESO DO LASTRO,
etc. O gráfico e a tabela que se
seguem são apenas indicações,
uma orientação geral para os tipos
de compactadores mais
frequentemente usados conforme
os tipos de solo.
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE22
4.gif" \* MERGEFORMATINET
Escolha do rolo compactador
TIPO DE ROLOPESO
MÁXIMO
(toneladas)ESPESSURA
MÁXIMA APÓS
COMPACTAÇÃOUNIFORMI
DADE DA CAMADATIPO DE
SOLOPé de carneiro estático
Argil
40
20 Boa as e
cm
siltes
Pé de 30 40 Boa Mist
uras
de
carne
areia
iro
cm com
vibra
silte e
tório
argil
a
Mist
uras
Pneu de
mátic 15 areia
15 Boa
o cm com
leve silte e
argil
a
Pneu
Prati
mátic
35 Muit came
o 35
cm o boa nte
pesa
todos
do
Vibr Areia
atóri s,
o casca
com 50 Muit lhos,
30
rodas cm o boa mate
metál rial
icas gran
lisas ular
Liso 20 10 Regu Mate
metál cm lar riais
ico gran
estáti ulare
co, 3 s,
rodas brita
Mate
Rolo riais
de gran
grad 20 ulare
20 Boa
e ou cm s ou
malh em
a bloco
s
Com 20 20 Boa Prati
bina cm came
dos nte
todos
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE
215.jpg" \*
MERGEFORMATINET
Compactador de grade
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE
216.jpg" \*
MERGEFORMATINET
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE
217.jpg" \*
MERGEFORMATINET
compactadores manuais
vibratórios
FATORES QUE INFLUEM NA
COMPACTAÇÃO
ENERGIA DE
COMPACTAÇÃO: E=f
( P. N / ( v . e ))
Para obter maiores graus de
adensamento, deve-se PELA
ORDEM, tentar:
aumentar o peso (P) do rolo;
aumentar o número (N) de
passadas ;
diminuir a velocidade (v) do
equipamento de compactação ;
reduzir a espessura (e) da
camada .
NUMERO DE PASSADAS:
O grau de compactação aumenta
substancialmente nas primeiras
passadas, e as seguintes não
contribuem significativamente
para essa elevação. Além disso,
resultados experimentais indicam
que um número excessivo de
passadas produz super
compactação superficial,
principalmente em se tratando de
rolo vibratório. Isto é: insistir em
aumentar o número de passadas
pode produzir perda no grau de
compactação, por destruição de
uma estrutura que acabou de ser
formada, além de perda de
produção e desgaste excessivo do
equipamento, principalmente por
impacto em superfície já
endurecida. Geralmente é
preferível aumentar o peso e/ou
diminuir a velocidade, e adotar
número de passadas entre 6 e 12 .
ESPESSURA DA CAMADA:
Razões econômicas fazem
preferir que a espessura seja a
maior possível. Mas
características do material, tipo de
equipamento e finalidade do
aterro são fatores que devem
predominar. Equipamentos
diversos exigem espessuras de
camada diferentes. A tabela
"Escolha do rolo compactador",
vista anteriormente, é uma
orientação inicial, devendo a
escolha levar em consideração os
demais fatores. Geralmente se
adotam espessuras menores que as
máximos, para garantir
compactação uniforme em toda a
altura da camada. Em obras
rodoviárias, fixa-se em 30 cm a
espessura máxima compactada de
uma camada, após compactação,
aconselhando-se como normal 20
cm, para garantir a
homogeneidade. Para materiais
granulares, recomenda-se no
máximo 20 cm compactados.
Resultados obtidos com aterros
experimentais podem modificar
tais especificações.
HOMOGENEIZAÇÃO DA
CAMADA:
Feita com motoniveladoras,
grades e arados especiais, a
camada solta deve estar bem
pulverizada, sem torrões muito
secos, blocos ou fragmentos de
rocha, antes da compactação,
principalmente se for necessário
aumentar o teor de umidade.
VELOCIDADE DE
ROLAGEM:
A movimentação dos pé-de-
carneiro em baixa velocidade
acarreta maior esforço de
compactação, mas a medida que a
parte inferior da camada se
adensa, a velocidade aumenta
naturalmente. A velocidade de um
rolo compactador é função da
potência do trator, já que são
necessários cerca de 250 kg de
força tratora por tonelada de peso
para vencer a resistência à
rolagem, no caso de material
solto. Ao início, usar 1ª marcha,
mas a medida que o solo se
adensa, passamos à segunda
marcha. Rolos pneumáticos
admitem velocidades da ordem de
10 a 15 km/h, rolos pé-de-carneiro
5 a 10 km/h e vibratórios de 3 a 4
km/h. Aos primeiros são
recomendadas essas velocidades
maiores, porque as ações
dinâmicas oriundas do seu grande
peso acusam os pontos fracos de
compactação, principalmente
quando esta é feita em umidade
superior à ótima (aparecem
borrachudos). A baixa velocidade
recomendada para o equipamento
vibratório permite a compactação
com menor número de passadas,
pelo efeito mais intenso das
vibrações.
INFLUÊNCIA DA
AMPLITUDE E
FREQUÊNCIA DAS
VIBRAÇÕES (ROLOS
VIBRATÓRIOS)
A freqüência recomendada é de
1500 a 3000 vibrações por
minuto, mas alteração entre esses
valores altera pouco o efeito da
compactação. Já a amplitude
aumentada causa sensível
aumento no grau de compactação,
para todas as freqüências pois
acrescenta ao peso do rolo
vibratório o efeito de impacto.
INFLUÊNCIA DA FORMA
DAS PATAS (VARIAÇÕES
DO PÉ-DE-CARNEIRO)
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T08CE
218.jpg" \*
MERGEFORMATINET
A observação sobre o efeito da
amplitude, no caso anterior, levou
ao desenvolvimento de novos
desenhos de patas para produzir
impacto(tamping), em
compactadores autopropelidos
com velocidades maiores. A
experimentação permite definir a
velocidade que produza melhor
compactação para o conjunto
formado pelo solo e pelo rolo
propulsor.
Para alguns solos e usos, podem
ser obtidas características
indesejáveis, principalmente com
respeito à homogeneização da
camada. Outros desenhos de patas
também alteram a produção do
rolo compactador.
PRODUÇÃO DE UM ROLO
COMPACTADOR:
O rendimento de um rolo pode
ser avaliado por
R ( m3 / h ) =10. L.E.V.N
onde
L = largura do rolo compressor
em metros;
E = espessura da camada em cm;
V = velocidade do rolo em km/h
N = número de passadas do rolo
Sujeito, é claro, ao fator de
eficiência.
Capítulo 10
HTMLCONTROL
MARQUEE.MarqueeCtrl.1
ESPECIFICAÇÕES PARA
COMPACTAÇÃO:
O projeto, normalmente, fixa
apenas o peso específico a ser
atingido com o solo utilizado,
sendo definido à partir dele o
Grau de Compactação (G) e a
tolerância em torno de G. Cabe à
fiscalização e ao executor a
determinação dos parâmetros que
permitam atingi-lo com uma
compactação bem feita, e de
forma econômica.
O Grau de compactação é
definido por G% = 100 . γ
(campo) / γ (máximo)
Onde γ (campo) é a massa
específica seca obtida "in situ", e
γ (máximo) é a massa específica
seca máxima obtida em
laboratório, no ensaio de Proctor,
para a energia especificada.
As especificações gerais do
DNER exigem que G% atinja
95% até 60 cm abaixo do greide, e
100 % nos últimos 60 cm de
aterro, com compactação feita na
umidade ótima, com uma variação
admissível de ± 3 % , e espessura
das camadas após o adensamento
entre 20 e 30 cm. Quanto à
qualidade dos materiais, que
deverão ser evitados solos com
CBR < 2, e com expansão maior
que 4%, porem estudos recentes,
voltados para as características
especiais dos solos tropicais,
podem vir a modificar a exigência
sobre o valor do CBR. Algumas
especificações relacionam o grau
de compactação ao Proctor
normal (AASHO T-99-57), e ao
Proctor modificado ( AASHO T-
180-57) . Quando nas estradas se
prevê tráfego pesado com altas
cargas por eixo, e frequência
elevada de solicitações, procura-
se aumentar o grau de
compactação. Nos solos argilosos,
quando desejadas densidades
elevadas, deve-se prescrever o
Proctor modificado, e execução
com equipamentos pesados que
aliem pressão estática com
amassamento (p. exemplo,
pneumáticos oscilantes pesados).
Graus de compactação
recomendados:
Finalidade Recomendaçã
o
Aterro 90-95% do
rodoviário Proctor
modificado(to
po do
aterro,60 cm)
95-100 % do
Proctor normal
Barragens de 95-100 % do
terra Proctor
modificado
Aterros sob 90-95% do
fundação de Proctor
prédios modificado(to
po do aterro)
95-100 % do
Proctor normal
Camadas de 95-100 % do
base de Proctor
pavimentos modificado
A rolagem deve ser feita
longitudinalmente, dos bordos
para o eixo, e com superposição
de – no mínimo 20 cm entre duas
rolagens consecutivas.
MÉTODOS DE CONTROLE
DE COMPACTAÇÃO:
Determinação da umidade
O processo mais usado na
construção de estradas é o do
"Speedy Moisture Test",
estudado em Mecânica dos
Solos. Principalmente no
trabalho com solos finos,
necessita calibração por
comparação com o método da
estufa. Há que tomar cuidado
com os erros de zeragem,
temperaturas muito diferentes
de 20ºC, etc.
Determinação do Grau de
Compactação (G)
Depende da determinação da
massa específica aparente "in
situ". O método eleito é função do
tipo de solo compactado, como já
estudado em Mecânica dos Solos.
Os mais utilizados são o do óleo
grosso, do frasco de areia, do
cilindro de cravação. O primeiro,
no caso de solos coesivos com
pedregulho, o segundo em
qualquer caso, o terceiro quando
os solos apresentam coesão e não
tem pedregulhos.
O grau de compactação de campo
é definido por G% = 100 . γs
(campo) / γs(maximo) onde γs =
Ps / V e Ps = 100.P / (100 + h)
e h a umidade média do solo.
CRITÉRIOS ESTATÍSTICOS
NO CONTROLE DE
COMPACTAÇÃO DE
ATERROS (CONTROLE DE
QUALIDADE)
O DNER adota como mínimo a
amostragem em intervalos de 100
m, alternando a coleta entre o eixo
e bordos direito e esquerdo,
podendo diminuir em função da
importância da obra. O caso ideal
em que todo um trecho de
construção de estrada tem os
graus de compactação
uniformemente satisfatório não é
sempre atingido, mesmo que a
maior parte atenda ao exigido.
Um critério para aprovação
poderia ser o da média, que
deverá alcançar o G%
especificado, desde que
individualmente os ensaios
atinjam o mínimo admissível.
Esse mínimo é determinado com
base na Estatística, considerando
a distribuição de G% como
Normal:
determinar a média
aritmética
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/Image29.
gif" \* MERGEFORMATINET
bem como o desvio padrão, dado
por
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/Imag
e38.gif" \*
MERGEFORMATINET
, (n<30)
as probabilidades de ocorrência de
quaisquer intervalos de valores
das massas específicas podem ser
calculadas com auxílio da variável
aleatória Z definida como
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T09CE21
0.gif" \* MERGEFORMATINET
permitindo assim calcular a
probabilidade de ocorrência de
valores abaixo de μ -Z.σ e acima
de μ + Z.σ .
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T09CE21
1.gif" \* MERGEFORMATINET
Esses resultados podem ser
encontrados nas tabelas de
distribuição normal padronizada,
disponíveis nos diversos livros
básicos de estatística. A tabela 1
abaixo exemplifica com as
probabilidades em relação à
alguns valores de Z.
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T09CE21
4.gif" \* MERGEFORMATINET
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/T09CE21
5.gif" \* MERGEFORMATINET
Se adotássemos Z = 3, estaríamos
praticamente exigindo que todos
os valores de G% estivessem
dentro do intervalo, e para Z = 1
haveria um risco de que 15,9 %
não pertencessem ao intervalo .
Por razões técnico-econômicas, o
DNER costuma adotar em seu
plano de amostragem o valor Z =
0,68, que corresponde à um risco
de 25 % de ocorrência de graus de
compactação fora do intervalo.
O valor mínimo provável , para
esse risco, será obtido por
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/Image39.
gif" \* MERGEFORMATINET
Quando o número de amostras é
pequeno, o DNER recomenda,
pelas mesmas razões, a adoção de
Z conforme a tabela 2, como
garantia de que os valores de G%
estejam no intervalo m ± Z.s .
Exemplo:
Num trecho de estrada com
exigência de G= 95%, foram
coletadas 9 amostras individuais
com os graus de compactação
abaixo. Decidir se o serviço de
compactação deverá ou não ser
aceito.
Amostra123456789G
%95971001021051039310099
Cálculos:
Média dos graus de compactação
das amostras :
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/Image32.g
if" \* MERGEFORMATINET =
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/Image33.g
if" \* MERGEFORMATINET =
99,34 ~99
Desvio padrão das amostras:
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/Image35.g
if" \* MERGEFORMATINET =
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/Image36.g
if" \* MERGEFORMATINET =
3,9
Intervalo de confiança: Como são
nove amostras, devemos adotar
(tabela 2)
Z = 2,4 e
X ± Z.σ = 99 ± 2,4 x 3,9 = 99,34
± 9,36 ~ 99± 9
Xmínimo = 90
Xmáximo = 108
Todas as amostras estão no
intervalo de confiança. Falta
verificar se o valor X mínimo é
compatível com o mínimo
especificado para o grau de
compactação:

De acordo com o plano de


amostragem do DNER, para o
risco de 25 % ( Z = 0,68) , o
valor mínimo provável do grau de
compactação seria dado por
INCLUDEPICTURE
"http://www.ce2.ufjf.br/Image37.g
if" \* MERGEFORMATINET
Esse valor mínimo provável não é
menor que o mínimo da
especificação, e o trabalho
deverá ser aprovado. O fato de
um dos valores individuais
apresentar valor abaixo do
mínimo especificado não é
relevante do ponto de vista
estatístico, que deve predominar
na aceitação ou recusa do trecho.
Experimente a planilha para este
cálculo desenvolvida por Itamar
Pimenta Jr HYPERLINK
"http://www.ce2.ufjf.br/ControlC
ompac97.xls" AQUI (ou faça o
dowload do HYPERLINK
"http://www.ce2.ufjf.br/ContrCom
pact97.zip" arquivo .zip)
Referências Bibliográficas:
DNER – Manual de
Pavimentação – 1996;
Ricardo, Helio de Souza e
Catalani, Guilherme – Manual
Prático de Escavação – Pini,
1960

Das könnte Ihnen auch gefallen