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Fixismo vs Evolucionismo

• Desde cedo que a imensa diversidade de seres vivos na


Terra levantou questões sobre a sua origem.
• As respostas que foram surgindo foram condicionadas
pelos contextos social, económico, cultural, político e
religioso em que se desenvolveram. O estado de
conhecimento que existe numa determinada época
condiciona as explicações que surgem.
• Ainda hoje, embora não exista consenso relativamente
à origem da diversidade dos seres vivos, as teorias
evolucionistas reúnem uma maior aceitação.
Teorias explicativas da origem e diversidade dos seres

• Fixistas, que defendem • Evolucionistas que têm


que as espécies são fixas e por base a evolução dos
imutáveis, não evoluindo seres vivos ao longo da
após a sua formação. história da Terra.
Fixismo
• Platão (427-347 a.C.)
acreditava na existência de dois
mundos: um mundo perfeito
de ideias, real e eterno, e outro
mundo ilusório e imperfeito,
percepcionado pelos nossos
sentidos, que derivava no
mundo ideal. Num mundo
perfeito, no qual os organismos
estavam já adaptados de forma
ideal ao meio ambiente, não
havia lugar para a mudança.
Fixismo
• Aristóteles (384-322 a.C.),
desenvolveu a ideia de que todos os
organismos poderiam ser
organizados, de forma hierárquica,
numa escala natural. Segundo este
modelo, os organismos eram
dispostos numa ordem ascendente,
do mais simples ao mais complexo,
ocupando o Homem o topo da
cadeia. A escala natural de
Aristóteles assumia um carácter
eterno e imutável, onde cada
organismo ocupava um lugar fixo.
Fixismo
• Aristóteles acreditava ainda que os
seres vivos eram criados a partir de
matéria inanimada e que um
princípio ativo a transformava em
matéria viva. Após a sua formação
os seres vivos não podiam alterar as
suas características. Esta hipótese
fixista, conhecida como Teoria da
Geração Espontânea, só em 1864
foi completamente posta de parte
por Pasteur (1822-1895), com a
descoberta do processo da Alguns autores admitiam que os carneiros
surgiam de um fruto semelhante ao melão e
pasteurização. que certas árvores podiam originar gansos
Criacionismo
• Os seres vivos foram originados por criação divina

Deus criou as espécies, logo


estas são perfeitas e estáveis,
mantendo-se fixas ao longo dos
tempos. Deus não produz nada
imperfeito e deste modo não
necessitariam de mudar!

- As imperfeições que ocorrem


devem-se à corrupção do mundo.
FIXISMO (... – séc. XVIII)

IDEIAS FIXISTAS:
- as espécies são imutáveis, perfeitas e não sofrem evolução;
- as espécies foram originadas tal e qual como são na atualidade;

IDEIAS CRIACIONISTAS:
- as espécies foram originadas por uma criação divina  espécies
perfeitas e estáveis;
- as imperfeições que possam ocorrer são resultado da
imperfeição e corrupção do Mundo.

Final séc. XVIII – AVANÇO DE DIVERSAS ÁREAS CIENTÍFICAS

SISTEMÁTICA PALEONTOLOGIA

colocam em causa as ideias dogmáticas do fixismo


FIXISMO OU EVOLUCIONISMO ( finais séc. XVIII) ???
SISTEMÁTICA: - ciência fundada por Lineu – criacionista convicto
- desenvolve uma classificação dos seres vivos com base
nas semelhanças e diferenças, para desvendar “o plano de
Deus”
- este estudo sugere relações de parentesco e uma origem
comum

A Lineu faltou-lhe visão para perceber que as semelhanças e as diferenças


entre os seres vivos não são devidas a um plano do Criador, mas antes a
alterações dos seres vivos a partir de um ancestral comum.
FIXISMO OU EVOLUCIONISMO ( finais séc. XVIII) ???

PALEONTOLOGIA: - espécies fósseis sem correspondência


com as atuais;

- fósseis presentes em vários estratos


apresentam características diferentes 
Imutabilidade das espécies posta em
causa
FIXISMO (... – séc. XVIII)

IDEIAS CATASTROFISTAS (Cuvier):


- uma sucessão de catástrofes (dilúvios, glaciações)
em determinados locais da Terra provocaram a
destruição dos seres vivos aí existentes;
- estas áreas seriam repovoadas por seres vivos que
migravam de outros locais – Teoria das Criações
Sucessivas

- explica o aparecimento de determinadas formas fósseis em alguns


estratos, sem que haja continuidade destes em estratos mais
recentes  fósseis de formas distintas correspondiam a restos de
criações anteriores.
- Caso as catástrofes tivessem um alcance global, levando à
destruição completa dos seres vivos da Terra, nesses locais, teriam
lugar novos atos de criação, permitindo o repovoamento.
IDEIAS TRANSFORMISTAS

Ideias –chave: 1. Transformação por aperfeiçoamento e degeneração, função


das circunstâncias ambientais (clima e alimento);
2. Transformação lenta e progressiva, existindo formas
intermédias até às formas atuais;
3. Fator evolucionista: Tempo geológico

A hierarquia da igreja não poupou Buffon. O abade Royon escreveu, numa revista de Janeiro de
1780, um artigo de 13 páginas contra Buffon, dizendo “Monsieur Buffon contradiz abertamente na
sua obra o texto sagrado.”
Pressionado pela Faculdade de Teologia Buffon escreveu, numa carta datada de 18 de Maio de 1780,
acerca das suas críticas sobre a criação do mundo: “eu declaro, de livre vontade que estava
enganado no meu julgamento (…) abandono tudo o que na minha obra lhes pareça ser contrário ao
texto sagrado.”
IDEIAS TRANSFORMISTAS

Ideias –chave: 1. Os seres vivos resultam de uma seleção


provocada pelo ambiente;
2. Fator evolucionista: variações espontâneas.
IDEIAS TRANSFORMISTAS
Formação de eventos geológicos do passado é devido a
processos físicos e químicos semelhantes aos atuais

UNIFORMITARISMO
(séc.XVIII) - Hutton
O presente é a chave do passado – PRINCÍPIO DO ATUALISMO

As leis naturais são constantes no tempo e no espaço


IDEIAS TRANSFORMISTAS

O presente é a chave do passado – Princípio do atualismo


geológico

A maior parte das mudanças são LENTAS e GRADUAIS – princípio


do gradualismo geológico
GRADUALISMO
(séc.XIX) - Lyell
Os acontecimentos do passado devem ser explicados a partir
dos mesmos processos naturais que se observam na
atualidade, dado que as causas que provocaram
determinados fenómenos no passado são idênticas às que
provocaram os mesmos fenómenos atualmente.

Charles Llyell ampliou a Teoria do Uniformitarismo de Hutton, segundo a qual:

– as leis naturais são constantes no espaço e no tempo

– a maioria das alterações geológicas dá-se de forma lenta e gradual.


A explicação dos fenómenos geológicos por uma ação lenta e gradual dos
agentes físicos levou a avaliar a idade da Terra em milhares de milhões de anos,
em vez dos 6000 anos aceites até então.
Como consequência, passou, então, a poder considerar-se ter existido o tempo
necessário e suficiente à lenta evolução biológica!!!! …. E isto foi muito
importante!!!!

Estavam lançadas as bases para o desenvolvimento


de uma teoria evolucionista.
• As conceções gradualistas de Lyell conduziram ao
desenvolvimento de ideias evolucionistas no campo da
Biologia.
• Contudo, faltavam modelos que explicavam o
processo evolutivo.

• É com Lamarck e Darwin que se procura explicar o


mecanismo de evolução.
Lamarckismo

Lamarck é o primeiro a apresentar


uma teoria explicativa coerente sobre
os mecanismos da evolução

Jean Baptiste Pierre Antoine


de Monet, cavaleiro de
Lamarck (1744-1829)

Ideia-chave: NECESSIDADE DE ADAPTAÇÃO AO AMBIENTE

Lei do uso e desuso Lei da transmissão dos caracteres


adquiridos
LAMARCKISMO
LAMARCKISMO

Girafas de pescoço Girafas de pescoço


curto ???? longo
LAMARCKISMO

Árvores com alimento cada vez em ramos mais altos, levou à


necessidade de,
as girafas alcançarem ramos mais altos, para não morrerem à
fome.
O esforço contínuo a esticar o pescoço, levou ao seu aumento.
Assim,
foram surgindo girafas que tinham o pescoço sucessivamente mais
longo, e essas
girafas passaram esta característica aos descendentes. Desta
forma,
as girafas foram apresentando por evolução lenta, pescoços mais
longos. As girafas atuais apresentam todas pescoços longos.
LAMARCKISMO

De acordo com as próprias palavras de Lamarck:

Origem da membrana interdigital

“Eis uma ave terrestre que é obrigada a viver em


regiões inundadas ou transformadas em lagos.
Levada a procurar o alimento nas águas, obrigada
a nadar, faz esforços para este fim; por isso, afasta
os dedos e a pele que une a base destes, que
adquire o hábito de se distender. À força de
esforços repetidos durante gerações, esta seria a
origem da membrana interdigital, característica
das patas dos gansos, dos patos e dos cisnes.”
LAMARCKISMO

Origem dos catos

“Se numa região diminuísse a intensidade das


chuvas, as plantas passariam, como
consequência a ter necessidade de conservar
a água. Passados muitos anos, à medida que
a região se tornasse mais parecida com um
deserto, as plantas transmitiriam aos
descendentes as características que tinham
adquirido para reter água. Deste modo, ter-
se-iam originado as plantas típicas das regiões
desérticas, como os cactos, capazes de
armazenar grandes quantidades de água.”
CRÍTICAS AO LAMARCKISMO
• Aspetos como “necessidade de adaptação” ou “procura de perfeição” não se
conseguem testar
• Nem sempre o uso modifica o órgão. Por exemplo, não é por um indivíduo ler
muito que modifica os olhos a ponto de melhorar as características de leitura
• As modificações provenientes do uso e desuso dos órgãos são adaptações
individuais que não se transmitem à descendência. Hoje sabe-se que apenas o
material genético e as características que codifica são transmitidos à
descendência.
• No séc. XIX consolida-se a visão evolucionista.
Admite-se que as espécies se alteram de forma
gradual e contínua ao longo do tempo, originando
outras espécies (não são fixas e imutáveis).
• Esta ideia alinha com uma perceção dinâmica e
transformista do mundo e resulta de um vasto
conjunto de contributos das diversas áreas do
conhecimento.
• A implantação definitiva das ideias evolucionistas
só foi possível com o aparecimento de
mecanismos explicativos fundamentados e
alicerçados em argumentos claros.
CONTRIBUTOS DO EVOLUCIONISMO

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