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“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por

mim” (João 14.6)


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Tópicos
 Capítulo I – Introdução sobre o histórico da CCB - Congregação Cristã no Brasil
comentado por Delcio Monteiro de Lima.

 Capítulo II – Perguntas que respondem as dúvidas em relação à crença e prática da CCB


dentro dos ensinamentos bíblicos.

 Capítulo III – Pontos de Fé e doutrina uma vez revelados aos santos e seguidos até os
dias atuais pelos membros da CCB.

 Capítulo IV – A organização da Igreja de Cristo – como é organizado as crenças e os


ministérios na CCB.

 Capítulo V – Conceitos importantes que fazem a CCB uma Igreja diferente da maioria.

 Capítulo VI – A doutrina da Trindade. É verdadeira?

 Capítulo VII – Definições que distinguem a alma do espírito.

 Capítulo VIII – O céu, um novo lar.

 Capítulo IX – Seria o inferno uma simples ilusão?

 Capítulo X – Morte e ressurreição.

 Capítulo XI – Escatologia bíblica, conhecendo o Fim.

 Capítulo XII – Conceitos e reflexões finais – Conselhos e conclusão.

Todo conhecimento é válido, e nunca podemos negar as oportunidades que o Senhor nos
concede para aprendermos o que é bom.
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Prefácio
Em 2010, completou-se no Brasil o centenário da Igreja - Congregação Cristã no
Brasil. Uma obra revelada pelo Espírito Santo e fundada por Louis Francescon (in
memorian).
Uma organização religiosa que se distingue das demais, pois sua prioridade é a
agregação de todas as nações ao rebanho do Único Pastor, Jesus Cristo. “Ainda tenho
outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e
elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor” (João 10.16).
Com amor, os seus membros anunciam as boas novas do Reino de Deus a
aqueles que estão fora do verdadeiro esclarecimento de Sua palavra, onde quer que
estejam. (Lucas 8.15) “E a que caiu em boa terra, esses são os que, ouvindo a
palavra a conservam num coração honesto e bom, e dão frutos com perseverança”.
O presente estudo busca compreender todo o sistema de crenças anunciado na
Congregação Cristã com o apoio das Sagradas Escrituras. Somente a verdade é capaz
de libertar o homem de suas convicções ideológicas e tradições fundamentadas em
heresias. (João 8.32) “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.
À medida que ler os próximos tópicos compare se todos os comentários têm base
na Bíblia independentemente de sua tradução. Observe as palavras de Jesus sobre como
distinguir uma religião verdadeira das falsas: “Assim, toda árvore boa produz bons
frutos, porém a árvore má produz frutos maus; Não pode a árvore boa produzir
frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons” (Mateus 7.17-18).
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Capítulo I - Introdução

1. Histórico
Delcio Monteiro de Lima autor do livro "Os Demônios
Descem do Norte" (Editora: Francisco Alves - 2ª Edição - 1987,
Pag. 83-87), menciona os diversos tipos de igrejas que vieram dos
EUA para o Brasil, algumas com intenções espirituais e outras
apenas com intuitos financeiros.
Segue um trecho do livro, onde perceberemos que até mesmo
aqueles que não são da CC/B observam nela todo o movimento de
Deus em uma obra que se distingue das demais.
"Uma enorme surpresa está reservada a quem chega à Rua
Visconde de Parnaíba, a Mooca, em São Paulo. Nada parece com
que foi imaginado. O templo-sede da Congregação Cristã no Brasil
é imenso, imponente, mas sua capacidade para acomodar 4 mil pessoas torna-o pequeno
nas noites de culto. Predomina ali a simplicidade, igreja sem imagens de santos e sempre
de cor clara, a maioria é gente da classe média, muitos descendentes italianos, mas a
grande maioria é de brasileiros genuínos.
Aquela multidão, homens trajados com sobriedade e mulheres de véu, separados em ala
feminina e ala masculina, ora fervorosamente, só interrompidos pela voz solene do
pregador ou pelos cânticos dos fiéis, acompanhados pela orquestra de dezenas de
músicos. Preces, hinos, testemunhos, pregação. Depois, fora da igreja, despedem-se
fraternalmente. Os homens beijam os homens e as mulheres o fazem entre si. Homens e
mulheres não se beijam, trocam apenas solenes apertos de mão. Muito respeito! A
felicidade, entretanto, está estampada na fisionomia de todos.
A Congregação Cristã no Brasil é a segunda maior igreja pentecostal do País. Vem
logo abaixo da Assembléia de Deus em números de crentes, embora seja cerca de um
ano mais antiga.
É uma experiência religiosa que também veio dos Estados Unidos, trazida por Louis
Francescon, um italiano naturalizado americano, nascido a 29 de março de 1866 em
Cavasso Nuovo-Italia, que morava em Chicago desde 1890. Louis Francescon converteu-
se ao pentecostalismo em fins de abril de 1907, passando a freqüentar a missão do
reverendo W. H. Durham, na North Avenue, em Chicago, e lá, a 25 de agosto do mesmo
ano, recebeu o batismo com o Espírito Santo, expressando-se pela primeira vez em
línguas que jamais havia ouvido.
Toda a vida de Francescon voltou-se então, para o que considerava obra de Jesus
Cristo. Dirigiu inúmeras campanhas de evangelização, conseguindo centenas de
conversões em Chicago, Saint Louis, Los Angeles e Philadelphia principalmente. Os
americanos de origem italiana tinham por ele especial respeito e considerações. Um
homem de comportamento irrepreensível. Por todas as cidades onde pregou, seus
seguidores abriram e mantiveram casas de oração. Guiado pelo que chamou santa
revelação, embarcou em Chicago a quatro de setembro
de 1909 com destino a Buenos Aires, viajando em companhia de Guglielmo Lombardi e
Lucia Menna. A vocação missionária de Francescon levou-o, juntamente com Lombardi,
até São Paulo, em março de 1910, onde permaneceram até o mês de abril. Lombardi
retornou à Argentina para continuar o trabalho iniciado por Francescon, aceitando o
desafio de um ateu italiano de nome Vicente Pievani, seguiu viagem rumo a Santo
Antonio da Platina, no norte do Paraná, para tentar a evangelização naquele lugar.
A 20 de junho, Francescon estava novamente em São Paulo, abrindo no Brás, o
que seria a primeira casa de oração pentecostal do País.
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A Congregação Cristã no Brasil está organizada segundo o modelo
congregacional americano. Como nos Estados Unidos, é avessa a qualquer tipo de
publicidade, não possuindo jornais de propaganda doutrinária, nem literatura religiosa de
nenhuma espécie. “Outras luzes não precisamos, nem queremos. O tempo muda sempre,
porém, o Senhor é o mesmo, eterno e fiel” – é o ensinamento.
A igreja, assim, só tem impresso o estatuto, que resume também a sua doutrina, e
a tradução de um testemunho de fé de Louis Francescon, editado em Chicago. No mais,
tudo se preserva por transmissão oral, seguindo os ensinamentos diretamente da Bíblia,
deixado por Jesus Cristo.
Desta forma, não possui dízimo, e os responsáveis por atividades dentro da igreja
não tem salário. Tudo é feito voluntariamente, e cada membro tem sua profissão fora da
igreja e vive de seu próprio sustento. Ao contrário de outras igrejas pentecostais, cuja
estrutura e funcionamento muito as tornam parecidas a modernas empresas, a
Congregação Cristã no Brasil conta com uma organização singela, sem sofisticação. Tudo
é descomplicado, por exemplo: a ordenação de anciãos, os crentes que presidem os
serviços de cultos nas casas de oração, desempenhando funções equivalentes às dos
pastores, faz-se em escolha colegiada de comum acordo, segundo acreditam, consenso
iluminado pelo Espírito Santo, não mantendo, pois, a igreja, seminários para prepará-los.
Não dispõe, também, de escolas dominicais para ensinar a Bíblia, nem faz pregação em
praça pública.
Outra diferença das outras igrejas pentecostais é que a Congregação Cristã no
Brasil não adota sistema de cobrança obrigatória de dízimo. As ofertas de dinheiro são
voluntárias e o crente não tem nenhuma obrigação de natureza financeira para com a
igreja. Se quiser doar algo para a manutenção do prédio ou para atendimento de outros
fiéis necessitados, a "Obra da Piedade" atende, pode doar, ou então levar diretamente
uma cesta básica a algum necessitado, pois assim, já fez sua parte, mas sem nenhum
compromisso.
Também, não remunera seus anciãos e colaboradores, norma diferente das
demais igrejas evangélicas, onde pastores e assemelhados têm vínculo empregatício,
com Carteira de Trabalho assinada.
A Congregação Cristã no Brasil é das igrejas pentecostais a que experimenta a
mais dinâmica expansão, com dados de crescimento absolutamente confiáveis. A partir
de 1966, com efeito, organiza um relatório anual de atividades contendo os registros de
batismo, o que a capacita a conhecer o número exato de pessoas que ingressam
formalmente nos seus quadros. Assim, computados ano a ano até 1986, eles totalizavam
1.015.619 crentes, não estão aí considerados, portanto, os batismos anteriores a 1966, ou
seja, os crentes que receberam o sacramento desde 1910, data da fundação da igreja.
Tudo na Congregação é gratuito. Não são cobrados os batismos, as orações, as
unções, nem as visitas espirituais realizadas aos doentes. Não há registro, nem ficha de
cada fiel, nem registro de quanto ganha ou do que trabalha cada membro. Como cada um
vive de sua própria profissão fora da igreja, na Congregação é realizado apenas o serviço
de orar e louvar a Deus.
Por isso, quem pensa que todo crente é igual, vemos que não. Crente é aquele que
crê em Jesus, então qualquer um pode ser crente. Cristão é aquele que segue os
ensinamentos de Jesus.
E como podemos ver, nem todas as igrejas o seguem apenas com fins de salvação da
alma, algumas fazem do culto um verdadeiro comércio, o que não é o caso da
Congregação Cristã, como mencionado acima (...) "
(Marcos 16.15-16) “(...) Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda
criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”.
Embora o inimigo se levante contra este povo eleito, é em vão suas investidas, pois
a verdadeira obra de Deus em Cristo Jesus nunca termina, mas produz contínuos frutos
de salvação e paz, perseverante nas santas promessas do Senhor por Sua palavra.
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Capítulo II – Perguntas importantes que podem nos ajudar a conhecer o


verdadeiro caminho

2. Diante de tantas religiões, pode-se afirmar que todas são boas?


O mundo possui uma considerável variedade de religiões quer sejam cristãs ou
não, umas com maior número de adeptos, outras ainda em crescimento. Essa variedade
possibilita às pessoas um número de opções sem precedentes de todas as formas de
interpretação, crença e prática espiritual. Tendo em vista esse conceito, será que faz
diferença a religião que você escolhe seguir?
Para muitos a CC/B (Congregação Cristã/no Brasil) é apenas mais uma destas
muitas religiões, para outros é considerada uma seita que nega a verdade transcrita pelas
Sagradas Escrituras e propaga heresias; (Mateus 12.36) “Ou fazei a árvore boa e o seu
fruto bom ou a árvore má e o seu fruto mal; porque pelo fruto se conhece a árvore”.
É inevitável que em meio a tantas religiões e organizações, uma menospreze a
outra por causa do status e riquezas adquiridas ao número de fiéis. Como citado à cima,
pela árvore se conhece os frutos, e não há como uma árvore má produzir frutos bons.
(Mateus 22.29) "Errais não conhecendo as Escrituras e nem o poder de Deus".
O domínio dos falsos mestres tem se expandido de forma significativa desde a
antiguidade, homens que se julgavam sábios, acabavam conduzindo o povo ao engano
com doutrinas humanas sem fundamentos na sã verdade. Uma frase muito usada para
justificar as múltiplas formas de crenças é a de que todos os caminhos conduzem a Deus,
e que devemos apenas ter fé para dEle nos aproximarmos; (Provérbios 14.12) “Há
caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte”.
Diante desse versículo percebemos que nem todo caminho leva a Deus e garante a
salvação.
(João 14.6) “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida;
ninguém vem ao Pai senão por mim”. O verdadeiro caminho é aquele que anuncia o
evangelho do Senhor Jesus e O tem como salvador e condutor, vivendo em seus
ensinamentos, e garantindo a vida a modo que ninguém venha ser enganado pelas
heresias e doutrinas alteradas sem fundamentos bíblicos; (Colossenses 2.4) “E digo
isto, para que ninguém vos engane com palavras persuasivas” 2.8 “Tende cuidado,
para que ninguém voz faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas,
segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo
Cristo”.
As falsas religiões estão espalhadas por toda parte com intenção de aglomerar o
maior número de adeptos para mostrar ao mundo sua força enquanto instituição e suas
riquezas materiais, em vista que o conceito da fé cristã é algo que não existe nas
mesmas, pois só se preocupam com marketing pessoal e recebem seu próprio galardão
aqui na terra; (Colossenses 2.23) “As quais têm na verdade, alguma aparência de
sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não é
de valor algum senão para a satisfação da carne”, e infelizmente muitas pessoas são
submetidas ao engano por falta de conhecimento e esclarecimento da palavra de Deus.
A verdadeira religião cristã é aquela que edifica sua crença e prática nos
ensinamentos de Jesus Cristo; (Efésios 2.20) “edificados sobre o fundamento e dos
profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular”; (João 14.15) “Se me amais,
guardai os meus mandamentos”. Quem exerce fé em Cristo jamais sofrerá abalo
algum; (Isaías 28.16) “Por isso diz o Soberano, o Senhor: Eis que ponho em Sião
uma pedra, uma pedra já experimentada, uma preciosa pedra angular para alicerce
seguro; aquele que confia, jamais será abalado”.
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2.1. Porque os membros da CC/B crêem que somente a sua religião é


correta?
Quem leva a sério sua religião deve afirmar que ela é
a certa. Senão, por que estaria nela? Os cristãos são
admoestados: “Certificai-vos de todas as coisas; apegai-
vos ao que é excelente” (I Tessalonicenses 5.21). Cabe-
lhe certificar-se de que as suas crenças têm o apoio das
Escrituras, pois existe uma só fé verdadeira. (Efésios 4:5)
confirma, mencionando “um só Senhor, uma só fé, um só
batismo”. O Senhor Jesus não concordou com o conceito
moderno, comodista de que há muitos caminhos, muitas religiões, e que todos levam à
salvação. Pelo contrário, Ele disse: “porque estreita é a porta, e apertado, o caminho
que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela” (Mateus 7.14). Será
que Jesus estava alertando que algumas religiões conduzem “à perdição”? Ou mencionou
que apenas os que não acreditam em Deus estão na estrada larga, e os que acreditam
em Deus, seja qual for sua religião, estão na estrada apertada que conduz à salvação?
Após dizer que existem apenas dois caminhos, Jesus advertiu: “Acautelai-vos dos
falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro
são lobos devoradores” (Mateus 7.15). Depois prosseguiu: “Nem todo o que me diz:
Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu
Pai, que está nos céus” (Mateus 7.21). Se alguém é chamado de profeta ou diz crer em
Jesus e que Ele é o seu “Senhor”, certamente há sentido em dizer que essa pessoa é
religiosa, sendo assim, Jesus estava avisando á seus seguidores que nem todas as
religiões são boas e que nem todos os líderes religiosos são confiáveis,
Os membros da CC/B crêem que encontraram o caminho que se ensina a verdade
e vive em harmonia diante da vontade de Deus por Sua palavra, se não fosse assim,
procurariam outra religião.

2.1.1. Como conseguem identificar o “caminho estreito”?


Sabendo que nem todos os caminhos levam á Deus, como
em meio de milhares de opções, é possível encontrar “o caminho
estreito que conduz à vida eterna”?
Pense no seguinte exemplo: Você decide fazer uma viagem
para um lugar desconhecido, e no decorrer do caminho você se
perde e procura por informações, um diz que o caminho correto é
ir pela direita, outro afirma que é pela esquerda, mas você
encontra um que lhe oferece um mapa indicando a rota correta a
seguir. Em qual das três opções você sentiria mais confiança para
chegar a seu destino?
Da mesma maneira, precisamos de um mapa que nos
indique um caminho espiritual confiável, no sentido religioso, para ter a certeza de não
escolher um caminho errado que nos conduza ao engano.
Será que diante de tantos mapas, existe um correto? Sim, esse mapa é a Bíblia
Sagrada “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a
repreensão, para a correção, para a educação na justiça.” (II Timóteo 3.16).
A Bíblia é como um mapa confiável que pode ajudar a pessoa a encontrar o
caminho certo, pois ensina todos os passos a serem seguidos de forma correta a agradar
a Deus. Você pode através da Bíblia, conhecer os verdadeiros ensinamentos, e adquirir
uma postura cristã diante deles, fugindo das heresias e abraçando a verdade.
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2.1.2. Existe uma religião que possa promover uma verdadeira união entre
todos os seres humanos?
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus
22.39), essa é a regra básica de conduta que muitas religiões
propagam. Porém, se as mesmas tivessem êxito em ensinar seus
membros a amar o próximo, seus rebanhos se reuniriam e viveriam
unidos em fraternidade mundial, e não ficariam apenas na ilusão de
uma união que não transparece e que não existe.
Nem todas as religiões empenham-se pela da união, pois se
percebe alto índice de interesses, preconceitos e discriminações
dentro das mesmas.
Em contexto histórico, observe quantas pessoas foram assassinadas de modo
cruel, martirizadas, expulsas do convívio social, tudo em nome de uma religião que “prega
o amor”. Que amor seria esse? É uma pergunta que não há resposta definida, pois dentre
os frutos do amor não pode haver desunião, interesse, preconceito, intolerância e
hipocrisia.
Em vista de tal desunião, muitos questionam, como pode uma religião unir a
humanidade, se não consegue nem mesmo unir seus membros?
Será que existe uma religião diferente, uma que pode unir a humanidade e viver
em união mútua?
Com o tempo, todos os adoradores entenderam que era da vontade de Deus que
eles estivessem “unidos na mesma maneira de pensar e agir”; (I Coríntios 1.10) “Rogo-
vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos, a mesma
coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na
mesma disposição mental e no mesmo parecer”; (Mateus 22.37) “Respondeu-lhe
Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de
todo o teu entendimento”.
Os cristãos ficaram ainda mais próximos por causa de sua fé em Jesus Cristo, pois
queriam seguir de perto os seus passos. Ele deu-lhes um mandamento (João 13.34-35)
“(...) que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos
ameis uns aos outros; nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se
tiverdes amor uns aos outros”. Não sendo entendido esse amor como uma emoção
superficial, mas um amor recíproco e verdadeiro.
Em sua oração, Jesus fez uma observação sobre aqueles que depositavam fé nele:
“A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também
sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste” (João 17.20-21),
sendo este o verdadeiro exemplo de amor e de união fraternal; (I Pedro 2.21)
“Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em
vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos”.
Deus derramou seu Espírito Santo sobre seus servos verdadeiros, promovendo-
lhes a união e dando-lhes um entendimento bíblico que foi aceito em todas as
congregações; (João 14.26) “mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai
enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar-se de
tudo o que vos tenho dito”, os cristãos empenhavam-se em seguir a paz com todos.
(Romanos 12.9-21) “O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-
vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-
vos em honra uns aos outros. Compartilhai as necessidades dos santos; praticai a
hospitalidade; abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis.
Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram. Tende o mesmo
sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei
com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos. Não torneis a
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ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens; se
possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens (...)”.
Todos os cristãos assumiam sua responsabilidade de promover a união,
certificando de que a sua conduta estivesse em harmonia com a Bíblia. O apóstolo Paulo
escreveu aos cristãos orientando-os como proceder diante de Deus e dos homens
(Efésios 4.22-32) v.24 “(...) revistam-se do novo homem, criado segundo Deus, em
justiça e retidão procedentes da verdade”;
Atualmente ainda se pode alcançar uma união semelhante á dos antigos cristãos?
Será que diante de tamanho multiculturalismo, os membros de uma religião podem estar
em paz e harmonia com todas as nações e, em todas as partes do mundo? - Sim,
podem! A Congregação Cristã está unida numa fraternidade mundial, que abrange
praticamente todos os continentes, várias ilhas e territórios, anunciando o verdadeiro
evangelho da Graça de Jesus Cristo e unida pelos mesmos fatores que uniram os cristãos
do primeiro século; (Marcos 16.15) “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e anunciai o
evangelho a toda criatura”.
Os principais fatores que contribuem para a união da Congregação Cristã no
mundo são: o amor, o respeito, a união e a lealdade ao Senhor Jesus e seus
ensinamentos em todas as circunstâncias. Demonstram um amor recíproco aos seus
irmãos e pregam as mesmas boas novas do Reino de Deus em todos os países em que
estão ativos, tendo o prazer de falar sobre a palavra ás pessoas de todas as crenças,
etnias, nacionalidades e grupos sociais.
A Congregação Cristã também se mantêm neutra nos assuntos do mundo,
resistindo às pressões culturais, sociais, políticas e comerciais que causam tanta divisão
entre a humanidade, aceitando a obrigação de promover a união por se comportarem em
harmonia com as normas ensinadas pela palavra de Deus, seguindo e promovendo a paz
com todos.

2.1.3. Os membros da CC/B acreditam que são os únicos a serem salvos?


Não. Milhões dos que viveram nos séculos passados, não
eram da CC/B, mas sim, tiveram o fiel testemunho de um
verdadeiro cidadão escolhido de Deus, e estão aguardando o dia
do Juízo (Tribunal de Cristo). Muitos dos que agora vivem, ainda
poderão tomar posição a favor da justiça e da verdade, antes da
“grande tribulação” e estes sim, obterão a salvação; (Mateus
24.21) “Porque haverá então grande aflição, como nunca
houve desde o principio do mundo até agora, nem tampouco
há de haver”. Jesus disse que não devemos julgar uns aos outros.
Nós vemos por aparência; Deus examina e conhece o coração. Ele vê com precisão e
julga com imensa misericórdia. Confiou o julgamento a Jesus, e não a nós. (Mateus 7.1)
“Não julgueis para que não sejais julgados” 25.32 “E todas as nações serão
reunidas diante Dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as
ovelhas”.

2.1.4. Por que os membros da CC/B sempre pregam o


evangelho aos que já têm religião?
Cristo se dirigiu aos judeus. Os judeus tinham sua própria religião,
mas esta em muitos sentidos havia se desviado da Palavra de Deus
(Mateus 15:1-9). Todas as nações têm alguma espécie de religião, seja
cristã, ou não. É de vital importância que as pessoas tenham crenças
que se harmonize com a Palavra de Deus, e o empenho dos membros
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da CC/B é em ajudá-las nisso, constitui um ato de amor fraternal, indicá-las o caminho
correto para sua satisfação espiritual, fazendo assim seguem o exemplo de Jesus.

2.1.5. Por que tantos se opõem à CC/B e dizem que não se deve aceitar sua
pregação e doutrina?
Houve oposição à pregação de Jesus, e Ele disse que seus
seguidores também sofreriam oposições. Alguns ficaram impressionados
com os ensinamentos de Jesus e a facilidade que Ele tinha de atrair as
multidões. Os opositores religiosos retrucaram: “Será que também vós
fostes desencaminhados? Será que um só dos governantes ou dos
fariseus depositou fé nele?” (João 7.46-48; 15.20). Muitos dos que
aconselham a não se ouvir a palavra anunciada na CC/B, estão
desinformados ou têm preconceitos em relação á organização. Uma
conversa sadia gerará entendimento da Bíblia e a própria pessoa verá a diferença e
esclarecerá suas dúvidas (Mateus 7.17-20).

2.2. Por que muitos consideram a CC/B como uma seita?


Na maioria dos dicionários inclusive dicionários bíblicos a definição da palavra seita
baseia-se nos seguintes conceitos: “doutrina que se afasta da opinião geral”, “grupo
religioso que se separa de um grupo maior”, “conjunto dos indivíduos que a seguem” etc.
A CC/B é considerada uma seita por não abrir mão de seus princípios, crenças e
conceitos. Ela não busca agradar e conviver com as outras religiões que substituem a
palavra de Deus por falsas doutrinas, usurpando a verdadeira posição de Cristo que é o
Sumo Pastor, dando méritos e honra aos homens, desprezando o verdadeiro sacrifício
daquele que por sua morte nos concedeu a vida eterna.
(João 10.14) “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas
ovelhas, e elas conhecem a mim”. Metaforicamente o Senhor
Jesus nos compara a ovelhas. Em âmbito geral todos aqueles que
aceitam a Cristo se tornam ovelhas de seu rebanho,
compartilhando com Ele o verdadeiro caminho, vivendo na
verdade. Porém muitas pessoas estão presas em apriscos onde,
são guiadas por um “pastor” humano que se denomina o “mestre”,
contradizendo a hierarquia de que, todos devemos ser ovelhas do
Único Pastor. (João 10.16) “Ainda tenho outras ovelhas, não
deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a
minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor”.
Muitos baseiam o ministério pastoral em; (Efésios 4.11) “E
ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas e outros para pastores e mestres”, mas por que razão Cristo daria sua
glória, seu poder e sua posição a homens? Ele é o Bom Pastor aquele que deu a sua vida
por suas ovelhas. (João 14.10); (I Pedro 2.25) “Porque éreis como ovelhas
desgarradas; mas agora tendes voltado ao Pastor e Bispo de vossas almas”.
Quem possui o ministério pastoral não se deve intitular “pastor”, pois o mesmo se
trata de um dom que abrange: cuidar, apascentar e zelar com responsabilidade voluntária
daqueles que, buscam servir a Deus. Todos somos “ovelhas”, inclusive os próprios
ministros da palavra. Embora muitos líderes religiosos preguem a palavra de Deus
mostrando referências bíblicas em seus discursos, Cristo disse aos seus seguidores;
“obedeçam-lhes e faça tudo o que eles lhes dizem; mas não façam o que eles
fazem, pois não praticam o que pregam; eles atam fardos pesados e os colocam
sobre os ombros dos homens, mas eles mesmos não estão dispostos a levantar um
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só dedo para movê-los; tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens;
gostam de serem saudados nas praças e de serem chamados mestres; mas vós
não deveis chamá-los de mestres; pois só um é o vosso Mestre, e todos vós sois
irmãos” (Mateus 23.3-8).
O próprio Deus argumentou em (Jeremias 23.1-4) sobre os pastores (homens) que
destroem e desviam as ovelhas de seu pasto, e menciona que levantará dentre elas
pastores (aqueles que zelam e cuidam) para nunca mais temerem e nem se
assombrarem. Em (I Pedro 5.2) o apóstolo admoesta aos presbíteros (e não pastores) a
apascentarem o rebanho de Deus, cuidando dele não por força, mas voluntariamente e
sem torpe ganância (ou seja, sem lucrar financeiramente com isso), mas de ânimo pronto;
5.3 “Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo
ao rebanho” 5.4 “E, quando aparecer o Sumo Pastor alcançareis a incorruptível
coroa de gloria”.
Os pastores e lideres religiosos em sua maioria baseiam seus salários em (Lucas
10.7) argumentando que o obreiro é digno de recebê-lo. Sabemos que, obreiro é aquele
que executa ou realiza alguma atividade, e como citado acima, a obra de Deus não deve
ser entendida como meio profissional, mas sim como um segmento espiritual voluntário,
onde todos no conjunto cooperem sem lucrar em nada, apenas para a prosperidade e
propagação do evangelho de Cristo. (II Pedro 2.3) “E por avareza farão de vós
negócio, com palavras fingidas; sobre as quais já de largo tempo não será tardia a
sentença, e a sua perdição não dormita”.

2.2.1. Que contribuições financeiras se esperam dos que freqüentam a


CC/B?

O apóstolo Paulo disse a respeito das contribuições monetárias:


“Faça cada um conforme tem resolvido no seu coração, não de
modo ressentido, nem sob compulsão, pois Deus ama o que dá
com alegria” (II Coríntios 9.7). Na CCB para os que desejam
contribuir, há coletas que tornam isso possível. Ninguém sabe o que
os outros contribuem, ou se contribuem. Alguns podem dar mais do
que outros; alguns talvez não possam dar nada. Jesus mostrou o
conceito correto quando comentou a respeito do cofre do tesouro no
templo de Jerusalém e dos contribuintes: O que conta não é a quantia, mas a capacidade
de contribuir e o espírito voluntário com que se faz isso (Lucas 21.1-4).

2.2.2. O dízimo. Por que não dizimar?


Para muitas religiões, o dízimo é a maneira de Deus estar
financiando o seu Reino na Terra, é através do sistema econômico
que o evangelho tem melhores condições de ser anunciado. Os
líderes nem se constrangem em relembrar seus fiéis da
responsabilidade de dizimar persuadindo-os, pois afirmam que, o
dízimo não é algo que se faz porque se tem condições, mas um ato
de obediência para não violar os mandamentos de Deus.
As religiões que cobram o dízimo estão corretamente
aplicando o que a Bíblia diz? Será que Deus realmente espera que
dizimemos certa percentagem de nosso salário, para que o
evangelho de Cristo seja anunciado a toda criatura?
Há dois concertos nas escrituras, a lei dada por Moisés e a graça trazida por Jesus,
a primeira (a lei) imposta por Deus aos pecadores injustos e que foi abolida por Cristo, a
segunda (a graça) dada gratuitamente aos homens que aceitaram a justiça de Deus
12
somente pela fé em Jesus Cristo (João 1.17). Uma não pode conviver com a outra
senão quebra o concerto e anula as promessas que são somente pela fé.
“Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei segue-se
que Cristo morreu debalde (em vão)” (Gálatas 2.21), a lei anula o sacrifício de Cristo.
“Porque o fim da lei é Cristo para a justiça de todo aquele que crê” (Romanos 10.4).
Jesus tirou toda a lei: “Porque o precedente mandamento é ab-rogado
(anulado) por causa da sua fraqueza e inutilidade” (Hebreus 7.18).
Nosso novo compromisso com Deus está na Graça trazida por seu filho Jesus
Cristo, ou seja, não andamos mais guiados pela lei. “Separados estais de Cristo, vós
os que vos justificais pela lei; da Graça tendes caído” (Gálatas 5.4).
Ao usar a lei é negado o sacrifício de Jesus Cristo, pois, Ele veio para tirá-la e
estabelecer um novo concerto, e chama Deus de mentiroso, pois Ele afirmou que é
impossível para o homem cumpri-la. Quebra o concerto que é somente pela fé em Cristo,
sem as obras da lei. “Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só
ponto tornou-se culpado de todos” (Tiago 2.10).
Hoje as igrejas que se dizem cristãs estão levando a crença em Cristo á maldição,
pois usam a lei do dízimo (lei cerimonial). O dízimo era entregue ao sacerdote para o seu
alimento e sustento dos sacrifícios, onde se justificavam nele. Cristo fez o último sacrifício
nos justificando. A obra de Deus é crer que estamos justificados pela fé naquele em que
Deus enviou.
O Dízimo está nos cinco livros da lei de Moisés, portanto é lei! Dizer que o dízimo
usado por Abraão (que ainda era pecador) não é da lei, é um engano ou astúcia, pois o
pecado já existia e a lei veio por causa dele (o pecado de Adão).
“Então, disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro (a
lei), para estabelecer o segundo (a Graça)” (Hebreus 10.9).
Ouve-se por ai que o dízimo é bíblico! Mas bíblico é tudo o que está na Bíblia. O
sábado e o sacrifício são também bíblicos, só que na lei e não na Graça, assim como o
dízimo também está na lei.
Ouve-se também que o dízimo é santo! Mas o dízimo era santo na lei cerimonial
porque era consagrado a Deus para o sacrifício e só podia ser usado dentro do
tabernáculo da lei e não podia ser usado fora do templo como hoje se usa indevidamente
negando o ensinamento de Jesus Cristo. Isto não é a obra de Deus na Graça! (Hebreus
13.9 a 16).
Há quem diz: porque mais bem aventurado é dar do que receber! Mas isto foi
ensinado aos apóstolos e não para as ovelhas, Paulo dizia: “De ninguém cobicei a
prata, nem o ouro, nem a veste” (Atos 20.31-35).
A maioria das religiões usa o livro de Malaquias para tirar o dízimo do povo, só que
isto anula o sacrifício de Cristo e torna o homem infiel, pois Malaquias não é do tempo da
Graça e Jesus nunca falou sobre ele.
Usar a lei na Graça é negar a salvação. “Maldito aquele que fizer a obra do
Senhor fraudulentamente (...)” (Jeremias 48.10).
Em (Mateus 22. 34-40) o Senhor Jesus nos ensina a amar a Deus sobre todas as
coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos, dependendo desses dois mandamentos
toda a lei e os profetas e delimitou em (João 13.34) “Novo mandamento vos dou: que
vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei”
(Mateus 10.8) “Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli
demônios; de graça recebestes, de graça daí” (Salmo 128.2) “Pois comerás do
trabalho de suas mãos, e feliz serás e te irá bem”.
Paulo em (I Coríntios 16.2) não especificou uma porcentagem ou um valor
definido, simplesmente sugeriu que no primeiro dia da semana, cada cristão separasse
uma quantia, de acordo com a sua renda para que, quando ele chegasse não fosse
necessário se fazer coletas. Os coríntios não se sentiriam persuadidos para contribuírem,
e nem o fariam de forma ressentida quando Paulo chegasse, a quantia era algo conforme
determinasse seu coração (II Coríntios 9.7).
13
Paulo jamais sugeriu a alguém dar até o último centavo para a obra de Deus,
como muitas igrejas afirmam; “Porque, se há prontidão, a contribuição é aceitável de
acordo com aquilo que alguém tem, e não de acordo com o que não tem; nosso
desejo não é que outros sejam aliviados enquanto vós sois sobrecarregados, mas
que haja igualdade”. (II Coríntios 8.12-13). Quantas pessoas por contribuírem com todo
seu salário passam por necessidades em casa, deixando sua família desprotegida;
(I Timóteo 5:8) “Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua
própria família, negou a fé e é pior que um descrente”.
Em nenhuma parte da Bíblia cita que os apóstolos promoveram coletas ou dízimos
como meio de financiar seu próprio ministério, sempre anunciaram o evangelho de Cristo
sem cobrar das pessoas por isso; (Atos 3:6) “Disse Pedro: Não tenho prata nem ouro,
mas o que tenho, isto lhe dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, ande”. Paulo
sempre fazia questão de não impor “despesas financeiras” aos seus irmãos, pelo
contrário eles que o ajudavam voluntariamente visando a sua necessidade, (Filipenses
4.15-18) “Não que eu esteja procurando ofertas, mas o que pode ser creditado na
vossa conta; recebi tudo, e o que tenho é mais que suficiente. Estou amplamente
suprido, agora que recebi de Epafrodito os donativos que vós me enviastes. É uma
oferta de aroma suave, um sacrifício aceitável e agradável a Deus”.
Uma religião que não usa a fé e a humildade das pessoas para lucrar
financeiramente seria realmente falsa? Algo contradiz as escrituras? A árvore é boa, e
tem mostrado bons frutos, sem explorações.

2.3. Orar só de joelho?


(Mateus 6.5) “E, quando orardes, não sereis como os
hipócritas; pois oram em pé nas sinagogas e nos cantos das
praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que
eles já receberam a recompensa” 6.6 “Tu, porém, quando orares,
entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está
em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”.
A oração é um diálogo direto do fiel com o Senhor, a CC/B
reconhece o poder e a majestade de Deus, dando-Lhe honra e
adoração em forma de reverência, ajoelhando-se perante Ele.
Muitos argumentam que mesmo no ventre de um grande peixe,
Deus ouviu a oração de Jonas, mesmo ele não tendo condições de se ajoelhar.
Entendemos que, a ocasião não era oportuna para tal, são muitos fatores que às vezes
impossibilita uma pessoa de se ajoelhar, como: procedimentos cirúrgicos, algumas
doenças nos ossos, o local em que ela se encontra, porém, isso não limitará Deus de
ouvi-la, pois Ele é onipresente, mas se porventura a pessoa não estiver impossibilitada de
orar ajoelhada, ela deve assim o fazer.
Jesus no Getsêmane quando se apartou dos discípulos nos deu o exemplo de
como devemos orar; (Lucas 22.41) “Ele, por sua vez, se afastou, cerca de um tiro de
pedra, e, de joelhos, orava”.
Paulo também se ajoelhava em momento de oração; (Efésios 3.14) “Por causa
disso me ponho de joelhos diante do Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”
A oração deve ser dirigida somente a Deus, mediante Cristo; (João 14.13-14) “E
eu farei o que vós pedirdes em meu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho;
o que vós pedirdes em meu nome, eu farei”; (I Timóteo 2.5) “Pois há um só Deus e
um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus”.
Deus é o Senhor dos senhores e Rei dos reis, Dele é todo o reino, o poder e a
glória, e seus filhos devem ter a consciência que a oração é um ato de reverência.
(Romanos 14.11) “Como está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim
se dobrará todo joelho, e toda língua dará louvores a Deus”.
14

2.4 Por que as mulheres devem usar o véu?

(I Coríntios 11.5) “Toda mulher, porém, que ora ou


profetiza com a cabeça sem véu desonra a sua própria
cabeça, porque é como se a tivesse rapada” (11.10)
“Portanto, deve a mulher, por causa dos anjos, trazer o véu
na cabeça, como sinal de autoridade”.
O véu simboliza a honra e a autoridade da mulher
perante Deus e diante dos homens. Aquela que ora ou profetiza
sem o véu é como se estivesse desonrando a sua própria
cabeça; 11.7 “Porque, na verdade, o homem não deve cobrir
a cabeça, por ser ele imagem e glória de Deus, mas a
mulher é glória do homem”.
Se o véu é a forma da mulher ter honra diante de Deus e dos homens, por que
razão ela não o usa diariamente? (11.15) “Mas ter a mulher cabelo crescido é
honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu”. A palavra não se contradiz; o
véu deve ser usado em momentos de oração e profecia, porém nem sempre a mulher
está orando ou profetizando, daí, sua honra encontra-se em seus cabelos que devem ser
crescidos. Observando com zelo esse ensinamento, muitas mulheres da CC/B preferem
não cortar seus cabelos deixando-os crescidos da maneira como Deus as concedeu.
11.16 “Mas se alguém quiser ser contencioso não temos esse costume nem as
igrejas de Deus”.
Alguns afirmam que este ensinamento foi dado apenas á igreja de Corinto, mas
podemos observar em; (I Coríntios 1.2) “Á igreja Deus que está em Corinto, aos
santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em
todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso”,
ou seja, esse ensinamento é para todos que professam a fé em Cristo.
(I Coríntios 11.3) “Quero, entretanto, que saibais ser Cristo a cabeça de todo
homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo”. O homem
diante de Deus é sobre a mulher, pois foi criado primeiro, da mesma forma que Cristo é
sobre os homens, por essa razão não é dado á mulher a exortação da palavra, pois as
mesmas não devem ensinar; (I Timóteo 2.12ª) “Não permito que a mulher ensine, nem
use de autoridade (...)” em nenhum ponto das escrituras as mulheres exercem
ministérios sacerdotais.
Porém, Jesus sempre tratava as mulheres com respeito, sendo este o exemplo que
nos deixou para da mesma forma as tratar, sem discriminação e exclusão alguma, pois
todos somos filhos e filhas de Deus. Ele (Jesus) se recusava a seguir as tradições e as
regras discriminatórias ensinadas pelos fariseus. Conversava com mulheres que não
eram judias; (Mateus 15.22-28; João 4.7-9) ensinava as mulheres; (Lucas 10.38-42), as
protegia para que não fossem abandonadas; (Marcos 10.11-12).
Uma atitude que mais chama atenção para a época de Jesus foi Ele ter aceitado
mulheres no seu círculo de amigos íntimos; (Lucas 8.1-3). Jesus mostrou que tanto os
homens como as mulheres têm o mesmo valor aos olhos de Deus.
Alguns afirmam que a primeira pregação da ressurreição de Cristo foi pelas
mulheres que visitaram o sepulcro de Cristo e o anjo as pediu que anunciassem que Ele
havia ressuscitado; (Mateus 24). Porém elas não pregaram, e sim anunciaram aos
apóstolos e aos demais que o Senhor Jesus não estava morto, mas vivo e ressuscitado
dentre os mortos.
De fato, entre os cristãos, homens e mulheres receberam a dádiva gratuita do
Espírito Santo (Atos 2.17-18) “E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que
derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas
profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; até sobre os
15
meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias,
e profetizarão”.
Para aqueles que se propuseram servir a Deus em espírito e em verdade, não
haverá nenhuma distinção de sexo e status social, quando forem ressuscitados para a
vida celestial; (Gálatas 3.28) “Nisto, não pode haver judeu nem grego; nem escravo
nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus”.
A CC/B não é uma organização preconceituosa, como muitos afirmam, mas
conhecendo a verdade, anda por ela; (Apocalipse 22.19) “E, se alguém tirar qualquer
coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida,
da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro”.
Dentro dos templos, os homens sentam-se em lados opostos ás mulheres, não por
ato discriminatório, mas por zelo e prudência, pois muitos aproveitam da simplicidade das
pessoas para as prejudicarem, e estando cada um em seu respectivo lugar torna-se mais
fácil qualquer ação contra aqueles que estão movidos por más intenções.
Para a prosperidade da obra, tanto a família como a congregação precisa de
homens e mulheres que desempenhem seus respectivos papéis com amor, respeito e
união (Efésios 5.21-33).
No Brasil as mulheres não tocam outros instrumentos na orquestra da CC/B devido
ao número de músicos já existente no país, e em alguns templos este número se excede.
Porém, as mulheres que se dedicam á parte musical, exclusivamente tocam e ensinam ás
demais o órgão litúrgico para o louvor e adoração ao Senhor.

2.5. A CC/B incentiva seus membros a se trajarem diferentemente das


demais pessoas?

(Deuteronômio 22:5) "Não haverá traje de homem na mulher, e não vestirá o


homem vestido de mulher, porque qualquer que faz isto é abominação ao Senhor
teu Deus". Existe um grande contexto histórico e cultural mediante esse versículo, cada
país, organização, instituição e/ou religião, possuem uma cultura e princípios morais
muitas das vezes impostos por leis.
(Atos 16.47) “Pois assim o Senhor nos ordenou: Eu te pus luz para os
gentios, para que sejas salvação até aos confins da terra”; (I João 2.15) “Não ameis
o mundo nem o que no mundo há, pois se alguém amar o mundo o amor do Pai não
está nele”. Como conseguir demonstrar a luz ao mundo que está em trevas?
Compartilhando com ele seus costumes que não estão baseados na palavra de Deus?
(Salmos 111.10) “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; todos os que
cumprem os seus preceitos revelam bom senso. Ele será louvado para sempre!”.
Quando você está andando em meio de uma grande multidão, você deduz o estilo,
a naturalidade/nacionalidade, o status social e a religião de uma pessoa diante da forma
em que ela está vestida.
Cristo disse que Ele não é deste mundo, aqueles que o seguem também não são,
devem ser diferentes dos demais, sabendo que serão incompreendidos e odiados por
muitos (João 17.14).
(I Timóteo 2.9) “Da mesma forma, quero que as mulheres se vistam
modestamente, com decência e discrição (...)”. Não é somente a roupa que demonstra
a diferença de um verdadeiro cristão, mas sim, a sua postura em relação á palavra de
Deus; “A vossa beleza não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos
trançados e jóias de ouro ou roupas finas” (I Pedro 3.3).
(Mateus 11.29) “Tomem sobre vós o meu jugo e aprendam de mim, pois sou
manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso para vossas almas”.
A CC/B observa os ensinamentos do Senhor Jesus, e demonstra o respeito aos
bons princípios não apenas por vestes que os diferencia dos demais, mas em atitudes
que buscam transparecer um fiel testemunho para o evangelho da verdade.
16
(II Coríntios 5.17) “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As
coisas velhas se passaram; eis que tudo se fez novo”.

2.6. Só o batismo da CC/B é o correto?


(Efésios 4.5) “Um só Senhor, uma só fé, um só batismo”. Devemos anunciar o
evangelho a toda criatura, aquele que crê e for batizado será salvo, o que não crê será
condenado; (Mateus 16.16). O primeiro requisito para a pessoa ser batizada, é “crer”;
(Atos 8.26-40).
(Colossenses 3.17) “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação,
fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. Portanto, o
verdadeiro batismo é aquele que é realizado em Nome do Senhor Jesus Cristo; (Atos
2.12, 10.48, 19.5) e em nome do Pai, do filho e do Espírito Santo (Mateus 28.19).
Nenhuma outra religião realiza esse sacramento de tal forma, ainda que alguma o
realizasse, não seria o bastante, pois andam indiferente aos ensinamentos de Cristo,
deixando de cumpri-los. O batismo só tem o seu real efeito, mediante a crença e prática
do evangelho de Cristo, sendo conduzidos ao verdadeiro caminho que anuncie a verdade.
As religiões, principalmente as evangélicas, muitas das vezes questionam o simples fato
da CC/B não aceitar batismos de outrem. A realidade é que muitas delas impõem sobre o
“futuro batizado” uma série de pactos com as mesmas e com seus líderes religiosos. O
pré-batismo é algo oposto às escrituras, é um ato
desnecessário, é uma forma de impor uma ideologia religiosa na
mente da pessoa para que a mesma não questione as mentiras
camufladas que há nessas religiões. No discurso de Felipe e o
eunuco ficou claro que o requisito para a pessoa se batizar é
CRER NO SENHOR JESUS, e não ser manipulado à estudos
que enfatizam doutrinas de homens e concepções religiosas
sem fundamentos.
Tais sacramentos não se complementam ao verdadeiro e
único batismo que a bíblia ensina e que a CC/B adota.

2.6.1. Após o batismo, aquele que pecar não tem mais perdão?

O Senhor Jesus morreu por nós apenas uma vez, em (João 8.11) Ele perdoou os
pecados da mulher adúltera, e mencionou que ela não pecasse mais. (Romanos 6.23)
“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna
em Cristo Jesus, nosso Senhor”, perante a Igreja de Cristo, a pessoa que transgride os
Seus ensinamentos e peca para a morte, não deve ser reconhecida, pois mesmo
consciente não limitou suas atitudes escandalizando e violando a obra de Deus; (I João
5.16) “Se alguém vir a seu irmão cometer pecado não para morte pedirá e Deus lhe
dará vida aos que não pecam para morte. Há pecado para morte, e por esse não
digo que rogue”. Porém pessoa nesta condição não é julgada como se não houvesse
mais o perdão, pois o dom gratuito de Deus é a vida eterna, e somente Ele é quem a
concede. (I João 2.1) “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não
pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o
Justo”.
Muitos pecam e ocultam seus pecados, em nada prejudicando a obra de Deus, o
homem deve examinar-se, e se deixar guiado pelo Espírito Santo. Deus ama e perdoa
quem Ele quer, porém não aceita escândalos; (Lucas 17.1) “Disse Jesus a seus
discípulos: É inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual eles
vêm!”.
17
No caso de infidelidade matrimonial – “Se alguns dos conjugues tornar-se infiel
ao matrimônio, deixa-se a decisão no caso a critério da parte ofendida, pois a lei do nosso
país permite divórcio a vínculo, que somente nesse caso Deus permite; (Mateus 19.9), o
pecador será excluído da comunhão com os fiéis. (Tópicos de ensinamentos março/1948
página 15).

2.7. Na CC/B é permitido o uso de bebidas alcoólicas?


Definitivamente NÃO. Nunca se ouviu nenhum conselho,
palavra e/ou exortação incentivando o uso de tais e de qualquer
outro vício que, venham prejudicar a vida da pessoa e de sua
relação com a sociedade, pois se sabe que o uso demasiado de
bebidas alcoólicas acarreta uma série de fatores graves como:
acidentes trágicos, ruína financeira, maus-tratos da família, danos
ao feto (mulheres) e doenças como cirrose hepática dentre outras.
Pensando nessas conseqüências muitas religiões aderem ao fato
moral de ser errado usar qualquer tipo de bebida alcoólica.
Mas será que a Bíblia realmente proíbe tomar bebidas
alcoólicas, mesmo em pequenas quantidades?
(Provérbios 20.10) “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora;
todo aquele que por ele é vencido não é sábio”. Estaria este versículo indicando que é
totalmente errado tomar bebidas alcoólicas? Alguns afirmam que sim, tendo como
referências os relatos bíblicos que mostram as más conseqüências do abuso do álcool
em; (Gênesis 9.20-25).
A Bíblia realmente alerta sobre as más conseqüências do abuso do álcool, em
vários versículos:
- (Efésios 5.18) “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas
enchei-vos do Espírito”.
- (Provérbios 23.20- 21) “Não estejam entre os bebedores de vinho nem entre os
comilões de carne, porque o beberrão e o comilão caem em pobreza; e a sonolência
vestirá de trapos o homem”.
- (Isaías 5.11) “Ai dos que se levantam pela manhã e seguem a bebedice e
continuam até alta noite, até que o vinho os esquenta”.
Por outro lado, escrituras também mostram as alegrias e os benefícios de beber
moderadamente:
- Um presente de Deus é; (Salmo 104.15) “o vinho, que alegra o coração do homem, o
azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento, que lhe sustém as forças”.
- E uma das recompensas pelo bom trabalho; (Eclesiastes 9.7) “vai, pois, come com
alegria o teu pão e bebe gostosamente o teu vinho, pois Deus já de antemão se
agrada das tuas obras”.
- O próprio vinho possui efeitos medicinais, Paulo aconselhou a Timóteo que não bebesse
mais água, mas usasse de um pouco de vinho por causa do seu estômago e dos seus
freqüentes casos de doença; (I Timóteo 5.23).
- O uso do álcool pode ajudar uma pessoa a lidar com a angústia; (Provérbios 31.6- 7)
“Dai bebida forte aos que perecem e vinho, aos amargurados de espírito”.
A própria palavra de Deus não proíbe o consumo de bebidas alcoólicas. O que ela
na verdade condena é beber demasiadamente sendo conduzido á embriaguez.
Assim, Paulo exortou de modo que ninguém seja “dado a muito vinho”, e ele
aconselhou Timóteo a tomar apenas “um pouco de vinho”; (I Timóteo 3.2-3-8) “É
necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher,
temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho,
não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento;
18
Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de
uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância”.
(Tito 2.2-3) “Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em
seu proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; sejam mestras do
bem”
(I Coríntios 6.9-10) “(...) nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem
maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus”. O uso em excesso de álcool
não agrada a Deus, pois gera escândalos para sua obra, e prejudica a pessoa em seu
ambiente social, lembrando que somos anunciadores do evangelho da verdade e temos
que demonstrar o fiel testemunho de um verdadeiro adorador.
Diz o apóstolo Pedro sobre Cristo; “Ele não cometeu pecado” (I Pedro 2.21-22).
Sendo assim, como Jesus posicionava-se diante do tema “bebidas alcoólicas”?
O seu primeiro milagre foi transformar água em vinho, onde o próprio mestre sala
interrogou ao noivo a respeito do vinho que havia sido produzido milagrosamente dizendo:
“Todos costumam pôr primeiro o bom vinho e, quando já beberam fartamente,
servem o inferior; tu, porém, guardaste o bom vinho até agora” (João 2:9, 10).
Beber vinho fazia parte da celebração da Páscoa, e Jesus usou vinho quando
estendeu o cálice aos seus discípulos, e disse: “Bebei dele, todos vós.” Sabendo que
sua morte em breve aconteceria, Ele acrescentou: “E digo-vos que, desta hora em
diante, não beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que o hei de bebê-lo de
novo convosco no reino de meu Pai” (Mateus 26.27- 29).
As pessoas sabiam que Jesus tomava vinho; (Lucas 7.34) “Veio o Filho do
Homem, comendo e bebendo, e dizeis: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo
de publicanos e pecadores!”.
Embora a Bíblia não proíba o consumo de bebidas alcoólicas, isso não significa
que somos obrigados a tomá-las e muito menos julgarmos quem assim faz, essa é a
postura que a CC/B adere em relação a aqueles que ainda não sabem controlar suas
fraquezas e excedem no uso de bebidas ou qualquer outra fraqueza que não seja pecado
de morte; (Colossenses 2.16) “Portanto ninguém vos julgue pelo comer ou pelo
beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados”. A pessoa
deve reconhecer o perigo desses excessos e ser prudente para com a obra de Deus, um
cristão deve fugir do mal e da aparência do mesmo, (I Tessalonicenses 5.22; Romanos
14.21) “É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa
com que teu irmão venha a tropeçar ou se ofender, ou se enfraquecer”.
Decisões sobre beber ou não, ou sobre quanto beber, seja pessoal, a Bíblia
recomenda a moderação; “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa
qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (I Coríntios 10.31).

2.8 Por que a saudação com o ósculo santo (beijo no rosto)?


Porque era esse o modo de saudação das igrejas que aceitavam o evangelho de
Cristo, como forma de amor e respeito fraternal. Em vários livros encontraremos
referências a esse ensinamento (Romanos 16.16, I Coríntios 16.20, II Coríntios 13.12, I
Tessalonicenses 5.26, I Pedro 5.14). Os verdadeiros adoradores observam e guardam
os ensinamentos e costumes ensinados aos cristãos autênticos.
“A paz de Deus... Amém!”. É assim que se saúdam os irmãos da CC/B. Sabemos
que, Deus é único, conhecemos sua palavra e o conhecemos como o “Verdadeiro” e Seu
Filho Jesus Cristo como nosso eterno Salvador. Quando alguém lhe transmite a paz de
Deus, é sinal que o mesmo está em paz e harmonia com o Senhor, o “amém” respondido
é a forma de aceitação da paz oferecida em ato fraternal.
Cada religião possui seu sistema de saudação e não intencionamos ser
contenciosos quanto a estes costumes individuais.
19
2.9. A CC/B se opõe a Política?
Sabendo que existem barreiras políticas que dividem as
pessoas, deve-se analisar qual a posição que Jesus tomou diante
desse assunto.
Depois de observar a capacidade que Jesus tinha de
realizar milagres e mobilizar multidões, alguns queriam que Ele se
envolvesse nos assuntos políticos de sua época; “Jesus,
sabendo que pretendiam vir e proclamá-lo rei à força, retirou-
se novamente sozinho para o monte.” (João 6.15). Ou seja, Ele
preferia se afastar para não criar contendas que, atrapalhassem a
propagação do evangelho da paz.
Quando O prenderam acusando-O injustamente de ser um
agitador político, respondeu Jesus: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino
fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não
fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui”. (João 18.36).
Ao orar em favor de seus discípulos, Jesus disse: “Eu dei a eles a tua palavra, e
o mundo os odiou, porque eles não pertencem ao mundo, como eu não pertenço ao
mundo.” (João 17.14).
“Nas Congregações não são admissíveis partidos de espécie alguma; cada um é
livre, cumprindo o seu dever de votar, que é uma determinação da lei. Todavia nós,
remidos pelo Sangue do Concerto Eterno, nunca devemos votar em partido que negue a
existência de Deus e a sua moral” (Tópicos de ensinamentos, março/1948 página 21)
A CC/B segue o exemplo de Jesus em não se envolver com política, mesmo que
isso signifique que seus membros sejam odiados por alguns políticos, reconhecem seu
papel enquanto cidadãos nos seus respectivos países, porém se mantêm neutros nessas
questões por amor da obra de Deus que deve ser preservada e expandida com
transparência e amor.

2.9.1. A CC/B não permite aos seus membros acesso á mídia?


“Tudo me é lícito, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não
deixarei que nada me domine” (I Coríntios 6.12). A mídia é um instrumento poderoso
em sentido de persuadir as pessoas a se enquadrarem no sistema capitalista, agindo e
influenciando fortemente sobre seus pensamentos e suas atitudes por meio de ideologias.
É lícito ter acesso a programas de televisão, da mesma forma que é lícito ter um acesso
saudável à internet. O cristão deve ter o domínio e o controle sobre si de modo que nada
o influencie a errar perante a palavra de Deus, devemos fugir do mal e de sua aparência;
(I Tessalonicenses 5.22).
Sendo assim, a Congregação Cristã não possui propaganda em meios de
comunicação como rádio, televisão, imprensa escrita, ou qualquer outro tipo de
propagação da sua doutrina que não seja o frequentar quaisquer de suas igrejas pelos
interessados em conhecê-la. Não é permitido que nenhum dos seus trabalhos, sejam eles
em cultos ou não, gravados e reproduzidos.

2.9.2. Por que a CC/B não participa de eventos ecumênicos e festas


religiosas?
(II Coríntios 6.14-17) Deus não permite que seus filhos já esclarecidos pela luz da
verdade, se misturem em jugo desigual á aqueles que “ainda” caminham nas trevas e no
engano v.16 “Que acordo há entre o templo de Deus e os ídolos? Pois somos
santuário do Deus vivo”, pois não há nada em comum entre um crente e um descrente,
20
a palavra exorta aos cristãos a não se unirem com eles; v.17
“Portanto, saiam do meio deles e separem-se, diz o
Senhor”.
Temos de ter o cuidado e a prudência, para não sermos
enganados por tais eventos, pois aparentemente mostram
certa união e harmonia, porém “(...) tais homens são falsos
apóstolos, obreiros enganosos, fingindo-se apóstolos de
Cristo; isto não é de admirar, pois o próprio Satanás se
disfarça de anjo de luz; portanto, não é surpresa que os
seus servos finjam que são servos da justiça. O fim deles
será o que as suas ações merecem” (II Coríntios 11.13-15).
Embora muitas pessoas sejam movidas de bons
sentimentos em tentar promover tais uniões, Satanás como
mencionado é astuto, e algo que parece não ter nenhuma
importância diante de sua simplicidade, acaba prejudicando a vida espiritual, trazendo
dúvidas e contradições; (Gálatas 5.9) “Um pouco de fermento fermenta toda a
massa”.
Os cristãos devem manter-se separados do mundo, pois a amizade com o mundo
se caracteriza inimizade para com Deus, pois adultera seus mandamentos; (Thiago 4.4),
se amarmos o mundo e as coisas que nele há, o amor de Deus não se manifestará em
nós; (I João 2.15).
Não existem possibilidades do mundo se relacionar com os filhos de Deus, pois
são ambos distintos; “Se vós fósseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas
porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo
vos odeia” (João 15.19).
Jesus afirma que, aquele que O segue não pertence ao mundo, pois Ele também
não é deste mundo; (João 17.16). Por essa razão, a CC/B sendo fiel testemunha do
evangelho de Cristo, se mantêm separada de qualquer outra forma de crença que não
tenha fundamentos na palavra de Deus.
“O povo de Deus não tem necessidade de freqüentar outros cultos e nem de ler
leituras religiosas de diferentes princípios. Na Sagrada Escritura existe tudo o que se
precisa, individual e coletivamente. Se alguém precisa de sabedoria para entender o que
Deus já tem revelado em Sua Santa Palavra, como filho deve recorrer a Ele para alcançar
o necessário entendimento” (Tópicos de ensinamentos março/1948 página 12).

2.9.3. É permitido aos membros da CC/B se ingressarem na Maçonaria ou


qualquer sociedade secreta?

"Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos


anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado,
seja anátema" (Gálatas 1.6-8).
Nenhum maçom afirmará que a maçonaria é uma religião
ou está ligada exclusivamente a alguma. Da mesma forma
mencionam este movimento como uma fraternidade mundial que
reconhecem Deus como o Grande Arquiteto do Universo e se
reconhecem por símbolos ocultistas que somente seus membros
decifram.
Toda reunião da Maçonaria começa e termina com uma
oração, só que nenhuma pode ser feita em nome de Jesus Cristo,
e até as leituras bíblicas são feitas sem mencionar este nome,
para não ofender os membros de outras religiões não cristãs. Isto vai contra a
preeminência devida só a Cristo (Colossenses 1.18).
21
Não podemos nos chegar a Deus sem estarmos intimamente ligados a Cristo, e
nossa oração deve ser mediante ao Senhor Jesus, pois é nosso intercessor para com o
Pai (João 14.6, 13-14; I Timóteo 2:5). O verdadeiro cristão não deve participar de tal
instituição, pois além de ser negada a autoridade do nome Jesus, usam de simbologias
antigas que retratam imagens ocultistas usadas por seitas satânicas e a Nova Era.
Se a maçonaria promovesse essa suposta união fraterna mundial entre seres
humanos, por que razão não é permito que mulheres se ingressem nessa ordem?
Satanás usa de todos os meios para nos convencer de seus astutos planos, e
muitos são conduzidos ao engano por confiarem nas aparências de seitas que
demonstram ser inofensivas, mas que no fundo conduzem à perdição.
No ano de 1970 foi emitido o tópico n°17, que trat a das sociedades secretas, e que
é lido até os dias atuais nas congregações: "Somos alertados a ter muito cuidado com
determinadas sociedades secretas que estão visando angariar membros no meio do povo
de Deus; até servos de Deus são visados. Quem ingressar nessas sociedades seja do
ministério ou simples irmão, será desligado da comunhão da Igreja”.
A bíblia é a fonte de vida, e é clara ao dizer que os filhos de Deus não podem se
assentar em rodas de escarnecedores/ímpios e seguir seus conselhos (Salmos 1.1). Da
mesma forma não podem servir a dois senhores (Mateus 6.24), pois, há um só Deus (I
Coríntios 8.6) e Cristo é a luz, sem Ele andamos em trevas (João 8.12).
Nossos irmãos não precisam aprender nessas sociedades os princípios de como
construir uma sociedade humana, que vise o Amor Fraternal e seus frutos, pois, Cristo
nos resgatou das trevas e nos concede sabedoria o suficiente para sermos luz onde quer
que estejamos (Colossenses 1.13).
A amizade e envolvimento com o mundo nos torna, inimigos para com Deus (Tiago
4.4), e não necessitamos de filosofias humanas, pois temos na bíblia tudo que precisamos
para demonstrar a diferença onde quer que estejamos dando Honra e Glória somente ao
Senhor (II Timóteo 3.16-17) “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o
ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que
o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”.

Capítulo III - Pontos de fé e doutrina que uma vez foi dada aos santos
(encontram-se esses tópicos nas últimas páginas dos hinários da CC/B).

1. Nós cremos na inteira Bíblia e aceitamo-la como infalível Palavra de Deus, inspirada
pelo Espírito Santo. A Palavra de Deus é única e perfeita guia a nossa fé e conduta, e a
Ela nada se pode acrescentar ou dela diminuir. É, também, o poder de Deus para
salvação de todo aquele que crê. (II Pedro, 1.21, II Timóteo 3.16-17; Romanos. 1.16).

2. Nós cremos que há um só Deus vivente e verdadeiro, eterno e de infinito poder, Criador
de todas as coisas, em cuja unidade há três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito
Santo. (Efésios 4.6; Mateus 28.19; I João 5.7).

3. Nós cremos que Jesus Cristo, o Filho de Deus, é a Palavra feita carne, havendo
assumido uma natureza humana no ventre de Maria virgem, possuindo Ele, por
conseguinte, duas naturezas, a divina e a humana; por isso é chamado verdadeiro Deus e
verdadeiro homem e é o único Salvador, pois sofreu a morte pela culpa de todos os
homens. (Lucas 1.27-35; João 1.14; I Pedro 3.18).

4. Nós cremos na existência pessoal do diabo e de seus anjos, maus espíritos que, junto
a ele, serão punidos no fogo eterno (Mateus 25.41).

5. Nós cremos que a regeneração, ou o novo nascimento, só se recebe pela fé em Jesus


Cristo, que pelos nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação. Os
que estão em Cristo Jesus são novas criaturas. Jesus Cristo, para nós, foi feito por Deus
22
sabedoria, justiça, santificação e redenção (Romanos 3.24-25; I Coríntios 1.30; II
Coríntios 5.17).
6. Nós cremos no batismo na água, com uma só imersão, em nome de Jesus Cristo
(Atos, 2.38) e em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. (Mateus 28.18-19).

7. Nós cremos no batismo do Espírito Santo, com evidência de novas línguas, conforme o
Espírito Santo concede que se fale (Atos 2.4; 10.45-47; 19.6).

8. Nós cremos na santa ceia. Jesus Cristo, na noite em que foi traído, tomando o pão e
havendo dado graças, partiu-o e deu-o aos discípulos, dizendo "Isto é o meu corpo, que
por vós é dado; fazei isto em memória de mim". Semelhantemente tomou o cálice, depois
da ceia, dizendo: "Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por
vós" (Lucas 22.19-20; I Coríntios 11.24-25).

9. Nós cremos na necessidade de nos abster das coisas sacrificadas aos ídolos, do
sangue, da carne sufocada e da fornicação, conforme mostrou o Espírito Santo na
assembléia de Jerusalém (Atos 15.28-29; 16.4; 21.25).

10. Nós cremos que Jesus Cristo tomou sobre Si as nossas enfermidades. "Está alguém
entre vós doente? Chame os presbíteros da Igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com
azeite em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e
se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados." (Mateus 8.17; Tiago 5.14-15).

11. Nós cremos que o mesmo senhor (antes do milênio) descerá do céu com alarido, com
voz de arcanjo e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão
primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles
nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. (I
Tessalonicenses 4.16-17; Apocalipse 20.6).

12. Nós cremos que haverá a ressurreição corporal dos mortos, justos e injustos. Estes
irão para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna. (Atos 24.15; Mateus
25.46)
23
Capítulo IV – A organização da Igreja de Cristo

A CC/B se destaca das demais por sua organização


e transparência enquanto instituição religiosa, mostrando
frutos e anunciando o Reino de Deus a todos, sem nenhum
tipo exploração, mas voluntariamente.
O culto da Congregação Cristã segue uma ordem pré-
estabelecida, mas sem uma liturgia fixa, assim os pedidos
de hinos, orações, testemunhos e a pregação da Bíblia são
feitos de forma espontânea, baseados na inspiração do
Espírito Santo. Os serviços são solenes com uma
atmosfera formal; desse modo evitam-se manifestações individualizantes, mas preza-se a
participação coletiva.

4. O Ministério

Segundo os estatutos da Congregação Cristã, suas atividades são conduzidas


por um ministério organizado, servindo sem expectativas de receber salários, distribuído
segundo as necessidades de cada localidade, constituído por anciãos, cooperadores do
ofício ministerial e diáconos. Somente os anciãos e diáconos são ministros ordenados (I
Timóteo 4.14).

• Ancião - responsável pelo atendimento da Obra, realização de batismos, santas


ceias, ordenação de novos obreiros (anciães e diáconos), apresentação de
Cooperadores do Ofício Ministerial, atendendimento das Reuniões para Mocidade,
encarregado de conferir ensinamentos à igreja, cuidar dos interesses espirituais e
do bem-estar da igreja, entre outras funções.
• Diácono - responsável pelo atendimento assistencial e material à igreja. É
auxiliado por irmãs obreiras chamadas de "Irmãs da Obra da Piedade". Assim
como o ancião, atende a diversas congregações de sua região.
• Cooperador do Ofício Ministerial - responsável pela cooperação nos
ensinamentos e presidência dos cultos oficiais e das Reuniões de Jovens e
Menores em uma determinada localidade (desde que não haja um Cooperador de
Jovens e Menores responsável pelo atendimento dessa localidade), não podendo
realizar batismos, Santa Ceia, Reuniões para Mocidade, Ordenações, dentre
outras atividades que só cabem ao Ancião ou ao Diácono.

Além dos ministros previsto em estatuto acima citados, há outros cargos ou funções:

• Cooperador de Jovens e Menores - responsável por atender as Reuniões de


Jovens e Menores de sua comum congregação.
• Músico - membro habilitado e depois de passar por testes musicais é oficializado
para tocar nos cultos e demais serviços.
• Encarregado de Orquestra - músico oficializado, designado para coordenar o
ensino musical aos interessados e organizar ensaios musicais da Orquestra da
Congregação. As "Examinadoras" são organistas mulheres, oficializadas,
designadas para avaliar outras organistas aprendizes no processo de oficialização.
• Auxiliar de Jovens e Menores - são jovens, homens ou mulheres solteiros,
designados para preparar e organizar os recitativos das Reuniões de Jovens e
Menores individuais ou em grupo e cuidar da ordem e da organização durante a
reunião.
24
• Administração - ministério material, constituído por Presidente, Tesoureiro,
Secretário, Auxiliares da Administração, Conselho Fiscal e Conselho Fiscal
Suplente. Os administradores são eleitos a cada três anos e o Conselho Fiscal
anualmente, durante a Assembleia Geral Ordinária. É permitida a recondução ao
cargo.

4.1. Ministério da piedade

A Obra da Piedade é representada pelos Diáconos e irmãs deste ministério, que


são guiados por Deus a darem assistência aos fiéis que se encontram em necessidades
financeiras. Conforme a situação atende-se também pessoas não pertencentes à CC/B.
“E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? Ou nu, e te vestimos? E quando
te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá:
Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos,
a mim o fizestes” (Mateus 25.38-46).

4.2. Construções

Para a construção de templos, os fiéis e/ou pessoas interessadas reúnem-se em


mutirão voluntário, desde engenheiros á serventes, o dinheiro investido nessas
construções são todos adquiridos por coletas, também voluntárias.

4.3. Orquestra

A orquestra da CC/B é atualmente a maior


orquestrada de uma organização no mundo, com
aproximadamente 500.000 músicos. A orquestra foi
introduzida na CC/B em Maio de 1932, a fim de criar um
conjunto de músicos que auxiliasse a irmandade nos
louvores.
(Salmo 149.1) “Louvai ao Senhor, cantai ao
Senhor um cântico novo, e o Seu louvor na
congregação dos santos”.
Os músicos são considerados oficializados após
submeterem-se e serem aprovados em exame teóricos e
práticos, e devem apresentar-se aos cultos com traje social;
sua conduta deve ser exemplar. Não há o costume de "consagrar" o instrumento musical,
mas o músico, através da oficialização As mulheres tem a liberdade de tocarem os órgãos
litúrgicos no Brasil, porém em outros países a liberdade estende-se á outros instrumentos
devido às necessidades locais.

4.4. A palavra

(II Coríntios 3.6) “Não que possamos reivindicar qualquer coisa com base em
nossos próprios méritos, mas a nossa capacidade vem de Deus; Cristo nos
capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do
Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica”. Não existem cursos de teologia
dentro da CC/B, o cristão é admoestado a sempre estar examinando as escrituras, e
deixar ser guiado pela revelação do Espírito Santo. No culto, o responsável pelo
atendimento do serviço sacro, deve sempre aguardar a revelação vinda por Deus, pois a
palavra para ser exortada não pode ser esboçada, mas sim revelada a quem o Senhor
25
escolher. (Mateus 11.25) Naquela ocasião Jesus disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor
dos céus e da terra, porque escondeste estas coisas dos sábios e cultos, e as
revelaste aos pequeninos”.

4.5. Obras no exterior

A Congregação Cristã tem se expandido por vários países no mundo, que são
evangelizados e orientados a andarem dentro da doutrina de Cristo, porém não violando
nenhuma lei do país em que se encontra; (Marcos 16.15).

4.6. Cultos de funeral

Os cultos de funeral são exclusivamente para membros da CC/B batizados, pois


cumpriram todos os mandamentos e guardaram a fé, aguardando o dia do juízo com
todos os santos. Ressaltando que, a cerimônia, não é direcionada ao falecido, mas sim á
família como forma de conforto e cumprimento de (Romanos 12.15) “Alegrai-vos com
os que se alegram; e chorai com os que choram”.

4.7. Santa ceia

É celebrada anualmente, lembrando que, a Santa Ceia foi instituída no lugar da


Páscoa, pois Cristo orientou-nos a celebrá-la como memorial de sua morte até que volte e
ceie com Seu Povo no Céu. É um culto ainda mais sacro, pois se trata da lembrança da
morte do Senhor Jesus Cristo na Cruz. Nesses dias os músicos são orientados a tocarem
com o som moderado, e os membros a entoar os hinos com menos intensidade. (Lucas
22.19) “E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho dizendo: Isto é
o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim”22.20
“Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o Novo
Testamento no meu sangue, que é derramado por vós”.
Qualquer ritual comemorativo, seja da Páscoa ou Natal,
como troca de presentes, símbolos (coelhos, ovos de chocolate,
enfeites natalinos, seres míticos, entre outros) são
desconsiderados pelo povo de Deus, pois se tratam de símbolos
pagãos que não tem apoio e menção das escrituras sagradas. A
verdadeira religião se abstém de qualquer forma de adoração
simbólica que não seja a verdadeira adoração a Deus em culto
racional, sem uso de imagens de qualquer natureza.
26
Capítulo V – Conhecendo a verdade e desvendando os mitos das falsas
religiões

5. Predestinação ou livre escolha?

Estamos predestinados por Deus? Ou será que podemos


ter livre escolha sobre que caminho tomar? O que a bíblia diz?
Em (Isaías 46.10) diz que “Deus sabe o final desde o
principio”. Através das profecias Deus usou os homens
(profetas) para registrar os acontecimentos (II Pedro 1.21).
Essas profecias sempre se cumprem diante da sabedoria e do
poder de Deus. Assim sendo, Deus tanto pode predizer como
predestinar acontecimentos diante de sua escolha. Mas será que
Deus predestinou o futuro de cada ser humano ou o número dos
que serão salvos no mundo? A Bíblia é clara ao dizer que não.
Deus predisse que “uma grande multidão” de pessoas justas sobrevivevá à
destruição dos maus ao fim do atual sistema. (Apocalipse 7.9-14). Porém, não foi dito o
número específico dessa “grande multidão”. Deus não predestina a vida de cada pessoa.
Ele sendo um Pai amoroso sabe que pelo menos alguns dos seus filhos retribuirão ao seu
amor, por tal motivo não predetermina o número deles.
Deus é Todo-poderoso e tem o controle de seu poder não o limitando nem o
tornando imperfeito. Na realidade, por Sua magnífica grandeza e misericórdia somos
atraídos a Ele, pois nos mostra que, Sua soberania é exercida não apenas com
onisciência e poder, mas também com amor e respeito pelo livre-arbítrio de suas criaturas
conscientes.
Analisando por outra vertente, se Deus predestinasse tudo, incluindo todos os
acidentes e atos horríveis que já ocorreram e que hão de ocorrer, as pessoas
imediatamente iriam culpá-lo e com razão por todo o sofrimento no mundo. O ensino
popular da predestinação não honra a Deus, mas O retrata como cruel, injusto e
desamoroso olhando por este lado, sendo que isto se opõe ao que a Bíblia diz a Seu
respeito.
Deus disse à nação de Israel: “Pus diante de ti a vida e a morte (. . .) escolhe pois a
vida (. . .) , amando ao SENHOR, teu Deus, ouvindo a sua voz e apegando-te a ele; pois
ele é a tua vida e a longevidade dos teus dias” (Deuteronômio 30:19, 20). Se Deus
tivesse predestinado todos israelitas, quer para amá-lo e ter vida, quer para desconsiderá-
lo e merecer a morte, Suas palavras não fariam sentido e seriam insinceras, ao contrário
ensinou-lhes como poderiam ter a vida, é uma questão de escolha.
O apelo ao qual Deus fez aos seus servos para escolherem a vida retrata para os
dias atuais, porque o cumprimento das profecias bíblicas indica que estamos nos
aproximando rapidamente do fim; (Mateus 24.3-9; II Timóteo 3.1-5).
Como podemos escolher a vida e tê-la perpetuamente? Basicamente do mesmo
modo que os israelitas fizeram: ‘amando A Deus’, ‘ouvindo Sua voz’ e ‘nos apegando A
ele’. O que realmente irá determinar o nosso futuro e a vida eterna é “conhecer a Deus
como único e verdadeiro e a Jesus Cristo ao qual nos enviou” (João 17.3).

5.1 O conhecimento que produz vida: Qual o nome de Deus?


Ao que conhecemos e ouvimos dizer, o nome mais
comum ao referir-se a Deus é JEOVÁ. Será que estamos
corretos ao afirmar que este é o verdadeiro nome do grande
Criador do Universo? Ou por desconhecê-lo seremos
condenados? Como saber qual o nome de Deus e como honrá-
lo?
27
É importante deixar claro que apesar de Jesus ter dito "Tenho feito manifesto o
teu nome” (João 17.6), Ele nunca chamou Deus de Jeová, nunca pronunciou o Seu
nome.
Será que Deus tem um único nome, ou tem outros nomes que nós podemos usá-
los para nos referir a Ele?
No hebraico escrevia-se somente com consoantes, as vogais eram somente
pronunciadas, isto é, as vogais eram transmitidas através das gerações do povo de Israel
oralmente e não de forma escrita. Visto que a escrita da língua hebraica possuía apenas
as consoantes, naquele período era fácil para o judeu, porque a língua hebraica era uma
língua cotidiana, então eles não tinham dificuldade em pronunciar as palavras. No
momento da pronúncia, eles supriam corretamente as consoantes com as devidas vogais.
Com o passar do tempo, o hebraico entrou em declínio devido a fatores históricos
inelutáveis. Somente no século VI depois de Cristo começaram a surgir os "Massoretas"
(do hebraico "massorah", que quer dizer "tradição"), os quais instituíram um sistema de
pontos e sinais representando as vogais, ou melhor, os sons vocálicos abertos e
fechados, e por isso são chamados "sinais massoréticos". Estes sinais eram colocados
acima, abaixo e até mesmo dentro das consoantes. Convém frisar que essas anotações
não fazem parte do texto sagrado original, visto que os manuscritos originais hebraicos
são puramente consonantais.
Por essa razão, a palavra que hoje se conhece como Jeová é constava unicamente
composta por quatro letras, isto é, quatro consoantes hebraicas que transliteradas são:
YHVH, conhecidas como o tetragrama. Portanto não devemos afirmar que a pronúncia do
texto massorético de hoje seja exatamente a mesma dos tempos bíblicos.
Por que os judeus não pronunciavam o nome divino? Quando Moisés recebeu os
dez mandamentos dizia em, (Ex. 20.1-17), v.7; “Não tomarás o nome do YHVH teu
Deus em vão: porque o YHVH não terá por inocente o que tomar o seu nome em
vão”, este versículo deixa claro que Deus não ia tomar por inocente o que invocasse seu
nome em vão. Quando os judeus se deparavam com YHVH, automaticamente
pronunciavam; liam e falavam: “Adonay” que significa Senhor. Devido a este temor ou
superstição, os judeus deixaram de pronunciar o nome divino. Portanto, não temos como
saber que vogais eles usavam na pronúncia do tetragrama YHVH, não podendo condenar
ninguém pelo fato de não saber sua verdadeira tradução original.
No hebraico moderno do século VI depois de Cristo, os Massoretas colocaram os
sinais das vogais “adonay” nas consoantes do tetragrama, daí em diante que os clérigos
católicos começaram a tentar escrever o nome divino: Iahweh, Jehovah, Iavé e dentre
eles o nome Jeová popularmente conhecido hoje em dia.
A partir do ano de 1514 depois de Cristo, começou-se a usar o nome JEOVÁ e
assim ficou conhecido e usado pela maioria das religiões, não porque seja a forma
correta, mas por questão de ser bem mais conhecida e mais aceita dentre as demais
nomenclaturas.
Sendo assim, em algumas traduções de João Ferreira de Almeida revista e
corrigida, se encontra o nome Jeová (somente no Antigo Testamento). Esta é a forma
incorreta. O certo é Senhor ou Iahweh que estão com as vogais de Adonay que se traduz
por Senhor.
“Por séculos tem havido um grande debate sobre a pronúncia correta do nome
pessoal do Criador. Alguns tradutores modernos da Bíblia o escrevem Yawé ou Javé
como sendo o mais aproximado da pronúncia correta. Entretanto, Jeová é a forma popular
de pronunciá-lo em português.
Na versão católica romana, em inglês, conhecida como versão de Westminster das
Escrituras Sagradas, que teve como Editor-Geral o Jesuíta Cuthbert Lattey, o tradutor usa
Jeová e na sua nota marginal sobre (Jonas 1.1), ele diz: “Em harmonia com a preferência
do editor-geral da Versão Westminster, eu emprego o nome ‘Jeová’”. É bem conhecido
que este certamente não é o equivalente do Nome hebraico.
28
O uso do nome Jeová não é uma questão de transliteração e sim uma questão
de preferência pessoal do editor geral.
Como poderemos então santificar o nome de Deus se nem ao menos o
conhecemos como é na realidade sua pronúncia? Analisemos o tópico seguinte.

5.2. O Nome Jesus nas escrituras. O enviado de Deus?


O nome Jesus aparece 908 vezes no Novo Testamento, o
qual foi escrito em grego. Portanto, o nome Jesus é bíblico e consta
no original grego. Escreve-se Jesus em grego: IESOUS.
Santificar o nome de Deus é aceitar que Jesus é o Seu
enviado e que por Ele um novo concerto foi estabelecido com o
propósito de salvação de todo aquele que crê; (João 17.21).
Sendo assim, Cristo tornou-se após sua morte mediador
entre os homens e Deus, tudo quanto fizermos deverá ser em seu
nome; (Colossenses 3.17).

5.2.1. Cristo é Deus?

“No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o verbo era Deus; Ele
estava no principio com Deus; Todas as coisas foram feitas por intermédio dele;
sem ele, nada do que foi feito se fez; Nele estava a vida, e esta era a luz dos
homens” (João 1.1-4).
São muitas as afirmações feitas no Antigo Testamento a respeito do Senhor Deus,
e cumpridas e interpretadas no Novo Testamento, se referindo á pessoa de Jesus Cristo
como Deus:
- (Êxodo 3.14) Disse Deus a Moisés: “Eu Sou o que Sou. É isto que você dirá aos
israelitas: Eu Sou me enviou a vocês”.
(João 8.58) Respondeu Jesus: “Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer Eu
Sou!”

- (Jeremias 17.10) “Eu sou o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os rins; e


isso para recompensar a cada um de acordo com a sua conduta, de acordo com as
suas obras.”
(Apocalipse 2.23) “E ferirei de morte os seus filhos, e todas as igrejas saberão que
eu sou aquele que sonda os rins e os corações. E darei a cada um de vós segundo
as vossas obras”.

- (Isaías 60.19) “Nunca mais te servirá o sol para luz do dia, nem com o seu
resplendor a lua te alumiará, mas o Senhor será a tua luz perpétua e o teu Deus a
tua glória”.
(Lucas 2.32) “Luz para alumiar as nações, e para a glória de teu povo Israel”.

- (Isaías 6.10) “Torne insensível o coração deste povo; torne surdos os seus
ouvidos e feche os seus olhos. Que eles não vejam, não ouçam, e não entendam
com o coração, para que não se convertam e sejam curados”.
(João 12. 37-40) “E ainda que tinha feito tantos sinais diante deles, não criam nele;
Para que se cumprisse a palavra do profeta Isaías que diz: Senhor quem creu na
nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor?; por isso não podiam
crer pelo que Isaías disse outra vez; Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o
coração, afim de que não vejam com os olhos, e compreenda no coração, e se
convertam e eu os cure”.
29

- (Isaías 8.13-14) “Ao Senhor dos exércitos, a ele santificai; e seja ele o vosso temor
e seja ele o vosso assombro; Então ele vos será por santuário; mas servirá de
pedra de tropeço, e de rocha de escândalo, às duas casas de Israel; de armadilha e
de laço aos moradores de Jerusalém”.
(I Pedro 2.7-8) “E assim para vós, os que credes, é a preciosidade; mas para os
descrentes, a pedra que os edificadores rejeitaram, esta foi posta como a principal
da esquina; Como uma pedra de tropeço e rocha de escândalo; porque tropeçam na
palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados”.

- (Números 21.6-7) “Então o Senhor mandou entre o povo serpentes abrasadoras,


que o mordiam; e morreu muita gente em Israel; Pelo que o povo veio a Moisés, e
disse: Pecamos, porquanto temos falado contra o Senhor e contra ti; ora ao Senhor
para que tire de nós estas serpentes; Moisés, pois, orou pelo povo”.
(I Coríntios 10.9) “E não tentemos o Senhor, como alguns deles o tentaram, e
pereceram pelas serpentes”. (Ver texto inteiro)

- (Ezequiel 34.11-12) “Porque assim diz o Senhor Deus: Eis que eu, eu mesmo,
procurarei as minhas ovelhas, e as buscarei; Como o pastor busca o seu rebanho,
no dia em que está no meio das suas ovelhas dispersas, assim buscarei as minhas
ovelhas; Livrá-las-ei de todos os lugares por onde foram espalhadas, no dia de
nuvens e de escuridão”.
(Lucas 19.10) “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia
perdido”.

- (Salmos 23.1) “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará”.


(João 10.11) “Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas”.
(I Pedro 5.4) “E, quando se manifestar o sumo Pastor, recebereis a imarcescível
coroa da glória”.

5.2.2. Cristo é Todo - poderoso


Ele afirmou com toda a clareza após ressuscitar dentre os mortos: “É-me dado
todo o poder no céu e na terra” (Mateus 28.18). Já na sua gloriosa manifestação a
João, disse Ele: “Eu sou o Alfa e Ômega, o principio e o fim, diz o Senhor que é e
que era, e que há de vir, o Todo poderoso” (Apocalipse 1.8).

5.2.3. Cristo não foi criado, Ele é eterno


Aos judeus de corações endurecidos, de forma surpreendente, pontificou Jesus:
“Em verdade vos digo: Antes que Abraão existisse, eu sou” (João 8.58).
Em relação á eternidade de Jesus os seguintes versículos confirmam:
- (João 1.18) “Ninguém jamais viu a Deus. O Filho unigênito, que está no seio do
Pai, esse o deu a conhecer”.
- (João 6.57) “Assim como o Pai, que vive me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim,
quem de mim se alimenta, também viverá por mim”.
- (João 8.19) “Perguntavam-lhe, pois: Onde está teu pai? Jesus respondeu: Não me
conheceis a mim, nem a meu Pai; se vós me conhecêsseis a mim, também
conheceríeis a meu Pai”.
- (João 10.30) “Eu e o Pai somos um” (v.37-38) “Se não faço as obras de meu Pai,
não me acrediteis; Mas se as faço, embora não me creiais a mim, crede nas obras;
para que entendais e saibais que o Pai está em mim e eu no Pai”.
- (João 14.7-10) “Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e
já desde agora o conheceis, e o tendes visto; Disse-lhe Felipe: Senhor mostra-nos o
30
Pai, e isso nos basta; Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo que estou convosco,
e ainda não me conheces, Felipe? Quem me viu a mim, viu o Pai; como dizes tu:
Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As
palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece
em mim, é quem faz as suas obras”; (v.20) “Naquele dia conhecereis que estou em
meu Pai, e vós em mim, e eu em vós”.
- (João 16.28) “Saí do Pai, e vim ao mundo; outra vez deixo o mundo, e vou para o
Pai”.
- (João 17.21) “para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em
ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste”.

5.2.4. Cristo é o autor da criação


O apóstolo João registra com a mais absoluta segurança que “todas as coisas
foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (João 1.3). Pode o
testemunho de um homem anular o testemunho de Deus? “De maneira nenhuma:
sempre seja Deus verdadeiro e todo o homem mentiroso (...)” (Romanos 3.4).

5.2.5. O Senhor Jesus Cristo, um presente de Deus aos homens


• Devemos ser testemunhas d’Ele onde quer que seja – (Atos 1.8) “Mas recebereis
poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas, tanto
em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra”.

• Salvação somente em Seu nome – (Atos 4.12; 16.30-31) “E em nenhum outro há


salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens,
em que devamos ser salvos; e, tirando-os para fora, disse: Senhores, que me é
necessário fazer para me salvar? Responderam eles: Crê no Senhor Jesus e serás
salvo, tu e tua casa”.
• Pessoas são curadas e libertas em Seu nome – (Atos 3.6, 16) “Disse-lhe Pedro: Não
tenho prata nem ouro; mas o que tenho, isso te dou; em nome de Jesus Cristo, o
nazareno, anda; E pela fé em seu nome fez o seu nome fortalecer a este homem que
vedes e conheceis; sim, a fé, que vem por ele, deu a este, na presença de todos
vós, esta perfeita saúde”.

• Saulo perseguia os que invocavam Jesus, seus servos também sofrerão as mesmas
perseguições – (Atos 9.21) “Todos os seus ouvintes pasmavam e diziam: Não é este
o que em Jerusalém perseguia os que invocavam esse nome, e para isso veio aqui,
para os levar presos aos principais sacerdotes?”

• Jesus é o único Salvador no qual Deus enviou aos homens. Outro não Há – (Atos
13.23) “Da descendência deste, conforme a promessa trouxe Deus a Israel um
Salvador, Jesus”.
• Em Seu nome expulsamos demônios e faremos prodígios assim como Ele mesmo fez –
(Marcos 16.14-18) “E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome
expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e se beberem
alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os
enfermos, e estes serão curados”.

• A importância do nome Jesus – (Mateus 10.22) “E sereis odiados de todos por causa
do meu nome, mas aquele que perseverar até o fim, esse será salvo”; (32-33)
“Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o
confessarei diante de meu Pai, que está nos céus; Mas qualquer que me negar
diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus”;
31
(12.21) “e no seu nome os gentios esperarão”; (18.5,20) “E qualquer que receber
em meu nome uma criança tal como esta, a mim me recebe; Pois onde se acham
dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”; (24.9) “Então
sereis entregues à tortura, e vos matarão; e sereis odiados de todas as nações por
causa de meu nome”.

• Jesus ensinou como devemos invocar a santidade de Deus, mas nunca o chamou de
Jeová – (Mateus 11.25) “Naquele tempo falou Jesus, dizendo: Graças te dou, ó Pai,
Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e
as revelaste aos pequeninos”; (26.39-42) “E adiantando-se um pouco, prostrou-se
com o rosto em terra e orou, dizendo: Meu Pai se é possível, passa de mim este
cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres”; (Marcos 14.36) dizia:
Aba, Pai, tudo te é possível; afasta de mim este cálice; todavia não seja o que eu
quero, mas o que tu queres”; (João 11.41) “Tiraram então a pedra, E Jesus,
levantando os olhos ao céu, disse: Pai, graças te dou, porque me ouviste”.

• Somos lavados, santificados e justificados em Seu nome –


(I Coríntios 6.11) “E tais fostes alguns de vós; mas fostes lavados, mas fostes
santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito
do nosso Deus”.

• O Senhor Jesus Cristo – (I Coríntios 8.6) “todavia para nós há um só Deus, o Pai, de
quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo,
pelo qual existem todas as coisas, e por ele nós também”.

Capítulo VI – A doutrina da Trindade


Algumas religiões (aquelas que não aceitam o termo
Trindade) mencionam que, Tertuliano (um dos mais
importantes e originais escritores latinos, que se converteu ao
Cristianismo) foi quem inventou a doutrina da Trindade, sendo
esta injusta e tendenciosamente má, pois Deus não é uma
Trindade.
Pergunta: Newton inventou a lei da gravidade ou
simplesmente a esclareceu? Sendo assim, façamos a mesma
pergunta relacionando a Tertuliano e a doutrina da Trindade.
Tertuliano inventou essa doutrina ou simplesmente interpretou-a?
Evidentemente a palavra Trindade não está escrita na bíblia, porém descobrir uma
verdade é oposto a inventar uma verdade. A verdade não se inventa, apenas se
descobre.

6. A Trindade nas Escrituras


Podemos interpretar a Trindade nos seguintes casos mencionados na bíblia:
_ Na conclusão ou conselho divino quanto à formação do homem; (Gênesis 1.26) “E
disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança
(...)”
_ Na conclusão divina quanto á capacidade de conhecimento do homem a respeito do
bem e do mal; (Gênesis 3.22) “Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tem
tornado como um de nós, conhecendo o bem e o mal”.
32
_ Na confusão das línguas em Babel; (Gênesis 11.7) “Eia, desçamos, e
confundamos ali a sua linguagem, para que não entenda um a língua do outro”.
_ Na visão e chamamento de Isaías para o Ministério Profético; (Isaías 6.8) “Depois
disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então
disse eu: Eis me aqui, envia-me a mim”.
_ No batismo de Jesus; (Mateus 3.16-17) “Batizado que foi Jesus, saiu logo da água;
e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito Santo de Deus descendo como
uma pomba e vindo sobre ele; e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho
amado, em quem me comprazo”.
_ Na grande comissão de Jesus; (Mateus 28.19) “Portanto ide, fazei discípulos de
todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.
_ Na distribuição dos dons espirituais; (I Coríntios 12.4-6) “Ora, há diversidade de
dons, mas o Espírito é o mesmo; E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o
mesmo; E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em
todos”.
_ Na descrição da unidade da fé; (Efésios 4.4-6) “Há um só corpo e um só Espírito,
como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só
Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre
todos, e por todos e em todos”.
_ Na eleição dos santos; (I Pedro 1.2) “eleitos segundo a presciência de Deus Pai, na
santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo:
Graça e paz vos sejam multiplicadas”.
_ Na exortação de Judas, (Judas 1.20-21) “Mas vós, amados, edificando-vos sobre a
vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo; conservai-vos no amor de Deus,
esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna”.
_ Na dedicatória das cartas enviadas ás sete Igrejas da Ásia; (Apocalipse 1.4-5) “João,
às sete igrejas que estão na Ásia: Graça a vós e paz da parte daquele que é e que
era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono; e da
parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o
Príncipe dos reis da terra, Àquele que nos ama, e pelo seu sangue nos libertou dos
nossos pecados”.

6.1. Títulos a cada pessoa da Trindade referindo-os á forma de divindades

_ A respeito do Pai: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa
da Servidão” (Êxodo 20.2).
_ A respeito do Filho: “Tomé respondeu e disse: Senhor meu e Deus meu” (João
20.28).
_ A respeito do Espírito Santo: “Disse então Pedro: Ananias, porque encheu Satanás
o teu coração, para que mentisse ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da
herdade?... Não mentiste aos homens, mas a Deus” (Atos 5.3-4).

6.2 Dons espirituais. Ainda existem?

Acerca dos assuntos bíblicos de maior relevância para o Cristão, os dons


espirituais é um dos que mais se destaca. (I Coríntios 12.1-2) “Acerca dos dons
espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes”.
O que deu Cristo aos homens, quando ascendeu ao Céu? (Efésios 4.8) “Por isso
diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, E deu dons aos homens”.
- Quais foram esses dons que Cristo deu aos homens? (I Coríntios 12.28) “E a uns pôs
Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro
doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades
de línguas”.
33
- Para que fim foram esses dons dados à Igreja? (Efésios 4.12-15) “Querendo o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de
Cristo. Até que todos cheguem à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de
Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo. Para que não
sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina,
pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes,
seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”.
- Como é a possível a unidade na diversidade dos dons? (I Coríntios 12.4) “Ora, há
diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo”.
- Para que fim é dada à manifestação do Espírito Santo através dos dons? (I Coríntios
12.7-10) “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.
Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo
Espírito, a palavra da ciência. E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo
mesmo Espírito, os dons de curar. E a outro a operação de maravilhas; e a outro a
profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas;
e a outro a interpretação das línguas”.
- Quem recebe os dons espirituais? (I Coríntios 12.11) “Mas um só e o mesmo Espírito
opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como (Ele) quer”.
- Foi porventura desígnio de Deus que todos recebessem os mesmos dons? (I Coríntios
12.29-30) “Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos
doutores? são todos operadores de milagres? Têm todos o dom de curar? falam
todos diversas línguas? interpretam todos?
- Como alcançar os dons espirituais ou receber qualquer milagre? (Hebreus 11.1) “Ora, a
fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não
se vêem”.
- Devem os dons espirituais continuar para sempre? (I Coríntios 13.8) “O amor nunca
falha, mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão;
havendo ciência, desaparecerá”.
- Quando cessarão os dons do Espírito Santo? (I Coríntios 13.10) “Mas, quando vier o
que é perfeito (Jesus Cristo), então o que o é em parte será aniquilado”.
Cristo disse-nos em (João 14.12) “Em verdade, em verdade vos digo: Aquele
que crê em mim, esse também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que
estas; porque eu vou para o Pai”.
Ainda nos dias de hoje é possível haver dons espirituais, curas e milagres, pois
ambos somente cessarão na Vinda de Cristo, pois no Céu não haverá necessidade deles,
pois toda a promessa da palavra estará cumprida.

6.2.1. O Espírito Santo

Muitas religiões negam a deidade do Espírito Santo, como sua pessoalidade,


afirmando ser ele uma "força ativa" impessoal. Um dos primeiros argumentos usados para
defender esta idéia é: Como pode o Espírito Santo ser uma pessoa, e alguém estar cheio
dele, e ele habitar em alguém sendo que é uma pessoa?
Vejamos:
Satanás é uma pessoa assim afirma a bíblia. Como pode ele habitar em alguém?
Como pode alguém estar "cheio dele"? (Lucas 22.3) “Entrou então Satanás em Judas,
que tinha por sobrenome Iscariotes, que era um dos doze”.
Todos os atributos do Espírito Santo nos fazem concluir que Ele é uma pessoa
divina e não uma ‘’força’’. Não é somente alguns atributos ou uma "personificação", pois
nada que é personificado na Bíblia tem todos os atributos que veremos a seguir, e ainda
atributos divinos. É impossível mentir ou entristecer a uma "força impessoal”. Por
exemplo, alguém consegue mentir à eletricidade? Deus não precisa de uma "força ativa",
pois é onipotente por si só! Se o Espírito Santo fosse uma "força impessoal", Deus
34
também seria, pois Deus é Espírito! "Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o
Espírito do Senhor aí há liberdade” (II Coríntios 3.17).

6.2.2. Alguns atributos pessoais e divinos do Espírito Santo

- É inteligente: (I Coríntios 2.10-11; Romanos 8.27) “Porque Deus no-las revelou pelo
seu Espírito; pois o Espírito esquadrinha todas as coisas, mesmos as profundezas
de Deus; Pois, qual dos homens entende as coisas do homem, senão o espírito do
homem que nele está? Assim também as coisas de Deus, ninguém as
compreendeu, senão o Espírito de Deus”; “E aquele que esquadrinha os corações
sabe qual é a intenção do Espírito: que ele, segundo a vontade de Deus, intercede
pelos santos”.
-Tem vontade própria:
(I Coríntios 12.11) “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas,
distribuindo particularmente a cada um como quer”.
- Pode se entristecer:
(Efésios 4.30; Isaías 63.10) “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual
fostes selados para o dia da redenção; Eles, porém, se rebelaram, e contristaram o
seu santo Espírito; pelo que se lhes tornou em inimigo, e ele mesmo pelejou contra
eles”.
- Ele fala:
(Apocalipse 2.7; Gálatas 4.6) “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às
igrejas. Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no paraíso de
Deus; E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu
Filho, que clama: Aba, Pai”.
- Ele chama:
(Atos 13.2; 20.28) “Então o pro - cônsul, vendo o que havia acontecido, creu,
maravilhando-se da doutrina do Senhor; Cuidai, pois de vós mesmos e de todo o
rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a
igreja de Deus, que ele adquiriu com seu próprio sangue”.
- Pode-se mentir a ele:
(Atos 5.3) “Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para
que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço do terreno?”
-Ele é eterno:
(Hebreus 9.14) “Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se
ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará das obras mortas a vossa
consciência, para servirdes ao Deus vivo?”.
- Ele é onisciente:
(I Coríntios 2.10-11) “Porque Deus no-las revelou pelo seu Espírito; pois o
Espírito esquadrinha todas as coisas, mesmos as profundezas de Deus; Pois, qual
dos homens entende as coisas do homem, senão o espírito do homem que nele
está? Assim também as coisas de Deus, ninguém as compreendeu, senão o
Espírito de Deus”.
- Ele é onipotente:
(Lucas 1.35) “Respondeu-lhe o anjo: Virá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do
Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o que há de nascer será chamado
santo, Filho de Deus”.
- Ele é onipresente:
(Salmos 139.7-8) “Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua
presença? Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali
estás também”.
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6.3. Resumo e considerações sobre a Trindade
A palavra "Trindade" realmente não aparece na bíblia. Os estudiosos criaram-na
para descrever os três seres que constituem Deus. Através da bíblia, Deus está presente
como sendo o Pai, o Filho e o Espírito Santo - não são três "deuses", mas sim três
pessoas do único Deus; (Mateus 28.19) “Portanto ide, fazei discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”; (II Coríntios
13.13) “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do
Espírito Santo sejam com todos vós”.
As Escrituras apresentam o Pai como à fonte da criação, que dá a vida e é Deus
de todo o universo; (João 5.26) Pois assim como o Pai tem vida em si mesmo, assim
também deu ao Filho ter vida em si mesmo; (I Coríntios 8.6) “todavia para nós há
um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só
Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por ele nós também”.
O Filho é retratado como a imagem do Deus invisível, a representação exata do
seu ser e de sua natureza, é o Messias redentor; (Filipenses 2.5-6) “Tende em vós
aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus; o qual, subsistindo em
forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar”;
(Colossenses 1.14-16) “em quem temos a redenção, a saber, a remissão dos
pecados; o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;
porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as
invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades;
tudo foi criado por ele e para ele”; (Hebreus 1.1-3) “Havendo Deus antigamente
falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas; nestes últimos
dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e
por quem fez também o mundo; sendo ele o resplendor da sua glória e a expressa
imagem do seu Ser, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder;
havendo ele mesmo feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da
Majestade nas alturas”.
O Espírito Santo é Deus agindo, Deus alcançando as
pessoas, influenciando-as, mudando-as internamente,
enchendo-as e guiando-as de seu poder divino; (João 14.26)
“Mas o Ajudador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará
em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos
fará lembrar-se de tudo quanto eu vos tenho dito”; (15.26)
“Quando vier o Ajudador, que eu vos enviarei da parte do
Pai, o Espírito da verdade, que do Pai procede, esse dará
testemunho de mim”; (Gálatas 4.6) “E, porque sois filhos,
Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho,
que clama: Aba, Pai”.

Todos os três formam uma trindade, vivendo dentro do outro e trabalhando juntos
para cumprir seu plano divino para o universo; (João 16.13-15) “Quando vier, porém,
aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará
por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas vindouras; Ele
me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará; Tudo quanto o Pai
tem é meu; por isso eu vos disse que ele, recebendo do que é meu, vo-lo
anunciará”.
São, pois, estes os dados para a doutrina da Trindade: o reconhecimento de um só
Deus, sendo feita, contudo, a distinção, dentro da Divindade, entre Pai, Filho, e Espírito
Santo.
36

Capítulo VII - A Alma e o espírito

7. O Termo alma

Representa o hebraico nephesh, que em muitas outras


passagens se traduz por “vida” ou “criatura”. Usa-se esse
vocábulo a respeito dum ser vivo; (Gênesis 17. 14) “Mas
“Mas o
incircunciso, que não se circuncidar
circuncidar na carne do prepúcio, essa
alma será extirpada do seu povo; violou o meu pacto”; (Números
9.13) “Mas
Mas o homem que, estando limpo e não se achando em
viagem, deixar de celebrar a páscoa, essa alma será extirpada
do seu povo; porquanto não ofereceu a oferta
oferta do Senhor a seu tempo determinado, tal
homem levará o seu pecado”. Também se usa esse termo referindo aos animais, como
criaturas; (Gênesis 2.19; 9.15) “Da terra formou, pois, o Senhor Deus todos os animais o
campo e todas as aves do céu, e os trouxe ao homem, para ver como lhes chamaria; e
nome”;; “então me
tudo o que o homem chamou a todo ser vivente, isso foi o seu nome”
lembrarei do meu pacto, que está entre mim e vós e todo ser vivente de toda a carne; e
as águas não se tornarão mais em dilúvio para destruir
destruir toda a carne”.
A alma como substancia distinta do corpo; (Gênesis 2.7) “E
“E formou o Senhor
Deus o homem do pó da terra, e soprou-
soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem
tornou-
tornou-se alma vivente”; (Gênesis 35.18) “Então Raquel, ao sair-
sair-lhe a alma (porque
(porque
morreu), chamou ao filho Benôni; mas seu pai chamou-
chamou-lhe Benjamim”. Note a aparente
identificação da alma enquanto vida com o sangue; (Levítico17.14 e Deuteronômio 12.23)
“Pois, quanto à vida de toda a carne, o seu sangue é uma e a mesma coisa com a sua
sua
vida; por isso eu disse aos filhos de Israel: Não comereis o sangue de nenhuma carne,
porque a vida de toda a carne é o seu sangue; qualquer que o comer será extirpado”;
“Tão somente guarda-
guarda-te de comeres o sangue; pois o sangue é a vida; pelo que não
comerás
comerás a vida com a carne”.
Podemos identificar a alma como sede dos afetos, sensações e paixões, sendo
suscetivel de:
- Angústia; (Gênesis 42.21) “Então disseram uns aos outros: Nós, na verdade,
somos culpados no tocante a nosso irmão, porquanto vimos a angústia
angústia da sua alma,
quando nos rogava, e não o quisemos atender; é por isso que vem sobre nós esta
angústia”
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- De aflição; (Levítico 16.29) “Também isto vos será por estatuto perpétuo: no
sétimo mês, aos dez do mês, afligireis as vossas almas, e não fareis trabalho algum, nem
vos”.
o natural nem o estrangeiro que peregrina entre vos”
- De desânimo; (Números 21.5) “E o povo falou contra Deus e contra Moisés: Por
que nos fizestes subir do Egito, para morrermos no deserto? “Pois aqui não há pão e não
há água: e a nossa
nossa alma tem fastio deste miserável pão”.
pão”.
- De desejo; (Deuteronômio 14.26) “E aquele dinheiro darás por tudo o que
desejares, por bois, por ovelhas, por vinho, por bebida forte, e por tudo o que te pedir a
tua alma; comerás ali perante o Senhor teu Deus, e te regozijarás, tu e a tua casa”.
casa”.
- De aborrecimento; (Salmos 107.18) “A sua alma aborreceu toda sorte de comida,
e eles chegaram até as portas da morte”.
A alma também é capaz de comunicação com Deus, sendo ela vinda Dele
(Ezequiel 18.4) “Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim
também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá”.
- Desejando-O; (Salmos 42.1, Isaías 26.9) “Como o cervo anseia pelas correntes
das águas, assim a minha alma anseia por ti, ó Deus!”; “Minha
Minha alma te deseja de noite;
sim, o meu espírito, dentro de mim, diligentemente te busca; porque, quando os teus
juízos estão na terra, os moradores do mundo aprendem justiça”.
- Regozijando-se Nele; (Salmos 35.9; Isaías 61.10) “Então minha alma se
regozijará “Regozijar--me-
regozijará no Senhor; exultará na sua salvação”; “Regozijar me-ei muito no Senhor, a
minha alma se alegrará no meu Deus, porque me vestiu de vestes de salvação, cobriu-
cobriu-me
com o manto de justiça, como noivo que se adorna com uma grinalda, e como noiva que
se enfeita
enfeita com as suas jóias”.
jóias”
- Confiando Nele; (Salmos 57.1) “Compadece-
“Compadece-te de mim, ó Deus, compadece-
compadece-te de
mim, pois em ti se refugia a minha alma; à sombra das tuas asas me refugiarei, até que
passem as calamidades”.
- Adorando-O; (Salmos 86.4, 104.1) “Alegra a alma do teu servo, pois a ti, Senhor,
elevo a minha alma”; “Bendize, ó minha alma, ao Senhor! Senhor, Deus meu, tu és
magnificentíssimo! “Estás vestido de honra e de majestade”.
- E também pecando contra Deus e fazendo mal a si própria; (Jeremias 44.7; Ezequiel
Ezequiel
18.4; Miquéias 6.7) “Agora,
“Agora, pois, assim diz o Senhor, Deus dos exércitos, Deus de Israel:
Por que fazeis vós tão grande mal contra vossas almas, para desarraigardes o homem e
a mulher, a criança e o que mama, dentre vós, do meio de Judá, a fim de não
não vos
deixardes ali resto algum”; “Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai,
assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá”; “Agradar-
“Agradar-se-
se-á o
38
Senhor de milhares de carneiros, ou de miríades de ribeiros de azeite? Darei
Darei o meu
primogênito pela minha transgressão, o fruto das minhas entranhas pelo pecado da minha
alma?”
No Novo Testamento o termo “alma” se traduz do grego “psyché”, que, como
nephesh, é muitas vezes traduzido por “vida”. Usa-se acerca do homem individual; (Atos
2.41; Romanos 13.1) “De sorte que foram batizados os que receberam a sua palavra; e
naquele dia agregaram-
agregaram-se quase três mil almas”; “Toda alma esteja sujeita às autoridades
superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem
existem foram
ordenadas por Deus”.
- Da vida animal sensitiva, com as suas paixões e desejos, distinguindo-se do
Corpo; (Mateus 10.28) “E
“E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma;
temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma
alma como o corpo” e do
espírito; (Lucas 1.46; I Tessanolicenses 5.23; Hebreus 4.12) “Disse então Maria: A minha
alma engrandece ao Senhor”; “E o próprio Deus de paz vos santifique completamente; e o
vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a
vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”; “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais
cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e
espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos
pensamentos e intenções do
coração”.
- A alma é suscetível de perder-se; (Mateus 16.26) “Pois que aproveita ao homem
se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua
alma?”
- De ser salva; (Hebreus 10.39; Tiago 1.21) “Nós, porém,
porém, não somos daqueles que
recuam para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma”;
alma”; “Pelo
que, despojando-
despojando-vos de toda sorte de imundícia e de todo vestígio do mal, recebei com
mansidão a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para
para salvar as vossas almas”.
- E de existir após a separação do corpo; (Mateus 10.28; Apocalipse 6.9; 20.4) “E
“E
não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que
pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo”; “Quando
“Quando abriu o quinto selo, vi
debaixo do altar as almas dos que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e
por causa do testemunho que deram”; “Então vi uns tronos; e aos que se assentaram
sobre eles foi dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que
que foram degolados por
causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a
sua imagem, e não receberam o sinal na fronte nem nas mãos; e reviveram, e reinaram
com Cristo durante mil anos”.
39

7.1. Definição de espírito

A palavra “espírito” no Antigo Testamento é, com duas


exceções, uma tradução do termo hebraico “ruach”, que
também tem a sua significação literal de “vento”, sendo em
muitas passagens traduzido por “sopro”, com aplicação ao ar
respirado; (Jó 17.1 e Isaías 2.22)
2.22) “O meu espírito está
quebrantado, os meus dias se extinguem, a sepultura me está
preparada!”; “Deixai-
“Deixai-vos, pois do homem cujo fôlego está no seu nariz; porque em que se
deve ele estimar?”.
estimar?”
O espírito também se refere a “fôlego de vida”; (Gênesis 6.17 e 7.15) “Porque eis
que eu trago o dilúvio sobre a terra, para destruir, de debaixo do céu, toda a carne em
que há espírito de vida; tudo o que há na terra expirará”; “Entraram para junto de Noé na
arca, dois a dois de toda a carne em que havia espírito de vvida”
ida” e (Salmos 104.29 e
Ezequiel 37.8) “Escondes o teu rosto, e ficam perturbados; se lhes tirar a respiração,
morrem, e voltam para o seu pó”; “Então ele me disse: Profetiza ao fôlego da vida,
profetiza, ó filho do homem, e dize ao fôlego da vida: Assim diz
diz o Senhor Deus: Vem dos
quatro ventos, ó fôlego da vida, e assopra sobre estes mortos, para que vivam”. Sendo
assim é naturalmente empregada a palavra espirito, acerca do principio vital, o principio
da vida animal (anirna, psyché), quer se trate de homens ou de animais; (“fôlego”,
Eclesiastes 3.19) “Pois o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede
aos brutos; uma e a mesma coisa lhes sucede; como morre um, assim morre o outro;
todos têm o mesmo fôlego; e o homem não tem vantagem sobre os brutos; porque tudo é
vaidade”;
vaidade” de homens; (Gênesis 45.27) “Quando, porém, eles lhe contaram todas as
palavras que José lhes falara, e vendo Jacó, seu pai, os carros que José enviara para
levá-
levá-lo, reanimou-
reanimou-lhe o espírito”; (Números
(Números 16.22) “Mas
“Mas eles caíram com os rostos em
terra, e disseram: ó Deus, Deus dos espíritos de toda a carne, pecará um só homem, e
indignar-
indignar-te-
te-ás tu contra toda esta congregação?”;
congregação?”; (Jó 10.12) “Vida e misericórdia me tens
espírito”;; (Salmos
concedido, e a tua providência me tem conservado o espírito” (Salmos 104.29)
“Escondes o teu rosto, e ficam perturbados; se lhes tiras a respiração, morrem, e voltam
para o seu pó”;
pó”; (Eclesiastes 12.7) “E o pó volte para a terra como o era, e o espírito volte
a Deus que o deu”;
deu”; (Isaías 38.16; 57.16) “Ó
“Ó Senhor por estas
estas coisas vivem os homens, e
restabelece--me, e faze-
inteiramente nelas está a vida do meu espírito; portanto restabelece faze-me viver”;
40
“Pois eu não contenderei para sempre, nem continuamente ficarei irado; porque de mim
procede o espírito, bem como o fôlego da vida que eu criei”.
Noutras passagens refere-se ao espirito como principio espiritual ou à alma
racional (anomus, pneuma), neste sentido é o espírito a sede das sensações e das
emoções. Ele é altivo; (Provérbios 16.18) “A soberba precede a destruição, e a altivez do
do
espírito precede a queda”,
queda” atribulado; (I Samuel 1.15) “Mas Ana respondeu: Não, Senhor
meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito; não bebi vinho nem bebida forte, porém
derramei a minha alma perante o Senhor”,
Senhor” humilde; (Provérbios 16.19) “Melhor
“Melhor é ser
ser
humilde de espírito com os mansos, do que repartir o despojo com os soberbos”,
soberbos” tornam-
se nele subjetivas as graças divinas; (Salmos 51.10; Ezequiel 11,19) “Cria
“Cria em mim, ó
Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito estável”; “E lhes darei um só
coração,
coração, e porei dentro deles um novo espírito; e tirarei da sua carne o coração de pedra,
e lhes darei um coração de carne”.
No Novo Testamento, o espírito “pneuma”, é traduzido como faculdade divinamente
concedida pela qual o homem pode pôr-se em comunhão com Deus, e distingue-se ao
próprio caráter natural “psyche”. Podemos notar essa afirmação especialmente em; (I
Coríntios 2.10-
2.10-16) “Porque Deus no-
no-las revelou pelo seu Espírito; pois o Espírito
esquadrinha todas as coisas, mesmos as profundezas de Deus; Pois,
Pois, qual dos homens
entende as coisas do homem, senão o espírito do homem que nele está? assim também
as coisas de Deus, ninguém as compreendeu, senão o Espírito de Deus; Ora, nós não
temos recebido o espírito do mundo, mas sim o Espírito que provém de Deus,
Deus, a fim de
compreendermos as coisas que nos foram dadas gratuitamente por Deus; as quais
também falamos não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras
ensinadas pelo Espírito Santo, comparando coisas espirituais com espirituais; Ora, o
homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e
não pode entendê-
entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente; Mas o que é espiritual
discerne bem tudo, enquanto ele por ninguém é discernido; Pois, quem jamais conheceu
conheceu
a mente do Senhor, para que possa instruí-
instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo”.
A Bíblia afirma claramente a existência do espírito, separado do corpo após a
morte; (Lucas 24.37-
24.37-39; Hebreus 12.23) “Mas eles, espantados e atemorizados,
pensavam que viam algum espírito; Ele, porém, lhes disse: Por que estais perturbados? E
por que surgem dúvidas em vossos corações? Olhai as minhas mãos e os meus pés, que
sou eu mesmo; apalpai-
apalpai-me e vede; porque um espírito não tem carne nem ossos, como
percebeis que eu tenho”;
tenho”; “à universal assembléia e igreja dos primogênitos inscritos nos
céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados”.
41

7.2. A diferença entre alma e espírito


Apesar das diversas traduções, é importante sabermos a diferença do conceito de
"espírito" e "alma", encontrado no texto de Gênesis 2.7,
2.7 onde nos é mencionado o
processo utilizado por Deus na criação do homem: “Então, formou o Senhor Deus ao
homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida (neshamah), e o
homem
homem passou a ser alma (nephesh) vivente”.
vivente” Deus formou o homem de dois
elementos: pó da terra e fôlego de vida. De acordo com o original, este texto seria da
seguinte forma: "Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou
nas narinas o espírito
espírito de vida (fôlego de vida), e o homem passou a ser uma pessoa
(alma) vivente".
vivente" Isto significa que no conceito Bíblico:

- Espírito é o fôlego de vida proveniente de Deus. -


Alma é a união do corpo com o fôlego de vida, ou seja, a pessoa como um todo. Isto é
apoiado pelo texto de (Deuteronômio 10.22) “Com setenta almas teus pais desceram
céu”.
ao Egito; e agora o Senhor teu Deus te fez, em número, como as estrelas do céu ”.

Para ilustrar esse conceito podemos imaginar a seguinte situação: Digamos que
você tenha uma lâmpada e não tenha eletricidade, certamente você não terá a luz.
Agora suponhamos que você tenha a eletricidade, mas não tenha a lâmpada. Da
mesma maneira continuará não tendo a luz. Para haver a luz, necessita-se ter a
lâmpada e a eletricidade; apenas uma delas não bastará. O mesmo se dá com a vida.
Para existir vida, temos de ter o corpo e o espírito (fôlego de Deus), caso contrário, não
temos vida; somos inconscientes. Como disse Jesus: “Isto dizia e depois lhes
acrescentou: Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-
despertá-lo. Disseram-
Disseram-
lhe, pois, os discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. Jesus, porém, falara com
respeito à morte de Lázaro; mas eles supunham
supunham que tivesse falado do repouso do
sono. Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu” (João 11.11-
11.11-14).
Cristo comparou a morte a um “sono”, confirmando assim o que diz Salomão:
“Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa
nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no
esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram para sempre,
sempre, não têm eles
parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol” (Eclesiastes 9:5-
9:5-6).
Portanto, diante do analisado podemos concluir: Lâmpada + eletricidade = Luz.
Lâmpada - eletricidade = Ausência de luz. Pó
da Terra (corpo) + fôlego de vida (espírito) = Alma vivente.
Pó da terra - fôlego de vida = cadáver sem vida.
42
A união do corpo com o fôlego de vida de Deus resultou numa alma vivente.
Assim, podemos ver que o homem e os animais “são almas”. O fôlego de vida
(espírito), dado por Deus, é a fonte de toda a vida; (Salmo 36.6 e Colossenses 1.17)
1.17) “A
tua justiça é como os montes de Deus, os teus juízos são como o abismo profundo. Tu,
Senhor, preservas os homens e os animais”; “Ele é antes de todas as coisas, e nele
subsistem todas as coisas”, é o mesmo de todos os animais; (Gênesis 7.22 e
Eclesiastes
Eclesiastes 3.19) “Tudo o que tinha fôlego do espírito de vida em suas narinas, tudo o
que havia na terra seca, morreu”; “Pois o que sucede aos filhos dos homens, isso
mesmo também sucede aos brutos; uma e a mesma coisa lhes sucede; como morre
um, assim morre o outro; todos têm o mesmo fôlego; e o homem não tem vantagem
sobre os brutos; porque tudo é vaidade”,
vaidade” isto quer dizer que o espírito não pode ser
algo inteligente, pois se fosse, o fôlego de vida dos animais (o espírito) teria de ser algo
racional como os humanos.

7.3. Mortalidade e imortalidade

Quando morre o corpo, o fôlego de vida não mais existe;


torna para Deus; (Eclesiastes 12.7) “e o pó volte para a terra
como o era, e o espírito volte a Deus que o deu”. Sendo que este
espírito (sopro ou fôlego de vida) não é algo pensante, na morte o
ser humano e toda criatura vivente deixa de existir
(conscientemente).
De acordo com as Escrituras, o único que possui a imortalidade é Deus: “a qual,
único
em suas épocas determinadas, há de ser revelada pelo bendito e ú nico Soberano, o
Rei dos reis e Senhor dos senhores; o único que possui imortalidade, que habita em
luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e
poder eterno.
eterno. Amém!” (I Timóteo 6.15-
6.15-16). Isto se dá porque, para que o homem fosse
eterno, ele teria de obedecer a Deus para ter livre acesso á árvore da vida que
perpetua a existência. Como o homem pecou (comendo o fruto da árvore da ciência do
bem e do mal), Deus o expulsou do Éden, e ele não pode comer mais da árvore da
vida, tornando-se assim mortal; (Gênesis 3.22-
3.22-24).
Se já fôssemos imortais, não haveria necessidade de Adão ter comido da árvore
da vida, e nós de a comermos no céu; (Gênesis 2.16-
2.16-17; 3.23-
3.23-24). Como seríamos
43
imortais sendo que Deus privou o homem de comer da árvore da vida? O homem foi
criado com a imortalidade; mas esta era “condicional” à obediência a Deus.

No céu, quando Jesus voltar e nos levar com ele, iremos comer da árvore da vida
para sermos imortais: “No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio,
rio, está a
árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas
da árvore são para
para a cura dos povos” (Apocalipse22.2); “Bem - aventurados aqueles
direito
que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à
árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas” (Apocalipse 22.14); “E
“E, se alguém tirar
qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore
da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro” (Apocalipse
22.19). Se já tivéssemos uma alma ou espírito imortal, não haveria necessidade disto.

Se o espírito ou alma após a morte já estivessem no céu ou inferno (vivendo de


um modo imaterial), porque Jesus iria vir nos buscar? A ressurreição é uma prova de
que a pessoa ainda não está no céu ou inferno na morte; se Jesus vem ressuscitar a
pessoa para levá-la ao céu, é sinal de que ela ainda não está lá.

7.3.1 O sentido bíblico e doutrinário da morte

- A morte como o salário do pecado; (Romanos


(Romanos 6.23). O
pecado no contexto desse versículo é representado pela
cruel figura de um feitor de escravos que dá a morte como
pagamento. O salário requerido pelo pecado é por
merecimento a morte. Como pagamento, a morte não
aniquila o pecador. A verdade que a bíblia nos ensina que a
morte física não é uma simples cessação da existência, mas
uma conseqüência dolorosa pela prática do pecado, que é
seu pagamento, a sua justa retribuição. Quando morre, o pecador está ceifando na
forma de corrupção aquilo que plantou na forma de pecado; (Gálatas 6.7-
6.7-8) “Não vos
enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso
também ceifará; Porque quem semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas
quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará
ceifará a vida eterna”; (II Coríntios 5.10) “Porque
é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que
cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou o bem ou o mal”.
Portanto, a morte física é o primeiro efeito externo e visível da ação do pecado;
(Gênesis 2.17) “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás;
44
porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”; (I Coríntios 15.21)
“Porque, assim como por um homem veio a morte, também por
por um homem veio a
ressurreição dos mortos”; (Tiago 1.15) “então a concupiscência, havendo concebido,
dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte”.

- A morte é sinal e fruto do pecado. O homem vive inevitavelmente dentro da esfera da


morte e não pode fugir da condenação. Somente quem tem Cristo e o aceitou está fora
dessa esfera. Só em Cristo o homem consegue salvar-se do poder da morte eterna.
Tiago mostra uma relação entre o pecado e a morte, quando diz: “Mas cada um é
tentado, quando atraído
atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois a
concupiscência concebida, dá á luz o pecado; e o pecado consumado, gera a morte”
(Tiago 1.14-
1.14-15). O pecado, portanto, frutifica e gera a morte.

- A morte foi vencida por Cristo no Calvário. A resposta única, clara, evidente e
independente de quaisquer idéias filosóficas a respeito da morte é a Palavra de Deus
revelada e pronunciada através de Cristo Jesus no calvário, Ele é a última palavra e a
única solução para o problema do pecado e a crueldade da morte; (Romanos 5.17)
“Porque, se pela ofensa de um só, a morte veio a reinar por esse, muito mais os que
recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só,
Jesus Cristo”.

7.3.2. Morte espiritual e morte eterna

A morte espiritual tem dois sentidos na perspectiva bíblica: Positivo e negativo.

No sentido negativo, a morte pode se expressar como “morte no pecado” é um


estado de separação da comunhão com Deus. Significa estar debaixo do pecado, sob
o seu domínio; (Efésios 2.1,5)
2.1,5) “Ele vos vivificou, estando vós mortos nos vossos delitos
e pecados; estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com
Cristo (pela graça sois salvos)”. O seu efeito é presente e futuro. No presente refere-se
a uma condição temporal de que está separado da vida de Deus (Efésios 4.18)
“entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há
neles, pela dureza do seu coração”. No futuro refere-se ao estado de eterna separação
de Deus, o que acontecerá no Juízo Final; (Mateus 25.46) “E irão eles para o castigo
eterno, mas os justos para a vida eterna”.

No sentindo positivo é a morte espiritual experimentada pelo crente em relação


ao mundo, isto é, a sua pena do pecado foi cancelada e, agora vive livre do domínio do
45
pecado (Romanos 6.14) “Pois o pecado não terá domínio sobre vós, porquanto não
estais debaixo da lei, mas debaixo da graça”. Quanto ao futuro, o verdadeiro cristão
terá a vida eterna, ou seja, a redenção do corpo do pecado; (Apocalipse 21.27; 22.15)
“E não entrará nela coisa alguma impura, nem o que pratica abominação ou mentira;
mas somente os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro; Ficarão de fora os
pratica
cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras, e todo o que ama e pratic a
a mentira”.

A morte eterna é chamada de segunda morte, porque a primeira é a física;


(Apocalipse 2.11) “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. O que
vencer, de modo algum sofrerá o dado da segunda morte”. Ela é identificada como
punição do pecado; (Romanos 6.23) “Porque o salário do pecado é a morte, mas o
dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor”. Também é
denominado castigo eterno, a eterna separação da presença de Deus, não há
possibilidade de arrependimento e perdão (Mateus 25.46). Analisaremos essa questão
no tópico IX.

7.3.3. O estado do homem na morte

Na Bíblia, a morte é comparada a um “sono” cerca de cinqüenta e três vezes,


indicando assim o estado de inconsciência dos mortos até a volta de Jesus (Salmo 6.5)
“Pois na morte não há lembrança de ti; no Seol quem te louvará?”; (13.3) “Considera e
responde-
responde-me, ó Senhor, Deus meu; alumia os meus olhos
olhos para que eu não durma o
sono da morte”.
morte”. Outros versículos também mencionam essa idéia (Salmos 88.10-
88.10-12;
115.17; Isaías
Isaías 38.18-
38.18-19; Eclesiastes 9.5-
9.5-6 e 10; I Tessalonicenses 4.13-
4.13-16).

A Bíblia não apóia a doutrina popular de que os mortos permanecem conscientes


até a ressurreição, pelo contrário, enfaticamente refuta tal ensinamento (Salmos
115.17; Eclesiastes 9.5) “Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao
silêncio”; “Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa
nenhuma, nem tampouco
tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua memória
ficou entregue ao esquecimento”. Emprega-se comumente o verbo dormir como
símbolo da morte (I Coríntios 15.51) “Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos
dormiremos,
dormiremos, mas todos seremos transformados”,
transformados”, ver também; (I Tessanolicenses
4.13-
4.13-17; etc).
etc)
46
A declaração de Jesus, que consolava a seus discípulos com a idéia de que eles
voltariam a estar com ele na ocasião de sua segunda vinda e não na morte,
morte ensina
claramente que o “sono” não é uma comunicação consciente dos justos com o Senhor
(João 14.1-
14.1-3). Do mesmo modo, Paulo explicou que ao produzir-se o segundo advento,
todos os justos que então estão vivos e os mortos que ressuscitarão neste momento se
unirão simultaneamente com Cristo, sem que os vivos precedam os mortos; (I
Tessanolicenses 4.16-
4.16-17) “Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande
brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo
arrebatados
ressuscitarão primeiro; Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados
juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares,
ares, e assim estaremos
para sempre com o Senhor”.

Se a morte fosse um começo de uma nova existência, não poderia ser chamada
pelas Escrituras de nossa “inimiga” (I Coríntios 15.26) “Ora, o último
último inimigo a ser
destruído é a morte”;
morte” teria de ser chamada de amiga, pois estaria nos ajudando a ir
para o paraíso.

7.3.4. Reflexões sobre imortalidade

Se a pessoa ao morrer fosse para o céu ou para o inferno, que necessidade


haveria de Jesus voltar e nos ressuscitar, se já estivéssemos nesse plano espiritual?
(os de Cristo, na sua vinda - I Coríntios 15.23) “Cada um, porém, na sua ordem: Cristo
as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda”. É ilógico Jesus enviar-nos do
céu 'em espírito' para a sepultura para depois ter de ressuscitar.

Ao morrermos não iremos para o céu, pois em (Hebreus 11.39-


11.39-40) os heróis da fé
ainda não obtiveram a concretização da promessa, pois Deus não quer que sem nós
eles sejam aperfeiçoados. (I Coríntios 15.20) “Mas na realidade Cristo foi ressuscitado
dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem”.

Jesus diz ser a morte um sono (João 11.11-


11.11-14).
14). Como harmonizar a doutrina da
imortalidade da alma com o texto de (Mateus 16.27),
16.27) no qual diz que “a recompensa
será dada quando Jesus voltar”? Se estivessem os mortos no céu, já teriam recebido a
recompensa.

Tal doutrina (vida após a morte) não se harmoniza com a doutrina do Juízo.

Jesus disse em (João 11.25) “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim,
ainda que esteja morto, viverá”, Ele não disse: “... ainda que morra, vive...” ao
47
contrário, Ele declarou que no futuro trará da sepultura aqueles que morreram nele.
(João 5.28-
5.28-29) “Não vos admireis disso, porque vem a hora em que todos os que estão
nos sepulcros
sepulcros ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a
ressurreição da vida, e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo”.
Porém os mortos sairão do sepulcro não em corpo material, pois este ao pó retornou, e
junto com aqueles que estiverem vivos serão transformados em corpo espiritual no
arrebatamento (I Tessanolicenses 4.16-
4.16-17).

7.3.5. Quando receberemos a imortalidade?

Em (João 5.24) o Senhor Jesus diz que ao cremos nele, temos a imortalidade
garantida. Mas isto não significa que hoje tenhamos recebido a imortalidade. Isto fica
claro nos seguintes textos, onde se afirma que a receberemos quando Jesus voltar e
ressuscitar os justos: “Disse-
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em
mim, ainda que
que morra, viverá” (João 11.25); “E serás bem-
bem-aventurado, pelo fato de não
terem eles com que recompensar-
recompensar-te; a tua recompensa, porém, tu a receberás na
ressurreição dos justos” (Lucas 14.14); “De fato, a vontade de meu Pai é que todo
homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último
dia” (João 6.40). Outros versículos concluem que a
idéia de imortalidade somente se dará quando Cristo voltar: “Ora, todos estes que
obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo,
contudo, a concretização da
promessa, por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem
nós, não fossem aperfeiçoados” (Hebreus
Hebreus 11.39-
11.39-40).

“Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de
Cristo, na sua vinda” (I Coríntios 15.23). “Não queremos, porém, irmãos, que sejais
ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os
demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou,
assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora,
ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até a
vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor
mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida
ouvida a voz do arcanjo, e ressoada à trombeta
de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós,
os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens,
para o encontro do Senhor nos ares, e, assim,
assim, estaremos para sempre com o Senhor”
(I Tessanolicenses 4.13-
4.13-17).
48

7.3.6. Conceitos finais sobre alma, espírito, morte, vida e castigo eterno

A partir da leitura, conclui-se que, o homem é formado por três componentes:


Corpo (pó da terra) /Espírito (fôlego) e Alma (Vida do corpo). Na morte, o corpo sendo
pó ao pó retorna, o espírito volta a Deus quem o deu, e alma permanece inconsciente
(dormindo), até o dia da volta de Cristo onde será ressuscitada e terá parte na árvore
da vida onde alcancará sua imortalidade, ler; (Mateus 10.28).

É necessário que os filhos de Deus se abstenham de toda espécie de mal, para


que Deus os santifique e os conserve até a vinda de Cristo para a salvação (I
Tessanolicenses 5.22-
5.22-23), (I Pedro 2.11).
2.11) Após a morte a alma apenas adormece
ficando inconsciente, se mantendo incorrupta (II Timóteo 1.10),
1.10) pois o corpo não tem
mais vida para sustentá-la, sabendo que, é a alma a que Cristo virá ressuscitar para o
Juízo e não o corpo já decomposto. Os que estiverem vivos serão transformados. A
morte é a prova máxima da fé cristã, que produz aos cristãos uma consciência de
vitória (I Pedro 4.12-
4.12-13). Os sofrimentos e aflições dessa vida são temporais, e
aperfeiçoa nossa esperança para enfrentar a morte física, que se constitui um passo
para a vida eterna. Ela se torna a porta que se abre para o céu de glória a nós
reservado. A bíblia consola o cristão acerca dos mortos em Cristo quando declara que
a morte do crente é “agradável aos olhos do Senhor” (Salmos 116.15). Diz também
que morrer em Cristo é estar “presente com o Senhor” (II Coríntios 5.8).
49
Capítulo VIII – O Céu

8. Céu ou Terra Reformada? Onde os justos habitarão após a vinda de


Cristo?

Há muito tempo atrás, em meio ao sofrimento e à morte,


Jó perguntou: "Morrendo o homem, porventura tornará
a viver?". Séculos se passaram antes de haver a
resposta certa e final dada por Jesus Cristo: "Disse-lhe
Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em
mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê
em mim jamais morrerá. Crês isto?" (João 11.25-26).
Na véspera da Sua crucificação, Jesus disse aos Seus
discípulos: "Na casa de meu Pai há muitas moradas.
Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou
preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar
lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para
que, onde eu estiver, estejais vós também" (João 14.2-3).
O conceito de céu é fora do alcance da nossa compreensão; (I Coríntios 2.9)
“Mas, como está escrito: As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram,
nem penetraram o coração do homem, são as que Deus preparou para os que o
amam.”
O céu é descrito em (Isaías 65.21-23) “E eles edificarão casas, e as habitarão;
e plantarão vinhas, e comerão o fruto delas. Não edificarão para que outros
habitem; não plantarão para que outros comam; porque os dias do meu povo serão
como os dias da árvore, e os meus escolhidos gozarão por longo tempo das obras
das suas mãos: Não trabalharão debalde, nem terão filhos para calamidade; porque
será a descendência dos benditos do Senhor, e os seus descendentes estarão com
eles”.
Haverá paz até no reino animal; (Isaías 65.25) “O lobo e o cordeiro juntos se
apascentarão, o leão comerá palha como o boi; e pó será a comida da serpente.
Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor.”
Os deficientes serão curados; (Isaías 35.5-6) “Então os olhos dos cegos serão
abertos, e os ouvidos dos surdos se desimpedirão. Então o coxo saltará como o
cervo e a língua do mudo cantará de alegria”.
Deus viverá com o Seu povo e não haverá mais morte, lamento ou dor;
(Apocalipse 21.3-4) “E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o
tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o
seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Ele enxugará de seus olhos toda lágrima;
e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já
as primeiras coisas são passadas.”
Cristo estaria equivocado ou mentindo, ao dizer que iria nos preparar um lugar para
voltar e levar seus escolhidos para estar juntamente com Ele?
A terra prometida a ser herdada pelos mansos e justos, nada mais é, que, a Nova
Jerusalém a ser estabelecida por Deus; (Apocalipse 21.1-3) “E vi um novo céu e uma
nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a primeira terra, e o mar já não
existe; E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus,
adereçada como uma noiva ataviada para o seu noivo; E ouvi uma grande voz,
vinda do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois
com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles”.
A promessa não é morar em uma terra renovada, mas sim em uma terra preparada
aos que vencerem toda a tribulação, engano e pecado. (Apocalipse 3.12) “A quem
vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, donde jamais sairá; e escreverei
50
sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova
Jerusalém, que desce do céu, da parte do meu Deus, e também o meu novo nome”.

8.1. O Céu é:

a) Lugar eterno:
“Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da
parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus" (II Coríntios
5.1); “O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; cetro de eqüidade é o cetro do teu
reino” (Salmos 45.6); “O teu reino é o de todos os séculos, e o teu domínio subsiste
por todas as gerações. O SENHOR é fiel em todas as suas palavras e santo em
todas as suas obras" (Salmos 145.13).
b) Alto lugar:
“Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de
Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de
espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos"
(Isaías 57.15).
c) Lugar de paz, sem fome, sem tristeza, dores e choro:
“Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor
algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os
guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda
lágrima" (Apocalipse 7.16-17).

8.2. Quem são os 144.000 selados?


(Apocalipse 7.4) “E ouvi o número dos que foram assinalados com o selo,
cento e quarenta e quatro mil de todas as tribos dos filhos de Israel”. Observemos
que todas estas pessoas são israelitas, nos versos seguintes cita: (v.5-8) “Da tribo de
Judá havia doze mil assinalados; da tribo de Rúben, doze mil; da tribo de Gade,
doze mil; da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Naftali, doze mil; da tribo de
Manassés, doze mil; da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi, doze mil; da
tribo de Issacar, doze mil; da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi, doze mil;
da tribo de Issacar, doze mil”.
Nestes versículos do livro da revelação, cumprir-se-á a profecia do profeta Isaías
que diz: “E acontecerá naquele dia que o resto de Israel, e os que tiverem escapado
da casa de Jacó, nunca mais se estribarão sobre aquele que os feriu; antes se
estribarão lealmente sobre o Senhor, o Santo de Israel; Um resto voltará; sim, o
resto de Jacó voltará para o Deus forte; Porque ainda que o teu povo, ó Israel, seja
como a areia do mar, só um resto dele voltará. Uma destruição está determinada,
trasbordando de justiça” (Isaías 10.20-22).
Os 144.000 são "O REMANESCENTE DE ISRAEL", os que se CONVERTERÃO A
JESUS!
(Apocalipse 14.1-5) “E olhei, e eis que estava o Cordeiro em pé sobre o Monte
Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que traziam na fronte escrito o nome
dele e o nome de seu Pai; E ouvi uma voz do céu, como a voz de muitas águas, e
como a voz de um grande trovão e a voz que ouvi era como de harpistas, que
tocavam as suas harpas; E cantavam um cântico novo diante do trono, e diante dos
quatro seres vivente e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico,
senão os cento e quarenta e quatro mil, aqueles que foram comprados da terra;
Estes são os que não se contaminaram com mulheres; porque são virgens. Estes
são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vá. Estes foram comprados
dentre os homens para serem as primícias para Deus e para o Cordeiro; E na sua
51
boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis”. Sabendo que Israel no
velho testamento principalmente no livro de Jeremias, é chamado de Prostituta/Meretriz,
esses foram aqueles que não se contaminaram com tal pecado, permanecendo fiéis,
sendo eles o restante do Povo de Israel.
João, após mencionar os 144.000, nos versículos 9-10 diz: “Depois destas coisas
olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações,
tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e em presença do
Cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmas nas mãos; e clamavam
com grande voz: Salvação ao nosso Deus, que está assentado sobre o trono, e ao
Cordeiro”.
O verdadeiro cristão não deve esperar que esta terra seja transformada para ser
habitada, pois Cristo está nos preparando um reino além deste mundo perecível;
(Filipenses 3.20) “Mas a nossa pátria está nos céus, donde também aguardamos um
Salvador, o Senhor Jesus Cristo”.

8.3. O reino de Deus


Quando perguntado sobre a vinda do Reino de Deus, respondeu o Senhor Jesus:
"O Reino de Deus está dentro de vós" (Lucas 17.21).
O reino de Deus na Terra é um reino celestial. O evangelho de Mateus usa a
expressão “reino dos céus” mais de trinta vezes. Quase todas as vezes se refere ao reino
que está próximo; “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mateus
3:2).
Jesus pregou a maravilhosa mensagem da chegada iminente do reino. “Percorria
Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e
curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo” (Mateus 4.23).
A palavra de Deus e a palavra do reino podem ser usadas indiferentemente; “A
todos os que ouvem a palavra do reino e não a compreendem, vem o maligno e
arrebata o que lhes foi semeado no coração. Este é o que foi semeado à beira do
caminho” (Mateus 13.19); (Lucas 8.11) “É, pois, esta a parábola: A semente é a
palavra de Deus”.
Os discípulos são guiados pela “doutrina dos apóstolos” (Atos 2.42), porque Deus
lhes deu a honra de ordenar a vontade do céu sobre os cidadãos do reino na terra;
(Mateus 18.18) “Em verdade vos digo: Tudo quanto ligardes na terra será ligado no
céu; e tudo quanto desligardes na terra será desligado no céu”. E por essa razão,
Jesus disse aos seus discípulos: “Assim como meu Pai me confiou um reino, eu vo-lo
confio” (Lucas 22.29).
O domínio do Rei Jesus Cristo chegou às mentes e corações do povo de Deus
durante o primeiro século. E lhes disse: “Em verdade vos afirmo que, dos que aqui se
encontram, alguns há que, de maneira nenhuma, passarão pela morte até que vejam
ter chegado com poder o reino de Deus” (Marcos 9.1). Homens e mulheres ouviram a
mensagem do reino e se tornaram cidadãos do reino do Senhor; “Ele nos libertou do
império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor”
(Colossenses 1.13).
O reino dos céus na terra não é um reino terrestre. Jesus disse: “O meu reino não
é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se
empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o
meu reino não é daqui” (João 18.36). O que significa “não é deste mundo”?
“Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes
respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui!
Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós” (Lucas 17.20-21); “Porque
o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito
Santo” (Romanos 14.17).
52
O que é o reino? Reino significa monarquia, império, poder real, domínio.
Portanto, o governo do céu chegou a terra. Mas o reino celestial não é como os reinos
mundanos. O governo de Deus se dirige ao coração do homem. Deus governa seu povo
em seu Filho pela concepção moral que é dada através de escritos sagrados, a Bíblia.
Os cidadãos do reino são aqueles que pelo batismo, morrem para o mundo e
nascem para Cristo. “A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que,
se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus... Em verdade, em
verdade te digo: Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino
de Deus” (João 3.3-5). “Tendo purificado a vossa alma pela vossa obediência à
verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração uns aos
outros ardentemente, pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de
incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente” (I Pedro 1.22-
23).
Os cidadãos do reino de Deus deixam que a palavra Dele tenha domínio sobre
suas vidas. Eles seguem a Bíblia e formam hoje, coletivamente, o território da nação de
Deus. Assim, nesse sentido, eles são o território que Deus governa. Sendo que toda a
autoridade e domínio pertencem a Cristo; “Jesus, aproximando-se, falou-lhes,
dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mateus 28.18). Assim,
quando se olha para a palavra reino, deve-se primeiro estar se lembrando do rei que
governa. A igreja e o reino são intimamente ligados, mas não são palavras sinônimas.
Reino destaca o governo do Rei e igreja salienta o povo de Deus que está sob o governo
de seu Senhor e Rei, Jesus Cristo.
Ressaltando que quando Cristo ensinou o modo de orar dizendo: “Pai nosso que
estás no Céu; Santificado seja o Teu nome; venha o teu Reino...”, Ele se referia ao Reino
como forma de estarmos buscando de Deus: A justiça, a paz e a alegria no Espírito Santo
(Romanos 14.17).
53
Capítulo IX. O Inferno

9. O inferno existe?
“Os perversos serão lançados no inferno, e todas as
nações que se esquecem de Deus” (Salmos 9.17). A
Bíblia afirma também que na volta do Mestre Jesus, todos
serão ressuscitados, os justos para a Glória e os injustos
para o castigo eterno (Inferno):
(Mateus 25.31-46) “Quando, pois vier o Filho do
homem na sua glória, e todos os anjos com ele, então
se assentará no trono da sua glória; e diante dele
serão reunidas todas as nações; e ele separará uns
dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos
cabritos; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda; Então dirá o
Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde benditos de meu Pai. Possuí por herança
o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e
me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me
acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e
fostes ver-me; Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com
fome, e te demos de comer? Ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos
forasteiro, e te acolhemos? Ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou na
prisão, e fomos visitar-te? E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que,
sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a
mim o fizestes; Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos
de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos; porque
tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; era
forasteiro, e não me acolhestes; estava nu, e não me vestistes; enfermo, e na
prisão, e não me visitastes; Então também estes perguntarão: Senhor, quando te
vimos com fome, ou com sede, ou forasteiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e
não te servimos? Ao que lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o
deixaste de fazer a um destes mais pequeninos, deixastes de fazê-lo a mim; E irão
eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna”.
A existência do Inferno é incontestável! O verdadeiro Servo é aquele que está na
presença do Pai, não pelo medo do inferno, mas sim, pelo prazer e satisfação de honrar e
glorificar ao Senhor Deus.
A palavra “inferno” na Bíblia tem significados que variam de acordo com o texto em
que é citado. Existem quatro palavras usadas nas escrituras que traduzidas representam
“Inferno”:
- SHEOL: O mundo dos mortos; (Deuteronômio 32.22; Salmos 9.17).
- HADES: É a forma grega para o Hebraico SHEOL; (Mateus 11.23; Lucas 10.15;
Apocalipse 6.8).
- GEHENNA: Termo usado para designar um lugar de suplicio eterno; (Mateus 5.22,29-
30; Lucas 12.5).
- TARTAROO: O mais profundo do abismo no HADES, e significa encerrar no suplicio
eterno; (II Pedro 2.4; Daniel 12.2).

9.1. Descrições sobre o Inferno


a) Castigo eterno: "E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida
eterna" (Mateus 25.46).
b) Fogo eterno: "Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda:
Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus
54
anjos" (Mateus 25.41).
c) Chamas eternas e Fogo devorado: "Os pecadores em Sião se assombram, o tremor
se apodera dos ímpios; e eles perguntam: Quem dentre nós habitará com o fogo
devorador? Quem dentre nós habitará com chamas eternas?" (Isaías 33.14).
d) Fornalha acesa: "Mandará o Filho do Homem os seus anjos, que ajuntarão do seu
reino todos os escândalos e os que praticam a iniqüidade e os lançarão na fornalha
acesa; ali haverá choro e ranger de dentes... Assim será na consumação do século:
sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha
acesa; ali haverá choro e ranger de dentes.” (Mateus 13.41,42, 49,50).
e) Lago de fogo (Geena): "E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse
foi lançado para dentro do lago de fogo" (Apocalipse 20.15).
f) Fogo e enxofre: "Seguiu-se a estes, outro anjo, o terceiro, dizendo, em grande voz:
Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na fronte ou sobre a
mão, também esse beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do
cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e
na presença do Cordeiro" (Apocalipse 14.9-10).
g) Fogo que não apaga: "A sua pá, ele a tem na mão e limpará completamente a sua
eira; recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível"
(Mateus 3.12).
h) Lugar de punição: "Ora, se Deus não poupou anjos quando pecaram, antes,
precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para
juízo;" (II Pedro 2.4).
i) Lugar de tormento: "No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao
longe a Abraão e Lázaro no seu seio" (Lucas 16.23). Nesse caso, Cristo ensinou em
parábola sobre o inferno, e não afirmou que o homem sendo injusto quando morre irá
diretamente para o inferno, assim como o justo não irá para o céu, todos aguardarão o dia
do Juízo.
Dentro os versículos mencionados, ainda há muitos outros que citam a realidade
do inferno preparado para Satanás, seus anjos e todos que andarem indiferentes á
palavra de Deus. (Deuteronômio 32.22; Salmo 9.17; Provérbios 5.5; 9.18; 27.20;
Mateus 5.22-29; Mateus 23.15,33; Lucas 10.15; 12.5; Tiago 3.6; Apocalipse 1.18;
20.14).
O amor de Deus é tão grande que temos a oportunidade de escolher através do
livre arbítrio um destino para nossa alma após a vinda de Cristo.
Deus possui grande amor por todos. Quando Ele destruiu a humanidade pela
primeira vez no dilúvio, todos tiveram a oportunidade de se salvarem através da arca
construída por Noé. Aqueles que não aceitaram entrar nela, se perderam em meio à
destruição. Hoje em dia, a palavra é clara ao dizer que o Fim Vem! “Pois Eu os chamei,
e vocês nem responderam; falei, e não me deram ouvidos" (Isaías 65.12). Existe um
lugar reservado para aos justos como analisamos no tópico VIII, e também terá um lugar
reservado aos injustos que não deram ouvidos à palavra de Deus. É uma questão de
escolha, Cristo nos ensinou que existem apenas dois caminhos.
55
Capítulo X – Morte e ressurreição

10. A visão do Novo Testamento


Enquanto no Velho Testamento a morte é um evento pessoal, no Novo Testamento
é um tema teológico. Por causa do primeiro pecado de Adão e Eva, o homem foi
separado de Deus e essa separação trouxe a morte ao mundo. Cada pessoa depois de
Adão seguiu seus passos.
O apóstolo Paulo escreve "todos pecaram e carecem da glória de Deus"
(Romanos 3.23). Todos merecem morrer e uma vez que cometem pecado não são mais
merecedores de uma relação com Deus. Quando o Novo Testamento fala sobre morte,
está falando de viver uma vida sem Deus; seus escritores sabiam que a morte afeta todos
os aspectos da vida. Sem Deus, vive-se com medo da morte e alguém que vive sem
Cristo está espiritualmente morto.
Muitos assimilam a morte como um poder demoníaco que governava o mundo até
que Cristo, o único que teve poder para vencê-la em favor de todas as pessoas volte e ela
nunca mais exista.
Quando Cristo morreu, foi enterrado e ressuscitou ao terceiro dia, o poder que a
morte tinha sobre o mundo foi permanentemente quebrado.
O Novo Testamento descreve a vitória de Jesus sobre a morte de várias maneiras.
Em (Filipenses 2.8) lemos que Jesus foi obediente à morte. Em outra epístola, Paulo diz
que "Ele morreu por todos" como sacrifício pelo pecado de todas as pessoas (II
Coríntios 5.15). Pedro descreve como Jesus desceu ao Hades (mundo dos mortos) para
conquistá-la (I Pedro 3.18-19).
Sendo o único ser imortal, Deus é a fonte de toda a vida, e somente podemos viver
se tivermos um relacionamento com Ele.
A ressurreição de Cristo proporciona às pessoas a oportunidade de restaurar sua
comunhão com Deus. "Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas
já passaram, eis que se fizeram novas” (II Coríntios 5.17). Todas as pessoas que
estabelecem um compromisso real com Jesus passam imediatamente da morte para a
vida, e todas que obedecem as palavras de Deus terão a vida eterna. A morte só se dará
uma vez vindo após isso o Juízo (Hebreus 9.27).

10.1 Ressurreição
A palavra ressurreição vem de duas palavras gregas (anastasis e egeiró), que
indicam em sua tradição: “tornar a vida”, “erguer-se”, “levantar-se”, “despertar” e
“acordar”.

10.1.2. Interpretando (Mateus 27.52-53)


“Os sepulcros se abriram, e muitos corpos de santos que tinham dormido
ressurgiram; e, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na
cidade santa, e apareceram a muitos”.
Muitos comentaristas bíblicos acham que esses corpos tornaram a vida, e estão no
céu ou no paraíso. No entanto, os eruditos admitem que o sentido e a tradução correta
destes versículos são extraordinariamente difíceis. Na realidade, há motivo para se crer
que, quando Jesus morreu, o terremoto acompanhante rachou alguns túmulos perto de
Jerusalém e assim expôs os cadáveres aos transeuntes.
Mas, se houve uma ressurreição quando Jesus morreu, conforme sugerem estas e
outras traduções; teriam os ressuscitados esperado até depois da própria ressurreição de
Jesus no terceiro dia, antes de saírem dos seus sepulcros? Por que ressuscitaria Deus a
56
tais “santos” nesta ocasião, uma vez que Jesus é quem devia ser “o primogênito dentre
os mortos”? (Colossenses 1.18; I Coríntios 15.20).
Também, é durante a futura presença de Cristo que cristãos ungidos ou “santos”
devem participar da primeira ressurreição; (I Tessanolicenses 3.13) “para vos
confirmar os corações, de sorte que sejam irrepreensíveis em santidade diante de
nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus com todos os seus santos”
(4.14-17; Apocalipse 20.5-6).
Algo similar aconteceu na cidade de Sonson, na Colômbia, em 1962. El Tiempo (31
de julho de 1962) noticiou: “Duzentos cadáveres no cemitério desta cidade foram
lançados fora de seus túmulos pelo violento tremor de terra. Pessoas que passavam por
ali ou através daquele cemitério viram os cadáveres, e, em resultado, muitos de Sonson
tinham de ir para lá e enterrar de novo seus parentes falecidos”.
Sem violação da gramática grega, pode-se traduzir (Mateus 27.52-53), dum modo
que sugira que houve uma exposição similar de cadáveres em resultado do terremoto que
houve por ocasião da morte de Jesus.
O verbo grego egeiró, que também significa “levantar”, nem sempre se refere a
uma ressurreição (tornar-se a viver). Entre outras coisas, ele pode também significar
“levantar para fora” de uma cova ou “levantar-se” do chão.
Este modo de encarar o ocorrido harmoniza-se com ensinos bíblicos. Em
(I Coríntios 15), o apóstolo Paulo apresenta provas convincentes da ressurreição, mas
não menciona de modo algum (Mateus 27.52-53). O mesmo faz todos os outros
escritores da Bíblia (Atos 2.32-34).
Os cadáveres levantados por ocasião da morte de Jesus não podiam ter tornado a
viver, pois, no terceiro dia depois disso, Jesus se tornou “o primogênito dentre os
mortos” (Colossenses 1.18). Cristo prometeu aos cristãos ungidos, também chamados
“santos”, a terem parte na primeira ressurreição durante a Sua presença, não no primeiro
século; (I Tessalonicenses 3.13; 4.14-17).
Junto com o rasgar do véu do templo, que separava o Santo do Santíssimo, o
violento tremor de terra, no qual expôs cadáveres que em pouco tempo foram vistos por
viajantes que levaram a notícia a Jerusalém, serviu de prova adicional de que Jesus não
era mero criminoso executado por uma contravenção. Ele era o Messias, aquele que em
breve seria o primogênito dentre os mortos destinados à futura vida celestial.
Os mortos que não fizeram o concerto com Cristo, ressuscitarão ao final do Milênio,
no fim do reinado milenar de Jesus Cristo. Ressuscitarão para receberem a condenação
eterna. "Muitos dos que dormem no pó da terra ressurgirão, uns para a vida eterna,
e outros para a vergonha e desprezo eterno" (Daniel 12.2); "Mas os outros mortos
não reviveram, até que os mil anos se completassem" (Apocalipse 20.5); “Não vos
admireis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros
ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida,
e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (João 5.28-29).
Todavia, os que morrerem em Cristo, ou seja, os filhos de Deus ressuscitarão na segunda
vinda de Jesus (I Tessalonicenses 4.16-17).

10.1.3. A natureza dos corpos ressurretos


Não importa como os corpos foram sepultados, se em covas na terra, no fundo de
mares e rios ou queimados. Na realidade, a ressurreição se dará para as almas que estão
dormindo o sono da morte. Para os mortos em Cristo seus corpos serão transformados
iguais o Seu corpo ressurreto em gloria espiritual (Filipenses 3.21) “que transformará o
corpo da nossa humilhação, para ser conforme ao corpo da sua glória, segundo o
seu eficaz poder de até sujeitar a si todas as coisas”.
57
Capítulo XI. Escatologia bíblica, conhecendo o FIM

11. Escatologia

Escatologia é o estudo sistemático e lógico da doutrina relativa às últimas coisas,


últimos acontecimentos previstos pela profecia bíblica. A ordem correta dos últimos
acontecimentos será:
1º O arrebatamento da Igreja;
2º O comparecimento dos crentes diante do Tribunal de Cristo, Bodas dos Cordeiro no
Céu e Grande Tribulação na Terra;
3º A batalha do Armagedom;
4º O julgamento das Nações;
5º A prisão de Satanás por mil anos;
6º A inauguração do governo milenial de Cristo sobre a terra;
7º Soltura de Satanás por um breve espaço de tempo, para logo ser preso eternamente;
8º Juízo do Grande Trono Branco.

11.1. O Arrebatamento
“Virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para
que onde eu estiver, estejais vós também” (João 14.3).
Arrebatar quer dizer raptar, levar com ímpeto, com força,
arrancar, resgatar, tirar. Para os crentes significa o momento
glorioso em que Jesus, na Sua volta, levará a Sua Igreja para
junto de Si. O arrebatamento dar-se-á "num abrir e piscar de
olhos", em dia e hora que não sabemos. No momento do
arrebatamento "os que morreram em Cristo ressurgirão
primeiro, depois nós, os que ficarmos vivos, seremos
arrebatados juntamente com eles (com os primeiros, os
mortos) nas nuvens, para o encontro do Senhor nos ares e
estaremos para sempre com Ele" (I Tessalonicenses 4.16-17). Em relação à
manifestação pessoal de Cristo na terra, Ele virá sobre as nuvens, de modo visível e com
seus santos (Colossenses 3.4) “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar,
então também vós vos manifestareis com ele em glória”.
No primeiro evento, Cristo pelo poder de sua palavra e com voz de arcanjo,
arrebatará num abrir e fechar de olhos a Igreja remida pelo Seu Sangue (I Coríntios
15.52) “num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta;
porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós
seremos transformados”. Esse arrebatamento acontecerá antes que venha o Anticristo
e instale seu domínio na terra por sete anos.
O segundo evento da volta de Cristo acontecerá no final dos sete anos da Grande
tribulação, quando Ele irá destruir o domínio do Anticristo e instalar seu reino de mil anos
(Apocalipse 19.11-21; 20.1-6).
Quando o cristão conquistar esse corpo imaterial, a matéria perderá totalmente sua
força; (I Coríntios 15.53) “Porque é necessário que isto que é corruptível se revista
da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade”.

11.1.1. O arcanjo
A tradução do texto diverge na forma, mas não anula o fato. Conforme está escrito:
“a voz do arcanjo” ou “com voz de arcanjo” (I Tessanolicenses 4.16). O texto de Daniel
indica que o arcanjo Miguel participará do evento da segunda vinda de Cristo; (Daniel
12.1) “Naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor
58
dos filhos do teu povo; e haverá um tempo de tribulação, qual nunca houve desde
que existiu nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo
aquele que for achado escrito no livro”, mui especialmente da epiphanéia, quando
Cristo, rodeado de exércitos celestiais, descerá sobre a terra no Monte das Oliveiras;
(Zacarias 14.3-4) “Então o Senhor sairá, e pelejará contra estas nações, como
quando peleja no dia da batalha; Naquele dia estarão os seus pés sobre o monte
das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; se o monte das
Oliveiras será fendido pelo meio, do oriente para o ocidente e haverá um vale muito
grande; e metade do monte se removerá para o norte, e a outra metade dele para o
sul”; (Apocalipse 1.6-7) “... eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até
mesmo aqueles que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre
ele. Sim. Amém”. Porém no evento do arrebatamento da Igreja, a participação do arcanjo
será efetuada pela voz de comando e chamamento, a qual será ouvida apenas pelos
remidos escolhidos.

11.2 O tribunal de Cristo


“Porque todos devemos comparecer ante o
tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o
que tiver feito por meio do corpo, bem ou mal” (II
Coríntios 5.10).
Todos os salvos, após o arrebatamento,
comparecerão diante do Redentor, ocasião em que haverá
uma avaliação do que fizemos ou não fizemos; (I Coríntios
4.5) “Portanto nada julgueis antes do tempo, até que
venha o Senhor, o qual não só trará à luz as coisas
ocultas das trevas, mas também manifestará os
desígnios dos corações; e então cada um receberá de
Deus o seu louvor”.
Cristo, o Justo Juiz quem julgará; (Isaías 33.22; João 5.22) “Porque o Senhor é o
nosso juiz; o Senhor é nosso legislador; o Senhor é o nosso rei; ele nos salvará;
Porque o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o julgamento”; (Apocalipse
22.12) “O meu galardão está comigo para dar a cada um segundo suas obras”.
Todos os salvos, sem exceção serão julgados; "Pois todos havemos de
comparecer perante o tribunal de Cristo" (Romanos 14.10).
O Tribunal inevitavelmente será no céu. Em outro lugar não poderia ser. O céu é a
morada de Deus, e é para lá que iremos como estudado anteriormente. "Todas as
coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele a quem havemos de prestar
contas" (Hebreus 4.13).
O julgamento dos cristãos não será para condenação, pois a salvação está
garantida pelo sacrifício de Jesus. O julgamento será para galardoar aqueles que foram
fiéis, que não enterraram seus talentos, que souberam utilizar os dons espirituais e
ministeriais recebidos, que, enfim, cumpriram a contento a missão que o Senhor lhes
confiou. Estes receberão aprovação divina, recompensa e honra (Mateus 25.21) “Disse-
lhe o seu senhor: Muito bem, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre muito
te colocarei; entra no gozo do teu senhor”; (I Coríntios 3.12-13) “a obra de cada um
se manifestará; pois aquele dia a demonstrará, porque será revelada no fogo, e o
fogo provará qual seja a obra de cada um”. Os servos negligentes receberão
reprovação divina, ficarão envergonhados e sofrerão perdas (I Coríntios 3.15) “Se a obra
de alguém se queimar o sofrerá prejuízo; mas o tal será salvo, todavia como que
pelo fogo”. Este fogo nada tem haver com o fogo do Geena. O fogo do Tribunal de Cristo
é figura da luz que revela as impurezas, ou seja, a purificação. Portanto, as obras feitas
por impulso carnal e para a ostentação da carne não suportarão o calor do fogo de Deus,
por mais bonitas que sejam, serão desaprovadas.
59
Tudo será revelado, os atos mais ocultos, nossas palavras, nosso caráter. Nada
ficará encoberto. É o momento de prestarmos contas de nossas ações, de nossa
fidelidade, nosso zelo pela obra do Senhor na Terra.
Não devemos ficar atemorizados diante da perspectiva desse julgamento. Ali
estará o nosso Salvador em quem confiamos. Mas devemos procurar crescer a cada dia
como filhos de Deus, separados para o seu Reino. "Ora, já está próximo o fim de todas
as coisas. Portanto, sede sóbrios, e vigiai em oração. Tende, antes de tudo, ardente
amor uns para com os outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados. Sede
hospitaleiros uns para os outros, sem murmuração. Servi uns aos outros conforme
o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de
Deus" (I Pedro 4.7-10).

11.2.1 Os tipos de recompensas


O novo testamento usa uma linguagem especial dos
tempos do primeiro século da era cristã relativa ao tipo de
galardão que os vencedores das olimpíadas gregas e romanas
recebiam como prêmio. Havia coroas de vários materiais
representando o tipo de vitória conquistada por aqueles
vencedores (I Coríntios 9.24-25) “Não sabeis vós que os que
correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só é
que recebe o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis;
E todo aquele que luta, exerce domínio próprio em todas as
coisas; ora, eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma
incorruptível”.
- A coroa da vitória (I Coríntios 9.25). A vida cristã se constitui numa batalha
espiritual contra: Os principados e as potestades. Esta coroa é denominada, também,
como coroa incorruptível, porque demonstra a conquista do cristão sobre o velho homem.
- A coroa do gozo (I Tessanolicenses 2.19; Filipenses 4.1) “Porque, qual é a
nossa esperança, ou gozo, ou coroa de glória, diante de nosso Senhor Jesus na
sua vinda? Porventura não o sois vós?”. “Portanto, meus amados e saudosos
irmãos, minha alegria e coroa, permaneçam assim firmes no Senhor, amados”. A
palavra gozo significa prazer, alegria, satisfação. Uma das atividades cristãs que mais
satisfazem o coração é o ganhar almas, isto é, praticar o evangelismo pessoal e ganhar
pessoas para o reino de Deus. Na busca do gozo nesta vida, nada é comparável ao de
agregar as almas para Cristo o Único Pastor, livrando as da perdição eterna e do engano
das falsas heresias. Por isso, quem ganha almas sábio é; (Provérbios 11.30). “Os que
forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que
converterem a muitos para a justiça, como as estrelas sempre e eternamente”
(Daniel 12.3).
- A coroa da justiça (II Timóteo 4.7-8) “Combati o bom combate, acabei a
carreira, guardei a fé; Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o
Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos
os que amarem a sua vinda”. É o prêmio dos fiéis, dos batalhadores da fé, dos
combatentes do Senhor, os quais vencendo tudo esperam a Sua vinda.
- A coroa da vida (Apocalipse 2.10; Tiago 1.12) “Não temas o que hás de
padecer. Eis que o Diabo está para lançar alguns de vós na prisão, para que sejais
provados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa
da vida”; “Bem-aventurado o homem que suporta a provação; porque, depois de
aprovado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o amam”. Não
se trata de uma simples vida que temos aqui. Essa coroa é um prêmio especial porque
implica conquista de um tipo de vida superior à vida terrena, ou à simples vida espiritual,
como a tem os anjos. É a modalidade de vida conquistada mediante a obra expiatória de
Cristo Jesus (a vida eterna). É o galardão da felicidade do cristão.
60
- A coroa de glória (I Pedro 5.2-4) “Apascentai o rebanho de Deus, que está
entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem
por torpe ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores sobre os que vos
foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho; E, quando se manifestar o
sumo Pastor, recebereis a imarcescível coroa da glória”. Alguns eruditos bíblicos
entendem que esta coroa é o galardão dos ministros fiéis que promoveram o reino de
Deus na terra, sem esperar recompensa material.

11.3. As Bodas do Cordeiro


A expressão "Bodas do Cordeiro" define o encontro
da noiva (a Igreja) com o seu noivo (Jesus), agora unidos
para sempre. Será a celebração desse casamento, uma
festa de grande alegria e glória. "Regozijemo-nos, e
exultemos, e demos-lhe glória! Pois são chegadas as
bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se aprontou"
(Apocalipse 19.7) dentre outros versículos que
mencionam essa celebração (João 3.29; II Coríntios
11.2; Efésios 5.25-33).
É importante sabermos que enquanto se realiza a
celebração das Bodas, os que ficaram na Terra, estarão
passando pela mais terrível tribulação de todos os tempos. Nas Bodas, o Senhor
cumprimentará a todos, e todos O conhecerão de perto, e falarão com Ele. A alegria
desse momento será muito grande. Todavia, o clima será também de expectativa, porque
Jesus, após esta celebração, descerá a Terra para a grande batalha contra o Anticristo e
seus exércitos, no sombrio vale do Armagedom.
"Bem aventurados os que são chamados à ceia das Bodas do Cordeiro"
(Apocalipse 19.9).
É bom não esquecermos que ao instituir a Santa Ceia, quando disse aos apóstolos
para que, em sua memória, comessem do pão e bebessem do cálice, Jesus prometeu
que aquela celebração seria repetida no céu: "E digo-vos que, desta hora em diante,
não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba denovo convosco no
Reino de meu Pai" (Mateus 26.29). Nesta, Jesus preparou-se para o sacrifício da cruz,
na Ceia das Bodas, Jesus estará se preparando para derrotar o mal sobre a face da
Terra: aniquilar o diabo, o Anticristo, as nações ímpias, e instalar seu reino milenar.

11.3.1. A parábola das dez virgens (Mateus 25.1)


Jesus ilustrou seu ensino utilizando do costume oriental
para o casamento. Nos festejos noturnos, os convidados
deviam sempre ter lâmpadas acesas. No caso da historia de
Jesus, o noivo atrasou. Os convidados deviam estar
devidamente preparados com azeite em suas vasilhas e nas
lâmpadas. Qualquer convidado sem lâmpada era considerado
estranho e não podia entrar na festa.
As dez virgens não são dez pretendentes do esposo e
nem dez igrejas cristãs que competem pelo mesmo esposo.
São, na verdade, os cristãos individualmente que compõe o
corpo da Igreja (a esposa do Cordeiro).
O número dez não tem um sentido dogmático ou doutrinário e, sim, um sentido de
inteireza. Representa a noiva na sua inteireza, Jesus via a Igreja como um todo, um corpo
invisível em toda terra (I Coríntios 12.12,14, 27) “Porque, assim como o corpo é um, e
tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um
só corpo, assim também é Cristo; Porque também o corpo não é um membro, mas
61
muitos; vós sois corpo de Cristo, e individualmente seus membros”. Ele via
também a igreja local e visível, isto é, os membros em particular.
A Igreja é a esposa de Cristo porque está comprometida com Ele (Apocalipse
19.7; 21.9; 22.17) “Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória; porque são
chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se preparou”; “E veio um dos sete
anjos que tinham as sete taças cheias das sete últimas pragas, e falou comigo,
dizendo: Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro”; “E o Espírito e a noiva
dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser,
receba de graça a água da vida”.

11.4. A grande Tribulação


“Porque haverá então grande aflição, como nunca
ouve desde o principio do mundo até agora, nem tampouco
haverá jamais” (Mateus 24.21).
Na seqüência dos eventos escatológicos, enquanto a
Igreja arrebatada e estando no Céu (Ares) com Cristo, inicia-se
um novo e terrível período na terra, identificado como a Grande
Tribulação.
Na língua grega do Novo Testamento, tribulação aparece
como thilipsis que significa “colocar uma carga sobre o espírito
das pessoas”. Na tradução Vulgata Latina, a palavra tribulum e
se refere a uma espécie de debulhar o trigo, ou seja, instrumento
que o lavrador usa para separar o trigo da palha. A idéia figurada é de afligir, pressionar.
Analisando à luz da bíblia a palavra pode referir-se tão somente a um tipo de
pressão, aflição ou angústia que se passa na vida cotidiana.
A expressão Grande Tribulação é essencialmente escatológica. No antigo
testamento é identificada por outros nomes tais como: “O dia do Senhor” (Sofonias 1.14-
18; Zacarias 14.1-4), “A angústia de Jacó” (Jeremias 30.7), “A grande angústia” (Daniel
12.1), “O dia da vingança” (Isaías 63. 1-4), “o dia da Ira do Nosso Deus”. No Novo
testamento a expressão ganha maior sentido com o próprio Senhor Jesus ao identificar
naquele tempo como período de “Grande aflição” (Mateus 24.21), e depois em
(Apocalipse 7.14) como “Grande Tribulação”.
A Igreja não estará presente neste evento na terra (I Tessanolicenses 1.10) “e
esperardes dos céus a seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, a saber,
Jesus, que nos livra da ira vindoura”.
O propósito da Grande Tribulação é levar Israel a receber seu Messias, e trazer
juízo sobre todo o mundo, especialmente sobre as nações incrédulas onde entrarão no
reino milenar de Cristo (Malaquias 4.5-6, Mateus 25.31-46, Apocalipse 7.9).
A bíblia diz que as nações da Terra terão sido enganadas pelo ensino da grande
meretriz religiosa chamada Babilônia (Apocalipse 14.8), e seguido o falso profeta na
adoração a Besta (Apocalipse 13.11-18). Esses juízos virão para purificar a Terra e,
quando o Messias assumir o comando mundial de governo, haverá paz e justiça.

11.5. O anti Cristo


O anticristo será a encarnação de Satanás, e iniciará seu governo aqui na Terra
que será um governante mundial logo após o arrebatamento da Igreja, e exercerá o seu
domínio durante sete anos, tempo em que durará a Grande Tribulação. Na metade dos
sete anos, esse monstro enganará a muitos, operando sinais e maravilhas. Depois disso,
mostrará sua verdadeira face e exigirá que seja adorado como Deus. (Daniel 7.8, 24- 25)
“Eu considerava os chifres, e eis que entre eles subiu outro chifre, pequeno, diante
do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia
olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas; Quanto aos dez
62
chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará
outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis; Proferirá palavras
contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os
tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e
metade de um tempo”; (9.27) “E ele fará um pacto firme com muitos por uma
semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa
das abominações virá o assolador; e até a destruição determinada, a qual será
derramada sobre o assolador”; (11.36-45); (II Tessalonicenses 2.1-12); (Apocalipse
13.7) “Também lhe foi permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-lhe
autoridade sobre toda tribo, e povo, e língua e nação”; (19.20) “E a besta foi presa, e
com ela o falso profeta que fizera diante dela os sinais com que enganou os que
receberam o sinal da besta e os que adoraram a sua imagem. Estes dois foram
lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre”.

11.6. A Batalha do Armagedom


A guerra do Armagedom (Apocalipse 16.16). Armagedom significa "vale do
Megido". Megido ou Esdrelon é uma planície de Israel, em Samaria, na região da
Palestina. Esse vale foi palco de sangrentas guerras no passado. No sentido profético,
Armagedon significa derrubar, matar, cortar, decepar, lugar de mortandade. Este lugar de
matança é chamado de "lagar" em (Apocalipse 14.20).
“Chegará o estrondo até a extremidade da terra. O Senhor entrará em juízo com
toda a carne, e os ímpios entregará à espada” (Jeremias 25.31-38; Joel 3.1-16;
Sofonias 3.8). "Eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém... então
o Senhor sairá, e pelejará contra estas nações" (Zacarias 14.2-5).
Provavelmente essa batalha será iniciada na segunda metade da Grande
Tribulação, já no final desse período. Será uma guerra de curta duração. Os judeus não
suportariam uma guerra prolongada, haja vista o poderio bélico dos adversários.
A guerra será centralizada na terra de Israel, porém com desdobramentos e
combates por todo o mundo (Jeremias 25.31) “Chegará o estrondo até a extremidade
da terra, porque o Senhor tem contenda com as nações, entrará em juízo com toda
a carne; quanto aos ímpios, ele os entregará a espada, diz o Senhor”. Os exércitos
de todas as nações aliadas ao Anticristo marcharão sobre Israel, objetivando a destruição
de Jerusalém e do povo de Deus. O Anticristo colocará em guerra todo o seu poder de
fogo: armamentos sofisticados; bombas de última geração, tudo muito superior ao que
hoje conhecemos. Tal confronto atende aos planos de Deus.
Não nos alinhamos entre os que rejeitam a idéia de uma batalha literal, onde tropas
fiéis ao Anticristo estariam realmente marchando sobre Israel. Acreditamos que haverá,
de fato, uma grande batalha mundial, envolvendo cristãos e anticristãos; uma guerra de
grandes proporções como jamais ocorreu na história da raça humana. O Senhor Jesus
intervirá no momento certo: o Anticristo e seus exércitos serão aniquilados, e muitos
judeus se converterão e serão salvos.

11.7. O julgamento das Nações


"Congregarei todas as nações e as farei descer ao vale de
Josafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo e
da minha herança, Israel, a quem eles espalharam entre as
nações, repartindo a minha terra. Ajuntai-vos, e vinde todos os
povos em redor, e congregai-vos (ó SENHOR), faze descer ali os
teus fortes! Movam-se as nações e subam ao vale de Josafá;
porque ali me assentarei, para julgar todas as nações em redor.
Multidões, multidões no vale da Decisão! Porque o dia do
SENHOR está perto no vale da Decisão"(Joel 3.2,11-14).
63
.Em (Mateus 25) Jesus revelou que na sua vinda
em glória, com todos os santos anjos, as nações reunidas
diante dele serão assim divididas: nações-ovelhas (os
justos) ficarão à sua direita; as nações-bodes (os ímpios) à
esquerda; e os "irmãos", que devem ser o povo judeu,
irmãos de Jesus segundo a carne. Os justos irão para a
vida eterna; os ímpios para o castigo eterno (Mateus
25.31-46). Estarão ali, também, as nações que não se
aliaram ao Anticristo e que sempre reconheceram Israel
como a herança de Deus. A essência desse juízo é o
julgamento dos opressores do povo judeu (Joel 3.2;
Zacarias 12.3).
(Apocalipse 20.11-15) trata do julgamento do Grande Trono Branco - o Juízo
Final: "Os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros,
segundo as suas obras. E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida,
foi lançado no lago de fogo" (v.12,15).
Esse primeiro julgamento de (Mateus 25.31-46) objetiva selecionar as nações que
ingressarão no Milênio, ou seja, as que farão parte no reino milenar de Cristo. "Então dirá
o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde benditos de meu Pai, possuí por
herança o REINO que vos está preparado desde a fundação do mundo" (Mateus
25.34).

11.8. O Governo Milenial de Cristo


O governo Milenar de Cristo é o período de mil anos em que Ele reinará na Terra,
ou seja, é o reinado milenar (Apocalipse 20.4) “Então vi uns tronos; e aos que se
assentaram sobre eles foi dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram
degolados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus, e que não
adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na fronte nem nas
mãos; e reviveram, e reinaram com Cristo durante mil anos”. O milênio preparará a
terra para o estabelecimento do reino eterno de Cristo, conforme as promessas sagradas
das Escrituras.
(Mateus 24.21) Nesses versículos, Jesus apresentou a realidade da tribulação
(Mateus 24.27-30). No v.21, Ele fala de sua vinda visível como “o relâmpago que sai do
Ocidente e se mostra até o Oriente”. No v.28, Jesus retrata mais uma vez a visibilidade
de Sua vinda usando a ilustração dos abutres atraídos pela matança. No v.29, entende-se
que Sua vinda será logo depois da tribulação daqueles dias, e v.30, fala do sinal dessa
vinda no céu, uma prova que Ele, o Messias, virá sobre as nuvens do céu.

11.8.1. A derrota do Anticristo e seus exércitos


(Apocalipse 19.15-21) Nos versículos anteriores ao v.14, Cristo aparece como um
grande general de exército (como nos tempos bíblicos), e o v.15 mostra um Cristo
preparado para fazer juízo sobre a impiedade do Anticristo. Diz o texto que “saía de sua
boca uma espada afiada, para ferir com ela as nações”. A partir do v.17, uma grande ceia
é apresentada para comer as carnes de todos os inimigos do povo de Israel que se
ajuntaram para destruí-lo, mas eles serão aniquilados pelos exércitos de Cristo. No v.20,
a besta que é o Anticristo, juntamente com o Falso Profeta são presos e lançados no
Lago de Fogo. Esses dois homens não são personagens metafóricos ou figuras, mas
realmente dois homens da parte do Diabo, que se levantarão naqueles dias.
64
11.8.2. A vinda em Glória
(Apocalipse 19.11-16) Refere-se à forma gloriosa da descida de Cristo sobre um
cavalo branco. O cavaleiro que monta o cavalo do capitulo 19 de Apocalipse é Jesus,
porque é identificado como “Fiel e Verdadeiro”. Nada tem haver com o cavaleiro do cavalo
branco do capitulo 6 de Apocalipse o qual se refere ao Anticristo. O v.14 de (Apocalipse
19), fala dos santos que acompanham Cristo na Sua volta na Terra. Eles montam cavalos
brancos e os seus cavaleiros estão vestidos de linho finíssimo. São anjos e a Igreja de
Cristo que gloriosamente participam de Sua conquista.

11.8.3. Preparação para o REINO MILENIAL


Com a derrota do Anticristo e seus exércitos, Israel verá que Aquele que rejeitaram
na primeira vinda, não é outro senão o Messias.
(Zacarias 12.10) fala do espírito de súplicas que será derramado sobre a casa de
Davi, e prantearão sobre o que fizeram a Cristo na sua primeira vinda. Vários textos
bíblicos indicam essa conversão e renovação (Zacarias 13.9; Ezequiel 36.24-31; Isaías
25.9; Romanos 11.26). Todas estas passagens mostram que os judeus sobreviventes
daqueles dias serão leais a Cristo, aceitando-o como o Messias. Porém, haverá muitos
judeus rebeldes que sofrerão o juízo de Deus (Ezequiel 20.33-38; Malaquias 3.1-5).

11.8.4. A Prisão de Satanás


(Apocalipse 20.1-3) Antes que o Senhor Jesus instale seu reino milenial, Satanás será
preso por mil anos com todos os seus anjos, e assim não estarão livres para tentar as
criaturas nos dias do reino milenial.

11.8.5. Títulos a Jesus em seu reino milenial


Os títulos e nomes de Jesus em razão do Milênio serão: O Renovo (Isaías 4.2: 11.1;
Jeremias 23.5; 33.15; Zacarias 3.8,9; 6.12,13); Senhor dos Exércitos (Isaías 24.23;
44.6); O Ancião de Dias (Daniel 7.13); O Altíssimo (Daniel 7.22-240); O Rei (Isaías
33.17; 44.6; Daniel 2.44); O Juiz (Isaías 11.3,4; 16.5; 33.22; 51.4,5); O Messias Príncipe
(Daniel 9.25.26). Rei dos reis e Senhor dos senhores (Apocalipse 19.16).

11.8.6. Características do Reino Milenial


- Justiça: Somente os justos serão admitidos no reino
(Mateus 25.37; Isaías 60.21; 26.2). A justiça será sinônima
do Messias (Malaquias 4.2; Isaías 46.13; 51.5).
- Obediência: Foi o propósito original de Deus na
criação do mundo, o estabelecimento de obediência
completa e voluntária a Deus. A árvore do conhecimento do
bem e do mal foi colocada no Éden como uma prova de
obediência (Gênesis 2.16-17). Diz a bíblia que Deus
sujeitou todas as coisas à Aquele que é Senhor (Efésios
1.22).
- Conhecimento universal de Deus: (Isaías 11.9;
Jeremias 37.34). O conhecimento estará disseminado e
determinado sobre toda a terra. Na verdade, todas as
pessoas terão conceitos corretos sobre Deus, porque
naquele tempo o mal estará detido.
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- Paz e prosperidade: (Isaías 2.4; 35.1-2). A maldição do pecado estará detida,
sem poder de alastramento. A paz será universal porque a sua base será a justiça do
Messias.
- Longevidade: (Isaías 62.20-22; 33.24). Uma vez que o mal estará detido, a vida
física dos habitantes da Terra naqueles dias não sofrerá tanto como hoje. É verdade que
as pessoas não estarão isentas da morte, mas viverão muito mais.

11.9. FINAL DO MILÊNIO


Vemos uma descrição na Terra que mostra o fim do período milenial (Apocalipse
20.2-9). A razão pela qual o Satanás será solto é discernida pela sua atividade no tempo
de sua soltura. Ele sairá para enganar as nações e promover sua última batalha contra o
povo de Deus.
Gogue e Magogue (Apocalipse 20.8). Esses dois nomes referem-se aos inimigos
de Israel. Podem representar dois tipos de inimigos: os povos vindos do norte; e também
os povos em geral. Na verdade, a batalha não será muito extensa, pois haverá a
intervenção divina.

11.10. PÓS - MILÊNIO


Todos estes fatos conduzem ao Grande Trono Branco, que é o Juízo Final
(Apocalipse 20.11), o símbolo do poder de Deus para executar a justiça. Cristo será o
Juiz (Atos 17.31; João 5.22,27). Diante do Supremo Juiz, todos haveremos de
comparecer. Os perdidos não escaparão do Lago de Fogo (Apocalipse 19.20; 20.14-15;
21.8). O Lago de Fogo é um lugar, e não um conceito, uma idéia, ou um estado mental.

11.11. Resumo
Na segunda fase de Sua vinda em Glória (visível em todo o mundo), Cristo irá
julgar as nações (Juízo das Nações) e inaugurar o Milênio, a gloriosa era de paz
implantada sobre a terra. Seguindo-se o Grande Trono Branco, o Juízo final, ocasião em
que somente haverá dois destinos: a morte ou a vida eterna.
Em relação aos tímidos; (Apocalipse 21.8) “Mas, quanto aos MEDROSOS, e aos
incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e
aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo
e enxofre, que é a Segunda morte.” Na versão RC (Almeida Revista e Corrigida),
temos: “Quanto aos TÍMIDOS”; na versão BLH (Bíblia na Linguagem de Hoje), temos:
“quanto aos COVARDES”; na versão RA (Almeida Revista e Atualizada, lê-se “Quanto
aos COVARDES”; na versão ASV (American Standard Version), “Quanto aos TÍMIDOS
(medrosos, receosos)”.
Tímidos, medrosos e covardes, no caso específico, são palavras semelhantes. O
entendimento é que Deus condena aqueles que não aceitam as verdades bíblicas com
receio de serem criticados, desaprovados ou repreendidos pelos ímpios. Temem perder
posições sociais, status, amizades, prestígio. São os que se envergonham de sua
condição cristã; não dão testemunho de Cristo em suas vidas. Esses são os tímidos,
covardes e medrosos. Jesus afirmou: “Qualquer que de mim e das minhas palavras se
envergonharem, dele se envergonhará o Filho do homem, quando vier na sua glória
e na do Pai e dos santos anjos” (Lucas 9.26).
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Capítulo XII – Conceitos e reflexões finais

12. Conselhos práticos aos domésticos na fé

Podemos fazer algo bom para alguém? Podemos ajudar quem necessita de uma
palavra amiga e transformar algo ruim em bom? Se podemos, façamos isto com zelo e
amor!
Jamais seremos prejudicados, pois Deus é por nós e quem intentará algo contra?
(Romanos 8.31). O Senhor é nosso auxílio, o que poderá nos fazer o homem? (Hebreus
13.6). Temos um valor estimado para Deus, e tudo que o homem pode fazer é matar o
corpo, nada mais, temos uma esperança de vida eterna (Lucas 12.4-7). Se porventura
sofremos por causa da justiça, somos bem aventurados porque nosso será o Reino dos
Céus (Mateus 5.10).
Nós os servos (as) do Senhor não devemos contender, mas com gentileza e
cordialidade, nos mostrar competentes e aptos para ensinar a todos com paciência e
temor. Com sabedoria devemos instruir aqueles que estão contra nós (II Timóteo 2.24-
25). Não precisamos nos amedrontar por ameaças e nem nos alarmar, antes santificamo-
nos a Jesus nosso Senhor.
A covardia não deve estar em nós, mostremos frutos diante dos homens sem
receios ou medo de sermos mal interpretados.
Sempre devemos estar “preparados para responder a todo aquele que pedir razão
da esperança que há em nós, fazendo-o, todavia com mansidão e temor” (I Pedro 3.13).
Por que o mundo pergunta sobre nossa esperança? Certamente, porque o anseio da
alma em viver uma vida feliz e digna é tão intenso, que somente uma esperança nos faz
sofrer por causa da justiça (Mateus 5.12). A esperança nos sustenta até mesmo em
momentos de perseguição. As pessoas reconhecem isto e nos perguntam a este respeito.
Uma boa consciência edifica os pensamentos, e um testemunho santo perante o
mundo afasta más interpretações e confunde aqueles que estão contra nosso bom
proceder diante de Cristo (I Pedro 3.16). Diante disto, reconhecemos que primeiro somos
julgados, mas Deus no seu devido tempo nos justifica e envergonha aqueles que estão
em oposição a nós.
Por isto, devemos ter uma vida honesta, para que, aquilo que falam mal de nós, um
dia venha a ser glorificado em nosso Deus (I Pedro 2.12). O mundo pode nos difamar
como malfeitores, porém um dia, hão de glorificar a Deus diante das próprias boas obras
que antes julgaram. Isto se dará, diante da conversão aqui, ou diante do grande Juízo
final.
Temos por dever, falar sobre o Reino de Deus com uma consciência pura, tendo
respostas sustentáveis, vinda através do amor e da reverência.

12.1. Lições que edificam e esclarecem – Conclusão

Jesus não instituiu várias, mas somente uma religião cristã verdadeira. Ele é um
único caminho e não vários. Sendo assim, hoje naturalmente deve existir um só corpo, ou
grupo, de cristãos verdadeiros que adorem a Deus conforme as escrituras mencionam
(João 4.23-24; Efésios 4.4-5). A Bíblia nos ensina que somente poucos seguem a
estrada apertada que conduz à vida (Mateus 7.13-14). É inevitável que existam milhares
de religiões que se dizem cristãs, por isto mesmo não discriminamos tais, porém, é fácil
identificar aquela que dentre todas faz a diferença.
Segundo as escrituras, após a morte dos apóstolos, aos poucos seria introduzido
na congregação cristã ensinos errados e práticas não-cristãs, onde homens enganariam
a muitos para segui-los, em vez de Cristo (Mateus 7.15, 21-23; Atos 20.29-30). Por tal
motivo vemos tantas religiões diferentes, que afirmam ser cristãs e que na realidade não
são.
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Os verdadeiros cristãos se destacam, pois têm verdadeiro amor entre si onde
quer que se encontrem (João 13.34-35). São ensinados a amar todos os seres
humanos sem distinções (Atos 10.34-35). Consideram a todos como irmãos e irmãs (I
João 4.20-21).
A religião verdadeira instrui aos seus membros a terem profundo respeito e crença
pela Bíblia, pois ela é a infalível palavra de Deus (João 17.17; II Timóteo 3.16-17).
Priorizam as escrituras e não se apegam a idéias ou costumes humanos (Mateus 15.1-
3; 7-9). Deixam-se guiados pela palavra e pelo Espírito Santo, e aquilo que pregam,
procuram praticar (Tito 1.15- 16).
Os verdadeiros cristãos santificam e invocam a Deus (Mateus 6.9; João 17.6, 26;
Romanos 10.13-14).
Aqueles que se tornam discípulos de Jesus não devem fazer parte deste mundo
cheio de iniqüidades (João 17.16). Não se envolvem com a política, nem em
controvérsias sociais e culturais do mundo (Tiago 1.27; 4.4).
A verdadeira religião, assim como Jesus fazia, também prega o Reino a todas as
pessoas e em todos os lugares (Lucas 8.1). Jesus disse aos discípulos que pregassem
esta mensagem de salvação em toda a Terra (Mateus 24.14; 28.19-20). Os
verdadeiros cristãos crêem que somente o Reino de Deus traz a verdadeira paz e
segurança neste mundo (Salmo 146.3-5).
A verdadeira religião atualmente é identificada pela conduta de seus membros,
pois os mesmos mantêm estabelecidos os princípios e crenças dos cristãos do primeiro
século:
 O amor no qual prevalecia entre eles os faziam reconhecidos (João 13.34-35);
 Confiavam e eram guiados pela palavra de Deus (II Timóteo 3.16; II Pedro
1.21);
 Criam que Jesus era o filho de Deus, enviado e sujeitado a um corpo material,
porém, que através dEle havia um propósito de salvação a todos que crerem (I
Coríntios 11.3; Efésios 5.23; I Pedro 1.3);
 Reconheciam-se como ovelhas e a Cristo como Sumo Pastor e sacerdote (João
10.11; I Pedro 2.25; 5.4);
 Estavam sempre reunidos em congregações de modo coletivo, unidos em
fraternidade, sob orientação de irmãos anciãos que cooperavam e reconheciam
o Senhor Jesus como o Cabeça da Igreja (Atos 14.21-23; 15.1-31; Efésios
1.21; I Timóteo 3.1-13);
 Com amor e dedicação pregavam o Reino de Deus, pois somente através dele
há uma esperança para toda a humanidade (Mateus 24.14; 28.19-20; Atos 1.8).
 Ensinavam que um dia os mortos haverão de reviver através de uma
ressurreição (Atos 24.15);
Portanto, aqueles que procuram andar dentro dos santos caminhos de Deus,
observam a Sua palavra fazendo a diferença e produzindo bons frutos para a expansão
do Reino sobre a terra (Mateus 7.13-23), não imitando atitudes erradas e a conduta do
mundo iníquo (João 17.16), dando testemunho verdadeiro e procurando agregar novos
discípulos a favor da palavra (Mateus 24.14; 28.19-20).
Os cristãos autênticos mostram genuíno amor entre si (João 13.35; I João 4.20), se
mantendo neutros aos conflitos políticos (Isaías 2.4) e em todos lugares falando e
agindo em comum acordo (Miquéias 2.12). Frequentam aos cultos para encorajamento
mútuo (Hebreus 10.25) e louvam a Deus como uma congregação internacional
(Apocalipse 7.9-10).
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Diante de tudo que aprendemos no decorrer deste estudo,
podemos identificar qual é essa religião que segue tais princípios
e vive de acordo com a palavra de Deus?
Procure conhecer a Congregação Cristã mais próxima de
sua casa, reconheça-se como ovelha e o Senhor Jesus como o
Único Pastor, pois suas palavras não seriam inválidas ao dizer
que haverá um só rebanho e um só Pastor (João 10.16).

Fontes: Imagens adquiridas por pesquisas na rede, direitos reservados aos autores. Sites: Sabetudo.net/Wikipédia livre/Biblia
on line e diversos autores e conceitos. O estudo não tem direitos reservados sendo permitida total reprodução, não possuindo
vinculos diretos com a Congregação Cristã no Brasil. Janeiro 2011. Honra e glória somente a Cristo.

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