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Governo do Rio de Janeiro

Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação


Secretaria de Estado de Cultura
Coordenação de Políticas Culturais
Programa de Apoio ao Desenvolvimento Cultural dos Municípios - PADEC
Curso de Formação de Gestores Públicos e Agentes Culturais (Edição 2015)

Maria Pompéia Vital Marotta Dias


Ana Lucia de Souza Santos

PROJETOS SOCIOCULTURAIS: ALTERNATIVA À INCLUSÃO DE ADOLESCENTES E


JOVENS EM SITUAÇÃO DE RISCO EM COMUNIDADES VULNERÁVEIS DE SÃO
GONÇALO

Tutora: Giordanna Santos

Orientador: Cleisemery Campos da Costa

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


como requisito complementar para obtenção
de certificado no Curso de Formação de
Gestores Públicos e Agentes Culturais
Edição 2015

São Gonçalo/RJ – 2016


1

PROJETOS SOCIOCULTURAIS: ALTERNATIVA À INCLUSÃO DE


ADOLESCENTES E JOVENS EM SITUAÇÃO DE RISCO EM COMUNIDADES
VULNERÁVEIS DE SÃO GONÇALO
Maria Pompéia Vital Marotta Dias 1
Ana Lucia de Souza Santos 2

RESUMO
Este artigo objetiva mostrar o potencial dos projetos socioculturais como alternativa de inclusão
de adolescentes e jovens que vivem em comunidades vulneráveis no município de São Gonçalo
no Estado do Rio de Janeiro. Busca-se também apontar as atividades culturais com maior
aceitação por parte deste público, além de identificar como esses projetos envolvem suas
famílias, oportunizando outras ações com vistas à ampliação da capacidade laboral e a
preparação para o trabalho, que contribuiria para o aumento da renda familiar. Um trabalho que
surgiu da observação atenta às reações de adolescente, jovens e famílias participantes das
atividades realizadas aos sábados no Programa Escola Aberta durante o ano de 2015 no Ciep
Brizolão 309 no bairro Arsenal em São Gonçalo/RJ, que tomou forma durante a participação no
Curso de Formação de Gestores Públicos e Agente Culturais, ampliando a compreensão do
potencial dos projetos socioculturais e das possibilidades de implantação de ações efetivas no
combate à exclusão e à promoção e aproveitamento dos saberes e práticas culturais existentes
nessas comunidades.
Palavras-Chave: Projetos socioculturais. Exclusão e inclusão social. Comunidades vulneráveis.
Saberes e práticas culturais das periferias. Adolescentes e jovens em risco.

ABSTRACT
This article aims to demonstrate the potential of cultural projects as an alternative to inclusion of
young people living in vulnerable communities in the municipality of São Gonçalo in the State
of Rio de Janeiro. The aim is to also point out cultural activities with greater acceptance by this
public, and identify how these projects involve their families, providing opportunities for other
actions in order to expand the work capacity and preparation for work, would contribute to the
increase in income family. A job that came from careful observation to adolescent reactions,
youth and families participating in the activities held on Saturdays at the Open School
Programme during the year 2015 in Ciep Brizolão 309 Arsenal neighborhood in São
Gonçalo/RJ, which took shape during participation in Training course for Public Managers and
cultural Agent, expanding the understanding of the potential of cultural projects and the
implementation of possibilities for effective action to combat exclusion and the promotion and
exploitation of knowledge and cultural practices existing in these communities.
Keywords: Socio-cultural projects. Social exclusion and inclusion. Vulnerable communities.
Knowledge and cultural practices of the peripheries. Adolescents and young people at risk.

1 Especialização em Docência no Ensino Superior, em Educação Ambiental e em Supervisão e Orientação Educacional, pela UNICID -
Universidade Cidade de São Paulo, concluídas em 2012 e 2013. Graduada em Gestão de Recursos Humanos, pela UCB – Universidade Castelo
Branco, concluída em 2011. Inspetora de Alunos na Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro, concursada e aprovada em 2013,
atuando na UE – Ciep Brizolão 309 – Zuzu Angel, Bairro Arsenal, São Gonçalo – RJ. Atuou como “voluntária” no Programa Escola Aberta no
ano de 2015. Email: pompeiamarottadias@gmail.com
2 Cursando a 4ª. série do Curso de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos, Recenseadora do IBGE em 1992, Agente de Pessoal em 2004 -

2005, concursada e aprovada em 2000 atuando atualmente como Inspetora de alunos da rede FAETEC na Escola Estadual de Ensino
Fundamental Henrique Lage, e Secretária Escolar na Associação Educacional Miraflores. Atu ou em 2015 como voluntária no Projeto
Valorizando a escola, na Sala de Leitura Ferreira Gullar que pertence à Escola Estadual de Ensino Fundamental Henrique Lage. Email:
annacruzs3@hotmail.com
2

1 INTRODUÇÃO

O problema da vulnerabilidade de comunidades periféricas das grandes regiões


metropolitanas não ocorre apenas no Brasil ou no Estado do Rio de Janeiro. É um problema que
aflige a maioria dos países em desenvolvimento e vem se agravando com a globalização e a
comprometida distribuição de renda, que contribui para a facilitação e implantação nessas
localidades, de facções do crime organizado. Mesmo com ações pontuais de enfrentamento,
resistem e se instalam de forma contínua, tornando-se uma real ameaça para adolescentes e
jovens que vivem nesses espaços, uma preocupação que movimenta órgãos públicos e entidades
dos Direitos Humanos visando um combate mais efetivo.
Uma parceria da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (UNESCO) no Brasil com a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) da Presidência da
República, juntamente com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Ministério da Justiça,
realizou um trabalho em 2012, utilizando dados referentes a cinco categorias: mortalidade por
homicídios, mortalidade por acidentes de trânsito, frequência à escola e situação de emprego,
pobreza no município e desigualdade, dando forma ao relatório Índice de Vulnerabilidade
Juvenil à Violência e Desigualdade Racial 2014, evidenciando o problema e fornecendo
subsídios para ações de prevenção através de políticas públicas para a juventude e redução do
quadro de vulnerabilidade juvenil, conforme constatamos em sua apresentação e introdução:
Inovador, o novo índice – além das variáveis com compõem o Índice de
Vulnerabilidade Juvenil à Violência desenvolvido pelo Ministério da Justiça em
parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública em 2008 – inclui o risco
relativo de jovens negros e brancos serem vítimas de homicídios. Essa nova variável
visa evidenciar o peso da desigualdade racial na vulnerabilidade juvenil à violência
nos estados brasileiros. (Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e
Desigualdade Racial 2014, 2015, p. 9)

O Relatório de Vulnerabilidade Juvenil à Violência tem por objetivo gerar insumos e


indicadores para a formulação e implementação de políticas públicas que levem em
consideração a incorporação de estratégias de prevenção e enfrentamento das altas
taxas de violência observadas no país contra adolescentes e jovens entre 12 e 29 anos
de idade, em especial jovens negros, que, em 2013, foram 18,4% mais encarcerados e
30,5% mais vítimas de homicídios do que os jovens brancos, segundo dados da 8ª
Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública (FSBP, 2014) ( Índice de
Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade Racial 2014, 2015, p. 11)

Diante dos dados coletados e apresentados no referido relatório, percebemos que no Rio
de Janeiro ocorreu uma situação diferente em relação aos outros estados brasileiros no tocante à
Violência e Desigualdade Social, apresentando uma queda de 0,545 em 2007 para 0,309 em
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2012, que demonstra exatamente o quanto nas comunidades periféricas do Rio, todos, negros e
brancos, enfrentam o mesmo problema, sendo jovens de todas as raças objeto de vulnerabilidade
e portanto necessitando de atenção mais eficiente no combate às formas de exposição e riscos.
Principalmente a partir de 2008, quando teve início a implantação das Unidades de
Polícia Pacificadora (UPPs) nas favelas do Rio de Janeiro, o município de São Gonçalo passou a
viver uma mudança no sentido de ampliação da violência em seu território, consequência da
migração de facções do crime organizado para comunidades periféricas e morros existentes na
localidade, aumentando a vulnerabilidade juvenil diante do envolvimento de adolescentes e
jovens em ações infracionais.
O presente trabalho buscou através de levantamento bibliográfico e da observação da
oferta do Programa Escola Aberta no bairro Arsenal em São Gonçalo, subsidiar a afirmação da
necessidade de intensificação de políticas públicas para a juventude capazes de combater esta
vulnerabilidade, principalmente no sentido de prevenção, disponibilizando projetos
socioculturais para ocupar o tempo ocioso desse público juvenil, propiciando atividades de lazer
e promovendo a cultura, compreendida aqui como os saberes existentes nas comunidades para
gerarem o sentimento de pertencimento e com sua valorização o empoderamento das mesmas no
combate aos riscos crescentes.
A resposta positiva e o envolvimento de alunos e suas famílias em atividades de esporte,
lazer, jogos, apresentações culturais (dança, teatro, capoeira) e até em oficinas de iniciação à
informática e ao trabalho, durante o ano de 2015, quando foi ofertado pela Unidade Escolar –
UE: Ciep Brizolão 309 – Zuzu Angel, no bairro Arsenal em São Gonçalo o Programa Escola
Aberta, que recebia durante os sábados, os alunos (adolescentes e jovens) e suas famílias e até
amigos, estudantes de outras localidades, para atividades como oficinas de capoeira, de zumba,
de futebol, de vôlei, de dança de salão, de teatro, assim como de iniciação à informática e oficina
de telemarketing. O Programa acontece na escola há três anos e a duração em consonância com a
verba liberada para o ano em exercício, sendo o número de meses calculado em virtude do
número de oficinas que são disponibilizadas.
Realizamos registros fotográficos que demonstram a adesão e frequência cada vez
maior, tanto de alunos como também de familiares, que encontravam na UE a oportunidade de
realizar atividades culturais e participar de oficinas de iniciação ao trabalho bem perto de suas
residências, desta maneira economizando o tempo gasto em deslocamento e o custo deste para a
renda familiar. (Apêndice – algumas fotografias no final do artigo)
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Vislumbramos, portanto, analisar a efetividade dos projetos socioculturais que tenham


como objetivo principal oferecer atividades culturais e socioeducativas de modo contínuo ao
público juvenil e, sobretudo, que essas ações sejam contempladas em políticas públicas para a
juventude no combate à vulnerabilidade juvenil. Dessa maneira, representando uma alternativa
efetiva para a inclusão dos adolescentes e jovens, ocupando o tempo ocioso principalmente nos
fins de semana e ao mesmo tempo uma chance de trabalhar a cultura local, os saberes e as
práticas culturais legítimas, que em momentos assim, despontam e demonstram os valores
culturais existentes e praticados nessas comunidades.

2 POLÍTICAS PARA A JUVENTUDE, PROJETOS SOCIOCULTURAIS E


VULNERABILIDADE

Os tempos modernos, as redes sociais, o avanço tecnológico alcançado na comunicação


e divulgação de tudo o que acontece no mundo, assim como o acesso rápido às informações em
tempo real, contribuíram sobremaneira para compreendermos a necessidade de ações efetivas, de
políticas para a juventude, que garantam a inclusão daqueles que se tornam objeto e presas fáceis
para organizações criminosas que se instalam nas regiões urbanas de maior concentração de
população, principalmente nos bairros periféricos das capitais, oportunizando práticas ilícitas e
comportamentos marginais envolvendo principalmente os adolescentes e jovens residentes
nesses espaços.
No Guia de Políticas para a Juventude da Secretaria-Geral da Presidência da República
podemos constatar:
As últimas décadas têm testemunhado profundas transformações sociais, econômicas e
culturais, afetando as rotinas produtivas e as relações sociais, comerciais e trabalhistas
em todo o mundo. Este novo contexto produziu novas desigualdades sociais que
exigiram do campo das políticas públicas alternativas que enfrentassem o quadro de
exclusão.
No que se refere à juventude, é recente a inclusão desta temática na agenda política do
Brasil e do mundo. As políticas públicas passaram a incluir as questões relacionadas à
juventude, de forma mais consistente, por motivos emergenciais, já que os jovens são
os mais atingidos pelas transformações no mundo do trabalho e pelas distintas formas
de violência física e simbólica que caracterizam o século XXI. (Guia de Políticas para
a Juventude, 2006, p. 6)

A partir do reconhecimento dessa realidade e das características próprias da juventude,


o governo federal junto a algumas secretarias e organismos internacionais lançou alguns
programas com objetivos específicos, dos quais o Programa Escola Aberta foi o alvo da nossa
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atenção, principalmente por apresentar em seus princípios orientadores a oportunidade de reunir


educação, cultura e inclusão.
Por meio de uma estrutura gerencial que permite a participação das diversas esferas
governamentais e organismo internacional, o programa visa proporcionar aos alunos
da educação básica das escolas públicas e às suas comunidades espaços alternativos
nos finais de semana para o desenvolvimento de atividades de cultura, esporte, lazer,
geração de renda, formação para a cidadania e ações complementares às de educação
formal. Contando com uma equipe local, em cada escola, composta por um
coordenador e três oficineiros oriundos da comunidade, as atividades oferecidas no
“Escola Aberta” são fruto do levantamento dos interesses e possibilidades de
atendimento a esses interesses, bem como do oferecimento de oficinas pensadas pela
estrutura gerencial que atendam a formação para a cidadania e diversidade. (Ministério
da Educação, FNDE, 2005, p. 1)

Uma política pública para a juventude, que garanta um espaço adequado para a
realização de ações de cunho educacional, cultural e de convivência prazerosa e sociabilizante, é
sem dúvida uma política que necessita ser continuada e ampliada de forma que sejam possíveis
convênios diversos entre os órgãos governamentais e entidades da sociedade civil. Ela deve
somar e aumentar a oferta de atividades em forma de oficinas, através de projetos socioculturais,
objetivando assim a redução da vulnerabilidade juvenil local e sobretudo gerando o
pertencimento e o empoderamento dessas comunidades.
A implantação do Sistema Estadual de Cultura, através da Lei 7.035 de 7 de julho de
2015, publicada no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro em 8 de julho de 2015, página 21,
que em seu artigo 3º, tratando dos objetivos, no item XII postula estimular a presença da arte e
da cultura no ambiente educacional, e logo depois, no item XIV fala de estimular os saberes e
fazeres das culturas tradicionais de transmissão oral como parte fundamental da formação
cultural fluminense, bem como de seus processos de transmissão na educação formal, garante os
direitos das comunidades periféricas de perpetuarem seus saberes culturais e promove sua
valorização. Um mecanismo importante no combate à vulnerabilidade aqui evidenciada,
principalmente porque reconhece a presença de uma cultura das periferias, capaz de fornecer
extraordinários artistas e possíveis atores para mudanças efetivas na realidade apresentada.

2.1 PROJETOS SOCIOCULTURAIS, POR QUÊ?

O Programa Escola Aberta é originário de 2004 e nesses 11 anos de existência teve


ampliação considerável com adesão de um número maior de Unidades da Federação
participantes. A concepção do programa é promover a aproximação da escola com a comunidade
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de seu entorno e mediante consulta, ofertar atividades em forma de oficinas visando o


desenvolvimento da cidadania e do sentimento de pertencimento, desta maneira sendo capaz de
prevenir a vulnerabilidade local e promovendo a inclusão da comunidade onde a UE está
localizada. Alguns problemas foram detectados e diversas alternativas estão sendo estudadas
para o atingimento das metas e da efetividade do programa.
A partir da abertura das escolas nos fins de semana com a comunidade presente e
participando das atividades e decisões, pode-se pensar em apropriação do espaço
público. As atividades devem ser discutidas, pensadas a partir das necessidades da
comunidade. Estas reflexões favorecem a construção social dos princípios de
igualdade e direitos. Quando a comunidade cria sentimentos de ‘‘pertencer à escola’’,
faz com que os seus membros se apropriem do espaço público e esta atitude deve ser
pensada como uma prática social. E assim, quando as práticas sociais nos fins de
semana passam a permear o cotidiano da escola através da abertura não só dos muros
das escolas e sim da abertura das pessoas, elas passam a construir a escola que
desejam e assim se apropriam do espaço que é de direito. Segundo NOLETO (2008,
p.53, v.3): ‘‘A possibilidade de participar, de construir coletivamente gera o
sentimento de pertencimento, de fortalecimento da autoestima e de busca do bem-estar
comum, que são requisitos para o efetivo exercício da cidadania no cotidiano’’.
A escola e seus atores que se dispõe a construir uma Escola Aberta deverá estar atenta
à relação escola-comunidade e repensar a sua prática para que a comunidade perceba a
escola como um bem público, que é de todos e se apropriem desse bem.
(RODRIGUES, 2010, p. 7)

A alternativa que apontamos aqui surgiu justamente da nossa participação no Curso de


Formação de Gestores Públicos e Agentes Culturais, que acima de tudo nos fez perceber a
responsabilidade que temos, não apenas como críticos ferrenhos da falta de equipamentos
culturais em número suficiente ou mal distribuídos, que impedem o acesso de todos os munícipes
às ações culturais, mas principalmente porque nos ampliou a visão das possibilidades de projetos
socioculturais concebidos e elaborados objetivando o desenvolvimento de atividades culturais
nessas comunidades.
Sobretudo como agentes culturais, podemos buscar uma alternativa junto aos órgãos
governamentais nas esferas municipal, estadual e federal, para a aproximação dos projetos
socioculturais que estejam em consonância com os objetivos do Programa Escola Aberta e assim
promover e ofertar as atividades necessárias para manter o programa em funcionamento com a
participação efetiva da comunidade, facilitando a consecução das ações por utilizar o espaço
público existente e que fica fechado nos fins de semana.
Os projetos socioculturais viriam da união de agentes culturais com empresas,
associações comunitárias, órgãos governamentais e pessoas da própria comunidade que
poderiam participar como oficineiros, público e até conselheiros em todas as ações.
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Projetos voltados à realidade cultural local, sem imposições de culturas hegemônicas,


ou de priorização de uma manifestação artística em detrimento de outras. Somente com uma
abertura real e evidente para a manifestação cultural local, a participação da comunidade seria
cada vez maior, e por conseguinte os objetivos de empoderamento mais facilmente alcançados.

2.2 DO QUÊ O PÚBLICO JUVENIL MAIS GOSTA?

A juventude é um tempo de todas as possibilidades, da experimentação, da costumeira


falta de limites e de uma energia quase sempre inesgotável.
Por isso mesmo, qualquer projeto ou programa que tenha a juventude como público
necessita da participação de agentes abertos ao diálogo e às ideias.
Mais do que ofertar atividades, é preciso aguçar a observação e os ouvidos.
Como o nosso trabalho procura analisar a manutenção das políticas para a juventude
mais eficientes e eficazes e principalmente a efetividade do Programa Escola Aberta que
aproxima a escola da comunidade e por isso torna possível o combate à vulnerabilidade local,
precisamos estar atentos às atividades que recebem maior aprovação e frequência, por isso
mesmo devem ser ampliadas e ofertadas de forma contínua.
A prática de esportes sempre agrada a maioria, sendo o futebol o esporte de maior
aceitação em todas as comunidades que conhecemos, talvez por influência da tradição brasileira
ou mesmo porque desde pequenos os meninos utilizem a bola como lazer no tempo ocioso. Mas
vislumbramos o vôlei com boa aceitação entre o público feminino.
Em qualquer programa onde o público seja jovem, deve-se incluir a prática de, pelo
menos, um esporte, que neste trabalho apontamos as duas modalidades, o futebol e o vôlei, não
incluindo a capoeira (classificada aqui como manifestação cultural por seu tombamento), porque
na comunidade do entorno da UE aqui citada, é com certeza a atividade com maior número de
adeptos e que envolve o público de forma indiscriminada, com aceitação em todas as idades e
participantes dos dois gêneros. Um fenômeno de participação, com público e assistência em
quaisquer horários ou dias em que for ofertada.
Como manifestação cultural, além da capoeira, a dança em todas as modalidades já
ofertadas encontra enorme aceitação, seja como expressão corporal, demonstração artística,
registro histórico-cultural indígena, africano, frevo, samba, dança de rua, dança de salão, funk,
hip-hop, ou mesmo como exercício coordenado como a zumba ou a lambaeróbica, enfim, faz
enorme sucesso com a juventude e amplia as habilidades cognitivas.
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O teatro também apresenta um número considerável de interessados, mas não apenas


para a atuação em palco, é a modalidade que mais demonstra a gama de interesses de atividades
artísticas nos jovens, pois alguns se interessam por sonorização, iluminação, cenário, vestuário,
até mesmo como autores e diretores. Possibilita o aumento da autoestima, a diminuição da
timidez, o desenvolvimento da oratória, que vem a ser muito adequado em futuras e possíveis
entrevistas de emprego e etc. Uma extraordinária mostra do interesse por manifestações
culturais, que infelizmente no dia a dia da escola, a carga horária da disciplina de artes não
oferece tempo suficiente para o aprofundamento necessário.
À medida que uma oficina de teatro encontrasse continuidade, estamos certos que o
interesse pelo cinema seria consequência e com todo o avanço tecnológico atualmente
disponível, logo veríamos frutos despontando sem qualquer dúvida.
O encantamento da arte circense também possui muitos interessados, números de
mágicas, malabarismo e sobretudo os palhaços encontram representantes no público jovem que
admira o ídolo de São Gonçalo, George Savalla Gomes, o Palhaço Carequinha.
Outras artes, como poesia, composição, também encontrariam adeptos, em um número
menor, mas aumentaria a partir da percepção dos resultados de oficinas com esses objetivos.
A pintura e as artes gráficas fazem sucesso certeiro com técnicas de grafite e
disponibilizadas em programas como o Escola Aberta seria uma forma preventiva para a
pichação dos diversos ambientes da escola. Sabe-se que o grafite foi utilizado com sucesso junto
aos trabalhadores da reciclagem, que tiveram seus carros e carroças de recolhimento pintados e
se sentiram valorizados e inclusos, e prestando um serviço de grande valor à sociedade.
É enorme a gama de interesses em atividades culturais no público juvenil das
comunidades do município de São Gonçalo, daí a possibilidade de sucesso para os projetos que
objetivassem este público e encontrassem no espaço das instalações da escola um local
disponibilizado para sua execução.
Quanto à iniciação para o trabalho, oficinas voltadas à tecnologia, computadores
(treinamentos de usuário ou mesmo manutenção), programas gráficos, elaboração de jogos,
encontrariam um público ávido por este conhecimento.
Ouvimos alguns participantes e registramos suas opiniões:
“O Escola Aberta me ajudou com meu dia a dia. É mais uma atividade no fim de
semana. O Programa também ajuda os alunos que estão com problemas em casa ou
nas ruas. Para mim o Escola Aberta é uma coisa que não tem como descrever em
palavras... Eu acho que é muito bom fazer isso nas Escolas. O futebol, a capoeira, as
aulas de Zumba, são coisas boas para todas as pessoas e o Projeto é maravilhoso,
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porque gosto muito dos funcionários da escola e de todos que participam como
professores. (Iuri Rodrigues Lucas – 6ª série/2015)

“Eu acho que o projeto Escola Aberta deveria voltar porque era muito divertido e
ocupava a mente das pessoas. A capoeira me faz sentir importante”. (Kelly Cardoso –
8ª série/2015)

“O Escola Aberta era bom para a saúde e ocupava o tempo da gente nos fins de
semana, o futebol, o vôlei, as mesas de totó, eu gostava de tudo”. (Mateus Lucas – 8ª
série/2015)

“Achei muito bom, pena que acabou. Tive oportunidade de treinar usar um
computador”. (Eurídice Plouvier – mãe de aluna do Ensino Médio/2015)

“Trabalhar nesse projeto foi uma ótima experiência, aprendi muito como profissional e
como ser humano, pois pude lidar com pessoas de várias idades e classes sociais,
trabalhando em um projeto que prioriza e incentiva a educação de qualidade”. (Fábio
de Jesus Mesquita – Oficineiro de Informática)

2.3 A IMPORTÂNCIA DO PERTENCIMENTO

Não adiantam fórmulas preestabelecidas e que já tenham sido utilizadas anteriormente.


O conhecimento e a observação atenta de cada comunidade é que tornará um projeto mais eficaz
e eficiente para a obtenção de um sentimento de pertencimento, que atuará como mola
propulsora na inclusão desses jovens de forma mais real.
É preciso antes de qualquer outra coisa, encontrar a abertura necessária para a parceria
do poder público com a sociedade e a fé na possibilidade real de trabalhar muito mais a
prevenção do que a repressão, o que aliás é o conteúdo que vemos em todos os discursos de
gestores públicos, mas que na prática vão aparecendo os entraves que terminam inviabilizando o
atingimento dos objetivos e ampliam ainda mais a exclusão dessas pessoas, contribuindo
fortemente para o avanço da vulnerabilidade das comunidades periféricas não só do município de
São Gonçalo como no país inteiro.
Não propomos nenhuma fórmula mágica pronta para extirpar um mal instalado e
organizado há tanto tempo. Procuramos mostrar que já existem políticas capazes de conseguir
resultados positivos, bastando para tanto que não sejam abandonadas. Talvez necessitem ser
revistas e atualizadas, principalmente diante de tanto movimento pelo qual a cultura vem
passando de organização de seus sistemas e instrumentos de legitimação, e a educação vivendo
um momento ímpar para reformulação de sua base curricular comum. E já existem Organizações
capazes de ofertar projetos socioculturais como parceria para o Programa Escola Aberta.
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No Rio de Janeiro é ainda mais evidente a proliferação de cursos, cursinhos e oficinas


que se utilizam de alguma linguagem artística para promover o chamado
“protagonismo” juvenil, a “elevação da autoestima” e a “conquista da cidadania”.
Algumas ONGs, como Grupo Cultural AfroReggae e a CUFA (Central Única das
Favelas, criada pelo raper MV Bill), adquiriram uma grande visibilidade, que inclusive
transbordou as fronteiras nacionais, propondo uma receita para “solucionar” o
problema do grande contingente de jovens e adolescentes envolvidos com o “tráfico”,
através do engajamento deles em atividades artístico-culturais. Essa proposta, nos
últimos anos, encontrou uma alta receptividade: hoje a CUFA está presente em todos
os estados brasileiros e em 10 países no exterior. O sucesso dessa organização
contrasta significativamente com a crise geral que atingiu o mundo das ONGs,
sobretudo aquelas mais antigas e formadas no contexto da redemocratização
(especificamente, as ONGs ligadas à Associação Brasileira de ONGs). Enquanto estas
últimas estão fechando as portas ou sobrevivendo à custa de um considerável
redirecionamento de suas atividades, formas de organização e objetivos políticos, as
ONGs cariocas de “base comunitária” (ou seja, baseadas nas “comunidades”, forma
“positiva” de chamar as favelas) e que propõem soluções ao problema da violência
(como o Viva Rio, o Grupo Cultural AfroReggae, a CUFA, Nós do Morro) proliferam.
(TOMMASI, 2013, p. 20)

Sabemos dos resultados diversos de ações implementadas nas comunidades vulneráveis,


mas também sabemos que não devemos generalizar de nenhuma maneira, porque o que
desejamos apontar aqui é justamente a possibilidade da ocupação do tempo ocioso dos
adolescentes e jovens em situação de exclusão e risco. Se encontrassem no espaço da escola,
atividades prazerosas, esporte, lazer e principalmente cultura, de forma contínua, teriam uma
oportunidade de ampliação de seus conhecimentos e ao mesmo tempo não estariam nas ruas,
além de realizá-las junto às suas famílias e no próprio local onde vivem, não necessitando onerar
a renda familiar para aproveitá-las, promovendo a inclusão.
Nossa Constituição Federal promulgada em 1988, postula em seu artigo 215, que o
Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura
nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. E através
do parágrafo 3º, determina que a lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração
plurianual, visando ao desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder
público que conduzem à: item II, produção, promoção e difusão de bens culturais, e item IV,
democratização do acesso aos bens de cultura, garante-nos a possibilidade de implantação de
projetos socioculturais capazes de atender os objetivos de empoderamento de comunidades
através da promoção da prática cultural local. Uma ação que exercitará o pertencimento e
estimulará os saberes e fazeres culturais de transmissão oral existentes, valorizando todos os
participantes e contribuindo com a inclusão dos mesmos.
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Pudemos constatar que uma política pública cultural pode operar mudanças
significativas, como já aconteceu quando Marilena Chauí, filósofa paulista e professora da USP
foi Secretária Municipal de Cultura de São Paulo no governo de Luiza Erundina de 1989 a 1993,
evidenciando em seu artigo “Cultura política e política cultural” algumas ações capazes de
efetivar o que está garantido na Constituição Brasileira:
O projeto cultural colocou-se, portanto, na perspectiva da democratização da cultura
como direito à fruição, à experimentação, à informação, à memória e à participação.
Contra a violência visível e invisível dissimuladas pela mitologia da não-violência,
demos prioridade a programas de compreensão crítica da sociedade e da história
brasileiras. Conta o universo da mass midia, demos ênfase ao caráter expressivo,
experimental e diversificado da criação cultural como trabalho. Contra o populismo,
procuramos expandir a rede de serviços culturais que garantisse às camadas populares
o acesso à informação e às formas mais avançadas da produção cultural. Contra o
elitismo oligárquico, procuramos desenvolver não só projetos de memória social, mas
sobretudo tornar visível que somos todos sujeitos culturais, mesmo que não sejamos
todos criadores de obras de arte e de pensamento. Os programas visavam à formação
(escolas e oficinas, seminários e cursos), à informação (bibliotecas, discotecas,
arquivos históricos, videotecas, acesso a teatros, museus e cinemas), à reflexão crítica
(memória oral, memória social e política), ao lazer e à solidariedade social (grandes
eventos de música e dança ao ar livre), à garantia de acesso aos bens culturais e à
criação cultural (ampliação e extensão para a periferia mais pobre da cidade da rede de
bibliotecas, videotecas, discotecas, escolas de arte, teatros, centros culturais e casas de
cultura, museus e casas históricas). (CHAUÍ, 1995, p. 84)

A alternativa inclusiva dos projetos socioculturais exige observação atenta e busca da


melhor forma de aproximação entre o Programa Escola Aberta e a adoção de atividades
prazerosas e significativas, envolvendo as comunidades do entorno da Unidade Escolar. Um
meio de manter ocupados os adolescentes e jovens em seus horários ociosos, sem que para isso
precisem comprometer a pequena renda familiar. A oferta de ações e atividades culturais, como
dança, teatro, circo por exemplo, não fazem parte da rotina desse público, que justamente pela
novidade (motivação costumeira juvenil) terá melhores chances de sucesso.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os projetos socioculturais que defendemos como alternativa de inclusão para os


adolescentes e jovens das comunidades vulneráveis de São Gonçalo, porque é também onde
vivemos, são todos aqueles que estiverem disponíveis e prontos para uma parceria com a
Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro para serem ofertados no Programa Escola
Aberta - PEA em nossa comunidade e em todas as demais do nosso estado, visando uma
aproximação verdadeira e efetiva da educação com a cultura.
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Evidenciamos que é preciso combater a vulnerabilidade e promover a inclusão


vislumbrando a possibilidade de uma ação Arte-educação citando a afirmação de Ana Mae
Barbosa:
“Teremos no futuro a forte influência dos movimentos de arte comunitária na arte-
educação formal. Aqueles movimentos superam o perigo de negar a informação de
nível mais elevado para a classe popular. Arte comunitária no Brasil é caracterizada
pelo intercâmbio de classes sociais nos Festivais de Rua, comemorações regionais e
nacionais, festas religiosas, etc. Instituições como a FUNARTE estão desenvolvendo
programas comunitários de arte (Projeto Fazendo Arte) numa escala de projeção
nacional e a cada ano as Secretarias Estaduais da Cultura estão mais engajadas neste
tipo de programas porque eles trazem votos nas eleições. (BARBOSA, 1989, p. 182)

É justamente este o ponto principal que norteou nossos estudos. Não é bom para
nenhum município, estado ou país, que seus adolescentes e jovens se tornem infratores e
coloquem em risco suas próprias vidas e dos demais em suas comunidades. Daí, também não é
interessante para nenhum gestor público, que a vulnerabilidade detectada alcance níveis cada vez
maiores. O combate eficiente, através de políticas públicas culturais e a adoção de projetos
socioculturais, acabaria por promover uma maior aceitação desse gestor em eleições, para
quaisquer ocupações públicas a que se candidatasse, o que o levaria a abraçar e defender a ideia
desses projetos.
As diversas organizações da sociedade civil, as associações e os agentes culturais diante
do que expomos, devem encontrar a abertura necessária para utilizar o espaço físico das escolas,
de forma que possam executar seus projetos e atividades culturais que estejam em consonância
com os objetivos do Programa Escola Aberta, desta forma ampliando a possibilidade de sucesso
e de inclusão desse público, assim como a continuidade do PEA através da entrada de subsídios
trazidos por esses projetos.
A adoção de uma política pública para a juventude que não esteja restrita apenas ao
repasse de verbas governamentais, mesmo que pareça a princípio algo difícil, não é impossível.
Existem empresas que se interessam pela ocupação do tempo ocioso dos jovens do entorno, até
mesmo na preparação e desenvolvimento de mão de obra mais qualificada. E o governo
municipal abraçará a causa, tendo em vista serem ações de prevenção à vulnerabilidade e
também uma contribuição positiva à imagem do gestor comprometido e responsável.
13

REFERÊNCIAS

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desafios para políticas públicas. ABRAMOVAY, Miriam et alii. – Brasília: UNESCO, BID,
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APÊNDICE

Oficina de Informática – Programa Escola Aberta Ciep 309/2015


Alunos da Escola e familiares participando

Oficina de Capoeira – Programa Escola Aberta Ciep 309/2015


Alunos da Escola e familiares assistindo

Futebol e Vôlei – Programa Escola Aberta Ciep 309/2015


Alunos da Escola e familiares participando
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Oficina de Dança – Programa Escola Aberta Ciep 309/2015


Alunos da Escola e familiares assistindo

Oficina de Teatro – Programa Escola Aberta Ciep 309/2015


Alunos da Escola e familiares assistindo

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