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Regra processual, ela é auto-aplicável, então não têm o que retroceder, dali pra frente, entrou
vai ter que saber operar o NCPC. Nós temos um código de processo, mas não é autônomo
como o civil e penal, estamos misturados na CLT, em primeira parte do CLT teríamos o direito
material, só vale para quem é empregado, que atinge o artigo 3 da OAB, e faz direito ao direito
material, e na segunda parte, o processo do trabalho, e esse vale para todos os trabalhadores,
e não só o emprego do art 3, nesse o autônomo entra exemplo, mesmo não sendo
empregado, e usa o processo do trabalho para isso. Mas esse nasceu depois do primeiro CPC,
de 1943 em vigência, e o legislador processual trabalhista compôs a regra na CLT, mas não fez
de modo completo e amplo, pegou como base um art da CLT, o 769, e no quê a CLT for omissa,
e o que o processo do trabalho for omisso, aplica o CPC, logo, existindo omissões e aplicações
do CPC na CLT, se mudou o CPC muda o processo do trabalho, pois têm essa aplicação
subsidiária. NCPC é mais moderno, melhor, veio para contemplar a advocacia, simplificou
muita coisa, trouxe questões jurisprudenciais para o texto legal, e aproximou o advogar e o
tramite processual propriamente dito.
É um código democrático:
constituído por comissão de juristas e amplamente debatido, foi pra câmara e senado, e
voltou, vou bem discutido e não imposto.
Novo CPC ficou mais parecido com a CLT, no tocante a condução e abordagem do processo do
trabalho , exemplo audiência de conciliação, temos o principio conciliatório, onde todas as
demandas se inicia através de uma tentativa de conciliação, e se não haver vai pro processo, o
NCPC trouxe o mesmo, mas as partes podem querer se querem ou não a conciliação, diferente
do processo do trabalho, que é obrigatória, ou seja nem a defesa consegue juntar
efetivamente (no pje você consegue e manda no sistema, mas ela só entra no processo depois
que as partes tiveram o acordo homologado (ter uma composição).
NOVO CPCP
Art 14 – a norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em
curso, respeitando atos processuais praticados, e situações políticas sobre norma (se sai hoje,
de ontem para trás tão valendo, mas ato daqui pra frente é outro, agora é novo modo
operanti, novo prazo).
NOVO CPC
1.045 – este código entra em vigor após decorrido 1 ano da data de sua publicação oficial.
1.046 – ao entrar em vigor este código, suas disposições se aplicarão desde logo aos processos
pendentes, ficando revogada a lei 5.869/73
VIGÊNCIA
“Porque esse critério, a lei n 13.105 (NCPC) foi sancionada no dia 16 de março de 2015, e
publicada no Diário Oficial da União no dia 17 de março de 2015 (dies a quo), tendo como
termo final o dia 17 de março de 2016 (dies ad quem). Assim, incluindo o dia da publicação e o
último dia do prazo de vacância, conclui-se que o Código de Processo Civil entrará em vigor no
dia 18 de março de 2016”. (fabiano carvalho. )
IMPORTANTE
QUESTIONAMENTO
DISPOSITIVOS LEGAIS :
O clássico art 769 CLT (subsidiariedade continua pelo CPC no processo de conhecimento)=
aplica no processo de conhecimento, desde a propositura da reclamação trabalhista até o
transito em julgado, momento em que o poder judiciário têm conhecimento, e vai proferir sua
decisão, faz entrega de tutela jurisdicional, é a fase de conhecimento, da petição inicial até
transito em julgado. Se transitou em julgado, têm outra fase após, de execução (NCPC chama
de cumprimento de sentença, mas ainda execução)
Art 889 que trata da aplicação da execução (subsidiária) – ele diz que quando CLT for omissa
na questão processual, deve aplicar o CPC, com uma ressalva, desde que o CPC não ofenda, ou
vá de encontro com os principais gerais do direito do trabalho. O maior principio é o protetivo,
e quem protegemos no direito do trabalho é o trabalhador, pode usar o CPC, desde que não
prejudique o trabalhador. Isso protege contra uso de coisas do ncpc do outro lado pra ir contra
o trabalhador. Ela diz que antes de ir pro CPC precisa ir pra LEF (lei de execução fiscal), e só se
essa for omissa vai pro CPC.
Art 15 do NCPC – traz situação interessante, ele para de falar de subsidiária, para de falar em
omissões, fala em supletiva, esse ta ligado a complementar, pode ser que norma existe, mas
está um pouco manca, pode ser que exista uma melhor no CPC, então vou unir essas duas
normas, a supletiva, lei pode falar, e então complementar, agora não é só faltar algo lá pra
poder ir pegar aqui. Isso a jurisprudência já tratava, a questão do 45 SJ 475 J. como intimar a
pessoa através do advogado, e não ter que procurar a parte.
EXPRESSÕES SINÔNIMAS
“Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho,
exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título”
Não pode algo incompatível, esse final de texto é importante, é um freio para aplicação do 15
NCPC, desde que não sirva para atrapalhar sentido maior que é a proteção do trabalhador.
Podemos achar muitos problemas, então vai ser o conceito principiológico que vai salvar de
magistrados, então devemos observar o bem do trabalhador. Então ter cuidado, no civil, as
pessoas tem paridade, diferente do trabalho, onde não há paridade, então nem tudo pode ser
aplicável
“ Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que não contravierem ao
presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a cobrança judicial da
dívida ativa da Fazenda Pública Federal.”
Pede para aplicar a LEF, e se LEF for omissa vai para CPC.
ART 15 – NCPC
“Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições
deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente.”
O artigo 15 do NCPC não contraria os artigos 769 e 889 da CLT. Ao contrário, com eles se harmoniza
A pratica e o exercício diário do processo do trabalho assim como a jurisprudência a ser formada, serão
os responsáveis pelas definições de aplicabilidade do NCPC.
Por fim, não podemos nos olvidar do entendimento moderno da doutrina que caminha no sentido de que a
regra do art 769, da CLT, deve ser vista como uma regra de proteção da CLT e não podem impedir a
aplicação de normas do CPC que, na evolução legislativa, tornam-se mais efetivas do que aquelas
previstas na CLT. Ou seja, mesmo que a CLT não seja omissa, não se pode recusar a incidência do CPC,
quando neste esteja mais avançado no aspecto específico. (é um entendimento doutrinário antigo já).
Celeridade processual, fazer andar rapidamente, são princípios, e esses se sobressaem sobre a
legislação. Então surge a aplicação de normas do NCPC que são melhores que da CLT.
A peça mais importante e mais difícil de se fazer, não se têm impressão por começar com ela, e primeiros
passos com advocacia, mas não é tão fácil inicial, embora seja mais ilusória ser mais fácil fazer “petições
iniciais” mais do que um “recurso”, em um recurso extraordinário, você trata de uma única tese, que foi tão
debatida que quando vai para o STF pra ser julgado, só têm uma tese para ser discutida, algo ali é contra
a constituição, por “esse e aquele motivo”, então é mais fácil sustentar tese em um recurso extraordinário,
é técnico, tem admissibilidade complexa, mas a tese em si é muito mais tranqüila que a tese de uma
reclamação trabalhista, pois ela não se resume a uma, mas várias teses, interessante, você se depara
com petição inicial na esfera civil, puramente processual civil, faz uma petição, e dificilmente faz 4 pedidos
ou 5, têm poucas teses, e poucos para sustentar, e difícil achar, principalmente é o prejuízo físico, moral e
o que deixou de ganhar, normalmente se resume a isso. Em trabalho pode chegar de 30 – 40 teses, é
bem mais complexo.
O impacto do NCPC não foi tão grande, o maior impacto veio do PJE, que impactou mais do que a NCPC.
REFLEXÃO INICIAL
No tocante a fase de conhecimento, o que envolve diretamente a petição inicial, importante conhecer
alguns artigos que contemplam as normas fundamentais do NCPC que servirão de base para argumentar
na aplicação subsidiária e supletiva. (pequenas regras processuais estão calcados no NCPC, que traz
regrinhas, que você não vai descrever na inicial e nem citá-la, mas conhecer para dar clima técnico
necessário para peça.
NCPC:
Art 4 - “As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do
mérito, incluída a atividade satisfativa.” É uma regra processual do NCPC, antes era
principio, agora é lei, e magistrado precisa colocar em prática. Se processo está
demorando para ser apreciado, ou despachado em determinada situação, pode
atravessar uma petição lembrando o juízo que existe o artigo 4, sendo regra a
razoabilidade da velocidade da solução.
Art. 6o “Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha,
em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.” Complemente aos outros
artigos.
Numero da CTPS, data de nascimento, nome da mãe, PIS, não tem como fugir, quando entra no PJE precisa cadastrar
todos esses dados. Advogado de reclamado, a “sofrida” na parte processual pelo menos, na petição inicial, não irira
colocar “Excelentissimo ..” e “fulano de tal já cadastrado devidamente na cadastrado no cadastro do PJE”, é inócuo
hoje colocar repetido todos os dados novamente, é incoerência repetir tudo, mas isso devagar vai entrando no eixo, e
lembrar que parte já está qualificada na procuração, lá já está qualificado, muita coisa que não precisa mais... Logo
logo ficará mais simples o processual.
No tocante ao Formato importante saber que não existe um modelo específico para a
confecção da petição inicial de reclamação trabalhista, desde que preencha os
requisitos legais. (não têm formato definido na lei falando como teve ser, só sabe que
precisa cumprir o 319 e fica “bonitinha”, então é bom dividir em partes essenciais”)
É o profissional advogado que irá dar o formato à peça, no entanto, para que exista
um ponto de apoio na confecção podemos dividi-la em 7 partes (mandamentos).
(essenciais) :
6) PROVAS: Deverá protestar pelas provas que pretende produzir (art. 845 e 787
da CLT c/c 319, VI e 320 do NCPC). Prova flex, trouxe o ônus da prova Flex,
todo ônus de prova foi mudado. (estudar em outra aula)
7) VALOR DA CAUSA: (art 319, V do NCPC).
Art 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts.
319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o
julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a
emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou
completado. (antigamente funcionava, tava viciada a petição inicial ? ele extinguia,
principalmente na esfera processual civil. Hoje não pode, de acordo com o artigo, juiz
não pode mais extinguir processo, sem antes dar oportunidade para parte corrigir o
vício, é correção de vicio ampla, e não correção de vicio pequeno e pontual. Ele fala
de aditamento e emenda da petição inicial. Se fizer corte na calça e rasgar, tropeçado,
e vai até costureira tapar o buraco, se quer corrigir essa falha, você emenda a calça,
costurando ela. Se calça ta perfeita e coloca um cinto, está aditando a calça, trazendo
elemento novo para a peça para somar na peça. É analogia pra entender a diferença.
Se petição ta rasgada, falha, confusa, viciada, não consegue entender, falta
fundamento, esclarecimento, e você vai emendar a petição inicial, mas se faz petição
inicial e esqueceu de fazer pedido de dano moral, mas resto da peça ta perfeita e sem
vício, coloca na peça através de um aditamento. Então determinaram que juiz não
pode extinguir sem antes dar chance de corrigir, fazendo por emenda ou aditamento.
Velho CPC não tinha essa amplitude imensa. 319 são requisitos de petição, se faltar
algum pode corrigir na petição inicial, como pedido de prova, valor de causa, e até
faltar falta de pedir ou pedido, antes era pau, agora tudo corrige, é emendar. O 320
trata dos documentos essenciais para inicial, se esquecer procuração, ou juntar CTPS
não pode extinguir processo, juiz dá prazo para arrumar, e ai é aditar, não existia e é
somado. Se não corrigir em 15 dias extingue processo. No sumaríssimo, é mais
radical, têm legislação própria dentro da CLT, que se não preencher partes pontuais, o
processo é extinto, como não dar endereço correto da reclamada, extingue processo e
indefere petição inicial, por não ter citação por edital, a lei é expressa e não há
omissão não pode usar 769, por já ter pontual aqui. O NCPC diz que é supletivo, e o
principio fala que é pra ser efetivo, então vale mais não extinguir o processo e dar 15
dias do NCPC, então é uma opção de acordo com o principio. Se é advogado do
reclamante, e voltou carta e empresa não está lá, por ordem do art 321, trago o novo
endereço para citação, requerendo que não seja extinto o processo. Imagina que
houve primeiro arquivamento, interrompeu prazo prescricional, e esse segundo
arquivamento vai te prejudicar, pois interromper prazo para propositura de outra ação
é só uma vez, interrupção de prazo prescricional é uma vez só, e já gozou do
benefício, se arquivar de novo ta prescrita, se juiz extingue, então você recorre, e pede
nulidade da decisão que arquivou pois fere artigo 321 do NCPC, é matéria de lei, esse
leva até o TST de recurso de revista, o juiz ta julgando contrário à lei federal, o NCPC.
Art. 787 CLT – “A reclamação escrita deverá ser formulada em 2 (duas) vias e desde logo acompanhada
dos documentos em que se fundar.”
Art. 320 NCPC “A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.”
RITO ORDINÁRIO:
(como se fosse o pequenas causas na justiça do trabalho, nosso “JEC”, não temos mas é um “JET”, mas
temos o rito sumaríssimo, tudo que estudamos até aqui se aplica ao ordinário, composição de peça e
resto, no sumaríssimo têm regras próprias, não são muitas, mas existem requisitos para seguir para
processo ter andamento. O grande separador de águas foi o valor da causa, se valor for igual ou maior
que 40 salários mínimos, é rito ordinário, e se igual ou inferior a 40 salários mínimos é sumaríssimo. Não
precisa pedir para juiz, no sumaríssimo é pra fundamentar na CLT o que fala os sumaríssimo, mas não
precisa dizer “estou entrando com o rito ordinário”, pois o que é ordinário se pressume, o especial e
específico que precisa falar o que está entrando “estou entrando com o sumaríssimo”. Pedidos não
precisam ser liquidos, pode por estimativa, não precisa calculo, valor da causa também é estimativa, mas
não pode chutar o balde exagerando, lei não cobra precisão no calculo.Têm problema grave, que é
questão das custas processuais, nem sempre se consegue gratuidade, no NCPC partes precisam ter boa
fé, hoje para impugnar justiça gratuita, é sempre bom, principalmente no lado da empresa, pois as vezes
o cliente é empregado, têm posses, as vezes reclamante diferenciado, então impugna dizendo que não
faz jus da justiça gratuita, e pede de acordo com 4 e 5 do NCPC, precisa de boa –fé, e quando alega algo
que não é verdadeiro, e não quer arcar com custas, não age com boa fé, pode entrar com processo de 1
milhão, mas se não dar certo é 2% de custas, se não recorrer ainda paga, e se for recurso protelatório,
têm acréscimos da procrastinação. É bom pra advogado da empresa – reclamada-, pois cobra honorários
emcima do valor da causa, quando chega valor da causa alto, fala que é “boa para se defender”, fala
“olha o tamanho do valor da causa”.
O rito ordinário compreende todas as demandas acima de 40 salários mínimos, trata-se da regra geral
quanto a confecção da Petição inicial
RITO SUMARÍSSIMO :
Nos termos do art. 852 –A da CLT, os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o
salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento
sumaríssimo, estando excluídas deste procedimento as demandas em que é parte a administração
pública direta, autárquica e fundacional.
(mesmo que entre com ação pequena contra adm pública, vai pelo ordinário, não sumaríssima, pessoas
não se atentam a algumas situações, mas são indicativos importantes para refletir, não pode sumaríssimo
contra município, estado, prefeitura, federação, empresa pública, porquê quando se entra com rito
sumaríssimo há alguns prejuízos processuais, para autor e réu, reclamante e reclamada, pode ser mais
rápido, mas vai ter prejuízo. Pode só 2 testemunhas – diferente das 3 do ordinário – se tiver 3 teses, e
uma testemunha para cada tese, 1 vai ficar manca, se for no ordinário ia ter, se juiz não deixar ouvir
testemunha ele que se foda, é pra discordar e falar que é pra ouvir todas as 3, se ele falar que dispensa,
é porque ele dispensa, então faz protesto na ata, têm armas no ordinário, no sumaríssimo armas são
suprimidas, recurso de revista no sumaríssimo é só por ofensa a jurisprudência – e OJ - e CF, se TRT
julgar contrário à lei federal, não pode fazer nada fora sentar e chorar, pois é sumaríssimo, optando
concorda supressão recursal. A vantagem de entrar pelo sumaríssimo não é conhecida, não têm grandes
vantagens, até a velocidade varia dependendo de região, mas é algo pra refletir.
Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo o pedido deverá ser certo ou determinado e
indicará o valor correspondente (art 852-B, I) (no sumaríssimo precisa falar quantas horas extras quer, e
quanto vale cada, se quiser equiparação precisa falar o prejuízo contra o paradigma e definir valores, nem
teria que te liquidação de sentença, já têm que sair líquida, isso é que legislador têm intenção no
sumaríssimo. Se não fizer com valores expressos é inepta a petição inicial, na tese do artigo estudado,
dava pra emendar, mas sem ele senta e chora.)
O endereço informado para notificação da reclamada deverá estar correto sob pena de arquivamento da
reclamação, uma vez que não é possível neste procedimento a notificação/citação por edital (se não
achar, em tese têm que arquivar, não existe citação pro edital, sumaríssimo é rápido, pelo menos têm que
falar onde localiza a coisa)