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Platão, no "Banquete", alude a esta incompletude, através do mito do andrógino primitivo.

Neste
diálogo, Platão põe na boca de Aristófanes a construção de um discurso sobre o Amor, a sua origem e a
sua natureza. Aristófanes narra-nos a história de uns seres originários (os seres andróginos), de natureza
dupla, com quatro pernas, quatro braços, duas cabeças, dois corações e dois sexos. Eram seres de
enorme força, inteligência e orgulho, pelo que decidiram desafiar os deuses na sua autoridade.

Os deuses, porém, não podiam suportar a arrogância e o sentido de autonomia de semelhantes seres,
pelo que, necessitando embora dos seus serviços e prebendas, decidiram cortá-los ao meio, de modo a
diminuir o seu poder e pôr fim ao seu orgulho. Nesta operação, participou não só Zeus mas também
Apolo, seu filho dilecto.

"O umbigo que está constantemente abaixo dos seus olhos é a cicatriz dessa vivissecção constitutiva"
(Brun, 1994: p. 174). Desde então, diz-nos Aristófanes, "cada metade, suspirando pela sua metade, ia ter
com ela; abraçando os seus corpos, enlaçadas uma na outra, desejando ser um único ser, acabavam por
sucumbir à inanição e, de um modo geral, à incapacidade de agir, porque nada queriam fazer sem a
outra metade. Zeus transporta então os órgãos sexuais para a frente do corpo de cada ser - enquanto
estes estavam na face exterior do corpo - de modo a permitir o acasalamento que assegurasse a geração
da espécie ou a satisfação dos desejos.

Sexo é religião – cada vez que se faz sexo está se religando. Em várias culturas diferentes, percebeu-se
essa relação, o sexo era uma coisa sagrada.

No mito de Kali, na Índia e nas celebrações celtas cujas orgias celebravam o ato criativo, observa-se a
sacralidade do sexo.

Na época romana o sexo foi desvinculado da religiosidade, porque, até a época dos gregos, beleza e
divindade caminhavam juntas – o cheirar e o comer era belo. As orgias romanas eram uma avacalhação
geral. Agostinho foi um dos que tentou resguardar a alma dessa dessacralização.

O movimento cristão vem tentar purificar essa degradação romana. Já na idade média, o sexo e tudo o
que estava interligado a ele virou profano, diabólico. A mulher, assim como o prazer nesse patriarcado
virou culpado, reprimido.

A religião virou renúncia e ascetismo, saída e condenação do mundo : a clausura ; tentação versus
salvação e misoginia, horror da mulher.

Portanto o sexo que na antiguidade era sagrado, agora virou pecado.

A renascença veio abalar a mentalidade medieval. A relação homem/mulher e o casamento estavam


ligados a propriedade e ciúmes.O toque é o elemento básico da sensualidade. A hipersexualidade da
época atual é justamente por uma hiposensualidade, ou em outras palavras, uma cultura com muita
falta de toque, tato.

A concepção evolutiva da antroposofia se distingue da ciência oficial que crê na descendência do animal ;
em um sentido, quanto mais para traz na evolução, mais espiritual e não animal .

Para que serve o sexo ? Reprodução, prazer, afeto, espiritualidade .

Individual é uma coisa que não se divide. Uma das maiores coisas esquisofrênicas é puxar o espiritual
para um lado e o sensual para o outro.

A alma da consciência exige que façamos escolhas livres e harmônicas com o eu – pressupõe auto
conhecimento.

Quando se tem uma proposta espiritual na vida, a primeira coisa que se tem que perder é a contradição
entre as coisas .

São apenas aspectos diferentes da vida.

As pessoas tem que ser o que elas são verdadeiramente. Não é a sexualidade que é sombria, é o ser
humano que tem um aspecto sombrio que pode mais facilmente se expressar na sexualidade.

A humanidade ainda não sabe amar. Quanto mais humanos nos tornamos, mais capazes de amar nós
somos.

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