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qVII – INFRA-ESTRUTURA LOCAL

VIII - CARACTERIZAÇÃO SOCIAL DA POPULAÇÃO RESIDENTE

8.1. Aspectos Populacionais


> População segundo faixa etária e sexo

A partir dos dados apresentados na figura VV, conclui-se que a


população é relativamente jovem, uma vez que 56,5% são compostas de
pessoas com até 25 anos, dos quais a maioria é do sexo feminino.
A faixa de maior percentual é a de 0 a 14 anos, indicando a necessidade
de maior cuidado dispensado, tanto pelas famílias quanto pelo Estado,
considerando-se os problemas constantes decorrentes dos diversos aspectos
sociais, culturais, econômicos etc., pertinentes a essa faixa de idade.
Outro aspecto significativo observado é a população de 15 a 45 anos,
considerada de maior ênfase à dinâmica da atividade agrícola, com 52,8 % da
população estudada, o que pode representar uma ênfase ao processo
produtivo do assentamento, destacando-se ainda que desse grupo de idades,
as mulheres formam um contingente de, aproximadamente, 60,6 %, fato que
pode se constituir em forte elemento de interação positiva na dinâmica
produtiva do assentamento.
Do que se observa, depreende-se que o assentamento, recebendo os
investimentos sociais básicos indispensáveis, tais como educação, saúde e
incentivo para a produção, a população assentada encontrar-se-ia em estado
favorável para atingir as expectativas e objetivos a que se propôs o
assentamento.
Figura VV - Demonstrativo da população do assentamento
Serra do Navio, segundo faixa etária e sexo.

Fonte: Dados de pesquisa de campo IEPA/RURAP (2006).

Procedência do produtor assentado

Conforme se pode observar na ilustração da figura DD, a população


assentada é formada, basicamente, de nortistas (50%) e nordestinos (41,7%),
enfatizando-se, por tamanho de contingente, procedências do estado do Pará,
Maranhão, Ceará e Amapá. Os amapaenses, como se constata, representam
minoria, fato que ilustra menor motivação para a participação na dinâmica
produtiva do assentamento em estudo.
Figura DD - Distribuição da população segundo naturalidade e última
procedência.

Fonte: Dados de pesquisa de campo IEPA/RURAP (2006).

Com relação ao exposto na figura b, constata-se que o processo


migratório é responsável pela maximização quantitativa da população
assentada, haja vista que a mesma é formada quase que na totalidade por
emigrantes, sendo 58,30 % originários da própria região norte, no Estado do
Pará; 33,3 % de outros estados onde a metade destes é nordestina, ficando o
Amapá com pequena parcela de 8,4% de amapaenses comumente deslocados
de outras comunidades para o assentamento, configurando um processo
migratório tanto interno ao próprio Amapá, como externo de origem em outros
estados da federação, especialmente do nordeste.

8.2. Organização Social

Síntese da ocupação da área e concessão de créditos

Dinâmica associativista no Assentamento de Serra do Navio.


Apesar do que demonstra o quadro ?? , existe no assentamento a
expectativa em se ter uma dinâmica efetiva do processo associativista, como
forma de favorecer o desenvolvimento do P.A. Serra do Navio. Constatou-se
que as entidades instituídas anteriormente, por ocasião da instalação e
implantação do assentamento, estão inativas. Os assentados sentem a
necessidade do funcionamento de uma associação que lute pelos seus
interesses, relacionados ao desenvolvimento de suas atividades como
assentados, e como cidadãos.
Um elemento facilitador ao atendimento dessa expectativa é a
existência das lideranças locais que, de qualquer forma, já exercem influência
positiva nesse intento, que é o caso dos lideres religiosos, professores, chefes
de família, etc.

Quadro ?? – Demonstrativo da dinâmica associativista do assentamento de Serra


do Navio.
Tipo/Nome da Data de No de Situação
Direção
Entidade Fundação Membros Legal
Sindicato da Economia 30 de julho 214 Em Representante
Solidária, do Município de de 2004 (25 atividade Elísio
SNV. assentados) Raimundo do
Carmo Pereira.
Fonte: Dados de pesquisa de campo IEPA/RURAP (2006).

Quadro ??? – Demonstrativo dos Principais Lideres do assentamento de Serra


do Navio.
Lideranças Locais Relacionamento
Elísio Raimundo do Carmo Representante da Igreja Católica
Pereira.
Marciano.... Representante da Igreja Evangélica
Maria de Lourdes Silva de Oliveira Diretora da Escola Direitos Humanos
Ednalva Pereira dos Santos Agente de Saúde
Fonte: Dados de pesquisa de campo IEPA/RURAP (2006).

8.3. Infra-estrutura Física


Na agrovila do assentamento existem três prédios públicos, construídos em
1997, (conforme quadro seguinte).
Quadro 1 – Demonstrativo dos Prédios Públicos da Agrovila do Assentamento
de Serra do Navio e Respectivas Condições de Conservação e Uso.
Prédio da Escola Municipal
Direitos Humanos – construído em
1997, em madeira-de-lei,
atualmente deteriorado.
No Centro Comunitário, onde
também funciona o pré-escolar
construído em alvenaria,
necessitando de reparos no
sistema de abastecimento de água
e energia.
Posto de Saúde na Agrovila
Fonte: Dados de pesquisa de campo IEPA/RURAP (2006).

▪ Transporte :

Nesse item são tratados dois aspectos significativos à dinâmica do


Assentamento: o primeiro refere-se às vias de acesso (estradas e
ramais/vicinais) e o segundo, aos meios e tipos de transporte.

Com relação às vias de acesso, toma-se como referência as informações


contidas no Quadro 2 ...........................................................................................

Quadro Q- 2 – Demonstrativo das Vias de Acesso do P. A. de Serra do Navio


Condição de uso
Trecho Extensão

100km Asfaltada (até o Município de Porto


Macapá / Serra do
Grande)
Navio = BR156 e 219 Km
120 km , terraplanado, sem asfalto e em
Perimentral Norte
regular estado de conservação e uso
Sede do Terraplanado, sem asfalto em regular
Município de estado de conservação e uso.
15 km
SNV/Colônia da
Água Branca
Terra batida – em precário estado de
conservação e tráfego, especialmente no
inverno.
O ramal que faz a ligação entre o
assentamento e o perímetro urbano da
Colônia de Água Branca é de difícil acesso
por sua topografia irregular, além de que,
no período de inverno se tornar bastante
escorregadio. Todos os outros ramais que
fazem ligação entre os lotes não foram
concluídos e isso tem trazido, ao longo dos
anos, muito prejuízo aos assentados, os
Colônia de Água
quais reclamam a perda da pouca
Branca / Agrovila
......./////. km produção que conseguem na safra.
do Assentamento
de São Silvestre

Fonte: Dados de pesquisa de campo IEPA/RURAP (2006).

Energia elétrica –

A energia elétrica disponível no assentamento é proveniente da Companhia de


Eletricidade do Amapá – CEA, a qual abastece apenas a agrovila que conta
com xxxxxxx residências além dos prédios públicos, como escola, posto médico
e centro comunitário. As casas localizadas nos ramais não possuem energia
elétrica, nem qualquer outro sistema de eletrificação.

Ainda referente a este item, é importante destacar que o serviço de manutenção


e limpeza do entorno da rede elétrica, apesar de ser feita habitualmente,
mostra-se insuficiente, fato este que poderá trazer perigo por causa das
eventuais queimadas e conseqüentes acidentes. Portanto, se faz necessário a
troca do posteamento de madeira por outros de concreto.

Comunicação –

A comunicação da população do assentamento com outras localidades é feita


por um único aparelho telefônico público, fato que restringe a interatividade
entre os seguimentos sociais, econômicos, culturais e religiosos. Também
existem, ali instalados, vários aparelhos de antena parabólica nas residências
da agrovila e ao longo do ramal principal por onde segue a linha elétrica.

Abastecimento de água –

A água utilizada na agrovila é proveniente de um sistema de poço artesiano,


sendo a água canalizada para as residências. Nas casas dos lotes o
abastecimento é feito pelo método tradicional - poço amazonas ou igarapé,
sem tratamento.

Equipamentos Agrícolas - ( ancinho, vassoura, pá, carrinho,????)

IX – ESTRUTURA DE RENDA DOS ASSENTADOS

A análise da estrutura produtiva do P.A. Serra para o estudo da


formação da renda bruta média, toma como base, o ano de 2005 das famílias
assentadas, classificando-a em: renda monetária e de auto-consumo.
Na referida análise, a renda bruta média das famílias assentadas tem
como base, os resultados das atividades agrícolas e criação de pequenos
animais, extrativistas e outras rendas, como por exemplo: venda de mão-de-
obra, bolsas, aposentadorias, etc.

Quadro TT: Composição da renda bruta familiar do Assentamento Serra do Navio, ano base
2005.
Renda bruta média familiar a.a. em
R$
Componentes
Valor médio Formação da Renda
a. a. Monetária Autoconsumo
Outras Rendas 6.163,27 6.163,27 ------
Atividade extrativista 1.480,73 1.081,82 398,91
Atividade agrícola e
1.112,50 808,64 303,86
criação de peq. animais

TOTAL ( ano) 8.756,50 8.053,73 702,77

Fonte: Dados de pesquisa de campo IEPA/RURAP (2006).

Conforme explicitado no Quadro TT, em termos gerais, a renda bruta


anual média por assentado é de R$ 8.756,50, que corresponde
aproximadamente a 2 SM /mês, sendo que a decorrente da dinâmica produtiva
agrícola, corresponde apenas a 12,70%, o que se constitui num contraponto
aos objetivos do assentamento. Uma ênfase significativa dessa renda total diz
respeito ao item outras rendas, correspondente a 70,39% do total da renda
bruta familiar, mostrando ser primordial para o sustento dos assentados. isso
revela que o P. A não está conseguindo desempenhar a sua verdadeira função
social e econômica, ou seja, produzir o sustento das famílias assentadas
através das atividades produtivas da terra.

Gráfico 9: Composição do segmento outras rendas (%).


Fonte: Dados de pesquisa de campo IEPA/RURAP (2006).

Para melhor elucidação, observe-se que esse item outras


rendas, enfatiza a venda de mão-de-obra (61,39%) do total da renda
familiar do assentamento, como fator de maior destaque, que é
ocasionado pelas atividades das mineradoras no município,
especialmente as concentradas na área do assentamento propriamente
dito. Além do mais se tem as rendas provenientes de bolsas do governo
(4,84%) e aposentadorias/pensões (4,36%), com um menor grau de
participação nesse segmento, conforme explicitado no gráfico 9.

Quadro 5 – Composição da atividade agrícola/criação de pequenos


animais e outras rendas (%).

Agricultura Extrativismo
Itens % Itens %
Farinha 6,97 Madeira 11,42
Arroz 1,66 Carvão 4,61
Cupuaçu 1,62 Caça 0,88
Outros 2,45
Total 12,70 Total 16,91
Fonte: Dados de pesquisa de campo IEPA/RURAP (2006).
Com relação à participação das atividades agrícolas/criação de
pequenos animais (12,70%) na renda familiar dá-se principalmente pelo
cultivo da mandioca que, através da comercialização e consumo da
farinha (6,97%), correspondendo aproximadamente a 55% do total desta
atividade, consegue se destacar dos demais produtos, pois o que chega
ao mercado consumidor local não é suficiente para suprir essa demanda.
Os demais produtos como o arroz (1,66%), cupuaçu (1,62%) tem menor
grau de participação. Dos produtos do extrativismo, destaca-se a extração
de madeira (11,42%), correspondendo aproximadamente a 68% do total
da atividade extrativa, sendo que a referida extração é seletiva, restringe-
se apenas às necessidades imediatas da população assentada, como por
exemplo, reforma de suas residências (Ver dados Quadro 5).

X – FORMAS DE OCUPAÇÃO, SEGUNDO FAIXA ETÁRIA E SEXO.

Nesse indicador, busca-se identificar o nível de participação


populacional na dinâmica produtiva do P.A. Serra do Navio.
Os dados do quadro TT são elucidativos da realidade referente à relação
da população estudada com a unidade produtiva, a partir dos seguintes
aspectos:
 Da população estudada, tem-se apenas 31,91% relacionada à
dinâmica da unidade produtiva, dos quais 10,64% diretamente,
trabalham na UP, enquanto que 19,14% estudam e trabalham na
UP, além de 2,13% formado por domesticas que trabalham na
Unidade Produtiva;
 O restante da população, aproximadamente 68,1%, está fora da
dinâmica da UP, o que pode representar um problema sério à
perenidade do assentamento Serra do Navio.
Quadro TT – Demonstrativo da população do Assentamento Serra do Navio,
segundo atividade, faixa etária e sexo.

Fonte: Dados de pesquisa de campo IEPA/RURAP (2005).

XI – VIABILIDADE COMERCIAL

A produção do PA é basicamente de subsistência, sendo que o pequeno


excedente de produção é comercializado na própria sede do município de
Serra do Navio, quinzenalmente. Conforme se observou in loco, o
assentamento passa por sérias dificuldades, que constituem fator limitante para
o desenvolvimento do mesmo, como precariedade do transporte p/ escoamento
da produção, falta de ramais e péssimas condições dos existentes, falta de
organização social, quanto ao processo associativista capaz de favorecer a
formação e implementação do mercado consumidor. Esses problemas fazem
com que os produtores se sintam cada vez mais desanimados com o futuro do
assentamento.

XII – SERVIÇOS SOCIAIS BÁSICOS


 Educação

Infra-estrutura escolar
Para atender a demanda escolar, o Assentamento de Serra do Navio –
São Silvestre conta com a Escola Municipal Direitos Humanos, localizada na
agrovila, onde estudam 32 alunos de 1ª a 4ª série do ensino fundamental e 17
alunos do pré-escolar. O
prédio, construído em
madeira de lei, está em
precárias condições de
conservação e uso. Não
possui quadra para atividades
esportivas. Para essas
atividades, são improvisados
espaços nas imediações da
escola. Escola Estadual Direitos Humanos – Dez 2006
.

A dificuldade de que os pais e professores mais se ressentem refere-se


às deficiências do transporte escolar. Existe um veículo, tipo Kombi, que faz o
transporte dos alunos de dentro do assentamento para a Escola Estadual
Colônia de Água Branca a qual
atende alunos de ensino
fundamental e médio. Porém, os
freqüentes recolhimentos desse
veículo para serviço de
manutenção fazem com que os
alunos percam muitas aulas,
influenciando significativamente
no rendimento escolar. Centro Comunitário onde funciona o pré-
escolar às
Outra situação conflitante refere-se – Dez 2006
inadequadas instalações do pré-
escolar, que, por falta de espaço próprio, está funcionando no Centro
Comunitário do assentamento, em condições insatisfatórias.
Quadro 7 – Demonstrativo da situação da escola no Assentamento de Serra do
Navio.

Nome da Escola No de No de Alunos Estado de


Pré - Fundamental
Professores Funcionamento do
Escolar
Prédio
Prédio escolar
Escola Municipal 6 17 32 público municipal
a a
Direitos Humanos. P.E. Pré - 2 (1 a 4 série) construído em
P.E. F - 4 madeira de lei,
necessitando de
restauração e
ampliação para
alojar o pré-escolar.
P.E. Pré – Professores Estaduais Pré
P. F – Professores Estaduais Fundamental
Fonte: Dados da Núcleo de Pesquisa Educacional - NPE I SEED - AP (2006).

Nível de Escolaridade

Conforme os dados do Quadro QQ, constata-se, a priori, uma realidade


bastante animadora para o desenvolvimento do assentamento, haja vista a
freqüência da população escolar (28,6%), além do segmento de 15 a 25 anos,
(16,4%), totalizando 45% da população estudada. Entretanto, a população
subseqüente a 14 anos, muito embora demonstre interesse ao processo de
escolarização, esse contingente representa um segmento marginal, tanto
referente à idade, quanto ao nível escolar.

Destaque-se também, que o contingente que já freqüentou a escola,


conforme se observou in loco, teve um tempo médio de 3,5 anos de estudo,
situação essa que precisa e pode ser melhorada.

Quadro QQ - Nível de Escolaridade da População Estudada.


Situação da Escolaridade
Apenas
Faixa Etária Analfabeto assina Freqüenta Freqüentou Total
0 a 6 anos -- -- 4,1 -- 4,1
7 a 14 anos -- -- 28,6 -- 28,6
15 a 25 anos -- -- 16,4 6,2 22,6
26 a 35 anos -- 2 2 14,3 18,3
36 a 45 anos -- 4,1 2 10,2 16,3
46 a 55 anos -- 2 -- 6,1 8,1
56 ou mais anos 2 -- -- -- 2
Total 2 8,1 53,1 36,8 100
Fonte: Dados de pesquisa de campo IEPA/RURAP (2006).

O segmento analfabeto e o que apenas assina o nome, que


constituem a população sem escolaridade formal (10,1%), muito embora seja
um número relativamente baixo, ante à realidade regional e estadual,
representa sempre
uma forte precariedade
à dinâmica sócio-
produtiva, fato que
pode ser superado
através do implemento
do processo da
educação de adultos,
focado inicialmente na
alfabetização.
Fonte: Dados de pesquisa de campo IEPA/RURAP (2006).

 Saúde
Apesar de existir um posto de saúde instalado na agrovila do
assentamento, sua atuação é bastante precária, até mesmo inoperante, por
falta de medicamentos, equipamentos e pessoal especializado para
atendimento (conta esporadicamente com uma agente de saúde, um servente
e dois vigilantes), fato que tem levado a população do assentamento a
enfrentar grandes dificuldades para atendimento de suas necessidades de
saúde.
Os casos de emergência são levados para o hospital da sede do
município de Serra do Navio e, nos casos mais graves, levado para Macapá.
As mulheres grávidas, de um modo geral buscam atendimento na sede do
município ou na cidade de Macapá, uma vez que, na localidade, não há
condições de se fazer um pré-natal presumivelmente adequado.
Além dessa problemática um outro item bastante sério, observado in
loco, é a precariedade da comunicação permanente com os centros capazes a
de atender a população com melhor eficiência os doentes, especialmente nos
casos de emergência.
Além do mais, constatou-se uma elevada freqüência de casos de
malária, gripe e diarréia no assentamento, em decorrência, basicamente, da
precariedade de saneamento básico, na agrovila e adjacências, proximidade de
áreas remanescente de garimpos e ausência de campanhas preventivas.

Aspecto de área remanescente de garimpo, próxima ao assentamento.


(foto)

 Cultura, Esporte e Lazer.

De um modo geral, as manifestações referentes a cultura, esporte e


lazer da população em estudo, decorrem da própria dinâmica da interatividade
da comunidade, focada em eventos religiosos (a população é formada de
católicos e protestantes), das tradições populares (especialmente da quadra
junina e outras festas de santo, eventos evangélicos), relações de trabalho e
familiares que, em muito, minimizam as possíveis relações de conflito.
Observa-se, entretanto, que essas relações estão muito fragilizadas em
decorrência da ausência de ações societárias capazes de garantir melhor
organização e dinâmicas sócio-culturais.
Quando há interesse da população em participar de eventos de
ocorrência na sede do município ou na Colônia de Água Banca, esta tem que
enfrentar a precariedade de transporte,
acomodação no local do evento, etc...
As práticas esportivas constituem
atividades de lazer, entretanto não há
espaço físico para essas atividades,

Área de Lazer – Dez 2006


utilizando-se, para tanto as improvisações do único espaço livre, na área da
escola. (vide foto)

1- RECURSOS HÍDRICOS

O Projeto de Assentamento Serra do Navio está localizado entre dois


grandes rios: o Araguari, que é limite norte do assentamento, e o Amapari que
está nas proximidades leste e sudeste. Pertence, portanto a duas grandes
bacias hidrográficas. Cerca de 49 % da área do assentamento está dentro da
bacia do Araguari (parte norte) e 51% na bacia do Amapari (parte sul). Estas
bacias estão separadas por um divisor de águas onde se localiza a serra da
Canga que atravessa o assentamento aproximadamente ao meio, onde estão
situadas cabeceiras dos principais igarapés que drenam a área (vide dados
Figura 01) .
Fig. 01: Visão geral da rede de drenagem do PA Serra do Navio
Fonte: LAGEO/COT/IEPA (2007).

1.1- Drenagem (parte norte)

Na parte norte do assentamento, portanto, entre a serra da Canga e o


rio Araguari, a drenagem é mais adensada e tem padrão dendrítico. Um dos
principais igarapés é o
Abelheiro com uma extensão
do curso principal aproximada
de 13,4 km . Nasce próximo à
serra atravessando a parte
norte do PA de oeste pra leste e
desaguando no rio Araguari.

Fig. 02: Bacia do Ig. Abelheiro


Fonte: LAGEO/COT/IEPA (2007).
Com seu curso principal e seus afluentes perenes e ainda preservados, este
igarapé banha a maioria dos lotes existentes nesta área.

O rio Araguari banha o extremo norte do assentamento onde deságuam


todos os igarapés dessa área. Embora seja um rio de grandes dimensões, é
pouco usado mesmo como via de acesso ao PA, devido estar distante dos lotes
oficiais.

1.1.2 – Drenagem x relevo

Rio Araguari
Ig. Abelheiro

Serra Serra da Canga

FONTE: Grid da NASA, o relevo foi


evidenciado para um melhor
Fig. 03: Ig. Abelheiro corre em um
relevoentendimento
movimentadodo assunto em questão.
O igarapé Abelheiro corre no relevo mais movimentado do assentamento
com algumas nascentes também na serra da Canga, como se pode ver na
figura acima. A maioria dos lotes desta área está localizada nas cabeceiras
deste igarapé, daí a necessidade de maior atenção quanto ao desmatamento
para o plantio. Ver fig. 03.

1.2- Drenagem (parte sul)

Já na parte sul a drenagem


dendrítica é menos adensada, mas
é onde está localizada a maioria
dos lotes do assentamento, sendo o
igarapé Silvestre o principal
responsável pela drenagem da
área. Com uma extensão de 17 km
este igarapé nasce na serra da Canga desce em direção ao sul desaguando
no rio Amapari (ver figura 04).
Tendo sido explorado por garimpeiros ao longo de vários anos,
apresenta problemas como desvio do leito, lagoas artificiais-criadouros de
mosquitos da malária, desmatamento nas margens, dentre outros. Sendo um
Fig. 04: Bacia do ig. Silvestre
igarapé
Fonte: LAGEO/COT/IEPA importante no assentamento é necessário maior atenção para solução
(2007).

dos problemas acima apresentados.

1.2.1- Drenagem x relevo

Serra da Canga

Limite do
assentamento
Ig. Silvestre

FONTE: Grid da NASA, o relevo foi


evidenciado para um melhor
entendimento do assunto em questão.
Rio Amapari
Fig. 05: Ig. Silvestre e sua relação com o relevo.
Fonte: LAGEO/COT/IEPA (2007).

Conforme dados da Figura 5, o igarapé Silvestre e seus tributários corre


sobre um relevo ondulado. Nota-se que a grande parte de suas nascentes
estão localizadas na serra da Canga, daí a necessidade de preservá-las. Por
outro lado, o relevo ondulado proporciona também o carreamento do solo para
dentro do igarapé e seus tributários em locais onde a mata ciliar foi derrubada.

Fig. 06 Fig. 07

Desvio do leito do igarapé Silvestre (fig. 06) e lagoa artificial na margem esquerda -
criadouro de mosquitos, resultado de garimpo (fig. 07).
Fig. 09
Fig. 08
Vista parcial da serra da Canga, ao fundo. Morador mostra um dos tributários do
igarapé Silvestre.

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